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Manual Operacional PMSE 2019 3

Este documento fornece orientações sobre o preenchimento de relatórios de ocorrência policial e outros documentos operacionais relacionados a infrações penais de menor potencial ofensivo no estado de Sergipe, de acordo com a Lei 9.099/95. Inclui fluxogramas, normas, modelos de documentos e uma lista das infrações consideradas de menor potencial ofensivo.

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Manual Operacional PMSE 2019 3

Este documento fornece orientações sobre o preenchimento de relatórios de ocorrência policial e outros documentos operacionais relacionados a infrações penais de menor potencial ofensivo no estado de Sergipe, de acordo com a Lei 9.099/95. Inclui fluxogramas, normas, modelos de documentos e uma lista das infrações consideradas de menor potencial ofensivo.

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SECRETARIA DE ESTADO DASEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DE SERGIPE

MANUAL OPERACIONAL

TERMO CIRCUNSTANCIADO
Lei 9.099/95

1º semestre/2019
SUMÁRIO
TERMO CIRCUNSTANCIADO
Fluxograma de lavratura do RELATÓRIO DE OCORRÊNCIA POLICIAL....................02
Normas de preenchimento da documentação operacional.....................................................04
1. Relatório de Ocorrência Policial.................................................................................04
2. Informações Complementares – Perturbação do Sossego..........................................15
3. Termo de Manifestação do Ofendido e de Compromisso de Comparecimento.........15
4. Termo de Protocolo e de Comprovante de Lavratura.................................................20
5. Requisição para Exame de Corpo de Delito Direto....................................................20
6. Termo de Apreensão e/ou Depósito...........................................................................22

Relação das infrações penais de menor potencial ofensivo....................................................23


1. Código Penal (Decreto-Lei n.° 2.848, de 7 de dezembro de 1940)............................23
2. Lei das Contravenções Penais (Decreto-Lei n.° 3.688, de 3 de outubro de 1941)......30
3. Lei das Loterias (Decreto-Lei n.° 6.259, de 10 de fevereiro de 1944)........................33
4. Lei de Tóxicos (Lei n.° 11.343, de 23 de agosto de 2006).........................................34
5. Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n.° 8.069, de 13 de julho de 1990)..........35
6. Código de Defesa do Consumidor (Lei n.° 8.078, de 11 de setembro de 1990).........36
7. Código de Trânsito Brasileiro (Lei n.° 9.503, de 23 de setembro de 1997) ............38
8. Lei de Crimes Ambientais (Lei n.° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998).....................39
9. Estatuto de Defesa do Torcedor (Lei nº 10.671, de 15 de maio de 2003) ................41
10. Estatuto do Desarmamento (Lei n.° 10.826, de 22 de dezembro de 2003).................42
11. Lei do Desporto/Bingo (Lei n.° 9.615, de 24 de março de 1998).............................. 42
12. Estatuto do Idoso (Lei n.° 10.741, de 01 de outubro de 2003)...................................43
Procedimento Operacional Padrão I........................................................................................46
Procedimento Operacional Padrão II......................................................................................50
Observações................................................................................................................................55

OBRIGAÇÕES PENAIS
ROL DE OBRIGAÇÕES PENAIS...........................................................................................56
PADRÕES DE PROCEDIMENTO POLICIAL.....................................................................56

1
FLUXOGRAMA DO PROCEDIMENTO PARA LAVRATURA DO RELATÓRIO DE OCORRÊNCIA POLICIAL

2
NORMAS DE PREENCHIMENTO DA
DOCUMENTAÇÃO OPERACIONAL

FINALIDADE

Estabelecer orientações para o preenchimento dos seguintes


documentos operacionais:

RELATÓRIO DE OCORRÊNCIA POLICIAL;


Termo de Manifestação do Ofendido e de Compromisso de
Comparecimento;
Termo de Protocolo e de Comprovante de Lavratura;
Requisição para Exame de Corpo de Delito Direto;
Termo de Apreensão e/ou Depósito.

A) CABEÇALHO:

Relatório de Ocorrência Policial nº: número de controle


sequencial (Nº do MIKE).

ROP/Comunicação de Ocorrência Policial: assinalar quando se


tratar de comunicação de qualquer tipo de infração penal (crimes
ou contravenções), não importando o grau da ofensividade, desde
que não estejam presentes as condições que permitam a lavratura
do Termo Circunstanciado ou a execução da Prisão em Flagrante
Delito.

4
ROP/Prisão ou Apreensão de Menor em Flagrante: assinalar
nas hipóteses de flagrante de infração penal que não sejam de
menor potencial ofensivo ou de infração de menor potencial
ofensivo em que se executar a prisão em flagrante delito, por
negativa do autor em assinar o Termo de Compromisso de
Comparecimento ao JECrim, impondo-se em ambas as situações
a condução do autor à Delegacia. Já na modalidade de Apreensão,
quando o autor de ato infracional de qualquer ofensividade
(menor ou maior potencial) for apreendido em flagrante e
encaminhado e entregue em outro órgão ou a um representante
legal. Naquelas hipóteses em que não for possível a lavratura do
Termo Circunstanciado pela GU PM e houver a condução para a
Delegacia de Polícia Civil para sua lavratura, o preso será
entregue mediante o preenchimento do ROP-PF/AM.

Termo Circunstanciado: assinalar nas hipóteses de infrações


penais de menor potencial ofensivo, assim compreendidas todas
as contravenções e os crimes de pena máxima cominada não
superior a dois anos, inclusive os delitos onde se preveja
procedimentos especiais (ver relação de infrações de menor
potencial ofensivo), excetuadas as hipóteses de prisão em
flagrante delito, diante da negativa do autor do fato de assinar o
Termo de Compromisso de Comparecimento ao JECrim, quando
lavrar-se-á o Relatório de Ocorrência na forma ROP-PF/AM.

5
Outros: assinalar quando se tratar de situação que não se
enquadre nos itens anteriores. Ex: extravio de documentos,
encontro de documentos, entre outros.

B) DADOS GERAIS E IDENTIFICADORES DA


OCORRÊNCIA:

Data/Hora do Fato: é referente à data/hora da ocorrência dos


fatos, apuradas segundo as circunstâncias (flagrada pela GU,
indicado por testemunhas ou outra parte etc.). Caso não seja
hipótese da GU ter flagrado o fato e restar dúvida quanto à
exatidão desta informação (data/hora), este campo deve ser
preenchido com a expressão “A APURAR”. Preencher
dia/mês/ano e hora/minuto.
Data/Hora da Comunicação: relativas ao momento em que a
Polícia Militar é comunicada do fato ou em que o flagrou.
Data/Hora do Atendimento: relativas ao momento inicial de
realização dos procedimentos policiais operacionais (geralmente
corresponde ao momento em que a GU chega ao local da
ocorrência).
Data/Hora do Encerramento: associadas ao momento em que a
GU encerra os procedimentos relativos ao atendimento da
ocorrência.

LOCAL:
Logradouro: Logradouro (tipo e nome) e número, especificando
o Bairro.

6
Ponto de Referência: Indicar um ponto de referência que seja
significativo junto ao logradouro ou comunidade, bem como as
coordenadas geográficas do local (latitude e longitude).

FATO:
Descrição do Fato: Apontar o tipo penal ou situação não
delituosa responsável pela presença da Polícia Militar no local.
Enquadramento Legal: registrar o dispositivo legal (artigo e lei)
em que está sendo enquadrada a conduta apontada na descrição
do fato.

C) ENVOLVIDOS:

Envolvido: assinalar a qualidade da participação (comunicante,


testemunha, ofendido, autor do fato ou a apurar).
Nome: Informar o nome do autor do delito, do ofendido, da
testemunha ou do comunicante do fato. Pode ser anotado nome
de Pessoa Jurídica como autora de infrações ambientais ou como
ofendido de infrações em geral.
Data de Nascimento: informar a data de nascimento do
envolvido.
CI: Anotar o número da Carteira de Identidade do envolvido e
indicar o órgão expedidor do documento.
CPF: Anotar o número do CPF do envolvido
Filiação: Informar nome de Pai e Mãe do envolvido.
Sexo: Assinalar o sexo do envolvido.
Cor: assinalar a cor da pele do envolvido.

7
Naturalidade: indicar o nome do município e Estado da União
de onde é natural o envolvido.
Nacionalidade: informar a nacionalidade do envolvido.
Estado Civil: assinalar o Estado Civil do envolvido.
Escolaridade: assinalar a escolaridade do envolvido.
Situação: Assinalar o nível da escolaridade do envolvido.
Endereço Residencial (Tipo de Logradouro): Indicar o
endereço residencial do envolvido.
Número: Apontar o número da residência do envolvido.
Bairro: Indicar o bairro do endereço do envolvido.
Município: Indicar o município do envolvido.
UF: Sigla da Unidade da Federação.
CEP: Anotar o CEP relativo ao endereço informado. Caso o
envolvido não saiba informar o CEP, este campo deverá ser
preenchido pelo digitador do documento junto ao SCTC.
Ponto de Referência: Indicar um ponto de referência que seja
significativo junto ao logradouro ou comunidade.
Profissão: Informar a profissão o envolvido.
Local de trabalho: informar o nome do empregador (empresa,
etc.).
Renda Mensal: assinalar a renda mensal média do envolvido.
Endereço Profissional: informar o logradouro, o nº e demais
campos relacionados ao endereço profissional.
Telefones: Indicar os números de telefone para contato
(residencial, do local de trabalho ou de recados ou celular).
Condições físicas: Apontar a existência de lesões corporais ou
sem lesão aparente. Sempre que houver lesões, indicar o local das

8
mesmas, exemplo: corte de aproximadamente 10 cm na parte da
frente da coxa direita, etc. se possível também descrever outros
sinais e sintomas (equimose, hematoma, etc.).
Bens que portava consigo: Preencher este campo somente se o
envolvido for o autor do fato entregue na Delegacia de Polícia ou
outro órgão, no caso de Prisão em Flagrante/Apreensão. Nesta
situação registrar todos os pertences que o autor do fato portava
consigo, e foram entregues na Delegacia ou outro órgão, como
peças de vestuário, dinheiro, objetos, etc.
.

D) RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO (Histórico):

Relatório lavrado pelo policial militar que atender a ocorrência,


em que deverão ser observados os seguintes princípios:

1) Ser claro e completo o suficiente para oportunizar ao


Ministério Público subsídios para oferecimento ou não
da transação penal, além de permitir a elaboração da
denúncia;
2) Fornecer ao Ministério Público e ao magistrado os
elementos para instrução do feito e para sentença;
3) Ser objetivo e descritivo, indicando todas as
circunstâncias consideradas relevantes;
4) Conter relato das partes envolvidas, mesmo sobre fatos
que não presenciados pelo policial, que destacará serem

9
tais informações produzidas pela parte, sob sua
responsabilidade. Não havendo tais declarações, deve o
agente registrar que não houve declarações das partes;
5) As versões, de forma breve e clara, serão consignadas
na seguinte ordem: Policial, Ofendido, Testemunhas,
Autor e conclusão do Policial;
6) Pode conter, desde que assinaladas, como tais, opiniões
e impressões do próprio agente policial sobre o fato
(indicação de que as partes demonstravam exaltação ou
medo, por exemplo, podem ser exploradas na audiência
de instrução e julgamento, desde que tal fato chegue ao
conhecimento da autoridade judicial);
7) O responsável pela lavratura do RELATÓRIO DE
OCORRÊNCIA POLICIAL não deve constar como
“envolvido” da ocorrência, pois os seus dados
identificadores serão lançados junto ao campo destinado
à sua assinatura no Relatório;
8) As testemunhas, quando da lavratura do ROP na forma
TC, não serão intimadas, pois a primeira audiência no
JECrim se destina à conciliação entre o(s) ofendido(s) e
autor(es) da infração penal ou oferecimento da
transação penal; a presença ou não de outras
testemunhas do fato deverá constar como observação
neste campo, visando evitar que, na fase judicial, ocorra
o arrolamento de testemunhas não-presenciais do fato.
As testemunhas devem ser compromissadas e assinar
10
logo após o término do parágrafo destinado à sua versão
dos fatos;
9) Nos delitos formais ou de mera conduta (aqueles em
que a ação do autor é a própria consumação do delito,
não exigindo resultado material, tais como, violação de
domicílio, porte entorpecentes, ameaça, calúnia,
difamação, etc.), é necessário que o atendente, ao relatar
o fato, descreva, pormenorizadamente, a conduta
praticada, inclusive referindo gestos, palavras, sinais e
ações realizadas, pois que a essência do delito é a ação
do autor;
10) O relatório deve ser impessoal, completo e autônomo. É
a primeira manifestação de Autoridade Pública sobre o
fato e assim deve ser valorizado por quem o elabora;
O atendente da ocorrência, responsável pela lavratura do
ROP, deverá destinar a primeira linha do Relatório para
especificar a infração penal ou fato que entende ter
ocorrido, sugerindo-se, para tanto, o seguinte texto:
“Trata-se de ocorrência de furto simples, furto
qualificado, ameaça, etc.”;
O relatório será lavrado consignando-se a versão dos
envolvidos do fato, uma em cada parágrafo, seguida da
assinatura do envolvido: Ex.: - O ofendido, Beltrano,
relata que(...); - A testemunha, compromissada,
Ciclano, informa que (...); - O autor, Fulano, afirma
que (...);
11
Presume-se fidedignidade de todas as afirmações da
autoridade que relata os fatos, salvo quando
antecipadamente ressalve que decorre de informação
das partes;
Caso seja necessário utilizar a outra folha do formulário
destinada ao relatório, deve ser escrita, no final do
campo do documento principal, a expressão sublinhada
“continua”;
O Relatório tem vital importância na apreciação do fato,
eis que o procedimento é, essencialmente, informal e
oral. Muitas vezes, este será o único documento
produzido na instrução do feito. Deverá primar pelo
conteúdo.

E) APREENSÕES:

Apreensões de Armas:
Relacionar os dados de armas envolvidas e vinculadas na
ocorrência.
Número da arma: Anotar número da arma.
Marca: Anotar marca da arma.
Espécie: Anotar se revólver, pistola, etc. e, quando viável,
polegadas da arma.
Calibre: Anotar o calibre da arma.
Infra-tambor: Anotar o número apresentado junto ao tambor
do armamento quando houver.

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Apreensões de Veículos:
Relacionar os dados de veículos envolvidos na ocorrência.
Placa: Anotar a placa do veículo.
Chassi: Anotar a numeração do chassi do veículo.
Marca: Anotar a marca do veículo.
Modelo: Anotar o modelo do veículo.
Cor: Anotar a cor do veículo.
Ano-Modelo: Anotar o ano-modelo do veículo.
Ano de fabricação: Anotar o ano de fabricação do veículo.

Objetos coletados e/ou apreendidos:


Relacionar objetos coletados ou apreendidos (inclusive
documentos), discriminando o tipo de objeto, quantidade.
Número: Anotar o número do objeto coletado ou apreendido
quando este o apresentar.
Tipo: Anotar o nome do tipo do objeto: carteira de identidade,
CNH, etc.
Descrição: Descrever o objeto coletado ou apreendido com
suas características, forma, conteúdo, peso, etc.

Observações: Nas ocorrências de recuperação de bens móveis,


quando a localização do bem se fizer pelo atendente da
ocorrência responsável pela lavratura do ROP, este será,
obrigatoriamente, o comunicante da ocorrência, fazendo constar
seus dados pessoais na qualificação como envolvido.

13
F) PROVIDÊNCIAS ADOTADAS:

1) Assinalar os tipos de documentos que foram lavrados em


virtude daquela ocorrência policial:
Termo de Manifestação do Ofendido e de Compromisso de
Comparecimento Autor;
Termo de Protocolo e de Comprovante de Lavratura;
Requisição de Exame de Corpo de Delito;
Termo de Apreensão e/ou Depósito.

2) No campo “outras providências” serão registradas todas as


medidas adotadas pelos policiais militares em virtude daquela
ocorrência, como condução a hospital, juntada de documentos,
registro das informações referentes ao comparecimento ou não da
Polícia Civil ou IGP ao local dos fatos, etc.

G) DADOS IDENTIFICADORES DO POLICIAL OU DA


GUARNIÇÃO QUE ATENDEU A OCORRÊNCIA:
Registrar posto/graduação, matrícula e nome do(s) atendente(s)
da ocorrência, colhendo suas assinaturas.

H) DECLARAÇÃO DE RECEBIMENTO:
Este campo será preenchido no caso de Prisão em
Flagrante/Apreensão quando da entrega do autor do fato na
Delegacia de Polícia ou em outro órgão competente (Conselho
Tutelar, Abrigos, entre outros). Deverá conter os dados e a

14
assinatura do servidor público que receber o preso, o apreendido
ou o encaminhado.

2. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES –
PERTURBAÇAO DO SOSSEGO

Esse formulário será preenchido apenas em ocorrências que


envolvam emissão abusiva de som e que forem enquadrados
como PERTURBAÇÃO DO SOSSEGO ALHEIO
Seu preenchimento consiste em responder ao máximo das
perguntas do questionário.

3. TERMO DE MANIFESTAÇÃO DO OFENDIDO E DE


COMPROMISSO DO AUTOR

a) MANIFESTAÇÃO DO OFENDIDO:

Aspectos legais e doutrinários sobre a Ação Penal Privada e a


Ação Penal Pública Condicionada:
A punição de seu autor, por vezes, depende de manifestação da
vontade do ofendido ou de seu representante legal se ele for
incapaz.

A ação penal é privada quando compete à parte ofendida ou a


seu representante legal ofertar a peça acusatória, denominada
queixa-crime, a qual deve ser feita em juízo, por advogado

15
constituído para tal. Porém, para a atuação da Polícia Ostensiva
ocorre a manifestação do interesse de queixa, sendo esta,
posteriormente, ratificada em juízo pelo interessado.

A ação penal é pública condicionada quando a peça acusatória -


denúncia - é ofertada pelo Ministério Público antecedida de
prévia manifestação da parte ofendida ou de seu representante
legal, através de representação, que pode ser até mesmo um
termo de declarações em que esta deixe clara sua vontade em ver
processar o autor.

Consistindo a prisão em flagrante de dois momentos distintos: no


primeiro em que as ações são físicas, materiais, quando o Estado
autoriza e determina o uso da força necessária (atos materiais)
para fazer cessar a conduta por ele incriminada, não requerendo
formalidades, a simples manifestação verbal do ofendido pedindo
socorro ou solicitando providência do órgão policial caracteriza a
representação ou o interesse de queixa, aspectos formais, estes,
obrigatórios para a lavratura (ato formal) do Auto de Prisão em
Flagrante (APF) na Delegacia de Polícia ou do RELATÓRIO DE
OCORRÊNCIA POLICIAL Termo Circunstanciado (ROP) e
recebimento da denúncia.

A conclusão é de que o fato, de o ofendido ter solicitado a


presença da guarnição policial no local, tornou manifesta sua
vontade na adoção dos atos materiais, que, em determinadas
ocasiões, serão suficientes para a cessação da atividade danosa do

16
acusado, restando satisfeito o ofendido. Neste caso pode ocorrer
(comum) que antes de lavrar o ROP ou o APF, o ofendido
manifeste que não quer processar o autor da infração penal, o que
não torna ilegal o primeiro conjunto de ações do policial, mas
sim, somente impossibilita que se formalizem os citados
documentos, registrando-se os fatos de forma consubstanciada em
um ROP.

Por certo, o cerceamento inicial da liberdade do autor, está


amparado nos dispositivos legais referentes à prisão, pois estes
não aludem a necessidade de representação ou queixa-crime para
a sua efetivação.

Infrações penais de ação penal privada ou condicionada,


sendo o ofendido menor de 18 anos:
Sendo o ofendido, ao tempo da prática infração penal, menor de
18 anos de idade, o exercício do direito de representação ou a
manifestação do interesse de queixa caberá ao responsável legal.
Nestas ocorrências, o policial militar atendente deverá colher no
Termo de Manifestação do Ofendido a assinatura do responsável
legal pelo ofendido (pais, tutor ou curador), notificando-o de que
deve acompanhar o menor nas audiências judiciais. Não
comparecendo um responsável legal pelo ofendido, o policial
atendente da ocorrência deverá no relatório do RELATÓRIO DE
OCORRÊNCIA POLICIAL presumir a manifestação
(representação ou interesse de queixa) em favor do ofendido. Em

17
sendo caso de lavratura de ROP, não deve ser marcada data de
audiência para o autor, comprometendo-o a comparecer quando
intimado pelo JECrim, pois o Juizado precisará nomear um
curador ou intimar primeiro o representante legal para ratificar ou
não a manifestação presumida pelo policial atendente, para só,
então, decidir a cerca da audiência.

Preenchimento do Termo de Manifestação do Ofendido:


1. Constar o número do Registro de Ocorrência ao qual
está atrelado este documento;
2. Colher a manifestação de vontade do ofendido no
sentido de que seja dado prosseguimento aos atos
processuais ou policiais aplicáveis ao caso;
3. Identificar o titular da representação;
4. Colher assinatura do(s) ofendido (s);
5. A manifestação do ofendido sobre interesse na
representação ou queixa, somente constará dos
documentos produzidos em caso de crime de ação penal
pública condicionada e ação penal privada,
respectivamente, não sendo cabível quando o crime for
de ação penal pública incondicionada.

b. TERMO DE COMPROMISSO DE COMPARECIMENTO:

No caso de infração de menor potencial ofensivo, colher


compromisso do Autor ou autores da infração, no sentido de
comparecer ao Juizado Especial, em data ali estabelecida, quando
assim dispuser a Secretaria do Juizado, ou mediante intimação.

18
Cumpre destacar que, identificado como autor de infração penal,
a situação preliminar do autor é a de preso, assim devendo ser
considerado pelo policial. Portanto, deve ser devidamente
identificado e revistado, ficando sob custódia do policial, cabível
inclusive o uso de algemas, se necessário, para segurança das
partes ou manutenção da custódia. Assentindo em comparecer ao
juizado, mediante assinatura do Termo de Compromisso de
Comparecimento, não será lavrado o RELATÓRIO DE
OCORRÊNCIA POLICIAL na modalidade de Prisão em
Flagrante, sendo liberada a Parte. Caso contrário, não
concordando, será conduzido diante do Delegado de Polícia para
a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante. Havendo mais de um
autor, liberam-se os que assumam o compromisso e se conduz os
demais, devendo ser identificada a assinatura de cada
compromissado.

Ressalta-se que a autor(es) de lesões corporais culposas


decorrentes de acidentes de trânsito, que não se omitiram na
prestação de socorro e negam a assinar o Termo de Compromisso
do Autor, não se imporá a condução em flagrante delito à
Delegacia de Polícia, observando-se o que determina o art. 301 da
Lei nº 9.503/97 (Código de Trânsito Brasileiro). Portanto, neste
caso, quando da negativa do compromisso, o autor será notificado
da audiência na presença de duas testemunhas que assinarão o
termo de compromisso confirmando a ciência do autor da sua
notificação, pelo policial atendente da ocorrência.

4. TERMO DE PROTOCOLO E COMPROVANTE DE


LAVRATURA

19
a. Registrar o Numero de Registro de Ocorrência ao qual
está atrelado o documento;
b. Preencher no caso de lavratura do ROP na modalidade
Comunicação de Ocorrência Policial ou Outros. Serve
de comprovante de sua lavratura ao comunicante,
certificando ainda, que será remetido á Delegacia de
Polícia Civil daquela Comarca no prazo de 03 (três) dias
úteis

4. REQUISIÇÃO PARA EXAME DE CORPO DE DELITO


DIRETO

Aspectos legais e doutrinários sobre a Prova Pericial:


A prova pericial é aquela que se realiza com a intervenção dos
peritos, através de exames e avaliações, isto é, a função estatal
que fornece dados instrutórios de ordem técnica. São os peritos
que procedendo aos exames com o auxílio da ciência e da arte,
transmitem, através dos laudos periciais, os resultados à Justiça.

Na aplicação direta da Lei 9.099/95, em sendo necessário, caberá


ao policial (atendente ou oficial gestor, conforme o caso) a
solicitação da perícia para que se possa produzir prova da
materialidade do crime.

A principal prova pericial é o exame de corpo delito, pois é o


conjunto de elementos que materializam o crime, podendo ser

20
direto (quando a ação criminosa deixa vestígios) ou indireto
(quando não os deixa e deve ser suprida por outra prova,
normalmente a testemunhal).

No caso de lesões corporais, o laudo pericial deverá definir o tipo


de lesão, o instrumento que a produziu e o tempo em que o
ofendido ficará incapacitado para as suas ocupações habituais.
Para efeitos da Lei 9099/95, na falta do Exame de Corpo de
Delito, este pode ser suprido pelo Relatório de atendimento
médico ou mesmo o prontuário de atendimento hospitalar.
Referente ao instrumento que produziu a lesão, esse deve ser
apreendido e encaminhado até a OPM para que sirva como
elemento da materialidade do crime. Ressalvando-se os casos
decorrentes de acidente de trânsito, quando os veículos
somente serão apreendidos criminalmente estando manifesta a
necessidade de perícia, diante de contradições ou de alegações
dos condutores de ocorrência de falhas mecânicas no veículo que
deu causa ao acidente. Não obstante, ressalte-se que eventuais
retenções administrativas dos veículos devem ocorrer, havendo
motivo determinante nos termos do Código de Trânsito
Brasileiro.

De acordo com o Art. 158 do CPP, nos crimes em que restam


vestígios devem ser realizada a perícia, mas a lei admite que, em
desaparecendo os vestígios supra-se a falta da prova técnica
(material) pela testemunhal (Art 167 do CPP).

21
Preenchimento da Requisição para Exame de Corpo de Delito
Direto:
a) Identificar a Organização Policial Militar a qual pertence o
Policial Militar atendente da ocorrência.
b) Registrar o número do RELATÓRIO DE OCORRÊNCIA
POLICIAL ao qual está atrelado este documento;
c) Será preenchido e entregue ao ofendido para que este se dirija
ao Instituto Geral de Perícias – IGP.

6. TERMO DE APREENSÃO E/OU DEPÓSITO

1) Identificar a Organização Policial Militar a qual pertence o


Policial Militar atendente da ocorrência.
2) Registrar o número do RELATÓRIO DE OCORRÊNCIA
POLICIAL ao qual está atrelado este documento;

RELAÇÃO DAS INFRAÇÕES PENAIS DE


MENOR POTENCIAL OFENSIVO
Código Penal (Decreto-Lei n.° 2.848, de 07 de dezembro de 1940)

Artigos Denominação da Infração Pena(s) Ação Penal


129, caput Lesão corporal leve. 3 m. a 1 ano Públ. Con
129, § 6º Lesão corporal culposa. 2 m. a 1 ano Públ. Con

22
130, caput Perigo de contágio venéreo. 3 m. a 1 ano Públ. Con
Perigo para a vida ou saúde de
132 3 m. a 1 ano Públ. Inc.
outrem.
Exposição ou abandono de
134 6 m. a 2 anos Públ. Inc.
recém-nascido (caput)
135, caput Omissão de socorro. 1m a 6 meses Públ. Inc
135-A, Condicionamento de atendimento
3 m a 1ano Públ. Inc
caput médico-hospitalar emergencial
136, caput Maus tratos. 2 m. a 1 ano Públ. Inc.
137 Rixa. 15dias a 2 m. Públ. Inc.
Priv./P.
138 Calúnia 6 m. a 2 anos
Cond
139 Difamação. 3 m.a 1 ano Privada
140 Injúria. 1 a 6 meses Privada
146 Constrangimento ilegal. 3 m. a 1 ano Públ. Inc.
147 Ameaça. 1 a 6 meses Públ. Con
150 Violação de domicílio. 1 a 3 meses Públ. Inc.
151, caput Violação de correspondência. 1 a 6 meses Públ. Con
Sonegação ou destruição de
151, § 1º, I 1 a 6 meses Públ. Con
correspondência.
Violação de comunicação
151, § 1º,
telegráfica, radioelétrica ou 1 a 6 meses Públ. Con
II
telefônica.
Impedimento de comunicação
151, § 1º,
através dos meios acima 1 a 6 meses Públ. Con
III
referidos.
151, § 1º, Instalação ou uso ilegal de
1 a 6 meses Públ. Inc.
IV estação ou aparelho radioelétrico.
Violação de correspondência
152 3 m. a 2 anos Públ. Con
comercial

23
153 Divulgação de segredo. 1 a 6 meses Públ. Con
154 Violação de segredo profissional. 3 m. a 1 ano Públ. Con
156 Furto de coisa comum 6 m. a 2 anos Públ. Con
161, caput Alteração de limites. 1 a 6 meses Priv./P.Inc.
161, § 1º, I Usurpação de águas. 1 a 6 meses Priv./P.Inc.
161, § 1º,
Esbulho possessório. 1 a 6 meses Priv./P.Inc.
II
163, caput Dano simples. 1 a 6 meses Privada
Introdução/abandono de animais
164 15dias a 6 m. Privada
propriedade alheia.
Dano em coisa de valor artístico,
165 6 m. a 2 anos Públ. Inc.
arqueológico ou histórico.
Alteração de local especialmente
166 1 m. a 1 ano Públ. Inc.
protegido.
Apropriação de coisa havida por
169, caput erro, caso fortuito ou força da 1 m. a 1 ano Públ. Inc.
natureza.
169, § ún.
Apropriação de tesouro. 1 m. a 1 ano Públ. Inc.
,I
169, § ún.,
Apropriação de coisa achada. 1 m. a 1 ano Públ. Inc.
II
175, caput Fraude no comércio. 6 m. a 2 anos Públ. Inc.
Fraude em refeição, alojamento e
176, caput transporte sem dispor de recursos 15dias a 2 m. Públ. Con
para pagamento.
Fraudes e abusos na fundação ou
177, § 2° administração de sociedade por 6 m. a 2 anos Públ. Inc.
ações
179 Fraude à execução 6 m. a 2 anos Privada
180, § 3º Receptação presumível. 1 m. a 1 ano Públ. Inc.

24
184, caput Violação de direito autoral 3 m. a 1 ano Priv./P.Inc.
Atentado contra a liberdade de
197, I e II 1m. a 1 ano Públ. Inc.
trabalho.
Atentado contra a liberdade de
198 contrato de trabalho e 1 m. a 1 ano Públ. Inc.
boicotagem violenta.
Atentado contra a liberdade de
199 1 m. a 1 ano Públ. Inc.
associação.
Paralisação de trabalho, seguida
200 de violência ou perturbação da 1 m. a 1 ano Públ. Inc.
ordem.
Paralisação de trabalho de
201 6 m. a 2 anos Públ. Inc.
interesse coletivo
Frustração de direito assegurado
203, caput 1 a 2 anos Públ. Inc.
por lei trabalhista
Frustração de lei sobre a
204 1 m. a 1 ano Públ. Inc
nacionalidade do trabalho.
Exercício de atividade com
205 infração de decisão 3 m. a 2 anos Públ. Inc.
administrativa
Ultraje a culto e impedimento ou
208 1 m. a 1 ano Públ. Inc.
perturbação de ato a ele relativo.
Impedimento ou perturbação de
209 1 m. a 1 ano Públ. Inc.
cerimônia funerária.
216 – A Assédio sexual 1 a 2 anos Púb. cond.
233 Ato obsceno. 3 m. a 1 ano Públ. Inc.
234 Escrito ou objeto obsceno 6 m. a 2 anos Públ. Inc.
Induzimento a erro essencial e
236 6 m. a 2 anos Públ. Inc.
ocultação de impedimento
237 Conhecimento prévio de 3 m. a 1 ano Públ. Inc.

25
impedimento matrimonial.
Parto suposto. Supressão ou
242, § ún alteração de direito inerente ao 1 a 2 anos Públ. Inc.
estado civil de recém-nascido
Entrega de filho menor à pessoa
245, caput 1 a 2 anos Públ. Inc.
inidônea
246 Abandono intelectual de filho. 15 a 1 m. Públ. Inc.
247 Abandono moral de menor. 1 a 3 meses Públ. Inc.
Induzimento à fuga, entrega
248 arbitrária ou sonegação de 1 m. a 1 ano Públ. Inc.
incapazes.
249 Subtração de incapazes 2 m. a 2 anos Públ. Inc.
250, § 2º Incêndio culposo 6 m a 2 anos Públ. Inc.
Explosão culposa se é de
251, § 3º 6 m. a 2 anos Públ. Inc.
dinamite ou similar.
Uso culposo de gás tóxico ou
252, § ún. 3 m. a 1 ano Públ. Inc.
asfixiante.
Fabrico, fornecimento, aquisição,
253 posse ou transporte de explosivos 6 m. a 2 anos Públ. Inc.
ou gás tóxico, ou asfixiante.
254 Inundação culposa 6 m. a 2 anos Públ. Inc.
Desabamento ou
256, § ún. 6 m. a 1 ano Públ. Inc.
desmoronamento culposo.
Difusão culposa de doença ou
259, § ún. 1 a 6 meses Públ. Inc.
praga.
Perigo de desastre ferroviário –
260, § 2º 6 m a 2 anos Públ. Inc.
culposo.
Atentado culposo contra a
261, § 3º segurança de transporte 6 m a 2 anos Públ. Inc.
marítimo, fluvial e aéreo.

26
Atentado doloso contra a
262, caput
segurança de outro meio de 1 a 2 anos Públ. Inc.
e § 2º
transporte.
264, caput Arremesso de projétil. 1 a 6 meses Públ. Inc.
Arremesso de projétil quando.
264, § ún. 6 m. a 2 anos Públ. Inc.
resulta lesão corporal.
267, § 2º Epidemia culposa 1 a 2 anos Públ. Inc.
Infração de medida sanitária
268 1 m. a 1 ano Públ. Inc.
preventiva.
Omissão de notificação de
269 6 m. a 2 anos Públ. Inc.
doença
Envenenamento culposo de água
270, § 2º potável ou de substância 6 m. a 2 anos Públ. Inc.
alimentícia ou medicinal
Corrupção ou poluição culposa
271, § ún. 2 m. a 1 ano Públ. Inc.
de água potável.
Falsificação, corrupção,
adulteração ou alteração de
272, § 2º 1 a 2 anos Públ. Inc.
substância ou produtos
alimentícios – culposo.
Fabrico ou fornecimento culposo,
278, § ún. para consumo, de substância 2 m. a 1 ano Públ. Inc.
nociva à saúde.
Fornecimento culposo de
280, § ún. medicamento em desacordo com 2 m. a 1 ano Públ. Inc.
receita médica.
Exercício ilegal da medicina, arte
282 6 m a 2 anos Públ. Inc.
dentária ou farmacêutica.
283 Charlatanismo. 3 m. a 1 ano Públ. Inc.
284 Curandeirismo 6 m. a 2 anos Públ. Inc.
286 Incitação ao crime. 3 a 6 meses Públ. Inc.

27
287 Apologia de crime ou criminoso. 3 a 6 meses Públ. Inc.
Distribuir moeda falsa que
289, § 2º 6. a 2 anos Públ. Inc.
recebeu de boa fé
Emissão de título ao portador
292, caput 1m a 6 meses Públ. Inc.
sem permissão legal.
Recebimento ou utilização, como
292, § ún. dinheiro, de título ao portador 15dias a 3 m. Públ. Inc.
emitido ilegalmente.
Distribuir papéis públicos
293, § 4º 6 m a 2 anos Públ. Inc.
falsificados recebidos de boa fé
Certidão e atestado
301 2 m. a 1 ano Públ. Inc.
ideologicamente falso.
Certidão e atestado
301, § 1º 6 m a 2 anos Públ. Inc.
materialmente falso.
302 Falsidade de atestado médico. 1 mês a 1 ano Públ. Inc.
307 Falsa identidade – criar. 3 m. a 1 ano Públ. Inc.
Falsa identidade – usar de
308 4 m. a 2 anos Públ. Inc.
terceiro.
312, § 2º Peculato culposo 3 m. a 1 ano Públ. Inc.
Modificação ou alteração não
313-B autorizada de sistema de 3m. a 2 anos Públ. Inc.
informações
Emprego irregular de verbas ou
315 1m. a 3 meses Públ. Inc.
rendas públicas
Retardar ato de ofício cedendo a
317, § 2º 3 m. a 1 ano Públ. Inc.
pedido o ou influência de outrem
319 Prevaricação 3 m. a 1 ano Públ. Inc.
320 Condescendência criminosa 15 dias a 1mês Públ. Inc.

321 Advocacia administrativa 3 m. a 1 ano Públ. Inc.

28
Abandono de função (sem 15 dias a 1
323, caput Públ. Inc.
prejuízo) mês
Abandono de função (com 3 meses a 1
323, § 1º Públ. Inc.
prejuízo) ano
325 Violação de sigilo funcional 6 m. a 2 anos Públ. Inc.
Violação do sigilo de proposta de 3 meses a 1
326 Públ. Inc.
concorrência ano
328, caput Usurpação de função pública. 3 m. a 2 anos Públ. Inc.
329, caput Resistência. 2 m. a 2 anos Públ. Inc.
330 Desobediência . 15 a 6 m. Públ. Inc.
331 Desacato 6 m. a 2 anos Públ. Inc.
Impedimento, perturbação ou 6 meses a 2
335 Públ. Inc.
fraude de concorrência. anos
336 Inutilização de edital ou de sinal. 1 mês a 1 ano Públ. Inc.
Comunicação falsa de crime ou 1 mês a 6
340 Públ. Inc.
contravenção. meses
341 Autoacusação falsa 3 m. a 2 anos Públ. Inc.
Exercício arbitrário das próprias 15 dias a 1
345 Priv./P.Inc.
razões. mês
Subtração, supressão ou dano a
6 meses a 2
346 coisa própria na posse legal de Públ. Inc.
anos
terceiro
3 meses a 2
347, caput Fraude processual Públ. Inc.
anos
1 mês a 6
348, caput Favorecimento pessoal. Públ. Inc.
meses
Favorecimento pessoal 15 dias a 3
348, § 1º Públ. Inc.
privilegiado. meses.
1 mês a 6
349 Favorecimento real. Públ. Inc.
meses

29
Exercício arbitrário ou abuso de 1 meses a 1
350 Públ. Inc.
poder. ano
Dar fuga a pessoa presa ou
6 meses a 2
351, caput submetida a medida de segurança Públ. Inc.
anos
(dolosa).
Dar fuga a pessoa presa ou
3 meses a 1 Públ. Inc.
351, § 4º submetida à medida de segurança
ano
(culposa).
Evasão mediante violência contra 3 meses a 1
352 Públ. Inc.
a pessoa. ano
6 meses a 2
354 Motim de presos Públ. Inc.
anos
Violência ou fraude em 2 meses a 1
358 Públ. Inc.
arrematação judicial ano
Desobediência a decisão judicial
3 meses a 2
359 sobre perda ou suspensão de Públ. Inc.
anos
direito.
Contratação de operação de
359-A 1 a 2 anos Públ. Inc.
crédito.
Inscrição de despesas não 6 meses a 2
359-B Públ. Inc.
empenhadas em restos a pagar anos
359-E Prestação de garantia graciosa 3 m. a 1 ano Públ. Inc.
Não cancelamento de restos a 6 meses a 2
359-F Públ. Inc.
pagar anos

Lei das Contravenções Penais (Decreto-Lei n.° 3.688, de 03 de


outubro de 1941)
Artigos Denominação da Infração Pena(s) Ação Penal
20 Anúncio de meio abortivo. Multa. Públ. Inc.

30
21, caput Vias de fato. P.S. 15 a 3 m. Púb. Cond*.
Internação irregular em
22 Multa. Públ. Inc.
estabelecimento psiquiátrico.
Indevida custódia de doente
23 P.S. 15 a 3 m. Públ. Inc.
mental.
Instrumento de emprego usual na
24 P.S. 6 m. a 2 a. Públ. Inc.
prática de furto.
26 Violação de lugar ou objeto. P.S. 15 d. a 3 m. Públ. Inc.
Queimar fogos de artifício ou
28 P.S. 15 d. a 2 m. Públ. Inc.
soltar balão aceso, sem licença .
29 Desabamento de construção. Multa. Públ. Inc.
30 Perigo de desabamento. Multa. Públ. Inc.
Omitir cautela na guarda ou
31 P.S. 10 d. a 6 m. Públ. Inc.
condução de animais.
Dirigir, sem a devida habilitação,
32 embarcação a motor em aguas Multa Públ. Inc.
públicas.
Direção não licenciada de
33 P.S. 15 d. a 3 m. Públ. Inc.
aeronave.
Direção perigosa, com devida
34 P.S. 15 d. a 3 m. Públ. Inc.
habilitação.
35 Abuso na prática de aviação. P.S. 15 d. a 3 m. Públ. Inc.
Não colocação de sinais de
36, caput P.S. 15 d. a 3 m. Públ. Inc.
perigo.
36, § ún., Destruição ou remoção de sinal
P.S. 15 d. a 3 m. Públ. Inc.
“a” de perigo.
36, § ún. Remoção de sinal de serviço
P.S. 15 d. a 3 m. Públ. Inc.
“b” público.
37 Arremesso ou colocação perigosa. Multa. Públ. Inc.
Omissão de cautela na colocação
37, § ún. Multa. Públ. Inc.
ou suspensão perigosa de coisa.
38 Emissão de fumaça, vapor ou gás. Multa. Públ. Inc.
39, caput Associação secreta. P.S. 1 a 6 meses. Públ. Inc.
Ceder prédio para reunião de
39, § 1º P.S. 1 a 6 meses. Públ. Inc.
associação secreta.

31
Provocação de tumulto. Conduta
40 P.S. 15d a 6 m. Públ. Inc.
inconveniente.
41 Falso alarma. P.S. 15d a 6 m. Públ. Inc.
Perturbação do trabalho ou
42 P.S. 15d a 3 m. Públ. Inc.
sossego alheios.
43 Recusa de moeda de curso legal. Multa. Públ. Inc.
Imitação de moeda para
44 Multa. Públ. Inc.
propaganda.
Simulação da qualidade de
45 P.S. 1 a 3 meses. Públ. Inc.
funcionário.
Uso ilegítimo de uniforme ou
46 Multa. Públ. Inc.
distintivo.
Exercício ilegal de profissão ou
47 P.S. 15d a 3 m. Públ. Inc.
atividade.
Exercício ilegal do comércio de P.S. 1m a 6
48 Públ. Inc.
coisas antigas e obras de arte. meses
Matrícula ou escrituração de
49 Multa. Públ. Inc.
indústria ou profissão.
50 Jogo de azar. P.S. 3 m. a 1 ano Públ. Inc.
59 Vadiagem. P.S. 15 d. a 3 m. Públ. Inc.
61 Importunação ofensiva ao pudor. Multa. Públ. Inc.
62 Embriaguez. P.S. 15d a 3 m. Públ. Inc.
Bebidas alcoólicas. (Ver art. 243
63 P.S. 2 m. a 1 a. Públ. Inc.
do ECA)
Crueldade contra animais.(Ver art P.S. 10 dias a 1
64 Públ. Inc.
32 da Lei 9.605) m.
65 Perturbação da tranquilidade. P.S. 15d a 2 m. Públ. Inc.
Omissão de comunicação de
66 Multa. Públ. Inc.
crime.
Inumação ou exumação ilegal de P.S. 1 mês a 1
67 Públ. Inc.
cadáver. ano.
Recusa de dados sobre a própria
68 Multa. Públ. Inc.
identidade.
Enunciado 76, aprovado no XVII Encontro dos Juizados Especiais– Curitiba/PR

32
Lei das Loterias (Decreto-Lei n.° 6.259, de 10 de fevereiro de 1944)

Denominação da Infração Ação


Artigos Pena(s)
(contravenções) Penal
45 Loteria não autorizada. P.S. 1 a 4 anos Públ. Inc.
Introdução de loteria estrangeira no
46 P.S. 6 m. a 1 Públ. Inc.
país ou de loteria estadual de um
ano.
Estado em outro.
47 Posse ou distribuição de bilhetes de P.S. 6 m. a 1 Públ. Inc.
loteria estrangeira. ano.
Posse ou distribuição de bilhetes de
48 P.S. 2 meses a 6 Públ. Inc.
loteria estadual, fora do Estado
meses.
respectivo.
Posse e exibição de listas de sorteios
49 P.S. 1 mês a 4 Públ. Inc.
de loteria estrangeira ou de outro
meses.
Estado.
Pagamento de prêmio de loteria
50 P.S. 2 meses a 6 Públ. Inc.
estrangeira ou de outro Estado, sem
meses.
circulação legal.
Impressão de bilhetes, listas ou
51 P.S. 2 meses a 6 Públ. Inc.
cartazes de loteria sem circulação
meses.
local legal.
Distribuição ou transporte de listas ou
52 P.S. 1 mês a 4 Públ. Inc.
avisos de loteria sem circulação local
meses.
legal.
56 Transmissão de resultado de extração Públ. Inc.
Multa.
de loteria não autorizada.
58 P.S. 6 meses a 1 Públ. Inc.
Jogo do bicho.
ano.
Jogo sobre corridas de cavalos fora de
60 hipódromo ou entidade autorizada, ou P.S. 1 a 4 anos. Públ. Inc.
sobre competições esportivas.

33
Lei de Tóxicos (Lei n.° 11.343, de 23 de agosto de 2006)
Ação
Artigos Denominação da Infração Pena(s)
Penal
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver
em depósito, transportar ou trouxer I - advertência
consigo, para consumo pessoal, sobre os efeitos
drogas sem autorização ou em das drogas;
desacordo com determinação legal ou II - prestação de
regulamentar será submetido às serviços à
seguintes penas: comunidade;
28 Publ. Inc.
§ 1o Às mesmas medidas submete-se III - medida
quem, para seu consumo pessoal, educativa de
semeia, cultiva ou colhe plantas comparecimento
destinadas à preparação de pequena a programa ou
quantidade de substância ou produto curso educativo.
capaz de causar dependência física ou
psíquica.
Detenção, de 6
(seis) meses a 1
(um) ano, e
pagamento de
33 § 3o Oferecer droga, eventualmente e
700 (setecentos)
sem objetivo de lucro, a pessoa de seu
a 1.500 (mil e Públ. Inc.
relacionamento, para juntos a
quinhentos)
consumirem:
dias-multa, sem
prejuízo das
penas previstas
no art. 28.
Detenção, de 6
Prescrever ou ministrar,
(seis) meses a 2
culposamente, drogas, sem que delas
(dois) anos, e
necessite o paciente, ou fazê-lo em
38 pagamento de Públ. Inc.
doses excessivas ou em desacordo
50 (cinqüenta) a
com determinação legal ou
200 (duzentos)
regulamentar:
dias-multa.

34
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n.° 8.069, de 13 de
julho de 1990)

Ação
Artigos Denominação da Infração Pena(s)
Penal
Não manutenção de registro das
atividades de estabelecimento de
228, § 2 meses a 6
saúde da gestante ou não Públ. Inc.
ún. meses.
fornecimento de declaração de
nascimento do neonato.
Não identificação correta ou não
229, § 2 meses a 6
realização de exames do neonato e da Públ. Inc.
ún. meses.
parturiente.
Apreender o menor de 18 anos sem
estarem presentes as circunstâncias da 6 meses a 2
230 Públ. Inc.
flagrância (caput), ou sem observar as anos.
formalidades legais (§ ún.)
Deixar a autoridade policia de
comunicar a apreensão de menor de 6 meses a 2
231 Públ. Inc.
18 anos a autoridade judiciária e anos.
família do apreendido.
Submeter criança ou adolescente sob
6 meses a 2
232 sua autoridade, guarda ou vigilância a Públ. Inc.
anos.
vexame ou a constrangimento.
Deixar a autoridade competente, sem
justa causa, de ordenar a imediata 6 meses a 2
234 Públ. Inc.
liberação de criança ou adolescente anos.
quando ciente da ilegal apreensão.

35
Impedir ou embaraçar ação de
autoridade judiciária, membro do
236 Conselho Tutelar ou representante do 6 m. a 2 anos. Públ. Inc.
Ministério Público no exercício de
função prevista no ECA.

Vender, fornecer ainda que


gratuitamente ou entregar, de qualquer
forma, a criança ou adolescente fogos
de estampido ou de artifício, exceto
244 6m. a 2 anos. Publ. Inc.
aqueles que, pelo seu reduzido
potencial, sejam incapazes de
provocar qualquer dano físico em caso
de utilização indevida.

Código de Defesa do Consumidor (Lei n.° 8.078, de 11 de


setembro de 1990)

Ação
Artigos Denominação da Infração Pena(s)
Penal
Omissão dolosa sobre nocividade ou
periculosidade do produto (caput) e do 6 meses a 2 Públ.
63
serviço (§ 1º ), em embalagens ou anos. Inc.
publicidade
Omissão culposa sobre nocividade ou
periculosidade do produto (caput) e do Públ.
63, § 2º 1 a 6 meses.
serviço (§ 1º ) em embalagens ou Inc.
publicidade.
Omissão dolosa sobre conhecimento
posterior ao lançamento no mercado Públ.
64 6 m a 2 anos.
sobre nocividade ou periculosidade do Inc.
produto, e deixar de retirá-lo do

36
mercados (§ ún.).
Executar serviço de alta
periculosidade, contrariando Públ.
65 6 m. a 2 anos.
determinação de autoridade Inc.
competente.
Afirmação falsa, enganosa ou omissão
66, Públ.
de informação relevante sobre 3 m. a 1 ano
caput Inc.
produtos e serviços ofertados.
Oferta de produtos e serviços com
Públ.
66, § 1º afirmação falsa, enganosa ou 3 m. a 1 ano
Inc.
c/omissão de informação relevante.
Públ.
67 Publicidade enganosa ou abusiva. 3 m. a 1 ano
Inc.
Fazer ou promover publicidade que
sabe ou deveria saber ser capaz de
Públ.
68 induzir o consumidor a se comportar 6 m. a 2 anos.
Inc.
de forma prejudicial ou perigosa a sua
saúde
Não organização de dados que dão Públ.
69 1 a 6 meses.
base à publicidade. Inc.
Reparação não autorizada de produtos Públ.
70 3 m. a 1 ano
com peças ou componentes usados. Inc.
Constrangimento físico ou moral na Públ.
71 3 m. a 1 ano
cobrança de dívida do consumidor. Inc.
Impedimento ou dificuldade no acesso
Públ.
72 às informações cadastrais do 6 m. a 1 ano
Inc.
consumidor.
Não correção de informação inexata Públ.
73 1 a 6 meses
em cadastro de consumidor. Inc.
Não entrega de termo de garantia ao Públ.
74 1 a 6 meses
consumidor. Inc.

37
Código de Trânsito Brasileiro (Lei n.° 9.503, de 23 de
setembro de 1997)
Ação
Artigos Denominação da Infração Pena(s)
Penal
Lesão corporal culposa na direção de
303 6 m. a 2 anos Publ. Con
veículo automotor.
Omissão de socorro por condutor de
304 6 m. a 1 ano. Públ. Inc.
veículo em acidente.
Fuga do condutor do veículo do local
305 6 m. a 1 ano. Públ. Inc.
do acidente.
Violação da suspensão ou proibição
307,
de obter habilitação para dirigir 6 m. a 1 ano. Públ. Inc.
caput
veículo.
Não entrega do documento de
307, § habilitação em juízo no prazo, pelo
6 m. a 1 ano. Públ. Inc.
ún. condenado pela violação da suspensão
ou proibição de dirigir.
Direção não habilitada de veículo
309 6 m. a 1 ano. Públ. Inc.
automotor, gerando perigo.
Entregar, permitir, confiar, direção de
veículo automotor a pessoa não
310 6 m. a 1 ano. Públ. Inc.
habilitada ou sem condições de
conduzir o veículo com segurança.
Tráfego em velocidade incompatível
311 6 m. a 1 ano. Públ. Inc.
com a segurança no trânsito.
Inovação artificiosa de local de
312 6 m. a 1 ano. Públ. Inc.
acidente automobilístico.

38
Lei de Crimes Ambientais (Lei n.° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998)
Artigos Denominação da Infração Pena(s) Ação Penal
29, Caçar, perseguir ou apanhar espécime
da fauna silvestre sem licença ou em 6 m. a 1 ano. Públ. Inc.
caput
desacordo com a obtida.
29, § Impedimento de procriação da fauna
silvestre sem licença ou em desacordo 6 m. a 1 ano. Públ. Inc.
1º, I
com a obtida.
29. § Destruir, danificar ou modificar ninho,
6 m. a 1 ano. Públ. Inc.
1º, II abrigo ou criadouro natural.
Venda, exportação, aquisição ou
29, § guarda de espécimes da fauna silvestre
e produtos derivados, sem licença ou 6 m. a 1 ano. Públ. Inc.
1º, III
provenientes de criadouros não
autorizados.
31 Introdução de espécime animal no país 3 m. a 1 ano. Públ. Inc.
sem licença.
32,
Abuso ou maus tratos em animais. 3 m. a 1 ano. Públ. Inc.
caput
32, § 1º Experiência dolorosa ou cruel com 3 m. a 1 ano. Públ. Inc.
animal vivo.
41, §
Incêndio culposo em mata ou floresta. 6 m. a 1 ano. Públ. Inc.
ún.
Extração mineral não autorizada em
44 6 m. a 1 ano. Públ. Inc.
florestas públicas ou de preservação.
Cortar ou transformar em carvão,
madeira de lei, assim classificada por
ato do poder público, para fins
45 industriais, energéticos ou para outra R. 1 a 2 anos. Publ. Inc.
exploração, econômica ou não, em
desacordo com as determinações
legais.
46, Aquisição ou recebimento de produtos
6 m. a 1 ano. Públ. Inc.
caput vegetais sem verificação de sua

39
extração mediante licença e
desacompanhados de documento.
46, § Venda, depósito, transporte ou guarda
de produtos de origem vegetal sem 6 m. a 1 ano. Públ. Inc.
ún.
licença.
Impedimento da regeneração de
48 6 m. a 1 ano. Públ. Inc.
florestas ou vegetação.
Destruição ou dano em plantas
49 ornamentais de logradouros ou 3 m. a 1 ano. Públ. Inc.
propriedade privada.
50 Destruição ou dano em floresta ou 3 m. a 1 ano. Públ. Inc.
vegetação de especial preservação.
51 Comercialização ou uso de moto-serra 3 m. a 1 ano. Públ. Inc.
sem licença ou registro.
Penetração em Unidade de
52 Conservação portando instrumentos 6 m. a 1 ano. Públ. Inc.
para caça ou exploração florestal, sem
licença.
Causação culposa de poluição danosa à
54,§ ún. saúde humana ou provocadora de 6 m. a 1 ano. Públ. Inc.
mortandade de animais ou de
destruição da flora.
55, Pesquisa ou extração mineral sem
autorização ou em desacordo com a 6 m. a 1 ano. Públ. Inc.
caput
licença.
55, § Não recuperação de área de pesquisa
6 m. a 1 ano. Públ. Inc.
ún. ou exploração mineral.
Substância tóxica, perigosa ou nociva à
56, § 3º 6 m. a 1 ano. Públ. Inc.
saúde humana ou ao meio ambiente.
Estabelecimentos, obras ou serviços
potencialmente poluidores, sem licença
60 1 a 6 meses. Públ. Inc.
ou contrariando normas legais e
regulamentares.
62, § Destruição, inutilização ou 6 m. a 1 ano. Públ. Inc.

40
ún. deterioração culposa de bem
especialmente protegido.
Construção em solo não edificável ou
64 seu entorno, sem autorização ou em 6 m. a 1 ano. Públ. Inc.
desacordo com a autorização
concedida.
65, Conspurcação (pichação) de edificação 3 m. a 1 ano. Públ. Inc.
caput ou monumento urbano.
65, § Conspurcação (pichação) de
6 m. a 1 ano. Públ. Inc.
ún. monumento ou coisa tombada.
68, § Não cumprimento culposo de
obrigação de relevante interesse 3 m. a 1 ano. Públ. Inc.
ún.
ambiental.

Estatuto de Defesa do Torcedor


Artigo Denominação da Infração Pena(s) Ação Penal
Promover tumulto, praticar ou incitar a
violência, ou invadir local restrito aos
Art. 41- competidores em eventos esportivos, num 1a2
B, caput raio de 5.000 (cinco mil) metros ao redor anos e Públ. Inc.
eI do local de realização do evento esportivo, multa
ou durante o trajeto de ida e volta do local
da realização do evento.
Portar, deter ou transportar, no interior do
Art. 41- estádio, em suas imediações ou no seu 1a2
trajeto, em dia de realização de evento anos e Públ. Inc.
B, II
esportivo, quaisquer instrumentos que multa
possam servir para a prática de violência

41
Estatuto do Desarmamento (Lei n.° 10.826, de 22 de
dezembro de 2003)
Ação
Artigos Denominação da Infração Pena(s)
Penal
Deixar de observar as cautelas
necessárias para que menor de 18
(dezoito) anos ou pessoa portadora de
13 1 a 2 anos. Publ. Inc.
deficiência mental de apodere de arma
de fogo que esteja sob sua posse ou
que seja de sua propriedade.
Nas mesmas penas incorrem o
proprietário ou diretor responsável de
empresa de segurança e transporte de
valores que deixarem de registrar
ocorrência policial e de comunicar à
13, §
Polícia Federal perda, furto, roubo ou 1 a 2 anos. Publ. Inc.
único
outras formas de extravio de arma de
fogo, acessório ou munição que
estejam sob sua guarda, nas primeiras
24 (vinte e quatro) horas depois de
ocorrido o fato.

Lei do Desporto/Bingo (Lei n.° 9.615, de 24 de março de 1998)


Ação
Artigos Denominação da Infração Pena(s)
Penal
Manutenção ou realização de jogo de P.S. 6 m. a 2
75 Públ. Inc.
bingo sem autorização legal. anos.
Oferecimento em bingo de prêmio P.S. 6 m. a 1
77 Públ. Inc.
diverso do permitido em lei. ano.

42
Estatuto do Idoso*, (Lei n.° 10.741, de 01 de outubro de 2003)
Capítulo I
Disposições Gerais
(...)Art. 94. Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena máxima
privativa de liberdade não ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-se o
procedimento previsto na Lei n.º 9.099, de 26 de setembro de
1995, e, subsidiariamente, no que couber, as disposições do
Código Penal e do Código de Processo Penal.
idoso - Individuo acima da 60 anos

Ação
Artigos Denominação da Infração Pena(s)
Penal
Discriminar pessoa idosa, impedindo
ou dificultando o seu acesso a
operações bancárias, aos meios de
transporte, ao direito de contratar ou
por qualquer outro meio ou
instrumento necessário ao exercício
da cidadania, por motivo de idade.
R 6 m. a 1 ano e
96 §1º Na mesma pena incorre quem Publ. Inc
multa.
desdenhar, humilhar, menosprezar ou
discriminar pessoa idosa, por qualquer
motivo.
§2º A pena será aumentada de 1/3 (um
terço) se a vítima se encontrar sob os
cuidados ou responsabilidade do
agente.
Deixar de prestar assistência ao idoso,
quando possível fazê-lo sem risco
pessoal, em situação de iminente
97 6 m a 1 ano e
perigo, ou recusar, retardar ou Publ. Inc
multa
dificultar sua assistência à saúde, sem
justa causa, ou não pedir, nesses
casos, o socorro da autoridade

43
pública.
Abandonar o idoso em hospitais,
casas de saúde, entidades de longa
6 m a 3 anos e
98 permanência ou congêneres, ou não Publ. Inc
multa
prover suas necessidades básicas,
quando obrigado por lei ou mandado.
Expor a perigo a integridade e a saúde
física ou psíquica, do idoso,
submetendo-o a condições desumanas
ou degradantes ou privando-o de 2 m a 1 ano e
99 Publ. Inc
alimentos e cuidados indispensáveis, multa
quando obrigado a fazê-lo, ou
sujeitando-o a trabalho excessivo ou
inadequado.
§1º Se o fato resulta lesão corporal de R. de 1 ano a 4
99 Publ. Inc
natureza grave anos e multa
I – obstar o acesso de alguém a
qualquer cargo público por motivo de
idade;
II – Negar as alguém por motivo de
idade, emprego ou trabalho;
III - recusar, retardar ou dificultar
atendimento ou deixar de prestar
assistência à saúde sem justa causa, a
pessoa idosa; R. 6 m a 1 ano e
100 Publ. Inc
IV – deixar de cumprir, retardar ou multa
frustrar, sem justo motivo, a execução
de ordem judicial expedida na ação
civil a que alude esta Lei;
V – recusar, retardar ou omitir dados
técnicos indispensáveis à ação civil
objeto desta lei, quando requisitados
pelo Ministério Público.

Deixar de cumprir, retardar ou 6 m a 1 ano e


101 Publ. Inc
frustrar, sem justo motivo, a execução multa

44
de ordem judicial expedida nas ações
em que for parte ou interveniente o
idoso:
Apropriar-se de ou desviar bens,
proventos, pensão ou qualquer outro R. 1 a 4 anos e
102 Publ. Inc
rendimento do idoso, dando-lhes multa
aplicação diversa da de sua finalidade.
Negar o acolhimento ou a
permanência do idoso, como
6 m a 1 ano e
103 abrigado, por recusa deste em Publ. Inc
multa
outorgar procuração à entidade de
atendimento.
Reter o cartão magnético de conta
bancária relativa a benefícios,
proventos ou pensão do idoso, bem 6 m a 2 anos e
104 Publ. Inc
como qualquer outro documento com multa
objetivo de assegurar recebimento ou
ressarcimento de dívida
Exibir ou veicular, por qualquer meio
de comunicação, informações ou 1 a 3 anos e
105 Publ. Inc
imagens depreciativas ou injuriosas à multa
pessoa do idoso.
Induzir pessoa idosa sem
discernimento de seus atos a outorgar
106 R. 2 a 4 anos Publ. Inc
procuração para fins de administração
de bens ou deles dispor livremente
Lavrar ato notarial que envolva pessoa
108 idosa sem discernimento de seus atos, R. 2 a 4 anos Publ. Inc
sem a devida representação legal

ATENÇÃO: Não se aplica a Lei nº 9.099/95, (TCO) às infrações penais


cometidas mediante violência doméstica e familiar contra a mulher (Lei nº
11.340, de 07 de agosto de 2006 – LEI MARIA DA PENHA, nos atos
infracionais e nos crimes militares)

45
PADRÕES DE PROCEDIMENTO POLICIAL

Procedimento Operacional Padrão (POP) “01”

Infrações penais de menor potencial ofensivo, processadas


através de AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA.

1. Ações para a administração da ocorrência:


a) Identificação do ofendido, do autor e das testemunhas;
b) Ciência de como se deram os fatos;
c) Prisão do autor da infração;
d) Apreensão de instrumentos ou objetos usados na prática da
infração se houver;
e) Havendo o compromisso do autor em comparecer ao JECrim,
o condutor da ocorrência deve lavrar o ROP, requisitar exames
de corpo de delito, se for o caso, e liberar os envolvidos. Não
havendo o compromisso do autor em comparecer ao JECrim, o
condutor da ocorrência deverá lavrar o ROP-PF/AM e
apresentar o autor, preso em flagrante delito, na Delegacia de
Polícia, sem requisitar exames de corpo de delito, ressalvado o
previsto na Lei nº 9.503/97 (Código de Trânsito Brasileiro);
f) A apresentação do autor no órgão de destino deve ser
registrada no campo do Relatório intitulado “providências”,
lembrando sempre de registrar as condições físicas do autor e
seus pertences no campo próprio do Relatório;
g) A entrega do conduzido no órgão de destino (Conselho
Tutelar, Delegacia de Polícia, entre outros) deve ser feita

46
mediante recibo no campo próprio do Relatório, assinado pelo
servidor que recebê-lo. A primeira via do Relatório deve ser
entregue no órgão que recebeu o conduzido e as cópias
encaminhadas à OPM;

2. Aspectos a serem observados na confecção do


RELATÓRIO DE OCORRÊNCIA POLICIAL e outros
formulários:
a) Registro dos dados de identificação dos envolvidos no
formulário do Relatório;
b) No relatório iniciar com a descrição do ocorrido [o quê? Por
quê? (...)], referenciar às declarações pessoais dos envolvidos
(ofendidos, testemunhas e autores), indicando se não houver
testemunhas. Por fim, concluir diante dos registros e
constatações;
c) Registro da apreensão e descrição dos instrumentos ou objetos
envolvidos ou utilizados na prática da infração se houver, bem
como a indicação do local em que serão depositados;
d) Tomada do compromisso de comparecimento do autor da
infração, com subsequente registro no Relatório da modalidade
Termo Circunstanciado e emissão das requisições de exames
de corpo de delito se for o caso. Havendo negativa do
compromisso, registrar no Relatório a modalidade de Prisão em
Flagrante Delito/Apreensão e não emitir requisições de exames
de corpo de delito, as quais serão emitidas pela polícia civil;
e) Identificação dos policiais que deram atendimento à
ocorrência.

47
3. Providências em caso do autor ser criança ou adolescente:

a) Em casos de criança, em ato infracional cometido em qualquer


circunstância (com ou sem emprego de violência ou grave
ameaça) e para adolescentes, cujo ato infracional não tenha
sido cometido mediante emprego de violência ou grave
ameaça, apreender e acionar o representante do Conselho
Tutelar do Município para a entrega do menor. Inexistindo
Conselho Tutelar no município ou estando este fechado no
momento da ocorrência, será realizada a condução para a
Delegacia de Polícia Civil especializada ou, na falta desta, para
a Delegacia de Polícia Civil indicada para estes casos. Lavrar o
Relatório na modalidade de Apreensão e entregar o menor ao
servidor do órgão que recebê-lo, mediante recibo;
b) Em casos de atos infracionais cometidos com emprego de
violência ou grave ameaça, cujo autor seja adolescente,
conduzir à Delegacia Especializada ou na sua falta àquela
indicada na Comarca, lavrar o Relatório na modalidade de
Apreensão e entregar o adolescente ao policial civil
responsável, mediante recibo;
c) Em qualquer dos casos anteriores não se lavra TC, portanto
não se fala em representação, muito menos em Termo de
Compromisso de Comparecimento, uma vez que este é
inimputável penalmente, sujeito apenas às medidas previstas no
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

48
d) Nos casos em que a criança ou adolescente, autor de ato
infracional, terminar entregue ao representante do Conselho
Tutelar, cópia do Relatório Apreensão deverá ser encaminhada
ao Juizado da Infância e da Juventude para conhecimento e
providências legais.

4. Providencias em casos de SOM ABUSIVO (Perturbação do


Sossego e Trabalho alheios)

Nos casos que envolvam emissão de som abusivo o


Formulário de Informações Complementares –
Perturbação de sossego deverá ser preenchido com o
máximo de informações possíveis

49
Procedimento Operacional Padrão (POP) “02”
Infrações penais de menor potencial ofensivo, processadas
através de AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA ou
através de AÇÃO PENAL PRIVADA.

1. Ações para a administração da ocorrência:


a) Identificação do ofendido, do autor e das testemunhas;
b) Ciência de como se deram os fatos;
c) Verificação do interesse do ofendido (ou de quem o represente
legalmente) em manifestar a representação criminal ou o
interesse de queixa;
d) Manifestando o ofendido interesse em não representar ou
queixar, não se imporá a prisão em flagrante do autor, bem
como não se lavrará Termo de Compromisso do mesmo, sendo
todos liberados após o registro dos fatos no RELATÓRIO DE
OCORRÊNCIA POLICIAL Comunicação de Ocorrência
Policial, neste caso não há necessidade de solicitar exame de
corpo de delito para os ofendidos, diante da renúncia ao direito
de representação ou do interesse de queixa;
e) Manifestando o ofendido interesse em decidir posteriormente,
sobre a representação ou a queixa, não se imporá a prisão em
flagrante do autor, bem como também não se lavrará Termo de
Compromisso do mesmo, sendo todos liberados após o registro
dos fatos no RELATÓRIO DE OCORRÊNCIA POLICIAL
Comunicação de Ocorrência Policial; Neste caso, quando
necessário, por precaução, deve ser solicitado exame de corpo
de delito para os ofendidos;

50
f) Ocorrendo manifestação em exercer a representação ou o
interesse de queixa, o condutor da ocorrência deve anunciar a
prisão em flagrante delito do autor da infração, lavrar o
Relatório e propor a lavratura do Termo de Compromisso de
Comparecimento;
g) Havendo o compromisso do autor em comparecer ao JECrim,
o condutor da ocorrência deve lavrar o ROP, requisitar os
exames de corpo de delito se for o caso e liberar os envolvidos.
Não havendo o compromisso do autor em comparecer ao
JECrim, o condutor da ocorrência deverá lavrar o ROP-PF/AM
e apresentar o autor, preso em flagrante delito, na Delegacia de
Polícia, sem requisitar exames de corpo de delito, ressalvado o
previsto na Lei nº 9.503/97 (Código de Trânsito Brasileiro);
h) A apresentação do autor no órgão de destino deve ser
registrada no campo do Relatório intitulado “providências”,
lembrando sempre de registrar as condições físicas do autor e
seus pertences no campo próprio do Relatório;
i) A entrega do conduzido no órgão de destino (Conselho Tutelar,
Delegacia de Polícia, entre outros) deve ser feita mediante
recibo no campo próprio do Relatório, assinado pelo servidor
que recebê-lo. A primeira via do Relatório deve ser entregue
no órgão que recebeu o conduzido e as cópias encaminhadas à
OPM;
j) Apreensão de instrumentos ou objetos usados na prática da
infração se houver;
l) Lavrado o ROP, este deverá ser entregue ao final do serviço na
respectiva OPM para processamento.

51
2. Aspectos a serem observados na confecção do
RELATÓRIO DE OCORRÊNCIA POLICIAL e outros
formulários:
a) Registro dos dados de identificação dos envolvidos no
formulário do Relatório;
b) No relatório iniciar com a descrição do ocorrido respondendo
aos questionamentos (O quê? Por quê? Quando? Onde?
Como?), referenciar as declarações pessoais dos envolvidos
(ofendidos, testemunhas e autores), indicando se não houver
testemunhas. Por fim, concluir diante dos registros e
constatações;
c) Registro da apreensão e descrição dos instrumentos ou objetos
envolvidos ou utilizados na prática da infração se houver, bem
como a indicação do local em que serão depositados;
d) Registro da manifestação do(s) ofendido(s);
e) Tomada do compromisso de comparecimento do autor da
infração, quando aceito;
f) Quando não for possível, em razão da impossibilidade do
ofendido manifestar, deve ser presumida a manifestação. Neste
caso, se possível, colher a assinatura de algum parente próximo
(responsável), cientificando-o das consequências da
manifestação, a qual, todavia, poderá ser retratada em juízo
antes da denúncia do Ministério Público;
g) Quando o ofendido for menor de 18 anos ou incapaz, sua
manifestação dar-se-á por seu representante legal (pais, tutor
ou curador);

52
h) Todavia se o representante legal do menor for o próprio autor
da infração penal, contra ele cometida, deverá o policial
condutor da ocorrência presumir a manifestação do ofendido e
consignar esta informação no Histórico do Relatório, deixando
de preencher o termo de manifestação do ofendido. Neste caso,
não será agendada audiência para o ofendido e nem para o
autor, cujo termo de compromisso deverá ser preenchido
consignando que comparecerá ao JECrim quando intimado;
i) Emissão das requisições de exames de corpo de delito, quando
for o caso, aos ofendidos, quando houver manifestação de
representação ou queixa, ou no caso de decidir posteriormente,
bem como nas presunções de manifestação;
j) Identificação dos policiais que deram atendimento à ocorrência.

3. Providências em caso do autor ser criança ou adolescente:


a) Em casos de criança, em ato infracional cometido em qualquer
circunstância (com ou sem emprego de violência ou grave
ameaça) e para adolescentes, cujo ato infracional não tenha
sido cometido mediante emprego de violência ou grave
ameaça, apreender e acionar o representante do Conselho
Tutelar do Município para a entrega do menor. Inexistindo
Conselho Tutelar no município ou estando este fechado no
momento da ocorrência, será realizada a condução para a
Delegacia de Polícia Civil especializada ou, na falta desta, para
a Delegacia de Polícia Civil indicada para estes casos. Lavrar o
Relatório na modalidade de Apreensão de Menor (ROP-

53
PF/AM) e entregar o menor ao servidor do órgão que recebê-
lo, mediante recibo;
b) Em casos de atos infracionais cometidos com emprego de
violência ou grave ameaça, cujo autor seja adolescente,
conduzir à Delegacia Especializada ou na sua falta àquela
indicada na Comarca, lavrar o Relatório na modalidade de
Apreensão e entregar o adolescente ao policial civil
responsável, mediante recibo;
c) Em qualquer dos casos anteriores não se lavra TC, portanto
não se fala em representação, muito menos em Termo de
Compromisso de Comparecimento, uma vez que este é
inimputável penalmente, sujeito apenas às medidas previstas no
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
d) Nos casos em que a criança ou adolescente, autor de ato
infracional, terminar entregue ao representante do Conselho
Tutelar, cópia do Relatório Apreensão deverá ser encaminhada
ao Juizado da Infância e da Juventude para conhecimento e
providências legais.

54
DISPOSIÇÕES FINAIS

1) Em qualquer ocorrência, quando necessário, os envolvidos


devem ser encaminhados ao médico para atendimento, cabendo
ao policial militar condutor, solicitar o respectivo documento que
caracterize o atendimento, com a descrição das lesões
constatadas;
2) A providência acima não substitui a emissão de requisição de
exame de corpo de delito, que deve ser emitida pelo próprio
policial militar condutor da ocorrência;
3) Sempre que para a prática da infração penal o autor se valer de
algum instrumento, este deve ser apreendido criminalmente a fim
de ser encaminhado a exame de corpo de delito, mediante
requisição providenciada pelo Oficial Gestor;
4) A apreensão criminal de veículos envolvidos em infração
penal, somente ocorrerá quando o policial condutor da ocorrência
verificar contradições sérias entre as declarações dos envolvidos
pondo em dúvida a causa da infração penal. Da mesma forma,
quando houver alegação direta, de qualquer dos envolvidos,
quanto a evento ocorrido no veículo, que possa ser o
desencadeador da infração penal, ou ainda quando utilizado em
prática de perturbação do trabalho ou Sossego alheio por som
abusivo quando não for possível a retirada do equipamento de
som utilizado na infração;
5) Quanto às retenções administrativas, quando cabíveis,
procede-se como de costume.

55
OBRIGAÇÕES PENAIS

A Polícia Militar de Sergipe observará em suas abordagens de rotina, no sentido


de identificar situações em que podem configurar descumprimento de obrigação judicial, através
do procedimento de Consulta Criminal e seus desdobramentos com a utilização do Controle
Integrado de Fiscalização e Acompanhamento de Alternativas Penais (CIFAP), obtendo
informações do site do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe referente a mandados de prisão e
as obrigações penais.

ROL DE OBRIGAÇÕES PENAIS


1. Proibição ou frequência a determinados lugares;
2. Proibição de indiciado ou acusado manter contato com determinada pessoa;
3. Proibição de ausentar-se da Comarca;
4. Recolhimento domiciliar investigado ou acusado no período noturno e nos dias de
folga;
5. Suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou
financeira;
6. Suspensão da posse ou restrição do porte de armas;
7. Afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;
8. Proibição de aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas;
9. Proibição de contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio
de comunicação;
10. Restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores;
11. Monitoração eletrônica.

PADRÕES DE PROCEDIMENTO POLICIAL

Serve como guia para atuação dos policiais militares frente ao atendimento de ocorrências
que demandem a lavratura do Relatório de Ocorrência nas modalidades de Prisão em
Flagrante - PF (mandado de prisão) e Comunicação de Ocorrência Policial - COP
(obrigações penais). Assim, foi definido um Padrão de Procedimento Policial (PPP),

56
abrangendo as situações comumente enfrentadas, o policial deve registrar o fato conforme
narrado ou verificado.

Procedimento Operacional Padrão (POP)


Utilizado para o atendimento da Consulta Criminal

1) Ações para a administração da ocorrência:


(a) Identificar o indivíduo em possível situação Mandado de Prisão (MP) ou de
Descumprimento de Obrigação Penal (DOP);
(b) Solicitar ao agente de consulta (OPM/CIOSP) a pesquisa sobre a situação do individuo
através do sítio do TJSE;
(c) Cadastrar a ocorrência no CIOSP, consignado do ROP-COP/ROP-PF, com o número do
protocolo;
(d) No caso de mandado de prisão, executar o MP na delegacia.
(e) Na ausência de MP, mas na existência de DOP, o policial flagranteador da ocorrência
lavra o ROP-COP, libera o descumpridor no local da ocorrência e encaminha o documento
para sua OPM, no final do serviço;
(f) O oficial Encarregado do ACD, através do ROP-COP do DOP, lavra o Auto de
Constatação de Descumprimento (ACD) virtual e envia ao juízo competente, via Portal
Criminal do TJSE.

2) Aspectos a serem observados na confecção do Relatório de Ocorrência e outros


formulários:
(a) Registro dos dados de identificação dos envolvidos no formulário do Relatório;
(b) No relatório iniciar com a descrição do ocorrido [O quê? Por quê? (...)], indicando se
não houver testemunhas. Por fim, concluir diante dos registros e constatações;
(c) Identificação dos policiais que deram atendimento à ocorrência.

57

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