Currículo Educacional do Ceará
Currículo Educacional do Ceará
REFERENCIAL DO CEARÁ
Ficha catalográfica-Documento curricular referencial do Ceará.
1000p. il.
ISBN 978-85-8171-249-9
CDU 37.014
3
Ensino Fundamental
Ana Gardennya L. S. Oliveira
(Ensino Fundamental – Anos Finais) Arte
Francisca Lúcia de Jesus Bernardino
COORDENAÇÃO ESTADUAL DE Genivaldo Macário de Castro
IMPLEMENTAÇÃO DO DOCUMENTO
CURRICULAR REFERENCIAL DO CEARÁ Educação Física
Adriano César Carneiro Loureiro
EQUIPE DE GESTÃO Kessiane Fernandes Nascimento
Paula Matias Soares
Coordenadoras Estaduais de Elaboração
Betânia Maria Gomes Raquel (SEDUC) Língua Portuguesa
Lucidalva Pereira Bacelar (Undime) Eulália Vera Lúcia Fraga Leurquin
Mônica de Souza Serafim
Coordenadora Estadual de Renata Sorah de Sousa e Silva Rodrigues
Implementação Ana Gardennya Linard Sírio
Oliveira (SEDUC) Lucidalva Pereira Bacelar
Língua Inglesa
(UNDIME)
Karina Pontes Andrade
Sandra Maria Oliveira dos Santos
Articulador de Regime de Colaboração
Hermano Heleno Soares Beviláqua (Undime)
Geografia
Ivan Bezerra Quevedo Filho
Analista de Gestão
Luiz Raphael Teixeira da Silva
Esther Madeleine Leblanc
História
EQUIPE DE CURRÍCULO Gustava Bezerril Cavalcante
Valesca Gomes Rios
Coordenadores(as) de Etapa
Mariana de Oliveira França Soares Ciências
(Educação Infantil)
Ana Paula Pequeno Matos
Maria Socorro Bezerra Leal Jaqueline Rabelo de Lima
(Ensino Fundamental – anos iniciais) Laricy Souza Alves Rodrigues
Nilson de Souza Cardoso
(Ensino Fundamental – anos finais) Matemática
Denylson da Silva Prado Ribeiro
Redatores(as) Juscileide Braga de Castro
Luzia de Queiroz Hippolyto
Texto Introdutório
Lindalva Pereira Carmo Consultoras
Lindalva Pereira Carmo (Texto Introdutório)
Educação Infantil Marisa Vasconcelos Ferreira (Educação Infantil)
Modalidades de Ensino
Educação Física
Gêwada Weyne Linhares (SEDUC)
Aline Lima Torres (SME Fortaleza)
Liliana Castor Farias (SEDUC)
Antônio de Pádua Muniz Soares
Maria Bernardete Alves Feitosa (SEDUC)
(SEDUC)
Nohemy Rezende Ibanêz (SEDUC)
Antonio Freitas Araújo
Silvana Teófilo Machado (SEDUC)
(SME Maranguape)
Antônio Nonázio Holanda de Moura
Educação Infantil
(SME Maranguape)
Antônia de Maria Linhares Araújo
Antônio Ricardo Catunda de Oliveira (UECE)
(SME - Fortaleza)
Dirlene Almeida Ferreira (SME Maracanaú)
Ana Cristina Chaves Carvalho (SME - Fortaleza)
Elainny Patrícia Lima Barros (SME Fortaleza)
Ana Paula dos Santos Alves Simões
Heraldo Simões Ferreira (UECE)
(SME - Fortaleza)
João Ananias de Sousa Marques (SEDUC)
Ana Paula Azevedo Furtado (SME - Fortaleza)
Joaquim Alves Neto (UVA)
Kleriston Linhares Teixeira (UECE)
Kristiane Mesquita Barros Franchi (UECE)
Mabelle Maia Mota (SEDUC)
Língua Portuguesa Antônio Luan Ferreira Taveira (SEDUC)
Ana Angélica Lima Gondim (UEPI) Adriana Duarte dos Santos Moreira
5
(SME Fortaleza) Maria da Conceição Sales da Costa
Claudenia Lemos (SEDUC) (SME Fortaleza)
Elaine Moraes (SEDUC) Mário Barbosa Oliveira (SME Fortaleza)
Larissa Maria Ferreira da Silva Rodrigues (UFPI) Luiz Raphael Teixeira da Silva
Maria Cilvia Queiroz (Consultora PAIC) (Rede Pública Estadual de Ensino)
Meire Celedonio da Silva (IFRN)
Sergiana Cortez de Abreu (SEDUC) LEITORES(AS) CRÍTICOS(AS)
Késia Suyanne Pinheiro Lima (SME Fortaleza)
Texto Introdutório
Área Ciências Humanas Alanna Oliveira Pereira Carvalho (IFCE)
Robert Lassance Carvalho Braga (INEP)
Geografia Rosendo Freitas de Amorim (SEDUC)
Homero Henrique de Souza (SEDUC)
Luzilânia Siqueira Oliveira Facundo Educação Infantil
(Rede Pública Estadual de Ensino) Maria de Lourdes Carvalho Nunes Fernandes
Michelle Alves de Albuquerque (UECE)
(Rede Pública Estadual de Ensino) Sandra Schramm (UECE)
Fabrício Américo Ribeiro (IFCE) Ana Carla Sabino Fernandes (UFC) Ana
História Karine Martins Garcia (UFC)
Leandro Santos Bulhões de Jesus (UFC) Marian Costa Cavalcante
Maíra Moreira Prudêncio
Área de Ciências da Natureza Rafaela Moreira de Melo
Síntia Síria Soares Vieira
Ciências
Alanna Oliveira Pereira Carvalho (IFCE) CREDE 2
Mário Cézar Amorim de Oliveira (UECE) Ana Patrícia Carneiro
Celli Rodrigues Muniz (IFCE) Angelúcia Cardoso de Abreu
Marcos Antonio Araujo Silva (UFC) Auricélio dos Santos Feitosa
Carlos Alberto Santos de Almeida (UFC) Claudiane de Paula Mendonça
Afrânio de Araujo Coelho (UFC) Francisca Helena Freitas Teodósio Maia
Nildo Loiola Dias (UFC) Francisco Alberyvan Silva
Érika Freitas Mota (UFC) Francisco Rafael Mota de Sousa
Nágila Rabelo de Lima (UFC) Josué Rodrigues da Silva
Marcos Antônio Farias Duarte
Área de Matemática Maria Conceição de Araújo
Maria das Graças de Sousa
Matemática Maria Erbene Gomes Santos
Jorge Herbert Soares de Lira (UFC) Maria Estrela Alves Coelho
Robert Lassance Carvalho Braga (INEP) Maria Sandra Castro da Silva
Renata Gomes Araújo
Área de Ensino Religioso Rosângela Barroso de Oliveira Bruno
Régia Sumaya de Sousa Acácio Gomes
Ensino Religioso Socorro Maria Rodrigues Gomes
Erinaldo Pedro da SIlva (SME Fortaleza)
Paulo Agostinho Nogueira Baptista (PUC CREDE 3
Minas) Gisele do Prado Siqueira (PUC Minas) Edna Maria de Araújo
Klênia Maria de Souza Rocha
COMISSÕES REGIONAIS DE Kátia Regina Carvalho da Cruz Oliveira
IMPLEMENTAÇÃO DA BASE NACIONAL Leila Maria Rodrigues
COMUM CURRICULAR Lidiane da Silva Rogério Mota
Maria Aládia Brandão Silveira Guilherme
CREDE 1 Maria Raquel Silveira Adriano
Airton Jarde Oliveira da Silva Maria Vera Vasconcelos
Ana Paula Lima Mendes Raimunda Nonata Muniz Silveira
Rita Morais de Vasconcelos
Elenir Lima de Oliveira
Francisco Ricardo Lopes da Silva
CREDE 4
Josélia Almeida Lopes de Sousa
Ana Hélita Ferreira Julião
José Tanilzo Sá Junior
Antônia Janine C.G. de Oliveira
Maria Agnalda Costa Castelo
Fabiana Brito da Silva
Maria Angélica Sales da Silva
Francisca Maria Barros Idelfonso Brasil
Maria Aparecida Pacobayba Raposo
Júlia Lúcia de Araújo
Maria Luzivany Euzébio Freire
Maria da Conceição de Sousa
Maria Graziela Barbosa Fontenele
Maria Vanda Pereira dos Santos
7
Raimunda Ferreira Lima Rocha
CREDE 5 Ana Monica Ximenes de Aguiar Silva Antônia
Edilange Vieira Bezerra Francisco Cledson Araújo
Ana Edinéia Oliveira Araújo Fontenelle
Sampaio Glaucineide Marques Tomaz
Ana Flavia Moreira de Melo Lima
Lucia Vania Negreiros Pontes
Maria da Conceição de Araujo Maria Verbena Martins Pereira
Maria Gorete de Sousa Romário Olegário Oliveira Martins
Maria Rosani Soares do Nascimento
Maricelia Damasceno Rocha CREDE 8
Parente Régis Brito Ribeiro Aglay Assis Ferreira de Moura
Carlos Antonio dos Santos Lima
CREDE 6 Francisco Idelfonso Pereira da Silva
Alexandra Braga de Sousa Leyla Jales Leite Ferreira
Ana Silvania Gomes Lucileide Gomes de Andrade
Antônia Rosângela Freitas Marcia Aurelia Julião Monteiro
Araújo Conceição Maria Oliveira Maria Delvania Alves dos Santos
Ferreira Cátia Alântaras de Paulo Maria Edineide Silvino Rodrigues
Edna lucia Lima Maria Erislene Almeida da Mata
Florência Átilla Pires Lopes Maria Rosivane da Silva Macedo
Francicsa Eunie Nascimento Elmiro Marliene Soares de Sousa
Jefferson dos Santos Costa Monica Pinto de Abreu
Joaquim Severiano Silva Rebeca Alves Medina
José Maria Rocha Roselia Magalhães Ribeiro de Freitas
Jucilene Paiva Dias Taiana dos Santos Monteiro
Karla Soraya de Almeida Sousa Vera Lúcia Alves Costa
Luciana Costa Araújo Freire
Ludmila Albuquerque Robeiro CREDE 9
Maria do Socorro Araújo Ana Gisele Ricardo Guedes
Maria Eliane Maciel Albuquerque Danielle de Souza Lima Carvalho
Rosangela Mendonça Elizângela dos Santos Carlos Barbosa
Roseline Cristina Damasceno Francisca de Assis Viana Moreira
Ponte Rosevane Carvalho da Silva Francisco Aurélio Ramos da Silva
Solange Maria Rodrigues Freire Maria das Graças Santiago de Sousa
Solange Pereira De Araújo Maria de Lourdes Holanda
Vilma Rodrigues Lira de Souza Rafael Carvalho do Vale
Tarcila Barboza Oliveira
CREDE 7
Ana Nicolle Lima de Vasconcelos Gomes CREDE 10
Edvângela Sousa Oliveira Adaulênia Magalhães de Lima
Eliene Brito da Cunha Ana Jaira de Araújo Freitas
Gilzana Barroso Uchoa Brena Kezy da Silva Maia Dias
Lorena Oliveira Silveira Débora Aldyane Barbosa Carvalho
Luciana Alexandre da Silva Fernandes Francisca Danielle Barbosa Freire
Maria Claudia Ferreira Vasconcelos Irla Nayara Targino Guerreiro
Izaura Maria Freire da Silva
Jacinta Lúcia Nogueira Melo
8
José de Fátima Lima Chagas
Maria Neumaly Cavalcante de Almeida Raulino
Maria Suerda Queiroz Moura
Monalisa de Paula Chaves
Rosimeire Rebouças da Silva
Silvana Xavier Santiago de Lima
Silvia Helena Gomes Silva
Tanisa Morgado do Nascimento CREDE 11
Ana Paula de Sousa Édson Alves de Lima
Antonio Glerton Barreto Pinheiro Izabel Lemos de Souza
Jessé Dantas de Lima Joana Esmeralda Pinheiro
Jorge Nogueira de Freitas Maria de Fátima Fernandes Barbosa
Luciana Peixoto de Freitas Maria Marilene Oliveira M Figueiredo
Maria Aída Vaz dos Santos Maria Reginalda da Silva
Maria Sandra de Sena Alves Ruth Maria Pinheiro
Resse Claudia Alves de Almeida Vanda Lima de Lucena
Vânia Maria Pinheiro Bezerra Yres Stella Macedo Vieira
Zenóbia da Silva Maia Fernandes
CREDE 15
CREDE 12 Alyson Filipe Freitas Torquato
Antônio Edilberto Sousa do Nascimento José Wilton Gonçalves Martins
Catarina Inês de Almeida Kercivânia Furtado Bezerra
Dirce Maria Marques De Matos Maria Lúcia Monteiro Cavalcante
Francinara Maíra de Brito Lopes Maria Rosana Teixeira
Janaína Silveira De Sousa Marlicia Fernandes de Oliveira
Juliana Nara Cavalcante Santos Valdira Vieira de Moura
Leidinara de Oliveira Freitas Valzuleide Bezerra dos Santos Lima
Luiza Maria Bezerra Holanda
Rogério Barreira Pinheiro CREDE 16
Rosilene Ferreira Sousa Antonia Aglaí de Melo
Rosângela Maria Oliveira Diniz Costa Antonia Aurinete Gomes
Carlos Eduardo Macedo Brasil
CREDE 13 Edna Maria de Lima Sarmento
Antonia Rejani de Araújo Marques Jucirene Ana Araújo da Silva
Antonia Rodrigues da Silva Maria Cristieny Rodrigues
Francisca Eliêda de Carvalho Maria José da Silva Gomes
Francisco Alcion Vieira Maria Lopes Duarte
Francisco de Souza Arnaud Junior Márcia Maria Gomes Rodrigues Cavalcante
Helia Marta Lima Araújo Tamires Maria da Silva Pinheiro
Katiana Gomes Ferreira
Leonardo Paulo De Sousa CREDE 17
Lindaleia Aires Evangelista Cícero Alves da Silva
Margarida Maria de Sousa Paixão Elaine Cristina César Macena
Maria Do Socorro Araújo Francisca Francileuda Pereira Maia Lima
Maria Eliziana de Sousa Silva Francisco Wellington Lemos Lima
Marly Leonardo de Sousa Glaudistônia Chaves dos Santos Moreira
Nazira Vieira Lima Heriberto Menezes de Morais
Rosimary Gomes da Silva Maria Aparecida Gomes Moreira
Maria Auxiliadora de Sales
CREDE 14 Maria Suellen Juca da Silva
Ana Cláudia Moreira Thiálita Gomes Rufino
CREDE 18
Ana Fábia Pereira Barbosa
Antonia Eridiana Alves Martins de Oliveira
Antônia Cleonide de Oliveira Castro Francisca Tatiane Dino Noronha Isaías
Elisa Juniana Delmondes de Sousa Vieira de Morais
9
Luciana Ribeiro Rodrigues SECRETÁRIOS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO
Maria Auristela Silva Ribeiro QUE ASSINARAM O TERMO DE
Maria Girlene de Souza Silva COLABORAÇÃO PARA CONSTRUÇÃO DO
Maria Isabel Canuto Gonçalves da Silva DCRC
Arraes Maria Lizier Ferreira Caldas
Mariana Rodrigues Pereira Município de Abaiara
Marta Régia Frutuozo Alcântara Alencar Inês Moreira de Sousa
Matilde Gomes Cavalcante
Roberci Vânia de Oliveira Município de Acarape
Samara Alves de Oliveira
Maria Celina G. Carlos Monteiro
Waleska Maria Rodrigues de Alencar
Município de Acopiara
CREDE 19
Robson Alves de Almeida Diniz
Denise Pedroso de Morais
Francisca Pereira Fonseca Cruz
Município de Aiuaba
Gisélia Pereira Oliveira
Francisco Eduardo Feitosa de Brito
Jezumira Ribeiro Dias Clementino
Josefa Tavares de Luna Pinho
Município de Alcântaras
Maria de Fátima Aquino
Charlyne Cunha Freire
Socorro José de Souza
Terezinha Maria de Melo Nunes
Município de Altaneira
Vanderson da Costa Sabino
Leocádia Rodrigues Soares
CREDE 20
Município de Alto Santo
Ana Maria Saraiva Calixto
Alessio Costa Lima
Aurileide Soares Dantas
Cicera Argemira de Figueiredo
Município de Amontada
Cirene Maria Esmeraldo
Francisca Leurismar A. Caranha
Creusa Oliveira Leite Milcharek
Dezângela Aguiar Moreira
Município de Antonina do Norte
Francisca Liliane dos Santos
Joana Braga Arrais Sousa
Francisco Jucélio dos Santos
Maria Nilde Dantas Moreira Rodrigues
Município de Apuiarés
Maria Sheila Alves de Caldas
Daniela Angela Freire e Silva Gomes
Nice Albuquerque Alves
Soraia Maria Nogueira de Sá
Município de Aquiraz
Veridiana Monteiro Pinheiro
Lúcia Maria Beserra Veras
Município de Aracati
Maria Theresa Costa Zaranza
Município de Aracoiaba
France Marie Fernandes de Melo
unicípio de Ararendá
Francisco Alécio Bezerra Almeida
Município de Araripe Município de Aratuba
Francisco Nelson Duarte Shirlene Maria Leitão Botelho
10
Município de Arneiroz Município de Crato
Anderson Luiz Fernandes da Silva Maria Cirene Alencar Brasil Pereira
Município de Granjeiro
Cicero Felipe Subrinho
Município de Groaíras
Francisca Hianice Maciel Vasconcelos
Município de Guaiúba
Silvia Helena Maia de Lima Município de Guaraciaba do Norte
1
1
Antonio Ernani A. Teles Gomes Município de Iracema
Sandrileuza Maria Martins Freitas
Município de Guaramiranga
Mateus Magalhães Rodrigues dos Reis Município de Irauçuba
Tânia Maria Fontenelle Alves
Município de Hidrolândia
Tarciso Rodrigues Martins Município de Itaiçaba
Marcília Galdino
Município de Horizonte
Reginaldo Cavalcante Domingo Município de Itaitinga
Francisco Roberto da Silva
Município de Ibaretama
Jane Wladia L. de Paula Município de Itapajé
Vilemar Braga Marinho
Município de Ibiapina
Cláudia Rodrigues Gomes Município de Itapiúna
Francisco Arnaldo Araujo Batista
Município de Ibicuitinga
Taiza Cristiele da Costa Gomes Município de Itapipoca
Paulo Henrique Rosa Barroso
Município de Icapuí
Diumberto de Freitas Cruz Município de Itarema
Francisca Neuza da Cunha Martinez
Município de Icó
Aurineide Amaro de Sousa Município de Itatira
Maria Luciana Nunes Nascimento
Município de Iguatu
Elizângela Gomes Medeiros Município de Jaguaretama
José Jorge Rodrigues de Oliveira
Município de Independência
Francisca Francirlurdes Vieira Município de Jaguaribara
João Paulo Fernandes Leite
Município de Ipaporanga
Deusimar Alves da Hora Município de Jaguaribe
Maria Aparecida Lima de Assis
Município de Ipaumirim
José Edgler Ferreira Município de Jaguaruana
Agostinho Mauro Junior
Município de Ipu
Terezinha Rufino Moreira Mororó Município de Jardim
Inês Sampaio Neves Aires
Município de Ipueiras
Antonio Alves Neto Município de Jati
Maria das Graças dos Santos
12
Município de Jijoca de Jericoacoara
Cidnei Vasconcelos
Município de Juazeiro do Norte
Maria Loureto de Lima Município de Jucás
José Marques Aurélio de Souza Município de Mombaça
Dellmo Kaleb Sindeaux Torres
Município de Lavras da Mangabeira
Antonia Vilalva Martins Macêdo Município de Monsenhor Tabosa
Joaquim de Sousa Madeiro
Município de Limoeiro do Norte
Maria de Fátima Holanda dos Santos Município de Morada Nova
Silva
Rogério Alves da Silva
Município de Madalena
Município de Moraújo
Antonio Ribeiro Barros
Francisco Gervá de Carvalho
Município de Maracanaú
Município de Morrinhos
José Marcelo Farias Lima
Francisco Elício Cavalcante Abreu
Município de Maranguape
Município de Mucambo
Cícera Rejane de Sousa Batista
Edneide Rodrigues Rocha
Município de Marco
Município de Mulungu
Maria Edineila Silveira
Michel Platiny Gomes Martins
Município de Martinópole
Município de Nova Olinda
Maria de Jesus Martins Silva
Ana Célia Matos da Silva Peixoto
Município de Massapê
Município de Nova Russas
Maria da Penha de Farias
Francisco Antônio Rosa
Município de Mauriti
Município de Novo Oriente
José Orlando Ferreira Furtado
Simone de Macedo Magalhães Moura
Município de Meruoca
Município de Ocara
Maria Aurimar do Nascimento Soares
Paulo José Freitas de Oliveira
Município de Milagres
Município de Orós
Francisca Glaucineide S. Gonzaga
Maria Helma Guedes Araujo
Município de Milhã
Município de Pacajus
Sheila Pinheiro Lima
José Darlan Cosmo de Oliveira
Município de Miraíma
Município de Pacatuba
Francisco Cicero Albuquerque Araujo
Maria Eliane da Penha Almeida
Município de Pacujá
Paulo Lopes Fernandes
Município de Palhano Santos
Antônio Francisco Fernandes dos
13
Município de Palmácia Município de Potiretama
Maria Iolanda Campos Olinda Lilian Viana Dantas Granja
Município de Sobral
Município de Várzea Alegre
Francisco Herbert Lima Vasconcelos
Antonio Fernandes de Lima
Município de Solonópole
Município de Viçosa do Ceará
Maria Gorette Pinto P. de Souza
José Luciano Alexandre Mende
Município de Tamboril
Jarder Cedro Nascimento
Município de Tarrafas
Francisca Hildete Rodrigues
Município de Tauá
Sandra Margarete Oliveira Castro
Município de Tejuçuoca
Francisco Carlos Silva de Sousa
Município de Tianguá
Jayne de Maria S. de Aguiar
Município de Trairi
Gleicivânia Pires Magalhães
Município de Tururu
Maria Zilfa Carneiro Hurbano Alves
Município de Ubajara
Janicélio Moita de Aguiar
Município de Umari
Robson Miguel da Silva
15
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO................................................................................................................................18
INTRODUÇÃO....................................................................................................................................19
REFERÊNCIAS.....................................................................................................................................601
SIGLAS.................................................................................................................................................612
17
APRESENTAÇÃO
E
m dezembro de 2017, ocorreu a homologação da Base Nacional Comum Curricular
(BNCC), referente às etapas da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, contendo o
conjunto progressivo de aprendizagens essenciais que todos (as) os (as) alunos (as) têm
o direito de desenvolver ao longo dessas etapas da educação básica.
Por meio de um pacto colaborativo, Ministério da Educação (MEC), Conselho Nacional de Se-
cretários de Educação (CONSED), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME),
União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (UNCME) e Fórum Nacional dos Conselhos
Estaduais de Educação (FNCEE), estabelecido no início de 2018, as redes de ensino começaram o
pro- cesso de implementação da BNCC, iniciando o percurso de (re)elaboração de sua proposta
curricular. O estado do Ceará, que, reconhecidamente, apresenta um forte histórico de regime de
colabo-
ração e de avanços educacionais frutos dessa união entre o estado e seus municípios pela garantia
do direito de aprender de cada aluno (a) na idade certa, desenvolveu, durante o ano em curso, um
grande processo participativo para a construção de um documento curricular que fosse referência
para a escola no que concerne à Educação Infantil e ao Ensino Fundamental.
Assim, é com grande satisfação que apresentamos o resultado desse processo de construção
conjunta, envolvendo os municípios, gestores (as), professores (as), estudiosos (as) e muitos (as)
que têm na educação o processo por excelência para a formação integral de crianças e
adolescentes. Além de consulta pública, da escuta direta de professores e professoras, o
documento teve a leitura crítica de especialistas das diferentes etapas/componentes curriculares.
Sob a intitulação de Documento Curricular Referencial do Ceará (DCRC), o mesmo busca
apontar caminhos para que o currículo das escolas cearenses seja vivo e prazeroso, de modo a
asse- gurar as aprendizagens essenciais e indispensáveis a todas as crianças e adolescentes,
cumprindo de forma efetiva com o compromisso assumido pelo estado do Ceará que é o direito
de aprender na idade certa. Com base no documento, as redes de ensino e instituições escolares
públicas e privadas contarão com uma referência estadual para elaboração ou adequação de suas
propostas pedagógicas.
O DCRC constitui, portanto, a consolidação de uma ação articulada e integrada para
fortalecer o protagonismo dos (as) docentes, de seus alunos e suas alunas em cada sala de aula do
nosso Ceará, e a reafirmação do compromisso com a construção de uma sociedade mais justa, mais
equânime e igualitária.
18
INTRODUÇÃO
O
Documento Curricular Referencial do Ceara (doravante, DCRC) é constituído por
diretrizes e linhas de ação básicas que configuram o Projeto Curricular do Estado do
Ceará. Contamos com todos para torná-lo realidade na sala de aula, por meio das
instituições educacionais cearenses públicas e privadas, de forma a assegurar o direito de aprender
das/dos estudantes da Educação Infantil e do Ensino Fundamental — anos iniciais e finais.
Mais do que um referencial norteador dos compromissos que devem ser assumidos pelas
gestoras/pelos gestores do estado e dos municípios que o integram, este documento representa a
decisão política das educadoras/dos educadores cearenses sobre a escola democrática, com quali-
dade social, que precisa ser garantida às crianças, aos adolescentes, aos jovens e adultos do Ceará.
Cumpre salientar que o documento em pauta foi construído à luz da Base Nacional Comum
Curricular (doravante, BNCC), mas incorpora, na sua estrutura, itens que se propõem a favorecer
uma compreensão mais precisa do que é pretendido; e, na definição de objeto de conhecimento
específi- co do nosso povo, acrescenta aqueles que aprofundam a identidade cearense. Buscamos,
assim, pro- mover o conhecimento de aspectos importantes para a cultura e a história do estado,
valorizando-os como instrumentos de sensibilização da/do educanda/educando para o maior
respeito e amor pela terra, seja aquela que lhe viu nascer ou aquela que lhe assegura abrigo.
Tendo em vista a sua elaboração à luz da BNCC, vale também para este Referencial o que diz
o Ministério da Educação MEC sobre a mencionada Base:
19
Uma vez marcado o compromisso com a BNCC, no que tange aos posicionamentos teóricos
e metodológicos mais gerais, passamos a tratar do DCRC, marcando nossas especificidades e
assumin- do a continuidade do nosso trabalho em realização ao longo dos anos.
Nesse sentido, o DCRC objetiva garantir, aos estudantes e às/aos estudantes, o direito de
aprender um conjunto fundamental de conhecimentos e habilidades comuns — de norte a sul do
estado, nas escolas públicas e privadas, urbanas e rurais. Pretendemos, por meio das orientações
aqui apresentadas, reduzir as desigualdades educacionais existentes no Ceará, nivelando e,
principalmen- te, elevando a qualidade do ensino. Como consequência da ação educacional a ser
desencadeada, também, temos a intenção de formar estudantes com habilidades e conhecimentos
considerados essenciais para o século XXI, incentivando a modernização dos recursos e das práticas
pedagógicas e promovendo a atualização do corpo docente das instituições de ensino. Esse
documento está ali- nhado à determinação pedagógica assumida pelo estado quanto à
aprendizagem na idade certa, desde o processo de alfabetização às demais aprendizagens
essenciais subsequentes.
Propomos, para este novo cenário mundial, formar pessoas capazes de desenvolver
competên- cias e habilidades que as tornem criativas, analítico-críticas, participativas, abertas ao
novo, colabora- tivas, resilientes, produtivas, que saibam se comunicar, lidar com as informações
em um mundo cada vez mais interconectado, atuar com discernimento e responsabilidade nos
contextos das culturas digitais. Formar, portanto, pessoas capazes de utilizar conhecimentos para
resolver problemas, tomar decisões, ser proativas, buscar soluções, conviver e aprender com as
diferenças e as diversidades.
Ademais, este documento pretende contribuir para que seja superada a fragmentação das
po- líticas educacionais. Por essa razão, ele pode cooperar com o fortalecimento do Regime de
Colabo- ração entre as três instâncias do governo e, sobretudo, pode ser um efetivo balizador da
construção da educação com qualidade social que se deseja e a que a/o estudante cearense
merece. O DCRC defende que essa educação com qualidade social não pode ser privilégio de
alguns; mas um direito a ser assegurado a todas/todos. Cumpre garantir oportunidades iguais para
todas/todos, como forma de fazer acontecer a justiça social.
Diante do exposto, fica claro que o conteúdo deste documento abre caminhos para que
as/os profissionais da educação, notadamente a professora/o professor, com sua competência,
criatividade e compromisso, encontre nele uma bússola para o planejamento e execução de
práticas docentes mais dinâmicas, interessantes e facilitadoras da aprendizagem do aluno. Com
este procedimento, por certo, professoras/professores e profissionais de suporte à docência se
descobrirão no importante papel de educadores, participantes de um presente alvissareiro,
autoras/autores, do descortinar de novos tempos.
Para torná-lo, então, mais facilmente manuseável, sem perda da essência que um documento
referencial precisa ter, ele está estruturado em quatro partes:
dual, Histórico, Marcos Legais e Princípios Parte II - Pressupostos Teóricos, Epistemológicos e Políticos Parte III - Termas integrado
sino
ETAPAS DE ENSINO
Componentes curriculares
22
EDUCAÇÃO INFANTIL
De acordo com os eixos estruturantes da BNCC para a Educação Infantil, interações e brinca-
deiras, seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento são assegurados aos bebês e crianças
nesta Etapa. E a partir destes, são estabelecidos cinco campos de experiências concretas da vida
cotidiana e seus saberes, que se entrelaçam com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio
cultural.
A organização e integra-
Crianças bem Crianças ção das experiências incluem
Bebês pequenas pequenas orientações metodológicas
(0-1 a (1 a 7m - 3 a (4a - 5a que preveem diversificadas
6m) 11m) 11m) possibi- lidades: de interação
( criança/ crianças;
professor/professora e outros
profissionais da escola.); de
escolhas e produção pelas
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM crianças; de escuta e respeito
E DESENVOLVIMENTO aos seus interesses e ritmos;
de diálogo e negociação; de
diversi- dade de brincadeiras e
situações desafiadoras
envolvendo formas diferentes
de representação (em diversas
ORGANIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO linguagens) que incenti- vam a
DAS EXPERIÊNCIAS ação criativa e exploratória das
crianças.
23
Vejamos o exemplo:
1 - Bebê
O segundo par de letras indica o campo de
(Zero a 1 ano e 6 meses)
experiências.
EO: O Eu, o outro e o Nós
2 - Crianças bem pequenas
CG: Corpo, gestos e movimento
(1 anos e 7 meses a 3 anos e 7
TS: Traços, sons, cores e formas
meses)
EF: Escuta, fala, pensamentos e Imaginação
EF: Espaços. tempos, quantidades, relações e
3 - Crianças pequenas
transformações
(1 anos e 7 meses a 3 anos e 7
meses)
24
ENSINO FUNDAMENTAL
Competências Específicas do
Componente
Competências Componentes
Especificas da curriculares
Área
25
Vejamos o exemplo:
OBJETOS DE
CONHECIMENTO Características dos Materiais.
26
As habilidades definidas para cada ano expressam as aprendizagens essenciais que devem ser
asseguradas às alunas/aos alunos e alunas durante esse percurso formativo, nos diversos contextos
escolares. De acordo com a BNCC, em cada componente curricular as habilidades são identificadas
por um código alfanumérico. Quando uma habilidade for específica do DCRC terá o código CE,
conforme exemplo retirado do Componente de Ciências (EF01CI07CE).
lidade apresenta o “CE” no final, indica que esta habilidade é específica do estado do Ceará. As habilidades da BNCC não apresen
LP = Língua Portuguesa
27
28
PARTE I
1 Contexto Estadual, Histórico,
Marcos Legais e Princípios
29
A
parte I do Documento Curricular de Referência do Ceará é constituída de um pano-
rama do Estado cearense que ressalta fatias do percurso histórico da Educação, em
seus Marcos Teóricos e Princípios. Nesse resgate, sobressaem as mais significativas
decisões tomadas pela Secretaria da Educação. São decisões que nos mostram que o caminho a se-
guir foi e vem sendo desenhado e que precisamos tão somente continuar avançando melhorar
onde necessário for.
a) Por um lado, mostra a análise comparativa das pirâmides etárias dos anos de 2002 e 2012
e o gradual processo de estreitamento da base da pirâmide, como reflexo da queda da taxa de
fecun- didade, contribuindo para a diminuição da proporção de crianças e jovens na população. Por
outro lado, são analisadas a redução da taxa de mortalidade e a consequente elevação da
expectativa de vida. Isso provoca o alargamento do topo da pirâmide, em decorrência de um
significativo aumento da participação da população de 65 anos ou mais. É constatado, então, que, a
exemplo do que está ocorrendo com a população brasileira e com a de outros países em
desenvolvimento, a população cearense também está vivenciando um processo de envelhecimento.
Esses dois fenômenos, redu- ção da proporção de jovens e envelhecimento da população, deverão
ensejar mudanças significati- vas nas políticas públicas, especialmente aquelas voltadas para a área
da Educação.
30 PARTE I
Como forma de enfrentamento dessa realidade, observamos que:
c) A análise da distribuição funcional e pessoal da renda, como um dos desafios que o estado
enfrenta para o seu desenvolvimento. Sobre este fato está expresso que:
“O Ceará é o 13º PIB do país, mas, em termos per capita, apenas o 23º. E mais: o rendimento e
o grau de formalização do trabalho estão entre os mais baixos entre os estados brasileiros.
Com isso, é impossível haver desenvolvimento. Diante desse quadro, fazer crescer e, mais que
isso, expandir e diversificar a economia é tarefa árdua e difícil para qualquer governo. Para que
isso aconteça, neste mundo de acirrada competição econômica, é imprescindível o incremento
da produtividade e, por consequência, da qualificação profissional.” (CEARÁ, 2014, p. 25)
Além destes destaques, é importante explicitar que sobressai, no texto do Plano, o consenso
sobre a compreensão de que o Governo precisa não só prestar os serviços básicos, mas criar condi-
ções para a produção da riqueza e sua distribuição na sociedade. Aliada a este entendimento está
a convicção de que, nas sociedades modernas, o conhecimento é um fator eficaz para a criação de
riqueza e para a inclusão social que a disseminação desse conhecimento proporciona. Nesse
sentido, vale, então, a afirmação de Stiglitz constante no referido Plano:
Diante dessa compreensão e do papel que a educação assume no contexto do Plano de Go-
verno em tela, julgamos necessário contextualizar o “Ceará do Conhecimento” como balizador da
busca de consonância com o desenvolvimento curricular a ser desencadeado com este documento
referencial.
Está explícito no próprio Plano que:
“o primeiro passo para a construção, entre nós, de uma sociedade do conhecimento está na
Edu- cação Básica de qualidade. Isso por si só já constitui uma revolução, tal o desafio. Um
desafio que não podemos deixar de enfrentar. Um desafio que juntos enfrentaremos.” (CEARÁ,
2014, p. 32)
Propomos, portanto, que, por meio do eixo “Ceará do Conhecimento”, possamos lançar ba-
ses sólidas para a construção de uma sociedade do conhecimento no estado. E, com esta medida,
possamos introduzir, de forma efetiva, os pilares de uma economia moderna, de uma economia do
Século XXI. Acreditamos que é esta a única forma de dar um salto de qualidade no perfil
econômico
“Uma política que põe o conhecimento e a educação do cidadão em seu centro e que só
poderá ser bem-sucedida com a pactuação efetiva e a adesão decidida das forças empresariais
produtivas do Ceará, do seu setor acadêmico, dos educadores e da sociedade em geral.”
(CEARÁ, 2014, p. 179)
Ademais, ela cumpre a compreensão de que a adoção dessa diretriz traduz uma tarefa que
exige o envolvimento de grande parcela da sociedade e abrange um amplo espectro. Esta proposta
vai da educação básica à pesquisa científica, e desta à inovação, passando pela cultura, pela
educação profissional e formação do trabalhador. Os efeitos da produção do conhecimento e de
sua ampla difusão atingem praticamente todas as áreas da vida social,
Pensar caminhos que sinalizem para a melhoria de vida da população brasileira sempre impli-
cará em voltar-se para o fortalecimento da Educação. Dentre as diversas possibilidades de abertura
desses caminhos, o desejo histórico de um currículo base e, ao mesmo tempo, o respeito e
valoriza- ção das singularidades locais e regionais estão presentes.
Na década de 1990, o Ministério da Educação publicou os Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCN). Com o objetivo de oferecer diretrizes e referenciais para reorientação do desenvolvimento
curricular no Ensino Fundamental. Por essa razão os PCNs eram destinados às secretarias de educa-
ção, escolas e instituições formadoras de professoras e professores, o que favoreceu a promoção
de discussões em todo o Brasil, como forma de que, nos diferentes estados e municípios,
resultassem propostas curriculares regionais que se concretizassem em projetos educativos nas
escolas e nas salas de aula.
No Ceará, entre 1995 e 2001, sob a égide de uma política educacional norteada pelos eixos
TODOS PELA EDUCAÇÃO, EDUCAÇÃO DE QUALIDADE e EDUCAÇÃO PARA TODOS, é posta em exe-
cução a diretriz:
“a escola como ponto de partida de toda ação pedagógica, propõe sua autonomia e, ao
mesmo tempo, identifica, na parceria com os municípios o caminho para viabilizar o regime de
colaboração entre União, Estado e Municípios” (VIEIRA, 2002, p. 360).
32 PARTE I
Com esse entendimento, a discussão dos PCN, no estado, deu origem aos Referenciais Curri-
culares Básicos (RCB). De sua elaboração, participaram representantes de professores com exercício
em escola, Centros Regionais de Desenvolvimento da Educação (CREDE) e técnicos da SEDUC.
A elaboração dos mencionados RCB se apoiou na Proposta Curricular Oficial vigente à época,
avançando da concepção curricular anterior para uma concepção global e interdisciplinar de
currícu- lo. Realizamos uma adaptação dos PCN, redimensionamos a estrutura curricular para a
organização do ensino em ciclos e, com referência em César Coll (1997), a escola foi orientada no
sentido de per- ceber e investir no desempenho do seu papel, adotando uma visão construtivista
do conhecimento e uma visão psicopedagógica na aplicação desse conhecimento, tendo-se a
seguinte compreensão:
34 PARTE I
Em consequência, compreendemos que o histórico relatado no item anterior credencia o es-
tado a manter o regime de colaboração com os municípios, no formato em que tem ocorrido. Está
comprovado que vem sendo um processo benéfico para ambas as partes, com salutar alternância
entre ensinantes e aprendentes.
No presente caso, pelo significado da ação e pela quebra de paradigmas que esperamos
acontecer, como forma de garantir um projeto educativo consoante com os desejos e as necessi-
dades da sociedade atual e do amanhã, propomos traçar referenciais que avancem da mera defini-
ção de “o que ensinar” para o delineamento de concepções pedagógicas norteadoras da educação
a ser ofertada, além da proposição de linhas de ação que se configurem estratégicas para a escola,
necessárias nos tempos atuais e futuros. São, por conseguinte, referenciais que configuram uma
versão preliminar de currículo, posto que elas asseguram, de um lado, espaços para o exercício
pleno da autonomia de cada município e escola, com vistas às necessárias complementações para
atendimento de suas especificidades. Do outro lado, elas consubstanciam um sólido arcabouço,
em que os elementos indispensáveis à construção da qualidade da ação educativa, garantidora
da unidade nacional e, consequentemente, da equidade em relação às alunas/aos alunos, estão
dispostos e devidamente traçados, facilitando sua execução. Ademais, o regime de colaboração
União/Estado/Municípios, com a atribuição de definir e operacionalizar um sistema informatizado
de acompanhamento dos currículos municipais terá continuidade. O já mencionado sistema acom-
panhará as orientações, desde a elaboração daquele currículo, que terá sua identidade sem perda
da essência do projeto nacional, pelo município.
Com o DCRC, acreditamos garantir as bases curriculares comuns para: a) que todos os alu-
nos do norte ao sul do Ceará desenvolvam as mesmas aprendizagens consideradas essenciais; b)
que os aspectos da diversidade nacional, nordestina e cearense sejam explorados e respeitados; e,
c) que o professor e a escola entendam ser o desenvolvimento curricular, uma efetiva vivência da
busca do princípio educativo da equidade, fortalecendo-se no passo a passo da dinâmica escolar,
pelo exercício da liberdade com responsabilidade.
O Documento Curricular Referencial do Estado do Ceará, portanto, sistematiza o pensa-
mento de professoras/professores, gestoras/gestores, técnicas/técnicos e muitos outros interessa-
dos que participaram de seu processo de construção. Além disso, orienta no sentido de que a insti-
tuição escolar, efetiva executora do currículo, se sinta mobilizada e apoiada a realizar, com sucesso,
a ação curricular que ela própria, em ação coletiva e a partir destes referenciais, tenha delineado. É
sempre válido lembrar que este documento também representa um trabalho em desenvolvimento
ao longo dos anos da História da Educação do Estado do Ceará. Logo, não estamos mudando de
trilha, mas aperfeiçoando-a
• o Artigo 210, que estabelece a necessidade de que sejam “fixados conteúdos mínimos para
o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores
culturais e artísticos, nacionais e regionais”.
Com este artigo, através da LDB, explicitamos dois conceitos decisivos para a ação curricular.
O primeiro diz respeito ao que é comum e ao que é diverso na elaboração e no desenvolvimento
do currículo. Com base nisso, deixamos claro que as competências e as diretrizes são comuns e que
os currículos são diversos, para atendimento das especificidades de cada ente abrangido. O
segundo refere-se ao foco do currículo, preceituando que os conteúdos curriculares estão a serviço
do desen- volvimento de competências.
Com base na mesma LDB, tratamos de complementações dos conceitos acima abordados,
com base no caput do Artigo 26:
“Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter uma
base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada
estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e
locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos.”
36 PARTE I
Estabelecer e implantar, mediante pactuação interfederativa, diretrizes pedagógicas
para a educação básica e a Base Nacional Comum dos Currículos, com direitos e ob-
jetivos de aprendizagem e desenvolvimento das alunas/ dos alunos (as) para cada
ano do Ensino Fundamental e Médio, respeitada a diversidade regional, estadual e local
(grifo adicionado).
Conforme podemos ver, a estratégia proposta salienta o foco na aprendizagem como ele-
mento da qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, já fazendo referência a
direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento.
Em 2017, com a alteração da LDB, por meio da Lei Nº 13.415/2017, passamos a utilizar as
duas referências como finalidade da educação. É o que se verifica no caput e incisos do Artigo 35-A
da mencionada lei.
“Art. 35-A. A Base Nacional Comum Curricular definirá direitos e objetivos de aprendizagem
do ensino médio, conforme diretrizes do Conselho Nacional de Educação, nas seguintes áreas
do conhecimento:
I – linguagens e suas tecnologias;
II – matemática e suas tecnologias;
III – ciências da natureza e suas tecnologias;
IV – ciências humanas e sociais aplicadas.”
Por fim, com referência às presentes diretrizes que tratam da BNCC para o Estado do Ceará,
cumpre-nos destacar o Plano Estadual de Educação (PEE), que guarda conformidade com o PNE e
que, no tocante à Meta 7, assim se expressa:
Compreendemos que com práticas pedagógicas norteadas por estes princípios, por certo a
escola viverá uma dinâmica curricular interessante e favorável à vivência cidadã que favorecerá a
formação de seres humanos éticos, íntegros e comprometidos com o bem comum.
Equidade
A busca da equidade constitui objetivo central do DCRC. É preciso garantir que todas as
alunas e todos os alunos tenham direito a uma educação de qualidade no Ceará,
independentemente de onde tenham nascido ou morem, seja qual for sua classe social, gênero,
etnia, religião. A equidade supõe a igualdade de oportunidades para ingressar e permanecer
com sucesso, ou seja, aprendendo na escola, por meio do estabelecimento de um patamar de
aprendizagem e desenvolvimento a que todos tenham direito. Os resultados do IDEB mostram que
há um longo caminho a ser percorrido para que esse objetivo seja alcançado. Assim, para assegurar
que haja equidade, o DCRC define os conhe- cimentos e habilidades que todos os alunos devem
aprender, ano a ano, ao longo da sua trajetória escolar. De outro modo, a equidade requer que a
instituição escolar seja deliberadamente aberta à pluralidade e à diversidade, e que a experiência
escolar seja acessível, eficaz e agradável para todos. Garantir que apenas alguns alunos sejam
bem-sucedidos aprofunda as desigualdades sociais vigentes. É preciso olhar para as
desigualdades de aprendizado entre alunos oriundos de diferentes realidades sociais e garantir
variadas estratégias didáticas que os façam aprender.
Vejamos alguns destaques da própria BNCC sobre a equidade:
“No Brasil, um país caracterizado pela autonomia dos entes federados, acentuada diversidade
cultural e profundas desigualdades sociais, os sistemas e redes de ensino devem construir cur-
rículos, e as escolas precisam elaborar propostas pedagógicas que considerem as
necessidades,
38 PARTE I
as possibilidades e os interesses dos estudantes, assim como suas identidades linguísticas,
étnicas e culturais. Nesse processo, a BNCC desempenha papel fundamental, pois explicita as
aprendizagens essenciais que todos os estudantes devem desenvolver e expressa, portanto, a
igualdade educacional sobre a qual as singularidades devem ser consideradas e atendidas.
Essa igualdade deve valer também para as oportunidades de ingresso e permanência em uma
escola de Educação Básica, sem o que o direito de aprender não se concretiza.” (BRASIL, 2017,
p.15).
Inclusão
A produção de uma sociedade inclusiva, em concepções, valores e práticas, é fortalecida
pelas intencionalidades explícitas de retirada, minimização e/ou superação de barreiras sociais,
culturais, po- líticas e educacionais, como compromisso contemporâneo com os direitos humanos.
Nesse contexto, um conjunto de concepções teóricas, originam práticas contra a discriminação, a
marginalização, a segregação e a exclusão das pessoas na sociedade, em todos os equipamentos
sociais.
A educação pautada na defesa ética, legal e pedagógica da igualdade de direitos e
oportunidades para todos, incorpora a premissa da inclusão, expressa em dispositivos jurídico-
normativos, nacionais e internacionais, e se coloca contra qualquer forma de discriminação, seja por
motivo de “raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional
ou social, condição econômica, nascimento ou qualquer outra situação”. (CF/88; LDB 9394/96; ECA,
1990; PNEEPEI, 2008; LBI, 2010, Lei de LIBRAS nº 10.436, 2002; dentre outros documentos, incluindo
decretos, resoluções, notas técnicas). A educação inclusiva é um processo em contínua construção,
que exige participação e metas comuns a todos os sujeitos; exige a transformação de uma cultura
escolar tradicionalmente pouco acolhedora a todo alunado, particularmente, aqueles que
apresentem qualquer dificuldade ou dife- rença em relação às normas instituídas e ao secular
constructo de aluno “ideal”, em seus ritmos, perfis
cognitivos e comportamentais.
As pesquisas revelam que a transformação da escola para atender ao paradigma da
diversidade implica em mobilizar esforços de mudança, em pelo menos três dimensões: no plano
físico/estrutural, nas atitudes e formas de atender e lidar com os sujeitos e na melhoria das ações
educativas. Para tan- to, é importante a promoção da mudança de valores, de atitudes e de
transformações nos aspectos das práticas pedagógicas. A escola como um todo precisa se implicar
no sentido da mudança para se tornar, de fato, inclusiva.
Uma escola que atende a diversidade de todos os seus estudantes é uma escola que constrói
uma cultura inclusiva no seu dia a dia, tendo como fundamento do trabalho pedagógico ser uma
escola que não exclui nenhum dos seus participantes (BOOTH; AINSCOW, 2000; MITLER, 2008). Uma
cultura inclusiva prescinde a construção de valores que pensem todos os sujeitos livre de pré-
conceitos e de baixas expectativas em relação ao seu potencial social, ao seu desenvolvimento e às
suas aprendiza- gens. Isso pressupõe mudar a cultura social e educacional coletiva ainda instaurada
na conjuntura atual. A educação é terreno profícuo de construção de novas mentalidades e
modelos societários. É fundamental, portanto, que a educação reflita e redimensione compreensões
arraigadas, hoje obsoletas e “caducas” (já negadas, inclusive, pelo avanço e acúmulo da produção
científica e da pesquisa nas áreas da Medicina, da Psicologia, da Antropologia, da Pedagogia). Urge
à escola e suas práticas peda- gógicas romperem com o “ideário” de aluno padrão e com a
implementação de métodos tradicionais de ensino que não perspectivam o sujeito-aprendiz em
suas diversidades, considerando as múltiplas habilidades, inteligências, capacidades, e das
diferenças, dificuldades e necessidades que precisam ser
contempladas ao lidar com o humano.
Faz-se necessário superar as barreiras ou obstáculos existentes no ensino, contemplando as
múltiplas e distintas formas de aprendizagem dos sujeitos, contemplando, quando necessário à
pre- visão de recursos, diversificações metodológicas e de atividades, instrumentos de avaliação,
conside-
Educação Integral
É importante reconhecer que as realidades atual e futura sinalizam para a necessidade da
formação de um homem preparado para enfrentar desafios e incertezas. A rápida evolução, pela
qual a sociedade vem passando, leva a crer que o cenário mundial nas próximas décadas pouco
terá da realidade de hoje.
40 PARTE I
Sobressai, portanto, a certeza de que a educação precisa desenvolver competências e
habilidades que tornem a pessoa capaz de viver, fazendo bom proveito das situações com que se
depara. Alinhados à BNCC, entendemos que esta pessoa deve “saber comunicar-se, ser criativo,
analítico-crítico, aberto ao novo, colaborativo, resiliente, produtivo e responsável”, o que requer
Precisamos, assim, romper com a visão reducionista em que ainda prevalece a ação prioritária
com a dimensão cognitiva do desenvolvimento humano. A criança, o adolescente, o jovem e o
adulto precisam ser considerados em sua integralidade, o que implica reconhecer a complexidade e
a não linearidade do citado desenvolvimento, como também, as diferentes infâncias e juventudes.
Contextualização
A sociedade brasileira se constituiu a partir de uma base eurocêntrica e colonizadora e a edu-
cação escolar, como um elemento estratégico desse processo, embebeu-se de referências teóricas
e epistemológicas construídas em contextos (outros) alheios à realidade na qual a escola está
inserida. Esse fato histórico imprime ao entendimento e concepção que se tem de contextualização
uma pers- pectiva política, antes que pedagógica ou metodológica. Contextualizar é um processo
intrinsecamente articulado à descolonização.
Assim, contextualizar a Educação ou o currículo, preceito previsto na LDB nº 9394/96, art. 26,
exige um movimento mais elaborado do que “incluir na parte diversificada, características regionais
e locais, da sociedade, da cultura, da economia e da clientela”. Exige de cada sistema, de cada rede,
de
Interdisciplinaridade
O ensino ainda é alvo de grande crítica em razão da fragmentação com que os
conhecimentos são ensinados, perdendo com referência ao significado que eles devem ter para os
alunos e compro- metendo a diretriz pedagógica de foco no desenvolvimento de aprendizagens
significativas. O DCRC assume o Parecer que segue, no sentido de superação dessa permanente
impropriedade, posiciona- mento alinhado à BNCC:
“Para interessar aos alunos, a escola deve deixar de ser ‘auditório de informações’ para se
trans- formar em ‘laboratório de aprendizagens significativas’. Reforça-se, nesse sentido, a
necessidade de reconhecer a importância da superação das barreiras rígidas entre as
disciplinas, que propiciam saberes fragmentados e descontextualizados, mediante abordagem
interdisciplinar, a qual, todavia, não desconheça as especificidades e identidades próprias das
disciplinas, mas que busque as articulações entre elas e com os problemas presentes na vida.”
(Parecer, CNE/CP Nº 11/2009, p. 14)
Protagonismo Infantojuvenil
A ação educativa, norteada pelo princípio do protagonismo infantojuvenil, explora uma
carac- terística latente no ser humano, requer agentes situacionais provocadores que a façam vir à
tona. Os sujeitos são mais ou menos protagonistas em função das oportunidades que têm para
exercitar sua
42 PARTE I
capacidade de protagonizar ações. Cumpre considerar que o tipo de educação, ainda
predominante na escola atual, em que o educando é mero repetidor do que lhe é ensinado, não
contribui para fazer aflorar seu protagonismo.
Por isso, diante da necessidade de formar pessoas que, em lugar de simples expectadoras,
sejam partícipes efetivas, no processo de construção das mudanças sociais, é imprescindível que o
projeto pedagógico, desenhado pela BNCC e respaldado no DCRC, seja desenvolvido com sucesso.
Este projeto focaliza a formação integral do aluno e prevê o desenvolvimento de competências e
habilidades essenciais, dentre as quais estão aquelas que abrangem habilidades socioemocionais
importantes para o enfrentamento dos desafios do século XXI. Compreendemos que, ao favorecer-
mos o desenvolvimento da inteligência socioemocional, por certo formaremos seres humanos com
forte senso de humanidade, portanto, mais comprometidos com as questões afetivo-sociais.
Nessa perspectiva, o desenvolvimento do protagonismo infantojuvenil do educando será um
forte aliado para sua formação integral. No processo do desenvolvimento, o jovem é visto como
elemento central da prática educativa e participa de todas as etapas desta prática — do planeja-
mento à avaliação das ações previstas. Esta visão está muito mais evidente na fala do próprio autor,
quando ele afirma:
“Os adolescentes, além de portadores de entusiasmo e de vitalidade para a ação, são dotados
também de pensamento e de palavra. O propósito do protagonismo juvenil, enquanto educa-
ção para a participação democrática, é criar condições para que o educando possa exercitar,
de forma criativa e crítica, essas faculdades na construção gradativa de sua autonomia.
Autonomia essa que ele será chamado a exercitar de forma plena no mundo adulto.” (COSTA,
2006, p. 139)
É essencial, então, que se considere o fato de que sem encarar com vigor a responsabilidade
de formar as novas gerações para atuarem, comprometidas e com competência, na construção de
novos tempos, o país continuará enfrentando situações que farão jus à crítica de que não está
dando certo. É também essencial a convicção de que este processo formativo exige novo tipo de
relacionamento entre jovens e adultos. Nesse modelo de interação, o adulto, no caso o professor,
deixa de ser simples transmissor de conhecimentos e assume o papel de parceiro na vivência do
diálogo, da negociação e da convivência de natureza comunitária. Sai de cena o detentor único do
saber e entra o mediador que abre caminhos e orienta o educando a percorrer estradas abertas e
descortinar muitas outras.
Articulação escola/família/comunidade
Pesquisas realizadas têm detectado que a articulação escola/família/comunidade ainda é
insuficiente. Na escola pública, em particular, de um lado, foi observada a falta de interesse dos
pais, que entendem de forma equivocada que a educação do seu filho ou dependente é de
responsa- bilidade exclusiva da instituição escolar; e, de outro lado, também foi observado que
ainda há um diálogo pouco objetivo entre as famílias e aqueles que fazem a escola.
45
46
PARTE II
2 PressupostosTeóricos,
Epistemológicos e Políticos
47
S
e na Parte I do DCRC, nosso olhar se direciona às questões específicas do nosso estado,
sinalizando nossas ações educacionais e a articulação delas no contexto nacional, na
Parte II trataremos dos Pressupostos Teóricos, Epistemológicos e Políticos. Essa leitura
contribuirá
para compreendermos que nosso agir professoral está sempre ancorado em posicionamentos.
Cada posicionamento representa uma lupa teórica, ancorada em uma epistemologia que contribui
para as decisões políticas educacionais.
É importante compreender que uma proposta curricular envolve sempre um projeto social e
cultural, bem como uma visão do tipo de sociedade e de ser humano que pretendemos formar
através da escola. A BNCC, por sua vez,
“afirma seu compromisso com a educação integral. Reconhece, assim, que a Educação Básica
deve visar à formação e ao desenvolvimento humano global, o que implica compreender a
complexidade e a não linearidade desse desenvolvimento, rompendo com visões reducionistas
que privilegiam ou a dimensão intelectual (cognitiva) ou a dimensão afetiva. Significa, ainda,
assumir uma visão plural, singular e integral da criança, do adolescente, do jovem e do adulto
– considerando-os como sujeitos de aprendizagem”. (...) “reconhece que a educação deve
afirmar valores e estimular ações que contribuam para a transformação da sociedade,
tornando-a mais humana, socialmente justa e, também, voltada para a preservação da
natureza” (BRASIL, 2013).
Com estas diretrizes ora expostas, sinalizamos para a natureza das concepções e princípios
que devem nortear a ação curricular a ser implementada. Especificamos, a seguir, os fundamentos
norteadores da proposta do Ceará.
48 PARTE II
2.2. Competências, Habilidades
e Operações Cognitivas
50 PARTE II
sequência de ações do sujeito, bem como as (d) possibilidades de inferências que permitem
calcular regras em ação, antecipar, generalizar e, portanto, utilizar o esquema em cada situação
particular e em uma classe de situações.
O conhecimento intuitivo é constituído de invariantes operatórios como parte conceitual
dos esquemas, que podem ser implícitos ou explícitos, conscientes ou inconscientes, e podem
ser aplicados a situações vivenciadas (VERGNAUD, 1994). O funcionamento cognitivo, em relação
a uma situação complexa, portanto, desenvolve-se sobre o repertório de esquemas disponíveis
e anteriormente formados que possibilitam a operacionalização do saber. A pessoa explora si-
multaneamente antigos e novos aspectos. Eventualmente, esquemas podem ser construídos ou
adaptados para as situações vivenciadas a partir das ações operadas (FAVERO E SOUZA, 2002
Já o repertório pessoal comporta conceitos-em-ação e teoremas-em-ação que podem se tornar
conceitos e teoremas científicos. Conceitos-em-ação podem ser julgados como “relevantes ou
irrelevantes” ao passo que teoremas-em-ação são proposições que podem ser “falsas ou
verdadeiras”. Isso estabelece uma relação dialética, onde os conceitos são componentes dos
teoremas e estes são proposições que dão conteúdo aos conceitos, não havendo teorema sem
conceituação. Conceitos-em-ação podem ser implícitos, sem que o aprendiz seja capaz de declará-los,
podem relacionar-se a pequeno nível de relevância e de validade e podem evoluir para conceitos e
teoremas explícitos, válidos em domínios amplos em sistemas fortemente integrados como nas
proposições científicas. Cabe à educação contribuir para que essa evolução ocorra ao favorecer sua
explicitação, sua testagem e sua validação (FAVERO E SOUZA, 2002 Uma vez que os esquemas
resultam da atividade cognitiva do aprendiz sobre situações com-
plexas, podemos compreender, a partir daí, que os recursos disponíveis em seu repertório incluem,
entre outros, informações factuais, conhecimento de conceitos, domínio sobre processos e uma ca-
pacidade de refletir o próprio saber.
Do ponto de vista da fundamentação teórico-pedagógica, a teoria dos campos concei- tuais
possibilita ampliar a compreensão sobre os processos ou operações cognitivas que supos- tamente
constituem parte dos constructos a serem medidos através das avaliações escolares.
2.3. Concepções
Brincar é o principal modo de expressão das crianças, a ferramenta por excelência para elas
revolu- cionarem seu desenvolvimento e criarem cultura. Nas brincadeiras que fazem com
outras crianças, com adultos, ou mesmo sozinhas, as crianças têm oportunidade para explorar
o mundo, organizar seu pensamento, trabalhar seus afetos, ter iniciativa em cada situação
(CEARÁ, 2011, p. 20).
54 PARTE II
sar, resolver problemas. A escola precisa permitir a/o estudante ser curiosa/curioso, criativa/criativo,
solidária/solidário, cooperativa/cooperativo, a/o protagonista, ter capacidade argumentativa, voltada/
voltado a construir sucesso, vivenciar direitos e deveres; conhecer as formas de acesso e apropriação
do conhecimento elaborado, de modo que possa utilizar as competências autonomamente ao longo
de sua vida. A escola é, principalmente, uma instituição que deve integrar-se ao seu tempo e
sociedade,
Espaço Escolar / Salas de Aula — o espaço escolar é público. Lugar para onde crianças e
jovens são encaminhados com a intenção de que sejam educados. Para desenvolvimento desta
missão, é fundamental que o espaço escolar sempre favoreça às aprendizagens. Para tanto,
precisamos, constantemente, que, em especial, estudantes e professores se sintam confortáveis e se
apropriem do sentimento de pertença. Constituindo espaço de convivências, o ambiente escolar
em sua concretude torna-se pleno de signos, símbolos e marcas que educam, cuja produção e
partilha é eminentemente pedagógica. Na escola, onde a vida deve fluir com ampla perspectiva de
objetivos a serem alcançados, a sala de aula, se configura como um espaço socialmente instituído e
historicamente construído. Ela não é apenas um espaço físico, mas um lugar de interações onde
experiências são compartilhadas e as pessoas aprendem a aprender, aprendem a fazer, aprendem a
conviver, aprendem a ser, tornam- se humanas. É a atividade desenvolvida na sala de aula que cria
a sua especificidade, tornando-lhe efetivamente sala de aula. Por isto, na escola, o conceito de sala
de aula precisa instaurar-se em qualquer outro espaço – auditório, biblioteca, pátio, laboratórios,
sanitários, diretoria, secretaria, refeitório, quadra de esporte, cozinha, projetos. A sala de aula
precisa admitir-se com formas diferentes de ser, para propiciar o trabalho compartilhado entre
aluna/aluno e professora/professor; proporcionar aulas dialógicas, participativas, interativas e
favoráveis à criatividade; além de estar aberta ao uso de tecnologias e à compreensão de que a
contemporaneidade está interferindo nos conceitos de espaço e tempo com as possibilidades de
conectividade, ubiquidade e complexidade sistêmica.
Territórios — é um termo da Geografia relacionado aos processos de construção e
transformação do espaço geográfico. Atualmente, o território é concebido, nas mais diversas
análises e abordagens, como um espaço delimitado pelo uso de fronteiras, não necessariamente
visíveis, consolidado a partir de relações de poder. O território permite o entendimento das
diferentes formas de apropriação do espaço, seu uso e ocupação, fazendo compreender as
implicações da delimitação desses espaços por e a partir das relações de poder em determinada
sociedade e em certo momento histórico. Área, recursos, povo, poder, limites e fronteiras são
elementos que definem um território por serem alvos diretos e indiretos dos atores e seus poderes.
O território é lugar de vida, do acontecer cotidiano, ne- cessário à existência das pessoas em
termos (geo)políticos, sociais, culturais, ecológicos, econômicos e políticos. É uma instância social,
faz parte da sociedade. É expressão dela. Assim, qualquer espaço definido e delimitado por e a
partir de relações de poder, caracteriza-se como território, correspon- dendo ao espaço geográfico
socializado, apropriado para os seus habitantes.
Professora e Professor — profissional mediadora/mediador da construção do conhecimento
e do desenvolvimento de competências junto a aluna/ao aluno; aquela/aquele que busca “provocar,
incentivar, disparar e possibilitar ao aluno a própria construção do conhecimento, a própria
aprendiza- gem.” (MEIER e GARCIA, 2011, p. 14) . Tem a responsabilidade de planejar e desenvolver
estratégias pedagógicas que promovam aprendizagens significativas. Compreende a aprendizagem
como pro- cesso contínuo, possível a todos; busca ser fluente no uso de tecnologias digitais; é
comprometido com o direito de aprender da educanda e do educando e com seu aprimoramento
como pessoa humana. Profissional que reflete sobre seu próprio trabalho e procura renovar sua
prática pedagógi- ca em função da reflexão realizada. Colaboradora/Colaborador na articulação
escola/família e parti- cipante efetiva/efetivo na construção/reconstrução e execução do projeto
político-pedagógico da escola. Consciente de seu papel de sujeito da ação educativa e de que a
ação de mediação da cons- trução do conhecimento exige-lhe que tenha ciência desse
conhecimento.
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS, EPISTEMOLÓGICOS E POLÍTICOS 55
Aluna e aluno — estudante criativa/criativo, curiosa/curioso, investigativa/investigativo,
crítica/ crítico, solidária/solidário, ética/ético, cooperativa/cooperativo, responsável,
argumentativa/argumen- tativo, resolutiva/resolutivo no sentido da tomada de decisões,
dotada/dotado de iniciativa, cidadã/ cidadão atuante e comprometida/comprometido com a
cultura de paz e transformação da sua realidade. Ocupa lugar central no processo de ensino e
aprendizagem. Constitui-se como sujeito com valores, crenças, atitudes e conhecimentos prévios,
ativa/ativo na construção de seu próprio conhecimento. Portanto, educado(a) para ser protagonista,
sujeito da sua aprendizagem, entendendo que tem grande responsabilidade nesse processo;
também educada/educado para gerenciar emoções, negociar confli- tos e buscar soluções para
situações reais, que impactem de maneira direta ou indireta na sua própria comunidade.
Estimulada/estimulada a trazer para a sala de aula referências de sua realidade, de modo que os
conteúdos em estudo se tornem significativos e criem/fortaleçam competências.
Aprendizagem — processo que avança da concepção puramente transmissiva e cumulativa
de conteúdos, para uma concepção de aprendizagem significativa. Assim compreendida, as/os
alunas/ alunos, com a cooperação da/do professora/professor ou outros atores, ou até mesmo
sozinhas/so- zinhos, constroem significado e atribuem sentido ao que aprendem. “Aprender pode
ser entendido como o processo de modificação do modo de agir, sentir e pensar, de cada pessoa, e
que não pode ser atribuído à mera maturação orgânica, mas à experiência. Nessa concepção, as
possibilidades de aprendizagem não são resultado de processos espontâneos. Elas requerem
alguns elementos media- dores, em especial, a colaboração de diferentes parceiros na realização de
alguma tarefa.” (CEARÁ, Orientações Curriculares para a Educação Infantil, 2011, p. 21)
Ensino — ação interativa entre educadora/educador/ educanda/educando/ objeto do conhe-
cimento no sentido de que sejam favorecidas condições que facilitem a construção do
conhecimento pela/pelo aluna/aluno. Como mediador dessa construção, a/o professora/professor
desenvolve ativi- dades que promovam questionamentos, reflexões, análises críticas,
problematizações, levantamento de hipóteses que conduzam ao conhecimento que ela/ele
pretende que seja aprendido. “Ensinar é fazer conhecido o desconhecido.” (KENSKI, 2001, p. 103)
Tecnologias na Educação — na pauta do DCRC, na competência 4, apresentada pela BNCC,
as tecnologias configuram como suporte à linguagem, reconhecendo que nossos alunos
representam uma geração cuja leitura tem como base uma tela plana e iluminada. Portanto, seu
entendimento se restringe à comunicação, reconhecendo esse recurso como predominante na
sociedade contemporânea e que, dessa forma, deve ser contemplado pela escola. Na competência
5, no entanto, há um avanço, que rompe a barreira do uso e parte para o campo da criação,
apresentando a necessidade de um trabalho crítico e ético acerca do uso das tecnologias,
entendendo esse uso numa perspectiva criativa. Entendemos, contudo, que as tecnologias estão
para além do uso pedagógico, pois elas acabam por criar novos modelos, estabelecendo uma
lógica na qual criador e criatura se mesclam de tal forma, que um tem impacto no outro, ou seja, a
tecnologia altera o meio e esse novo meio acaba por demandar novas formas e recursos. Diante
dessa constatação, não se pode compreender as tecnologias apenas como aparelhos e suas
funções, mas como arcabouço tecnossocial capaz de revolucionar o que ainda temos como
processo de ensino e aprendizagem. Dessa maneira, as tecnologias figuram como suporte a
metodologias inovadoras, abrindo caminho para um aprender mais significativo, com base na cons-
trução e partilha de saberes entre alunas/alunos, professoras/professores e comunidades científicas.
A compreensão e o domínio das tecnologias significam, na Educação Básica, um movimento capaz
de gerar novos conteúdos em rede, além de constituir-se como componente essencial na formação
dos profissionais demandados pelo mercado mundial. Salientamos duas considerações
importantes: a) a formação inicial e continuada das/dos professoras/professores e
gestoras/gestores acerca do uso das tecnologias na educação continua, configurando-se como
condição essencial para o trabalho na área, permitindo a esses profissionais uma aproximação ao
tema de forma teórica e prática e, consequen-
56 PARTE II
temente, ampliando suas experiências no campo do ensino e da aprendizagem; b) faz-se necessário
que os sistemas oficiais de ensino, enquanto agências de incentivo e fomento ao uso das
tecnologias, mantenham parcerias com instituições de ensino superior e outras organizações com
expertises na área. Isso manterá a discussão e, consequentemente, a inovação em movimento,
gerando um cenário de permanente estudo e evolução. Desse modo, qualquer discussão sobre
educação que passe pela definição de currículos e práticas metodológicas deve contemplar o papel
das tecnologias, não apenas como ferramenta, mas como movimento que altera cenários e
demanda novas formas de conceber ensino e aprendizagem, uma vez que tira a escola da posição
de “disseminadora” de conteúdos e o aluno do papel de figurante. Pensar tecnologias na educação
é pensar numa educação cuja palavra de ordem é aprender a aprender. É aprender gerando e
partilhando conhecimentos. É fazer junto, ganhando no coletivo. É poder exercitar a equidade,
respeitando diferentes caminhos e possibilidades que o aprender exige de cada ser.
Educação Científica — o fortalecimento da iniciação científica nas escolas públicas deve ser
mais que uma possibilidade, deve ser a nova forma de a/o professora/professor atuar e interagir
com os estudantes, em busca de respostas e de conhecimentos. Segundo Demo (2010), educação
científica é vista como uma das habilidades do século XXI, por ser este século marcado pela
sociedade intensiva de conhecimento. Ela é apreciada como referência fundamental de toda a
trajetória de estudos básicos e superiores, com realce fundamental a tipos diversificados de ensino
médio e técnico. Hoje, o desa- fio maior é produzir conhecimento e não mais apenas transmitir
(DEMO, 2010, p.15). Neste sentido, produzir conhecimento não aponta apenas para o processo
reconstrutivo, mecânico e técnico, mas, principalmente, para a possibilidade de cada estudante
tornar-se produtor de saberes, na condição de sujeito que toma o destino em suas mãos. Nesta
perspectiva, consideramos que, embora a autonomia não possa ser plena, pode, por seu turno, ser
muito ampliada, se soubermos aprender a manejar o conhecimento com autonomia. Trata-se de
trabalhar o desafio da autoria individual e coletiva, à medida que construímos oportunidades
viáveis, as quais demonstram que o sujeito não depende de outros que as inventem. Ele mesmo se
dá a oportunidade, porque a cria. EEntendemos que a base para o funcionamento da pesquisa é o
interesse das pessoas que participam do processo educativo e isso começa fazendo toda a
diferença. Ao tratar desta questão, Muller afirma que:
Para além de ser uma forma de trabalho qualificadora dos alunos, foi e é também uma forma
qua- lificadora dos professores. Envolver-se em pesquisa, em orientação ou organização de
pesquisa, implica em seguir sua lógica interna, cuja principal característica é a de qualificação
de todos que participam, que pensam e que agem segundo esse pensamento (MÜLLER 2009,
p. 09).
• Abertura ao novo — descreve o grau com que uma pessoa se mostra criativa, sensível
a diferentes estéticas, imaginativa e curiosa por ideias e outros modos de vida.
• Autogestão — descreve o grau com que uma pessoa é centrada, organizada, diligente,
focada, pontual e persistente.
• Engajamento com os outros — descreve o grau com que uma pessoa tem interesse
por se socializar, fazer amigos, ser gregário e experimentar o cotidiano com disposição e
energia.
58 PARTE II
• Amabilidade — descreve o grau com que uma pessoa é capaz de se colocar no lugar
do outro, sentir compaixão, acreditar nas boas intensões de outra pessoa e respeitá-la.
• Resiliência emocional — descreve o grau com que uma pessoa é atravessada por sen-
timentos de ansiedade, raiva e insegurança quando submetida a pressões interpessoais,
estresse e frustrações.
A busca pela formação integral do aluno está, portanto, iniciada, com investimento em
atitudes que favorecem ao relacionamento inter e intrapessoal, além da preparação para o
enfrentamento de situações novas.
Avaliação da Aprendizagem — componente básico do processo de ensino e aprendizagem,
cujo objetivo básico é verificar se o (a) aluno (a) aprendeu o que foi ensinado. Perpassa todo o ato
educativo, visando, também, orientar docentes e discentes no sentido de promover aprendizagem
significativa. Avaliamos o tratamento didático utilizado se ele está sendo favorável à ocorrência das
aprendizagens buscadas ou se precisa ser revisto. Ela tem caráter processual, contínuo e
continuado, além de precisar ser caracteristicamente justo. Deve exercer as funções diagnóstica,
formativa e so- mativa, nas quais é importante prevalecer os aspectos qualitativos sobre os
quantitativos. É, portanto, um processo de investigação permanente em que todas as atividades de
que o (a) aluno (a) participa são consideradas, valendo a compreensão de que toda avaliação de
aprendizagem é essencialmente diagnóstica: faz um diagnóstico em que verifica dentre o que foi
estudado, o que efetivamente foi aprendido. Deve utilizar variadas metodologias, técnicas e
instrumentos que possibilitem verificar o progresso do aluno no decorrer dos estudos realizados.
Avaliar a aprendizagem não é simplesmente atribuir uma nota ou conceito; é refletir sobre o
desempenho dos (das) estudantes frente aos objetivos traçados, sempre compreendendo que a
consequência lógica do ensinar deve ser o aprender. Um ensino só é eficiente quando provoca a
aprendizagem de alunos e alunas. Neste aspecto, vale ressaltar que, se o (a) aprendiz efetivamente
aprende o ensinado e desenvolve competências e habilidades como raciocínio lógico, criatividade,
criticidade, poder argumentativo, resolutividade no sentido da tomada de decisões, iniciativa,
autonomia para buscar conhecimentos, etc., estará naturalmente pronto para participar com
sucesso, inclusive de avaliações externas. É essencial termos clareza de que, diante do
compromisso com a formação integral do (a) estudante, o processo avaliativo deve considerar,
também, o desenvolvimento das competências socioemocionais. Para tanto, o referido processo, na
instituição educacional, deve passar por significativa transformação para incluir procedimentos
adequados à avaliação do (a) aluno (a) no tocante ao desenvolvimento dessas competências
incluídas. Para esta avaliação específica, um caminho pode ser adaptação do processo de
observações e registros, adotado na educação infantil. Também a autoavaliação, como mecanismo
de compartilhamento professora/ professor aluna/aluno na execução da tarefa de avaliar, é
recomendável, inclusive, como instrumento da formação em valores, dentre os quais, a
responsabilidade e a honestidade. Por fim, lembramos a importância da realidade social e cultural
em que o(a) aprendiz vive; e de que os(as) estudantes não podem ser penalizados pelas
competências e habilidades socioemocionais ainda não desenvolvidas. Cumpre salientar, à guisa
de finalização deste item, que as concepções especificadas devem nortear o dia a dia de cada
educador no desenvolvimento do trabalho que realiza, seja na docência, seja em qualquer outra
atividade que realize – direção escolar, coordenação pedagógica, outros ser-
viços na escola, gerência e serviços técnicos em órgãos do sistema de ensino.
Nossa consciência deve estar mobilizada pela convicção de que é tempo de construção de
uma educação que se comprometa com uma sociedade mais humana, cooperativa, solidária e
compro- metida com a paz, para todos.
1. Elaborado por integrantes do Grupo de Desenvolvimento Integral do Movimento pela Base e por estudo conduzido por Michaela Horvathova, pesquisa-
dora especialista do Center for Curriculum Redesign, com projeto gráfico elaborado pela equipe do Portal Porvir. A publicação está disponível para consulta,
reprodução e contribuições da sociedade, a fim de que seja constantemente aprimorada Sugestões podem ser enviadas para o e-mail movimentopelabase-
[email protected].
60 PARTE II
COMPETÊNCIA 1: Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo
físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colabora
• OBJETO DA COMPETÊNCIA: Conhecimento.
• QUE FAZER: Valorizar e utilizar os conhecimentos sobre o mundo físico, social, cultural e digital.
• PARA QUÊ: Entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar com a sociedade.
DIMENSÕES SUBDIMENSÕES
DIMENSÕES SUBDIMENSÕES
• Formulação de perguntas (Formulação de perguntas para garantir base sólida para a investi-
gação) Interpretação de dados (Interpretação de dados e informações com precisão; posiciona-
mento crítico a partir de critérios científicos, éticos e estéticos).
• Lógica e raciocínio (Uso de raciocínio indutivo e dedutivo para analisar e explicar recursos, so-
luções e conclusões de processos de investigação).
• Desenvolvimento de hipóteses (Formulação de hipóteses. Explicação da relação entre
variáveis. Sustentação de raciocínio com intuição, observação, modelo ou teoria).
• Avaliação do raciocínio e explicação de evidências (Análise de argumentos, raciocínios e evidências.
• Aprimoramento da lógica da investigação).
• Síntese (Comparação, agrupamento e síntese de informações de diferentes fontes para
produzir conclusões sólidas e evitar erros de lógica).
onentes curri- culares, favorece ao desenvolvimento do raciocínio lógico e do pensamento criativo. Constitui, portanto, procedime
ta, ou seja, responda perguntas dos alunos com outras perguntas. Vale ressaltar que nesta concepção pedagógica ora proposta é
62 PARTE II
COMPETÊNCIA 3: Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às
mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
• OBJETO DA COMPETÊNCIA: Repertório Cultural.
• O QUE FAZER: Valorizar as diversas manifestações artísticas e culturais.
• PARA QUÊ: Fruir e participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
DIMENSÕES SUBDIMENSÕES
DIMENSÕES SUBDIMENSÕES
64 PARTE II
COMPETÊNCIA 5: Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e co-
municação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as
escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver
problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
• OBJETO DA COMPETÊNCIA: Cultura Digital.
• O QUE FAZER: Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de forma crítica, significativa
e ética.
• PARA QUÊ: Comunicar-se, acessar e produzir informações e conhecimentos, resolver
proble- mas e exercer protagonismo e autoria.
DIMENSÕES SUBDIMENSÕES
DIMENSÕES SUBDIMENSÕES
66 PARTE II
COMPETÊNCIA 7: Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para for-
mular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam
os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local,
regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do
planeta.
• OBJETO DA COMPETÊNCIA: Argumentação.
• O QUE FAZER: Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis
• PARA QUÊ: Formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns, com
base em direitos humanos, consciência socioambiental, consumo responsável e ética.
DIMENSÕES SUBDIMENSÕES
DIMENSÕES SUBDIMENSÕES
68 PARTE II
COMPETÊNCIA 9: Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação,
fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento
e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e
potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
• OBJETO DA COMPETÊNCIA: Empatia e Cooperação.
• O QUE FAZER: Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação.
• PARA QUÊ: Fazer-se respeitar e promover o respeito ao outro e aos direitos humanos, com
acolhimento e valorização da diversidade, sem preconceitos de qualquer natureza.
DIMENSÕES SUBDIMENSÕES
DIMENSÕES SUBDIMENSÕES
CIDADANIA
• Participação social e liderança (Participação ativa na proposição, implementação e
avaliação de solução para problemas locais, regionais, nacionais e globais. Liderança
corresponsável em ações e projetos voltados ao bem comum).
• Solução de problemas ambíguos e complexos (Interesse e disposição para lidar com pro-
blemas do mundo real que demandam novas abordagens ou soluções).
NOTA: Com esta competência busca-se a consolidação da formação cidadã do aluno. Por
sua importância para a concepção de homem e sociedade pretendida, também requer seu
desen- volvimento como compromisso de todos os componentes curriculares. Cumpre
destacar que na formação cidadã sobressai a importância da atuação com foco no coletivo.
Daí a atenção à realização de trabalhos em grupo com o uso correto da metodologia, o que
implica aprender a ouvir, respeitar a ideia do outro, ser cooperativo, ético, solidário,
pretender o sucesso do coletivo considerando que os objetivos buscados são do grupo e
que são esses objetivos que unem os participantes do trabalho.
70 PARTE II
Ao considerar o exposto no item das Competências Gerais, pretendemos mostrar o quanto a
formação integral é possível, necessária e precisa contar com a anuência dos que fazem a
escola. O melhor preparo para esta missão ainda está na instituição escolar, notadamente quando
se trata da escola pública. Isto, no entanto, exige a ação conjunta com a família em parceria com a
escola, num processo formativo, cujo ponto de partida e de chegada sejam as diferentes realidades
que os envolvem, com reconhecimento das diferentes infâncias, adolescências e juventudes.
Compreendemos que a formação do (a) professor (a) é um dos “calcanhares de Aquiles” para
o sucesso da implementação do DCRC, tendo em vista que o (a) docente foi, e ainda continua
sendo formado (a) para “dar aulas”, “transmitir conhecimentos”, ser o “ator principal” do processo
de ensino e aprendizagem.
Os cursos de Licenciatura ainda apresentam ausência de articulação entre o objeto de conhe-
cimento (conteúdo da área disciplina) e os conhecimentos didáticos. Há pouca ênfase nos saberes
relacionados às tecnologias do ensino e nem sempre há a questão técnica associada a uma lógica
com fundamentos didáticos, filosofia de ensino e, principalmente, vinculação entre elas, de modo
que o fazer pedagógico contribua para que o (a) estudante seja agente na construção do
conhecimento. Conforme Gatti (2010), é necessária a reformulação dos currículos e uma discussão
de Didática nesses cursos de Licenciatura.
Com a proposta pedagógica que apresentamos, de que a escola desenvolva no aluno as
compe- tências e habilidades do século XXI, faz-se necessário romper com o modelo predominante
de ensino centralizado na docência. Esse rompimento permite avançar no sentido de um processo
de ensino e aprendizagem interativo, em que professores (as) e estudantes sejam protagonistas e
haja espaço privilegiado para o diálogo na construção do conhecimento. Entendemos que é muito
difícil ensinar de forma diferente de como aprendemos ao longo de toda uma vida de estudante e,
em seguida, na experiência de professor (a).
É preciso considerar que a realidade atual exige professores (as) que deixem de ser apenas
“en- sinantes” e compreendam a importância de também aprenderem no diálogo com os (as)
estudantes. É possível que, ao ingressar no mundo do trabalho, os (as) jovens enfrentem situações
que envolvam conhecimentos e tecnologias que hoje ainda não existem, portanto, problemas que
não se sabe quais serão. As pessoas precisam, então, ser preparadas para desincumbir-se,
satisfatoriamente, diante desse desconhecido.
1. Pesquisadores como Schön (2000), Sacristán (2000), Perrenoud (2001), Tardif (2002), Alarcão
(2003) e Nóvoa (2009) discutem uma formação de professores com foco no trabalho docente, nas
relações que se estabelecem dentro da escola e na importância da vinculação entre formação
docente e práticas escolares como currículo, didática, avaliação e gestão da sala de aula,
referenciada, sempre, no entrelaçamento entre teoria e prática.
Desse modo, fica patente a urgência de reformulação da formação docente inicial. Os
sistemas de ensino precisam receber profissionais não só habilitados na forma da lei, mas,
principalmente, que estejam preparados para o desenvolvimento das concepções pedagógicas
estabelecidas por esses sistemas, notadamente, para as concepções de educação, currículo, ensino,
aprendizagem e avaliação de aprendizagem.
De outro modo, ressaltamos a necessidade de um processo formativo continuado, gerando
competências, saberes e práticas capazes de concretizar a escola como um local em que não só se
Com o entendimento de que as modalidades de ensino têm características próprias que de-
terminam a sua identidade, consideramos necessário chamar atenção para a importância de que a
proposta pedagógica da instituição educacional, por seus currículos escolares, materialize a
identidade
72 PARTE II
da modalidade que desenvolvem. Assim como uma escola para crianças pequenas precisa identifi-
car-se com o mundo infantil, uma escola para jovens e adultos deve, também, identificar-se com o
mundo real dessa população; a escola do campo e aquelas que efetivam qualquer outra
modalidade, precisam fazê-lo com igual propósito: dar vida à identidade da modalidade.
A seguir, portanto, mesmo que de forma sucinta, objetiva e a título de que tenha início uma
proposta básica de atuação, serão abordadas as modalidades de ensino consideradas pela
legislação educacional brasileira, da abrangência da educação infantil e do Ensino Fundamental.
Educação de Jovens e Adultos (EJA) — a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB
5.692/71) define a EJA como uma modalidade da educação básica, nas suas etapas de ensino
fundamental e médio. Destaca nos art. 37 e 38 a responsabilidade dos sistemas de ensino em
assegurar o direito à educação para aqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos
até os 17 anos de idade. É uma modalidade de ensino estratégica, por promover a ampliação do
acesso à educação. Orienta-
-se pela concepção de educação ao longo da vida e garante a um público diferenciado — jovens e
adultos (a partir de 15 anos para o ensino fundamental e 18 anos para o ensino médio) — o direito
à escolarização básica em igualdade de condições com os demais estudantes, favorecendo à
formação humana, social e científica. Nesse sentido,
“A educação de adultos torna-se mais que um direito: é a chave para o século XXI; é tanto con-
sequência do exercício de cidadania como condição para uma plena participação na
sociedade. Além do mais, é um poderoso argumento em favor do desenvolvimento ecológico
sustentável, da democracia, da justiça, da igualdade entre os sexos, do desenvolvimento
socioeconômico e científico, além de um requisito fundamental para a construção de um
mundo onde a violência cede lugar ao diálogo e à cultura de paz baseada na justiça.”
(Declaração de Hamburgo sobre a EJA, 1997)
Anteriormente conhecida como supletivo, a atual EJA traz consigo a concepção de inclusão
social. No contexto cearense, a oferta nos anos finais do ensino fundamental ocorre nos formatos
presencial, na maioria das escolas, e semipresencial nos Centros de Educação de Jovens e Adultos
(CEJA). Ofertamos em diferentes contextos: urbanos, rurais, comunidades indígenas, quilombolas,
em situação de privação de liberdade etc. Dessa forma, o projeto curricular da EJA considera, regra
geral, os componentes curriculares estabelecidos na BNCC, devendo atender às características e
necessi- dades dos grupos sociais que buscam a modalidade para retornar à escola ou iniciar seus
estudos. Deve ser, portanto, flexível para respeitar as experiências e identidades culturais
dessas pessoas, possibilitando o fortalecimento da autonomia no seu processo de aprendizagem e
colaborando para o exercício de sua cidadania.
É essencial que a ação curricular integre os conhecimentos ensinados à realidade dos alunos,
garantindo uma contextualização que torne significativo o processo de ensinar e aprender. A
institui- ção que desenvolve a EJA precisa ter como característica de sua identidade, a natureza
identitária de seus alunos. Precisa, efetivamente, ser uma escola para jovens e adultos,
reconhecendo e utilizando a seu favor a experiência e maturidade dos estudantes.
Educação Escolar Especial — Conforme redação dada ao Art. 58 da LDB, entendemos por
educação especial a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular
de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
Em síntese, os sistemas de ensino devem matricular (a) (o)s estudantes com deficiência, trans-
tornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas classes comuns do ensino
regular e no Atendimento Educacional Especializado (AEE), complementar ou suplementar à escola-
“O movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política, cultural, social e
pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os estudantes de estarem juntos,
aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. A educação inclusiva constitui
um paradig- ma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga
igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à ideia de
equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro
e fora da escola.” (BRASIL, 2008, p.1)
74 PARTE II
Outro documento que ilumina a concepção acima abordada é a Declaração de Salamanca e
Linha de Ação sobre Necessidades Educativas Especiais, quando proclama que:
“O princípio fundamental desta Linha de Ação é de que as escolas devem acolher todas as
crian- ças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais,
linguísticas ou outras. Devem acolher crianças com deficiência e crianças bem-dotadas;
crianças que vivem nas ruas e que trabalham; crianças de populações distantes ou nômades;
crianças de minorias linguísticas, étnicos ou culturais e crianças de outros grupos e zonas
desfavorecidos ou margi- nalizados.” (BRASIL, 1994, p. 17 e 18).
76 PARTE II
• Espaços e tempos pedagógicos específicos — de acordo com as necessidades de um
ensino voltado para o desenvolvimento do campo. Os espaços materializam o currículo, para
aprender mais e melhor, é preciso que todos os espaços da escola sejam espaços educadores
sustentáveis. Considerar também outros espaços, para além da escola, por isso, é importante
investir na relação da escola com a comunidade, com as famílias, com o entorno da escola,
pois a incorporação desses outros espaços educadores é extremamente salutar para a
qualidade da educação do campo.
Julgamos importante lembrar que essas diretrizes curriculares descritas para a escola do cam-
po são referenciais curriculares que se aplicam ao currículo de toda escola brasileira, com as
devidas adequações às diferentes realidades.
Outros documentos dessa área que merecem destaque são a Convenção 169 da Organização
Internacional do Trabalho (OIT) sobre Povos Indígenas e Tribais, promulgada no Brasil por meio do
Decreto nº 5.051/2004; a Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, da Organização das
Nações Unidas (ONU) e a Declaração das Nações Unidas, de 2007, sobre os direitos dos povos
indígenas. A Educação Escolar Indígena ocorre em unidades educacionais localizadas em terras
indígenas,
as quais têm uma realidade singular, requerendo pedagogia própria em respeito à especificidade
ét- nico-cultural de cada povo ou comunidade, além de formação específica para o seu quadro
docente. Na estruturação e funcionamento dessas escolas, há o reconhecimento de normas e
ordenamento jurídico próprios.
Essas instituições escolares garantem aos índios, suas comunidades e povos a recuperação de
suas memórias históricas, a reafirmação de suas identidades étnicas, a valorização de suas línguas e
ciências, bem como o acesso às informações, conhecimentos técnicos e científicos da sociedade na-
cional e demais sociedades indígenas e não-índias. No Ceará, o processo de constituição das
escolas indígenas começou no final da década de 1990, com a luta das diferentes etnias.
O currículo das escolas indígenas é construído numa perspectiva intercultural, ligado às
concep- ções e práticas socioculturais de cada povo, de modo a contribuir com o fortalecimento da
cultura e identidade indígenas, pautado na valorização dos saberes tradicionais, tais como: línguas
indígenas, crenças, memórias, identidade étnica, manifestações culturais e práticas desportivas. O
projeto cur- ricular, assim concebido, caracteriza-se por sua flexibilidade na organização dos
tempos e espaços pedagógicos, tanto no desenvolvimento da base nacional comum, quanto da
parte diversificada, de forma a garantir a inclusão dos saberes e das práticas culturais produzidas
pelas comunidades indí- genas, considerando o conceito de pertencimento étnico, fundamental
para a formação de indígenas críticos, autônomos e conhecedores de sua história.
É uma modalidade que se legitimou pelo processo histórico de luta e resistência dos povos
negros e quilombolas, seus valores civilizatórios afro-brasileiros e a política de pertencimento
étnico, político e cultural. Destina-se ao atendimento educacional diferenciado das populações
quilombolas rurais e urbanas e deve ser garantido pelo poder público e organizado em articulação
com as comunidades quilombolas e os movimentos sociais. Por escola quilombola entende-se
somente aquela localizada em território quilombola. A Educação Escolar Quilombola é ofertada
nessas escolas e em escolas que atendem estudantes oriundos de territórios quilombolas.
Os espaços, o currículo e as vivências pedagógicas da oferta dessa modalidade devem estar
fundamentados no reconhecimento e na valorização da diversidade cultural dos povos negros e
qui- lombolas, exaltando sua memória, sua relação com a terra, com o trabalho, seu modo de
organização coletiva, seus conhecimentos, saberes e o respeito às suas matrizes culturais.
As disciplinas da Base Nacional Comum Curricular devem ser desenvolvidas de forma contex-
tualizada e transversal, considerando a Educação para as Relações Étnico-Raciais, conforme as leis
10.639/03, 11.645/08 e Resolução Nº 08 de 2012. Cumpre considerar a importância do seu
desenvol- vimento por meio de temas geradores, que valorizem os meios de produção, de cultura e
de história da comunidade quilombola.
Essa implementação, portanto, adequa-se à realidade de cada comunidade, podendo ser or-
ganizada de forma seriada ou multisseriada, com um calendário letivo que atenda às necessidades
locais e compreenda as datas referentes às lutas dos/as negros/as e o Dia Nacional da Consciência
Negra, como elementos fundamentais para o fortalecimento do pertencimento afro-quilombola. É
também relevante por fortalecer a tradição alimentar e a inclusão dos aspectos sociais, históricos e
culturais no currículo escolar.
É essencial, então, o entendimento de que a cultura e a educação são determinantes para
construir o pertencimento da comunidade e, diante deste contexto, vale a luta por uma educação
significativa que valorize o povo quilombola, tornando-se decisiva para a manutenção dos valores
históricos e culturais.
Por fim, não será demais observarmos que o DCRC tem como essência do seu
desenvolvimento as aprendizagens, resultantes do processo educativo concretizado nos diferentes
componentes cur- riculares, nas diversas etapas e modalidades do ensino. Portanto, efetivemos
essa proposta de forma cada vez mais consonante com um projeto educativo que busque, com
perseverança, a formação humana integral do cidadão brasileiro.
78 PARTE II
senvolvimento em processo. É necessário garantir ao educando um percurso contínuo que articule
a educação infantil com o ensino fundamental, os anos iniciais com os anos finais do ensino
fundamental e este com o ensino médio, como forma de eliminar barreiras e tornar a nova
experiência favorável à assimilação satisfatória dos novos contextos.
Considerando que a criança é única com suas singularidades e potencialidades, devendo ter
garantido seus direitos de aprendizagem, desenvolvimento e bem estar físico e emocional em
todas as etapas da vida escolar, é importante que a unidade escolar, sobretudo nas ocasiões de
transição, repense suas práticas pedagógicas, perseverando na utilização do princípio de que a
criança deve ser o ponto de partida para o planejamento e o desenvolvimento das ações que
integram e organizam a dinâmica curricular.
Ressaltamos a necessidade de a criança encontrar sentido e coerência no decorrer do seu
percurso formativo na vida escolar, evitando-se tensões e rupturas que possam ocasionar perda de
motivação com relação à continuidade dos estudos. Da educação infantil para os anos iniciais do
ensino funda- mental, devemos considerar as especificidades do desenvolvimento da criança,
nesse momento da vida, e garantir o devido valor às interações e brincadeiras como formas
legítimas de aprendizagem.
Diante disso, as experiências vivenciadas pelas crianças nas unidades escolares, devem ser de
um currículo integrador. Ele deve proporcionar o direito das mesmas de vivenciarem a infância em
sua plenitude, tanto na educação infantil como no ensino fundamental, considerando que estamos
tratando das crianças que ainda estão na primeira infância quando passam para a segunda etapa
da educação básica. As informações contidas em relatórios, portfólios ou outros registros que
eviden- ciem os processos vivenciados pelas crianças ao longo de sua trajetória na educação
infantil podem contribuir para a compreensão da história de vida escolar de cada aluno do
ensino fundamental. Conversas ou visitas e troca de materiais entre os professores das escolas de
Educação Infantil e de Ensino fundamental — anos iniciais também são importantes para facilitar
a inserção das crianças nessa nova etapa da vida escolar. Além disso, para que as crianças superem,
com sucesso, os desafios da transição, é indispensável um equilíbrio entre as mudanças
introduzidas, continuidade das apren- dizagens e acolhimento afetivo. Devemos construir a nova
etapa com base no que os educandos sabem e são capazes de fazer, evitando a fragmentação e a
descontinuidade do trabalho pedagógico.
Outra transição que merece cuidado ocorre do 5º para o 6º ano do ensino fundamental,
quando o(a) estudante sai de uma turma unidocente para outra pluridocente, geralmente, com um
professor para cada disciplina. Ela/Ele sente dificuldades na organização dos materiais, na
adaptação em rela- ção ao horário, pois de hora em hora muda a/o professora/professor. e, ainda,
no atendimento das muitas exigências provenientes do grande número de docentes. Somamos a
essas dificuldades o fato de que o (a) educando (a) está passando por mudanças biológicas
(crescimento) e sociais (cobrança de terceiros com referência à nova fase), interferindo no seu
emocional, e tem ainda a afetividade que está a requerer fortalecimento de laços afetivos. Essa
transição amplia a necessidade de um pla- nejamento curricular integrado e sequencial, tornando-
se de grande valia a adoção de metodologias diversificadas, com práticas pedagógicas inovadoras
e interessantes. É também muito importante a adoção de estratégias diversas de acolhimento dos
estudantes; práticas docentes envolvendo o aspecto lúdico; reuniões com as famílias para
orientações quanto às possibilidades de ajuda na superação dos desafios enfrentados.
Por fim, na transição do Ensino Fundamental para o Ensino Médio, quase sempre ocorre de o
(a) estudante mudar de escola, trazendo características e aprendizagens distintas que precisam ser
consi- deradas. Este fator adicional remete à necessidade de realizar ações que propiciem o
desenvolvimento do sentimento de pertença à nova escola, a novos vínculos afetivos e a
construção de sua nova iden- tidade estudantil.
80 PARTE II
A avaliação, não deve ser um momento isolado no final do processo. Ela pode assumir papel
formativo a serviço da melhoria da aprendizagem, possibilitando a emissão de juízos de valor sobre
quais etapas dos objetos de conhecimento, das competências, habilidades e atitudes, foram ou não
aprendidas. E, com base nos resultados, contribuir para o planejamento de estratégias de
intervenção para que os/as estudantes desenvolvam as aprendizagens buscadas.
Na década de 1990, foram implementadas avaliações em larga escala, a exemplo dos testes
do Sistema Brasileiro de Avaliação da Educação Básica (SAEB) e o país detectou uma realidade que
era previsível, mas não tinha sido constatada: os alunos não dominavam habilidades essenciais para
a concretização das etapas escolares nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática.
Desde então, diante desses resultados desfavoráveis, muitas ações têm sido desenvolvidas
pelo Ministério da Educação e pelas Secretarias de Educação, estaduais e municipais, para a
mudança do cenário negativo. Após políticas e instrumentos diversos direcionados para o processo
educacional, vivenciamos a formulação de currículos, avaliação em larga escala e hoje a BNCC. Ela
surge com a firme intenção de criar um cenário favorável ao sucesso dos sistemas de ensino.
Importante é que tais políticas e inovações estão chegando à sala de aula e à prática docente,
levando-nos a repensar as finalidades da avaliação, sobre o que e como se avalia e ampliando as
possibilidades e os instrumentos de avaliação que passam a promover situações de aprendizagem.
A resolução de problemas, o trabalho com jogos, o uso de recursos tecnológicos, entre outros, são
estratégias de avaliação que caracterizam outra concepção de avaliar.
Está cada vez mais claro e aceito que o processo avaliativo não é para classificar e rotular
alunos entre bons, trabalhosos e outros considerados “sem jeito”. Este modelo está ultrapassado.
Hoje, temos a consciência de que a avaliação está a serviço do professor para que o principal
objetivo da escola seja alcançado: todos os alunos avancem nas suas aprendizagens.
Abrimos, também, espaços para a avaliação do desenvolvimento de atitudes. Professores
usam fichas que incluem questões como: procura resolver problemas por seus próprios meios? faz
perguntas? usa estratégias criativas ou apenas as convencionais? justifica as respostas obtidas? co-
munica suas respostas com clareza? participa dos trabalhos em grupo? ajuda os outros na
resolução de problemas? contesta pontos que não compreende ou com os quais não concorda? Os
resultados expressos pelos instrumentos de avaliação sejam eles provas, trabalhos, postura em sala,
constituem indícios de competências e como tal devem ser considerados. A tarefa do docente
avaliador constitui um permanente exercício de interpretação de sinais, de indícios, a partir dos
quais manifesta juízos de valor que lhe permitem reorganizar a atividade pedagógica.
Ao levantar indícios sobre o desempenho dos alunos, o professor deve ter clareza sobre o
que pretende obter e que uso fará desses indícios. Assim, a análise do erro é uma aliada eficaz. Para
Moy- sés (2001, p.69) “O educador tem que estar atento para reconstruir o conhecimento a partir
do erro.” O “erro” ao ser considerado como fonte de aprendizagem, possibilita um caminho de
descobertas e desafios que estimulará no educando o prazer do saber e do fazer.
É sabido que na aprendizagem escolar o erro é inevitável e, muitas vezes, pode ser
interpretado como um caminho para buscar o acerto. Quando a/o estudante ainda não sabe como
acertar, faz ten- tativas, à sua maneira, construindo uma lógica própria para encontrar a solução.
Quando o professor consegue identificar a causa do erro, ele planeja a intervenção adequada para
auxiliar o aprendiz a avaliar o caminho percorrido. Esse planejamento deverá estar direcionado a
propostas eficientes para a promoção da aprendizagem.
Está cada vez mais patente que a missão da escola é favorecer ao desenvolvimento de apren-
dizagens. Por isso, precisa primar para que o planejamento do ensino caminhe junto com a
avaliação, oportunizando replanejamentos que propiciem a ocorrência das aprendizagens previstas.
84 PARTE III
Uma cultura de respeito, de consciência, afirmação e defesa de direitos humanos advém de
amplos e continuados processos de disseminação e cuidado pedagógico. É nessa perspectiva que
propomos fortalecer a democracia e a cidadania como basilares para nossa organização social, para
a inter-relação cotidiana, para a vida institucional e, por isso, para o fortalecimento de uma
sociedade orientada pelas regras e valores democráticos.
Desse ponto de vista, a escola é um espaço estratégico para que se construa a reflexão sobre
as marcas de nossas desigualdades, os padrões geradores e produtores de violência, discriminação
e preconceito. É para esse espaço que apontamos os marcos civilizatórios de uma sociedade que
respeite e promova as diferenças, deseje a igualdade formal e material, aposte no diálogo e, por
isso, na democracia e na cultura de paz.
Todos os campos disciplinares e os conteúdos socializados, no processo de ensino e aprendi-
zagem, devem, central e transversalmente, valorizar as competências dos sujeitos, o contexto social,
econômico e político da comunidade e desenvolver processos de aprendizagem interativos. Desse
modo, o conhecimento produzido favorece a um só tempo a cidadania e a eficácia do que se
aprende. Nessa perspectiva, a educação em direitos humanos é um conhecimento indispensável
para a educação básica. Ela contribui para a contextualização do processo de aprendizagem,
valoriza o sujeito na relação com o outro e difunde a afirmação dos direitos e da dignidade
humana. Ressaltamos que, pela educação em direitos humanos, contribuímos para a percepção de
que todos têm responsabi- lidade no fortalecimento desta causa. Assim, pensar em aprendizagens
implica ver a educação em direitos humanos como a valorização do homem, o enfrentamento a
violências em suas múltiplas formas e a importância da construção de comunidades sem conflitos,
voltadas para o entendimento,
a tolerância, a crença na justiça, na igualdade e na democracia.
A escolha pelos direitos humanos se deu no final da primeira metade do século XX, ao per-
cebê-la como paradigma civilizatório universal e forma de enfrentar a barbárie e todo o projeto de
desumanização e violência representado na II Guerra e nos atos do nazismo, do fascismo, dos
campos de concentração, da corrida nuclear e de todos os atos de extrema violência do período.
Isto está consubstanciado na Declaração Universal dos Direitos Humanos.
A partir deste marco, diversos outros documentos internacionais e nacionais se afirmaram
para proteção de grupos específicos, em razão das situações históricas de desigualdade e violência
porque passaram em diversos contextos.
Por isso, cumpre referenciar que o DCRC tanto está em consonância com o Plano Nacional de
Educação em Direitos Humanos e suas diretrizes, como observa o Plano Nacional de Direitos III, o
Pacto Internacional pelos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e a Declaração das Nações
Unidas sobre Educação e Formação em Direitos Humanos, além de outros textos legais que têm
sido incorporados.
Educar para a paz, nesse sentido, significa exercitar, no cotidiano escolar, em todos os seus
âmbitos, posturas, práticas e intervenções que promovam uma Cultura de Paz capaz de estabele-
cer uma convivência saudável e segura para todos os atores da comunidade escolar, criando, assim,
um ambiente propício à educação.
A Declaração sobre uma Cultura de Paz, da Organização das Nações Unidas/ONU (1999), define
“Cultura de Paz”, em seu art. 1°, como o:
Partindo deste conceito, podemos dizer que educar para a paz, da forma aqui concebida, não
se constitui na discussão de conteúdos em seminários ou em sala de aula, mas antes, na
ressignificação da convivência no espaço escolar, norteado pelos princípios acima elencados. Assim,
é necessário en- tender que o conflito, no ambiente escolar, não deve ser considerado como uma
falha a ser castigada, mas sobretudo como uma oportunidade pedagógica. Assim entendido,
podemos pensar de forma positiva os conflitos dentro da escola; de forma que estudantes,
professores (as), gestores (as), pais e demais membros da comunidade escolar não só administram
suas diferenças de forma não adversarial como também aprendem a lidar positivamente com seus
conflitos fora da escola.
Conflito é a discordância entre duas ou mais pessoas causadas pelo entendimento de que
existem expectativas, valores e interesses divergentes ou incompatíveis. Para Lederach (2012, p. 28),
“o conflito é a dinâmica normal e contínua dos relacionamentos humanos”, sendo cada indivíduo
86 PARTE III
dotado de singularidade única, o dissenso é inevitável em algum momento. Contudo, ele não é ne-
cessariamente algo negativo. Segundo Vasconcelos (2008, p. 20), “o conflito quando bem
conduzido, pode resultar em mudanças positivas e novas oportunidades de ganho mútuo”.
Nesse sentido, a Educação para a Paz se comunica diretamente com o conceito de “Aprender
a Conviver” estabelecido pela UNESCO no relatório Educação Um Tesouro a Descobrir. Produzido
pela Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, este relatório apresenta uma con-
cepção de educação mais abrangente do que a aquisição de habilidades. Educação é, portanto, um
processo pelo qual um ser humano alcança a plenitude de suas potencialidades. Há quatro pilares
para a educação¸ a saber, “Aprender a conhecer”, “Aprender a fazer”, “Aprender a ser” e “Aprender
a Conviver” (2010, págs. 85 e 90 a 95). O último pilar consiste, justamente, no desenvolvimento de
habilidades para lidar, de forma não violenta, com as diferenças (inclusive de interesses), empatia e
compartilhamento de projetos comuns.
A Educação para a Paz nas escolas, portanto, compreendida como o processo de
estabelecimen- to/fortalecimento de uma Cultura de Paz, deve lastrear-se, sem prejuízo de outras
medidas adotadas por cada escola, nos seguintes passos:
• Revisitar as normas administrativas e disciplinares da escola (Plano Político Pedagógico,
Regimento Interno, Código Disciplinar, etc.) com objetivo de nele incluir princípios e procedi-
mentos pautados na não-violência (incluindo a Comunicação Não-Violenta), na
autocomposição dos conflitos e na disciplina restaurativa;
Como forma de implementar ou fortalecer uma Cultura de Paz nas escolas, a Educação
para a Paz deve ser compreendida não só como iniciativa pessoal de professores (as), gestores (as),
estudantes e familiares, mas sobretudo, como um compromisso institucional assumido pela escola,
e, portanto, reconhecido em suas normas internas.
Para além disso, não se concebe a utilização de métodos positivos e não-violentos de
resolução de conflitos se o ambiente escolar, em si, é permeado por práticas e posturas adversarias
e violentas (incluindo aí a violência simbólica). Daí a necessidade de se repensar não só a forma
como lidar com os conflitos, mas, sobretudo, a forma como a escola pode contribuir (ou não) para
o surgimento negativo de conflitos.
Resta salientar, por fim, que, no processo de construção de uma Cultura de Paz, as escolas do
Ceará têm se beneficiado enormemente, nos últimos anos, da adoção da Justiça Restaurativa (pelo
Enfoque Restaurativo e pelo uso das Práticas Restaurativas) quanto da Mediação Escolar.
A Justiça Restaurativa, em breve síntese, define os processos de responsabilização das
pessoas, pelos danos causados a outras pessoas a partir da atenção às necessidades legítimas
das pessoas atingidas pelo dano, da participação protagônica da comunidade e da reparação
do dano, ainda que indireta.
Tendo em vista que alimentação e nutrição são requisitos básicos para a promoção e a
proteção da saúde, e que pesquisas apontam no sentido de que cerca de 90% dos brasileiros se
alimentam mal, entendemos que a Educação Alimentar e Nutricional assume papel relevante.
Em razão de ser regra geral para a maioria das pessoas, o não saber se alimentar se configura
um forte argumento que pode justificar aumento, consideravelmente, do número de obesos. Não
ao acaso, a Organização Mundial da Saúde identificou que a obesidade é um dos problemas mais
graves do século XXI, no seio da saúde pública. Esclarece que esta situação, normalmente, afeta
diversos países, mas se constata mais acentuadamente nos países em desenvolvimento. Acrescenta
que se trata de uma doença multifatorial, que está associada a fatores psicológicos, metabólicos,
genético e principalmente ambiental, sendo, também, caracterizada por um acúmulo excessivo de
gordura corporal localizada ou generalizada, que leva o indivíduo a vários riscos de saúde.
Precisamos salientar que a obesidade infantil é considerada uma doença ainda mais grave do
que em adultos. Em função das peculiaridades da faixa etária e do desenvolvimento físico e mental
da criança, essa doença pode ocasionar o surgimento de diabetes, hipertensão e colesterol alto. O
risco é grande, sobretudo, quando há consumo excessivo de alimentos ricos em gorduras
saturadas, açúcares e sódio. É comum, também, desencadear um processo de baixa autoestima,
comprometendo o rendimento escolar, o relacionamento pessoal e social e levando, principalmente
pelo excesso de peso, à discriminação pela aparência física.
Como veículo para interferir nessa realidade, a escola é vista como uma alternativa para de-
senvolver ações de educação alimentar e nutricional, com vistas a promover melhor qualidade de
vida. Para tanto, predomina a compreensão de que a promoção da saúde deve ser cuidada desde a
infância, permanecendo até a fase adulta com o objetivo de formar hábitos alimentares saudáveis.
Na última década, houve um grande avanço neste aspecto, com a incorporação da
alimentação como um direito social, por meio do Artigo 6º, da Emenda Constitucional nº 64,
aprovada em 2010. Outros importantes instrumentos legais, nessa perspectiva, também foram
importantes, tais quais a Lei Orgânica da Segurança Alimentar e Nutricional, a Lei Nº 11.346/2006
(BRASIL, 2006a), e o Decreto 7.272/2010, que estabeleceu a Política Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional (BRASIL, 2010b).
Observamos, desse modo, que a Educação Alimentar e Nutricional (EAN) passou a ser Tema
Transversal, por “contribuir para a promoção e a proteção da saúde, através de uma alimentação
ade- quada e saudável, desempenhando seu crescimento e desenvolvimento humano conforme as
políticas públicas em alimentação e nutrição” (Política Nacional de Alimentação e Nutrição – PNAN,
2012).
Alinhado a esse pensamento, o Guia Alimentar para a População Brasileira, editado pelo Minis-
tério da Saúde em 2014 (2ª edição) afirma que:
Ainda como parte do Guia acima citado, são detalhados cinco princípios norteadores, dos
quais a seguir apresentamos o resumo:
90 PARTE III
DIFERENTES SABERES GERAM O CONHECIMENTO PARA A FORMULAÇÃO DE GUIAS ALIMENTARES
Em face das várias dimensões da alimentação e da complexa relação entre essas dimensões e
a saúde e o bem-estar das pessoas, o conhecimento necessário para elaborar recomendações sobre
alimentação é gerado por diferentes saberes.
O Guia em foco baseia suas recomendações em conhecimentos gerados por estudos experi-
mentais, clínicos, populacionais e antropológicos. Ele também considera conhecimentos implícitos
na formação dos padrões tradicionais de alimentação.
“argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e
defen- der ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos
humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e
global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do
planeta” (BRASIL, 2016).
Em um processo que permite aos educandos uma compreensão crítica e global do meio am-
biente, as escolas devem liderar a sociedade, pelo exemplo em compromisso com a sustentabilidade
ambiental. Para ser mais efetivo, este compromisso deve ser evidente para todos que compõem a
escola: conectando as pessoas com a natureza; criando uma cultura de conservação; incentivando
comporta- mentos sustentáveis; promovendo atividades de educação ambiental intelectualmente,
socialmente e emocionalmente estimulantes e criando espaços de debate para discutir com o corpo
docente, discente, gestores, servidores e com toda a comunidade escolar os desafios que a sociedade
enfrenta, diante das mudanças ambientais locais e globais.
A educação para o trânsito é o ato de promover no ser humano a capacidade de uso e parti-
lha consciente do espaço público. Precisamos nos conscientizar de que ao circularmos pelas ruas da
92 PARTE III
cidade ou rodovias, entramos em contato social compartilhando-o e fazendo opções de circulação
que refletem diretamente na nossa qualidade de vida e na dos nossos semelhantes. Este é o ponto
de partida para pensarmos a educação no trânsito, uma vez que a complexidade exige mais do que
apreender as regras do Código de Trânsito Brasileiro, para adentrar nos aspectos de ética,
mobilidade, segurança, acessibilidade para todos, respeito mútuo, cidadania, preservação do meio
ambiente e o uso comum do espaço público.
Esse posicionamento alinha-se à Portaria nº 678/ MEC, de 14 de maio de 1991, faz menção
ao conteúdo do Artigo 1º da (LDB 1996) quando trata da educação. De acordo com este
documento, “A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na
convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e
organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais [...]”
Essa posição enseja que as pessoas conheçam a realidade por meio de sua interação com o
mundo e com os seres que nele há. Tal procedimento possibilita às pessoas adquirir as ferramentas
necessárias à sua participação proativa nas esferas sociais. Isso acontece porque promove seu
estado de bem-estar, sem perder de vista a responsabilidade de transmitir às novas gerações
valores, formas de vida e modos de comportamentos. Então, para a sociedade receber cidadãos
com este perfil, é fundamental que a formação para cidadania de um povo se faça em processos
educativos que propi- ciem “[...] condições ao homem de se fundamentar em conhecimentos
científicos, culturais, artísticos e filosóficos, representados no currículo pelas diferentes disciplinas,
que vão prepará-los para a vida na família, na sociedade e no trabalho.” (Portaria – MEC, 1991, p.
01).
Logo, a educação escolar concebida dando privilégio a temas emergentes que inquietem,
inte- ressem e desafiem a sociedade a propor soluções. Dessa forma, a educação para o trânsito,
que está assegurada pelo Código Brasileiro de Trânsito em seu Artigo 76, aponta que:
“A educação para o trânsito será promovida na pré-escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º graus,
por meio de planejamento e ações coordenadas entre os órgãos e entidades do Sistema
Nacional de Trânsito e de Educação, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, nas respectivas áreas de atuação.”
É necessário considerar que a época atual proporciona um estilo de vida conectado com os
avanços tecnológicos, embora com recorrentes problemas sociais. Esses avanços desafiam os siste-
mas de ensino e desafiam seus agentes a incorporarem, no processo de ensino e aprendizagem, o
desenvolvimento de competências e habilidades sobre esses problemas sociais. Isso exige levar o/
a estudante a analisar, refletir e propor a resolução para situações-problema. Para tanto, o currículo
escolar deve ser pensado de modo a atender às problemáticas que inquietam a humanidade. E,
sendo o homem um usuário em potencial de automóveis, que causam vários danos ao meio
ambiente e ao próprio ser vivo, a Portaria 678 MEC, de 14 de maio de 1991, lista vários temas que
devem figurar no currículo escolar. Na alínea ‘c’ propõe a Educação para o Trânsito, que, por sua
vez, dialoga com a BNCC quando propõe o pacto Inter federativo e orienta os sistemas e as redes
de ensino a construir currículos, bem como orienta as escolas a elaborar propostas pedagógicas
que considerem as neces-
O Decreto nº 7.397, 22, de dezembro de 2010, institui a Estratégia Nacional de Educação Finan-
ceira (ENEF) criada pelo Ministério da Fazenda, “com a finalidade de promover a educação financeira e
94 PARTE III
previdenciária e contribuir para o fortalecimento da cidadania, a eficiência e solidez do sistema financeiro
nacional e a tomada de decisões conscientes por parte dos consumidores” (2010).
Na verdade, trata-se de uma política pública de Estado em caráter permanente, que promove
ações gratuitas de educação financeira no Brasil. O seu objetivo é contribuir para o fortalecimento
da cidadania, ao fornecer e apoiar ações que ajudem a população a tomar decisões financeiras mais
autônomas e conscientes.
Todos os dias as pessoas lidam com artigos financeiros, configurando-se como agentes
econômicos. Diretamente ou não, as decisões sobre compras, venda, empréstimos, investimentos
etc. influenciam na sua vida tanto no presente quanto no futuro. Por isso, faz-se necessário em
todas as fases da vida aprender sobre movimentação de recursos financeiros.
Os estabelecimentos de ensino e aprendizagem possibilitam que crianças e jovens adquiram,
além das competências e habilidades de leitura, cálculo e raciocínio lógico, a capacidade de viver
em sociedade, em que fará escolhas decisivas para a realização de sonhos e modo de vida,
influenciando a sociedade da qual faz parte.
Neste sentido, a educação financeira, pensada como tema transversal, dialoga com os diver-
sos objetos de conhecimento e outros temas transversais do currículo, ministrados para as etapas
da Educação Básica. Isso possibilita ao estudante concretizar suas aspirações e se preparar para as
várias fases da vida, bem como agir com maturidade nos assuntos de interesse da coletividade.
Cabe, pois, ao Projeto Político-Pedagógico da escola ser o documento norteador da formatação
desse diálogo.
Emerge, então, a importância de incluirmos a educação financeira no currículo, pois ela
promove o diálogo articulador entre as áreas de conhecimento, à medida que transita nos diversos
componentes curriculares das escolares, sendo um pilar para o exercício pleno da cidadania e para
o bem-estar coletivo. Ao apresentar este documento à comunidade escolar cearense, é importante
dizer que concebe-
mos a educação como um compromisso que promove a formação e o desenvolvimento humano
global, em suas dimensões intelectual, física, afetiva, social, ética, moral e simbólica; apontamos a
necessidade de contextualização dos conteúdos dos componentes curriculares, para orná-los
significativos a partir da realidade local e do tempo que situa a aprendizagem, bem como a
organização interdisciplinar dos componentes. Ainda cabe aos sistemas e às redes de ensino e às
escolas incorporar aos currículos e às propostas pedagógicas a abordagem de temas
contemporâneos que atinjam a vida humana em escala local, regional e global, preferencialmente
de forma transversal e integrada.
Entre esses temas, destacamos a (Lei nº 8.069/1990) direito da criança e do adolescente; (Lei
nº 9795/1999) educação ambiental; (Lei 9.503/1997) educação para o trânsito, dentre outros, que se
vistos a partir da BNCC estão alocados nas Ciências Sociais e Humanas Aplicadas que
“[...] devem estimular uma formação ética, […] auxiliando os alunos a construir um sentido de
res- ponsabilidade para valorizar: os direitos humanos; o respeito ao ambiente e à própria
coletividade; o fortalecimento de valores sociais, […] a solidariedade, a participação e
protagonismo voltado para o bem comum [...]” (BRASIL, 2018, p. 352).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei Nº 9394/96) e a Base Nacional Comum Curricular
referente à Educação Infantil e Ensino Fundamental, aprovada pelo Conselho Nacional de Educação
TEMAS INTEGRADORES: ABORDAGEM TRANSVERSAL 95
(CNE e homologada pelo Ministério da Educação (MEC), em dezembro de 2017), apontam para
uma concepção de educação centrada na formação integral do cidadão. Assim, as temáticas
Educação Fiscal e Cidadania se configuram como essenciais a serem trabalhadas, de forma
transversal e interdiscipli- nar, no currículo das escolas. Isso promove a aprendizagem de
conhecimentos e o desenvolvimento de práticas, que colaborem para a formação de pessoas
sensíveis e eticamente responsáveis frente às questões locais e globais.
O exercício da cidadania ativa está em todos os momentos de funcionamento da vida em
socie- dade. Assim, cada vez mais, a escola deve estar a serviço da construção de uma cidadania
consciente de seu papel e da necessidade de ampliar seu poder de participação em prol do bem da
coletividade. A Educação Fiscal e Cidadania no currículo irão oportunizar, a cada educando,
apropriar-se dos conceitos de bens públicos. Além disso, ela irá permitir a compreensão de que,
sem a participação efetiva dele, o Estado não pode exercer o papel de financiador das ações
estatais através da arrecada- ção dos tributos. A educação comprometida com uma formação
cidadã requer que questões sociais sejam contempladas nos processos de ensino e de
aprendizagem. Desse modo, a Educação Fiscal configura-se como um instrumento pedagógico
apropriado para fomentar a cidadania e promover
posturas eticamente responsáveis e participativas entre o poder público e o cidadão.
De acordo com VIDAL (2010), “A educação fiscal é um processo de ensino e aprendizagem
ba- seado em três eixos — valores, cidadania e cultura fiscal — e que tem como objetivo fomentar
uma cidadania participativa e consciente de seus direitos e obrigações”. É um programa
educacional que, de forma articulada pelo governo federal, através dos fiscos estaduais e
municipais, visa a compartilhar conhecimentos e interagir com a sociedade sobre a origem, a
aplicação e o controle dos recursos pú- blicos. Isso tudo é possível a partir da adoção de uma
abordagem didático-pedagógica interdisciplinar e contextualizada, capaz de favorecer à
participação social (ESAF, 2013a). Essa abordagem é alicerçada nos pilares: cidadania, ética,
comprometimento, justiça, efetividade e solidariedade.
Tendo em vista que a Secretaria da Educação do Estado do Ceará tem como um dos seus
desafios contribuir para a superação das desigualdades sociais, ao pensar as ações curriculares e as
estratégias didático-pedagógicas, entendemos que alguns objetivos e diretrizes do PNEF (Plano
Nacional de Educação Fiscal) são importantes no percurso desta caminhada. Assim, são objetivos
do PNEF mais diretamente relacionados às práxis educacionais: a) Viabilizar financeiramente o
PNEF; b) Internalizar a Educação Fiscal nas Instituições de Ensino; e c) Implementar a Gestão de
Conteúdos.
Esses objetivos têm sua consecução nas seguintes diretrizes:
• Ações permanentes e pautadas em políticas de Estado, não devendo ter caráter político-
par- tidário, evitando a veiculação de marcas de governos;
• Ações que contemplem todos os públicos, enfoques e abordagens educacionais, dentro dos
limites de atuação do Programa;
• Institucionalização do Programa por meio de ações permanentes dos órgãos gestores, pau-
tadas pelo aproveitamento da sinergia entre os seus atores; e, por fim,
Educação para as Relações Étnico-Raciais: afinal o que isso quer dizer para nós educadores?
Pois bem, significa pensarmos em projetos, políticas e práticas voltadas para a implementação das Leis
nº 10.639/2003 e 11.645/2008, enquanto uma alteração da Lei nº 9.394/1996 – LDB com a redação
de seu artigo 26A.
Em 2003, a Lei Federal n° 10.639, posteriormente ampliada pela Lei n° 11.645, tornaram
obrigatório o ensino da história e da cultura afro-brasileira e indígena em toda a extensão do
currículo escolar nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio do país, com o objetivo de
reconhecer e valorizar a contribuição da herança desses povos na formação da identidade nacional.
Tais leis são ações afirmativas, pois fazem parte de um conjunto de medidas especiais, voltadas
a grupos discriminados e vitimados pela exclusão social. As ações afirmativas implantadas, na
educação brasileira, têm como intuito fazer com que a sociedade, como um todo, por meio do estudo
dessa te- mática, volte o seu olhar para o reconhecimento das experiências, ações e vivências desses
povos, que, durante muito tempo, foram menosprezadas.
Essa legislação traz à escola a oportunidade de repensar a sua ação pedagógica a partir de uma
base epistemológica não apenas eurocêntrica. Necessitamos de considerar outras matrizes culturais,
como, por exemplo, a afro-brasileira e a indígena. Esse posicionamento precisa ser urgentemente
refle- tido, de maneira a repensar o olhar etnocêntrico presente no sistema educacional brasileiro.
Seguindo a mesma linha de pensamento, foram implantadas as Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
Afri- cana. As implementações ocorreram com base no Parecer CNE 003/2004 que propõe uma série
de ações pedagógicas para o conjunto da escola, visando à implementação da lei nº 10.639/2003.
Fundamentamos os marcos legais nos dispositivos da Constituição Federal e na lei nº
9.394/1996. Eles tratam do direito à igualdade de condições de vida e de cidadania, do direito às
histórias e às culturas, que compõem a nação brasileira na escola, e do direito ao acesso às diferentes
fontes da cultura nacional. Como resultado desses processos, cinco anos após a aprovação das
“Diretrizes” o Governo Fe-
deral apresentou, em 2009, por meio de ação conjunta entre o MEC e a SEPPIR, o “Plano Nacional de
Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e
para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
98 PARTE III
Os povos indígenas, os africanos e afrodescendentes vivenciaram séculos de negligência, de
agressão às suas culturas, identidades e memórias; vivenciaram séculos de uma negação aos seus
direitos às suas diversidades, e até mesmo às suas etnias como construtoras não apenas do povo
brasileiro, mas da própria história do país.
Tais etnias, ao recuperarem suas identidades, no sentido de se perceberem como sujeitos
trans- formadores e construtores da realidade, deixam de ser menos receptoras das diretrizes
dominantes e se transformam em agentes históricos. Percebemos, então, que a identidade étnico-
racial constituída não se configura apenas como uma referência de afirmação, autoestima, mas
constitui-se num ins- trumento de organização e mobilização.
A educação para as relações étnico-raciais gira em torno de uma proposta educativa, que
prima por uma ação humanizadora e democrática, que na escola visualiza a pluralidade e
diversidade cultural, étnica, racial, de gênero, geracional e religiosa existentes neste espaço de
saber.
Finalmente, a partir de práticas pedagógicas e de políticas transformadoras, será possível
construirmos um currículo capaz de provocar pensamento crítico, posturas reflexivas e atitudes de
respeito acerca da relações étnico-raciais no nosso país. Nesse escopo, incluiríamos, para além dos
conhecimentos produzidos pelas populações negra e indígenas, os conhecimentos produzidos
pelas populações cigana, de terreiro e outros grupos étnicos e suas idiossincrasias.
A Educação Infantil é a primeira etapa da educação básica e tem como finalidade o desen-
volvimento integral da criança de 0 a 5 anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológicos,
intelec- tuais e sociais, complementando a ação da família e da comunidade. O Ensino Fundamental,
etapa subsequente, tem como objetivos, conforme Artigo 32 da LDB: “o desenvolvimento da
capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a
formação de ati- tudes e valores; o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de
solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social” (BRASIL, 1996)
Partindo desses pressupostos legais, compreendemos que temos na sociedade meninos e meninas
com histórias de vida diversificadas. Eles nos motivam a pensar o quão é essencial que a escola
incor- pore e discuta democraticamente as questões que envolvem as relações entre sujeitos,
considerando o respeito e a autonomia como basilares ao relacionamento humano. Isso possibilita
uma ampla crítica cultural do domínio masculino e da subordinação feminina baseada em relações
desiguais de gênero.
Biologicamente falando, meninos e meninas não agem de maneira diferente em
consequência de sua fisiologia. Mas, como decorrência de uma educação culturalmente apropriada
e diferenciada a partir do sexo. São educados com base em convenções de adultos que tratam as
crianças como meros figurantes e assim vão definindo o que julgam importante para a vida dessas
pessoas a exemplo das brincadeiras e/ou das cores que devem usar.
A ideia de que as meninas devem brincar de certos jogos e brinquedos (bonecas, panelas...) e
os meninos, com outros (carros, bolas, armas...) tem como fundamento o patriarcado 2 e machismo3,
geralmente velados nas práticas educativas. A lógica de associar a recreação e o brincar das
meninas a objetos e brincadeiras que remetem ao mundo do cuidado e afetos (casinha, bonecas
etc.), e, da mesma forma atribuir aos meninos objetos e brincadeiras associadas a um universo
público em detrimento do
2. 1-Patriarcado: “O patriarcado refere-se a milênios da história mais próxima, nos quais se implantou uma hierarquia entre homens e mulheres, com
primazia masculina... É a esta estrutura de poder, e não apenas à ideologia que a acoberta, que o conceito de patriarcado diz respeito” – Heleieth Saffioti.
3. Machismo: é a base de sustentação, produto do patriarcado, que é o sistema que, na construção do Estado, colocou as mulheres na esfera privada
(Agencia Brasil).
TEMAS INTEGRADORES: ABORDAGEM TRANSVERSAL 99
âmbito privado reflete a sociedade sexista em que vivemos. Contribuir com essa perpetuação é
limitar o processo de aprendizagem nas atividades educativas e estimular preconceitos,
discriminações, miso- ginia,4 racismos e intolerância em vários níveis. Tudo isso corrobora com os
altos índices de violência e assassinatos de meninas, mulheres e demais sujeitos sociais. Cabe à
escola instigar o debate acerca do respeito que deve permear as relações sociais e todas as
dimensões que o envolve. Por isso é que construímos a escola no espaço relevante para a
reconstrução de uma nova ordem social, igualitária, humana e fraterna. Julgamos necessário rever
as orientações aparentemente inofensivas às crianças, perpetradas por uma cultura segregadora,
uma vez que isso se reflete nos resultados delas e deles e em como deverão enxergar o mundo,
quando na vida adulta.
É exatamente em função de um tratamento diferenciado entre meninas e meninos na escola
e na sociedade em geral, que percebemos os nichos profissionais ocupados por um e/ou por outro
grupo. Aos homens são atribuídas funções cujo perfil é a racionalidade; às mulheres, as profissões
que exigem o comportamento materno e o cuidar. Consequentemente a disparidade salarial entre
esses constructos sociais é, também, absurda, embora concebida como natural. Faz-se urgente a
necessidade de reformularmos alguns hábitos, conceitos e preconceitos naturalizados em nossa
sociedade. Um dos caminhos para a construção dessa sociedade justa e com equidade é o trabalho
que a escola pode desenvolver desde a Educação Infantil.
A escola precisa assumir o seu papel na construção do desenvolvimento integral como está
garantido às crianças na LDB.5 Por isso, é essencial que a instituição mantenha diálogo com as
famílias sobre a importância do respeito nas relações interpessoais, da autonomia e, sobretudo,
que exponha uma abordagem não sexista do conteúdo didático.
Educadoras/es precisam compreender que, durante a infância e a adolescência as pessoas
estão em processo de formação em sua identidade, seus desejos e vontades subjetivas. Determinar
com- portamentos, brincadeiras, objetos, cores, roupas “para meninos” e “para meninas”, gera
segregação sexista na compreensão da realidade das crianças. É nesse tipo de comportamento o
significado do lugar social se solidifica numa perspectiva de predeterminação. Esse pensamento e
ação presentes nas escolas causam distorções muito graves na construção do sujeito. Eles
propagam uma concepção de mundo que hierarquiza pessoas e suas capacidades, a exemplo da
ideia cristalizada de que as mulhe- res devem receber salários inferiores, ou devem ocupar postos
de trabalhos relacionados ao cuidado. Para além disso, observamos a objetificação do corpo e da
vida da mulher, tornando comum o assédio sexual, como se fosse um direito do homem.
Precisamos considerar, ainda, sobre essa questão, certa confusão entre categorias do
pensamento social humano: gênero, sexo e sexualidade. Embora digam respeito à subjetividade e à
singularidade do ser humano (no sentindo ontológico), detêm significados diversos, mas em função
de um discurso ideológico meninas são tratadas como inferiores em relação aos meninos. A
negação de direitos como jogar futebol, correr, soltar pipas, brincar com carrinho dentre outros, é
uma realidade no cotidiano de muitas escolas. Em contrapartida, os meninos não têm seus corpos e
brincadeiras vigiados da mesma forma. Tal posicionamento ratifica a ideia de que o homem “pode
tudo”: correr, ser livre, falar alto, inclusive usar brincadeiras agressivas (lutas, armas). Assim vigia-se
o andar, as brincadeiras, o contato com as cores evitando ao máximo uma aproximação de
meninos no que diz respeito aos afetos. Quando nos deparamos com meninos que durante o
horário do lanche, se recusam a colocar o alimento em recipientes de cor rosa, por exemplo,
percebemos como a violência de gênero é capaz de modificar o comportamento das pessoas
através de práticas banais. Isso exige de nós mudança de postura e análise sobre uma sociedade
eivada de desrespeito, discriminação e preconceito.
4. Misoginia: ação de repulsa ou aversão às mulheres, aversão excessiva do contato sexual com mulheres. (Etm. Do grego do grego misos: ódio e
gene: mulher). Dicionário Online.
5. LDB- Lei de Diretrizes e Bases da Educação
uma mudança de era, com processos que se autoorganizam, emergentes, horizontais, formados
como descontinuidades articuladas, (que) podem ser assumidos pelas comunidades locais, em
engloba habilidades para comunicar coletivamente, em tempo real, no âmbito local até o
global, inclusive de forma descentralizada, gera uma grande expectativa no impacto
significativo dos resultados pedagógicos, contribuindo para melhorar a qualidade do processo
de ensino e de aprendizagem, a partir de um novo modo de interagir, de informar e de
produzir conhecimentos. (MACHADO & KAMPFF, 2013, p. 4)
Discutir Cultura Digital na escola requer pensar sobre o uso das Tecnologias Digitais da
Informa- ção e Comunicação (TDIC) no desenvolvimento do currículo. Remete-nos, sobretudo, a
uma mudança nas formas de ensinar e aprender, que implica diretamente na adoção de novas
metodologias, nas quais o professor/a professora e o aluno/a aluna assumem papéis ativos. O
professor/ a professora assume a função de mediador(a) da aprendizagem, visto que este/esta
perde seu status de único detentor(a) do conhecimento, e o aluno/a aluna assume um papel de
protagonista no processo de construção do conhecimento, desenvolvendo habilidades de
comunicação e de argumentação diante das diversas possibilidades de representação do
pensamento.
Alinhados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que aborda a Cultura Digital dentre as
dez competências gerais, a apresentamos em nosso documento como um tema integrador. Esta
cultura é importante na formação integral do/da estudante e tem um impacto nas relações sociais e
no processo de construção do conhecimento no mundo contemporâneo. Há três dimensões,
relacionadas à Cultura Digital, e suas respectivas subdimensões para as quais precisamos nos
atentar:
• domínio de algoritmos; e
• visualização e análise de dados.
• mundo digital; e
• uso ético.
• desenvolvimento de ações formativas que visem preparar professores e alunos a fazer bom
uso (ético e salutar) do espaço digital.
Estudos demográficos realizados com base nos dados do Censo de 2010 indicam que, até a
década de 50 / 60 do século XX, a população brasileira era bastante jovem, com altas taxas de ferti-
lidade e taxas de mortalidade que apenas começavam a diminuir.
Entre 1970 e 1980, as taxas de fertilidade tiveram sua redução acelerada. Em paralelo, ocorreu
a diminuição das taxas brutas de mortalidade em todo o país, sobretudo desde o início deste sé-
culo. Esses dois fatores reunidos trouxeram como consequência o aumento da expectativa de vida
ao nascer, que, em 1900, era de apenas 33,7 anos; em 1970, alcançava 57,1 anos; passou para 63,5
anos, em 1980, e se estima para 72 anos, em 2020. Está se efetivando, assim, o envelhecimento da
população brasileira.
Embora este fato exija o estabelecimento de políticas públicas pertinentes e o Brasil seja um
dos signatários do Plano Internacional de Ação para o Envelhecimento, o que prevê o citado Plano
ainda não se tornou realidade no nosso país. A criação e adoção de um aparato legislativo para
proteção das pessoas idosas se concretizam com a Política Nacional do Idoso – PNI (Lei nº 8.842 de
04/01/1994), que busca enfrentar os problemas decorrentes do rápido envelhecimento da
população brasileira, tendo como finalidade assegurar os direitos sociais e promover a autonomia,
a integração e a participação real dos idosos na sociedade.
É importante, contudo, destacar que a Constituição Federal de 1988 já preconizava que “um
dos objetivos fundamentais da República é o de promover o bem de todos, sem preconceito ou
discri- minação em face da idade do cidadão” (Art. 3º). Vale acrescentar que o texto constitucional
também diz que a cidadania e a dignidade da pessoa humana são fundamentos do Estado
Democrático de Direito, merecendo realce que a Constituição Federal, ao introduzir o conceito de
Seguridade Social, fez com que a rede de proteção social alterasse seu enfoque puramente
assistencialista para uma concepção ampliada de cidadania. Nesse contexto, vale transcrever o que
afirma Moraes:
A Política Nacional do Idoso estabelece que uma pessoa é considerada idosa quando tem 60
anos ou mais, e determina competências para os órgãos públicos das áreas de promoção e
assistência
104
social, saúde, educação, trabalho e previdência social, habitação e urbanismo, justiça, cultura, esporte
e lazer. Para a área da educação define os seguintes deveres:
• inserir nos currículos mínimos, nos diversos níveis do ensino formal, conteúdos voltados
para o processo de envelhecimento, de forma a eliminar preconceitos e a produzir
conhecimentos sobre o assunto
• apoiar a criação de universidade aberta para a terceira idade, como meio de universalizar o
acesso às diferentes formas do saber.
“O artigo 22 do Estatuto do Idoso dá algumas diretrizes sobre o que deve ser inserido nos currículos:
conteúdos voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito e à valorização do idoso. Então, baseada
nes- sas diretrizes, selecionei alguns conteúdos que considero indispensáveis para se alcançar o objetivo
proposto em uma educação para o envelhecimento: fatos e mitos sobre a velhice, o velho e o
envelhecimento; marcos legais; intergeracionalidade: aspectos sociais, políticos, demográficos,
epidemiológicos, culturais, filosóficos, psicológicos, biológicos, educacionais, etc.; do envelhecimento
humano; mídia e velhice; literatura e velhice; longevidade; direitos da pessoa idosa; sexualidade na velhice;
violência contra a pessoa idosa; instituições de longa permanência; o amor na velhice, etc.” (LINS, 2015).
Por todo o exposto, compreendemos que este tema transversal deve ter espaço no DCRC,
sobretudo, como instrumento de acesso a conhecimentos que, por certo, mediarão a construção da
solidariedade intergeracional: forte condição para favorecer o envelhecimento digno, o respeito e a
valorização das pessoas idosas.
Com este item, estamos concluindo a terceira parte do Documento Curricular de Referência
do Ceará. Como podemos constatar, as três primeiras partes dão conta de posicionamentos
teóricos, epistemológicos e políticos do DCRC. A quarta parte dá início às etapas de ensino, quando
iremos nos deter às especificidades de cada uma delas.
106
107
108
PARTE IV
4 Etapas de Ensino
109
4.1. Etapa da Educação Infantil
N
os últimos anos, as discussões sobre Educação Infantil vêm se destacando no cenário
nacional pelo intenso movimento de revisão e definição de pressupostos. Estes, por
sua vez, impactam e são impactados por um conjunto de diferentes ações que têm
privilegiado
e legitimado esta primeira etapa da Educação Básica, principalmente como campo de investigação
e de intervenção de políticas educativas e pedagógicas, como também têm repercutido
positivamente na melhoria gradativa das condições humanas e materiais das crianças e dos
profissionais que vivenciam o cotidiano de práticas educativas e de cuidados.
Tendo em vista esse cenário, o estado do Ceará vem realizando ações voltadas ao
fortalecimento da Educação Infantil em sua função sociopolítica e pedagógica, considerando que a
instituição edu- cacional é o primeiro espaço de educação coletiva fora do contexto familiar, tendo
a responsabilidade na educação e cuidados das crianças em complementação à ação da família. Ter
em foco a função sociopolítica e pedagógica no âmbito das instituições de Educação Infantil
significa:
110 PARTE IV
O Programa contempla e integra a complexidade das diferentes práticas e conhecimentos
existentes sobre a primeira infância potencializando e estimulando ações de promoção do
desenvolvimento infantil. Diante desse percurso e do cenário atual sobre as discussões acerca da
implementação da BNCC (2017), o Programa Mais Infância Ceará mantém-se alinhado com os
princípios éticos, políticos e estéticos que fundamentam o trabalho junto aos bebês e às crianças
bem pequenas e crianças pe- quenas (DCNEI, 2009 e BRASIL, 2017).
É importante destacar que nesse processo, em 2011, o Estado do Ceará elaborou, de forma
par- ticipativa, as Orientações Curriculares para a Educação Infantil, que traz um diálogo significativo
com as DCNEI (2009), no que se refere aos princípios e pressupostos norteadores das práticas
pedagógicas, atentas às necessidades e especificidades de bebês, crianças bem pequenas e crianças
pequenas, portanto o desafio agora é avaliar o que já foi construído na rede nacional, estadual e
municipal, para avançar no aprofundamento e na ressignificação das práticas que garantam cada vez
mais, que bebês e crianças vivenciem experiências diversificadas e de boa qualidade, com amplas
aprendizagens na Educação Infantil. Com a homologação da BRASIL, 2017, os princípios citados
acima se mantêm em pauta, ga-
nhando especificidades em uma organização curricular que define:
• Campos de Experiência;
Sabemos que a Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2017) não é currículo, assim como os
campos não são disciplinas. Compreendemos, igualmente, que não se trata apenas de uma mudança
de terminologia, há, de fato, uma compreensão ampliada sobre as práticas pedagógicas que sustentam
a Educação Infantil. De acordo com o que afirma o referido documento, “os campos de experiências
configuram um arranjo curricular que acolhe as situações e as experiências concretas da vida cotidiana
das crianças e seus saberes, entrelaçando-os aos conhecimentos que fazem parte do patrimônio
cultural” BNCC (BRASIL, 2017, p. 38).
Ao assumir uma perspectiva de organização curricular que acolhe as experiências das
crianças e as articula ao repertório cultural que compõem as práticas sociais, alinhando-se às DCNEI
(2009), a BRASIL (2017) instiga a consideração das experiências concretas das crianças,
possibilitando enxergar como elas interagem e constroem significados sobre si e sobre o mundo
em que vivem.
É importante ressaltar a sensibilidade que a ideia de “experiência” traz para o currículo. Isso
porque a experiência nos convida a pensar as diversas situações cotidianas a partir do que é vivido e
interpretado pelas pessoas, isto é, daquilo que se configura a partir da relação de cada um com a
situação cotidiana.
ETAPAS DE ENSINO
111
Vivenciamos dia-a-dia eventos diversos, junto com outras pessoas, mas cada um de nós
elabora sentidos singulares para a situação. Por exemplo, em uma roda de conversa na Educação
Infantil, as crianças constroem suas experiências em uma vivência que é coletiva, pois aprendem a
partir das re- lações que estabelecem naquela conversa com o que já sabem e com o que lhes
chamam a atenção; com as oportunidades que têm (ou não) de falar e expressar suas ideias. Mas,
cada criança e também os adultos que participam dessa roda vivenciam esse momento de forma
singular e constroem expe- riências que em muitos aspectos se aproximam, mas que em outros se
diferenciam. Enfim, são muitas as experiências que acontecem, em diferentes campos, com as
crianças e os adultos na Educação Infantil. Não serão as mesmas experiências, mas é exatamente
essa diversidade de experiências que torna tão bonita e promissora a possibilidade de convivência
coletiva e dramática nesta 1ª etapa da Educação Básica.
O desafio da atuação docente é, assim, intencionalmente, acolher e articular experiências das
crianças e a sua própria, enquanto profissional da Educação Infantil, em um projeto educativo
coletivo que valoriza e enriquece as aprendizagens no grupo. Dessa forma, a BNCC parece reforçar
ainda mais o movimento que já vem se constituindo na Educação Infantil, de garantir que o foco
do currículo seja a promoção de experiências diversificadas de aprendizagem dos bebês às
crianças, superando pedagogias de natureza transmissiva que não abrem espaço para a diversidade
da experiência humana.
Cabe a cada professora/professor “escutar”, “enxergar”, observar bebês e crianças no
cotidiano das unidades, em suas falas, gestos, emoções, ações e interações, registrando e
documentando o co- tidiano das crianças, dando visibilidade aos movimentos sensíveis de
articulação das experiências das crianças com o repertório científico, cultural, tecnológico e artístico
que constitui as nossas práticas culturais, enriquecendo e legitimando cada vez mais as interações
das crianças que acontecem nos espaços coletivos da Educação Infantil.
Para tanto, os eixos que norteiam as propostas pedagógicas da Educação Infantil, as
interações e a brincadeira, ressaltados e trabalhados nas Orientações Curriculares para a Educação
Infantil cearense (2011) e previstos nas atuais Diretrizes Curriculares (2009) continuam sendo
reconhecidos e valorizados como meios que favorecem à aprendizagem e ao desenvolvimento das
crianças e dos bebês.
Assim, é compromisso da Educação Infantil:
Sendo assim, se destaca que a instituição de Educação Infantil é um espaço em que todos os
profissionais, em ação complementar com a família, gestam ações pedagógicas comprometidas
com o desenvolvimento integral e a aprendizagem dos bebês e crianças, e fundamentados na
concepção de criança como “sujeito histórico e de direitos, que, nas interações, relações e práticas
cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja,
aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade,
produzindo cultura” (BRASIL, 2009).
É na perspectiva dessa concepção de criança que a BNCC (BRASIL, 2017), baseando-se nas
DCNEI (2009) e nos estudos contemporâneos sobre a Educação Infantil, sistematiza aspectos
relativos aos
112 PARTE IV
direitos de aprendizagem e desenvolvimento das crianças a serem garantidos no currículo das creches
e pré-escolas e que demandam reflexões acerca de:
• como têm sido concretizadas as interações e a brincadeira como eixos das propostas
peda- gógicas, nas unidades escolares?
• como organizar as experiências de acordo com princípios norteadores sem fazer dos Cam-
pos de Experiências, as “disciplinas” da Educação Infantil?
• como, a partir dos projetos pedagógicos constituídos nas redes e unidades escolares,
dialogar com a BNCC e as DCNEI?
ETAPAS DE ENSINO
113
Diante do exposto, e dando continuidade à parceria com todos os municípios cearenses, por
meio do acordo de Cooperação Técnica, a Secretaria de Educação do Ceará/SEDUC coordenou a
elaboração deste documento, com a participação das professoras, dos professores, técnicos,
profissionais da Edu- cação Infantil, representantes das Universidades e, com base nas DCNEI
(2009), Resolução nº 5/2009, Parecer nº 20/2009, a BNCC (BRASIL, 2017) e outros textos científicos
relacionados à primeira infância. Esperamos que o referido documento seja vivo e eficaz para
beneficiar todas as crianças cea- renses em suas capacidades e potencialidades de explorar e
representar o mundo, construir sentidos pessoais e coletivos, apropriando-se de inúmeras formas
de agir, sentir e pensar as culturas, marcadas
pela preocupação com a sustentabilidade do planeta.
A
concepção que se tem de criança é historicamente construída, isto significa dizer que, ao
longo dos tempos, a criança foi vista e percebida de formas diferentes pela sociedade.
Deste modo, a concepção de infância não se configura como um conceito universal,
tendo em vista os estudos históricos já realizados por Ariès (1971/2006) e Heywood (2004), que
apontam para a infância não como um constructo natural, mas construída ao longo de um
processo histórico. Não se pode pensar as infâncias a partir de condições socioculturais
determinadas, já que cada criança vive sua infância em um dado tempo histórico, tornando-se
necessário, portanto, considerar as variantes sociais, políticas, culturais, econômicas, étnicas,
geográficas, entre outras que a constituem.
Nesta perspectiva, tem-se afirmado o lugar das crianças como atores sociais, produtoras de
cultura e sujeitos históricos e de direitos, compreensão contemplada no Artigo 4º, das Diretrizes
Cur- riculares Nacionais da Educação Infantil - DCNEI (2009), ao afirmar que:
Outro ponto destacado nessas Diretrizes refere-se ao fato de que a Educação Infantil
deve possibilitar a construção de um olhar marcado pela preocupação com:
A construção pela criança, desde pequena, de atitudes respeitosas com os outros, com a
natureza; da capacidade de, com equilíbrio, lidar com relações de “poder”, traz a esperança de
116 PARTE IV
se ter um mundo mais justo e solidário para convivermos. Sem dúvida, esses são objetivos mui-
to importantes e que apontam para uma renovação muito positiva em nossa cultura. Trabalhar
para torná-los realidade é um dos desafios das professoras e professores e, gestores e demais
profissionais que atuam na Educação Infantil.
As Diretrizes apontam, ainda, dois elementos básicos para o alcance dos objetivos de
uma Educação Infantil de qualidade que são:
a) uma boa relação de parceria com as famílias na educação de bebês e crianças;
• O primeiro é a observação de que todos os direitos foram definidos por verbos, o que
nos convoca a pensar em ação. Está se chamando atenção aqui para a ação humana,
no caso, a atividade da criança, isto é, situações da vida, nas quais se envolvem na
construção de si mesmas e do mundo: o brincar, o conviver, o participar, o explorar, o
expressar e o conhecer-se.
Se já é tácito que são direitos universais das crianças o respeito ao brincar, à participação,
à convivência, às suas possibilidades de expressão, qual seria o compromisso da Educação In-
fantil com as crianças, para além do que já está definido? O compromisso é com a construção
de ambientes que garantam as aprendizagens conectadas aos direitos. A aprendizagem requer
projetos pedagógicos para Educação Infantil que sejam fidedignos para o desenvolvimento das
múltiplas linguagens das crianças, assumindo o compromisso e assegurando o direito do
desen- volvimento integral dos bebês e das crianças com qualidade.
Assim, um exercício importante é que cada profissional que lida com Educação
Infantil, assuma a responsabilidade de realizar movimentos de avaliação processual, de forma
democrá- tica e permanente, a fim de qualificar sua ação e competência, diante dos desafios
para cuidar e educar de forma indissociável.
ETAPAS DE ENSINO
117
Assim, perguntas que ajudam a ampliar o trabalho pedagógico podem emergir nas
equipes pedagógicas:
118 PARTE IV
• O tempo destinado à brincadeira vai além daqueles previstos
nos momentos de parque?
120 PARTE IV
• Situações de preconceito, opressão e discriminação são
traba- lhadas na instituição, visando sua superação? Como?
Conhecer-se e construir Bebês e crianças são protegidos pelos adultos nesse
sua identidade pessoal, processo?
social e cultural,
constituin- do uma • As referências culturais, históricas, linguísticas, regionais da
imagem positiva de si e comunidade escolar são consideradas como referências na
de seus grupos de construção do projeto pedagógico da instituição? Como as
pertencimento, nas diversas famílias participam desse processo? Como bebês e
diversas experiências de crianças são envolvidos nessa construção?
cuidados, interações,
brincadeiras e • Professoras, professores constroem critérios de seleção de
linguagens vivenciadas livros a serem lidos com, pelas e para as crianças, com
na instituição escolar e vistas a ampliar as possibilidades de construção da
em seu contexto identidade pelo reconhecimento das narrativas de vida de
familiar e comunitário. outras pessoas e personagens?
Essas perguntas — junto com muitas outras que devem emergir no contexto das equipes es-
colares e dos projetos pedagógicos - nos ajudam a pensar que garantir Direitos de Aprendizagem e
Desenvolvimento, envolve concretizar esses direitos nos ambientes de aprendizagem que são
plane- jados e replanejados, continuamente nas instituições. É a concretização desses direitos que
favorece a construção de uma Educação Infantil democrática e conectada com o desenvolvimento
integral de bebês e crianças.
Assim, a oportunidade de ampliação dos estudos sobre Educação Infantil e de participação
em experiências pedagógicas de qualidade, coopera para elaboração coletiva de Propostas
Pedagógi- cas que respeitem as especificidades das crianças e de cada infância e que podem
contribuir para a aprendizagem e desenvolvimento, ampliando as múltiplas linguagens dos bebês
e das crianças, tornando-as mais humanas e solidárias.
Uma proposta curricular nunca é neutra. Supõe perguntas, respostas e escolhas, que são pro-
visórias e contextualizadas às realidades.
“Nasce de uma realidade que pergunta e é também busca de uma resposta. Toda proposta é
situada, traz consigo o lugar de onde fala e a gama de valores que a constitui; traz também as
dificul- dades que enfrenta, os problemas que precisam ser superados e a direção que a orienta”
(KRAMER, 1997, p.19).
Assim é que em qualquer definição de currículo há que se refletir sobre as concepções e es-
colhas das redes, equipes escolares e comunidade escolar, bem como os aspectos éticos, políticos e
estéticos são considerados.
ETAPAS DE ENSINO
121
Nessa direção, contemporaneamente, os documentos norteadores da Educação Infantil
assumem que um currículo favorável a esta etapa da Educação Básica:
• Coloca o foco nas experiências e saberes dos bebês e das crianças, como ponto de partida;
Contudo, ao assumir essa noção, nos vemos frente ao universo ilimitado da produção humana
da cultura, o que nos coloca o desafio de pensar aquilo que efetivamente deve fazer parte do
cotidiano da Educação Infantil. A professora, o professor tem o papel fundamental de
planejadora/planejador, media- dora/mediador, interlocutora/interlocutora e articuladora/articuladora
desses saberes e de conhecimento e reflexão sobre os elementos do repertório cultural que são
selecionados na construção curricular.
Nesse processo de definição do currículo, as propostas pedagógicas e curriculares devem
refletir como os principios éticos, políticos e estéticos, tal como dispõe o Artigo 6º, das DCNEI
(Brasil, 2009). Tais princípios concretizam-se nas práticas cotidianas e nas experiências significativas
de promoção, da igualdade e respeito à diversidade de todas as crianças.
Torna-se possível garantir o princípio ético quando é possibilitado à criança, a liberdade de
expressão do pensamento, respeito às suas origens, sejam elas da zona rural, campo, cidade, comu-
nidades quilombolas e indígenas, como também “[...] respeito ao bem comum, tanto no espaço da
instituição e na comunidade, na relação com o outro, investindo na construção de referências para
o reconhecimento e o respeito das singularidades” (OLIVEIRA, et ali 2012, p.46).
O princípio político é garantido quando se vivencia e valoriza a participação ativa das crianças
e as experiências democráticas, nas quais elas façam escolhas (de livros de histórias infantis, na
parti- lha de alimentos, de cores desejáveis em suas produções etc.), bem como suas formas de
concordar, discordar, expressar-se, uma vez que “[...] as práticas educativas são atravessadas por
ideais políticos de garantia do direito da criança [...] de ser respeitada em sua singularidade e
atendida em suas especificidades.” (Idem, p. 46).
É possível vivenciar o princípio estético quando é possibilitado às crianças expressarem sua
cria- tividade, sua ludicidade, por meio das experiências estéticas com desenhos, pinturas,
dramatizações, entre outras, respeitando as diversas formas de expressão e de representação da
criança, ampliando a sensibilidade de perceber a realidade, enfim assegurar uma “[...] organização
pedagógica lúdica, valorizando a criatividade das crianças e suas singularidades.” (Ibidem, p. 46-47).
Um aspecto a cuidar é, por vezes, a restrita compreensão de linguagem no currículo. No
percurso de construção da identidade da Educação Infantil tem-se privilegiado práticas em torno
da linguagem verbal (oral e escrita), sobrepostas às demais linguagens. Reafirma-se que essas
formas de linguagens são importantes para inserção das crianças na cultura e no mundo das
“culturas escritas” (GALVÃO, 2016). Contudo, ela pondera que, outras linguagens são também
constitutivas do desenvolvimento integral das crianças, devendo ser contempladas nas práticas
pedagógicas as linguagens corporais, musicais, dramáticas, plásticas, imagéticas, midiáticas, entre
outras, vivenciadas de maneira integrada e não fragmentada. Tal perspectiva é possível de
concretizar-se na Educação Infantil, pois esta é uma etapa da Educação Básica considerada para
esta autora, “a única, talvez — cuja estrutura permite uma maior exploração pelas crianças das
diferentes linguagens”, portanto, uma etapa propícia para desenvolvê-las (Idem).
122 PARTE IV
Uma síntese elucidativa dos princípios:
• apoiar as crianças a aprenderem sobre o respeito e o valor de cada pessoa e dos diferentes
grupos culturais;
ETAPAS DE ENSINO
123
• organizar situações agradáveis, estimulantes, que desafiem o que as crianças já sabem,
sem ameaçar-lhes a autoestima nem promover competitividade;
bebês e crianças
O cuidar, por vezes, é entendido como cuidados relativos apenas à segurança física, ali-
mentação, sono etc., enquanto educar, subentendido como aprendizagem de conhecimentos.
No DCRC, nosso desafio, quanto à essa questão, é superar este equívoco. Esse é um equívoco
que precisa ser superado, pois, muitas vezes há uma supervalorização de atividades que
envolvem papel e lápis — por serem considerados como momentos de atividade pedagógica
— enquanto que outros momentos são desvalorizados, feitos de forma rápida e descuidada,
ou ainda sem que se preste atenção nos significados que estão sendo dados àquele momento
e que são per- cebidos pelas crianças.
É relevante ainda mencionar que tais ações (cuidar e educar) são também
complementares aos cuidados e educação efetuados pela família, não devendo ser vistas como
um favor prestado, superando uma visão meramente assistencialista. Portanto, devem ser
garantidos como direitos da criança. Assim, os momentos de alimentação, repouso, higiene,
conforto, prevenção da dor, são também ações educativas que demandam planejamento,
observação e registro.
124 PARTE IV
Importa ainda ponderar que cada ação voltada para o cuidar e o educar na escola se
constitui como um “processo pedagógico coletivo” que “escute as singularidades infantis”.
Assim como as diversas maneiras de interações da criança na instituição de Educação Infantil,
“[...] o desfralde da criança, o controle dos esfíncteres e o uso social do banheiro, precisam ser
compreendidos como prática cultural presente na escola e representam importante
aprendizagem social das crianças pequenas [...]” (BARBOSA; QUADROS, 2017, p.59).
Conforme as Orientações Curriculares para a Educação Infantil (CEARÁ, 2011), o educar e
o cuidar das crianças, na Educação Infantil significa, entre outros aspectos:
• Atender suas necessidades oferecendo-lhes condições, de se sentir confortável, em
relação ao sono, fome, sede, higiene, dor etc.;
• amplia o olhar para as diferentes fontes de aprendizagem (adultos, crianças e situações di-
versificadas de interação);
• opõe-se à ideia de ensino como movimento que parte apenas da professora, do professor
e que toma a criança como mero receptor de suas mensagens;
Com base nessa concepção, propõe-se pensar qual é o papel do professor. Para tanto, tem-
-se que afastar a ideia da professora, do professor, tradicionalmente, associado a alguém que é um
transmissor de conhecimentos às crianças. O desafio é buscar uma nova forma de pensar, como o
professor deve atuar junto às/com as crianças pequenas, bem pequenas e junto aos/com os bebês
em articulação com as famílias e os demais profissionais da escola de educação infantil
No caso da instituição educacional, o professor é um mediador das aprendizagens das crianças.
Ele atua de modo:
• indireto, pelo arranjo do ambiente de aprendizagem das crianças, onde outros mediadores
estão presentes: os espaços, os objetos, as indumentárias, os livros, os horários, os
agrupamen- tos infantis.
126 PARTE IV
• direto, quando, por exemplo, ao interagir com as crianças, lhes apresenta novidades, dando
suporte para elaboração, validação ou negação das hipóteses; quando as pega no colo numa
situação de insegurança; quando medeia normas de conduta, e outras ações.
Além das interações dos adultos com as crianças, a BNCC (BRASIL, 2017) ressalta também as
interações das crianças com outras crianças, que são parceiras na fascinante tarefa de compreender
o mundo e a si mesmas. As crianças, nas interações que estabelecem entre si, aprendem a:
• viver em grupo, a ser sensível ao ponto de vista ou aos sentimentos do outro, a cooperar
em diferentes tarefas, a conhecer suas limitações e possibilidades, a aceitar-se e aos
companheiros, a controlar seus impulsos e emoções, e a desenvolver variadas formas de
comunicação e de expressão de afetos;
• partilhar com outras crianças os conhecimentos e a identidade que o grupo lhes oferece;
Tanto as interações da/do professora/professor com as crianças, das crianças entre si quanto às
interações com os espaços e materiais, estimulam processos de aprendizagem que fazem avançar o
desenvolvimento. Em uma situação, as explicações dadas pela/pelo professora/professor, ou a
narrativa de um caso por outra criança, possibilitam a aprendizagem. Em outra ocasião, a escuta de
uma história, o folheio de um livro, a participação em um faz de conta, a construção de um castelo
com sucata, e outras atividades, são poderosos mediadores da conquista pela criança de novas
formas de agir, pensar e sentir.
Portanto, as interações sociais ocorrem nas relações das crianças com o adulto, da criança
com a criança, da criança com a cultura, por meio dos processos de mediação simbólica, existentes
nos objetos, nas expressões, gestos, na brincadeira, nos ambientes, na palavra, e nas manifestações
das múltiplas linguagens da criança (ARAÚJO, 2017).
ETAPAS DE ENSINO
127
Especificamente nas instituições de Educação Infantil, é esperado que as interações
ocorram em situações concretas e cotidianas, significativas, transformadoras dos espaços em
ambientes vivos e dinâmicos, nos quais as crianças se revelam como protagonistas,
questionam, dialogam, convivem e participam, construindo sua identidade individual e coletiva.
Tal possibilidade diverge de uma perspectiva na qual a criança só aprende ao escutar
atentamente o adulto. Ao proporcio- nar diversas experiências, sejam livres ou dirigidas e
desafiantes, tais ações contribuem para que as crianças expressem de diversas maneiras, seus
sentimentos, argumentos, hipóteses, saberes e atuem ativamente na cultura e, com os seus
parceiros, produzam as culturas infantis.
Vale ressaltar ainda que existem situações em que “[...] as interações professora/profes-
sor-criança são mais necessárias” uma vez que este é profissional de referência para a criança,
apoiando as iniciativas infantis, acolhendo os medos, as conquistas, as curiosidades, as alegrias
e questionamentos. A interação qualitativa implica não apenas promover boas experiências
para as crianças, mas significa acolhê-las desde que ingressem na instituição, promover o seu
bem-estar, considerar o que elas dizem, “[...] perceber e respeitar suas características,
compreender seus motivos e estabelecer vínculos afetivos [...]” (SEDUC, 2011, p.38).
Enquanto em outras situações, as interações das crianças são os recursos mais
importantes para as aprendizagens, especialmente durante as brincadeiras, ocasiões em que
realizam imitações, opõem-se, disputam objetos e brinquedos, combinam ações, criam enredos
e colocam em jogo novas ideias, improvisam falas, entre outras. Para que as partilhas entre as
crianças ocorram de forma democrática, com segurança afetiva, é necessário que o professor
planeje as ações, tendo a participação das crianças nas decisões sobre os espaços, sobre os
materiais pedagógicos, livros, brinquedos etc., por meio de experiências que possibilitem a
escuta e expressão das múltiplas linguagens.
Por meio de práticas interativas e significativas que fomentem a democracia e a
participação, garantindo às crianças vivenciar os princípios éticos, políticos e estéticos, a/o
professora/profes- sor de Educação Infantil promoverá o respeito aos direitos de cada criança,
o que difere “[...] das formas de trabalho que buscam disciplinar as crianças por castigos,
ameaças e outras formas de violação dos direitos infantis à proteção, ao cuidado e à
educação.” (Ibidem).
do trabalho pedagógico. Os Direitos de Aprendiza- gem e os Campos de Experiências - e em cada Campo, os Objetivos de Aprendizagem
Lucas, Clara e Marcos brincam em um canto da sala. Clara está com uma boneca na mão e os
meninos com alguns brinquedos, como barcos e peças de um jogo de montar. Clara inicia um
diálogo com os meninos.
Clara – Meu filho já sabe subir na árvore. Ele sobe e não cai.
Lucas – Não cai? Então ele já sabe. Mas ele ainda não sabe tomar banho na maré.
Clara – Sabe.
Lucas – Então, vamos lá no igarapé ver se ele sabe.
Clara – Vamos.
Clara – (Levanta-se com a boneca na mão e acompanha Lucas, que se dirige a um outro canto
da sala. Marcos e Paulo também o acompanham).
Marcos – Ele vai é morrer afogado.
Clara – Não vai não. Ele já sabe nadar.
Marcos – Ela diz que o filho dela sabe tudo.
(As crianças chegam no local proposto por Lucas e ele fala). Lucas – Isso que eu quero ver.
Pronto, põe ele na água. Vamos ver se ele sabe tomar banho na maré. (Clara pega a boneca e vai
colocando bem devagar no chão, como se a estivesse colocando na água).
Lucas – Agora vem a água da maré. Olha a água chegando. Está ficando forte, forte.
(Todos olham para a boneca imóvel no chão).
Lucas – É. O filho dela parece que não tem medo. Acho que ele já sabe tomar banho na maré.
130 PARTE IV
de papéis distribuídos e acordados pelas próprias crianças: o motorista, o trocador e os
passageiros, cada qual com sua função; e confrontar-se com dificuldades e angústias de forma
criativa; buscando soluções para resolvê-las ou mesmo liquidá-las em um espaço-tempo, onde
podem experimentar o mundo e construir uma compreensão própria sobre as pessoas, os
sentimentos e os diversos co- nhecimentos. A situação imaginária é uma característica presente na
brincadeira das crianças e vai sendo apreendida através da interação e estímulos ambientais,
Por exemplo, antes de aprender a brincar, uma espiga de milho é para a criança apenas um
alimento e como tal é apreendido por ela, mas quando a imaginação passa a ocupar um papel
importante na conduta infantil, uma espiga de milho pode vir a ser uma boneca e a criança
se comporta em relação a ela de acordo com o novo sentido que ela lhe dá. (VASCONCELOS,
2003, p.10)
O brincar também pode envolver a reiteração e a criança demonstra isso repetindo a situa-
ção até que se satisfaça, ou se sinta confiante. Isso pode ocorrer também durante outras atividades
prazerosas, como na leitura de uma história, por exemplo, quando solicitam que esta seja contada e
recontada várias vezes. Nesse sentido, Moyles (2002) afirma que o ato de brincar,
[...] oferece situações em que as habilidades podem ser praticadas, tanto as físicas quanto as
mentais, e repetidas tantas vezes quanto for necessário para a confiança e o domínio. Além,
disso, ele permite a oportunidade de explorar os próprios potenciais e limitações. (p. 22)
Repetir brincadeiras e jogos nem sempre estará ligado ao prazer, podendo estar também
relacionada à necessidade que a criança tem em compreender algo novo ou angustiante que será
repetido até que ela compreenda e assimile esta situação.
Ainda em relação ao aspecto da satisfação, a criança muitas vezes abre mão de seus desejos
mais imediatos para continuar participando da brincadeira. Basta observar no processo de nego-
ciação que acontece frequentemente entre as crianças, quando uma delas sugere algo que o grupo
recusa e a criança tranquilamente diz: “Tá bom!” e continua a brincar. O prazer, então, é alcançado
na manutenção da atividade de brincar e não na realização imediata de desejos.
O jogo deve estar presente no conjunto das situações de aprendizagem e sempre que as
crian- ças mostrem interesse em brincar com seus pares, o professor tem uma excelente
oportunidade para observar e registrar como elas se organizam no grupo, como brincam, ou
mesmo para observar uma criança que esteja lhe chamando a atenção. São muitas as
oportunidades que as crianças podem ter para brincar e aprender. Algumas possibilidades de
aprendizagem serão descritas a seguir:
• envolver-se em troca de objetos com outros bebês, em ações ritmadas como bater as
palmas das mãos sobre uma superfície, em entrar e sair de túneis etc.;
ETAPAS DE ENSINO
131
Com as crianças de 1 e 2 anos, novas aprendizagens podem ser estimuladas, tais como:
• utilizar objetos e vestimentas para assumir papéis no faz de conta onde reproduz situações
cotidianas;
• reproduzir as ações de um personagem de uma história lida (imitar o lobo da história, cami-
nhar como os sete anões cantando na floresta);
• construir, ajudadas pelo professor, brinquedos com sucatas a partir de modelos, casas ou
castelos com areia, sucata, tocos de madeira e outros materiais.
• montar quebra-cabeça;
• construir brinquedos, casas e cidades com diferentes materiais, sem necessariamente usar
um modelo.
132 PARTE IV
As crianças de 5 anos podem ser apoiadas a aprender, dentre outras coisas, a:
• de espiga de milho;
Essas são algumas das brincadeiras que podem ser organizadas diariamente. Para tanto, a es-
colha do local e dos materiais que estarão disponíveis é fundamental. Com relação à brincadeira, o
professor precisa:
Os Objetivos de aprendizagem devem ser lidos sempre no contexto dos Campos de Expe-
riências. Tanto eles são possibilidades de aprendizagem em um Campo, como eles
também atravessam outros Campos. Por exemplo, se tomarmos o exemplo do jogo
simbólico do Tomando Banho na Maré, veremos as crianças interagindo e construindo
conhecimentos a partir da constituição de campos como: O eu, o outro e o nós; Corpo,
gestos e movimentos e Escuta, fala, pensamento e imaginação, e a depender da reflexão,
inclusive, outros campos. Refletir, no contexto das interações reais acontecidas na turma
de crianças, como os objetivos foram mobilizados no processo também pode enriquecer o
olhar da(o) professora(r) para os processos educativos.
Vale aqui um destaque para o cuidado que devemos ter para não ler os objetivos de
apren- dizagem e desenvolvimento como objetivos pontuais a atingir ou não atingir. Se
olharmos atentamente para esses organizadores na BNCC, eles nos dizem de processos
que vão se desenvolvendo continuadamente e de formas diversificadas. Por exemplo, na
brincadeira, quando as crianças usam gestos e movimentos para agregar novos
elementos ao enredo, de certa forma elas criam com o corpo formas diversificadas de
expressão, de sentimentos, sensações e emoções, elas mobilizam esses processos e
seguem aprendendo sobre elas mesmas, sobre os colegas e suas formas de agir e pensar
o mundo, assim como sobre o repertório de sua cultura. São processos experienciados
pelas crianças e pelos adultos que interagem com elas.
134 PARTE IV
que até aqui se constituiu de práticas institucionais, de como cada escola organiza seu cotidiano
com bebês e crianças, para, a partir desse reconhecimento, articular um diálogo formativo com a
BNCC (BRASIL, 2017), que, por sua vez, recoloca as DCNEI (2009) e os currículos locais (SEDUC,
2011).
Nesse diálogo, cabe à professora, ao professor proporcionar a organização dos ambientes de
aprendizagens, tendo como referências tanto aspectos que já estavam estabelecidos (DCNEI, 2009;
SEDUC, 2011), como aqueles recentemente recolocados na BNCC (BRASIL, 2017). São eles:
II - favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio por
elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e
musical;
VII -possibilitem vivências éticas e estéticas com outras crianças e grupos culturais, que
alarguem seus padrões de referência e de identidades no diálogo e reconhecimento da
diversidade;
Por fim, os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que, no contexto dos campos de expe-
riências, sintetizam o compromisso da Educação Infantil com a abrangência e a riqueza das
aprendizagens dos bebês e das crianças.
Assim, é papel da professora, do professor possibilitar aprendizagens significativas, fortalecer a
autoestima das crianças, mediar as relações e interações das crianças com outras crianças e com os
conhe- cimentos, organizar situações prazerosas e desafiadoras, promovendo o respeito à igualdade dos
direitos a todas as crianças.
Percebendo a professora, o professor como o profissional que se constitui nas relações com o
outro, sejam estes seus pares, crianças, famílias e com os conhecimentos acumulados, ao longo de sua
trajetória profissional e na sua relação com a cultura, é importante destacar que a professora, o professor
ao opor- tunizar o protagonismo da criança, ela/ele própria/próprio está se constituindo uma/um
protagonista da práxis pedagógica, uma/um profissional que pensa, reflete sobre seus fazeres.
ETAPAS DE ENSINO
137
O desafio da profesora, do professor é perceber e apoiar cada uma daquelas crianças, em suas
especi- ficidades, promovendo situações de interação com as outras crianças, em vários momentos e
em diferentes atividades, de modo a favorecer a transformação do seu repertório cultural e ampliar suas
aprendizagens.
A professora, o professor cuida e educa uma criança com deficiência, transtornos globais de
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação quando:
• acredita que ela pode aprender e que sua vivência na instituição de Educação Infantil lhe será benéfica;
• apresenta atitudes em relação a ela, que sirvam de boa referência para as demais crianças;
• cuida para que a criança seja ajudada da forma mais conveniente no aprendizado de cuidar
de si, o que inclui a aquisição de autonomia e o aprendizado como forma de assegurar sua
higiene e segurança pessoal;
• estruturar o espaço físico de modo que ele seja funcional, possibilite locomoções e explorações.
• No caso de criança que não enxerga, seja comunicada qualquer mudança no espaço físico
para que ela possa reelaborar seu mapa mental do ambiente;
• oferecer às crianças, sempre que necessário, material adaptado para que tenham um
melhor desempenho;
138 PARTE IV
• selecionar recursos tecnológicos, equipamentos e jogos pedagógicos que possibilitem
situações de aprendizagem mais agradáveis e motivadoras em um ambiente de cooperação;
• garantir às crianças o tempo que elas necessitam para realizar cada atividade;
• realizar uma avaliação processual que acompanhe a aprendizagem das crianças, com base
em suas capacidades e habilidades, e não em suas limitações;
• fazer contato frequente, com a família das crianças, para troca de experiências e de
informações e melhor coordenação de condutas.
Para iniciar uma reflexão sobre os Ambientes de Aprendizagem nas Instituições de Educação
Infantil, é interessante analisar o que diferencia um espaço de um ambiente. Segundo Forneiro
(1998), o termo “espaço” refere-se apenas a espaço físico, com paredes, móveis e objetos.
Enquanto o termo “ambiente” indica o conjunto entre o espaço físico e as relações que se dão
nesse espaço, com suas marcas, sua intencionalidade, seus odores, sons, cores e pessoas.
Nesse sentido, os ambientes de aprendizagem na instituição de Educação Infantil
ultrapassam os limites das salas de atividades das crianças, e devem ser planejados
intencionalmente em todos os espaços da unidade. Com isso, pátios internos e externos, banheiros,
salas de atividades, refeitórios, biblioteca e espaços de leitura, dentre outros, configuram
ambientes, nos quais as crianças e adultos convivem, vivem experiências diversificadas e constituem
novas aprendizagens.
Diante disso, a estruturação dos ambientes de vivências e aprendizagens para todas as
crianças e bebês, deve estar apoiada na proposta pedagógica da instituição de Educação Infantil,
considerando que devem:
• ser aconchegantes, estimulantes, seguros, asseados, organizados e bonitos;
• ter uma organização funcional para a realização de diferentes tipos de atividades, o que
requer, por exemplo, providenciar que os materiais a serem usados fiquem próximos do
local onde se fazem necessários;
• considerar se as atividades devem ser feitas em duplas, grupos de crianças, ou devem en-
volver a atenção de toda a turma.
ETAPAS DE ENSINO
139
Considerando o binômio cuidar-educar como ações indissociáveis que marcam as
especificidades da Educação Infantil, entende-se que os arranjos dos espaços devem constituir
ambientes diferenciados, de forma que possibilitem interações colaborativas das crianças nas
atividades desenvolvidas, e possam acolher suas necessidades e seus desejos, sejam elas bebês,
crianças bem pequenas e crianças pequenas. A forma como a professora, o professor organiza o
espaço da sala de atividades, assim como os demais espaços da instituição, traz consigo um
repertório de concepções, portanto, é essencial que a mesma, o mesmo tenha clareza dos objetivos
de aprendizagem e desenvolvimento, compreendendo que a sua ação e as suas escolhas para essa
estruturação são fundamentais. O ambiente poderá ser um importante aliado, repleto de
oportunidades e promotor do desenvolvimento das crianças, ou, ao contrário disso, um obstáculo à
realização de uma Educação Infantil que amplia experiências e reper-
tórios junto aos bebês e crianças.
Buscando contemplar a criança na sua integralidade, não é preciso que a sala seja organizada
encostando o mobiliário nas paredes e deixando um espaço livre ao centro, o que chamamos de
arranjo espacial aberto, uma vez que não focaremos apenas nas suas necessidades de movimento.
Uma forma interessante de organizar a sala de atividades são os “cantinhos”, cantos
temáticos, cantos de atividades variadas e ou outras denominações que caracterizam a organização
de espaços delimitados por diversos elementos e com propostas diversificadas, que os bebês e as
crianças podem, com autonomia, escolher onde vão trabalhar.
Estes podem ser delimitados por móveis baixos ou outros objetos e materiais, de forma que a
criança consiga visualizar a professora, o professor e acessá-la/lo sempre que precisar. Essa
estratégia de organização de ambientes na Educação Infantil faz com que as crianças formem pares
ou pequenos grupos e assim tenham mais oportunidades para as interações e brincadeiras.
Os ambientes podem ser variados, elaborados de acordo com as necessidades, interesses e
desejos das crianças: cantinho de leitura, cantinho do repouso, cantinho do faz de conta, cantinho
do ateliê, cantinho dos brinquedos, cantinho construído pelo próprio agrupamento de crianças,
dentre outros. Lembrando ainda que, nessa perspectiva, é fundamental o envolvimento das crianças
no planejamento e organização do ambiente, proporcionando o respeito aos direitos e escolhas das
crianças - inclusive de recolhimento e privacidade - e reduzirá as ações de direcionamento da
professora, do professor, de forma que as crianças passarão a ter maior autonomia dentro do
espaço, diminuindo a centralização no adulto. Essas formas de pensar e organizar a sala de
atividades proporcionam maior quantidade de experiências e mais possibilidades de interações e
encontros.
A escolha, oferta e disposição dos materiais que temos nos espaços também devem ser
pensa- das e planejadas, uma vez que tudo tem intencionalidade. É importante que os materiais e
brinquedos estejam em baixa altura para que as crianças tenham acesso, efetivando o respeito às
suas escolhas e a ampliação da sensação de competência e protagonismo. Quanto maior a
variedade de materiais (brin- quedos, objetos não estruturados, papéis, tintas, diversos riscantes,
livros e demais suportes textuais, fotos, espelhos, tecidos, dentre outros), maior será a
oportunidade dos bebês e crianças vivenciarem experiências diversificadas, valorizando o seu
potencial criativo e o protagonismo infantil.
Pensando nas estratégias de organização desse ambiente para torná-lo provocador,
estimulante, acolhedor, cheio de significados e oportunidades, não se pode deixar de fora as
crianças. Embora seja a professora, o professor fundamental nesse planejamento e estruturação dos
espaços, o ambiente só será de fato interessante se atender as necessidades de cada agrupamento.
Para isso, a professora, o professor deverá aguçar a sua escuta e a sua observação sobre os bebês e
as crianças, para então propor ao grupo, dentro de seus interesses, a elaboração desse ambiente.
Diante disso, as crianças, de acordo com a idade, devem ser inseridas na maior quantidade
possível de decisões nas escolhas para a estruturação desse ambiente, em relação aos cantinhos, a
localização de mobiliário e materiais da sala.
140 PARTE IV
Portanto, pontua-se aqui alguns elementos que devem ser considerados na estruturação e
organização dos ambientes nos espaços da Educação Infantil, tais como:
• oferta de cestos com brinquedos, espelhos, tecidos, colchonetes, objetos sonoros, entre
outros, são recursos estimulantes para bebês e crianças, além de considerar as necessidades
das crianças com deficiência. Na estruturação de uma sala para bebê não é preciso se
limitar apenas a ofertar brinquedos no chão ou sobre suportes; paredes e teto também
devem ser pensados, fazendo uso de móbiles, tendas e etc.;
espaços uniformes, massificados, áreas pouco dinâmicas, sem vida, onde parece que a preocu-
pação é fazer com que todas as crianças façam a mesma coisa, ao mesmo tempo, e do mesmo
jeito. Por que não pensar em ter, na mesma sala, recantos para atender os diversos interesses,
ambientes onde a disposição dos materiais que os compõem, já, orienta as crianças sobre o
que neles pode ser realizado?
Portanto, após a organização dos arranjos dos espaços, destaca-se a necessidade da escuta e
observação das crianças serem contínuas, pois a professora, o professor deve avaliar se o ambiente
está contribuindo para os objetivos pretendidos, conforme o surgimento de novas necessidades ou
mesmo para adequá-lo de forma satisfatória para todos.
ETAPAS DE ENSINO
141
4.1.3. Organização curricular por direitos e objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento e campos de
experiências
São as crianças, em suas brincadeiras e investigações, que nos apontam os caminhos, as ques-
tões, os temas e os conhecimentos de distintas ordens que podem ser por elas compreendidos
e compartilhados no coletivo. (MALAGUZZI, 2001).
VAMOS PENSAR!
ETAPAS DE ENSINO
143
f) tempos na rotina nos quais as crianças vivenciam as experiências, explorando e
construindo conhecimentos sobre si e sobre o mundo, de acordo com seu ritmo e a forma
de ser de cada uma;
ORGANIZAÇÃO: das crianças, de acordo com seus próprios arranjos, da rotina, do tempo,
espaço e materiais.
ETAPAS DE ENSINO
145
Bebês: 0 a 1 e 6 meses
FAIXA ETÁRIA Crianças bem pequenas: 1 e 7 meses a 3 anos e 11
meses Crianças pequenas: 4 anos a 5 anos e 11
meses
146 PARTE IV
FAIXA DIREITOS DE APRENDIZAGEM E CAMPOS DE OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
ORGANIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO DAS EXPERIÊNCIAS
ETÁRIA DESENVOLVIMENTO EXPERIÊNCIAS DESENVOLVIMENTO
• Incentivo às crianças a organizar a sala e seus pertences após a utilização dos mesmos nas experiências diárias;
• Interações que orientem e incentivem de maneira progressiva o desenvolvimento de relativa autonomia nas atividades cotidianas
(EI01EO02) Perceber as possibilidades como: trocar de roupas, escovar os dentes, usar o sanitário, pentear os cabelos, alimentar-se, lavar e enxugar as mãos, banhar-se,
e os limites de seu corpo nas beber água, dentre outras;
brincadeiras e interações das quais • Favorecimento aos bebês de momentos de relaxamento;
participa.
• Incentivo aos bebês a observar, relatar e expressar fatos, preferências, desejos, sentimentos e necessidades usando diferentes lingua-
gens (gestual, corporal, musical, plástica, dramática, oral, dentre outras);
• Incentivo à expressão corporal, reconhecimento de si mesmo e observação da sua própria imagem, de seus pares e de outras
(EI01EO03) Interagir com crianças da pessoas, contemplando diferentes identidades étnico-raciais, de gênero, de classe e de diferentes contextos sócio-culturais por
mesma faixa etária e adultos ao explorar meio de espelhos, fotografias, vídeos, dentre outros;
espaços, materiais, objetos, brinquedos. • Oportunidades frequentes de fortalecimento dos vínculos afetivos entre adultos e bebês, entre bebês e entre crianças e bebês;
• Situações desafiadoras em que os bebês reconheçam a sua auto-imagem no espelho, em fotos, dentre outros e sejam
BRINCAR, CONVIVER, EXPLORAR, incentivados a identificarem partes do seu corpo (mãos, pés, olhos, boca, nariz, etc);
O EU, O OUTRO E
Bebês PARTICIPAR, EXPRESSAR E
O NÓS • Reconhecimento e valorização da sua composição familiar, das suas peculiaridades étnico-raciais, suas culturas, dentre outros,
CONHECER-SE
(EI01EO04) Comunicar necessidades, poten- cializando a construção da autoestima através de fotos, vídeos e objetos do ambiente familiar;
desejos e emoções, utilizando gestos, • Mediação das situações de disputas entre os bebês, incentivando sua participação por meio da expressão do sentimento dos
balbucios, palavras. envolvi- dos, como busca de soluções solidárias e colaborativas;
• Promoção de atividades interativas onde os bebês possam dividir e compartilhar objetos diversos;
• A construção da sua identidade (reconhecimento de si e de seus familiares, através de fotos, objetos de sua preferência e
objetos do ambiente familiar, etc);
(EI01EO05) Reconhecer seu corpo e
expressar suas sensações em momentos • Oferecimento aos bebês de bonecas que representam a diversidade étnico-racial (negras, brancas, orientais,) e cultural (de
de alimentação, higiene, brincadeira e pano, artesanais);
descanso.
• Acesso aos bebês as brincadeiras em ambientes em que meninos e meninas tenham todos os brinquedos sem distinção de
ETA sexo, classe social ou etnia;
PAS
DE • Oportunidade a livre escolha da criança em relação às brincadeiras, brinquedos e pares para participar de uma determinada
brinca- deira;
EN
SIN • Promoção da interação e do conhecimento das cultura(s) local e regional;
(EI01EO06) Interagir com outras crianças
O da mesma faixa etária e adultos, adaptan- • Exploração dos diversos espaços (internos e externos) da instituição, bem como do entorno escolar (praças, ruas, vizinhança,
do-se ao convívio social. parques etc.), pela turma.
14
7
14
8 FAIXA DIREITOS DE APRENDIZAGEM E CAMPOS DE OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
ORGANIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO DAS EXPERIÊNCIAS
ETÁRIA DESENVOLVIMENTO EXPERIÊNCIAS DESENVOLVIMENTO
PA
RT
E
IV (EI01CG01) Movimentar as partes do Práticas Pedagógicas que possibilitem:
corpo para exprimir corporalmente
• Situações significativas aos bebês, por meio de jogos e brincadeiras, que estimulem o desenvolvimento e o domínio progressivo
emoções, necessidades e desejos.
das possibilidades corporais e da capacidade do bebê de controle do seu corpo (considerando desde aqueles bebês que ainda não
engati- nham);
• Organização de espaços desafiadores, ricos em materiais estruturados e de largo alcance, para os bebês, no favorecimento
de sua movimentação ampla e sua autonomia, considerando a segurança física e emocional deles;
• Manipular e observar móbiles, empurrar e puxar caixas e objetos, ultrapassar cordas/pneus, deslizar sobre cobertor,
deslocar-se, pendurar-se, dar cambalhotas, pular e correr;
(EI01CG02) Experimentar as
possibilidades corporais nas brincadeiras • Manifestação corporal de sua afetividade em relação às outras crianças e adultos conhecidos, por meio do aconchego, do carinho
e interações em ambientes acolhedores e do toque, nos momentos de chegada e despedida, do sono, da alimentação, do banho, bem como nas diferentes situações do
e desafiantes. cotidiano;
• Expressão corporal de seus sentimentos, sensações, pensamentos, favorecendo conhecimento de seu próprio corpo e dos
demais, bem como a ampliação da percepção dos seres, objetos e fenômenos que as rodeiam;
• Incentivo à participação dos bebês nos grupos, respeitando os ritmos e as preferências de cada bebê;
• Experiências corporais dos bebês, tanto nas suas dimensões prática, funcional e sensorial, quanto nas dimensões lúdica,
(EI01CG03) Imitar gestos e movimentos expressiva, afetiva, comunicativa, estética e artística;
BRINCAR, CONVIVER, EXPLORAR,
CORPO, GESTOS E de outras crianças, adultos e animais. • Favorecimento e ampliação do acesso dos bebês ao rico acervo cultural que envolve as manifestações corporais – jogos,
Bebês PARTICIPAR, EXPRESSAR E
MOVIMENTOS brincadeiras, ritmos, músicas, dança, teatro, bem como as demais formas de expressão como fonte de prazer e cultura;
CONHECER-SE
• Favorecimento do livre movimento do corpo, oportunizando o desenvolvimento de gestos e ritmos criativos e estéticos,
explorando o som de ritmos, músicas e brincadeiras;
• Exploração dos ambientes externos como fonte de investigação e descobertas da natureza, proporcionando desafios e
experiências sensoriais;
(EI01CG04) Participar do cuidado do seu • Promoção de diversas formas de expressão dos bebês, a partir do uso e exploração de equipamentos tecnológicos;
corpo e da promoção do seu bem-estar.
• Oportunidades aos bebês de sentarem, engatinharem, andarem, escorregarem, se arrastarem etc. em diversos tipos de
superfícies, em ambientes externos e internos, superficies naturais e revestimentos diversos;
• Situações nas quais os bebês possam não só explorar, mas também arremessar, empilhar, encaixar etc. objetos, envolvendo-se nessas
ações e observando as suas conquistas;
• O enfrentamento de pequenos desafios tais como ultrapassar cordas, tapetes, pneus etc., que podem compor trajetos tanto na
área interna como externa;
(EI01CG05) Utilizar os movimentos de • A participação de bebês em brincadeiras regionais/tradicionais que utilizam o corpo (por exemplo, “Cabeça, ombro joelho e pé;
preensão, encaixe e lançamento, amplian- Fui à Espanha”)
do suas possibilidades de manuseio de
diferentes materiais e objetos. • O envolvimento do bebê nas situações de cuidado de seu corpo e promoção do bem-estar, sendo convidado a fazer junto com o
adulto essas ações e a observar e compreender o que está sendo realizado, sendo estimulado a conversar/falar com o adulto
enquanto vivencia essas situações.
FAIXA DIREITOS DE APRENDIZAGEM E CAMPOS DE OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
ORGANIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO DAS EXPERIÊNCIAS
ETÁRIA DESENVOLVIMENTO EXPERIÊNCIAS DESENVOLVIMENTO
• Oportunidades aos bebês de ouvirem, perceberem, e, de forma gradativa, discriminarem fontes sonoras, luminosas e musicais;
• Situações em que os bebês se expressem por meio de brincadeiras com música, ritmos diversos e movimentos,
explorando diferentes fontes sonoras (sons da natureza, vozes de animais, instrumentos musicais e objetos diversos);
• Exploração curiosa e lúdica de diferentes materiais e produções artísticas, considerando suas formas peculiares de sentir o
mundo com o corpo todo;
• Situações em que os bebês sejam desafiados a apreciar trabalhos de arte (visuais, plásticas e musicais), a experimentar, de
forma lúdica, materiais em diversificadas superfícies, ampliando sua sensibilidade e capacidade criativa e expressiva;
• Participação dos bebês em deixar marcas pelo mundo, utilizando o corpo em explorações com materiais e suportes
diversificados como: tintas, areias, grudes em diferentes suportes (papel, papelão, parede, chão, tecidos, dentre outros) e
TRAÇOS, observar essas marcas, espontaneamente ou com a mediação do adulto;
BRINCAR, CONVIVER, EXPLORAR, (EI01TS02) Traçar marcas gráficas, em
SONS, CORES E diferentes suportes, usando instru-
Bebês PARTICIPAR, EXPRESSAR E • Situações em que tenham suas produções valorizadas, expostas, para que possam identificar suas próprias marcas e
FORMAS mentos riscantes e tintas.
CONHECER-SE as dos demais bebês;
• Apreciação, expressão e criação pessoal, a partir das linguagens artísticas, em espaços e tempos significativos;
• Ampliação e enriquecimento do repertório de imagens visuais dos bebês, de músicas e de brincadeiras cantadas que
representam a cultura local, assegurando o contato com a diversidade e com a qualidade estética;
• Envolvimento dos bebês em brincadeiras cantadas, proporcionando interações, atenção ao ritmo e ampliação do vocabulário;
• Situações nas quais os bebês explorem os sons de diferentes materiais e instrumentos, batendo, chacoalhando etc.,
observando as diferenças entre eles;
• Familiaridade de pequenas músicas tradicionais envolvendo gestos (como “Cai, cai, balão”).
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9
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0 FAIXA DIREITOS DE APRE NDIZAGECMAMPOS E DE OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
ORGANIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO DAS EXPERIÊNCIAS
ETÁRIA DESENVOLVIMENTO EXPERIÊNCIAS DESENVOLVIMENTO
PA
RT (EI01EF01) Reconhecer quando é chamado
E por seu nome e reconhecer os nomes de
IV pessoas com quem convive.
• Diálogos com os bebês (cumprimentando os bebês e outras pessoas que chegam ou saem do ambiente, comentando fatos
(EI01EF04) Reconhecer elementos das do cotidiano, orientando ações de cuidado, dando uma opinião sobre algo etc.) nos quais os bebês sejam tomados como
ilustrações de histórias, apontando-os, a verdadeiros interlocutores;
pedido do adulto-leitor.
• Mostrar ilustrações e ler pequenas histórias e poemas para os bebês, usando diferentes instrumentos e suportes de escrita;
BRINCAR, CONVIVER, EXPLORAR, ESCUTA, FALA,
(EI01EF05) Imitar as variações de entona- • Cantar diferentes tipos de músicas para os bebês (canções de ninar, músicas do nosso folclore etc.), inclusive as
PARTICIPAR, EXPRESSAR E PENSAMENTO E
Bebês ção e gestos realizados pelos adultos, ao acompanhadas por gestos, palmas e/ou instrumentos musicais tradicionais (como tambor e chocalhos) ou construídos;
CONHECER-SE IMAGINAÇÃO
ler histórias e ao cantar.
• Situações que incentivem os bebês a expressarem, por meio da fala e dos gestos, nome de pessoas, objetos e eventos,
ações e qualificativos oportunizando o desenvolvimento da linguagem oral;
(EI01EF06) Comunicar-se com outras pes- • A expressão por diferentes linguagens, em ambientes organizados com materiais e utensílios diversificados que oportunizem a
soas usando movimentos, gestos, balbu- livre exploração e criação por parte dos bebês, nas salas de referência e espaços externos;
cios, fala e outras formas de expressão.
• Oportunidades para os bebês se expressarem (preferências, medos, raiva, necessidades, sentimentos, perdas etc), perguntarem,
descreverem e narrarem fatos relativos ao mundo social;
(EI01EF07) Conhecer e manipular materiais • Oportunidades de uma escuta atenta das expressões e interações dos bebês;
impressos e audiovisuais em diferentes
portadores (livro, revista, gibi, jornal, • Exploração de histórias infantis com conto (à sua maneira), incentivando a linguagem oral dos bebês;
cartaz, CD, tablet etc.).
• Vivências leitoras, favorecendo a percepção dos bebês sobre as histórias contadas;
(EI01EF08) Participar de situações de
escuta de textos em diferentes gêneros • Situações desafiadoras que oportunizem aos bebês a expressão por meio de diferentes linguagens, leitura de textos e
textuais (poemas, fábulas, contos, receitas, imagens diversificadas em meio físico e virtual.
quadrinhos, anúncios etc.).
• Situações em que os bebês possam explorar com o corpo inteiro, objetos diversificados (elaborados com diferentes
materiais, texturas, cores, formas, aromas etc.) e descobrir suas características proporcionando vivências corporais e
(EI01ET02) Explorar relações de causa e sensoriais;
efeito (transbordar, tingir, misturar, mover
e remover etc.) na interação com o • Experiências de livre manipulação de objetos e brinquedos variados e elaborados com diferentes materiais, proporcionando
mundo físico. vivências corporais e sensoriais;
• Vivência de situações nas quais sejam utilizadas noções espaciais e temporais: na frente - atrás, ao/do lado, em cima -
embaixo, dentro - fora, deitado - em pé, longe-perto, agora-depois, amanhã-hoje-ontem;
• Experiências que oportunizem a exploração sensorial (com o paladar, tátil, audição, olfato e visão);
(EI01ET03) Explorar o ambiente pela ação
e observação, manipulando, • Utilização de ambientes diversificados (com objetos, brinquedos e outros materiais característicos de cada um deles) à
experimentando e fazendo descobertas. escolha das crianças, possibilitando descobertas;
ESPAÇOS, TEMPOS,
BRINCAR, CONVIVER, EXPLORAR, • Situações em que os bebês tenham oportunidade de escolher espaços, objetos e brinquedos para suas descobertas e brincadeiras;
QUANTIDADES,
PARTICIPAR, EXPRESSAR E
Bebês RELAÇÕES E
CONHECER-SE
TRANSFORMAÇÕES • Contato com os profissionais da instituição ou fora dela, observando as atividades que eles realizam;
(EI01ET04) Manipular, experimentar,
• Vivências, por meio de brincadeiras, de deslocamentos de si e de objetos pelo espaço, tendo seu corpo como referência;
arrumar e explorar o espaço por meio de
experiências de deslocamentos de si e
dos objetos. • Experiências em que os bebês possam participar de práticas coletivas e estimulação da curiosidade, por meio de diversas
situações (passeio, piquenique, banho de chuva etc);
• Situações desafiadoras e lúdicas em que os bebês possam vivenciar transformações, por meio de brincadeiras com água,
vento, farinha, alimentos etc;
(EI01ET05) Manipular materiais diversos • A exploração e a brincadeira dos bebês com diversos tipos de materiais, tais como argila, areia, água, folhas etc. nas quais
e variados para comparar as diferenças possam observar transformações nesses elementos;
e semelhanças entre eles.
ETA • A percepção e a brincadeira dos bebês com a sua imagem e sombra, assim como as das demais crianças do grupo;
PAS
DE • O estabelecimento, pelos bebês, da relação entre os seus atos (puxar, empurrar, bater etc.) e as consequências dos mesmos;
EN
SIN • Brincadeiras que envolvam música, gestos, danças, sons da natureza etc. nas quais os bebês possam experimentar diferentes
(EI01ET06) Vivenciar diferentes ritmos, ritmos (lento, médio, rápido).
O
velocidades e fluxos nas interações e
brincadeiras (em danças, balanços, escor-
15 regadores etc).
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2 FAIXA DIREITOS DE APRENDIZAGEM E CAMPOS DE OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
ORGANIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO DAS EXPERIÊNCIAS
ETÁRIA DESENVOLVIMENTO EXPERIÊNCIAS DESENVOLVIMENTO
PA
RT
E (EI02EO01) Demonstrar atitudes de
IV cuidado e solidariedade na interação com
crianças e adultos.
• Promoção de situações que possibilitem o deslocamento autônomo e confiante das crianças nos ambientes internos e
(EI02EO02) Demonstrar imagem positiva externos da instituição;
de si e confiança em sua capacidade
• Situações em que as crianças bem pequenas aprendam a brincar e a conviver com as outras crianças e com os adultos,
para enfrentar dificuldades e desafios.
escolhendo espaços e brinquedos;
• Incentivo as situações em que as crianças bem pequenas sejam chamadas pelo seu próprio nome, bem como visualizá-lo em
seus objetos de pertença;
(EI02EO03) Compartilhar os objetos e os • Criação de situações que desenvolvam a autonomia das crianças para que estas aprendam a responsabilizar-se por seus
espaços com crianças da mesma faixa pertences e materiais compartilhados em sala;
etária e adultos. • Apoio às conquistas das crianças bem pequenas nos cuidados pessoais e coletivos;
• Favorecimento das brincadeiras de faz de conta, proporcionando que as crianças bem pequenas assumam diferentes papéis,
criando cenários, diálogos e tramas diversas, que permitam significar e ressignificar o mundo social e as relações com os
parceiros de brinca- deira;
Crianças BRINCAR, CONVIVER, EXPLORAR, (EI02EO04) Comunicar-se com os
bem PARTICIPAR, EXPRESSAR E O EU, O OUTRO E • Oportunidades de representação livre, explorando diversos materiais , inclusive materiais de largo alcance;
colegas e os adultos, buscando
pequenas CONHECER-SE O NÓS compreendê-los e fazendo-se • Favorecimento do diálogo, valorizando a escuta das crianças bem pequenas, sobretudo, nos momentos da Roda de
compreender. Conversa e sempre que surgirem dúvidas e conflitos;
• Atividades que promovam a interação e o conhecimento da cultura local e regional (carnaval, festas juninas, bumba-meu-boi,
reisados, maracatu etc.);
(EI02EO05) Perceber que as pessoas têm • Conhecimento, convivência e valorização das diversidades (religiosa, étnica, cultural, de gênero etc.) pelas crianças bem pequenas;
características físicas diferentes, respeitan-
do essas diferenças. • Momentos de pesquisa com o objetivo de conhecer a história de vida das crianças bem pequenas, inclusive possibilitando o
envolvi- mento e a contribuição da comunidade;
• Apropriação de regras de convívio social pelas crianças bem pequenas, de forma dialogada e cuidadosa;
• Situações em que as crianças bem pequenas participem de manifestações artísticas-culturais e movimentem o corpo, criando
gestos, expressões corporais e ritmos espontâneos, a partir das cantigas e brincadeiras cantadas;
(EI02CG02) Deslocar seu corpo no espaço,
orientando-se por noções como em frente, • Durante a brincadeira livre, o contato com outras crianças, diferentes espaços e materiais, a fim de ampliar as percepções e o
atrás, no alto, embaixo, dentro, fora etc., ao conheci- metno das crianças bem pequenas sobre o seu corpo;
se envolver em brincadeiras e atividades
de diferentes naturezas. • Experiências que possibilitem a apreciação e interação com a diversidade cultural brasileira e suas origens (capoeira,
maracatu, maneiro pau, pau de fitas, dentre outras) e brincadeiras tradicionais(amarelinha, pular corda, esconde-esconde,
cantigas de roda etc), garantindo a presença de manifestações culturais regionais e nacionais;
• Exploração de materiais e objetos de diversas formas em brincadeiras de construção ( pegar, encaixar, empilhar, escrever,
puxar, segurar, enfileirar, agrupar, chutar, arremessar,pontes, torres etc.), faz de conta e jogos criativos e tradicionais;
(EI02CG03) Explorar formas de desloca- • Favorecimento às várias possibilidades do corpo no espaço. Ex: sentar, arrastar, engatinhar, rolar, ficar em pé com apoio, andar,
Crianças BRINCAR, CONVIVER, EXPLORAR,
mento no espaço (pular, saltar, dançar), correr, pular, chutar, saltar, rodar, dançar, marchar, subir escadas, ultrapassar obstáculos, passar dentro, equilibrar-se, abraçar, esconder,
bem PARTICIPAR, EXPRESSAR E CORPO, GESTOS E
combinando movimentos e seguindo passar por circuitos, túneis, trilhas, imitar e criar personagens etc.;
pequenas CONHECER-SE MOVIMENTOS
orientações.
• Exploração dos espaços internos e externos da instituição e contato com os demais adultos;
• Situações que favoreçam as várias possibilidades de deslocamento do corpo no espaço, com objetos diversificados como
obstáculos, utilizando o seu corpo como referência;
• Exploração, por meio de brincadeiras de faz de conta, de situações em que aprendam a cuidar do próprio corpo e dos amigos e
de ser cuidado por eles;
• Situações desafiadoras em que as crianças bem pequenas sejam convidadas a pensar no cuidado com o espaço que
(EI02CG04) Demonstrar progressiva inde-
frequentam, na arrumação e organização dos brinquedos e objetos utilizados;
pendência no cuidado do seu corpo.
• tempos e espaços organizados e frequentes para a produção de desenhos, pinturas, esculturas, colagens etc., ajudando às
crianças a observarem novas formas de produzir marcas gráficas.
ETA
PAS
DE
EN
SIN (EI02CG05) Desenvolver progressivamente
O as habilidades manuais, adquirindo con-
trole para desenhar, pintar, rasgar,
folhear, entre outros.
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4 FAIXA DIREITOS DE APRE NDIZAGECMAMPOS E DE OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
ORGANIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO DAS EXPERIÊNCIAS
ETÁRIA DESENVOLVIMENTO EXPERIÊNCIAS DESENVOLVIMENTO
PA
RT
E
IV
• Situações desafiadoras em que as crianças participem de brincadeiras cantadas, cantem e dancem ao ritmo de músicas
diferentes, criando danças e ritmos variados;
• Valorização do potencial expressivo e criador das crianças, em situações de exploração de dramatização, jogos e brincadeiras,
canções, danças, utilizando instrumentos musicais e materiais sonoros diversos;
• Ampliação do repertório artístico das crianças, explorando brincadeiras, histórias, canções e danças relacionadas às tradições culturais,
valorizando as produções locais;
(EI02TS02) Utilizar materiais variados com • Exploração, apreciação e vivência de diferentes linguagens plásticas e visuais como pintura, escultura, colagem, modelagem,
Crianças possibilidades de manipulação (argila,
BRINCAR, CONVIVER, EXPLORAR, desen- volvendo de forma progressiva, sua capacidade de livre expressão;
bem TRAÇOS, SONS, massa de modelar), explorando cores,
PARTICIPAR, EXPRESSAR E
pequenas CORES E FORMAS texturas, superfícies, planos, formas e • Brincadeiras com palavras, gestos, movimentos e/ou uso de diferentes materiais para a produção de sons, explorando ritmos,
CONHECER-SE
volumes ao criar objetos tridimensionais. gradua- ções sonoras, melodias etc.;
• Experiências que promovam a percepção de sons, cores e formas presentes nos diversos ambientes que o cercam;
• Atividades de colagem com figuras recortadas de revistas, pedaços de tecidos(diferentes texturas), fotos etc;
• Situações desafiadoras em que as crianças bem pequenas explorem diferentes maneiras e suportes para desenhar, pintar,
modelar, ou fazer colagens, utilizando materiais diversos, estruturados (tinta, Pincel, giz, diferentes superficies e tipos de papel) e
não estruturados (argila, carvão, folhas, flores);
• Situações de exploração e manuseio de materiais próprios para a confecção de instrumentos sonoros, de brinquedos e obras de
arte, para serem experimentados e apreciados.
(EI03EO05) Demonstrar valorização das • Valorização das produções individuais e coletivas das crianças pequenas possibilitando que elas se expressem sobre suas
características de seu corpo e respeitar produções e que escolham onde, o que, como expor e a quem;
as características dos outros (crianças e • Promoção de atitudes de respeito que incidam sobre as diferentes formas de dominação etária, socioeconômica, étnico,
adultos) com os quais convive. racial e linguística;
• O protagonismo das crianças pequenas em suas produções garantindo autonomia e confiança nas experiências individuais e
coletivas como na organização dos espaços e ambientes da instituição;
• Momentos de fala e escuta sobre suas tradições culturais e suas histórias familiares e de sua comunidade, tendo em vista o
(EI03EO06) Manifestar interesse e respeito reconheci- mento e a valorização da diversidade cultural;
por diferentes culturas e modos de vida.
• Orientação das crianças, de forma clara, quanto a comportamentos arriscados, que devem ser evitados;
ETA
PAS • Investigação e ampliação do conhecimento e da compreensão sobre a diversidade sócio-cultural brasileira e as diversas formas
de viver dos grupos identitários do Estado do Ceará e sua relação com a identidade brasileira (populações urbana, rural,
DE
indígenas, ribeiri- nha, florestal, comunidades de pescadores, artesãs, e outros grupos sociais componentes identidade brasileira).
EN
SIN
O (EI03EO07) Usar estratégias pautadas no
respeito mútuo para lidar com conflitos nas
interações com crianças e adultos.
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8 FAIXA DIREITOS DE APRENDIZAGEM E CAMPOS DE OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
ORGANIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO DAS EXPERIÊNCIAS
ETÁRIA DESENVOLVIMENTO EXPERIÊNCIAS DESENVOLVIMENTO
PA
RT
E (EI03CG01) Criar com o corpo formas di-
IV versificadas de expressão de sentimentos,
sensações e emoções, tanto nas situações
do cotidiano quanto em brincadeiras,
dança, teatro, música.
• Vivências de jogos e brincadeiras que envolvam diversificadas formas de movimentação corporal (jogar boliche, brincar de
(EI03CG02) Demonstrar controle e adequa- roda, de esconde-esconde etc.);
ção do uso de seu corpo em brincadeiras
e jogos, escuta e reconto de histórias, • Proposição de relações que as crianças estabelecem com o seu corpo, com o espaço, com objetos e com a natureza através de
atividades artísticas, entre outras possi- brinca- deiras de esconder objetos e dar dicas para as crianças acharem, como: perto, longe, embaixo, em cima etc.;
bilidades.
• A exploração das sensações gustativas, visuais, táteis e cinestésicas no cotidiano;
• A participação das crianças pequenas, como protagonistas, tanto no planejamento como na realização das atividades que
envolvam a expressão corporal;
• A expressão de desejos, de sentimentos e de idéias por meio das diferentes linguagens (dança, teatro, dramatização…) pelas
crianças pequenas;
(EI03CG03) Criar movimentos, gestos,
BRINCAR, CONVIVER, EXPLORAR, olhares e mímicas em brincadeiras,
Crianças CORPO, GESTOS E • Apreciação e participação das crianças pequenas, dentro e fora da instituição, em danças e manifestações da cultura popular
PARTICIPAR, EXPRESSAR E jogos e atividades artísticas como
pequenas MOVIMENTOS (reisa- dos, maracatus, dentre outros);
CONHECER-SE dança, teatro e música.
• A leitura e contação de histórias nas quais as crianças pequenas dramatizem, imitando, gestualmente suas características
marcantes ou criando personagens a partir do reconto, bem como utilizando objetos sonoros e instrumentos musicais;
• Experiências em que as crianças pequenas desenvolvam a autonomia e independência nas ações de cuidado consigo, com o
outro, com os seus pertences e organização dos ambientes (interno e externo);
• Experiências que as crianças vivenciem momentos de apreciação de músicas de diferentes gêneros, estilos, épocas e culturas;
(EI03TS01) Utilizar sons produzidos por
materiais, objetos e instrumentos musicais • Situações desafiadoras em que as crianças participem de brincadeiras cantadas, cantem e dancem ao ritmo de músicas
durante brincadeiras de faz de conta, diferentes, criando danças e ritmos variados;
encenações, criações musicais, festas.
• Situações onde as crianças possam criar suas produções através de esculturas, modelagem e outras formas de expressão ,
possibili- tando as crianças a manifestação de suas opiniões sobre o processo de criação;
• Apreciação de obras de arte, levando em consideração os elementos que a constituem ( espaço, formas, textura, cor, luz,
volume, pontos e linha, suportes, materiais, instrumentos, técnicas, dentre outros);
• Construção, pelas crianças, de instrumentos musicais de percussão , sopro, cordas , dentre outros, com materiais recicláveis
e não estruturados;
• Experiências com diferentes jogos verbais, utilizado rimas com o nome das crianças e/ou objetos, como também por meio da
sonori- dade de poesias, quadrinhas, parlendas, paródias e músicas etc;
• Oportunidades das crianças ouvirem histórias e realizarem o reconto das histórias, usando modulações de voz, objetos
sonoros e instrumentos musicais;
(EI03TS02) Expressar-se livremente por • Situações onde as crianças possam explorar e apreciar diferentes obras de artes, de artistas diversos e locais, bem como o
BRINCAR, CONVIVER, EXPLORAR, meio de desenho, pintura, colagem, contato com os processos de produção de artistas ou artesãos;
Crianças TRAÇOS, SONS,
PARTICIPAR, EXPRESSAR E dobradura e escultura, criando produções
pequenas CORES E FORMAS
CONHECER-SE bidimensionais e tridimensionais. • A valorização do potencial expressivo e criador das crianças, em situações de exploração de dramatização, jogos e
brincadeiras, canções, danças, utilizando instrumentos musicais e materiais sonoros diversos;
• Ampliação do repertório artístico das crianças, explorando brincadeiras, histórias, canções e danças relacionadas às tradições culturais,
valorizando as produções do local;
• Favoreçam a pesquisa e o acesso as informações locais e regionais, que retratem a origem das produções artíticas e o
conhecimento sobre seus autores e suas obras;
• Experiências com as mídias digitais promovendo a participação e a expressão das crianças. Exemplo: Gravação de canções ou
histórias, filmagens de momentos da rotina, apreciação dos vídeos produzidos, dentre outros;
• Reconhecer as características do som (intensidade, duração, altura e timbre, vibrações), utlizadas em suas produções
sonoras e ao ouvir/sentir músicas e sons;
ETA
• Situações em que as crianças explorem e apreciem diferentes linguagens artísticas e visuais como pintura, escultura, colagem
PAS
(EI03TS03) Reconhecer as qualidades modela- gem, desenvolvendo de forma gradual, sua capacidade representativa;
DE
do som (intensidade, duração, altura e
EN • Situações de exploração e manuseio de materiais próprios para a confecção de brinquedos e obras de arte, para serem
timbre), utilizando-as em suas produções
SIN experimenta- dos e apreciados;
sonoras e ao ouvir músicas e sons.
O • experiências de dramatização, com construção de cenários, figurinos, sonoplastia, personagens, podendo se basear em
história do repertório culturalou inventada pelas crianças.
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0 FAIXA DIREITOS DE APRENDIZAGEM E CAMPOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DESENVOLVIMENTO ORGANIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO DAS EXPERIÊNCIAS
ETÁRIA DESENVOLVIMENTO EXPERIÊNCIAS
PA
RT
E (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, Práticas Pedagógicas que possibilitem:
IV por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, • O desenvolvimento da oralidade, leitura e da escrita através do reconto de histórias, leitura de
desenhos e outras formas de expressão. imagens e registros de narrativas cotidianas feitas pelas crianças;
• Experiências que promovam a produção de textos pelas crianças (professor como escriba e escrita
espontâ- nea) estimulando a imaginação e a criatividade;
• Possibilitem brincadeiras e jogos que envolvam a escrita (forca, bingo, cruzadinha etc) e utilizem
(EI03EF02) Inventar brincadeiras cantadas, poemas e canções, criando
materiais escritos em brincadeiras de faz de conta.
rimas, aliterações e ritmos.
• Favorecimento da livre expressão das crianças pequenas, bem como a discussão de temáticas de
interesse das mesmas, durante a Roda de Conversa, após a contação de histórias, durante as brincadeiras
(EI03EF03) Escolher e folhear livros, procurando orientar-se por livres, projetos e outras atividades;
temas e ilustrações e tentando identificar palavras conhecidas. • As narrativas de fatos do seu cotidiano por meio das múltiplas linguagens (linguagem oral, escrita
espontâ- nea, gestos, desenhos e outras formas de expressões);
(EI03EF04) Recontar histórias ouvidas e planejar coletivamente roteiros • Favorecimento de situações nas quais as crianças sejam incentivadas a observar as características de:
de vídeos e de encenações, definindo os contextos, os objetos, pessoas, situações, imagens, para que sejam capazes de nomeá-los e descrevê-los;
personagens, a estrutura da história. • Promoção de atividades com diferentes gêneros textuais como poesia, canções, parlendas e outros
que as rimas estejam presentes ou não, além de brincadeiras e jogos orais;
• A utilização de diferentes materiais escritos (fichas, cartazes,crachás, chamadinha, listas, livros, agendas,
(EI03EF05) Recontar histórias ouvidas para produção de reconto escrito, cadernos) com o nome da criança;
tendo o professor como escriba. • A escrita do nome próprio pelas crianças com a utilização de materiais (tinta, lápis, giz, lixa, areia,
BRINCAR, CONVIVER, EXPLORAR, ESCUTA, FALA,
Crianças carvão, papel, canetinha, pincel e outros), em situações de escrita em contextos significativos;
PARTICIPAR, EXPRESSAR E PENSAMENTO E
pequenas
CONHECER-SE IMAGINAÇÃO • Situações em que as crianças possa ajuda dos adultos e de outras crianças;
(EI03EF06) Produzir suas próprias histórias orais e escritas (escrita • Experiências em que as crianças convivam diariamente com situações nas quais observem a professora
espontânea), em situações com função social significativa. como escriba;
• Promoção de visitas periódicas à biblioteca/brinquedoteca da Unidade Escolar, bem como de outros
ambien- tes;
(EI03EF07) Levantar hipóteses sobre gêneros textuais veiculados em • Oportunidades de contato diário das crianças pequenas com seus nomes completos e com o nome de
portadores conhecidos, recorrendo a estratégias de observação gráfica seus colegas, em objetos pessoais e em outros materiais impressos e escritos (fichas, listas, cartazes,
e/ou de leitura. livros, agendas), por meio de leitura, de escrita espontânea e de escrita convencional);
• Promoção da interação diária da criança com os gêneros textuais por meio da brincadeira, da
leitura, da experimentação, enfatizando as características estruturais e a função social de cada
gênero;
(EI03EF08) Selecionar livros e textos de gêneros conhecidos para • A utilização cotidiana de diferentes portadores textuais (livro, revista, gibi, jornal, cartaz, tablet etc.)
a leitura de um adulto e/ou para sua própria leitura (partindo de seu pelas crianças pequenas , promovendo escuta/contato com os diversos tipos de genêros (poemas,
repertório sobre esses textos, como a recuperação pela memória, fábulas, contos, receitas, quadrinhos, anúncios etc.);
pela leitura das ilustrações etc.).
• A criação de histórias em que a criança pequena define o ambiente onde ela acontece, as características
e os desafios de seus personagens;
• Leitura de notícias e reportagens retiradas de revistas e jornais (da semana ou do dia), possibilitando
(EI03EF09) Levantar hipóteses em relação à linguagem escrita, realizan- comen- tários e ideias que emerjam das crianças;
do registros de palavras e textos, por meio de escrita espontânea. • leitura e sistematização de informações (tomada de notas, com textos e imagens), que enriqueçam as
pesqui- sas das crianças, em gêneros informativos e de divulgação científica.
FAIXA DIREITOS DE APRENDIZAGEM E CAMPOS DE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DESENVOLVIMENTO ORGANIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO DAS EXPERIÊNCIAS
ETÁRIA DESENVOLVIMENTO EXPERIÊNCIAS
Educar e cuidar dos bebês, crianças bem pequenas e crianças pequenas, requer uma grande
parceria e respeito entre escola e família. Ambas as instituições (famílias e escola) têm muitos
saberes e informações a compartilhar em relação aos cuidados e aprendizagens das crianças.
Quando uma família matricula sua criança em creches e pré-escolas, precisa compartilhar
respon- sabilidades, deveres e direitos com todas/todos as/os profissionais que lidam com a criança
dentro da instituição, assumindo de forma corresponsável os papéis de educar e cuidar. Professoras/
professores e profissionais firmam a parceria e estabelecem vínculos de confiança e de relações
afetivas com as crianças e suas famílias. A parceria entre instituição e família favorece na compreensão
do contexto familiar em que a criança está inserida, possibilitando o compartilhamento dos saberes e
o respeito a sua cultura.
Assim como as concepções de criança, infância e Educação Infantil foram sendo
transformadas ao longo dos tempos, comprovados com base em estudos e transformações da
sociedade, a definição de família também sofreu alterações. Hoje a família nuclear, formada por pai,
mãe e filho, divide lugar com outras formas de organização familiar, tais como: dois pais, duas
mães, somente o pai, somente a mãe, avós, com tios, dentre outras formas.
Se durante muito tempo a família era conceituada por seus membros possuírem em comum,
laços sanguíneos, hoje o que lhe constitui é o respeito, o amor e principalmente, a vontade de
estarem juntos, unidos e o importante que seja em prol do desenvolvimento integral de seus filhos.
Na direção de constituir uma relação famílias/escola pautada na parceria de um projeto
educa- tivo, FERREIRA (2017)7 sugere alguns verbos que concretizam objetivos a serem promovidos
e geridos no projeto pedagógico:
A instituição de Educação Infantil precisa construir caminhos para acolher bem todas as
crianças deficientes, quilombolas, ribeirinhas, urbanas, rurais, extrativistas e florestais, conhecendo-
as e respei- tando-as como seres singulares que fazem parte de uma coletividade e que têm suas
especificidades. Para que isso seja possível, é imprescindível que todos os educadores percebam as
famílias como parceiras, visto que, cada uma delas é o primeiro grupo social do qual a criança
participa. Assim, as famílias podem contribuir com informações e decisões importantes,
colaborando para o planejamento da ação pedagógica. As instituições de Educação Infantil, por sua
vez, devem valorizar a diversidade cultural vivida pela criança no contexto familiar, e possibilitar a
162 PARTE IV
As famílias precisam ter garantidos o direito e o dever de compartilhar e colaborar com o que
expressa o Art.8º das DNCEI (2009), que dizem:
As propostas pedagógicas da Educação Infantil das crianças filhas de agricultores fa
miliares, extrativistas, pescadores artesanais, ribeirinhos, assentados e acampados da
reforma agrária, quilombolas, caiçaras, povos da floresta, devem:
Diversas possibilidades devem ser disponibilizadas nas escolas de Educação Infantil para
minimi- zar as ansiedades frente aos obstáculos que ainda enfrentam as famílias relacionadas às
crianças com necessidades especiais. A promoção de reuniões com associações de pais,
professoras/professores, especialistas ou a estimulação para a criação de uma rede de apoio, de
troca de experiências e de ajuda mútua são tarefas de todos, especialmente do grupo gestor de
cada unidade escolar e do poder público, nas instâncias que o representam.
O trabalho desenvolvido com todas as crianças deve contribuir para que elas possam ser
agen- tes transformadoras do seu contexto familiar, assim, é de suma importância que elas
vivenciem, no cotidiano, experiências dotadas de significados, como por exemplo, a relação que
as/os profissionais da instituição têm com as famílias fará parte da sua formação ética dos meninos
e das meninas. Nesse sentido, orientamos que as famílias sejam tratadas com respeito e igualdade,
independentemente de sua raça, credo, poder aquisitivo, composição familiar, aparência física, local
onde reside ou trabalha. É necessário que as professoras, os professores tenham clareza de que
nenhuma forma de preconceito é permitida dentro do espaço escolar.
Todos os momentos pedagógicos são antecedidos de planejamento, com a adaptação da
criança não é diferente. É comum escutarmos considerações de que a criança não está se
adaptando. Isso gera uma reflexão: é ela a responsável pelo sucesso ou insucesso desse período?
Assim, percebemos a responsabilidade dos adultos, a importância de repensar os momentos de
acolhimento, possibili- tando o envolvimento e a participação da família, de forma que sejam
inseridas nessa rica experiência. Ressaltamos ainda, que as crianças são diferentes. Dessa forma,
algumas adaptam-se ao novo ambiente, professora/professor e colegas com facilidade, enquanto
outras demoram um tempo maior.
A instituição deve respeitar o ritmo e o tempo de cada criança, planejando estratégias acolhedoras
e diferenciadas que atendam às suas individualidades.
Um diálogo permanente com a família é necessário, para que possam conversar sobre
aspectos que influenciam no desenvolvimento e aprendizagem da criança, como sua história de
vida, preferências e sentimentos; a fim de traçar estratégias comuns para que ela se sinta apoiada,
segura e motivada
ETAPAS DE ENSINO
163
para realizar experiências individuais e coletivas, nos contextos, familiar e escolar, que contribuirão
para o seu desenvolvimento integral.
Orienta-se que gestores, funcionários, professoras/professores e demais profissionais que
lidam com a Educação Infantil, desenvolvam um trabalho com as famílias tendo como base, pontos
relevantes discutidos nas Orientações Curriculares para a Educação Infantil (2011, p. 24 e 25), a
seguir:
• adotem uma atitude acolhedora em relação às famílias, de todas as crianças, sem
discriminá-las por sua forma de organização: pais adolescentes, pais ou mães solteiras (os) ou
divorciadas (os), casais homossexuais e outras;
• relatem aos pais algum episódio no qual a criança teve uma atuação espontânea, divertida,
inteligente, habilidosa;
• convidem mães e pais ou outros familiares para vir tocar violão ou outros instrumentos mu-
sicais, contar histórias, ou produzir algo com as crianças;
• envolvam os pais em projetos tais como contação e/ou leitura de histórias para os filhos em
casa, pesquisa sobre músicas regionais etc.;
Nessa perspectiva, a família e a escola devem cultivar uma relação de confiança, na qual os
saberes familiares sejam considerados, tais como:
• incentivar a participação das famílias no processo de (re)elaboração da proposta
pedagógica da Instituição;
• acolher e analisar as sugestões de mudança trazidas pelas famílias nessa construção, como também
sensi- bilizando-as sobre a importância de conhecerem a rotina, compartilhando documentos específicos
acerca do trabalho realizado na instituição junto às crianças e sobre os processos de desenvolvimento e
aprendizagem;
Quando se fala da transição aliada à vida das crianças com a família e a entrada na escola de
Educação Infantil e no Ensino Fundamental, afirma-se que há um respaldo legal na própria Lei de
Di- retrizes e Bases nº 9394/96, art. 2º no qual afirma que “a educação é dever da família e do
Estado e é
164 PARTE IV
importante que os pais garantam a educação escolar de seus filhos”. Brandão (2010) explica que
esta relação deva ser inspirada nos princípios de liberdade proporcionando as condições necessárias
para que a criança usufrua de seus direitos e dos seus ideais de solidariedade humana, tendo por
finalidade seu desenvolvimento e qualificação. E que na educação escolar, se for de qualidade, as
crianças po- derão obter o pleno desenvolvimento como educandos, devendo-se considerar que o
papel dos pais e das instituições é formar cidadãos capazes de trabalhar e conviver harmonicamente
em sociedade.
De acordo com as Orientações Curriculares para a Educação Infantil (SEDUC, 2011), a
perspectiva do atendimento aos direitos da criança na sua integralidade requer que as instituições
de Educação Infantil, na organização de sua proposta pedagógica e curricular, assegurem espaços e
tempos para participação, o diálogo e a escuta cotidiana das famílias, o respeito e a valorização das
diferentes formas em que elas se organizam. Isso deverá também e prioritariamente acontecer
quando a criança sai da Educação Infantil para o Ensino Fundamental.
O Parecer nº 20/2009 do CNE pontua que: “Quando a criança passa a frequentar a Educação
Infantil, é preciso refletir sobre a especificidade de cada contexto no desenvolvimento da criança e
a forma de integrar as ações e projetos educacionais das famílias e das instituições”.
Nessa perspectiva, o trabalho pedagógico desenvolvido na Educação Infantil precisa
considerar as diferentes formas de organização familiar, bem como seus saberes, fazeres e valores.
A atenção deverá ser redobrada quando acontecer a transição desta criança para o Ensino
Fun- damental. Entende-se como necessário que a família conheça os objetivos da proposta escolar
para acompanhar o desenvolvimento das práticas educativas das crianças, e se comprometa em
acompanhar o sucesso na aprendizagem e na formação da criança.
A participação dos pais junto com os professores e demais educadores nos conselhos
escolares e na organização do Projeto Político Pedagógico, nas festas e em outras atividades da
escola possibilita agregar experiências e saberes e articular os dois contextos de desenvolvimento
da criança. Eventuais preocupações dos professores sobre a forma como algumas crianças parecem
ser tratadas em casa
—descuido, violência, discriminação, superproteção e outras — devem ser discutidas com o grupo
gestor ou a coordenação pedagógica de cada unidade para que formas produtivas de
esclarecimento e encaminhamento possam ser pensadas para beneficiar a família e a criança.
Por outro lado, compreende-se que a família também precisa ser conhecida e valorizada no
contexto escolar, buscando-se sua integração e envolvimento.
As coisas
são As coisas
vêm As
coisas vão
As
coisas Vão
e vêm Não
em vão
As
horas Vão e
vêm Não
em vão
(Oswald de Andrade)
• O planejamento curricular que considera a criança como centro da ação pedagógica, o que
certamente requer uma postura sensível, atenta e investigativa da professora, do professor
na observação e atendimento das diversas manifestações das crianças. Considerar a fala das
crianças é fundamental e ajuda o professor a tomar melhores decisões no direcionamento
das práticas educativas em creches, pré-escolas e escolas de Ensino Fundamental.
• A criança como protagonista da ação pedagógica, ativa, cria e produz cultura, atribuindo
sentidos e significados para as experiências educacionais vivenciadas na escola;
• As crianças precisam ser tratadas com a mesma seriedade, respeito e afeto em qualquer
etapa, fase da vida escolar, seja na creche, na pré-escola ou no ensino fundamental.
• A continuidade compreendida como princípio curricular, que garante que alguns elementos
presentes numa experiência, etapa ou fase educacional continue em outra. Eixos de trabalho
como as interações e brincadeira, são profícuos organizadores das práticas pedagógicas da
Educação Infantil e do Ensino Fundamental, configurando-se como elementos de articulação
curricular comum as duas etapas educacionais;
Artigo - 18 “A articulação entre etapas nas dimensões orgânica e sequencial.” A primeira di-
mensão refere-se à particularidade de cada etapa, sem perder de vista os aspectos que lhes
são comuns; a segunda compreende a continuidade do itinerário formativo da criança,
“contínuo e progressivo”, garantindo uma transição tranquila e a continuidade do processo
formativo da criança. Há também o reconhecimento da educação e cuidado – tão difundidos
na educação infantil - como princípios norteadores de todas as etapas educacionais com vistas
a difusão de práticas humanizadas.
ETAPAS DE ENSINO
167
Artigo 29 - Torna imperativa a articulação da Educação Infantil com as séries iniciais do Ensino
Fundamental, dentre as medidas estão: a recuperação do caráter lúdico da ação pedagógica
nos anos iniciais do EF e o reconhecimento das aprendizagens conquistadas pela criança antes
de ingressarem no EF (§1° do mesmo artigo). Vale destacar o acolhimento das características
da educação Infantil pelo Ensino Fundamental, que tem como objetivo principal a
alfabetização das crianças nos três primeiros anos.
Artigo 10 e 11 - tratam da continuidade dos processos de aprendizagem e desenvolvimento
da criança nos seus diferentes momentos de transição (casa/instituição, no interior da
instituição, creche/pré-escola e pré-escola/Ensino Fundamental).
A Base Nacional Comum Curricular traz uma síntese de aprendizagens que devem ser conside-
radas como balizadoras na transição da educação infantil para o ensino fundamental. Esse documento
afirma que
O quadro de síntese abaixo, apresenta aprendizagens, que as crianças poderão construir em seu
processo de desenvolvimento, na Educação Infantil. Assim como os quadros de objetivos de aprendi-
zagens e desenvolvimento, devem ser entendidos como processos que são cuidados e construídos no
decorrer dos anos de vivência das crianças na Educação Infantil e não como metas a atingir, de uma
forma fragmentada e com atividades mecanizadas e repetitivas.
168 PARTE IV
• Expressar ideias, desejos e sentimentos em distintas situações de
inte- ração, por diferentes meios.
• Argumentar e relatar fatos oralmente, em sequência temporal e
Escuta, fala, causal, organizando e adequando sua fala ao contexto em que é
pensamento e produzida.
imaginação • Ouvir, compreender, contar, recontar e criar narrativas.
• Conhecer diferentes gêneros e portadores textuais, demonstrando
compreensão da função social da escrita e reconhecendo a leitura
como fonte de prazer e informação.
ETAPAS DE ENSINO
169
• Como as crianças e os adultos foram se preocupando, no decorrer do ano, em demonstrar
respeito aos sentimentos e emoções de outras crianças e adultos?
No quadro síntese das aprendizagens (BNCC, Brasil, 2017), cada uma das aprendizagens nos
remete a uma boa possibilidade de perguntas que nos ajuda a acompanhar, planejar e documentar
os processos de aprendizagem e desenvolvimento das crianças. É a clareza sobre como cada turma
e como cada criança vivenciou as oportunidades promovidas na Educação Infantil que ajudará às/as
professoras, os professores da etapa/ano/escola seguinte acolher melhor as crianças e dar continui-
dade à escolaridade
A seguir estão listadas algumas estratégias que visam à articulação, integração curricular
entre os anos da Educação Infantil e da Educação Infantil com o Ensino Fundamental
(família/creche, creche/ pré-escola, pré-escola/ anos iniciais do ensino fundamental), a saber:
• organização didática por projetos como elemento de continuidade, garantindo certas
caracte- rísticas comuns aos currículos de ambas as etapas, tais como: a escolha de
atividades, de tempos e de espaços pelas crianças; o trabalho em conjunto; a importância
dada aos conhecimentos e interesses de aprendizagem das crianças, bem como das
representações que possuem do ensino fundamental; o espírito investigativo presente na
construção dos conhecimentos; a integração das diversas experiências de aprendizagem;
• organização de visitas das crianças em processo de transição à nova sala de atividades e/ou
escola para realização de atividades em conjunto das crianças que se encontram em anos
limites;
170 PARTE IV
Essas finalidades são essenciais para definição dos aspectos que as diferenciam como o
delineamento dos aspectos comuns aos currículos dessas etapas e que garantem a continuidade e
ampliação das experiências de aprendizagens iniciadas desde a Educação Infantil pelas crianças que
prosseguem no Ensino Fundamental.
A avaliação do trabalho realizado, na instituição de Educação Infantil, não deve ter a finalidade de
promoção das crianças, mas sim o acompanhamento do seu desenvolvimento e o
aprimoramento do trabalho docente. Sua finalidade não é apontar as crianças difíceis, as que não
alcançam um determinado nível de desempenho, mas ser um instrumento de reflexão sobre a
prática pedagógica. Para tanto, ela deve consi- derar todo o contexto de aprendizagem, ser
contínua e não ocorrer apenas em alguns momentos, e, ainda, contemplar os objetivos pretendidos
na Proposta Pedagógica da instituição. (Orientações Curriculares para a EI/SEDUC, 2011, pág. 102)
Assim, é necessária a compreensão de que “a avaliação na Educação Infantil não diz respeito
a quantificar resultados, mas sim descrever os processos de aprendizagem, desenvolvimento e
interações ao longo da trajetória da criança.” (FÜLLGRAF; WIGGERS, 2014, p. 167).
Os documentos que antecedem a construção da Base Nacional Comum Curricular (LDBEN,
1996; DCNEI, 2009) apresentam orientações para a avaliação na educação infantil. Tais documentos
sistematizam de forma clara e objetiva as diretrizes para os procedimentos de se avaliar nessa etapa,
especificando que processos internos de acompanhamento do desenvolvimento e aprendizagem
da criança devem ser mais adequados para compreender os aspectos físico, psicológico, intelectual
e social da criança.
ETAPAS DE ENSINO
171
Ambos os documentos são imperativos quanto ao impedimento de uso de procedimentos
ava- liativos como forma de seleção, promoção, retenção ou classificação das crianças. Além disso,
reforçam o foco da avaliação através de observações e registros, que podem ser realizados de
diferentes formas.
Fica evidente, portanto, que a avaliação na Educação Infantil deve ter o objetivo de incluir as
crianças no processo educativo, assegurando-lhes progressos na aprendizagem, sem julgamento de
valor. Também deve servir à professora, ao professor, como instrumento de reflexão sobre sua prática
pedagógica, na constante busca por melhores caminhos na orientação de seu trabalho junto aos bebês
e crianças.
• as atividades que estão sendo propostas promovem os direitos de aprendizagem?
• a forma de comunicação das instruções e os apoios afetivos estão presentes ao olhar atento
da professora, do professor?
• Como o espaço e o tempo foram organizados para a realização das atividades? Em que
medida favoreceram as interações e as aprendizagens das crianças?
Assim, a avaliação deve subsidiar a prática da professora, do professor, visto que propicia um
conhecimento mais aprofundado dos bebês e das crianças para que os adultos sejam capazes de
mediar, de forma mais adequada, as relações entre elas e o ambiente no qual estão inseridas. No
processo de avaliar na Educação infantil é preciso considerar as complexidades, especificidades e
po- tencialidades das crianças. Desse modo, é inadmissível nos basearmos em práticas que
contradigam tal visão, como por exemplo, a realização de “provinhas” nessa etapa.
A BNCC destaca como parte do trabalho do educador “refletir, selecionar, organizar, planejar,
mediar e monitorar o conjunto das práticas e interações, garantindo a pluralidade de situações que
promovam o desenvolvimento pleno das crianças”. Assim, esse documento vem reafirmar o caráter
de acompanhamento presente ao se avaliar na educação infantil já presentes nas DCNEI.
Sobre a elaboração de procedimentos para o acompanhamento da prática pedagógica,
Micarello (2010, p. 4), aponta que se deve partir da concepção existente sobre criança e currículo e
apresenta alguns princípios que poderão ajudar as instituições na elaboração dos mesmos. São
eles:
a) os instrumentos devem ser capazes de apreender o currículo de forma dinâmica, em suas
relações com as experiências e os saberes das crianças e de suas famílias;
c) a criança, como sujeito histórico e de direitos, deve ser parceira nos processos de acompa-
nhamento e registro da prática pedagógica.
172 PARTE IV
São objetivos da/o professora/professor:
a) manter uma atitude curiosa e investigativa sobre as reações e manifestações das crianças no
dia a dia da instituição;
e) fazer anotações diárias sobre aspectos individuais observados, de forma a reunir dados
signifi- cativos que embasem o seu planejamento e a reorganização do ambiente educativo
(Hoffmann, 2012, p. 31).
Buscando facilitar essa observação, a/o professora/r poderá ter algumas perguntas em mente
para ajudá-lo a organizar o olhar:
• Como cada criança vivenciou as oportunidades oferecidas?
São apenas alguns exemplos, pois inúmeras perguntas podem ser feitas desde que o foco
esteja no protagonismo das crianças.
Para registrar as observações realizadas a professora, o professor poderá utilizar diversos instru-
mentos, como os exemplos citados no inciso II do art. 10º das DCNEI – relatórios, fotografias,
desenhos, álbuns etc. Dessa forma, esses registros constituirão a “documentação específica” dos
processos vividos pelas crianças, referida no mesmo artigo desse documento.
É muito importante destacar que a organização da proposta curricular por campos de
experiências (BRASIL, 2017) não deve servir como indicativo de compartimentação da observação
desses aspectos nas crianças, visto que representam o oposto a isso, trazendo uma ruptura da visão
fragmentada do modo como as crianças constroem conhecimento. Desse modo, “todos os campos de
experiência são permeados por todas as áreas de conhecimento, pelas múltiplas linguagens e pela
aprendizagem de práticas sociais. É uma perspectiva plural para acolher a pluralidade da infância”
(CRUZ; FOCHI, 2018, p.10).
Nesse contexto, o uso da Documentação Pedagógica aparece como sugestão de organização
de registros e reflexão, visto que se configura como uma ação democrática e respeitosa em relação
às crianças.
A Documentação Pedagógica trata-se de um “processo de tornar o trabalho pedagógico (ou
outro) visível ao diálogo, interpretação, contestação e transformação” (DAHLBERG, 2016, p. 229).
Docu-
ETAPAS DE ENSINO
173
mentar o processo vivido pelos bebês e crianças deve envolver a conjugação de três ações
inseparáveis: observação, registro e reflexão. Essas ações remetem ao compromisso com o
processo educacional dessas crianças e a responsabilidade que todos os sujeitos envolvidos
assumem ao participarem das negociações estabelecidas com interesse e ética.
As crianças, quando são oportunizadas, são capazes de produzir desenhos maravilhosos, mas
que podem cair no esquecimento. O documentar (dar visibilidade) pode permitir aperfeiçoar a me-
mória facilitando a continuidade do trabalho com projetos, por exemplo.
OBSERVAR exige possuir uma escuta atenta às ações das crianças, além da capacidade de or-
ganizar contextos que favoreçam essa observação.
O REGISTRO pode ser efetivado de diversas formas, como por exemplo, escritos nos diários,
fotografias, vídeos, exposição dos desenhos, exposição das fotos em painéis, exposição de falas e
perguntas das crianças, portfólios etc.
A REFLEXÃO pode acontecer cotidianamente e leva a professora, o professor a pensar em
como ocorre o processo, suas ações e nas ações das crianças.
Tais ações são capazes de proporcionar práticas mais adequadas além de garantir comparti-
lhar com as outras professoras, os outros professores, as famílias e as próprias crianças as
propostas educativas vivenciadas naquele ambiente.
Como mencionado, nos itens anteriores, a educação e o cuidado com as crianças de forma
indissociáveis na Educação Infantil se dá, por diversas ações com a participação ativa dos bebês e
das crianças e a mediação das professoras, dos professores e demais profissionais que atuam
dentro e fora da Instituição de Educação Infantil, podendo oportunizar múltiplas experiências,
conforme arranjo curricular por campos de experiências, na realização de atividades que garantam
os direitos de aprendizagens e desenvolvimento das crianças de zero a cinco anos de idade tais
como: conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se.
Considerando que cada região, município, comunidade e unidade escolar têm suas
especificida- des e suas próprias culturas e relações estabelecidas conforme contextos
diversificados, é necessário um projeto pedagógico que expresse cada singularidade, diversidade e
identidade da comunidade na qual a criança está inserida. Conforme expressado na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, artigo 12: “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as
normas comuns e as do seu sistema de ensino terão a incumbência de elaborar e executar sua
proposta pedagógica”, e na Resolução nº 5/2009 que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais da
Educação Infantil, destacando os princípios e fundamentos que devem orientar a organização das
propostas pedagógicas na etapa da Educação Infantil.
No caso das Propostas Pedagógicas das unidades de Educação Infantil, destacam-se suas ca-
racterísticas:
• define as metas que se pretende para a aprendizagem e o desenvolvimento dos bebês, das
crianças bem pequenas e das crianças pequenas que nela são educados e cuidados;
174 PARTE IV
• orienta a organização das atividades, dos espaços, das rotinas, dos materiais e das
interações na instituição;
• efetiva-se nas ações cotidianas das crianças e das professoras, dos professores nos
ambientes criados nas instituições de Educação Infantil.
• Para alcançar as metas definidas, em sua proposta pedagógica, a instituição de Educação Infantil
organiza seu currículo.
• planejar as condições para que essas aprendizagens se façam na direção pensada da proposta
pedagógica da Instituição.
• Que objetivos deveriam ser incluídos na proposta pedagógica da instituição de Educação Infantil?
Espera-se que o Documento Curricular Referencial do Ceará seja um instrumento que possa
forta- lecer o Regime de Colaboração com os municípios cearenses, servindo também como um
instrumento
ETAPAS DE ENSINO
175
para subsidiar as instituições de Educação Infantil na construção de sua Proposta Pedagógica e de seu
currículo. Ele deve ser lido em estreita relação com a BNCC e as DCNEI. A leitura de um não prescinde
das leituras dos demais, já que cada texto deve ser interpretado no contexto das equipes escolares e
redes de ensino.
É importante registrar que este referido Documento passou por um processo de consulta
pública, e teve uma ampla participação da sociedade, de educadores, de famílias e de comunidade
escolar com o envolvimento de professoras/professores, de gestores das instituições que defendem
os direitos de aprendizagem e desenvolvimento de todos os bebês e crianças.
Assim, os municípios e as instituições de Educação Infantil têm agora em mãos um documento
que reflete esse processo participativo e que subsidia a construção e a elaboração de suas propostas
pedagógicas.
Ressalta-se a importância de que cada secretaria de educação, continue com o exercício da
ampla participação na elaboração de seus próprios documentos, discutindo e construindo com toda a
comuni- dade escolar, respeitando os princípios, fundamentos e procedimentos pedagógicos, que
nortearão as práticas pedagógicas e a organização das atividades promotoras de aprendizagens e
desenvolvimento fidedignos para ampliar as múltiplas linguagens das crianças.
176 PARTE IV
os/as estudantes, desde os bebês até os adolescentes. Nessa trajetória, ocorrem grandes mudanças
físicas, sociais, emocionais e cognitivas. Cada sujeito vai constituindo e construindo sua identidade,
seus valores e sua cultura. É um grande desafio para todos que estão envolvidos em processos edu-
cacionais relativos a estas etapas.
Por tais características, a transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental requer
atenção especial no sentindo de garantir a integração e continuidade dos processos de aprendiza-
gem, pautados em prática pedagógicas que têm como eixos estruturantes as brincadeiras e intera-
ções voltadas ao desenvolvimento de aspectos afetivo, social, motor e psicológico, envolvendo as
múltiplas linguagens dos bebês e das crianças. Para tanto, torna-se indispensável o equilíbrio entre
as mudanças introduzidas, a continuidade das aprendizagens e o acolhimento afetivo, de modo a
evitar a fragmentação e descontinuidade no trabalho pedagógico.
Portanto, é necessário reconhecer que as crianças continuam sendo crianças após ingressar
no Ensino Fundamental, o que é essencial para a não fragmentação da sua vida escolar e da conti-
nuidade de elementos que não podem ser rompidos entre as duas etapas, tais como: a ludicidade,
o brincar livre, a integração com as famílias, o movimento, as interações, a afetividade, dentre
outros.
Assim, a transição, como ato de passar ou passagem, segundo o seu sentido correspondente
em latim — transition —, ocorre em diferentes etapas da vida e, no ambiente escolar, torna-se ne-
cessária para o desenvolvimento do/da estudante. Ela inaugura novas fases e desafia o/a estudante
a empreender novas habilidades e competências durante esse percurso. É necessário, portanto,
propor- cionar uma trajetória em que os direitos de aprendizagem e de desenvolvimento sejam
assegurados, sem que haja rupturas ou estranhamentos entre as novas formas de organização
escolar e curricular. Da alfabetização as percepções de mundo e as compreensões dos processos
e fenômenos fazem parte do dia-a-dia de crianças e jovens. Elas são os elementos que focalizam
as aprendizagens nessa etapa, diversa e complexa. Assim, no DCRC, optamos, à luz da BNCC, por
garantir um refe- rencial curricular que possa dar conta, tanto da unicidade, em relação ao
território nacional, quanto do alcançar especificidades de cada parte do estado, com regiões de
baixa e alta vulnerabilidade, de ambientes de litoral, sertão e serra, de culturas diversas e
peculiaridades cuja soma caracteriza o
Ceará e o seu povo.
Professoras/Professores e Gestoras/Gestores encontrarão, no DCRC, um documento com
vistas a possibilitar múltiplas formas de organização curricular. Ratificamos a nossa posição, quanto
ao ali- nhamento com a BNCC no que diz respeito a: objetos de conhecimento, habilidades e
competências, sejam gerais ou específicas. O nosso propósito é garantir a integridade da proposta
do documento apresentado pelo MEC como referência nacional, e firmamos isso a cada etapa do
DCRC.
Tal como a BNCC, compreendemos que os conhecimentos se complexificam à medida que se
avançam na etapa, numa interface plural. Aqui, como uma inovação, encontraremos, possivelmente,
habilidade sendo abordadas por mais de uma vez, eventualmente relacionadas a objetos do conhe-
cimento diferentes, interagindo no mesmo componente curricular, retomando-o ou abordando na
sua diversidade de pontos de vistas.
Outra possibilidade é que haja o desenvolvimento de habilidade, envolvendo e relacionando
objetos de conhecimento de outras áreas/componentes, numa indicação de trabalho interdiscipli-
nar, conforme já dissemos. Essas possibilidades de relações estão indicadas em colunas específicas,
utilizando os códigos das habilidades em que se julgou a interface, sem fazer qualquer sugestão
metodológica ou caracterização de tal relação por entendermos que estas opções comportam
múltiplas possibilidades dentro do campo da autonomia docente, algo considerado caro entre os
redatores dessa proposta de referencial curricular. Desta forma, os docentes podem explorar, de di-
ferentes maneiras, estas relações propostas, bem como podem estabelecer outras, seja na forma de
introdução, de articulação, de consolidação, de desdobramento, de aprofundamento, de aplicação,
ETAPAS DE ENSINO
177
de síntese ou qualquer outra conexão cognitiva entre as habilidades dos componentes curriculares,
conforme o contexto local e as necessidades do público alvo.
Percebemos que há muitas novidades do ponto de vista de conteúdos e da organização
curri- cular, os quais serão identificados no organizador curricular de cada componente. Nesse
processo de inclusão, alguns elementos deixam de figurar como conteúdo essencial. A decisão foi
de não acres- centá-los, ponderando-se sobre o tempo em que professoras e professores teriam
para abordá-los durante o ano letivo. Eventualmente, alguns elementos não contemplados e
habilidades relacionadas a eles foram propostos em adição ao já elencados pela BNCC, deixando
também a possibilidade de Redes e Escolas, fazerem acréscimos se julgarem pertinentes.
A proposta apresentada é dar multiplicidade de caminhos, o que será melhor entendido ao
se observar o organizador curricular proposto. Compreendemos que o caminho a ser desenvolvido,
por cada escola e rede, dependerá de um conjunto de decisões e de possibilidades sujeitas às
competên- cias e às escolhas dos educadores envolvidos.
A seguir, apresentamos considerações sobre as concepções acerca das áreas/componentes,
suas particularidades e inovações e indicamos conceituações que balizam a proposta e buscam dar
elementos para compreensão da organização curricular. O caminho adotado por cada uma e cada
um, embora diverso, deve ter como norte a garantia dos direitos de aprendizagens dos estudantes
do Estado do Ceará.
178 PARTE IV
ARTE
EDUCAÇÃO FÍSICA
LÍNGUA INGLESA
180 PARTE IV
A língua inglesa, como lÍngua de comunicação bastante utilizada no mundo, em um contexto
de globalização, torna-se imprescindivel para estudos, viagens, negócios.
LÍNGUA PORTUGUESA
Como falar sobre o Componente Língua Portuguesa sem nos remeter a uma questão tão cara
dentro do contexto da identidade linguística do brasileiro? Diferentemente do que muitos pensam,
o Brasil é um país originalmente plurilíngue, apesar de apenas a língua portuguesa ter o prestígio
de língua do brasileiro. Ela passou da categoria de língua dos colonizadores à categoria de língua
nacional (ver LDB 2.045/61) e depois de língua materna (ver LDB 9394/96) sem muitos
questionamen- tos. Diferentemente dessa realidade, constatamos que as línguas indígenas, a cada
ano, registram desaparecimento. Outra língua que carece de espaço nesta discussão é a Língua
Brasileira de Sinais (LIBRAS). Ela tem a sua origem registrada em 1857, quando o francês Eduard
Huet veio ao Brasil, a convite de D. Pedro II, para fundar a primeira escola para meninos surdos
(Imperial Instituto de Sur- dos-Mudos). Mas, apenas nos últimos anos, percebemos um incentivo na
política de formação de professores/professoras. No Ceará, desde a criação do Departamento de
Letras Libras, na Universidade Federal do Ceará, a realidade começa a mudar, porque temos mais
profissionais da área e porque investimos na formação de professoras/professores. Esses
profissionais vêm mudando a realidade das instituições especializadas para receber os/as
estudantes. Isso é muito importante, porque, na sala de língua portuguesa, o/a estudante não está
em condições de aprendizagem da língua materna e sim da língua segunda.
Em se tratando, especialmente de língua portuguesa, entendemos que a discussão hoje não
é apenas no plano de reconhecimento de um componente curricular, nem de uma língua/idioma.
Avançamos quando apresentamos a língua portuguesa do Brasil, posicionamento marcado
inclusive na Base Nacional Comum Curricular e ratificado neste documento.
Enquanto componente, a língua portuguesa assume um status diferenciado, dentre os
demais componentes da Área de Linguagens, pelo próprio estatuto também assumido. Conforme
obser- vamos, durante todo o texto desse documento, a posição tomada é a de que língua
portuguesa é um componente curricular, mas é também o idioma falado pelo brasileiro. A ela é
feita “cobrança” ou atribuída responsabilidade, pois é utilizando a língua portuguesa do Brasil que
asseguramos a comunicação e que negociamos nas práticas sociais, inclusive nas práticas sociais
escolares. Portanto, quando pensamos na função da escola e nas expectativas sociais, em relação a
seus/suas alunas/alu- nos e a seus egressos, é claramente percebida a necessidade de refletirmos
sobre a importância do ensino da língua portuguesa, já que esse componente curricular permite
inúmeras possibilidades de interação nos grupos sociais. Concomitante a isso, é necessário adotar
uma proposta curricular que subsidie o planejamento do que deve ser ensinado na escola,
reconhecendo e garantindo o direito à aprendizagem de todas as/de todos os estudantes.
Nessa linha de raciocínio, acreditamos que a construção de uma proposta curricular deve
estabelecer objetivos de ensino e de aprendizagem claros e factíveis, propiciando a aprendizagem
e a progressão dela ao fim de cada período letivo. Além disso, deve ser de fácil operacionalização
para as diferentes equipes de trabalho que a utilizarão: Secretarias de Educação, escolas, gestores,
equipes pedagógicas e, sobretudo, professores. Vivemos em uma sociedade democrática, regulada
por direitos e um destes é o direito à educação escolar. Ela serve como base para que a/o
estudante exerça plenamente sua cidadania, tenha participação política e esteja inserido
socioeconomicamente na sociedade. Quando desenvolvemos habilidades de escrita, leitura e
oralidade, oportunizamos a condição de participação em variadas práticas sociais como também a
inserção no mercado de tra- balho e a aptidão para reconhecer e exigir direitos.
ETAPAS DE ENSINO
181
Nessas práticas sociais, a Língua Portuguesa é o instrumento (VIGOTSKY, 1999) que assegura
a comunicação. Nesse sentido, é possível dizer que essa língua, tem um papel peculiar e que, em
qualquer que seja o tamanho de suas unidades linguísticas, elas “devem ser tomadas como
condutas humanas” (BRONCKART, 1999, p. 13) e, enquanto tal, elas estão em harmonia com as
demais linguagens que também fazem parte do cotidiano da/do estudante e que devem ser
entendidas numa perspectiva em que o físico e o psíquico estejam em harmonia com o ambiente.
Compreendemos que a linguagem é organizada semioticamente e renovada coletiva e indivi-
dualmente. Ela não é apenas mais uma das capacidades humanas, é também uma megacapacidade
constituidora do humano; regula nosso agir e, através dela, nos torna conscientes desse agir. Na
perspectiva enunciativo-discursiva, ela é “uma forma de ação interindividual orientada para uma
fina- lidade específica: um processo de interlocução que se realiza nas práticas sociais existentes em
uma sociedade, nos distintos momentos de sua história.” (BRASIL; 1998, p. 20). É, portanto, a partir
dessa visão que entendemos o grupo constitutivo da Área de linguagens: como um conjunto de
compo- nentes que tem o maior papel - aquele de pensar e formar o ser humano em sua plenitude
enquanto um humano, um cientista, um profissional.
Para tanto, na etapa do Ensino Fundamental, essa área, em articulação com as competências
gerais da BNCC, deve assegurar as/os estudantes o desenvolvimento do conjunto de competências
específicas a seguir:
• Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de natu-
reza dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como formas de significação da realidade e
expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais.
• Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corpo-
ral, visual, sonora e digital –, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e
sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução
de conflitos e à cooperação.
• Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem o outro e
promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em
âmbito local, regional e global, atuando criticamente frente a questões do mundo
contemporâneo.
182 PARTE IV
4.2.1.1. Língua Portuguesa
“...se é triste ver meninos sem escolas, mais triste ainda é vê-los sentados, enfileirados em salas
sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem”.
(Carlos Drummond de Andrade)
O componente Língua Portuguesa tem um papel importante dentro do universo dos demais
componentes curriculares, devido ao duplo papel que ele assume: além de ser um componente
cur- ricular é também o idioma dos brasileiros. Se, enquanto idioma, permite a comunicação entre
estu- dantes e professoras/ professores; enquanto um componente curricular, a Língua portuguesa
é parte do currículo do Ensino Fundamental e permite estabelecer relações entre os demais
componentes de forma interdisciplinar e transversal.
A relação interdisciplinar acontece porque Língua portuguesa, enquanto um Componente
cur- ricular, pode se articular com os demais, a depender do objeto de ensino e aprendizagem. É
possível perceber esse movimento dentro do quadro das habilidades que apresentamos (ver
Tabela), quando apresentamos os pontos de convergência. A relação transversal acontece porque,
enquanto a” língua materna”, o idioma de um país, permite que a/o estudante interaja com seus
pares nas práticas sociais. Nessa linha de pensamento, a língua portuguesa é fundamental para que
a/o estudante assegure seu espaço nas interações, se posicionando-se, assegurando a sua voz.
Ao pensarmos em inovações, avanços e limites do Componente curricular Língua portuguesa,
precisamos valorizar e destacar práticas dos projetos exitosos desenvolvidos no Estado do Ceará,
conforme já mencionamos na introdução deste documento. Ressaltamos as ações realizadas pelo
Programa de Aprendizagem na Idade Certa (MAISPAIC). Nessa linha de raciocínio, para
assegurarmos as especificidades próprias da cultura do povo cearense, propomos à professora/ao
professor valorizar a arte popular (redes, artesanatos, rendas, esculturas, garrafas de areia, cestarias
e xilogravura, por exemplo), o folclore (Bumba- meu-boi, Pastoril, Reisado, Maracatu, Dança do
coco, Torém, Caninha Verde, Banda Cabaçal, etc.), a música (forro, baião), a literatura (José de
Alencar, Raquel de Queiroz, Moreira Campos, Patativa do Assaré, Horácio Dídimo, Socorro Acioly,
Tércia Montenegro, entre outros), a gastronomia (tapioca, caranguejo, baião-de-dois, peixada,
churrasco de carneiro, entre outros) e o humor, como bem cultural de natureza imaterial do Ceará
(Lei Estadual 220/2015).
Com vistas a alcançar os propósitos do DCRC, o componente Língua portuguesa assume os
dois fundamentos pedagógicos: o foco no desenvolvimento de competências e habilidades e o
compro- misso com a educação integral. Na construção do panorama do nosso posicionamento,
entendemos como importante os estudos desenvolvidos por Street (2014) relacionados aos
letramentos sociais. Ancoramo-nos. nesse autor na defesa do letramento ideológico como prática
concreta e social. Nesse cenário, as Práticas de linguagem leitura, produção de texto, oralidade e
análise linguística/semiótica assumem um papel fundamental em sala de aula e o texto ganha o
status de referência para o ensino e a aprendizagem da língua “materna” independente do
contexto de produção do gênero textual.
Neste documento, para além da BNCC, revemos a ideia de agrupamento de gênero. Ela
focaliza apenas a sequência predominante-narrativa, descritiva, argumentativa, dialogal, injuntiva.
Propomos justamente, conciliar esta proposta aos Campos de atuação (Campo da vida cotidiana,
Campo artís- tico-literário, Campo das práticas de estudo e pesquisa, Campo de atuação na vida
pública e Campo jornalístico/midiático) defendida na Base. Nessa perspectiva, tanto são
importantes os conhecimentos sobre a estrutura, a textualização como são importantes os
conhecimentos sobre o contexto de pro-
ETAPAS DE ENSINO
183
dução (quando, onde, por quem e por quê?), o conteúdo temático (o que foi dito?) juntamente
com os posicionamentos e as vozes sociais (como e por quem foi dito?) entre outros elementos.
Na sala de aula, o gênero textual se configura como um megainstrumento, pois ele tanto é
um mediador para o ensino, como também é um objeto de ensino, com forma, conteúdo e estilo e
com o seu contexto de produção (BRONCKART, 1999) bem definidos. Alinhados à BNCC,
introduzimos o gê- nero textual oral e ressaltamos o gênero textual produzido em contextos
midiáticos e multissemióticos.
Assim como foi proposto na BNCC, apresentamos uma ampliação no conceito de texto. Isso
é possível perceber porque a palavra semiótica é posicionada ao lado da palavra análise linguística.
Essa posição teórica acontece desde os anos iniciais e marca a necessidade de repensar o conceito
de texto. Pretendemos, com isso, mostrar que há textos multissemióticos e multimidiáticos e que
todas as informações possuem seu papel no momento da compreensão e da produção. Essa
compreensão também permite pensar que há outras linguagens em jogo nas interações humanas
(ver habilidade CEEF1LP01, por nós proposta) e elas são complementares no processo de
comunicação.
Igualmente importante é o tratamento que damos à literatura, seguindo o posicionamento
da BNCC. Ela é de fato um objeto de ensino. Por isso, propomos desenvolver habilidades para que
a/o estudante possa interagir no Campo artístico-literário. Na DCRC, a literatura assume a função
de fruição e de representatividade cultural e linguística significativa.
O Componente curricular Língua portuguesa possui trezentos e noventa e cinco habilidades e
elas estão relacionadas às dez competências específicas, que seguem:
3. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes
campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se
ex- pressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo.
8. Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objetivos, interesses e
projetos pessoais (estudo, formação pessoal, entretenimento, pesquisa, trabalho etc.).
184 PARTE IV
9. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do senso
es- tético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como
formas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial
transformador e humanizador da experiência com a literatura.
10. Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mídias e ferramentas digitais
para expandir as formas de produzir sentidos (nos processos de compreensão e produção),
aprender e refletir sobre o mundo e realizar diferentes projetos autorais.
Há dois grandes desafios que se apresentam na etapa do Ensino Fundamental, um é articular
as trezentas e noventa e cinco habilidades com os objetos específicos (objeto de aprendizagem), sem
perder de vista as dez competências específicas. Para esse desafio, a nossa sugestão é que o professor
se atente ao objeto de conhecimento e o relacione às suas habilidades correspondentes. O segundo
desafio é avançar no desenvolvimento da estudante/do estudante, sem perder de vista as
particularidades também desafiadoras de três tipos de processos vivenciados pelas crianças ao sair da
Educação Infantil e chegar ao Ensino Fundamental: o processo de transição da Educação Infantil para o
Ensino Fundamental, o processo de progressão dos objetos de conhecimento e o processo de
alfabetização. Eles são inter-rela- cionados no contexto do Ensino Fundamental, embora necessitemos
de separá-los para fins didáticos. O processo de transição da Educação Infantil para o Ensino
Fundamental deve ser pautado nos princípios que orientam a formação integral do humano. Alguns
fatores são elencados aqui para refletir sobre esse momento (a brincadeira, o acolhimento, a
mediação do professor e as linguagens). O primeiro fator é o brincar que é um ato de fundamental
importância para toda formação humana, pois permite à criança aprender (na vivência) a passagem
do imaginário para a vida real, contribui para desenvolver a relação entre a linguagem e o
pensamento e propicia que a criança aprenda a se distanciar do seu eu para entender o outro (e vice-
versa). A brincadeira se acomoda durante o decorrer do desenvolvimento da/do estudante a
depender de suas necessidades. O segundo fator é o acolhimento a mediação que a professora/o
professor faz à criança, pois, na Educação Infantil, ela mantém uma relação mais próxima com a
educadora/ o educador bastante diferente no Ensino Fundamental. Isso é possível de se realizar
durante as atividades cotidianas da sala de aula, quando a professora/ o professor atua como o
mediador da aprendizagem. No primeiro e segundo anos, nas práticas de linguagem já está previsto
isso. O último fator destacado aqui é a linguagem. Desde cedo, a criança convive circulada de muitas
linguagens, está inserida em contextos de práticas sociais diversas, imersa numa diversidade cultural,
utilizando múltiplas linguagens. Essas linguagens não deixam de fazer parte do universo da criança,
apenas são ampliadas as formas de percebê-las e de vivenciá-las. É nessa compreensão que é
introduzida a linguagem oral e
verbal e que pode introduzir a alfabetização.
O processo de progressão dos objetos de conhecimento acontece articulado com o processo de
desenvolvimento do próprio aluno e se materializa no ensino de língua portuguesa, através das
práticas sociais de linguagem, dos campos de atuação, das habilidades e das competências, sendo
todos articu- lados com os objetos de conhecimentos. É possível constatar isso na Planilha que está
no corpo deste documento. A progressão, no componente Língua portuguesa, acontece sob dois
vieses: intracompo- nente e intercomponente. Na relação intracomponente, ela se realiza na
complexidade da construção do gênero textual, dos conhecimentos mobilizados da língua (através
das relações de dependência entre os elementos linguísticos), das habilidades e das competências
necessárias e mobilizadas pela aluna/ pelo aluno - falante da língua portuguesa do Brasil, nas práticas
sociais de linguagem, na escola e fora dela. Na relação intercomponente, a progressão ocorre quando
o documento proporciona relações do componente Língua portuguesa com demais componentes
curriculares. Tanto no viés intracomponente quanto no intercomponente, a progressão se dá com base
em três etapas: articulação, apropriação e consolidação dos saberes a ensinar, considerando o
contexto de ensino e de aprendizagem.
ETAPAS DE ENSINO
185
O processo de alfabetização, iniciado no Ensino Fundamental, deve ser realizado nos dois
primeiros anos. Nesse momento, a alfabetização deve ser o foco da ação pedagógica. Assim sendo, é
fundamental a vivência do estudante com o alfabeto e com a dinâmica da leitura/escrita. Isso implica
em investir no desenvolvimento da consciência fonológica, que envolve saber sobre as relações entre
sons (fonemas) em suas variedades e as letras (grafemas) do português brasileiro escrito.
186 PARTE IV
A segunda porta de entrada do componente curricular Língua portuguesa são as quatro
práticas de linguagem (Leitura, Produção de textos, Oralidade e Análise linguística/semiótica). Elas
possuem seus objetivos e suas características, conforme podemos observar na sequência. A Prática
de linguagem/ Eixo de Leitura compreende a interação ativa do leitor com o autor, através do seu
texto (escrito, oral e multissemiótico e de sua interpretação). Nesse sentido, não apenas os textos
escritos, mas também imagens estáticas (foto, pintura, desenho, esquema, gráfico, diagrama),
imagem em movimento (filmes, vídeos, entre outros) e som (música) são contempladas e
cossignificadas. Dentro dessa/desse Prática/ Eixo de leitura, há seis dimensões inter-relacionadas às
práticas de uso e de reflexão, são elas: condi- ções de produção e recepção dos textos, dialogia e
relação entre textos, reconstrução da textualidade, reflexão crítica sobre as temáticas tratadas e
validade das informações, estratégias e procedimentos de leitura e adesão às práticas de leitura. É
importante ressaltar que a aula de leitura deve ser planejada de acordo com o propósito do ensino,
respeitando as especificidades do contexto de produção do texto e os objetivos envolvidos nela.
No seu planejamento, o professor deve contemplar cada etapa da aula de leitura (LEURQUIN,
2014), iniciando pelo momento de acionar os conhecimentos prévios, depois contemplando as
entradas no texto e em seguida fazendo a leitura socializada.
A Prática de linguagem/ Eixo de produção escrita compreende a interação e a autoria (indivi-
dual e coletiva) do texto escrito, oral e multissemiótico. Nela/Nele, também há seis dimensões bem
definidas: condições de produção do texto, dialogia e relação entre os textos, alimentação temática,
construção de textualidade, aspectos notacionais e gramáticos e estratégias de produção. Assim
como na/no Prática/Eixo de leitura, o planejamento da aula deve ser contemplado. Portanto, deve
haver um planejamento para contemplar as etapas do processo de produção (planejamento,
escrita, revisão e escrita final). Cada etapa possui suas estratégias e é importante uma base didática
para ancorá-la. O processo do ensino da produção deve começar no planejamento, passar pelo
rascunho do aluno, pela reescrita do texto e concluir com a correção do/da professora/professor.
A Prática de linguagem/ Eixo de oralidade compreende as práticas de linguagem em situação
face a face. Ela / Ele possui as seguintes possibilidades de tratamento das práticas orais: Condições
de produção, Compreensão de textos, Produção de textos, Efeitos de sentidos provocados pelos
usos de recursos linguísticos e multissemióticos e Relação entre fala e escrita. Assim como as/os
anteriores Práticas/Eixos, no contexto do ensino da oralidade, é preciso também haver um
planejamento com base em objetivos para o ensino da língua, reconhecendo os elementos
anteriormente destacados como norteadores.
Como afirma Mendonça, “O termo análise linguística surgiu para denominar uma nova
perspectiva de reflexão sobre o sistema linguístico e sobre o uso da língua, com vistas ao
tratamento escolar de fenômenos gramaticais, textuais e discursivos (MENDONÇA, 2006, p. 205).
Dizendo de outra maneira, esse termo substitui o termo gramática e essa substituição também
representa uma nova compreensão do ensino da língua materna. No DCRC, a prática de
linguagens/Eixo Análise linguística / Semiótica envolve os procedimentos e estratégias (meta)
cognitivas de análise e avaliação consciente, durante os processos de leitura e de produção de
textos, das materialidades dos textos. Nesta Prática há os seguintes níveis de análise: Fono-
ortografia, Morfossintaxe, Sintaxe, Semântica, Variação linguística e os Elementos notacionais da
escrita. Quanto ao ensino da Análise Linguística/ Semiótica, o plane- jamento da aula deve
considerar a articulação entre leitura, escuta e produção de texto. Destacamos a importância de não
utilizar o texto como pretexto. Na verdade, os elementos estruturais da língua compõem a semiose
de qualquer texto e não a busca deles. Por essa razão, é também necessário haver um
planejamento com base em objetivos para o ensino da língua.
A terceira porta de entrada neste documento é pelos Objetos de conhecimentos gerais e espe-
cíficos. Eles correspondem, respectivamente, aos saberes a ensinar amplos e específicos, conforme
observamos no quadro disponível neste documento. A quarta porta de entrada no documento são
ETAPAS DE ENSINO
187
as Habilidades. Elas estão articuladas com os objetos de conhecimentos específicos e gerais, com
as/os Práticas de linguagem/Eixos e com as competências, organizadas com o intuído de garantir a
progressão e complexidade necessárias ao ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa do Brasil.
Ressaltamos que essas habilidades possuem fronteiras tênues.
A última porta de acesso são as dez Competências específicas para o ensino de Língua Portu-
guesa do Brasil. Elas são necessárias para a inserção dos estudantes nas práticas sociais de
linguagem dentro e fora da escola, assegurando o pleno exercício da cidadania. Há um movimento
circular e interdependente que envolve todas as portas de entrada. Para compreender esse
movimento, preci- samos também compreender como eles se fazem presentes.
Ensinar uma língua implica em também conhecer conceitos que perpassam esse processo.
Neste texto sobre o Componente curricular Língua portuguesa, há conceitos que possuem um
papel importante na compreensão deste documento. Por essa razão, optamos por torná-los mais
acessíveis ao professor, conforme podemos observar:
1. A Linguagem é organizada semioticamente e renovada coletiva e/ou individualmente. Ela
não é apenas mais uma das capacidades humanas, é também uma megacapacidade constituidora
do humano, regulando nosso agir e por ela nos tornando consciente desse agir. Na perspectiva
enun- ciativo-discursiva, ela é “uma forma de ação interindividual orientada para uma finalidade
específica: um processo de interlocução que se realiza nas práticas sociais existentes em uma
sociedade, nos distintos momentos de sua história.” (BRASIL; 1998, p. 20).
4. Texto é toda unidade de produção de linguagem que traz uma mensagem organizada e
que leva ao destinatário, um efeito de coerência. São produtos da atividade humana e estão ligados
às necessidades, aos interesses e às condições de funcionamento das formações sociais nos quais
estão inseridos (BRONCKART, 1999).
5. Gêneros textuais são diferentes “modos de fazer” textos, ou seja, diferentes espécies de
tex- tos, a depender dos contextos sociais, dos quadros de cada comunidade verbal, de cada
situação de comunicação. Na sala de aula, eles assumem o papel de megainstrumento no processo
de ensino e de aprendizagem (DOLZ e SCHNEUWLY, 2004).
6. Leitura é uma das Práticas de Linguagem/Eixo. Enquanto tal, ela faz mobilizar no leitor
conhecimentos previamente adquiridos que interagem com os conhecimentos trazidos no texto num
processo interativo de reconstrução de significados. Na sala de aula, pelo menos duas concepções de
leitura se articulam, a depender dos objetivos do professor: a concepção interativa e a
sociopsicolinguista (BRAGGIO, 1992). No primeiro caso, temos a interação leitor x autor, mediado pelo
texto, e no segundo caso, temos a situação
188 PARTE IV
de comunicação em que o professor media o processo de construção dos sentidos do texto no
contexto da interação face a face. A aula de leitura deve ser planejada e para isso, o professor deve
planejar.
TODOS OS Conhecimento Identificação das múltiplas linguagens (CEEF01LP01) Identificar as múl- Reconhecer o texto como lugar de manifes-
Leitura compar-
1º CAMPOS DE das múltiplas que fazem parte do cotidiano da tiplas linguagens que fazem tação e negociação de sentidos, valores e
tilhada
ATUAÇÃO linguagens. criança. parte do cotidiano da criança. ideologias.
EF01LP05
EF01LP06
EF01LP07
EF01LP08
EF01LP09
EF01LP13
EF012LP03 Apropriar-se da linguagem escrita, reco-
EF02LP02 nhecendo-a como forma de interação nos
Construção do (EF01LP03) Observar escritas EF02LP03 diferentes campos de atuação da vida social e
TODOS OS Escrita
sistema alfabético/ Compreensão do sistema alfabético na convencionais, comparando-as às EF02LP04 utilizando-a para ampliar suas possibilidades
1º CAMPOS DE (compartilhada e
Convenções da leitura e produção de textos suas produções escritas, perceben- EF02LP05 de participar da cultura letrada, de construir
ATUAÇÃO autônoma)
escrita do semelhanças e diferenças. EF03LP02 conhecimentos (inclusive escolares) e de se
EF03LP03 envolver com maior autonomia e protagonismo
EF03LP06 na vida social.
EF03LP07
EF035LP12
EF35LP13
EF04LP01
EF04LP02
EF05LP01
ETA
PAS
DE
EN Apropriar-se da linguagem escrita, reco-
nhecendo-a como forma de interação nos
SIN diferentes campos de atuação da vida social e
O TODOS OS Análise linguís- (EF01LP05) Reconhecer o sistema
Construção do Representação dos sons da fala utilizando-a para ampliar suas possibilidades
1º CAMPOS DE tica/semiótica de escrita alfabética como repre-
sistema alfabético no sistema da escrita alfabética de participar da cultura letrada, de construir
ATUAÇÃO (Alfabetização) sentação dos sons da fala.
conhecimentos (inclusive escolares) e de se
19 envolver com maior autonomia e protagonismo
1 na vida social.
19
2 RELAÇÃO
CAMPOS DE PRÁTICAS DE OBJETOS DE OBJETOS DENTRO DO RELAÇÃO ENTRE
ANO HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
ATUAÇÃO LINGUAGEM CONHECIMENTO ESPECÍFICOS PRÓPRIO COMPONENTES
PA COMPONENTE
RT
E
IV EF01LP08
EF01LP09
EF01LP12 Apropriar-se da linguagem escrita, reco-
EF01LP13 nhecendo-a como forma de interação nos
EF02LP02 diferentes campos de atuação da vida social e
TODOS OS Análise linguís- Construção do
(EF01LP06) Segmentar oralmente EF02LP04 utilizando-a para ampliar suas possibilidades
1º CAMPOS DE tica/semiótica sistema alfabético e Segmentação das sílabas
palavras em sílabas. EF02LP08 de participar da cultura letrada, de construir
ATUAÇÃO (Alfabetização) da ortografia
EF03LP01 conhecimentos (inclusive escolares) e de se
EF03LP02 envolver com maior autonomia e protagonismo
EF03LP05 na vida social.
EF03LP06
EF04LP02
ETA
PAS Apropriar-se da linguagem escrita, reco-
DE nhecendo-a como forma de interação nos
EN TODOS OS Análise linguís-
(EF01LP13) Comparar palavras, diferentes campos de atuação da vida social e
SIN Construção do Identificação dos componentes identificando semelhanças e utilizando-a para ampliar suas possibilidades
1º CAMPOS DE tica/semiótica
sistema alfabético sonoros da palavra diferenças entre sons de sílabas de participar da cultura letrada, de construir
O ATUAÇÃO (Alfabetização)
iniciais, mediais e finais. conhecimentos (inclusive escolares) e de se
envolver com maior autonomia e protagonismo
19 na vida social.
3
19
4 RELAÇÃO
CAMPOS DE PRÁTICAS DE OBJETOS DE OBJETOS DENTRO DO RELAÇÃO ENTRE
ANO HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
ATUAÇÃO LINGUAGEM CONHECIMENTO ESPECÍFICOS PRÓPRIO COMPONENTES
PA COMPONENTE
RT
E
IV
Apropriar-se da linguagem escrita, reco-
nhecendo-a como forma de interação nos
(EF01LP14) Identificar outros sinais EF15LP06
Identificação dos sinais no texto além diferentes campos de atuação da vida social e
TODOS OS Análise linguís- no texto além das letras, como EF35LP07
das letras, como pontos finais, de utilizando-a para ampliar suas possibilidades
1º CAMPOS DE tica/semiótica Pontuação pontos finais, de interrogação EF04LP05 (EFO1MA 01)
interrogação e exclamação e seus de participar da cultura letrada, de construir
ATUAÇÃO (Alfabetização) e exclamação e seus efeitos EF05LP04
efeitos na entonação. conhecimentos (inclusive escolares) e de se
na entonação. EF05LP26
envolver com maior autonomia e protagonismo
na vida social.
ETA
(EF12LP13) Planejar, em cola-
PAS
boração com os colegas e com a Apropriar-se da linguagem escrita, reco-
DE Planejamento coletivo de slogans e
ajuda do professor, slogans e nhecendo-a como forma de interação nos
EN peças de campanhas publicitárias
peça de campanha de diferentes campos de atuação da vida social e
destinadas ao público infantil, na (EF02CI03)
SIN CAMPO DA VIDA Produção de texto conscientização destinada ao utilizando-a para ampliar suas possibilidades
1º, 2º Oralidade modalidade oral, por meio de ferra- (EF04CI08)
O PÚBLICA oral público infantil que possam ser de participar da cultura letrada, de construir
mentas digitais, em áudio ou vídeo, (EF08CI09)
repassados oralmente por meio de conhecimentos (inclusive escolares) e de se
considerando seu contexto de produ-
ferramentas digitais, em áudio ou envolver com maior autonomia e protagonismo
ção, assunto e finalidade do texto.
19 vídeo, considerando a situação na vida social.
9 comunicativa e o tema/
assunto/finalidade do texto.
20
0 RELAÇÃO
CAMPOS DE PRÁTICAS DE OBJETOS DE OBJETOS DENTRO DO RELAÇÃO ENTRE
ANO HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
ATUAÇÃO LINGUAGEM CONHECIMENTO ESPECÍFICOS PRÓPRIO COMPONENTES
PA COMPONENTE
RT
E
IV
(EF12LP14) Identificar e reproduzir, Apropriar-se da linguagem escrita, reco-
em fotolegendas de notícias, nhecendo-a como forma de interação nos
Identificação e produção de fotole- álbum de fotos digital noticioso, diferentes campos de atuação da vida social e
Análise linguís- Forma de
CAMPO DA VIDA gendas de notícias, álbum de fotos de cartas utilizando-a para ampliar suas possibilidades
1º, 2º tica/semiótica composição do (EF01GE09)
PÚBLICA notícias, cartas do leitor, digitais ou de leitor (revista infantil), digitais de participar da cultura letrada, de construir
(Alfabetização) texto
impressas. ou impressos, a formatação e a conhecimentos (inclusive escolares) e de se
diagramação específica de cada um envolver com maior autonomia e protagonismo
desses gêneros, inclusive em na vida social.
suas versões orais.
ETA
Apropriar-se da linguagem escrita, reco-
PAS
nhecendo-a como forma de interação nos
DE (EF15LP10) Escutar, com atenção,
Escuta atenta da fala dos diferentes campos de atuação da vida social e
EN TODOS OS falas de professores e colegas, (EF05ER04)
1º; 2º; 3º; professores e colegas formulando utilizando-a para ampliar suas possibilidades
CAMPOS DE Oralidade Escuta atenta for- mulando perguntas (EF05ER07)
SIN 4º; 5º perguntas per- tinentes ao tema e de participar da cultura letrada, de construir
ATUAÇÃO pertinentes ao tema e solicitando
O solicitando esclare- cimentos sempre conhecimentos (inclusive escolares) e de se
esclarecimentos sempre que
que necessário. envolver com maior autonomia e protagonismo
necessário.
na vida social.
20
3
20
4 RELAÇÃO
CAMPOS DE PRÁTICAS DE OBJETOS DE OBJETOS DENTRO DO RELAÇÃO ENTRE
ANO HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
ATUAÇÃO LINGUAGEM CONHECIMENTO ESPECÍFICOS PRÓPRIO COMPONENTES
PA COMPONENTE
RT
E
(EF15LP11) Reconhecer caracterís- Apropriar-se da linguagem escrita, reco-
IV Reconhecimento das características da
ticas da conversação espontânea nhecendo-a como forma de interação nos
conversação espontânea para respei-
presencial, respeitando os turnos diferentes campos de atuação da vida social e
TODOS OS Características tar os turnos de fala, selecionando
1º; 2º; 3º; de fala, selecionando e utilizando, utilizando-a para ampliar suas possibilidades
CAMPOS DE Oralidade da conversação e utilizando, durante a conversação,
4º; 5º durante a conversação, formas de de participar da cultura letrada, de construir
ATUAÇÃO espontânea formas de tratamento adequadas, de
tratamento adequadas, de acordo conhecimentos (inclusive escolares) e de se
acordo com a situação e a posição do
com a situação e a posição do envolver com maior autonomia e protagonismo
interlocutor.
interlocutor. na vida social.
EF03LP10
Apropriar-se da linguagem escrita, reco-
EF03LP23
nhecendo-a como forma de interação nos
EF04LP07
(EF03LP09) Identificar, em tex- diferentes campos de atuação na vida social e
TODOS OS Análise linguís- Identificação, em textos, dos EF07LP08
tos, adjetivos e sua função de utilizando-a para ampliar suas possibilidades
3º CAMPOS DE tica/semiótica Morfossintaxe adjetivos e de sua função de EF08LP09
atribuição de propriedades aos de participar da cultura letrada de construir
ATUAÇÃO (Ortografização) atribuição de propriedades aos EF08LP16
substantivos. conhecimentos (inclusive escolares), e de se
substantivos. EF89LP15
envolver com maior autonomia e protagonismo
EF06LP04
na vida social.
EF07LP08
ETA
PAS Reconhecimento dos prefixos e dos
Apropriar-se da linguagem escrita, reco-
sufixos produtivos na formação de
DE (EF03LP10) Reconhecer prefixos e nhecendo-a como forma de interação nos
palavras derivadas de substantivos, de
EN sufixos produtivos na formação de diferentes campos de atuação na vida social e
TODOS OS Análise linguís- adjetivos e de verbos, utilizando-os
SIN palavras derivadas de substantivos, utilizando-a para ampliar suas possibilidades
3º CAMPOS DE tica/semiótica Morfologia para compreender palavras e para
de adjetivos e de verbos, utilizan- de participar da cultura letrada de construir
O ATUAÇÃO (Ortografização) formar novas palavras. processo de
do-os para compreender palavras e conhecimentos (inclusive escolares), e de se
formação de palavras e compreensão
para formar novas palavras. envolver com maior autonomia e protagonismo
do uso para a formação de novas
21 na vida social.
palavras.
3
21
4 RELAÇÃO
CAMPOS DE PRÁTICAS DE OBJETOS DE OBJETOS DENTRO DO RELAÇÃO ENTRE
ANO HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
ATUAÇÃO LINGUAGEM CONHECIMENTO ESPECÍFICOS PRÓPRIO COMPONENTES
PA COMPONENTE
RT
E
(EF03LP11) Ler e compreender,
IV Leitura e compreensão, com autono-
com autonomia, textos
mia, textos injuntivos instrucionais Apropriar-se da linguagem escrita, reco-
injuntivos instrucionais (receitas,
(receitas, instruções de montagem nhecendo-a como forma de interação nos
instruções de montagem etc.),
etc.), com a estrutura própria desses diferentes campos de atuação na vida social e
Leitura/escuta com a estru- tura própria desses
CAMPO DA VIDA Compreensão em textos (verbos imperativos, indica- utilizando-a para ampliar suas possibilidades
3º (compartilhada e textos (verbos imperativos,
COTIDIANA leitura ção de passos a serem seguidos) de participar da cultura letrada de construir
autônoma) indicação de passos a serem
e mesclando palavras, imagens e conhecimentos (inclusive escolares), e de se
seguidos) e mesclando
recursos gráfico-visuais, considerando envolver com maior autonomia e protagonismo
palavras, imagens e recursos
a situação comunicativa e o tema/ na vida social.
gráfico-visuais, considerando a
assunto do texto.
situação comunicativa e o tema/
assunto do texto.
EF35LP07
Apropriar-se da linguagem escrita, reco-
EF35LP14
nhecendo-a como forma de interação nos
EF04LP06
(EF35LP05) Inferir o sentido de pa- diferentes campos de atuação da vida social e
TODOS OS Leitura/escuta Compreensão de palavras ou expres- EF05LP06
Estratégia de lavras ou expressões desconhecidas utilizando-a para ampliar suas possibilidades
3º, 4º, 5º CAMPOS DE (compartilhada e sões desconhecidas em textos de EF05LP27
leitura em textos, com base no contexto de participar da cultura letrada, de construir
ATUAÇÃO autônoma) acordo com o contexto. EF08LP15
da frase ou do texto. conhecimentos (inclusive escolares) e de se
EF89LP27
envolver com maior autonomia e protagonismo
EF07LP12
na vida social.
EF07LP13
RELAÇÃO
CAMPOS DE PRÁTICAS DE OBJETOS DE OBJETOS DENTRO DO RELAÇÃO ENTRE
ANO HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
ATUAÇÃO LINGUAGEM CONHECIMENTO ESPECÍFICOS PRÓPRIO COMPONENTES
COMPONENTE
Recuperação das relações entre (EF35LP06) Recuperar relações Apropriar-se da linguagem escrita, reco-
partes de um texto, identificando entre partes de um texto, identi- nhecendo-a como forma de interação nos
substituições lexicais (de substantivos ficando substituições lexicais (de diferentes campos de atuação da vida social e
TODOS OS Leitura/escuta
Estratégia de por sinônimos) ou pronominais (uso substantivos por sinônimos) ou utilizando-a para ampliar suas possibilidades
3º, 4º, 5º CAMPOS DE (compartilhada e
leitura de pronomes anafóricos – pessoais, pronominais (uso de pronomes de participar da cultura letrada, de construir
ATUAÇÃO autônoma)
possessivos, demonstrativos) que anafóricos – pessoais, possessivos, conhecimentos (inclusive escolares) e de se
contribuem para a continuidade do demonstrativos) que contribuem envolver com maior autonomia e protagonismo
texto. para a continuidade do texto. na vida social.
ETA
PAS
DE Apropriar-se da linguagem escrita, reco-
nhecendo-a como forma de interação nos
EN Produção de (EF35LP09) Organizar o texto em
Planejamento de Organização do texto em unidades de diferentes campos de atuação da vida social e
SIN TODOS OS textos unidades de sentido, dividindo-o
texto/Progressão sentido, dividindo em parágrafos se- utilizando-a para ampliar suas possibilidades
O 3º, 4º, 5º CAMPOS DE (escrita compar- em parágrafos segundo as normas
temática e gundo as normas gráficas e de acordo de participar da cultura letrada, de construir
ATUAÇÃO tilhada e autô- gráficas e de acordo com as carac-
paragrafação com as características dos gêneros. conhecimentos (inclusive escolares) e de se
noma) terísticas do gênero textual.
envolver com maior autonomia e protagonismo
21 na vida social.
9
22
0 RELAÇÃO
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ANO HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
ATUAÇÃO LINGUAGEM CONHECIMENTO ESPECÍFICOS PRÓPRIO COMPONENTES
PA COMPONENTE
RT
E
(EF35LP10) Identificar gêneros
IV Identificação dos gêneros do
do discurso oral, utilizados em
discurso oral utilizados em diferentes
diferentes situações e contextos co- Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e
situações e contextos comunicativos,
municativos, e suas características multissemióticos que circulam em diferentes
suas características linguístico-
TODOS OS Forma de linguístico-expressivas e composi- campos de atuação e mídias, com compreen-
expressivas e composicionais
3º, 4º, 5º CAMPOS DE Oralidade composição de cionais (conversação espontânea, EF67LP29 são, autonomia, fluência e criticidade, de
(conversação espontâ- nea,
ATUAÇÃO gêneros orais conversação telefônica, entrevistas modo a se expressar e partilhar informações,
conversação telefônica, entrevis- tas
pessoais, entrevistas no rádio ou experiências, ideias e sentimentos, e continuar
pessoais, entrevistas no rádio ou na
na TV, debate, noticiário de rádio e aprendendo.
TV, debate, noticiário de rádio e TV,
TV, narração de jogos esportivos no
narração de jogos esportivos no
rádio e TV, aula, debate etc.).
rádio e TV, aula, debate etc.).
ETA
PAS
DE
Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e
EN Busca e seleção de informações, com
(EF35LP17) Buscar e selecionar,
multissemióticos que circulam em diferentes
SIN CAMPO DAS com o apoio do professor, informa-
Leitura/escuta auxílio dos professores, sobre fenô- (EFO3MA27) campos de atuação e mídias, com compreen-
PRÁTICAS DE ções de interesse sobre fenômenos
O 3º, 4º, 5º (compartilhada e Pesquisa menos sociais e naturais, em textos (EF03MA28) são, autonomia, fluência e criticidade, de
ESTUDO E sociais e naturais, em textos que
autônoma) que circulam em meios impressos (EF35LP15) modo a se expressar e partilhar informações,
PESQUISA circulam em meios impressos ou
ou digitais. experiências, ideias e sentimentos, e continuar
22 digitais.
aprendendo.
1
22
2 RELAÇÃO
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PA COMPONENTE
RT
E
Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e
IV (EF35LP18) Escutar, com aten-
Escuta respeitosa, atenta e participa- multissemióticos que circulam em diferentes
CAMPO DAS ção, apresentações de trabalhos
tiva de apresentação dos trabalhos da campos de atuação e mídias, com compreen-
PRÁTICAS DE Escuta de Textos realizadas por colegas, formulando
3º, 4º, 5º Oralidade turma, formulando perguntas perti- são, autonomia, fluência e criticidade, de
ESTUDO E orais perguntas pertinentes ao tema e
nentes ao tema e solicitando esclare- modo a se expressar e partilhar informações,
PESQUISA solicitando esclarecimentos sempre
cimentos sempre que necessário. experiências, ideias e sentimentos, e continuar
que necessário.
aprendendo.
Reconstrução
do contexto
de produção,
circulação e
Compreender a língua como um fenômeno
recepção de Estabelecimento da relação entre (EF06LP02) Estabelecer relação
CAMPO cultural, histórico, social, variável, heterogêneo
textos os diferentes gêneros jornalísticos, entre os diferentes gêneros jorna-
6º JORNALÍSTICO/ Leitura e sensível aos contextos de uso reconhecendo-
Caracterização do compreendendo a centralidade da lísticos, compreendendo a centrali-
MIDIÁTICO -a como meio de construção de identidades
campo notícia. dade da notícia.
de seus usuários e da comunidade a que
jornalístico e
pertence.
relação entre
os gêneros em
circulação, mídias e
práticas da cultura
digital
RELAÇÃO
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ANO HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
ATUAÇÃO LINGUAGEM CONHECIMENTO ESPECÍFICOS PRÓPRIO COMPONENTES
COMPONENTE
Reconstrução
do contexto
de produção,
circulação e Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes
Análise da estrutura e do funcio- (EF67LP01) Analisar a estrutura
recepção de linguagens, mídias e ferramentas digitais
CAMPO namento dos hiperlinks em textos e o funcionamento dos
textos para expandir as formas de produzir sentidos
6º, 7º JORNALÍSTICO/ Leitura noticiosos publicados na Web e hiperlinks
Caracterização do (nos processos de compreensão e produção),
MIDIÁTICO vislumbrar possibilidades de uma em textos noticiosos publicados
campo aprender e refletir sobre o mundo e realizar
escrita hipertextual. na Web e vislumbrar
jornalístico e diferentes projetos autorais.
possibilidades de uma escrita
relação entre
hipertextual.
os gêneros em
circulação, mídias e
práticas da cultura
digital
CAMPO DAS Estratégias (EF67LP22) Produzir resumos, a Empregar, nas interações sociais, a variedade
Produção de resumos, a partir das no-
PRÁTICAS DE Produção de de escrita: partir das notas e/ou esquemas e o estilo de linguagem adequados à
6º, 7º tas e/ou esquemas feitos, com o uso (EF06GE04)
ESTUDO E textos textualização, feitos, com o uso adequado de situação
adequado de paráfrases e citações.
PESQUISA revisão e edição paráfrases e citações. comunicativa, ao(s) interlocutor(es) e ao gênero
do discurso/gênero textual.
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3
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4 RELAÇÃO
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6 RELAÇÃO
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PA COMPONENTE
RT
E
(EF69LP10) Produzir notícias para
IV Produção de notícias para rádios,
rádios, TV ou vídeos, podcasts
TV ou vídeos, podcasts
noticiosos e de opinião, entrevis-
Oralidade noticiosos e de opinião,
tas, comentários, vlogs, jornais
*Considerar todas entrevistas, comen- tários, vlogs, Ler, escutar e produzir textos orais, escritos
radiofônicos e televisivos, dentre
as habilidades jornais radiofônicos e televisivos, e multissemióticos que circulam em
outros possíveis, relativos a fato e
CAMPO dos eixos leitura dentre outros possíveis, diferentes campos de atuação e mídias,
6º; 7º; Produção de textos temas de interesse pessoal, local
JORNALÍSTICO/ e produção que relativos a fato e temas de interesse (EF06GE13) com compreen- são, fluência, autonomia e
8º; 9º jornalísticos orais ou global e textos orais de aprecia-
MIDIÁTICO se referem a pessoal, local ou global e de textos criticidade de modo a se expressar e
ção e opinião – podcasts e vlogs
textos ou orais de apreciação e opinião – po- partilhar informações, experiências, ideias e
noticiosos, culturais e de opinião,
produções dcasts e vlogs noticiosos, culturais e sentimentos e continuar aprendendo.
orientando-se por roteiro ou
orais, em áudio ou de opinião, orientando-se por roteiro
texto, considerando o contexto de
vídeo ou texto, considerando o contexto de
produção e demonstrando domínio
produção e demonstrando domínio
dos gêneros.
dos gêneros.
Oralidade
(EF69LP11) Identificar e analisar
*Considerar todas Identificação e análise de posicio- Ler, escutar e produzir textos orais, escritos
posicionamentos defendidos e
as habilidades namentos defendidos e refutados e multissemióticos que circulam em
refutados na escuta de intera-
CAMPO dos eixos leitura na escuta de interações polêmicas diferentes campos de atuação e mídias,
6º; 7º; Produção de textos ções polêmicas em entrevistas,
JORNALÍSTICO/ e produção que em entrevistas, discussões e debates com compreen- são, fluência, autonomia e
8º; 9º jornalísticos orais discussões e debates (televisivo,
MIDIÁTICO se referem a (televisivo, em sala de aula, em criticidade de modo a se expressar e
em sala de aula, em redes sociais
textos ou redes sociais etc.), entre outros, partilhar informações, experiências, ideias e
etc.), entre outros, e se posicionar
produções posicionan- do-se frente a eles. sentimentos e continuar aprendendo.
frente a eles.
orais, em áudio ou
vídeo
ETA
PAS Ler, escutar e produzir textos orais, escritos
Participação em (EF69LP15) Apresentar argumen-
Apresentação de argumentos e con- e multissemióticos que circulam em
DE discussões orais de tos e contra-argumentos coerentes,
CAMPO tra-argumentos coerentes, respeitando diferentes campos de atuação e mídias,
EN 6º; 7º; temas controversos respeitando os turnos de fala,
JORNALÍSTICO/ Oralidade os turnos de fala, na participação em (EF08ER05) com compreen- são, fluência, autonomia e
8º; 9º de interesse da na participação em
SIN MIDIÁTICO discussões sobre temas controversos criticidade de modo a se expressar e
turma e/ou de discussões sobre temas
O e/ou polêmicos. partilhar informações, experiências, ideias e
relevância social controversos e/ou polêmicos.
sentimentos e continuar aprendendo.
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8 RELAÇÃO
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ATUAÇÃO LINGUAGEM CONHECIMENTO ESPECÍFICOS PRÓPRIO COMPONENTES
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PA COMPONENTE
RT
E
IV (EF69LP21) Posicionar-se em
Posicionamento diante de
relação a conteúdos veiculados
conteúdos veiculados em práticas
em práticas não
não institu- cionalizadas de
institucionalizadas
participação social, sobretudo
de participação social, sobretudo
àquelas vinculadas a manifestações
àquelas vinculadas a manifestações
artísticas, produções culturais,
CAMPO DE artísticas, produções culturais, Reconhecer o texto como lugar de manifes-
6º; 7º; Apreciação e intervenções urbanas e práticas
ATUAÇÃO NA VIDA Leitura intervenções urbanas e práticas tação e negociação de sentidos, valores e
8º; 9º réplica próprias das culturas juvenis que
PÚBLICA próprias das culturas juvenis que ideologias.
pretendam denunciar, expor uma
pretendam denunciar, expor uma
problemática ou “convocar” para
problemática ou “convocar” para
uma reflexão/ação, relacionando esse
uma reflexão/ação, relacionando
texto/produção com seu contexto de
esse texto/produção com seu
produção e relacionando as partes e
contexto de produção e
semioses presentes para a
relacionan- do as partes e
construção de sentidos.
semioses presentes para a
construção de sentidos.
(EF69LP25) Posicionar-se de
Posicionamento, de forma consistente
forma consistente e sustentada
e sustentada em uma discussão, de
em uma discussão, assembleia,
assembleia, reuniões de colegiados Ler, escutar e produzir textos orais, escritos
reuniões de colegiados da escola,
da escola, de agremiações e de e multissemióticos que circulam em
de agremiações e outras situações
CAMPO DE outras situações de apresentação de diferentes campos de atuação e mídias,
6º; 7º; de apresentação de propostas e
ATUAÇÃO NA VIDA Oralidade Discussão oral propos- tas e defesas de opiniões, (EF08GE10) com compreen- são, fluência, autonomia e
8º; 9º defesas de opiniões, respeitando
PÚBLICA respeitando as opiniões contrárias e criticidade de modo a se expressar e
as opiniões contrárias e propostas
propostas alternativas e partilhar informações, experiências, ideias e
alternativas e fundamentando
fundamentando seus sentimentos e continuar aprendendo.
seus posicionamentos, no tempo
posicionamentos, no tempo de fala
de fala previsto, valendo de
previsto, valendo-se de sínteses e
sínteses e propostas claras e
propostas claras e justificadas.
justificadas.
ETA
PAS
(EF69LP26) Tomar nota em discus-
DE Anotação de observações feitas
sões, debates, palestras, apresenta-
EN durante discussões, debates,
ção de propostas, reuniões, como Ler, escutar e produzir textos orais, escritos
palestras, apresentação de
SIN forma de documentar o evento e e multissemióticos que circulam em
propostas, reuniões, como forma de
O CAMPO DE apoiar a própria fala (que pode diferentes campos de atuação e mídias,
6º; 7º; documentar o evento e apoiar a
ATUAÇÃO NA VIDA Oralidade Registro se dar no momento do evento (EF08GE10) com compreen- são, fluência, autonomia e
8º; 9º própria fala (que pode se dar no
PÚBLICA ou posteriormente, quando, por criticidade de modo a se expressar e
momento do evento ou poste-
26 exemplo, for necessária a retomada partilhar informações, experiências, ideias e
riormente, quando, por exemplo, for
3 dos assuntos tratados em outros sentimentos e continuar aprendendo.
necessária a retomada dos assuntos
contextos públicos, como diante
tratados em outros contextos
dos representados).
públicos, como diante dos
representados).
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4 RELAÇÃO
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ANO HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
ATUAÇÃO LINGUAGEM CONHECIMENTO ESPECÍFICOS PRÓPRIO COMPONENTES
PA COMPONENTE
RT
E
(EF69LP27) Analisar a forma
IV
Análise da forma composicional de composicional de textos
textos pertencentes a gêneros pertencen- tes a gêneros
norma- tivos/ jurídicos e de gêneros normativos/ jurídicos e a gêneros
da esfera política, tais como da esfera política,
propostas, progra- mas políticos tais como propostas, programas
(posicionamento quanto a diferentes políticos (posicionamento quanto
Apropriar-se da linguagem escrita, reco-
ações a serem propostas, objetivos, a diferentes ações a serem
nhecendo-a como forma de interação nos
ações previstas etc.), propaganda propostas, objetivos, ações
Análise de textos diferentes campos de atuação da vida social e
CAMPO DE política (propostas e sua sustentação, previstas etc.), propaganda
6º; 7º; Análise linguísti- legais/normativos, utilizando-a para ampliar suas possibilidades
ATUAÇÃO NA VIDA posicionamento quanto a temas em política (propostas e sua
8º; 9º ca/semiótica propositivos e de participar da cultura letrada, de construir
PÚBLICA discussão) e textos reivindi- catórios: sustentação, posicionamento
reivindicatórios conhecimentos (inclusive escolares) e se
cartas de reclamação, petição quanto a temas em discussão) e
envolver com maior autonomia e protagonismo
(proposta, suas justificativas e ações textos reivindicatórios: cartas de
na vida social.
a serem adotadas) e suas marcas reclamação, petição (proposta,
linguísticas, de forma a incrementar suas justificativas e ações a
a compreensão de textos serem adotadas) e suas marcas
pertencentes a esses gêneros e a linguís- ticas, de forma a
possibilitar a produção de textos incrementar a compreensão de
mais adequados e/ou textos pertencen- tes a esses
fundamentados quando isso for gêneros e a possibilitar a
requerido. produção de textos mais adequa-
dos e/ou fundamentados quando
isso for requerido.
ETA
PAS
DE Utilização de pistas linguísticas – tais
(EF69LP31) Utilizar pistas linguís- Apropriar-se da linguagem escrita, reco-
EN como “em primeiro/segundo/terceiro
ticas – tais como “em primeiro/ nhecendo-a como forma de interação nos
CAMPO DAS lugar”, “por outro lado”, “dito de outro
SIN segundo/terceiro lugar”, “por outro diferentes campos de atuação da vida social
6º; 7º; PRÁTICAS DE Apreciação e modo”, isto é”, “por exemplo” – para
O Leitura lado”, “dito de outro modo”, isto é”, e utilizando-a para ampliar suas
8º; 9º ESTUDO E réplica compreender a hierarquização das
“por exemplo” – para compreender possibilidades de participar da cultura
PESQUISA proposições, sintetizando o conteúdo
a hierarquização das proposições, letrada, de construir conhecimentos
dos textos com ideia de progressão e
26 sintetizando o conteúdo dos textos. (inclusive escolares) e da comunidade a
direção no texto.
5 que pertencem.
26
6 RELAÇÃO
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ANO HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
ATUAÇÃO LINGUAGEM CONHECIMENTO ESPECÍFICOS PRÓPRIO COMPONENTES
PA COMPONENTE
RT
E
(EF69LP32) Selecionar informa-
IV Estratégias e Seleção de informações e dados
ções e dados relevantes de fontes
procedimentos de relevantes de fontes diversas Apropriar-se da linguagem escrita, reco-
diversas (impressas, digitais, orais
leitura (impres- sas, digitais, orais etc.), nhecendo-a como forma de interação nos
CAMPO DAS etc.), avaliando a qualidade e a
Relação do verbal avaliando a qualidade e a utilidade diferentes campos de atuação da vida social
6º; 7º; PRÁTICAS DE utilidade dessas fontes, e organizar,
Leitura com outras dessas fontes, e organização (EF09GE07) e utilizando-a para ampliar suas
8º; 9º ESTUDO E esquematicamente, com ajuda do
semioses esquemática, com ajuda do possibilidades de participar da cultura
PESQUISA professor, as informações necessá-
Procedimentos e professor, das informações letrada, de construir conhecimentos
rias (sem excedê-las) com ou sem
gêneros de apoio à necessárias (sem excedê-las) com (inclusive escolares) e da comunidade a
apoio de ferramentas digitais, em
compreensão ou sem apoio de ferramentas que pertencem.
quadros, tabelas ou gráficos.
digitais, em quadros, tabelas ou
gráficos.
ETA
PAS Reconstrução da (EF69LP48) Interpretar, em poe-
Interpretação, em poemas, dos efeitos Envolver-se em práticas de leitura literária
DE textualidade e mas, efeitos produzidos pelo uso
produzidos pelo uso de recursos que possibilitem o desenvolvimento do
EN compreensão dos de recursos expressivos sonoros
expressivos sonoros (estrofação, senso estético para fruição, valorizando a
efeitos (estrofação, rimas, aliterações EF89LP37
SIN 6º; 7º; CAMPO ARTÍSTICO- rimas, aliterações etc.), semânticos literatura e outras manifestações artístico-
Leitura de sentidos etc.), semânticos (figuras de EF67LP38
O 8º; 9º LITERÁRIO (figuras de linguagem, por exemplo), culturais como formas de acesso às
provocados pelos linguagem, por exemplo), gráfico- EF69LP01
gráfico- espacial (distribuição da dimensões lúdicas, de imaginário e
usos de recursos espacial (distribuição da mancha
mancha gráfica no papel), imagens e encantamento, reconhecendo o potencial
linguísticos e gráfica no papel), imagens e sua
27 sua relação com o texto verbal. transformador e humanizador da experiência
multissemióticos relação com o texto verbal.
3 com a literatura.
27
4 RELAÇÃO
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ANO HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
ATUAÇÃO LINGUAGEM CONHECIMENTO ESPECÍFICOS PRÓPRIO COMPONENTES
PA COMPONENTE
RT
E
IV
(EF69LP49) Mostrar-se interessado
Demonstração de interesse e envolvi-
e envolvido pela leitura de livros de
mento pela leitura de livros de litera-
literatura e por outras produções
tura e por outras produções culturais Envolver-se em práticas de leitura literária
culturais do campo e receptivo
do campo e receptivo a textos que que possibilitem o desenvolvimento do
a textos que rompam com seu
rompam com seu universo de expec- senso estético para fruição, valorizando a
universo de expectativas, que re-
6º; 7º; CAMPO ARTÍSTICO- Adesão às práticas tativas, que representem um desafio literatura e outras manifestações artístico-
Leitura presentem um desafio em relação
8º; 9º LITERÁRIO de leitura em relação às suas possibilidades culturais como formas de acesso às
às suas possibilidades atuais e
atuais e suas experiências anteriores dimensões lúdicas, de imaginário e
suas experiências anteriores de
de leitura, apoiando-se nas marcas encantamento, reconhecendo o potencial
leitura, apoiando-se nas marcas
linguísticas, em seu conhecimento transformador e humanizadora da
linguísti- cas, em seu
sobre os gêneros e a temática e nas experiência com a literatura
conhecimento sobre os gêneros e
orientações dadas pelo professor.
a temática e nas orienta- ções
dadas pelo professor.
ETA
PAS
DE
EN
SIN
O
27
5
27
6 RELAÇÃO
CAMPOS DE PRÁTICAS DE OBJETOS DE OBJETOS DENTRO DO RELAÇÃO ENTRE
ANO HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
ATUAÇÃO LINGUAGEM CONHECIMENTO ESPECÍFICOS PRÓPRIO COMPONENTES
PA COMPONENTE
RT
E
IV (EF69LP53) Ler em voz alta textos
literários diversos – como contos
Leitura, em voz alta, de textos
de amor, de humor, de suspense,
literários diversos – como contos de
de terror; crônicas líricas, humo-
amor, de humor, de suspense, de
rísticas, críticas; bem como leituras
terror; crônicas líricas, humorísticas,
orais capituladas (compartilhadas
críticas; bem como leituras orais
ou não com o professor) de
capituladas (compartilhadas ou não
livros de maior extensão, como
com o professor) de livros de maior
romances, narrativas de enigma,
extensão, como romances,
narrativas de aventura, literatura
narrativas de enigma, narrativas de
infantojuvenil, – contar/recontar
aventura, literatura infantojuvenil, –
histórias tanto da tradição oral
contar/re- contar histórias tanto da
(causos, contos de esperteza,
tradição oral (causos, contos de
contos de animais, contos de amor,
esperteza, contos de animais, contos
contos de encantamento, piadas,
de amor, contos de encantamento,
dentre outros) quanto da tradição
piadas, dentre outros) quanto da
literária escrita, expressando a
tradição literária escrita, expressando
compreensão e interpretação do
a compreensão e inter- pretação do
texto por meio de uma leitura
texto por meio de uma leitura ou fala Envolver-se em práticas de leitura literária
ou fala expressiva e fluente, que
expressiva e fluente, que respeite o que possibilitem o desenvolvimento do
respeite o ritmo, as pausas, as
ritmo, as pausas, as hesitações, a senso estético para fruição, valorizando a
Produção de textos hesitações, a entonação indicados
6º; 7º; CAMPO ARTÍSTICO- entonação indicados tanto pela literatura e outras manifestações artístico-
Oralidade orais tanto pela pontuação quanto por
8º; 9º LITERÁRIO pontuação quanto por outros culturais como formas de acesso às
Oralização outros recursos gráfico-editoriais,
recursos gráfico-editoriais, como dimensões lúdicas, de imaginário e
como negritos, itálicos, caixa-
negritos, itálicos, caixa-alta, encantamento, reconhecendo o potencial
alta, ilustrações etc., gravando
ilustrações etc., gravando essa transformador e humanizador da experiência
essa leitura ou esse
leitura ou esse conto/reconto, seja com a literatura.
conto/reconto, seja para análise
para análise posterior, seja para
posterior, seja para produção de
produção de audiobooks de textos
audiobooks de textos literários
literários diversos ou de podcasts de
diversos ou de podcasts de
leituras dramáticas com ou sem
leituras dramáticas com ou sem
efeitos especiais e ler e/ou declamar
efeitos especiais e ler e/ou
poemas diversos, tanto de forma
declamar poemas diversos, tanto
livre quanto de forma fixa (como
de forma livre quanto de forma
quadras, sonetos, liras, haicais etc.),
fixa (como quadras, sonetos,
empregando os recursos linguísticos,
liras,
paralinguísticos e cinésicos
haicais etc.), empregando os recur-
necessários aos efeitos de sentido sos linguísticos, paralinguísticos e
pretendidos, como o ritmo e cinésicos necessários aos efeitos
a entonação, o emprego de pausas
de sentido pretendidos, como o
e prolongamentos, o tom e o timbre
ritmo e a entonação, o emprego
vocais, bem como eventuais recursos
de pausas e prolongamentos, o
de gestualidade e pantomima que
tom e o timbre vocais, bem como
convenham ao gênero poético e à
eventuais recursos de gestualidade
situação de compartilhamento em
e pantomima que convenham ao
questão.
gênero poético e à situação de
compartilhamento em questão.
RELAÇÃO
CAMPOS DE PRÁTICAS DE OBJETOS DE OBJETOS DENTRO DO RELAÇÃO ENTRE
ANO HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
ATUAÇÃO LINGUAGEM CONHECIMENTO ESPECÍFICOS PRÓPRIO COMPONENTES
COMPONENTE
Uso consciente e reflexivo de (EF69LP56) Fazer uso Compreender a língua como um fenômeno
TODOS OS regras e normas da norma-padrão consciente e reflexivo de regras cultural, histórico, social, variável, heterogêneo
6º; 7º; Análise linguísti-
CAMPOS DE Variação linguística em situações de fala e escrita nas e normas da norma-padrão em e sensível aos contextos de uso reconhecendo-
8º; 9º ca/semiótica
ATUAÇÃO quais ela deve ser usada em situações de fala e escrita nas -a como meio de construção de identidades
situações de fala e escrita. quais ela deve ser usada. de seus usuários e da comunidade a que
pertence.
Distinção dos
Reconstrução
do contexto
(EF07LP01) Distinguir diferentes
de produção, Distinção das diferentes propostas
propostas editoriais – sensaciona-
circulação e editoriais – sensacionalismo, jorna-
lismo, jornalismo investigativo etc.
CAMPO recepção de lismo investigativo etc. –, de forma a Reconhecer o texto como lugar de manifes-
–, de forma a identificar os recur-
7º JORNALÍSTICO/ Leitura textos identificar os recursos utilizados para tação e negociação de sentidos, valores e
sos utilizados para impactar/chocar
MIDIÁTICO Caracterização do impactar/chocar o leitor que podem ideologias.
o leitor que podem comprometer
campo comprometer uma análise crítica da
uma análise crítica da notícia e do
jornalístico e notícia e do fato noticiado.
fato noticiado.
relação entre
os gêneros em
circulação, mídias e
práticas da cultura
digital
Reconstrução
do contexto
de produção, (EF07LP02) Comparar notícias e
Comparação de notícias e reportagens
circulação e reportagens sobre um mesmo
sobre um mesmo fato divulgadas
recepção de fato divulgadas em diferentes
CAMPO em diferentes mídias, analisando as Reconhecer o texto como lugar de manifes-
textos mídias, analisando as
7º JORNALÍSTICO/ Leitura especificidades das mídias, os proces- tação e negociação de sentidos, valores e
Caracterização do especificidades
MIDIÁTICO sos de (re)elaboração dos textos e a ideologias.
campo das mídias, os processos de
convergência das mídias em
jornalístico e (re) elaboração dos textos e a
notícias ou reportagens
relação entre conver- gência das mídias em
multissemióticas.
os gêneros em notícias ou reportagens
circulação, mídias e multissemióticas.
práticas da cultura
digital
RELAÇÃO
CAMPOS DE PRÁTICAS DE OBJETOS DE OBJETOS DENTRO DO RELAÇÃO ENTRE
ANO HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
ATUAÇÃO LINGUAGEM CONHECIMENTO ESPECÍFICOS PRÓPRIO COMPONENTES
COMPONENTE
ETA
PAS
Apropriar-se da linguagem escrita, reco-
DE nhecendo-a como forma de interação nos
EN Emprego de regras básicas de (EF07LP06) Empregar as regras diferentes campos de atuação na vida social e
TODOS OS
SIN Análise linguísti- concor- dância nominal e verbal em básicas de concordância nominal utilizando-a para ampliar suas possibilidades
7º CAMPOS DE Morfossintaxe
O ca/semiótica situações comunicativas e na e verbal em situações de participar da cultura letrada de construir
ATUAÇÃO
produção de textos. comunicativas e na produção de conhecimentos (inclusive escolares), e de se
textos. envolver com maior autonomia e protagonismo
27 na vida social.
9
28
0 RELAÇÃO
CAMPOS DE PRÁTICAS DE OBJETOS DE OBJETOS DENTRO DO RELAÇÃO ENTRE
ANO HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
ATUAÇÃO LINGUAGEM CONHECIMENTO ESPECÍFICOS PRÓPRIO COMPONENTES
PA COMPONENTE
RT
E
IV
Identificação, em textos lidos ou (EF07LP11) Identificar, em textos Apropriar-se da linguagem escrita, reco-
de produção própria, de períodos lidos ou de produção própria, nhecendo-a como forma de interação nos
compostos nos quais duas orações períodos compostos nos quais duas diferentes campos de atuação na vida social e
TODOS OS Introduz e
Análise linguísti- são conectadas por vírgula, ou orações são conectadas por vírgula, utilizando-a para ampliar suas possibilidades
7º CAMPOS DE Morfossintaxe consolida no 7
ca/semiótica por ou por conjunções que expressem de participar da cultura letrada de construir
ATUAÇÃO º ano
conjunções que expressem soma de soma de sentido (conjunção “e”) ou conhecimentos (inclusive escolares), e de se
sentido (conjunção “e”) ou oposição oposição de sentidos (conjunções envolver com maior autonomia e protagonismo
de sentidos (conjunções “mas”, “mas”, “porém”). na vida social.
“porém”).
Estabelecimento de relações entre (EF07LP13) Estabelecer relações Apropriar-se da linguagem escrita, reco-
partes do texto, identificando subs- entre partes do texto, identifi- nhecendo-a como forma de interação nos
tituições lexicais (de substantivos cando substituições lexicais (de diferentes campos de atuação na vida social e
TODOS OS
Análise linguísti- por sinônimos) ou pronominais (uso substantivos por sinônimos) ou utilizando-a para ampliar suas possibilidades
7º CAMPOS DE Coesão
ca/semiótica de pronomes anafóricos – pessoais, pronominais (uso de pronomes de participar da cultura letrada de construir
ATUAÇÃO
possessivos, demonstrativos), que anafóricos – pessoais, possessivos, conhecimentos (inclusive escolares), e de se
contribuem para a continuidade do demonstrativos), que contribuem envolver com maior autonomia e protagonismo
texto. para a continuidade do texto. na vida social.
Reconstrução
ETA do contexto
(EF08LP01) Identificar e
PAS de produção, Identificação e comparação de várias
comparar as várias editorias de
circulação e editorias de jornais impressos e digi-
DE jornais impressos e digitais e de
recepção de tais e de sites noticiosos, de forma a
EN CAMPO sites noticiosos, de forma a refletir Reconhecer o texto como lugar de manifes-
textos refletir sobre os tipos de fato que são
SIN 8º JORNALÍSTICO/ Leitura sobre os tipos de fato que são tação e negociação de sentidos, valores e
Caracterização do noticiados e comentados, das escolhas
MIDIÁTICO noticiados e comentados, as ideologias.
O campo sobre o que noticiar e o que não
escolhas sobre o que noticiar e o
jornalístico e noticiar e do destaque/enfoque dado
que não noticiar
relação entre e a fidedignidade da informação.
28 e o destaque/enfoque dado e a
os gêneros em
fidedignidade da informação.
1 circulação, mídias e
práticas da cultura
digital
28
2 RELAÇÃO
CAMPOS DE PRÁTICAS DE OBJETOS DE OBJETOS DENTRO DO RELAÇÃO ENTRE
ANO HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
ATUAÇÃO LINGUAGEM CONHECIMENTO ESPECÍFICOS PRÓPRIO COMPONENTES
PA COMPONENTE
RT
E
(EF08LP02) Justificar diferenças ou
IV Justificativa de diferenças ou seme-
semelhanças no tratamento dado a
CAMPO lhanças no tratamento dado a uma Reconhecer o texto como lugar de manifes-
Relação entre uma mesma informação veiculada
8º JORNALÍSTICO/ Leitura mesma informação veiculada em (EF09ER05) tação e negociação de sentidos, valores e
textos em textos diferentes, consultando
MIDIÁTICO textos diferentes, consultando sites e ideologias.
sites e serviços de checadores
serviços de checadores de fatos.
de fatos.
Reconstrução
do contexto
de produção, (EF89LP01) Analisar os interesses
Análise dos interesses que movem
circulação e que movem o campo jornalístico, Analisar informações, argumentos e
o campo jornalístico, dos efeitos
recepção de os efeitos das novas tecnologias opiniões manifestados em interações
CAMPO das novas tecnologias no campo e
textos no campo e as condições que sociais e nos meios de comunicação,
8º, 9º JORNALÍSTICO/ Leitura das condições que fazem da (EF09GE08)
Caracterização do fazem da informação uma posicionando-se ética e criticamente em
MIDIÁTICO informação uma mercadoria, de
campo mercadoria, de forma a poder relação a conteúdos discriminatórios que
forma a poder
jornalístico e desenvolver uma atitude crítica ferem direitos humanos e ambientais.
desenvolver uma atitude crítica frente
relação entre frente aos textos jornalísticos.
aos textos jornalísticos.
os gêneros em
circulação, mídias e
práticas da cultura
digital
Reconstrução
do contexto
(EF89LP02) Analisar diferentes prá-
de produção, Análise de diferentes práticas
ticas (curtir, compartilhar, comentar,
circulação e (curtir, compartilhar, comentar, Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes
curar etc.) e textos pertencentes a
recepção de curar etc.) e de textos linguagens, mídias e ferramentas digitais
CAMPO diferentes gêneros da cultura digi-
textos pertencentes a diferentes gêneros para expandir as formas de produzir sentidos
8º, 9º JORNALÍSTICO/ Leitura tal (meme, gif, comentário, charge (EF09GE08)
Caracterização do da cultura digital (meme, gif, (nos processos de compreensão e produção),
MIDIÁTICO digital etc.) envolvidos no trato com
campo comentário, charge digital etc.) aprender e refletir sobre o mundo e realizar
a informação e opinião, de forma
jornalístico e envolvidos no trato com a diferentes projetos autorais.
a possibilitar uma presença mais
relação entre informação e opinião, de forma a
crítica e ética nas redes.
os gêneros em possibilitar uma presença mais
circulação, mídias e crítica e ética nas redes.
práticas da cultura
digital
28
9
29
0 RELAÇÃO
CAMPOS DE PRÁTICAS DE OBJETOS DE OBJETOS DENTRO DO RELAÇÃO ENTRE
ANO HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
ATUAÇÃO LINGUAGEM CONHECIMENTO ESPECÍFICOS PRÓPRIO COMPONENTES
PA COMPONENTE
RT
E
IV
(EF89LP13) Planejar entrevistas
Planejamento de entrevistas orais orais com pessoas ligadas ao
com pessoas ligadas ao fato fato noticiado, especialistas etc.,
noticiado, especialistas etc., como como forma de obter dados e
forma de obter dados e informações informa- ções sobre os fatos
sobre cobertos sobre o tema ou
os fatos cobertos, sobre o tema ou questão discutida ou temáticas
questão discutida ou temáticas em em estudo, levando em conta o
estudo, levando em conta o gênero gênero e seu contexto
e seu contexto de produção, de produção, partindo do levan-
Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e
partindo do levantamento de tamento de informações sobre o
Estratégias multissemióticos que circulam em diferentes
informações sobre o entrevistado e entrevistado e sobre a temática e
CAMPO de produção: campos de atuação e mídias, com compreen-
sobre a temática e da elaboração da elaboração de um roteiro de
8º, 9º JORNALÍSTICO/ Oralidade planejamento, são, autonomia, fluência e criticidade, de
de um roteiro de perguntas, perguntas, garantindo a relevância
MIDIÁTICO realização e edição modo a se expressar e partilhar informações,
garantindo a relevância das das informações mantidas e a
de entrevistas orais experiências, ideias e sentimentos, e continuar
informações mantidas e a continuidade temática, realizar
aprendendo.
continuidade temática, realização entrevista e fazer edição em áudio
de entrevista e produção de edição ou vídeo, incluindo uma contex-
em áudio ou vídeo, incluindo uma tualização inicial e uma fala de
contextualização inicial e uma fala encerramento para publicação da
de encerramento para publicação entrevista isoladamente ou como
da entrevista isoladamente ou como parte integrante de reportagem
parte integrante de reportagem multimidiática, adequando-a a seu
multimidiática, adequando-a a seu contexto de publicação e garantin-
contexto de publicação e garantindo do a relevância das informações
a relevância das informações mantidas e a continuidade
mantidas e a continuidade temática. temática.
“Arte não é adorno, palavra não é absoluta, som não é ruído, e as imagens falam” (BOAL, Au-
gusto, 2009).
ETAPAS DE ENSINO
301
desejos e representações em processos, acontecimentos e produções artísticas individuais ou
coletivas. Essa dimensão trata do apreender o que está em jogo durante o fazer artístico,
processo permeado por tomadas de decisão, entraves, desafios, conflitos, negociações e
inquietações.
ETAPAS DE ENSINO
303
da/do docente - de acordo com a sua linguagem artística de formação - explorar as relações e arti-
culações entre as diferentes linguagens e suas práticas.
As linguagens artísticas articulam saberes referentes a produtos e fenômenos artísticos e envolvem
as práticas de criar, ler, produzir, construir, exteriorizar e refletir sobre formas artísticas. A sensibilidade, a
intuição, o pensamento, as emoções e as subjetividades se manifestam como formas de expressão no
processo de aprendizagem em Arte.
Organizamos o componente curricular Arte de modo a contribuir para a interação sensível, criativa,
reflexiva e crítica das/dos estudantes. Ressaltamos o respeito às diferenças e ao diálogo intercultural
(quando propomos que os saberes produzidos nas aulas advenham do cotidiano das estudantes e
dos estudantes em paralelo com conhecimentos propostos pelas e pelos docentes), pluriétnico
(quando relacionamos os conteúdos artísticos, os saberes advindos de suas comunidades - e como
estamos no Brasil - quilombolas e indígenas) e plurilíngue (sensível à alteridade, estamos abertos a
diversos co- nhecimentos, maneiras e formas linguísticas), importantes para o exercício da cidadania.
Para o DCRC, assumimos o posicionamento da BNCC (BRASIL, 2017), quanto à compreensão das
manifestações se- gundo o qual “as manifestações artísticas não são reduzidas às produções
legitimadas pelas instituições culturais e veiculadas pela mídia, nem como mera aquisição de códigos
e técnicas”.
Entendemos, portanto, que o ensino da Arte, em suas múltiplas linguagens, possibilita diversas
trocas artísticas entre as estudantes e os estudantes que, imersos em arte, criam novas cadências, tra-
ços, personagens e movimentos entre si, em composição coletiva e ativa. Ao estabelecer tais vínculos,
elaboram-se processos de autoconhecimento e de conhecimento do outro. Ao dirimir preconceitos,
chegamos ao conceito construído em partilha.
A aprendizagem de/em Arte precisa alcançar a experiência e a vivência artísticas como prática
social das estudantes e dos estudantes cearenses, ao permitir que estas e estes sejam protagonistas,
criadoras e criadores e pertencentes a um tempo histórico. Isso convoca a participação política e
social, em contato com as diferentes etnias, credos, sexualidades e com vistas a uma sociedade
inclusiva.
ETAPAS DE ENSINO
305
30
6
UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO DENTRO DO RELAÇÃO ENTRE COMPETÊNCIAS
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES
TEMÁTICAS CONHECIMENTO PRÓPRIO COMPONENTE COMPONENTES ESPECÍFICAS
PA
RT
E
IV (EF01HI01)
(EF01HI02)
(EF01HI03) Explorar, conhecer, fruir e
(EF02HI05) analisar criticamente práticas e
(EF02HI09) produções artísticas e culturais
• Identificação e apreciação de formas distintas das (EF15AR01) Identificar e (EF12LP02) do seu entorno social, dos
artes visuais tradicionais e contemporâneas em meios apreciar formas distintas (EF01MA14) povos indígenas, das comuni-
virtuais e presenciais; das artes visuais (EF02MA15) dades tradicionais brasileiras
1º; 2º; 3º;
Artes visuais Contextos e práticas • Experiências do cultivo da percepção do seu entorno no tradicionais e (EF04MA21) e de diversas sociedades, em
4º; 5º (EF15AR03)
meio em que vive, do imaginário, da capacidade de sim- contemporâneas, cultivando (EF02GE09) distintos tempos e espaços,
bolizar e do repertório imagético na paisagem do meio a percepção, o imaginário, (EF01ER01) para reconhecer a arte como
que habita e nas obras de artistas locais e dos demais a capacidade de simbolizar (EF01ER05) um fenômeno cultural,
territórios brasileiros e do mundo. e o repertório imagético. (EF02ER03) histórico, social e sensível a
(EF02ER04) diferentes contextos e dialogar
(EF03ER05) com as diversidades.
(EF04ER05)
(EF01CI07CE)
(EF02CI01)
• Exploração dos elementos da composição das artes (EF01CI07)
visuais: ponto, linha, forma, cor (cor luz, cor pigmento, (EF15AR02) Explorar e reco- (EF04CI01)
cores primá- rias, cores secundárias, cores terciárias, nhecer elementos constitutivos (EF09CI04) Mobilizar recursos tecnológi-
1º; 2º; 3º; Elementos da
Artes visuais contrastes, nuances, cores complementares), luz, espaço, das artes visuais (ponto, linha, (EF15AR04) (EF01HI01) cos como formas de
4º; 5º linguagem
movimento etc.; forma, cor, espaço, movimento (EF01MA14) registro, pesquisa e criação
• Uso de elementos constitutivos da composição em artes etc.). (EF01MA09) artística.
visuais a partir do repertórios adquiridos nas obras de (EF02MA15)
artistas locais, do Brasil e do mundo. (EF04MA19)
(EF05GE08)
(EF01HI04)
(EF02HI05)
(EF02HI09)
Pesquisar e conhecer distintas
(EF12LP16)
• Reconhecimento e análise de matrizes estéticas e matrizes estéticas e culturais
(EF15AR03) Reconhecer e ana- (EF12LP18)
culturais das artes visuais nas manifestações artísticas – especialmente aquelas mani-
lisar a influência de distintas (EF12LP19)
das culturas locais, regionais e nacionais. festas na arte e nas culturas
1º; 2º; 3º; Matrizes estéticas e matrizes estéticas e culturais (EF15LP01)
Artes visuais • Pesquisa das diversidades de matrizes estéticas (EF15AR07) que constituem a identidade
4º; 5º culturais das artes visuais nas manifes- (EF02GE02)
existentes na cultura visual do local que habita. brasileira –, sua tradição e ma-
tações artísticas das culturas (EF03GE01)
• Identificação e comparação das matrizes estéticas da nifestações contemporâneas,
locais, regionais e nacionais. (EF01ER05)
cultura local e da cultura local com outras regiões reelaborando-as nas criações
(EF02ER02)
brasileiras. em Arte.
(EF02ER04)
(EF03ER05)
(EF04ER05)
UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO DENTRO DO RELAÇÃO ENTRE COMPETÊNCIAS
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES
TEMÁTICAS CONHECIMENTO PRÓPRIO COMPONENTE COMPONENTES ESPECÍFICAS
(EF01CI01)
(EF01CI05) Explorar, conhecer, fruir e
(EF02HI09) analisar criticamente práticas e
(EF15AR04) Experimentar
(EF15LP01) produções artísticas e culturais
• Experimento através do desenho, pintura, colagem, qua- diferentes formas de expressão
(EF03MA12) do seu entorno social, dos
drinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, artística (desenho, pintura,
(EF03MA14) povos indígenas, das comuni-
fotografia etc.; colagem, quadrinhos, dobra-
(EF03MA16) dades tradicionais brasileiras
1º; 2º; 3º; • Pesquisa de materiais diversos; materiais sustentáveis dura, escultura, modelagem,
Artes visuais Materialidades (EF15AR05) (EF04MA16) e de diversas sociedades, em
4º; 5º (pigmentos naturais e artificiais e suportes industrializados instalação, vídeo, fotografia
(EF05MA16) distintos tempos e espaços,
e sustentáveis), pesquisa e uso de instrumentos etc.), fazendo uso sustentável
(EF05MA17) para reconhecer a arte como
diversificados; de materiais, instrumentos,
(EF01GE06) um fenômeno cultural,
• Utilização de recursos e técnicas convencionais e recursos e técnicas convencio-
(EF02GE08) histórico, social e sensível a
não convencionais. nais e não convencionais.
(EF02GE09) diferentes contextos e dialogar
(EF05GE08) com as diversidades.
(EF01ER03)
(EF01CI02)
(EF01CI03)
(EF01CI08CE)
(EF02CI04)
• Criação em artes visuais de modo individual, coletivo (EF15AR05) Experimentar
(EF01HI04) Experienciar a ludicidade, a
e colaborativo explorando suportes de tamanhos a criação em artes
(EF02HI05) percepção, a expressividade e
1º; 2º; 3º; variados e materiais diversos. visuais
Artes visuais Processos de criação (EF15AR06) (EF02HI09) a imaginação,
4º; 5º • Exploração de diferentes espaços da escola e da de modo individual,
(EF03MA12) ressigniflcando espaços da
comuni- dade como campos potentes para a criação e coletivo e colaborativo,
(EF04MA16) escola e de fora dela no
intervenções artísticas. explorando âmbito da Arte.
(EF01GE03)
diferentes espaços da escola e
(EF02GE09)
da comunidade.
(EF02ER01)
(EF02ER03)
PA
RT
E
IV
PA
RT Explorar, conhecer, fruir e
E analisar criticamente práticas e
(EF15AR11) Criar e improvisar produções artísticas e culturais
IV • Brincadeiras por meio de jogos de improvisação com
movimentos dançados de (EF01HI05) do seu entorno social, dos
base nos elementos da dança trabalhados no
modo individual, coletivo e (EF01HI08) povos indígenas, das comuni-
desenvolvimento de composição em dança;
colaborativo, considerando os (EF12EF01) dades tradicionais brasileiras
1º; 2º; 3º; • Pesquisa de movimentos por repetição (de gestos ou (EF15AR09)
Dança Processos de criação aspectos estruturais, dinâmicos (EF35EF07) e de diversas sociedades, em
4º; 5º repertórios), improvisação (livre ou dirigida) e (EF15AR10)
e expressivos dos elementos (EF35EF09) distintos tempos e espaços,
composição (em tempo real ou sequência definida de
constitutivos do movimento, (EF35EF10) para reconhecer a arte como
gestos);
com base nos códigos de (EF01ER03) um fenômeno cultural,
• Conhecimento e experimentação de projetos poéticos
dança. histórico, social e sensível a
de artistas da dança.
diferentes contextos e dialogar
com as diversidades.
ETA
• Experimentação consciente de improvisações, composições
PAS (EF15AR17) Experimentar
e sonorização de histórias, entre outros, utilizando vozes,
DE improvisações, composições e
sons corporais e/ou instrumentos musicais convencionais
EN sonorização de histórias, entre (EF15LP01) Desenvolver a autonomia, a
ou não convencionais, de modo individual, coletivo e
1º; 2º; 3º; outros, utilizando vozes, sons (EF03HI03) crítica, a autoria e o trabalho
SIN Música Processos de criação colaborativo e reflexão acerca do processo realizado (EF15AR15)
4º; 5º corporais e/ou instrumentos (EF01ER01) coletivo e colaborativo nas
O relacionando com os elementos constitutivos do som e da
musicais convencionais ou não (EF01ER03) artes.
música (altura, inten- sidade, densidade, timbre, duração,
convencionais, de modo indivi-
nota, escalas, melodia, acordes, tonalidades, harmonia,
dual, coletivo e colaborativo.
31 pulso, andamento, ritmo, compasso, entre outros).
1
31
2 ANO
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES
RELAÇÃO DENTRO DO RELAÇÃO ENTRE COMPETÊNCIAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO PRÓPRIO COMPONENTE COMPONENTES ESPECÍFICAS
PA
RT
E
IV • Observação e pesquisa da teatralidade das
manifestações artísticas populares locais como bois,
maracatus, reisados etc.;
(EF01HI05) Explorar, conhecer, fruir e
• Uso de brincadeiras indígenas, quilombolas e do
(EF02HI06) analisar criticamente práticas e
campo cearenses: Aonde está o fogo?; Apreciação de
(EF15AR18) Reconhecer e (EF12EF01) produções artísticas e culturais
histórias antigas pertencentes ao imaginário das
apreciar formas distintas de (EF12EF02) do seu entorno social, dos
comunidades das/ dos estudantes;
manifestações do teatro pre- (EF01GE08) povos indígenas, das comuni-
• Experimentação de formas diversas de teatro para
sentes em diferentes contextos, (EF03GE02) dades tradicionais brasileiras
1º; 2º; 3º; contação de histórias (Exemplo: mímica, teatro de
Teatro Contextos e práticas aprendendo a ver e a ouvir (EF15AR19) (EF01ER01) e de diversas sociedades, em
4º; 5º fantoches, teatro de bonecos, teatro de sombras, etc.);
his- tórias dramatizadas e (EF01ER02) distintos tempos e espaços,
• Contação e vivência das histórias e o estimulo de
cultivan- do a percepção, o (EF01ER04) para reconhecer a arte como
experi- mentações diversas de uso do corpo, da voz, do
imaginário, a capacidade de (EF01ER05) um fenômeno cultural,
movimento corporal utilizados na problematização,
simbolizar e o repertório (EF02ER01) histórico, social e sensível a
articulação, critica
ficcional. (EF02ER03) diferentes contextos e dialogar
e transformação das relações entre teatro e o contexto
(EF02ER04) com as diversidades.
das crianças por meio dos temas transversais (relações
étnicas e raciais, gênero e sexualidade, meio ambiente,
etc.);
• Promoção de experiências de expectação a partir da
media- ção de experiências teatrais (ida a edifícios teatrais
da cidade, espaços alternativos em que haja
apresentações teatrais).
(EF03CI02)
(EF15AR21) Exercitar a (EF02HI06)
• Imitação e vivência de objetos e animais presentes imitação e o faz de conta, (EF02HI08)
nas realidades das crianças e adolescentes; ressignificando objetos e (EF12LP18)
Experienciar a ludicidade, a
• Jogos de imitação do outro e de como a criança e a(o) fatos e experimentando-se no (EF12LP19)
percepção, a expressividade e
1º; 2º; 3º; adolescente agiria se fosse o colega na elaboração de lugar do outro, ao compor e (EF15AR19) (EF01GE08)
Teatro Processos de criação a imaginação, ressignificando
4º; 5º textos cênicos autobiográficos; encenar acontecimentos (EF15AR22) (EF01ER01)
espaços da escola e de fora
• Relação das cenas miméticas com o uso de outros cênicos, por meio de (EF01ER02)
dela no âmbito da Arte.
elemen- tos (músicas, imagens, textos, etc.); músicas, imagens, textos ou (EF01ER03)
• Utilização de jogos dramáticos e do drama processo. outros pontos de partida, de (EF01ER04)
forma intencional (EF01ER05)
e reflexiva. (EF02ER01)
PA
RT (EF15AR24) Caracterizar e ex- (EF02HI01)
• Conhecimento, reconhecimento e prática da feitura e ludi- Desenvolver a autonomia, a
E perimentar brinquedos, brinca- (EF01HI05)
1º; 2º; 3º; Matrizes estéticas e cidade de brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, crítica, a autoria e o trabalho
IV Artes integradas deiras, jogos, danças, canções e (EF01LP21)
4º; 5º culturais canções e histórias de diferentes matrizes estéticas e coletivo e colaborativo nas
histórias de diferentes matrizes (EF01LP23)
culturais enquanto potencializador da cultura das infâncias artes.
estéticas e culturais. (EF01GE02)
e das juventudes.
(EF01HI08)
(EF02HI01)
(EF03HI04)
(EF02CI05) Explorar, conhecer, fruir e
(EF15AR25) Conhecer e (EF02CI06) analisar criticamente práticas e
valorizar o patrimônio cultu- (EF12LP18) produções artísticas e culturais
ral, material e imaterial, de (EF12LP19) do seu entorno social, dos
• Manipulação de brinquedos confeccionados ou não culturas diversas, em especial (EF35EF03) povos indígenas, das comuni-
pelas/ pelos próprios(as) estudantes; desenvolvimento de a brasileira, incluindo-se (EF08LI18) dades tradicionais brasileiras
1º; 2º; 3º;
Artes integradas Patrimônio cultural brincadei- ras, jogos, danças, canções e histórias de suas matrizes indígenas, (EF07GE01) e de diversas sociedades, em
4º; 5º
diferentes matrizes estéticas e culturais, em especial a africanas e europeias, de (EF06MA21) distintos tempos e espaços,
cearense, em sua elabora- ção gestual, simbólica e diferentes (EF06MA22) para reconhecer a arte como
estética. épocas, favorecendo a constru- (EF06MA23) um fenômeno cultural,
ção de vocabulário e repertório (EF01ER01) histórico, social e sensível a
relativos às diferentes lingua- (EF01ER03) diferentes contextos e dialogar
gens artísticas. (EF01ER04) com as diversidades.
(EF02ER01)
(EF02ER04)
(EF04ER05)
(EF69AR01) Pesquisar,
apreciar e analisar formas
• Acervo das artes visuais local em diferentes épocas; distintas
(EF35LP21) Pesquisar e conhecer distintas
• Conhecimento das manifestações artísticas da pré- das artes visuais tradicionais
(EF35LP22) matrizes estéticas e culturais
-história, idade antiga, moderna e contemporânea; e contemporâneas, em obras
(EF06HI02) – especialmente aquelas mani-
• Apreciação de obras de artistas cearenses, brasileiras/ de artistas brasileiros e
(EF07HI18) festas na arte e nas culturas
brasileiros e estrangeiras/estrangeiros valorizando diferentes estrangei- ros de diferentes
6º; 7º; 8º; 9º Artes visuais Contextos e práticas (EF69AR02) (EF08GE18) que constituem a identidade
estéticas culturais; épocas e em diferentes
(EF09GE02) brasileira –, sua tradição e ma-
• Análise comparativa das semelhanças e diferenças matrizes estéticas e
(EF02ER06) nifestações contemporâneas,
do contexto das obras; culturais, de modo a ampliar
(EF03ER01) reelaborando-as nas criações
• Exploração das diferentes representações das obras e a experiência com
(EF04ER05) em Arte.
do contexto imagético. diferentes contextos e
práticas artístico-
-visuais e cultivar a
percepção, o imaginário, a
capacidade
de simbolizar e o repertório
imagético.
UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO DENTRO DO RELAÇÃO ENTRE COMPETÊNCIAS
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES
TEMÁTICAS CONHECIMENTO PRÓPRIO COMPONENTE COMPONENTES ESPECÍFICAS
PA
RT (EF12LP19)
E (EF09MA17)
(EF07MA22)
IV (EF69AR05) Experimentar e
(EF08MA18)
analisar diferentes formas de
(EF09MA17)
• Experimento, expressão e análise da expressão artística expressão artística (desenho, Mobilizar recursos tecnológi-
(EF06MA22)
6º; 7º; 8º; 9º Artes visuais Materialidades em desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, pintura, colagem, quadrinhos, (EF69AR06) cos como formas de
(EF06MA23)
escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, dobradura, escultura, modela- registro, pesquisa e criação
(EF06MA28)
performance, etc. gem, instalação, vídeo, fotogra- artística.
(EF07MA21)
fia, performance etc.).
(EF07MA22)
(EF08MA18)
(EF09MA17)
(EF69AR08) Diferenciar as
Problematizar questões
• Conceitos comparativos das categorias de artista, artesã/ categorias de artista, artesão,
políticas, sociais, econômicas,
artesão, produtora/produtor cultural, curadora/curador, produtor cultural, curador,
científicas, tecnológicas e
6º; 7º; 8º; 9º Artes visuais Sistemas da linguagem designer, entre outras; designer, entre outras, esta- (EF12LP17)
culturais, por meio de exercí-
• Conhecimento das relações entre os profissionais do belecendo relações entre os
cios, produções, intervenções e
sistema das artes visuais. profissionais do sistema das
apresentações artísticas.
artes visuais.
UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO DENTRO DO RELAÇÃO ENTRE COMPETÊNCIAS
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES
TEMÁTICAS CONHECIMENTO PRÓPRIO COMPONENTE COMPONENTES ESPECÍFICAS
31
7
31
8 ANO
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES
RELAÇÃO DENTRO DO RELAÇÃO ENTRE COMPETÊNCIAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO PRÓPRIO COMPONENTE COMPONENTES ESPECÍFICAS
PA
RT • Experimentação do movimento por meio das
E diferentes técnicas e modos de dançar;
• Investigação da história da Dança por meio do estudo
IV
dos diferentes períodos que marcam a história da Dança
enten- dendo-a não como transformação de um período
Explorar, conhecer, fruir e
em outro, mas como algo que fomenta a pesquisa em
analisar criticamente práticas e
Dança.
produções artísticas e culturais
• Reconhecimento de corporeidades acessadas em contextos (EF35LP21)
(EF69AR10) Explorar elemen- do seu entorno social, dos
sócio-históricos, culturais e artísticos nos quais modos de (EF35LP22)
tos constitutivos do movimento povos indígenas, das comuni-
dançar e de viver atuais e ancestrais indígenas (EF35LP23)
cotidiano e do movimento dan- dades tradicionais brasileiras
Elementos da (ameríndios) e afrorreferenciados protagonizem práticas (EF69AR09) (EF01HI08)
6º; 7º; 8º; 9º Dança çado, abordando, criticamente, e de diversas sociedades, em
linguagem de dança a serem experimentadas pelas/pelos estudantes; (EF69AR11) (EF89EF13)
o desenvolvimento das formas distintos tempos e espaços,
• Investigação prática e teórica de elementos (planos, níveis (EF69AR12) (EF08GE18)
da dança em sua história tradi- para reconhecer a arte como
espaciais, eixos, qualidades de movimento etc.) envolvidos nas (EF09GE02)
cional e contemporânea. um fenômeno cultural,
composições das mais diversas danças, podendo tal estudo (EF09GE03)
histórico, social e sensível a
se dar por meio de diferentes abordagens e técnicas de
diferentes contextos e dialogar
dança;
com as diversidades.
• Realização de pesquisas corporais de movimento
motivadas por um pensamento contemporâneo em dança,
que reverbera de diversos movimentos históricos da dança
no século XX, inclusive no Brasil, ganhando, a cada dia,
novos contornos e camadas e que acolhem todos os tipos
de corpos, com suas restrições, potências e suas
possibilidades de se inventar em e com dança.
PA
RT • Exploração dos elementos compositivos da cena em
Explorar, conhecer, fruir e
E dança (figurino, iluminação, maquiagem, cenário,
analisar criticamente práticas e
sono- plastia etc.) e de espaços de apresentações em
IV produções artísticas e culturais
dança;
do seu entorno social, dos
• Escolhas estéticas: Análise de obras e discussão
povos indígenas, das comuni-
sobre escolhas estéticas; (EF69AR14) Analisar e expe-
dades tradicionais brasileiras
• Realização de estudos e vivências com foco nas rimentar diferentes elementos
e de diversas sociedades, em
relações do corpo na/com a cena e seus elementos (figurino, iluminação, cenário, (EF02LP26)
distintos tempos e espaços,
constituti- trilha sonora etc.) e espaços (EF35LP22)
6º; 7º; 8º; 9º Dança Processos de criação (EF69AR13) para reconhecer a arte como
vos, trabalhando a partir de procedimentos e (convencionais e não con- (EF35LP23)
um fenômeno cultural,
conceitos presentes em diferentes domínios da vencionais) para composição (EF89EF15)
histórico, social e sensível a
criação artística; cênica e apresentação coreo-
diferentes contextos e dia-
• Ênfase em composições coletivas em dança; gráfica.
logar com as diversidades.
• Desenvolvimento de projeto de dança coletivo que
Desenvolver a autonomia, a
articule elementos, espaços (inclusive ambientes virtuais),
crítica, a autoria e o trabalho
fazeres ligados a outros campos da área de Artes
coletivo e colaborativo nas
(Música, Artes visuais, Teatro, Audiovisual etc., visando o
artes.
uso criativo de materiais para elaboração de figurinos,
iluminação, cenário, trilha sonora, registro videográfico
para diferentes fins, entre outros), fortalecendo práticas
colaborativas entre diferentes agentes da escola.
• Realização de estudos e práticas com ênfase nas (EF69AR15) Discutir as expe- (EF35LP22)
rela- ções do corpo na/com a cena, a sociedade, as riências pessoais e coletivas (EF01HI04) Desenvolver a autonomia, a
culturas, dando a ver a dimensão política do corpo em dança vivenciadas na (EF01HI04) crítica, a autoria e o trabalho
6º; 7º; 8º; 9º Dança Processos de criação (EF69AR09)
em dança; escola e em outros contextos, (EF07GE01) coletivo e colaborativo nas
• Partilha de saberes sensíveis com/em/sobre Dança: Avalia- problematizando estereótipos e (EF08GE10) artes.
ção das aulas vividas pelas/pelos estudantes e reflexão preconceitos. (EF03ER01)
sobre os processos de criação desenvolvidos.
PA
RT
E Explorar, conhecer, fruir e
IV analisar criticamente práticas e
• Análise de fontes e materiais sonoros em práticas de produções artísticas e culturais
composição/criação, execução e apreciação musical, reco- (EF69AR21) Explorar e analisar do seu entorno social, dos
nhecendo timbres e características de instrumentos fontes e materiais sonoros povos indígenas, das comuni-
musicais diversos, dialogando com as mais diversas em práticas de composição/ (EF12LP18) dades tradicionais brasileiras
6º; 7º; 8º; 9º Música Materialidades notações musicais convencional e não convencional e criação, execução e apreciação (EF69AR20) (EF12LP19) e de diversas sociedades, em
relacionando com os ele- mentos constitutivos do som e da musical, reconhecendo timbres (EF15LP01) distintos tempos e espaços,
música (altura, intensidade, densidade, timbre, duração, e características de instrumen- para reconhecer a arte como
nota, escalas, melodia, acordes, tonalidades, harmonia, tos musicais diversos. um fenômeno cultural,
pulso, andamento, ritmo, compasso, entre outros). histórico, social e sensível a
diferentes contextos e dialogar
com as diversidades.
• Reconhecimento e interação com a notação musical tra- (EF69AR22) Explorar e Pesquisar e conhecer distintas
dicional relacionados aos elementos constitutivos do som e identificar diferentes formas matrizes estéticas e culturais
da música (altura, intensidade, densidade, timbre, duração, de registro musical (notação – especialmente aquelas mani-
nota, escalas, melodia, acordes, tonalidades, harmonia, pulso, musical tradicional, partituras festas na arte e nas culturas
Notação e registro
6º; 7º; 8º; 9º Música andamento, ritmo, compasso, entre outros), criativas e procedimentos (EF35LP22) que constituem a identidade
musical
reconhecimento e interação com diferentes formas de da música contemporânea), brasileira –, sua tradição e ma-
registro musical (parti- turas criativas e procedimentos da bem como procedimentos e nifestações contemporâneas,
música contemporânea), bem como procedimentos e técnicas de registro em áudio e reelaborando-as nas criações
técnicas de registro em áudio e audiovisual. audiovisual. em Arte.
PA
RT
E • Pesquisa e criação de diferentes formas de
IV construções dramatúrgicas (individual ou colaborativa)
criadas a partir de textos dramáticos ou de disparadores Pesquisar e conhecer distintas
de textos diversos (imagens, objetos, letras de música matrizes estéticas e culturais
ou melodias); (EF69AR27) Pesquisar e criar – especialmente aquelas mani-
• A utilização de espaços cênicos diversos para a formas de dramaturgias e (EF15LP04) festas na arte e nas culturas
6º; 7º; 8º; 9º Teatro Processos de criação cons- trução de um acontecimento teatral tais como espaços cênicos para o acon- (EF69AR28) (EF15LP15) que constituem a identidade
anfitea- tros, tablados, espaços em arena ou tecimento teatral, em diálogo (EF03ER01) brasileira –, sua tradição e ma-
quaisquer outros espaços da escola na compreensão com o teatro contemporâneo. nifestações contemporâneas,
de que teatro se faz em quaisquer espaços inclusive, reelaborando-as nas criações
no espaço da escola; em Arte.
• A ressignificação do espaço cênico a partir de
acontecimen- tos da realidade dos estudantes e das
estudantes;
• Relação do espaço cênico na inter-relação com a
cultura digital contemporânea.
ETA
PAS (EF69AR32) Analisar e explo- Desenvolver a autonomia, a
DE • Desenvolvimento de projetos artísticos temáticos na rar, em projetos temáticos, crítica, a autoria e o trabalho
6º; 7º; 8º; 9º Artes integradas Processos de criação (EF35LP22)
EN interre- lação das diversas linguagens artísticas. as relações processuais entre coletivo e colaborativo nas
SIN diversas linguagens artísticas. artes.
O
32
5
32
6 ANO
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES
RELAÇÃO DENTRO DO RELAÇÃO ENTRE COMPETÊNCIAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO PRÓPRIO COMPONENTE COMPONENTES ESPECÍFICAS
PA
RT
E
IV
Pesquisar e conhecer distintas
• Investigação de como se dá a criação nas artes, seus (EF69AR33) Analisar aspectos matrizes estéticas e culturais
aspec- tos históricos, sociais e políticos da produção históricos, sociais e políticos da (EF02LP23) – especialmente aquelas mani-
artística e como estas influenciam na ampliação da produção artística, problema- (EF09HI26) festas na arte e nas culturas
Matrizes estéticas e
6º; 7º; 8º; 9º Artes integradas percepção do ser humano; tizando as narrativas eurocên- (EF09HI36) que constituem a identidade
culturais
• Análise das diversas narrativas artísticas eurocêntricas, tricas e as diversas categoriza- (EF09GE03) brasileira –, sua tradição e ma-
narrativas artísticas cearenses e brasileiras e as diversas ções da arte (arte, artesanato, (EF03ER01) nifestações contemporâneas,
categorizações da arte (arte, artesanato, folclore, design folclore, design etc.). reelaborando-as nas criações
etc.), no desenvolvimento de um olhar crítico, reflexivo e em Arte.
artístico.
Apresentação da Área
A proposta de criação de uma base comum curricular no Brasil não é recente. Desde a
promul- gação da Constituição Federal, em 1988, já havia indicativos da necessidade de estabelecer
“conteúdos mínimos para o Ensino Fundamental” (BRASIL, 1988). Essa intensão está registrada na
Lei de Diretri- zes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996) e nos documentos oficiais
subsequentes, como os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997) e Diretrizes Curriculares
Nacionais para Educação Básica (BRASIL, 2013).
Com o DCRC, pretendemos investir na formação integral dos/das estudantes. Para alcançar
tal propósito, ancorar-nos-emos nas 10 Competências Gerais da Educação Básica, nas
Competências da Área de Linguagens, bem como nas 10 competências específicas da Educação
Física, de acordo com a BNCC (BRASIL, 2017). São elas:
1. compreender a origem da cultura corporal de movimento e seus vínculos com a
organização da vida coletiva e individual;
2. planejar e empregar estratégias para resolver desafios e aumentar as possibilidades de
apren- dizagem das práticas corporais, além de se envolver no processo de ampliação do acervo
cultural nesse campo;
3. refletir, criticamente, sobre as relações entre a realização das práticas corporais e os processos
de saúde/doença, inclusive no contexto das atividades laborais;
ETAPAS DE ENSINO
327
4. identificar a multiplicidade de padrões de desempenho, saúde, beleza e estética corporal,
analisando, criticamente, os modelos disseminados na mídia e discutir posturas consumistas e pre-
conceituosas;
5. identificar as formas de produção dos preconceitos, compreender seus efeitos e combater
posicionamentos discriminatórios em relação às práticas corporais e aos seus participantes;
6. interpretar e recriar os valores, os sentidos e os significados atribuídos às diferentes práticas
corporais, bem como aos sujeitos que delas participam;
7. reconhecer as práticas corporais como elementos constitutivos da identidade cultural dos
povos e grupos;
8. usufruir das práticas corporais de forma autônoma para potencializar o envolvimento em
contextos de lazer, ampliar as redes de sociabilidade e a promoção da saúde;
9. reconhecer o acesso às práticas corporais como direito do cidadão, propondo e
produzindo alternativas para sua realização no contexto comunitário;
10. experimentar, desfrutar, apreciar e criar diferentes brincadeiras, jogos, danças, ginásticas,
esportes, lutas e práticas corporais de aventura, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo.
Esse conjunto de documentos permite tanto uma articulação horizontal da Educação Física
com os demais componentes curriculares na escola, quanto uma articulação vertical representada
pela progressão entre Educação Infantil e anos iniciais e finais do Ensino Fundamental.
Para garantir o desenvolvimento dessas Competências Específicas, é importante que o
professor também compreenda a importância das Habilidades (71 no total).Há 14 para o primeiro
ciclo (1° e 2° anos), 15 para o segundo ciclo (3° ao 5° ano), 21 para o terceiro ciclo (6° e 7° anos) e
21 para o ciclo final (8° e 9° anos). É um desafio do professor estabelecer relações entre os
diferentes Objetos de Co- nhecimento (conteúdos, conceitos e processos), considerando as seis
Unidades Temáticas diferentes (Brincadeiras e Jogos, Esportes, Ginásticas, Danças, Lutas e Práticas
Corporais de Aventura).
Cada objeto de conhecimento está subdividido em objetos específicos propostos neste
docu- mento e que visam assegurar ampla variedade de manifestações corporais, ao mesmo tempo
em que resguardam nossas peculiaridades regionais. A distribuição dos objetos, ao longo dos
ciclos, buscou assegurar a relação entre suas habilidades, a fim de garantir o desenvolvimento das
oito dimensões do conhecimento (Experimentação, Uso e Apropriação, Fruição, Reflexão sobre a
Ação, Construção de Valores, Análise, Compreensão e Protagonismo Comunitário) conforme proposta
da BNCC (BRASIL, 2017). Ressaltamos, ainda, que a contribuição para o DCRC deu-se no
detalhamento dos objetos específicos, os quais reforçam a apresentação dos três elementos
fundamentais comuns às práticas corporais: o movimento corporal, que é a essência do processo;
a organização, que se dá segundo uma lógica específica (experimentação, apropriação e
transformação); e o produto cultural, que deve ter vinculação com o lazer e cuidados com o corpo.
Além disso, por uma demanda das contribuições realizadas na consulta pública, optamos por
acrescentar a unidade temática Lutas no primeiro ciclo (1º
e 2° anos) do Ensino Fundamental.
Pensando nisso, foi realizado o exercício de identificar o que havia de produção acumulada
no estado do Ceará em termos de organização curricular do componente Educação Física.
Constatamos que havia poucas elaborações, que eram pontuais e diversas entre si, sem nenhuma
conexão entre as instituições ou sistemas de ensino que as propunham. Percebemos, pois, ser este
um momento opor- tuno para iniciarmos essa discussão.
A Proposta Curricular ora apresentada, ratificamos, está completamente alinhada às diretrizes
da BNCC, sem perder de vista as peculiaridades de nosso estado e com o cuidado de não limitar o
surgimento de novas possibilidades que atendam aos diversos contextos de cada instituição. Preci-
samos ter liberdade para definir as especificidades dos currículos, resguardando as recomendações
apresentadas neste documento. Deste modo, ressaltamos que o detalhamento apontado, em
alguns
328 PARTE IV
objetos específicos, constitui apenas proposições sugestivas importantes para que os professores e
professoras visualizem possibilidades diversas. Portanto, sua seleção deverá estar balizada em
critérios de relevância para o contexto em que eles irão se desenvolver.
Percebemos assim que várias práticas corporais podem ser objeto do trabalho pedagógico
em qualquer etapa e modalidade de ensino. Mas, precisamos respeitar alguns critérios de
progressão que foram abordados, como: elementos específicos das diferentes práticas corporais;
características dos sujeitos e contextos de atuação; tendência organizacional dos conhecimentos,
entre outros.
Na BNCC as unidades temáticas Brincadeiras e Jogos, Danças e Lutas são organizadas
conforme a ocorrência social dessas práticas (local, regional, nacional e mundial), já as Ginásticas
apoiam-se em sua diversidade e características (Geral, de Condicionamento Físico e de
Conscientização Corporal), nos Esportes a abordagem considera o modelo de classificação (Marca,
Precisão, Técnico-combinatório, Rede/Quadra dividida ou Parede de rebote, Campo e taco, Invasão
ou Territorial e Combate) e nas Práticas Corporais de Aventura destaca-se uma exposição urbana e
na natureza.
Apresentamos, no caso específico da Educação Física, um caráter bem amplo dos objetos de
conhecimento, impossibilitando que conteúdos sejam desconsiderados e colocando o documento
como uma importante fonte diretiva e referencial para seleção, organização e sistematização dos
co- nhecimentos escolares.
Percebemos que os objetos de conhecimento da Educação Física possibilitam a
compreensão social, histórica e política das manifestações das práticas corporais, visando uma
participação mais crítica e intensa dos estudantes e das estudantes na sociedade. Entendemos que
isso contribui para a formação de cidadãos que compreendam e produzam uma cultura própria,
além de reconhecer e valorizar o repertório cultural de outros grupos.
Em matéria de inovação, a articulação dos objetos de conhecimentos em diferentes ciclos e
unidades temáticas, em comparação a organização em apenas três blocos de conteúdos proposta
pelos PCN, apresenta-se como uma vantagem. Ele se mostra com uma melhor organização dos
ciclos propostos, delimita melhor os objetos de conhecimento em cada ciclo e possibilita uma
abordagem associada aos temas integradores. Outro aspecto bastante notório é a tentativa de
manter uma fluên- cia no desenrolar da Educação Básica, desde a Educação Infantil, passando pelos
anos iniciais e finais do Ensino Fundamental, buscando a progressão dos temas a serem abordados
sem descontinuar a proposta de apresentação das temáticas.
É importante destacar também que pode ser percebida a ausência de menção de algumas
prá- ticas corporais mais características ou triviais do nosso país. A exemplo, temos os brinquedos e
jogos de salão, os quais foram inclusos na planilha de nosso componente. Além deles, há jogos
eletrônicos como objetos de conhecimento para o primeiro ciclo dos anos finais do Ensino
Fundamental. Trazem questionamentos de como abordar esse tipo de conteúdo em escolas, que
muitas vezes não apresenta a estrutura básica para oferecimento de conteúdos mais simples. Nesta
última situação, procurou-se simplificar a apresentação deste tema no ciclo em questão, tornando
mais acessível o desenvolvimento deste conteúdo junto às mais diferentes situações
socioeconômicas e culturais.
No documento proposto, inicialmente observa-se uma distribuição de dimensões por
objetos de conhecimento, de certa forma, irregular, o que levou à conclusão que nenhuma unidade
temática foi contemplada com todas as oito dimensões da Educação Física, com maior
desconsideração para o protagonismo comunitário. Assim, adicionaram-se vários momentos em
que alunos e alunas são con- vidados a participar como agentes da criação do processo e os
professores e professoras participam como coadjuvante do aprendizado e estimuladores de
situações problemas relacionados ao contexto social da escola e comunidade. Com isso tentou-se
minimizar esta lacuna.
Outra incoerência percebida é que a redação de várias habilidades tenta aglutinar objetos de
conhecimento e dimensões, o que torna confuso o real objetivo pretendido pelo texto, podendo
desta
ETAPAS DE ENSINO
329
forma interferir na ação docente. Tentando minimizar esse problema, buscamos deixar mais claro,
no momento da descrição dos objetos específicos, o que caracterizaria melhor o objeto de
conhecimento e a habilidade, realocando alguns conteúdos para espaços que tornaria o
desenvolvimento do futuro planejamento mais lógico.
A criação dos objetos específicos da proposta em questão buscou contemplar todas as com-
petências específicas da Educação Física, relacionando unidade temática, objeto de conhecimento,
habilidades e, por fim, competências. Alguns pontos foram desafiadores no sentido de tornar mais
lógico e exequível diferentes objetos específicos de ensino, considerando a aglutinação de
diferentes objetos de conhecimento e dimensões por habilidade.
De um modo geral, buscamos, neste documento, sugerir objetos específicos de conteúdo
dentro de cada unidade temática a partir de cada habilidade, considerando-se principalmente a (s)
dimensão (ões) destacadas, conectando a competência específica pretendida para aquele ciclo,
podendo ser visualizada na planilha adiante.
Informamos, ainda, que professores e professoras podem, no momento que idealizar a sua
proposta curricular, acrescentar conteúdos que acreditem que sejam adequados a sua realidade ou
mesmo adaptar a proposta deste material conforme necessidade local, pois entende-se que cada
lugar tem uma constituição sócio-histórico-geográfica-política-estrutural diversificada.
Finalmente denotamos atenção para alguns pontos positivos e negativos da proposta que
mere- cem destaque e, principalmente, tomada de decisão dos envolvidos para superação das
inconsistências percebidas.
O componente curricular da Educação Física traz consigo a relevância social de onde a escola
se encontra, explorando manifestações locais, regionais, nacionais e internacionais. Ele também
destaca grupos étnicos nativos, como os negros e os índios. Contudo não destaca a questão da
diversidade sexual em sua proposta e da educação inclusiva, merecendo atenção a estes aspectos
durante a cons- trução das propostas curriculares escolares.
No tocante a esta questão, alguns objetos específicos foram acrescidos em vistas a buscar
des- tacar a influência da diversidade sexual nas práticas corporais. O objetivo era reforçar o
combate aos preconceitos atrelados e às formas de superação desses comportamentos. Da mesma
forma, pretende refletir sobre a adaptação de diferentes modalidades físicas para grupos com
diversificadas limitações, propondo sempre uma atividade para todos, independentemente da
necessidade apresentada.
Por fim, acreditamos que este documento será um marco inicial na organização curricular do
componente Educação Física, na tentativa de garantir um ensino de qualidade aos estudantes de
todo o estado do Ceará. O propósito final de é contribuir para a construção de uma sociedade mais
ética, democrática, responsável, inclusiva e solidária, promovendo a diversidade e os direitos de
todos, onde o docente apresenta um papel importante nessa jornada sendo um agente mediador
nesse processo.
330 PARTE IV
RELAÇÃO DENTRO DO
UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO ENTRE
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES PRÓPRIO COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO COMPONENTES
COMPONENTE
ETA
PAS (EF12EF04) Colaborar na proposi-
DE ção e na produção de alternativas (EF01HI02) (EF01HI05) (EF01HI06) 6. Interpretar e recriar os valores, os sentidos
para a prática, em outros momen- (EF01GE03) (EF15LP15) e os significados atribuídos às diferentes
EN Brincadeiras e jogos
Construção e adaptação de tos e espaços, de brincadeiras e (EF35LP11) (EF67LP11) práticas corporais, bem como aos sujeitos
SIN Brincadeiras e da cultura popular
1º; 2º brincadeiras e jogos trabalhados jogos e demais práticas corporais (EF35EF04) (EF67LP12) (EF69LP06) que delas participam. 9. Reconhecer o
O jogos presentes no contexto
anteriormente e sua aplicação em tematizadas na escola, produzindo (EF69LP10) (EF69LP21) acesso às práticas corporais como direito do
comunitário e regional
outros momentos/espaços. textos (orais, escritos, audiovisuais) (EF04MA16) cidadão, propondo e produzindo alternativas
para divulgá-las na escola e na (EF02ER01) para sua realização no contexto comunitário.
33 comunidade.
1
33
2 UNIDADES OBJETOS DE
RELAÇÃO DENTRO DO
RELAÇÃO ENTRE
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES PRÓPRIO COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO COMPONENTES
COMPONENTE
PA
RT
E
IV (EF12EF05) Experimentar e fruir,
Atletismo. Boliche, bocha, golfe, entre ou- 10. Experimentar, desfrutar, apreciar e criar
prezando pelo trabalho coletivo e
tros. Identificação dos elementos comuns diferentes brincadeiras, jogos, danças, ginásticas,
Esportes de marca pelo protagonismo, a prática de
1º; 2º Esportes que favoreçam o entendimento desses (EF67EF03) (EF02MA17) esportes, lutas e práticas corporais de aventura,
Esportes de precisão esportes de marca e de precisão,
esportes, tais como: tipos de materiais, valorizando o trabalho coletivo e o protago-
identificando os elementos comuns
espaços de jogos e regras básicas. nismo.
a esses esportes.
ETA
PAS (EF35EF08) Planejar e utilizar
2. Planejar e empregar estratégias para resol-
DE ver desafios e aumentar as possibilidades de
estratégias para resolver desafios
Estratégias de execução de elementos de aprendizagem das práticas corporais, além de
EN na execução de elementos básicos
apresentações individuais e coletivas da se envolver no processo de ampliação do
SIN 3º; 4º; de apresentações coletivas de
Ginásticas Ginástica geral ginástica geral vista anteriormente. Riscos (EF12EF08) (EF12EF09) (EF05MA24) (EF06EF09) acervo cultural nesse campo. 4. Identificar a
O 5º ginástica geral, reconhecendo as
inerentes à execução dos movimentos e multiplici- dade de padrões de desempenho,
potencialidades e os limites do
primeiros socorros aplicados. saúde, beleza e estética corporal, analisando,
corpo e adotando procedimentos
criticamente,
33 de segurança.
os modelos disseminados na mídia e discutir
5 posturas consumistas e preconceituosas.
33
6 RELAÇÃO DENTRO DO
UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO ENTRE
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES PRÓPRIO COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO COMPONENTES
COMPONENTE
PA
RT
E Danças populares das demais regiões
do país: Norte (Carimbó, Marujada,
IV 6. Interpretar e recriar os valores, os sentidos e
Camaleão, entre outros), Centro-oeste
os significados atribuídos às diferentes práticas
(Siriri, Catira, Tambor, entre outros), Sul (EF35EF09) Experimentar, recriar
corporais, bem como aos sujeitos que delas
(Vaneirão, Fandango, Pau de Fitas, entre e fruir danças populares do
Danças do Brasil e do participam. 7. Reconhecer as práticas corporais
outros) e Sudeste (Samba, Mineiro-pau, Brasil e do mundo e danças de (EF04GE01) (EF03GE01)
3º; 4º; mundo como elementos constitutivos da identidade
Danças Congo, entre outros). Danças populares matriz indígena e africana, (EF12EF11, EF67EF11) (EF15AR11)
5º Danças de matriz cultural dos povos e grupos. 10. Experimentar,
mundiais (Ballet, Tarantella, Sapateado, valorizando e (EF69AR09) (EF03HI03)
indígena e africana desfrutar, apreciar e criar diferentes
Jazz, Country dance, entre outros). respeitando os diferentes sentidos (EF01ER05)
brincadeiras, jogos, danças, ginásticas,
Danças de matriz africana (Batuque, e significados dessas danças em
esportes, lutas e práti- cas corporais de
Jongo, Maracatu, Kuduro, entre outros) e suas culturas de origem.
aventura, valorizando o trabalho coletivo e o
indígena (Toré, Kuarup, Cateretê, Cabocli-
protagonismo.
nho, entre outros).
(EF35EF10) Comparar e
Danças do Brasil e do Ritmos, expressão corporal, utilização de identificar os elementos 6. Interpretar e recriar os valores, os sentidos
(EF03HI03) (EF01MA02)
3º; 4º; mundo espaços/objetos e percussão (instrumento constitutivos comuns e diferentes e os significados atribuídos às diferentes
Danças (EF12EF12) (EF04MA16) (EF15AR15)
5º Danças de matriz e corporal) presentes nas danças traba- (ritmo, espaço, gestos) em danças práticas corporais, bem como aos sujeitos
(EF15AR12) (EF04ER04)
indígena e africana lhadas anteriormente. populares do Brasil e do mundo e que delas participam.
danças de matriz indígena e
africana.
House Dance, Hip Hop, Funk, Freestyle, Experimentar, desfrutar, apreciar e criar dife-
(EF67EF11) Experimentar, fruir e
Breaking, Passinho e outros. Elementos rentes brincadeiras, jogos, danças, ginásticas,
recriar danças urbanas, identifican- (EF04MA16) (EF05GE12)
6º; 7º Danças Danças urbanas constitutivos da dança urbana (ritmo e (EF35EF09) esportes, lutas e práticas corporais de
do seus elementos constitutivos (EF69AR09)
expressão corporal; tempo, organização aventura, valorizando o trabalho coletivo e o
(ritmo, espaço, gestos).
espacial e marcação musical). protago- nismo.
ETA
PAS
DE
EN
Planejar e empregar estratégias para resolver
SIN
Estratégias de execução de movimen- (EF67EF12) Planejar e utilizar es- desafios e aumentar as possibilidades de
O 6º; 7º Danças Danças urbanas tos simples e combinados das tratégias para aprender elementos (EF35EF11) (EF89EF13) (EF07MA34) aprendizagem das práticas corporais, além de
danças trabalhadas. constitutivos das danças urbanas. se envolver no processo de ampliação do
33 acervo cultural nesse campo.
9
34
0
RELAÇÃO DENTRO DO
UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO ENTRE
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES PRÓPRIO COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
PA TEMÁTICAS CONHECIMENTO COMPONENTES
COMPONENTE
RT
E
IV
ETA
PAS
DE Definição e caracterização das práticas. (EF67EF21) Identificar a origem
Compreender a origem da cultura corporal de
Evolução histórica das modalidades das práticas corporais de aventura
EN movimento e seus vínculos com a
Práticas estudadas. Evolução tecnológica dos itens e as possibilidades de recriá-las,
SIN Práticas corporais de organização da vida coletiva e individual. 6.
6º; 7º corporais de de segurança e equipamentos. Espaços reconhecendo as características (EF03HI09) (EF05GE04)
O aventura urbanas Interpretar e recriar os valores, os sentidos e
aventura no contexto comunitário dos alunos que (instrumentos, equipamentos de
os significados atribuídos às diferentes
possibilite a realização das modalidades segurança, indumentária, organiza-
práticas corporais, bem como aos sujeitos
estudadas. ção) e seus tipos de práticas.
34 que delas participam.
1
34
2
RELAÇÃO DENTRO DO
UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO ENTRE
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES PRÓPRIO COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO COMPONENTES
PA COMPONENTE
RT
E
IV
Esportes de rede/parede (Voleibol, tênis
de campo, tênis de mesa, badminton,
peteca, punhobol, raquetebol, squash,
Esportes de rede/ entre outros). Esportes de campo e taco (EF89EF01) Experimentar diferentes
Experimentar, desfrutar, apreciar e criar dife-
parede (Beisebol/Softbol, críquete, entre outros). papéis (jogador, árbitro e técnico)
rentes brincadeiras, jogos, danças, ginásticas,
Esportes de campo Esportes de invasão (Basquetebol, frisbee, e fruir os esportes de rede/parede,
8º; 9º Esportes (EF35EF05) esportes, lutas e práticas corporais de
e taco futebol, futsal, futebol americano, hande- campo e taco, invasão e combate,
aventura, valorizando o trabalho coletivo e o
Esportes de invasão bol, hóquei, rúgbi, entre outros). Esportes valorizando o trabalho coletivo e o
protago- nismo.
Esportes de combate de combate (Judô, Boxe, Esgrima, Tae protagonismo.
kwon do Paintball, entre outros). Dife-
rentes papéis (jogador, árbitro, técnico e
treinador) na prática dos esportes.
Esportes de rede/
(EF89EF02) Praticar um ou mais
parede Usufruir das práticas corporais de forma au-
esportes de rede/parede, campo e
Esportes de campo Habilidades técnico-táticas dos esportes tônoma para potencializar o envolvimento em
8º; 9º Esportes taco, invasão e combate oferecidos (EF67EF04) (EF35EF05)
e taco trabalhados anteriormente. contextos de lazer, ampliar as redes de
pela escola, usando habilidades
Esportes de invasão sociabili- dade e a promoção da saúde.
técnico-táticas básicas.
Esportes de combate
ETA
PAS Lutas de diferentes lugares do mundo
DE (judô, boxe, karatê, muay thai, esgrima,
(EF89EF16) Experimentar e fruir a Experimentar, desfrutar, apreciar e criar dife-
EN jiu-jitsu, aikido, kung fu, wing chun, ken-
execução dos movimentos perten- rentes brincadeiras, jogos, danças, ginásticas,
SIN do, sumô, luta greco-romana, wrestling,
8º; 9º Lutas Lutas do mundo centes às lutas do mundo, adotan- (EF67EF14) (EF06CI09) esportes, lutas e práticas corporais de
O entre outros). Cuidados e segurança
do procedimentos de segurança e aventura, valorizando o trabalho coletivo e o
individuais e coletivas durante a
respeitando o oponente. protago- nismo.
execução das lutas. Primeiros socorros
34 aplicados às situações de luta.
5
34
6 RELAÇÃO DENTRO DO
UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO ENTRE
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES PRÓPRIO COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO COMPONENTES
COMPONENTE
PA
RT
E
IV Planejar e empregar estratégias para resolver
(EF89EF17) Planejar e utilizar
Fundamentos gerais e estratégias de desafios e aumentar as possibilidades de
estratégias básicas das lutas expe-
8º; 9º Lutas Lutas do mundo ataque e defesa das lutas (EF67EF15) aprendizagem das práticas corporais, além de
rimentadas, reconhecendo as suas
desenvolvidas nesta unidade. se envolver no processo de ampliação do
características técnico-táticas.
acervo cultural nesse campo.
A aprendizagem de uma língua estrangeira é muito importante para a formação do/da estu-
dante, porque permite o conhecimento de outras culturas, amplia as possibilidades de
comunicação com o outro, faz mobilizar processos cognitivos que, sobretudo, contribuem para o
distanciamento da língua materna. Esse distanciamento é muito importante uma vez que
desenvolve condições ne- cessárias para que o/a aprendiz possa refletir sobre a sua própria língua.
Para além disso, estudos mostram que a rápida evolução das tecnologias digitais tem pro-
porcionado relevantes mudanças educacionais, sociais, políticas e culturais, resultantes dos efeitos
da globalização. Nesse cenário de grandes transformações, o uso da língua inglesa se sobressai das
demais e esta assume o status de língua franca, tornando-se o principal canal de comunicação
entre as nações. Sendo assim, ela ainda possibilita o entendimento dos discursos nas relações
políticas, nas negociações econômicas, bem como nos intercâmbios acadêmicos, científicos e
culturais.
De acordo com as orientações da BNCC (BRASIL, 2017), é importante destacar que
todas/todos as/os aprendizes de uma LEM precisam desenvolver as competências comunicativas e
suas respecti- vas habilidades a partir de situações de aprendizagens significativas, de forma
integrada aos demais conhecimentos das outras áreas do currículo, dos anos finais do ensino
fundamental, de tal maneira que os propósitos do processo de ensino e de aprendizagem deste
segmento sejam realmente al- cançados ao findar esta etapa de ensino.
Vale ressaltar, ainda, que o Documento Curricular Referencial do Ceará- DCRC alimenta a
pers- pectiva dialógica entre as habilidades e competências gerais apontadas pela BNCC, em cada
ano de ensino, dentro do próprio componente. Além disso, a construção dos conhecimentos que
serão abordados no componente curricular Língua Inglesa desencadeia movimentos geradores de
novas articulações com os demais componentes, como Língua Portuguesa, História, Geografia e
Artes.
É, sobretudo, com base nas premissas em torno da interação social e dos contextos histórico-
cul- turais que apresentamos aqui a organização do Componente Curricular Língua inglesa.
Ressaltamos a perspectiva interdisciplinar do processo de ensino e de aprendizagem, que aqui se
faz referência. A interdisciplinaridade viabiliza a integração e a articulação de várias habilidades
cognitivas inerentes aos objetos específicos da língua estrangeira com os demais componentes
curriculares, para promover a compreensão das situações que emergem das relações sociais e dos
vários tipos de comunicação.
Na era dos avanços tecnológicos digitais surgem demandas prementes que exigem do
sujeito o desenvolvimento de outras habilidades que vão além da função social da língua. Sendo
assim, a concepção de multiletramentos, amparada na prerrogativa de que o domínio da língua
inglesa, potencializa as possibilidades de participação e circulação – que aproximam e entrelaçam
diferentes semioses e linguagens (verbal, visual, corporal, audiovisual), em um contínuo processo
de significação contextualizado, dialógico e ideológico ampliam as possibilidades de uso da língua
mediante a cons- trução social. Nesse caso, o sujeito “interpreta” e “reinventa” os sentidos de modo
situado, criando novas formas de identificar e expressar ideias, sentimentos e valores (BRASIL, 2017,
p. 240).
O componente curricular língua inglesa elenca 88 habilidades (anexo 01- planilha curricular) e
06 competências distribuídas em cinco categorias denominadas eixos organizadores previstos na
BNCC (BRASIL 2017, 240 - 243). Estes, vale observar, estão agrupados de acordo com as habilidades
ETAPAS DE ENSINO
347
que serão desenvolvidas em cada ano, pelas/pelos aprendizes, para facilitar a compreensão e a
forma de abordá-las pelo(a) docente em sala de aula.
Assim, o eixo oralidade deve envolver as práticas de linguagem em situações de uso oral da
língua inglesa, com foco na compreensão (ou escuta) e na produção oral (ou fala), articuladas pela
negociação na construção de significados partilhados pelas/pelos interlocutoras/interlocutores
e/ou participantes envolvidos, com ou sem contato face a face.
O eixo leitura deve abordar práticas de linguagem decorrentes da interação do leitor com o
texto escrito, especialmente sob o foco da construção de significados, com base na compreensão e
interpretação dos gêneros escritos em língua inglesa, que circulam nos diversos campos e esferas
da sociedade.
As práticas de produção de textos propostas no eixo escrita consideram dois aspectos do
ato de escrever. Por um lado, enfatizam sua natureza processual e colaborativa. Esse processo
envolve movimentos ora coletivos, ora individuais, de planejamento-produção-revisão, nos quais
são tomadas e avaliadas as decisões sobre as maneiras de comunicar o que se deseja, tendo em
mente aspectos como o objetivo do texto, o suporte que lhe permitirá circulação social e seus
possíveis leitores. Por outro lado, o ato de escrever é também concebido como prática social e
reitera a finalidade da escrita condizente com essa prática, oportunizando aos estudantes agir com
protagonismo.
O eixo conhecimentos linguísticos consolida-se pelas práticas de uso, análise e reflexão
sobre a língua, sempre de modo contextualizado, articulado e a serviço das práticas de oralidade,
leitura e escrita.
A proposição do eixo dimensão intercultural nasce da compreensão de que as culturas, es-
pecialmente na sociedade contemporânea, estão em contínuo processo de interação e (re) constru-
ção. Desse modo, diferentes grupos de pessoas, com interesses, agendas e repertórios linguísticos
e culturais diversos, vivenciam em seus contatos e fluxos interacionais, processos de constituição de
identidades abertas e plurais. Aprender inglês implica problematizar os diferentes papéis da própria
língua inglesa no mundo, seus valores, seu alcance e seus efeitos nas relações entre diferentes
pessoas e povos, tanto na sociedade contemporânea quanto em uma perspectiva histórica.
É imprescindível dizer que esses eixos, embora tratados de forma separada na explicitação
feita pela BNCC, estão intrinsecamente ligados nas práticas sociais de usos da língua inglesa e
devem ser assim trabalhados nas situações de ensino e de aprendizagem propostas no contexto
escolar.
348 PARTE IV
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS: LÍNGUA INGLESA
5. Utilizar novas tecnologias, com novas linguagens e modos de interação, para pesquisar, se-
lecionar, compartilhar, posicionar-se e produzir sentidos em práticas de letramento na língua
inglesa, de forma ética, crítica e responsável.
No mais, é imprescindível mencionar que o ensino do inglês nos anos finais do ensino funda-
mental, poderá proporcionar aos seus aprendizes não apenas os desenvolvimentos das
competências comunicativas, mas, sobretudo, o desenvolvimento da consciência linguística e da
consciência crítica a respeito da construção social dos seus significados no contexto local em que o
seu falante está inserido.
ETAPAS DE ENSINO
349
35
0 UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO RELAÇÃO
ANO EIXO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTES
PA
RT Who am I? How are you?
E (Quem eu sou? Como vai Comunicar-se na língua inglesa, por
IV você?) Verbo TO BE (formas meio do uso variado de linguagens
afirmativa, negativa e interro- (EF01GE03) em mídias impressas ou digitais,
(EF06LI01) Interagir em
gativa); pronomes pessoais do (EF01GE04) reconhe- cendo-a como ferramenta
Interação Construção de laços afeti- situações de intercâmbio oral,
6º EIXO ORALIDADE caso reto; informação pessoal (EF02GE01) de acesso ao conhecimento, de
discursiva vos e convívio social demonstrando iniciativa para
(nome, apelido, nacionalidade, (EF02GE02) ampliação das perspectivas e de
utilizar a língua inglesa.
ocupação/profissão, idade); (EF01ER01) possibilidades para a compreensão
Cumprimentos (formais e não- dos valores e interesses de outras
-formais); Números cardinais culturas e para o exercício do
(de 0 a 100). protagonismo social.
6º
Palavras cognatas,
(EF06LI04) Reconhecer, com o Identificar similaridades e diferenças
membros da família,
Estratégias de compreensão apoio de palavras cognatas e entre a língua inglesa e a língua ma-
animais de esti- mação,
Compreensão de textos orais: palavras pistas do contexto discursivo, terna/outras línguas, articulando-as a
6º EIXO ORALIDADE LIKES and DISLIKES, cores,
oral cognatas e pistas do o assunto e as informações aspectos sociais, culturais e identitários,
favoritos (What’s your
contexto discursivo principais em textos orais em uma relação intrínseca entre língua,
favourite ? esportes,
sobre temas familiares. cultura e identidade.
feriados, meses do ano
(vocabulário).
ETA
PAS Elaborar repertórios linguístico-dis-
cursivos da língua inglesa, usados
DE
em diferentes países e por grupos
EN Estratégias Uso de vocabulário adqui- (EF06LI13) Listar ideias para sociais distintos dentro de um
Planejamento do texto:
SIN 6º EIXO ESCRITA de escrita: rido no a produção de textos, mesmo país, de modo a reconhecer
brainstorming
O pré-escrita contexto proposto. levando em conta o tema e o a diversidade linguística como direito
assunto. e valorizar os usos heterogêneos,
híbridos e multi- modais emergentes
35 nas sociedades contemporâneas.
3
35
4
UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO RELAÇÃO
ANO EIXO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTES
PA
RT
E
IV
Elaborar repertórios linguístico-dis-
cursivos da língua inglesa, usados
em diferentes países e por grupos
(EF06LI21) Reconhecer o uso
EIXO CONHECI- sociais distintos dentro de um
do imperativo em enunciados
6º MENTOS LINGUÍS- Gramática Imperativo Imperativo (EF06LP04) mesmo país, de modo a reconhecer
de atividades, comandos e
TICOS a diversidade linguística como direito
instruções.
e valorizar os usos heterogêneos,
híbridos e multi- modais emergentes
nas sociedades contemporâneas.
PA
RT
Elaborar repertórios linguístico-dis-
E cursivos da língua inglesa, usados em
IV diferentes países e por grupos sociais
EIXO CONHECI- (EF06LI22) Descrever distintos dentro de um mesmo país, de
6º MENTOS LINGUÍS- Gramática Caso genitivo (‘s) Caso genitivo relações por meio do uso de modo a reconhecer a diversidade lin-
TICOS apóstrofo (’) + s. guística como direito e valorizar os usos
heterogêneos, híbridos e multimodais
emergentes nas sociedades
contemporâneas.
6º
(EF07LI06) Antecipar o
Utilizar novas tecnologias, com novas
sentido global de textos em
linguagens e modos de interação, para
Compreensão geral e Skimming (estratégias de língua inglesa por
Estratégias de pesquisar, selecionar, compartilhar,
7º EIXO LEITURA específica: leitura rápida leitura), Scanning (estratégias inferências, com base em (EF06LI07)
leitura posicionar-se e produzir sentidos em
(skimming, scanning) de leitura). leitura rápida, observando
práticas de letramento na língua inglesa,
títulos, primeiras e últimas
de forma ética, crítica e responsável.
frases de parágrafos e
ETA palavras-chave repetidas.
PAS
DE Elaborar repertórios linguístico-dis-
cursivos da língua inglesa, usados
EN
(EF07LI18) Utilizar o passado em diferentes países e por grupos
SIN EIXO CONHECI- Passado simples e contínuo Passado simples e contínuo simples e o passado contínuo sociais distintos dentro de um
O 7º MENTOS LINGUÍS- Gramática (formas afirmativa, (formas afirmativas, negativa para produzir textos orais e es- mesmo país, de modo a reconhecer
TICOS negativa e interrogativa) e interrogativa) critos, mostrando relações de a diversidade linguística como direito
sequência e causalidade. e valorizar os usos heterogêneos,
35 híbridos e multi- modais emergentes
7 nas sociedades contemporâneas.
35
8
UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO RELAÇÃO
ANO EIXO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTES
PA
RT
E
IV
Utilizar novas tecnologias, com novas
linguagens e modos de interação, para
Estratégias de compreensão (EF07LI03) Mobilizar conhe-
Compreensão Predição textual pesquisar, selecionar, compartilhar,
7º EIXO ORALIDADE de textos orais: conheci- cimentos prévios para com-
oral (estratégias de leitura). posicionar-se e produzir sentidos em
mentos prévios preender texto oral.
práticas de letramento na língua inglesa,
de forma ética, crítica e responsável.
(EF07LI06) Antecipar o
Utilizar novas tecnologias, com novas
sentido global de textos em
linguagens e modos de interação, para
Compreensão geral e Skimming (estratégias de língua inglesa por
Estratégias de pesquisar, selecionar, compartilhar,
7º EIXO LEITURA específica: leitura rápida leitura), Scanning (estratégias inferências, com base em (EF06LI07)
leitura posicionar-se e produzir sentidos em
(skimming, scanning) de leitura). leitura rápida, observando
práticas de letramento na língua inglesa,
títulos, primeiras e últimas
de forma ética, crítica e responsável.
frases de parágrafos e
palavras-chave repetidas.
ETA
PAS
DE (EF07LI13) Organizar texto em
Utilizar novas tecnologias, com novas
EN unidades de sentido, dividin-
Estratégias linguagens e modos de interação, para
Escrita: organização em (Re) elaboração/organização do-o em parágrafos ou tópicos
SIN de escrita: pesquisar, selecionar, compartilhar,
7º EIXO ESCRITA parágrafos ou tópicos, com da estrutura textual de acordo e subtópicos, explorando as (EF06LI14)
O pré-escrita e posicionar-se e produzir sentidos em
mediação do professor com o gênero abordado. possibilidades de organização
escrita práticas de letramento na língua inglesa,
gráfica, de suporte e de
de forma ética, crítica e responsável.
formato do texto.
35
9
36
0
UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO RELAÇÃO
ANO EIXO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTES
PA
RT
E
IV
Elaborar repertórios linguístico-dis-
(EF07LI15) Construir reper- cursivos da língua inglesa, usados
Verbos regulares e irregulares
tório lexical relativo a verbos em diferentes países e por grupos
(formas no passado),
EIXO CONHECI- regulares e irregulares (formas sociais distintos dentro de um
Estudo do Construção de repertório preposições de tempo (in, on,
7º MENTOS LINGUÍS- no passado), preposições de mesmo país, de modo a reconhecer
léxico lexical at) e conectores (and, but,
TICOS tempo (in, on, at) e conectores a diversidade linguística como direito
because, then, so, before,
(and, but, because, then, so, e valorizar os usos heterogêneos,
after, entre outros).
before, after, entre outros). híbridos e multi- modais emergentes
nas sociedades contemporâneas.
7º
Comunicar-se na língua inglesa, por
meio do uso variado de linguagens
em mídias impressas ou digitais,
Atitudes e (EF07LI11) Participar de troca
Compreensão textual de reconhe- cendo-a como ferramenta
disposições de opiniões e informações
EIXO LEITURA Partilha de leitura acordo (EF06LI07) de acesso ao conhecimento, de
favoráveis do sobre textos, lidos na sala de
com o gênero abordado. ampliação das perspectivas e de
leitor aula ou em outros ambientes.
possibilidades para a compreensão
dos valores e interesses de outras
culturas e para o exercício do
protagonismo social.
ETA
PAS
DE
(EF07LI14) Produzir textos
EN Utilizar novas tecnologias, com novas
diversos sobre fatos, acon-
SIN (Re) elaboração/organização linguagens e modos de interação, para
Produção de textos escritos, tecimentos e personalidades
O Práticas de da estrutura pesquisar, selecionar, compartilhar,
7º EIXO ESCRITA em formatos diversos, com do passado (linha do tempo/ (EF06LI15)
escrita textual de acordo com o posicionar-se e produzir sentidos em
mediação do professor timelines, biografias, verbetes
gênero abordado. práticas de letramento na língua inglesa,
de enciclopédias, blogues,
36 entre outros).
de forma ética, crítica e responsável.
1
36
2 ANO EIXO
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES
RELAÇÃO RELAÇÃO
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTES
PA
RT
E Elaborar repertórios linguístico-dis-
IV cursivos da língua inglesa, usados
em diferentes países e por grupos
(EF07LI20) Empregar, de for-
EIXO CONHECI- sociais distintos dentro de um
Verbo modal can (presente Verbo modal can ma inteligível, o verbo modal
7º MENTOS LINGUÍS- Gramática mesmo país, de modo a reconhecer
e passado) (presente e passado). can para descrever habilidades
TICOS a diversidade linguística como direito
(no presente e no passado).
e valorizar os usos heterogêneos,
híbridos e multi- modais emergentes
nas sociedades contemporâneas.
PA
RT
E Comunicar-se na língua inglesa, por
IV meio do uso variado de linguagens
em mídias impressas ou digitais,
EIXO CONHECI- (EF08LI16) Utilizar, de modo reconhe- cendo-a como ferramenta
MENTOS LINGUÍS- Gramática Quantificadores Quantificadores inteligível, corretamente, de acesso ao conhecimento, de
TICOS some, any, many, much. ampliação das perspectivas e de
possibilidades para a compreensão
dos valores e interesses de outras
culturas e para o exercício do
8º protagonismo social.
PA
RT (EF09LI13) Reconhecer,
E nos novos gêneros digitais
(blogues, mensagens instan- Utilizar novas tecnologias, com novas
IV
tâneas, tweets, entre outros), linguagens e modos de interação, para
EIXO CONHECI- novas formas de escrita pesquisar, selecionar, compartilhar,
Estudo do Usos de linguagem em (Re) construção de repertório
9º MENTOS LINGUÍS- (abreviação de palavras, (EF06LI11) (EF69AR06) posicionar-se e produzir sentidos
léxico meio digital: “internetês” lexical.
TICOS palavras com combinação de em práticas de letramento na
letras e números, pictogramas, língua inglesa, de forma ética,
símbolos gráficos, entre crítica e res- ponsável.
outros) na constituição das
mensagens.
ETA
PAS
DE (EF09LI09) Compartilhar, com Utilizar novas tecnologias, com novas
EN os colegas, a leitura dos textos linguagens e modos de interação, para
SIN Avaliação dos Práticas de leitura e fruição escritos pelo grupo, valori- pesquisar, selecionar, compartilhar,
9º EIXO LEITURA Reflexão pós-leitura
O textos lidos (compreensão textual global). zando os diferentes pontos de posicionar-se e produzir sentidos em
vista defendidos, com ética e práticas de letramento na língua inglesa,
respeito. de forma ética, crítica e responsável.
36
9
37
0 UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO RELAÇÃO
ANO EIXO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTES
PA
RT
E
IV
Área: Matemática
No que diz respeito à formação pessoal, a Matemática, ao mesmo tempo, demanda e fortalece
o pensamento lógico e reflexivo. O componente Matemática é basilar para a formação de
capacidades intelectuais refinadas e, certamente, indispensáveis ao aprendizado das demais áreas do
conhecimento. Ademais, a Matemática concilia aspectos do raciocínio indutivo e dedutivo. De fato,
estão combinadas na atividade matemática a busca por generalizações e abstrações, a partir da
intuição e de evidências empíricas, e a verificação lógica, em bases dedutivas firmes. O impulso
criativo e intuitivo alia-se, na Mate- mática, ao rigor lógico e ele representa e envolve aspectos
complexos e nobres da formação humanística. A apresentação da Matemática, em qualquer etapa da
educação, não pode ficar circunscrita apenas ao uso cotidiano, social, pragmático, dos conceitos e
operações. Dados do PISA (2015) revelam que em todas as camadas sociais observam-se
dificuldades em relação a operações aritméticas básicas, em sua execução. Não há explicações
simples ou consenso sobre os fatores que levem a esse estado de coisas.
Por vezes, manifesta-se, no ensino de Matemática, a tendência a manipulação formal como um
fim em si mesmo, para que cumpramos os ditames curriculares ou o aspecto meramente técnico das
competências. Em algumas ocasiões, evitamos, a qualquer custo a abstração e a generalização, que
são características da Matemática, em favor de simplificações que apenas empobrecem a visão da
disciplina. Há estudos que afirmam que, apesar deste componente estar presente nas práticas
cotidianas, esta rela- ção tem sido pouco explorada pelo ensino empreendido nas escolas. Neste
espaço, ainda predominam a execução de tarefas repetitivas desconectadas do contexto dos
estudantes e das possibilidades de relação com o mundo onde vivemos. Não devemos confundir
abstração com mera habilidade formal do uso da linguagem na forma de tarefas rotineiras.
Tampouco, convém entender contextualização como
372 PARTE IV
substituir, no enunciado de um problema, a linguagem formal pela linguagem natural em termos de
uma situação “prática” ou “aplicada”, muitas vezes inverossímil.
Um objetivo importante do DCRC é fornecer orientações para a construção dos currículos das
escolas. Nesse sentido, é fundamental entendermos que é difícil superestimar o papel do currículo em
indicar as linhas gerais ao longo das quais os conceitos e operações matemáticas devem ser
apresentados, seguindo sua disposição lógica intrínseca e apoiando-nos em motivações e
abordagens intuitivas cuida- dosamente planejadas. O currículo vai além de uma sucessão
cronológica de temas, correspondentes, de algum modo, a conjuntos de competências e habilidades.
Na verdade, deve espelhar as conexões entre os diferentes objetos matemáticos, a interdependência
de suas áreas e a estrutura em espiral de complexidade construtiva que caracteriza a Matemática.
Devemos nos assemelhar a um jardim de cami- nhos que se bifurcam que, partindo dos
fundamentos, conduz rapidamente a territórios inexplorados. O currículo deve ainda promover uma
visão interdisciplinar e histórica de aplicações da Matemática, que deponha contra o lugar-comum de
uma disciplina difícil, árida, estanque e sem qualquer utilidade óbvia. Em consonância com o descrito,
esses princípios pedagógicos, que expõem o letramento mate-
mático, são definidos em documentos institucionais on-line (BRASIL, 2017) nos seguintes termos
Essa definição está alinhada com o conceito estabelecido pela OCDE nos documentos que nor-
teiam o PISA:
ETAPAS DE ENSINO
373
bem como na Educação Física e nas Artes. Em alguns casos, necessitam da interpretação de
conteúdo, do cálculo de valores, da abordagem em consumo, da compreensão de espaços e de
tantas outras ações que mobilizam distintos conhecimentos e formas de relação com o mundo.
Segundo as refe- rências nacionais, descritas na BNCC, a mobilização destes saberes em atividades
cotidianas necessita de estar apoiada em princípios universais, como na ética, nos direitos
humanos, na justiça social e na sustentabilidade ambiental. Para que isso aconteça, é preciso,
também, garantir o desenvolvimento físico, social, emocional e cultural dos estudantes (BRASIL,
2017).
A formação no Ensino Fundamental, portanto, deve promover o domínio e a capacidade de
utilização de conceitos e de recursos da Matemática, a fim de estabelecer adequada relação com o
mundo, dentre outras coisas para compreender, formular e resolver problemas, dentro e fora da es-
cola. Para o ensino de Matemática, ao longo do Ensino Fundamental, propomos, alinhados à BNCC,
a exploração de cinco unidades temáticas: Números, Álgebra, Geometria, Grandezas e Medidas e
Pro- babilidade e Estatística. Nesta estruturação curricular, as mesmas cinco unidades temáticas
sugeridas nas BNCC foram mantidas. Para cada uma, são indicados objetos de conhecimento, aos
quais estão relacionadas competências e habilidades específicas, como explicado anteriormente. É
escusado dizer que esta divisão temática é puramente operacional e não pretende, de modo algum,
indicar que os assuntos devam ser abordados de modo estanque, em oposição ao aspecto de
unidade e coesão da Matemática, em seus conceitos e métodos.
A unidade temática Números pressupõe o desenvolvimento do pensamento numérico, que
engloba a noção de número, da contagem, de ideia de quantidade, da escrita numérica e das nota-
ções matemáticas. Também são exploradas noções de aproximação, proporcionalidade,
equivalência e ordem. No entanto, esta unidade não deve ser dissociada das demais unidades
temáticas, como se a matemática pudesse ser repartida sem nenhuma relação entre os demais
eixos estruturantes.
Nesta defesa, nos primeiros anos, iniciamos com o processo de contagem, apresentado de
modo gradativo em conjunto com a ideia de um sistema numérico posicional. Essa é uma noção
extremamente complexa, como sugere o sinuoso percurso histórico ao longo do qual o sistema de-
cimal foi sendo concebido, aceito e amplamente utilizado. Por isto, apenas, esta já é uma etapa que
dispensa um intenso esforço pedagógico. A seguir, ainda nos anos iniciais do Ensino Fundamental,
apresentamos os conceitos dos números naturais aos racionais, enfatizando a completa
equivalência de suas representações na forma de frações, razões ou números decimais e, ainda, sua
interpretação em termos de resultados da operação de divisão. Esses fatos óbvios são reforçados à
exaustão na proposta, por entendermos que, se não devidamente enfatizados, geram os mal-
entendidos e lacunas na formação básica mais prevalentes nos Ensinos Fundamental e Médio.
Conceitualmente, a apresentação aritmético-geométrica dos números racionais (frações e números
decimais, inclusive), do primeiro ao quinto anos, é calcada no conceito fundamental de
proporcionali- dade, um dos grandes temas da presente proposta, em todas as unidades temáticas.
No sétimo ano, toda a construção dos números racionais é replicada para incorporar os números
negativos, de modo geometricamente natural, por invocar a noção de simetria na reta numérica.
Adição e subtração, mul- tiplicação e divisão são tratadas como operações indissociáveis umas das
outras, cujas propriedades e algoritmos devem ser sempre fartamente ilustradas em termos de
modelos geométricos.
A noção subjacente de proporcionalidade e sua correlata, linearidade, vão abrindo caminho a
questionamentos que indicam a existência de números irracionais. Prevemos um trabalho prévio de
motivação em torno da construção completa dos números reais. Esse processo de aproximação aos
números irracionais e, portanto, ao conjunto completo de reais é realizado de modo gradual, do
sétimo ao nono ano. É um tema de grande complexidade epistemológica e cognitiva e, portanto,
requer essa preparação conceitual. Mesmo na Aritmética, foi adiada a apresentação plena de
potência e raízes para o momento que já podemos tratar com propriedade de números irracionais.
374 PARTE IV
Em resumo, ao longo dos anos iniciais e finais, a/o estudante precisará ser capaz de resolver
problemas que envolvam as operações básicas com números naturais e racionais, além de entender
os significados dessas operações. Para tanto, devem saber utilizar estratégias próprias e algoritmos;
usar o cálculo mental e saber operar instrumentos como calculadora e computador. Esta unidade
temática ainda prevê, para os anos finais, o estudo de conceitos básicos de economia e finanças,
como taxas de juros, inflação e impostos, com o foco na Educação Financeira dos aprendizes.
A unidade temática Álgebra, por sua vez, dispõem-se a desenvolver o pensamento algébrico
a partir dos anos iniciais do Ensino Fundamental, que inclui: generalizar padrões; estabelecer
relação entre grandezas; modelar e resolver problemas aritméticos; desenvolver habilidades de
observação e de interpretação de regularidades a partir de diferentes representações (tabular,
gráfica, simbólica); e abstrair fenômenos matemáticos. Assim, conforme a BNCC, as ideias
matemáticas fundamentais vinculadas a esta unidade são: equivalência, variação, interdependência
e proporcionalidade (BRASIL, 2017). Dessa forma, é preciso propor atividades que contribuam para
o entendimento da igualdade, enquanto uma relação que possui características simétricas e
transitivas, estabelecendo relações e comparações entre quantidades conhecidas e desconhecidas,
como também, tentar expressar alguns significados para uma expressão numérica, para equações e
para inequações.
A exploração da Álgebra, nos anos finais, também antecipa o desenvolvimento da capacidade
de sistematizar, representar, analisar e resolver problemas por meio da construção de algoritmos 9. A
exploração destas capacidades pode ser realizada a partir da resolução de problemas modelados
pela linguagem algébrica, considerando o conceito de variável e de estrutura lógica operacional,
próprios dos algoritmos. Na presente proposta curricular, esta unidade temática aparece como uma
ponte, entre Aritmética e Geometria, por permitir modelar simbolicamente as relações de
proporcionalidade e linearidade que, como vimos, são fulcrais no estudo dos números e das
formas. Inicialmente circunscrita, do primeiro ao quinto anos, basicamente à formalização de
problemas inversos a Álgebra é expandida a partir do sexto para tornar-se a linguagem que
expressará simbolicamente relações entre variáveis numéricas, inicialmente lineares e, a partir do
sétimo ano, também não-lineares (quadráticas, cúbicas, exponenciais, por exemplo). Os conteúdos
sobre expressões algébricas são naturalmente articulados à necessidade de resolver equações
quadráticas e cúbicas que, por sua vez, são a formulação algébrica dos problemas geométricos de
construir-se um quadrado (respectivamente, cubo) com dada área (respectivamente, volume).
Normalmente, tópicos algébricos como esses são tratados nos livros-texto e currículos como
expedientes formais gratuitos, sem vinculação ou interesse que não seja o de fatorar intrincadas
expressões algébricas.
Tais relações algébricas quadráticas incluem a solução de equações quadráticas por mero
com- pletamento de quadrados. Essa é uma abordagem natural, integrada ao tema das relações
não-lineares entre números racionais ou reais. Ao contrário da prática usual, não colocamos ênfase
alguma na necessidade de que os alunos sejam obrigados a ocuparem-se, por um semestre inteiro,
em aplicar a chamada Fórmula de Bhaskara a um sem-número de equações quadráticas. Nesta
gradação curricular, a Álgebra abre caminho para a solução de problemas geométricos em termos
de números reais. Por outro lado, as relações lineares e não-lineares entre números reais, bem
como as razões trigonomé- tricas no nono ano em termos do conceito algébrico-analítico de
funções reais.
A Geometria, por sua vez, envolve o estudo da exploração do espaço (figuras, formas e
relações espaciais) e de procedimentos necessários para resolver problemas do mundo físico e de
diferentes áreas do conhecimento. Espelhando no que ocorre em Aritmética e Álgebra, os objetos
geométri- cos e suas propriedades são apresentados, inicialmente, com forte apelo intuitivo. Eles se
valem, por exemplo, de modelos concretos, mecânicos e computacionais. O contato inicial com
Geometria con-
9. Esta capacidade está relacionada ao Pensamento Computacional. “O Pensamento Computacional compreende abstrações e técnicas necessárias
para a descrição e análise de informações (dados) e processos. O domínio destas abstrações e técnicas provê uma habilidade essencial na resolução
de problemas, habilidade esta complementar às desenvolvidas em outras áreas como Matemática, física, etc. “ (SBC, 2018, p. 3).
ETAPAS DE ENSINO
375
vida a aluna, o aluno a pensar não apenas sobre as formas usuais da Geometria Euclidiana e de
seus símiles na Natureza e na cultura. Esse contato também contribui para entender os padrões
irregulares que percebemos em ramificações das árvores, em redes neuronais e em outras formas
para as quais mesmo uma noção aparentemente simples, como a de dimensão, não se aplica de
imediato e sem um árduo processo criativo.
Esta unidade contempla os trabalhos de transformações geométricas e habilidades de
construção, representação e interdependência. São habilidades necessárias ao desenvolvimento de
competências relacionadas ao raciocínio e ao pensamento espacial/visual. Elas são requisitadas, por
exemplo, para a leitura de mapa, na interpretação de gráficos estatísticos, nas artes (pintura,
escultura), na arquitetura, na agricultura e nas engenharias. A/o estudante desenvolve a
competência espacial, quando explora relações de tamanho, direção e posição no espaço; analisa e
compara objetos; classifica e organiza objetos; constrói modelos e representações de diferentes
situações que envolvem relações espaciais, com desenhos, maquetes, dobraduras e outros. É
importante, também, considerar o aspecto funcio- nal que deve estar presente no estudo da
Geometria: as transformações geométricas, sobretudo as simetrias (BRASIL, 2017).
Considerando que as ideias matemáticas fundamentais, associadas a essa temática, são,
princi- palmente a construção, representação e interdependência, podemos propor atividades para
que o/a estudante (com seu corpo e/ou objetos) vivencie situações de natureza espacial para
observar, iden- tificar elementos do universo, perceber propriedades, estabelecer relações e isolar
variáveis. Ademais, é esperado que a/o estudante seja capaz de representar figuras planas e/ou
sólidos geométricos, seja por malha quadriculada, plano cartesiano, ou ainda, softwares de
geometria dinâmica. Os modelos concretos ou computacionais permitem reunir evidências
“experimentais” de teoremas fundamentais da Geometria, como os que envolvem a soma dos
ângulos internos de um triângulo ou as relações de semelhança entre medidas e ângulos
determinados por um feixe de paralelas e transversais, entendido não como um mero fato em meio
a uma coleção de proposições, mas como o enunciado formal da própria noção de distância.
A validação experimental deve ser problematizada pela professora/pelo professor na discus-
são comparativa sobre método indutivo e método dedutivo. A partir disto, prevemos a introdução
à noção de demonstração matemática, base também de construções com régua e compasso. Esses
são dois elementos clássicos e indispensáveis do ensino de Geometria, retomados nessa proposta.
Congruência e semelhança são vistas como noções que definem, dentre todas as possíveis
geometria, a Geometria Euclidiana. Outro elemento original nesta unidade temática é a introdução
à Geometria Vetorial no nono ano, ao mesmo tempo, aproxima-se a linguagem algébrica e
geométrica do Ensino Fundamental dos conceitos usados na Física, no Ensino Médio e no Cálculo.
A unidade temática Grandezas e Medidas tem uma grande importância social, já que as
medi- das são usadas para quantificar grandezas do mundo físico, sendo fundamental para a
compreensão da realidade. Esta unidade temática completa, de modo indispensável, todo o
percurso curricular em Aritmética, Álgebra e Geometria ao prover modelos concretos de interação
com as Ciências e o coti- diano. Portanto, tem grande relevância em termos utilitários, seja no
contexto social ou econômico, seja no contexto científico. Além disso, é uma unidade que se
relaciona naturalmente como outras unidades, inclusive de outros componentes curriculares:
Ciências (densidade, grandezas e escalas do Sistema Solar, energia elétrica, entre outras) ou
Geografia (coordenadas geográficas, densidade de- mográfica, escalas de mapas e guias, entre
outras). Nesse sentido, a BNCC assevera que essa unidade temática contribui ainda para a
consolidação e a ampliação da noção de número, da aplicação de noções geométricas e para a
construção do pensamento algébrico.
Sendo assim, as/os estudantes do Ensino Fundamental precisam experienciar a resolução de
situações-problema que envolvam grandezas de comprimento, área, volume, capacidade, massa,
376 PARTE IV
tempo, temperatura e armazenamento de dados computacionais, por exemplo, utilizando, quando
necessário, transformações entre unidades de medida padronizadas mais usuais. Enfatizamos,
porém, que o essencial não é simplesmente, o manuseio formal com múltiplos e submúltiplos de
unidades de medida, sem que se desenvolva qualquer intuição sobre mudanças de escala. O
essencial é o claro entendimento do próprio processo de medição, especialmente, quando envolve
a relação entre gran- dezas físicas (densidade, velocidade, relação capacidade/volume) ou quando
diz respeito a grandes mudanças de escala. É importante que o estudante tenha alguma percepção
das imensas diferenças entre, por exemplo, níveis atômicos, celulares, astronômicos e
cosmológicos, essenciais para o enten- dimento da ciência contemporânea. Dessa forma, alinhados
à BNCC (BRASIL, 2017), argumentamos que essa unidade temática contribui ainda para a
consolidação e a ampliação da noção de número, da aplicação de noções geométricas e para a
construção do pensamento algébrico.
Considerando que as pessoas precisam compreender as informações que estão a sua volta, a
unidade temática Probabilidade e estatística propõe o estudo da incerteza, o que pressupõe a
neces- sidade do desenvolvimento da noção de aleatoriedade que deverá possibilitar que as/os
estudantes compreendam que nem todo fenômeno é determinístico; e do tratamento de dados,
que envolve o trabalho com a coleta e com a organização de dados de uma pesquisa.
Para o desenvolvimento do que presume esta unidade temática, é preciso incentivar a verba-
lização dos estudantes em eventos que envolvem o acaso, possibilitando a construção do espaço
amostral. Além disso, é preciso permitir que os estudantes não apenas participem do
desenvolvimento de pesquisas, mas de seu planejamento, de modo que possam desenvolver a
noção de amostra, de cruzamento de variáveis, de classificação e da definição do gráfico (CASTRO;
CASTRO-FILHO, 2015). Este tipo de atividade deverá contribuir para a leitura, a interpretação e a
construção de gráficos, bem como para a forma de produção de texto escrito para a comunicação
de dados.
Destacamos, como pressuposto, a necessidade de integração destas unidades temáticas, con-
siderando, para a aprendizagem da Matemática, a compreensão e a apreensão do significado e de
aplicações de objetos matemáticos. Portanto, salientamos a importância de alvitrar diferentes temas
matemáticos e a utilização de recursos didáticos como malhas quadriculadas, ábacos, jogos, livros,
vídeos, calculadoras, planilhas eletrônicas e softwares. Todavia, é preciso propor, para iniciar o
processo de formalização matemática, a utilização destes materiais integrados a situações que
proporcionem a reflexão e a sistematização. Neste sentido, buscamos propiciar às alunas/aos
alunos uma visão in- tegrada da Matemática a partir do desenvolvimento das relações existentes
entre os conceitos e os procedimentos Matemáticos.
Em resumo, o presente documento parte das competências e habilidades definidas na BNCC
para assimilar o contexto regional em seus matizes sociais, culturais e educacionais. Por outro lado,
ensaiamos uma maior amplitude e profundidade das competências e habilidades, considerando as
premissas expostas anteriormente a respeito do ensino e aprendizado da Matemática e de sua
difusão social como parte vital do conhecimento humano.
ETAPAS DE ENSINO
377
solucionar problemas científicos e tecnológicos e para alicerçar descobertas e construções, inclusive
com impactos no mundo do trabalho.
2- Desenvolver o raciocínio lógico, o espírito de investigação e a capacidade de produzir
argu- mentos convincentes, recorrendo aos conhecimentos matemáticos para compreender e atuar no
mundo. 3- Compreender as relações entre conceitos e procedimentos dos diferentes campos da
Mate- mática (Aritmética, Álgebra, Geometria, Estatística e Probabilidade) e de outras áreas do
conhecimento, sentindo segurança quanto à própria capacidade de construir e aplicar
conhecimentos matemáticos,
desenvolvendo a autoestima e a perseverança na busca de soluções.
4 - Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos presentes nas
práticas sociais e culturais, de modo a investigar, organizar, representar e comunicar informações
relevantes, para interpretá-las e avaliá-las crítica e eticamente, produzindo argumentos
convincentes.
5 - Utilizar processos e ferramentas matemáticas, inclusive tecnologias digitais disponíveis,
para modelar e resolver problemas cotidianos, sociais e de outras áreas de conhecimento,
validando estra- tégias e resultados.
6- Enfrentar situações-problema em múltiplos contextos, incluindo-se situações imaginadas,
não diretamente relacionadas com o aspecto prático- utilitário, expressar suas respostas e sintetizar
conclusões, utilizando diferentes registros e linguagens (gráficos, tabelas, esquemas, além de texto
escrito na língua materna e outras linguagens para descrever algoritmos, como fluxogramas, e
dados). 7 - Desenvolver e/ou discutir projetos que abordem, sobretudo, questões de urgência
social,
com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários, valorizando a diversidade de
opiniões de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza.
8 -Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente no
planejamento e desenvolvimento de pesquisas para responder a questionamentos e na busca de
soluções para pro- blemas, de modo a identificar aspectos consensuais ou não na discussão de
uma determinada questão, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles.
O texto da BNCC assevera que o documento se encontra orientado a fim de possibilitar o
desen- volvimento de competências e habilidades. Nesse sentido, são apresentadas indicações claras
do que as alunas/ os alunos devem “saber” (considerando a constituição de conhecimentos,
habilidades, atitudes e valores) e, sobretudo, do que devem “saber fazer” (considerando a
mobilização desses conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver demandas complexas
da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho). Reitera que, para
garantir o desenvolvimento das competências específicas, cada componente curricular apresenta um
conjunto de habilidades. Essas habilidades estão relacionadas ao saber fazer uso dos diferentes
objetos de conhecimento – aqui entendidos como con- teúdo, conceitos e processos –, que, por
sua vez, são organizados em unidades temáticas (BRASIL, 2017).
A habilidade representa então a capacidade de fazer uso de um conhecimento adquirido em
uma realidade intra ou interpessoal qualquer. A habilidade encontra-se articulada com o conceito
de “operação cognitiva”, pois define um tipo de uso cognitivo do conhecimento que se espera nos
con- textos da vida, sem se isolar como operação mental abstrata dissociada da realidade a ser
descrita em uma taxonomia de objetivos educacionais igualmente abstraídas da realidade.
As habilidades apresentadas na BNCC (BRASIL, 2017)buscam traduzir possíveis operações
cog- nitivas a serem realizadas com o uso de conteúdos e de conceitos da Matemática. A
concepção de que há interação do aprendiz com o conhecimento também decorre do
compromisso com o letramento em matemática. Ao eleger tais conceitos para a BNCC, temos uma
aproximação com as epistemologias do conhecimento definidas como cognitivistas.
As teorias construtivistas da aprendizagem e do desenvolvimento reforçam a concepção de
que a/o aprendiz pensa/atua global e ativamente, construindo e desenvolvendo modelos ou
esque- mas mentais de forma reflexiva, construtiva, autorregulada, recebendo informação, mas,
sobretudo,
378 PARTE IV
interpretando-a e relacionando-a com as experiências e os esquemas existentes ou de alguma forma
consolidados (DIETEL; HERMAN; KNUTH, 1991).
As teorias interacionistas assumem a aprendizagem humana enquanto fenômeno complexo
impulsionado pelas experiências vividas e pelas significações construídas a partir das relações
sociais, considerando tanto os aspectos relacionados à filogênese quanto aqueles relacionados à
história de cada indivíduo.
Desse modo, a compreensão Piagetiana sobre o processo de construção do conhecimento
observa saltos no desenvolvimento da inteligência (ou do conhecimento) definindo estágios
fundamentais do desenvolvimento cognitivo. Nesse contexto, cada período, ofereceria as bases
para o estágio poste- rior em um contínuo evolutivo iniciado por respostas motoras, passando pelo
pensamento concreto, encaminhando-se para um tipo de operação cognitiva caracterizada pela
abstração e a capacidade de generalização. Ainda para Piaget, em um processo que ele denomina
conceitualização o sujeito da aprendizagem transforma um esquema de ação concreta simples em
uma representação com relativa complexidade que pode ser replicada em diversas situações
similares, que pode ser observada por meio da comunicação e do desempenho do sujeito em
situações simuladas, por exemplo.
Vygotsky e seus colaboradores, por sua vez, sustentam que o processo de construção do co-
nhecimento acontece a partir da interação e inter-relação de fatores internos e externos ao sujeito.
Essa interação tem como uma das características principais, a multiplicidade de fatores relacionados
neste complexo processo (PINTO, 2011). Essa perspectiva, denominada histórico-cultural, destaca a
centralidade da linguagem e do universo semiótico, no qual os sujeitos estão imersos, assim como
dos processos comunicativos para a constituição subjetiva do ser humano. A perspectiva
sociocultural entende a linguagem como um dos elementos responsáveis pelo salto qualitativo no
desenvolvimento da espécie e dos indivíduos. Para Vygotsky (2009) os seres humanos apresentam,
no início da vida, algumas funções mentais elementares: atenção, sensação, percepção e memória.
Essas funções elemen- tares são modificadas pela cultura e pelas trocas sociais, transformando-se
pouco a pouco naquilo que ele denominou funções cognitivas superiores, tais como os
pensamentos complexos e abstratos. Na relação com a fala do adulto a criança pode ampliar suas
formas de compreensão do mundo (LURIA; YUDOVICH, 1985) e, por meio da linguagem,
desenvolve-se uma das principais características huma- nas, classificada como uma das funções
psicológicas superiores que é o pensamento generalizante.
Outro autor que trabalhou para estabelecer uma epistemologia do conhecimento, apoiada
so- bre as operações cognitivas, foi Gérard Vergnaud, discípulo de Piaget, Vergnaud aprofundou
estudos sobre as operações lógicas e as estruturas gerais do pensamento, que foram objeto de
investigação do segundo, discorrendo sobre o funcionamento cognitivo do “sujeito-em-situação”.
Uma diferença importante entre eles foi o interesse de Vergnaud sobre as operações mentais
aplicadas ao conheci- mento escolar baseado na própria experiência educacional e no ensino de
matemática e de ciências, ao passo que Piaget focalizou operações lógicas genéricas, sem essa
especificidade (VERGNAUD, 1994).
No estudo das operações mentais, Vergnaud parte do conceito de esquema mental de Piaget
para construir sua teoria dos campos conceituais em matemática e considera o legado de Vygotsky
(GRINGS; CABALLERO; MOREIRA, 2006; MOREIRA, 2002) como a importância atribuída à interação
so- cial, à linguagem e à simbolização no progressivo domínio de um campo conceitual pelos
aprendizes. Interessa a esta discussão, em especial, o conceito de campo conceitual desenvolvido
por Vergnaud (1983, p.81), enquanto “conjunto informal e heterogêneo de problemas, situações,
conceitos, relações, estruturas, conteúdos e operações de pensamento, conectados uns aos outros
e, provavelmente, entrelaçados durante o processo de aquisição”. Vergnaud (1983) aponta o fato
de que a ciência e a tecnologia têm se desenvolvido com o propósito de resolver problemas ou
qualquer situação que peça uma solução. Isso traz aos sujeitos a necessidade de descobrir relações
e explorá-las, de elabo- rar hipóteses e verificá-las, no âmbito escolar ou não. Para o autor, um
desafio da educação consiste
ETAPAS DE ENSINO
379
no uso de problemas significativos para que o conhecimento, tanto em seu aspecto teórico quanto
prático, que possa ser visto pelos aprendizes como ajuda relevante para a solução de problemas reais.
Nessa perspectiva, ao contrário do que ocorre nas escolas, que privilegiam exercícios repetiti-
vos para o ensino, os procedimentos de solução ou os esquemas, mobilizados pelos aprendizes na
solução de problemas, sobretudo quando o fazem com erros, oferecem indícios importantes para a
compreensão que estes aprendizes, possuem sobre os conceitos em questão. Quando uma pessoa
utiliza determinado esquema para uma situação problema que se mostra ineficaz para solucioná-la,
ela pode mudar de esquema ou alterar o esquema aplicado, demonstrando a plasticidade
adaptativa do processo ou da operação cognitiva.
Portanto, “esquema” é de ordem cognitiva e responde pelo desempenho operatório do
sujeito, diante de uma situação complexa, consequência da construção de conceitos, do domínio
sobre pro- cessos ou da aquisição de conhecimentos e assume características que, segundo
Vergnaud “representa as organizações invariantes de condutas, relativamente a uma classe de
situações e é composto de quatro elementos indispensáveis: invariantes operatórios, inferência,
regras de ação e antecipações” (VERGNAUD, 1993, p.22)
Deste modo, um esquema comporta diversos conceitos: os denominados (a) invariantes
opera- tórios, que são conceitos e teoremas em ação, conscientes ou não, não científicos, mas que
tornar-se-ão científicos na medida em que sejam explicitados, testados e validados pelos métodos
respectivos; (b) as antecipações - do objetivo a atingir, de efeitos a esperar demonstrando
conhecimento processual;
(c) as regras em ação - de tomadas de informação e de controle que vai gerar a sequência de
ações do sujeito, bem como as (d) possibilidades de inferências que permitem calcular regras em
ação, antecipar, generalizar e portanto, de utilizar o esquema em cada situação particular e em uma
classe de situações.
O conhecimento intuitivo é constituído de invariantes operatórios como parte conceitual dos
esquemas, que podem ser implícitos ou explícitos, conscientes ou inconscientes, e podem ser
aplicados a situações vivenciadas (VERGNAUD, 1994, 1996b). O funcionamento cognitivo, em
relação a uma si- tuação complexa, portanto, desenvolve-se sobre o repertório de esquemas
disponíveis e anteriormente formados que possibilitam a operacionalização do saber. A pessoa
explora, simultaneamente, antigos e novos aspectos e eventualmente esquemas podem ser
construídos ou adaptados para as situações vivenciadas a partir das ações operadas (FAVERO,
2002).
Na medida em que os esquemas resultam da atividade cognitiva do/da aprendiz sobre
situações complexas, podemos compreender a partir daí que os recursos disponíveis em seu
repertório incluem entre outros, informações factuais, conhecimento de conceitos, domínio sobre
processos e uma capa- cidade de refletir o próprio saber.
Do ponto de vista da fundamentação teórico-pedagógica a teoria dos campos conceituais
possibilita ampliar a compreensão sobre os processos ou operações cognitivas que, supostamente,
constituem parte dos constructos a serem medidos por meio das avaliações escolares. Este
documento apresenta, ainda, relações entre as habilidades quer sejam da Matemática, enquanto
componente curri- cular, com as demais habilidades da Matemática, quer seja da Matemática com
os outros componentes curriculares. A forma em que essas relações entre as habilidades foram
realizadas será apresentada no próximo tópico.
Compreender o conhecimento científico nos conduz à reflexão de que a educação científica deve
considerar as diversas relações entre o saber. Para Rodrigues (2015), as relações dentro do próprio com-
380 PARTE IV
ponente ou interdisciplinares, referem-se ao nível de integração dos diferentes assuntos ou
conteúdos programáticos abordados numa disciplina e destaca o nível de exigência conceitual
requerido dos alunos, uma vez que toda disciplina segue-se de uma lógica de organização, a fim de
que o professor possa garantir gradativamente, junto com as/os alunas/alunos, a construção do
conhecimento articulado, trazendo os temas anteriores para juntar aos novos dos quais são
dependentes.
As relações entre os componentes ou a interdisciplinaridade, por sua vez, segundo Coimbra
(2000), versa num tema objeto ou abordagem em que duas ou mais disciplinas, ao mesmo tempo,
intencionalmente situam relações entre si para alcançar um conhecimento mais amplo, diversificado e
unificado. No entanto, esta relação preocupa-se em manter a identidade de cada componente, a
partir da observação dos limites de cada um dos campos. Ademais, a interdisciplinaridade deriva de
uma edi- ficação consciente de conhecimentos e saberes, sendo o saber interdisciplinar estritamente
científico, provavelmente acrescentado de graus a mais de cientificidade, porquanto a ciência
internaliza outras formas de conhecimento e procura processá-las. Fortalecendo o desenvolvimento
das competências.
Dada a importância das relações intra e interdisciplinares, nos processos de ensino e aprendi-
zagem, a fim de que ocorra a apreensão dos conhecimentos científicos, foram geradas duas
colunas no organizador curricular de Matemática, no intuito de identificar relações entre
habilidades da BNCC dentro do próprio componente ou em componentes distintos.
ETAPAS DE ENSINO
381
aplicada. A interação de ambas está permitindo a análise crítica e a compreensão dos fenômenos
do dia a dia, utilizando e formalizando os conceitos empregados na construção do modelo.
A Etnomatemática, metodologia desenvolvida pelo educador matemático brasileiro Ubiratan
D’Ambrósio (1988). Pode ser concebida como arte ou técnica de explicar, de conhecer, de entender
os fenômenos naturais, explorando os diversos contextos culturais. É uma proposta pedagógica
possível e viável que valoriza a matemática de diferentes culturas, sem impor supremacias de
pensamentos ou construções teóricas. Imaginemos uma situação prática em que um a/o
professora/professor de matemática, propõe aos seus alunos o cálculo da área de uma casa. Se ele
tiver ministrando aula para profissionais da construção, como pedreiros/pedreiras, por exemplo,
provavelmente trarão à tona con- ceitos intuitivos usados no dia a dia. A riqueza do processo de
ensino e aprendizagem estará presente exatamente no momento em que o professor conseguir
estabelecer a conexão entre o conteúdo e a realidade vivenciada pelo grupo.
A Resolução de Problemas é uma metodologia de ensino em que a/o professora/professor
propõe à/ao aluna/aluno situações-problema caracterizadas pela investigação e exploração de
novo conceitos. Na resolução de problemas como tendência metodológica, os alunos podem: (1)
investigar e compreender o conteúdo matemático; (2) formular problemas a partir de situações
matemáticas do dia a dia; (3) desenvolver e aplicar estratégias para resolver uma grande variedade
de problemas; (4) verificar e interpretar resultados comparando-os com o problema original; (5)
adquirir confiança para usar a Matemática de forma significativa; (6) generalizar soluções e
estratégias para novas situações- problemas; dentre outras (DANTE, 2002; POLYA, 1978).
A História da Matemática é considerada como uma metodologia em que os/as alunos (as)
podem compreender os conceitos matemáticos por meio da relação entre o passado e o presente,
visualizando a construção e a utilidade de certos conteúdos que são ensinados. A partir desta
metodologia os/as estudantes podem perceber que a Matemática foi desenvolvida para atender às
necessidades cotidianas. Além disso, é possível despertar a curiosidade, motivando à/o aluna/aluno
para o trabalho e compreensão dos conceitos matemáticos, uma vez que poderão verificar que não
precisa ser gênio para saber matemática (MENDES, 2009; MIGUEL; MIORIM, 2011).
Os Jogos Matemáticos permitem a participação ativa da aluna/do aluno no processo de
aprendizagem, sendo, portanto, excelentes alternativas para o desenvolvimento do raciocínio
lógico, capacidade de interpretação, convívio em sala de aula e respeito a regras (BORIN, 2007;
SMOLE, DINIZ E MILANI, 2007).
Dentre os teóricos que contribuíram para o jogo tornar-se uma proposta metodológica com
base científica, destacamos as contribuições de Piaget e Vygotsky. Mesmo com algumas divergên-
cias teóricas, estes autores defendem a participação ativa do aluno no processo de aprendizagem.
Por meio do jogo, temos a possibilidade de abrir espaço para a presença do lúdico na escola, não
só como sinônimo de recreação e entretenimento. Muito mais do que um simples material
instrucional, ele permite o desenvolvimento da criatividade, da iniciativa e da intuição.
Dessa forma, os recursos tecnológicos digitais disponíveis na internet e em computadores,
quando devidamente utilizados, impõem o repensar a prática educativa e instiga a redefinição dos
papéis dos envolvidos no processo educativo, funcionando como ponte, ligando o que acontece
nas aulas com o que acontece no cotidiano dos alunos, contribuindo com a formação de conceitos
(CASTRO-FILHO; FREIRE; CASTRO, 2017; CASTRO; CASTRO-FILHO 2015).
Diante do exposto, consideramos que, partindo de tantas demandas, o ensino de matemática
deverá ser pensado, na atualidade, por meio de: i) resolução de problemas com vistas à reflexão do
sujeito e não a simples aceitação de algoritmos; ii) uso de softwares para se trabalhar diversos
conteúdo da matemática; iii) a história da matemática como motivação para o ensino de tópicos do
currículo; e, iv) o uso de jogos matemáticos, com vistas a promoção do desenvolvimento de
raciocínio lógico.
382 PARTE IV
UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO RELAÇÃO
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTE
PA
RT
E
IV Fazer observações sistemáticas de
aspectos quantitativos e qualitati-
(EF01MA10)
vos presentes nas práticas
Leitura, escrita e com- Inserção de um grupo entre outros organizados (EF01MA01)
(EF01MA05) Comparar números naturais sociais e culturais, de modo a
paração de números por ordem numérica; Determinação de número (EF01MA02)
1º Números de até duas ordens em situações investigar, organizar, representar e
naturais (até 100) Reta que vem logo após outro ou imediatamente antes (EF01MA03)
cotidia- nas, com e sem suporte da reta comunicar informações
numérica do outro (antecessor e sucessor); (EF01MA04)
numérica. relevantes, para interpretá-las e
(EF01MA09)
avaliá-las crítica e eticamente,
produzindo argumen- tos
convincentes.
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
situações imaginadas, não direta-
(EF01MA08) Resolver e elaborar proble-
Resolução de problemas envolvendo diferentes mente relacionadas com o aspecto
Problemas envolvendo mas de adição e de subtração,
significados da adição e da subtração utilizando (EF01MA05) prático-utilitário, expressar suas
diferentes significados envolvendo números de até dois (EF12EF03)
estratégias próprias; Descrição do processo de (EF01MA06) respostas e sintetizar conclusões,
1º Números da adição e da algarismos, com os significados de juntar, (EF01LP16)
resolução dos problemas resolvidos; Elaboração (EF01MA07) utilizando diferentes registros
subtração (juntar, acrescentar, separar e retirar, com o (EF01LP17)
de problemas envolvendo diferentes significados (EF01MA19) e linguagens (gráficos, tabelas,
acrescentar, separar, suporte de imagens e/ou material
da adição e da subtração esquemas, além de texto escrito na
retirar) manipulável, utilizando estraté- gias e
língua materna e outras linguagens
formas de registro pessoais.
para descrever algoritmos, como
fluxogramas, e dados).
Sequências recursivas:
Inserção de objeto em um grupo em que os Desenvolver o raciocínio lógico,
observação de regras (EF01MA10) Descrever, após o reconheci-
objetos estão seriados; Reconhecimento de regu- (EF01MA04) o espírito de investigação e a
usadas utilizadas em mento e a explicitação de um padrão (ou
laridades em sequências numéricas; Completação (EF01MA05) capacidade de produzir argumen-
1º Álgebra seriações numéricas regularidade), os elementos ausentes em
de sequência numérica com intervalo igual a 1; (EF01MA13) tos convincentes, recorrendo aos
(mais 1, mais 2, sequências recursivas de números naturais,
Conceituação de números pares e ímpares, com (EF01MA14) conhecimentos matemáticos para
menos 1, menos 2, por objetos ou figuras.
base em suas características. compreender e atuar no mundo.
exemplo)
PA
RT Identificação da posição de pessoa e/ou objeto
E presentes em representações utilizando um Fazer observações sistemáticas de
IV (EF01MA12) Descrever e registrar a
Localização de objetos ponto de referência e orientação a partir de seu aspectos quantitativos e qualitati-
localização e o deslocamento de
e de pessoas no próprio corpo; Movimentação e/ou vos presentes nas práticas
pessoas e de objetos no espaço
espaço, utilizando deslocamento mediante determinadas sociais e culturais, de modo a
segundo um dado ponto de referência, (EF12EF12)
1º Geometria diversos pontos de orientações espaciais; Orientação de (EF01MA11) investigar, organizar, representar e
compreendendo que, para a utilização de (EF15AR09)
referência e movimentação e/ou deslocamento de outra comunicar informações
termos que se referem à posição, como
vocabulário apropriado; pessoa fornecendo-lhe determinadas relevantes, para interpretá-las e
direita, esquerda, em cima, em baixo, é
Esboço do deslocamento orientações espaciais; Registro de deslocamentos avaliá-las crítica e eticamente,
necessário explicitar-se o referencial.
realizado à medida que são realizados, utilizando setas produzindo argumen- tos
indicadoras de sentido; Reprodução de convincentes.
desloca- mentos em malha quadriculada;
PA
RT Reconhecer que a Matemática é
E uma ciência humana, fruto das
necessidades e preocupações de
IV
Identificação de cédulas e moedas do Sistema (EF01MA19) Reconhecer e relacionar diferentes culturas, em diferentes
Sistema monetário
Grandezas e Monetário Brasileiro; Realização de equivalências valores de moedas e cédulas do (EF01MA06) momentos históricos, e é uma
1º brasi- leiro:
medidas entre cédulas do Sistema Monetário Brasileiro; sistema monetário brasileiro para (EF01MA08) ciência viva, que contribui para
reconhecimento de
Utilização de dinheiro em brincadeiras resolver situa- ções simples do solucionar problemas científicos e
cédulas e moedas
cotidiano do estudante. tecnológicos e para alicerçar desco-
bertas e construções, inclusive com
impactos no mundo do trabalho.
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
situações imaginadas, não direta-
mente relacionadas com o aspecto
Identificação de situações utilizando os termos (EF01MA20) Classificar eventos envolven- prático-utilitário, expressar suas
Probabilidade e possível, talvez aconteça e impossível; Experimen- do o acaso, tais como “acontecerá com respostas e sintetizar conclusões,
1º Noção de acaso (EF01LP21)
estatística tação com moedas e dados para compreensão da certeza”, “talvez aconteça” e “é impossível utilizando diferentes registros
aleatoriedade; acontecer”, em situações do cotidiano. e linguagens (gráficos, tabelas,
esquemas, além de texto escrito na
língua materna e outras linguagens
para descrever algoritmos, como
fluxogramas, e dados).
PA
RT
E Identificação dos fatos fundamentais da
adição e da subtração; Registro dos fatos
IV
fundamentais da adição e da subtração na
forma horizontal e
vertical; Resolução de adição e de subtração
com números de um algarismo (fato
fundamental) para obter o resultado;
Demonstração, com uso de materiais, que dois
ou mais grupos de objetos podem ser reunidos, Desenvolver o raciocínio lógico,
passando a constituir um grupo maior; o espírito de investigação e a
Construção de fatos (EF02MA05) Construir fatos básicos da (EF02MA06)
Demonstrar, com uso de materiais, que um ou capacidade de produzir argumen-
2º Números fundamentais da adição e adição e subtração e utilizá-los no cálculo (EF02MA07)
mais objetos podem ser acrescen- tados a tos convincentes, recorrendo aos
da subtração mental ou escrito. (EF02MA08)
outro grupo tendo como resultado conhecimentos matemáticos para
um grupo maior; Demonstração, com uso de compreender e atuar no mundo.
materiais, que é possível retirar um grupo de
objetos de outro grupo, desde que este seja
igual ou maior; Comparação de dois grupos de
objetos para descobrir a diferença numérica
entre eles, ou seja, quanto um possui a mais ou
a menos (com- paração de quantidades);
Indicação de quantos objetos faltam a um grupo
para que este tenha uma determinada
quantidade; Utilização de esti- mativa ao
trabalhar com quantidades; Realização de
cálculos utilizando estratégias próprias;
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
situações imaginadas, não direta-
Resolução de problemas envolvendo (EF02MA06) Resolver e elaborar proble- mente relacionadas com o aspecto
Problemas envolvendo
diferentes significados da adição e da mas de adição e de subtração, (EF02MA05) prático-utilitário, expressar suas
diferentes significados
subtração utilizando estratégias próprias; envolvendo números de até três ordens, (EF02MA07) respostas e sintetizar conclusões,
2º Números da adição e da (EF12EF03)
Descrição do processo de resolução dos com os significados de juntar, acrescentar, (EF02MA08) utilizando diferentes registros
subtração
problemas resolvidos; Elaboração de problemas separar, retirar, comparar, utilizando (EF02MA20) e linguagens (gráficos, tabelas,
(juntar, acrescentar, sepa-
envolvendo os diferentes significa- dos da estratégias pessoais ou convencionais. esquemas, além de texto escrito na
rar, retirar e comparar)
adição e da subtração; língua materna e outras linguagens
para descrever algoritmos, como
fluxogramas, e dados).
UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO RELAÇÃO
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTE
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
situações imaginadas, não direta-
mente relacionadas com o aspecto
Interpretação das noções de dobro, metade, (EF02MA08) Resolver e elaborar proble- (EF02MA05)
Problemas envolvendo prático-utilitário, expressar suas
triplo e terça parte, usando modelos concretos mas envolvendo dobro, metade, triplo e (EF02MA06)
significados de dobro, respostas e sintetizar conclusões,
2º Números ou geométricos; Resolução e elaboração de terça parte, com o suporte de imagens ou (EF02MA07)
metade, triplo e terça utilizando diferentes registros
situações que envolvem o dobro, a metade, o material manipulável, utilizando estraté- (EF02MA20)
parte e linguagens (gráficos, tabelas,
triplo e a terça parte gias pessoais. (EF02MA22)
esquemas, além de texto escrito na
língua materna e outras linguagens
para descrever algoritmos, como
fluxogramas, e dados).
ETA
PAS
DE
EN Ordenação de números de dois algarismos em Desenvolver o raciocínio lógico,
(EF02MA09) Construir sequências de
séries crescente e decrescente; Indicação do nú- o espírito de investigação e a
SIN Construção de sequên- números naturais em ordem crescente (EF02MA10)
mero que vem logo após outro ou imediatamente capacidade de produzir argumen-
O 2º Álgebra cias repetitivas e de ou decrescente a partir de um número (EF02MA11)
antes de outro (sucessor e antecessor); Inserção tos convincentes, recorrendo aos
sequências recursivas qualquer, utilizando uma regularidade (EF02MA01)
de objeto em um grupo em que os objetos estão conhecimentos matemáticos para
estabelecida.
39 seriados; compreender e atuar no mundo.
1
39
2 ANO
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES
RELAÇÃO RELAÇÃO
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTE
PA
RT
E
IV Desenvolver o raciocínio lógico,
Identificação de regu- Reconhecimento de regularidades em sequências;
(EF02MA10) Descrever um padrão o espírito de investigação e a
laridade de sequências Identificação e descrição do padrão de uma
(ou regularidade) de sequências (EF02MA09) capacidade de produzir argumen-
2º Álgebra e determinação de sequência; Identificação de regularidade de
repetitivas e de sequências (EF02MA11) tos convincentes, recorrendo aos
elementos ausentes na sequências e determinação de elementos ausen-
recursivas, por meio de palavras, conhecimentos matemáticos para
sequência tes na sequência.
símbolos ou desenhos. compreender e atuar no mundo.
PA
RT Medição de comprimentos utilizando unidades
E de medida não padronizadas; Comparação
dos resultados de medições realizadas com o
IV
uso de medidas não padronizadas; Utilização
de termos como: menor, maior, médio, alto, Fazer observações sistemáticas de
baixo, compri- do, curto, estreito, largo, longe, aspectos quantitativos e qualitati-
(EF02MA16) Estimar, medir e comparar
Medida de comprimento: perto; Reconhe- cimento do uso das medidas vos presentes nas práticas
comprimentos de lados de salas (incluindo
unidades não padroni- de comprimento em situações práticas do sociais e culturais, de modo a
Grandezas e contorno) e de polígonos, utilizando (EF02MA15)
2º zadas e padronizadas cotidiano; Identificação do metro como unidade investigar, organizar, representar e
medidas unidades de medida não padronizadas e (EF02MA17)
(metro, centímetro e padrão de medida de comprimento; comunicar informações
padronizadas (metro, centímetro e milíme-
milímetro) Identificação de instrumentos de medida de relevantes, para interpretá-las e
tro) e instrumentos adequados.
comprimento (metro não graduado, metro avaliá-las crítica e eticamente,
articulado, metro de prumo, trena, fita produzindo argumen- tos
métrica); Medição e comparação de resultados convincentes.
de medições; Identificação do uso do metro,
centí- metro e milímetro como unidades de
medidas de comprimento; Compreensão da
adequação de uso do metro, centímetro e
milímetro
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
situações imaginadas, não direta-
ETA mente relacionadas com o aspecto
PAS Identificação de situações utilizando os
(EF02MA21) Classificar resultados de prático-utilitário, expressar suas
Análise da ideia de termos possível, talvez aconteça e
DE Probabilidade e eventos cotidianos aleatórios como “pouco respostas e sintetizar conclusões,
2º aleatório em situações do impossível; Identifi- cação de possíveis
EN estatística prováveis”, “muito prováveis”, “imprová- utilizando diferentes registros
cotidiano eventos ou cenários em um experimento (em
SIN veis” e “impossíveis”. e linguagens (gráficos, tabelas,
ambiente escolar ou em uma situação
esquemas, além de texto escrito na
O cotidiana, real ou hipotética);
língua materna e outras linguagens
para descrever algoritmos, como
39 fluxogramas, e dados).
5
39
6 ANO
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES
RELAÇÃO RELAÇÃO
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTE
PA
RT Desenvolver e/ou discutir projetos
E que abordem, sobretudo, questões
de urgência social, com base em
IV
princípios éticos, democráticos,
sustentáveis e solidários, valorizan-
do a diversidade de opiniões de
indivíduos e de grupos sociais, sem
Leitura e localização de informações e dados (EF02MA22) Comparar informações de
Coleta, classificação e preconceitos de qualquer natureza.
em tabelas simples; Leitura de informações e pesquisas apresentadas por meio de
representação de dados Interagir com seus pares de
Probabilidade e dados em gráfico pictórico e de colunas tabelas de dupla entrada e em gráficos de
2º em tabelas simples e (EF02MA23) (EF12LP08) forma cooperativa, trabalhando
estatística produzidos, ou não, pela turma; Interpretação colunas simples ou barras, para melhor
de dupla entrada e em coletivamente no planejamento e
de informações compreender aspectos da realidade
gráficos de colunas desenvolvimento de pesquisas
e dados, explícitos e implícitos, em gráficos próxima.
para responder a questionamentos
de colunas ou barras.
e na busca de soluções para
problemas, de modo a identificar
aspectos consensuais ou não na
discussão de uma determinada
questão, res- peitando o modo de
pensar dos colegas e aprendendo
com eles
PA
RT
E
IV
Enfrentar situações-problema em
Resolução de adições com dois ou três algaris-
múltiplos contextos, incluindo-se
mos sem reserva; Resolução de adições com
situações imaginadas, não direta-
dois ou três algarismos com reserva; Resolução
mente relacionadas com o aspecto
de subtrações com números de até três (EF03MA05) Utilizar diferentes (EF03MA11)
Procedimentos de cálculo prático-utilitário, expressar suas
algarismos sem reagrupamento; Resolução de procedi- mentos de cálculo mental e (EF03MA01)
(mental e escrito) com respostas e sintetizar conclusões,
3º Números subtrações com números de até três algarismos escrito para resolver problemas (EF03MA02)
números naturais: adição utilizando diferentes registros
com reagru- pamento; Disposição e utilização significativos envol- vendo adição e (EF03MA03)
e subtração e linguagens (gráficos, tabelas,
do algoritmo da adição e da subtração; subtração com números naturais. (EF03MA04)
esquemas, além de texto escrito na
Realização de estimativas dos resultados de
língua materna e outras linguagens
adições e de subtrações; Utilização da adição
para descrever algoritmos, como
como prova real da subtração e vice-versa;
fluxogramas, e dados).
Enfrentar situações-problema em
Resolução e elaboração de problemas envolvendo
múltiplos contextos, incluindo-se
diferentes significados da adição e da
situações imaginadas, não direta-
subtração; Resolução e elaboração de (EF03MA06) Resolver e elaborar pro-
Problemas envolvendo mente relacionadas com o aspecto
problema envolvendo adição, em que é blemas de adição e subtração com os
significados da (EF03MA01) prático-utilitário, expressar suas
procurado o valor da soma significados de juntar, acrescentar, separar,
adição e da (EF03MA02) respostas e sintetizar conclusões,
3º Números ou de uma parcela; Resolução e retirar, comparar e completar quantidades,
subtração: juntar, (EF03MA03) utilizando diferentes registros
elaboração de problema envolvendo utilizando diferentes estratégias de cálculo
acrescentar, separar, (EF03MA04) e linguagens (gráficos, tabelas,
subtração em que é exato ou aproximado, incluindo cálculo
reti- rar, comparar e esquemas, além de texto escrito na
procurado o valor do resto, do minuendo ou do mental.
completar quantidades língua materna e outras linguagens
subtraendo; Descrição do processo de resolução
para descrever algoritmos, como
dos problemas resolvidos; Resolução e elaboração
fluxogramas, e dados).
de problemas envolvendo a adição e a subtração
em uma mesma situação;
UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO RELAÇÃO
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTE
Problemas envolvendo
Enfrentar situações-problema em
diferentes significados da
múltiplos contextos, incluindo-se
multiplicação e da divi-
Interpretação de situações que demandam situações imaginadas, não direta-
ETA são: adição de parcelas
ação de repartir uma quantidade em partes (EF03MA08) Resolver e elaborar proble- mente relacionadas com o aspecto
iguais, proporcionalidade,
PAS iguais nas vivências; Resolução de problemas mas de divisão de um número natural por prático-utilitário, expressar suas
configuração retangular, (EF03MA03)
DE envolvendo diferentes significados da divisão outro (até 10), com resto zero e com resto (EF03LP11) respostas e sintetizar conclusões,
3º Números repartição em partes (EF03MA07)
(repartir e me- dir) utilizando estratégias diferente de zero, com os significados de (EF03LP16) utilizando diferentes registros
EN iguais e medida; Signi- (EF03MA09)
próprias; Descrição do processo de resolução repartição equitativa e de medida, por e linguagens (gráficos, tabelas,
SIN ficados da multiplicação
dos problemas resolvidos; Elaboração de meio de estratégias e registros pessoais. esquemas, além de texto escrito na
O (repetição de parcelas
problemas envolvendo os diferen- tes língua materna e outras linguagens
iguais, proporcionalida-
significados da divisão (repartir e medir); para descrever algoritmos, como
de,); e Significados da
fluxogramas, e dados).
39 divisão (partilha)
9
40
0 UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO RELAÇÃO
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTE
PA
RT Compreender as relações entre
E conceitos e procedimentos dos
diferentes campos da Matemática
IV
(Aritmética, Álgebra, Geometria,
Estatística e Probabilidade) e de
outras áreas do conhecimento,
sentindo segurança quanto à
própria capacidade de construir e
aplicar conhecimentos matemáticos,
(EF03MA09) Associar o quociente de uma desenvolvendo a autoestima e a
Significados de metade,
Resolução e elaboração de situações que divisão com resto zero de um número perseverança na busca de soluções.
terça parte, quarta parte,
3º Números envol- vem o dobro, a metade, o triplo, a terça natural por 2, 3, 4, 5 e 10 às ideias de (EF03MA08) Enfrentar situações-problema em
quinta parte e décima
parte, a quarta parte, a quinta parte e a metade, terça, quarta, quinta e décima múltiplos contextos, incluindo-se
parte
décima parte; partes. situações imaginadas, não direta-
mente relacionadas com o aspecto
prático-utilitário, expressar suas
respostas e sintetizar conclusões,
utilizando diferentes registros
e linguagens (gráficos, tabelas,
esquemas, além de texto escrito na
língua materna e outras linguagens
para descrever algoritmos, como
fluxogramas, e dados).
PA
RT
E Identificação de figuras planas, nomeando-as
(quadrado, retângulo, triângulo, trapézio e para-
IV
lelogramo); Identificação de formas planas nos
Fazer observações sistemáticas de
elementos da natureza e nos objetos construídos
aspectos quantitativos e qualitati-
Figuras geométricas pla- pelo homem; Identificação de figuras planas em
(EF03MA15) Classificar e comparar figuras vos presentes nas práticas
nas (triângulo, quadrado, representações como desenhos, fotos, pinturas e (EF03MA13)
planas (triângulo, quadrado, retângulo, sociais e culturais, de modo a
retângulo, trapézio e gravuras; Identificação do quadrado e do retân- (EF03MA14)
3º Geometria trapézio e paralelogramo) em relação a investigar, organizar, representar e
paralelogramo): reco- gulo nas faces do cubo e do paralelepípedo e o (EF03MA16)
seus lados (quantidade, posições comunicar informações
nhecimento e análise de triângulo nas faces da pirâmide; Reprodução de (EF03MA21)
relativas e comprimento) e vértices. relevantes, para interpretá-las e
características figuras planas por meio de recortes e dobraduras;
avaliá-las crítica e eticamente,
Decomposição de figuras planas em outras por
produzindo argumen- tos
meio de recorte; Composição de uma figura plana
convincentes.
utilizando outras; Identificação de simetrias em
figuras planas
PA
RT Compreender as relações entre
E conceitos e procedimentos dos
diferentes campos da Matemática
IV
(Aritmética, Álgebra, Geometria,
Estatística e Probabilidade) e de
outras áreas do conhecimento,
sentindo segurança quanto à
própria capacidade de construir e
Medidas de tempo: leitu- aplicar conhecimentos matemáticos,
ra de horas em relógios Identificação do dia como período de 24 horas; (EF03MA22) Ler e registrar medidas e desenvolvendo a autoestima e a
digitais e analógicos, Resolução e elaboração de problemas com intervalos de tempo, utilizando relógios (EF03MA17) perseverança na busca de soluções.
Grandezas e
3º duração de eventos situações que informem os horários de início e (analógico e digital) para informar os (EF03MA18) (EF03CI08) Enfrentar situações-problema em
medidas
e reconhecimento de término de realização de uma atividade e sua horários de início e término de realização (EF03MA23) múltiplos contextos, incluindo-se
relações entre unidades duração. de uma atividade e sua duração. situações imaginadas, não direta-
de medida de tempo mente relacionadas com o aspecto
prático-utilitário, expressar suas
respostas e sintetizar conclusões,
utilizando diferentes registros
e linguagens (gráficos, tabelas,
esquemas, além de texto escrito na
língua materna e outras linguagens
para descrever algoritmos, como
fluxogramas, e dados).
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
Identificação de cédulas e moedas do Sistema
situações imaginadas, não direta-
Monetário Brasileiro; Leitura e escrita de quan-
Sistema monetário bra- mente relacionadas com o aspecto
tias por extenso; Composição e decomposição (EF03MA24) Resolver e elaborar pro-
sileiro: estabelecimento prático-utilitário, expressar suas
de valores, manipulando cédulas ou moedas; blemas que envolvam a comparação e a
Grandezas e de equivalências de um (EF03MA17) respostas e sintetizar conclusões,
3º Realização de trocas de notas e de moedas por equivalência de valores monetários do
medidas mesmo valor na utiliza- (EF03MA18) utilizando diferentes registros
moedas, manipulando-as; Resolução e elaboração sistema brasileiro em situações de
ção de diferentes cédulas e linguagens (gráficos, tabelas,
de problemas envolvendo quantias; Resolução e compra, venda e troca.
e moedas esquemas, além de texto escrito na
elaboração de problemas envolvendo situações
língua materna e outras linguagens
de compra, venda e troca;
para descrever algoritmos, como
fluxogramas, e dados).
UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO RELAÇÃO
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTE
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
situações imaginadas, não direta-
mente relacionadas com o aspecto
Identificação de eventos possíveis e impossíveis;
(EF03MA25) Identificar, em eventos prático-utilitário, expressar suas
Análise da ideia de Verificação de possíveis eventos ou cenários
Probabilidade e familiares aleatórios, todos os respostas e sintetizar conclusões,
3º acaso em situações do em um experimento (em ambiente escolar ou
estatística resultados possíveis, estimando os que utilizando diferentes registros
cotidia- no: espaço em uma situação cotidiana, real ou hipotética)
têm maiores ou menores chances de e linguagens (gráficos, tabelas,
amostral que tem maiores/menores chance de ocorrer;
ocorrência. esquemas, além de texto escrito na
língua materna e outras linguagens
para descrever algoritmos, como
fluxogramas, e dados).
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
situações imaginadas, não direta-
mente relacionadas com o aspecto
Resolução e elaboração de problemas envolvendo (EF03MA26) Resolver problemas cujos prático-utilitário, expressar suas
(EF03CI06)
Probabilidade e diferentes operações, com informações apresen- dados estão apresentados em tabelas (EF03MA27) respostas e sintetizar conclusões,
3º Leitura, interpretação e (EF03CI09)
estatística tadas em tabelas de dupla entrada ou em gráficos de dupla entrada, gráficos de barras ou (EF03MA28) utilizando diferentes registros
(EF89EF04)
de barras ou colunas; de colunas. e linguagens (gráficos, tabelas,
esquemas, além de texto escrito na
língua materna e outras linguagens
para descrever algoritmos, como
fluxogramas, e dados).
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
situações imaginadas, não direta-
mente relacionadas com o aspecto
prático-utilitário, expressar suas
respostas e sintetizar conclusões,
utilizando diferentes registros
(EF03MA27) Ler, interpretar e comparar e linguagens (gráficos, tabelas,
Leitura, interpretação e comparação de
dados apresentados em tabelas de dupla esquemas, além de texto escrito na
informa- ções e dados em tabelas simples e de
entrada, gráficos de barras ou de colunas, (EF03LP25) língua materna e outras linguagens
representação de da- dupla en- trada; Leitura de informações e
envolvendo resultados de pesquisas (EF35LP17) para descrever algoritmos, como
Probabilidade e dos em dados em gráfico de colunas ou barras; (EF03MA26)
ETA 3º significativas, utilizando termos como (EF03CI06) fluxogramas, e dados).
estatística tabelas de dupla entrada Interpretação de informa- ções e dados, (EF03MA28)
PAS maior e menor frequência, apropriando-se (EF03CI09) Interagir com seus pares de
e gráficos de barras explícitos e implícitos, em tabelas simples ou
desse tipo de linguagem para compreen- (EF35EF11) forma cooperativa, trabalhando
DE de dupla entrada e em gráficos de colunas ou
der aspectos da realidade sociocultural coletivamente no planejamento e
EN barras; Compreensão do significado de
significativos. desenvolvimento de pesquisas para
frequência; Comparação de frequências
SIN responder a questionamentos e na
O busca de soluções para problemas,
de modo a identificar aspectos
consensuais ou não na discussão
40 de uma determinada questão,
5 respeitando o modo de pensar dos
colegas e aprendendo com eles.
40
6 UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO RELAÇÃO
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTE
PA
RT
E
IV
Interagir com seus pares de
forma cooperativa, trabalhando
coletivamente no planejamento e
desenvolvimento de pesquisas para
Conhecimento dos diferentes tipos de variáveis
responder a questionamentos e na
categóricas; Planejamento de pesquisa; Coleta
busca de soluções para problemas,
de dados: pesquisa envolvendo variáveis (EF03MA28) Realizar pesquisa envolvendo
de modo a identificar aspectos
Coleta, classificação e categóricas em um universo de até 50 variáveis categóricas em um universo de
(EF03LP26) consensuais ou não na discussão
representação de dados elementos; Organiza- ção de dados coletados até 50 elementos, organizar os dados
Probabilidade e (EF03MA26) (EF35LP17) de uma determinada questão,
3º referentes a variáveis em listas, tabelas simples ou de dupla entrada; coletados utilizando listas, tabelas simples
estatística (EF03MA27) (EF03CI06) respeitando o modo de pensar dos
categóricas, por meio de Preenchimento de tabela simples ou de dupla ou de dupla entrada e representá-los em
(EF03CI09) colegas e aprendendo com eles.
tabelas e gráficos entrada, com dados coleta- dos; Construção de gráficos de colunas simples, com e sem
Utilizar processos e ferramentas
gráfico de barras ou colunas simples em malha uso de tecnologias digitais.
matemáticas, inclusive tecnologias
quadriculada; Utilização de softwares e/ou
digitais disponíveis, para modelar
recursos digitais para a construção de gráficos;
e resolver problemas cotidianos,
sociais e de outras áreas de
conhe- cimento, validando
estratégias e resultados.
40
7
40
8 UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO RELAÇÃO
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTE
PA
RT
E
IV
40
9
41
0 ANO
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES
RELAÇÃO RELAÇÃO
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTE
PA
RT Interpretação de situações que demandam ação
E de reunir quantidades iguais nas vivências do
cotidiano; Resolução de problemas envolvendo
IV
diferentes significados da multiplicação (adição
Enfrentar situações-problema em
de parcelas iguais, proporcionalidade, configu-
múltiplos contextos, incluindo-se
ração retangular) utilizando estratégias diversas
Problemas envolvendo situações imaginadas, não direta-
(estimativa, cálculo mental e algoritmos); Des- (EF04MA06) Resolver e elaborar proble-
diferentes significados (EF04MA25) mente relacionadas com o aspecto
crição do processo de resolução dos problemas mas envolvendo diferentes significados da
da multiplicação e (EF04MA01) prático-utilitário, expressar suas
resolvidos; Elaboração de problemas multiplicação (adição de parcelas iguais,
da divisão: adição de (EF04MA02) respostas e sintetizar conclusões,
4º Números envolvendo os diferentes significados da organização retangular e proporcionalida-
parcelas iguais, configu- (EF04MA03) utilizando diferentes registros
multiplicação (adição de parcelas iguais, de), utilizando estratégias diversas, como
ração retangular, propor- (EF04MA04) e linguagens (gráficos, tabelas,
proporcionalidade, configuração retangular) ; cálculo por estimativa, cálculo mental e
cionalidade, repartição (EF04MA05) esquemas, além de texto escrito na
Resolução e elabo- ração de problemas algoritmos.
equitativa e medida língua materna e outras linguagens
envolvendo mais de uma operação.
para descrever algoritmos, como
Desenvolvimento de estratégias, a fim de que o
fluxogramas, e dados).
aluno se aproprie da linguagem mate- mática e
das formas de expressão característica da
disciplina. Proposição do uso da calculadora
como estratégia de verificação de resultados e
de diversificação de soluções.
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
Resolução de situações multiplicativas, com o
(EF04MA08) Resolver, com o suporte situações imaginadas, não direta-
uso da multiplicação ou divisão, com a ideia de
de imagem e/ou material manipulável, mente relacionadas com o aspecto
combinação; Utilização de diferentes
problemas simples de contagem, prático-utilitário, expressar suas
estratégias para resolução de problemas; (EF04MA26)
como a determinação do número de (EF35EF05) respostas e sintetizar conclusões,
4º Números Problemas de contagem Compreensão do princípio fundamental da (EF04MA05)
agrupa- mentos possíveis ao se (EF35EF07) utilizando diferentes registros
contagem; Resolução e elaboração de (EF04MA06)
combinar cada elemento de uma e linguagens (gráficos, tabelas,
situações de contagem em que os alunos
coleção com todos os esquemas, além de texto escrito na
resolvam, utilizando diferentes proce- dimentos
elementos de outra, utilizando língua materna e outras linguagens
e registros (diagramas, listas, árvore de
estratégias e formas de registro para descrever algoritmos, como
possibilidades, tabelas).
pessoais. fluxogramas, e dados).
UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO RELAÇÃO
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTE
41
1
41
2 ANO
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES
RELAÇÃO RELAÇÃO
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTE
PA
RT Compreensão de que algumas divisões deixam
E retos, ou seja, não são exatas; Identificação de
padrão e regularidade em sequência numérica
IV
formada por números que deixam o mesmo
Fazer observações sistemáticas de
resto ao ser dividido por um mesmo número
Sequência numérica aspectos quantitativos e qualitati-
natural; Formação de sequências numéricas
recursiva formada por (EF04MA12) Reconhecer, por meio de vos presentes nas práticas
compostas por números que deixam o mesmo
números que deixam investigações, que há grupos de números sociais e culturais, de modo a
resto ao (EF04MA07)
4º Álgebra o mesmo resto ao ser naturais para os quais as divisões por um investigar, organizar, representar e
ser dividido por um mesmo número natural; (EF04MA11)
divididos por um mesmo determinado número resultam em restos comunicar informações
Reconhecimento, por meio de investigações,
número natural diferente iguais, identificando regularidades. relevantes, para interpretá-las e
que há grupos de números naturais para os
de zero avaliá-las crítica e eticamente,
quais as divisões por um determinado número
produzindo argumen- tos
resultam em restos iguais, identificando
convincentes.
regularidades, que implica em identificar
dividendo, divisor, quo- ciente e resto em uma
divisão; Análise da relação entre o números de
uma sequência, buscando um padrão para
expressar uma regularidade.
PA
RT
E
IV
Enfrentar situações-problema em
Reconhecimento de simetria por reflexão. Re-
múltiplos contextos, incluindo-se
conhecimento do eixo de simetria por meio de
situações imaginadas, não direta-
dobraduras; Identificação do eixo de simetria
(EF04MA19) Reconhecer simetria de mente relacionadas com o aspecto
traçado em figuras; Identificação de figura
reflexão em figuras e em pares de figuras prático-utilitário, expressar suas
simétrica e não simétrica; Identificação de (EF04MA17)
geométricas planas e utilizá-la na cons- respostas e sintetizar conclusões,
4º Geometria Simetria de reflexão figuras com em eixo de simetria; Identificação (EF04MA18)
trução de figuras congruentes, com o uso utilizando diferentes registros
da sime- tria de reflexão em figuras planas (EF04MA21)
de malhas quadriculadas e de softwares e linguagens (gráficos, tabelas,
representadas em malhas quadriculadas;
de geometria. esquemas, além de texto escrito na
Utilização de softwares ou recursos digitais para
língua materna e outras linguagens
compreensão e identi- ficação da
para descrever algoritmos, como
simetria;
fluxogramas, e dados).
PA
RT
E
IV
Fazer observações sistemáticas de
aspectos quantitativos e qualitati-
vos presentes nas práticas
sociais e culturais, de modo a
Construção de gráficos, com o uso de papel
Medidas de tempera- investigar, organizar, representar e
quadriculado ou softwares, para a representação
tura em grau Celsius: comunicar informações
da variação de temperatura diária, semanal ou (EF04MA24) Registrar as temperaturas
construção de gráficos relevantes, para interpretá-las e
mensal de uma determinada localidade; Utili- máxima e mínima diárias, em locais do seu
Grandezas e para indicar a variação avaliá-las crítica e eticamente,
4º zação de planilhas eletrônicas para organizar cotidiano, e elaborar gráficos de colunas (EF04MA23)
medidas da temperatura (mínima produzindo argumen- tos
informações relacionadas com a temperatura de com as variações diárias da temperatura,
e máxima) medida em convincentes.
uma determinada localidade ou região; Utilização utilizando, inclusive, planilhas eletrônicas.
um dado dia ou em uma Utilizar processos e ferramentas
de diversos gêneros textuais a fim de explorar a
semana matemáticas, inclusive tecnologias
leitura e registro das temperaturas.
digitais disponíveis, para modelar
e resolver problemas cotidianos,
sociais e de outras áreas de
conhe- cimento, validando
estratégias e resultados.
41
7
41
8 ANO
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES
RELAÇÃO RELAÇÃO
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTE
PA
RT Interagir com seus pares de
E forma cooperativa, trabalhando
coletivamente no planejamento e
IV
desenvolvimento de pesquisas para
Conhecimento dos diferentes tipos de variáveis
responder a questionamentos e na
categóricas e numéricas; Compreensão do uso
busca de soluções para problemas,
de variáveis categóricas e numéricas;
Diferenciação entre de modo a identificar aspectos
Planejamento de pesquisa; Coleta e (EF04MA28) Realizar pesquisa envolvendo
variáveis categóricas e consensuais ou não na discussão
organização de dados; Preenchimento de tabela variáveis categóricas e numéricas e
Probabilidade e variáveis numéricas (EF04LP24) de uma determinada questão,
4º simples ou de dupla entrada, com dados organi- zar dados coletados por meio de (EF04MA27)
estatística Coleta, classificação e (EF35EF02) respeitando o modo de pensar dos
coletados; Organização de dados por meio de tabelas e gráficos de colunas simples ou
representação de dados colegas e aprendendo com eles.
lista ou tabelas; Construção de gráfico de agrupadas, com e sem uso de
de pesquisa realizada Utilizar processos e ferramentas
colunas simples ou agrupadas em malha tecnologias digitais.
matemáticas, inclusive tecnologias
quadriculada; Utilização de softwares e/ ou
digitais disponíveis, para modelar
recursos digitais para a construção de gráficos;
e resolver problemas cotidianos,
Produção de relatório de pesquisa
sociais e de outras áreas de
conhe- cimento, validando
estratégias e resultados.
PA
RT Compreender as relações entre
E conceitos e procedimentos dos
diferentes campos da Matemática
IV (EF05MA02)
Comparação e ordenação (Aritmética, Álgebra, Geometria,
(EF05MA03)
de números racionais na Estabelecimento da equivalência entre frações; Estatística e Probabilidade) e de
(EF05MA04) Identificar frações equiva- (EF05MA05)
5º Números representação decimal e Identificação de frações equivalentes; Simplifica- outras áreas do conhecimento,
lentes. (EF05MA06)
na fracionária utilizando ção de frações; Comparação de frações. sentindo segurança quanto à
(EF05MA07)
a noção de equivalência própria capacidade de construir e
(EF05MA08)
aplicar conhecimentos matemáticos,
desenvolvendo a autoestima e a
perseverança na busca de soluções.
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
Identificação da porcentagem como a razão
(EF05MA06) Associar as representações situações imaginadas, não direta-
entre dois números sendo um deles igual a 100; (EF05MA06)
10%, 25%, 50%, 75% e 100% respecti- mente relacionadas com o aspecto
Identificação de 1% com 1/100 e 0,01 tendo (EF05MA07)
vamente à décima parte, quarta parte, prático-utilitário, expressar suas
Cálculo de porcentagens como suporte a malha quadriculada de cem (EF05MA08)
metade, três quartos e um inteiro, para respostas e sintetizar conclusões,
5º Números e representação fra- quadrados; Identificação da representação (EF05MA02) (EF05GE01)
calcular porcentagens, utilizando estraté- utilizando diferentes registros
cionária gráfica de uma porcentagem; Representação (EF05MA03)
gias pessoais, cálculo mental e calculadora, e linguagens (gráficos, tabelas,
gráfica de uma porcentagem; Cálculo de 10%, (EF05MA04)
em contextos de educação financeira, esquemas, além de texto escrito na
25%, 50%, 75% de um número, por meio de (EF05MA05)
entre outros. língua materna e outras linguagens
estratégias pessoais e/ou com auxílio da
para descrever algoritmos, como
calculadora;
fluxogramas, e dados).
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
Resolução de problemas envolvendo diferentes
situações imaginadas, não direta-
significados da adição e da subtração;
(EF05MA07) Resolver e elaborar proble- mente relacionadas com o aspecto
Problemas: adição e Elaboração de problemas envolvendo diferentes
mas de adição e subtração com números prático-utilitário, expressar suas
subtração de números significados da adição e da subtração; (EF05MA02)
naturais e com números racionais, cuja respostas e sintetizar conclusões,
5º Números naturais e números racio- Descrição do processo de resolução dos (EF05MA04)
representação decimal seja finita, utilizan- utilizando diferentes registros
nais cuja representação problemas resolvidos; Resolução e elaboração de (EF05MA06)
do estratégias diversas, como cálculo por e linguagens (gráficos, tabelas,
decimal é finita problemas envolvendo fração com apoio de
estimativa, cálculo mental e algoritmos. esquemas, além de texto escrito na
imagens; Resolução e elaboração de problemas
língua materna e outras linguagens
envolvendo decimais; Resolução de problemas
para descrever algoritmos, como
utilizando a calculadora.
fluxogramas, e dados).
UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO RELAÇÃO
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTE
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
Problemas de contagem (EF05MA09) Resolver e elaborar proble- situações imaginadas, não direta-
do tipo: “Se cada objeto mas simples de contagem envolvendo o mente relacionadas com o aspecto
de uma coleção A for princípio multiplicativo, como a determina- prático-utilitário, expressar suas
combinado com todos Resolução e elaboração de problemas ção do número de agrupamentos possíveis (EF05MA22) respostas e sintetizar conclusões,
5º Números
os elementos de uma que envolvem a situação de ao se combinar cada elemento de uma (EF05MA23) utilizando diferentes registros
coleção B, quantos combinatória coleção com todos os elementos de outra e linguagens (gráficos, tabelas,
agrupamentos desse tipo coleção, por meio de diagramas de árvore esquemas, além de texto escrito na
podem ser formados?” ou por tabelas. língua materna e outras linguagens
para descrever algoritmos, como
fluxogramas, e dados).
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
situações imaginadas, não direta-
ETA (EF05MA10) Concluir, por meio de
Compreensão do princípio aditivo da igualdade; mente relacionadas com o aspecto
PAS investigações, que a relação de
Compreensão do princípio multiplicativo da igual- prático-utilitário, expressar suas
igualdade existente entre dois membros
DE Propriedades da igual- dade; Utilização do princípio aditivo da igualdade respostas e sintetizar conclusões,
5º Álgebra permanece ao adicionar, subtrair, (EF05MA11)
EN dade e para a resolução de problemas; Utilização do utilizando diferentes registros
multiplicar ou dividir cada um desses
SIN princípio multiplicativo da igualdade para a e linguagens (gráficos, tabelas,
membros por um mesmo número, para
resolução de problemas; esquemas, além de texto escrito na
O construir a noção de equivalência.
língua materna e outras linguagens
para descrever algoritmos, como
42 fluxogramas, e dados).
1
42
2 UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO RELAÇÃO
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTE
PA
RT Enfrentar situações-problema em
E múltiplos contextos, incluindo-se
IV situações imaginadas, não direta-
mente relacionadas com o aspecto
(EF05MA11) Resolver e elaborar pro- (EF04MA04)
prático-utilitário, expressar suas
blemas cuja conversão em sentença (EF04MA05)
Resolução e elaboração de situações que respostas e sintetizar conclusões,
5º Álgebra Noção de equivalência matemática seja uma igualdade com (EF04MA12)
envol- vem operações com termos utilizando diferentes registros
uma operação em que um dos termos é (EF04MA13)
desconhecidos; e linguagens (gráficos, tabelas,
desconhecido. (EF04MA14)
esquemas, além de texto escrito na
língua materna e outras linguagens
para descrever algoritmos, como
fluxogramas, e dados).
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
situações imaginadas, não direta-
(EF05MA12) Resolver problemas que
mente relacionadas com o aspecto
Grandezas diretamente Desenvolvimento da noção de dobro, triplo, envolvam variação de proporcionalidade
prático-utilitário, expressar suas
proporcionais Problemas quádruplo, metade, terça parte; Compreensão direta entre duas grandezas, para
(EF05MA08) respostas e sintetizar conclusões,
5º Álgebra envolvendo a das relações em uma situação multiplicativa associar a quantidade de um produto ao
(EF05MA13) utilizando diferentes registros
partição de um todo em (proporção simples e múltipla); Resolução de valor a pagar, alterar as quantidades de
e linguagens (gráficos, tabelas,
duas partes proporcionais situações de proporção simples e múltipla; ingredien- tes de receitas, ampliar ou
esquemas, além de texto escrito na
reduzir escala em mapas, entre outros.
língua materna e outras linguagens
para descrever algoritmos, como
fluxogramas, e dados).
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
situações imaginadas, não direta-
(EF05MA13) Resolver problemas envol-
mente relacionadas com o aspecto
Grandezas diretamente Desenvolvimento da noção de dobro, triplo, quá- vendo a partilha de uma quantidade em
prático-utilitário, expressar suas
proporcionais Problemas druplo, metade, terça parte; Compreensão das duas partes desiguais, tais como dividir
(EF05MA08) respostas e sintetizar conclusões,
5º Álgebra envolvendo a relações em uma situação multiplicativa (propor- uma quantidade em duas partes, de modo
(EF05MA12) utilizando diferentes registros
partição de um todo em ção simples e múltipla); Resolução e elaboração que uma seja o dobro da outra, com
e linguagens (gráficos, tabelas,
duas partes proporcionais de situações de proporção simples e múltipla; compreensão da ideia de razão entre as
esquemas, além de texto escrito na
partes e delas com o todo.
língua materna e outras linguagens
para descrever algoritmos, como
fluxogramas, e dados).
PA
RT
E
IV Ampliação e redução de Utilizar processos e ferramentas
(EF05MA18) Reconhecer a congruência
figuras poligonais em Reprodução de ângulos de uma figura plana; matemáticas, inclusive tecnologias
dos ângulos e a proporcionalidade entre
malhas quadriculadas: Identificação de congruência de figuras planas digitais disponíveis, para modelar
os lados correspondentes de figuras (EF05MA17) (EF05CI13)
5º Geometria reconhecimento da con- de mesma quantidade de lados e ângulos; e resolver problemas cotidianos,
poligonais em situações de ampliação e (EF05MA20) (EF15AR26)
gruência dos ângulos e Redução e ampliação de desenhos sociais e de outras áreas de
de redução em malhas quadriculadas e
da proporcionalidade dos considerando ângulos e medidas; conhe- cimento, validando
usando tecnologias digitais.
lados correspondentes estratégias e resultados.
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
situações imaginadas, não direta-
mente relacionadas com o aspecto
prático-utilitário, expressar suas
respostas e sintetizar conclusões,
Identificação de todos os resultados possíveis utilizando diferentes registros
de um experimento; Determinação do espaço (EF05MA22) Apresentar todos os possíveis e linguagens (gráficos, tabelas,
ETA Espaço amostral: análise
Probabilidade e amostral de eventos aleatórios. resultados de um experimento aleatório, (EF05MA09) esquemas, além de texto escrito na
5º de chances de eventos
PAS estatística Exemplificação e quantificação de problemas estimando se esses resultados são igual- (EF05MA23) língua materna e outras linguagens
aleatórios
DE de contagem. Comparação das frequências de mente prováveis ou não. para descrever algoritmos, como
EN acontecimentos cotidianos: esperado e fluxogramas, e dados).
ocorrido. Desenvolver o raciocínio lógico,
SIN
o espírito de investigação e a
O capacidade de produzir argumen-
tos convincentes, recorrendo aos
42 conhecimentos matemáticos para
compreender e atuar no mundo.
5
42
6 UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO RELAÇÃO
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTE
PA
RT
E
IV
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
situações imaginadas, não direta-
mente relacionadas com o aspecto
Identificação da probabilidade de ocorrência (EF05MA23) Determinar a probabilidade
prático-utilitário, expressar suas
de um evento aleatório como a razão entre o de ocorrência de um resultado em eventos
Probabilidade e Cálculo de probabilidade (EF05MA09) respostas e sintetizar conclusões,
5º número de resultados favoráveis pelo número de aleatórios, quando todos os resultados
estatística de eventos equiprováveis (EF05MA22) utilizando diferentes registros
resultados possíveis, sem a utilização da repre- possíveis têm a mesma chance de ocorrer
e linguagens (gráficos, tabelas,
sentação racional para este resultado. (equiprováveis).
esquemas, além de texto escrito na
língua materna e outras linguagens
para descrever algoritmos, como
fluxogramas, e dados).
Sistema de numeração
• Estabelecimento da relação de ordem (EF06MA02) Desenvolver o raciocínio lógico,
decimal: características, (EF06MA01) Comparar, ordenar, ler e
entre números naturais e números (EF06MA03) o espírito de investigação e a
leitura, escrita e com- escrever números naturais e números
racionais cuja representação decimal é (EF06MA07) capacidade de produzir argumen-
6º Números paração de números racionais positivos cuja representação
finita; (EF06MA08) tos convincentes, recorrendo aos
naturais e de números decimal é finita, fazendo uso da reta
• Representação da ordem estabelecida entre (EF06MA09) conhecimentos matemáticos para
racionais representados numérica.
números naturais e números decimais cuja (EF06MA10) compreender e atuar no mundo.
na forma decimal
repre- sentação decimal é finita na reta
numérica;
PA
RT • Realização dos cálculos envolvendo as quatro
E operações com números de qualquer ordem;
• Resolução de problemas de maneira fluente
IV
envolvendo as quatro operações, com
números de qualquer ordem; • Compreensão
dos signi- ficados da potenciação; • Leitura (EF06MA03) Resolver e elaborar
Utilizar processos e ferramentas
Operações (adição, de potências; proble- mas que envolvam cálculos
matemáticas, inclusive tecnologias
subtração, multiplicação, • Realização dos cálculos com potenciação; • (mentais ou escritos, exatos ou
(EF06MA01) lar e resolver
6º Números divisão e potenciação) Reconhecimento das diferentes estratégias de aproximados) com números naturais, e por
(EF06MA02) problemas cotidianos, sociais e
com números naturais resolução: estimativas, decomposição, composi- meio de estratégias variadas, com
de outras áreas de
Divisão euclidiana ção e arredondamento de números; • compreensão dos processos neles envolvi-
conhecimento,
Descrição do processo de resolução dos dos com e sem uso de calculadora.
validando estratégias e resultados.
problemas; • Elaboração de problemas
envolvendo as opera- ções (adição, subtração,
multiplicação, divisão e potenciação) com
números naturais. • Resolução de problemas
em diferentes contextos com uso da
calculadora na realização de operações com
números naturais.
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
situações imaginadas, não direta-
Fluxograma para deter- mente relacionadas com o aspecto
(EF06MA04) Construir algoritmo em
minar a paridade de um prático-utilitário, expressar suas
• Construção de algoritmo em linguagem linguagem natural e representá-lo por
número natural Múltiplos (EF06MA05) respostas e sintetizar conclusões,
6º Números natural representado em forma de um fluxograma que indique a resolução de (EF67EF02)
e divisores de um (EF06MA06) utilizando diferentes registros
fluxograma indi- cando a resolução de um um problema simples (por exemplo, se
Números primos e e linguagens (gráficos, tabelas,
problema simples. um número natural qualquer é par).
compostos esquemas, além de texto escrito na
língua materna e outras linguagens
algoritmos, como fluxogramas, e
dados).
Frações: significados
Desenvolver o raciocínio lógico,
(parte/todo, quociente), • Identificação da fração como o resultado da (EF06MA01)
(EF06MA07) Compreender, comparar e o espírito de investigação e a
equivalência, compara- divisão de dois números naturais; • (EF06MA02)
ordenar frações associadas às ideias de capacidade de produzir argumen-
6º Números ção, adição e subtração; Comparação de frações, relacionando-as; • (EF06MA08)
partes de inteiros e resultado de divisão, tos convincentes, recorrendo aos
cálculo da fração de um Estabelecimento da relação de ordem entre (EF06MA09)
identificando frações equivalentes. conhecimentos matemáticos para
número natural; adição e frações utilizando os sinais < (menor que) e > (EF06MA10)
compreender e atuar no mundo.
subtração de frações (maior que);
PA
RT Desenvolver o raciocínio lógico,
E • Compreensão da regularidade nas potências o espírito de investigação e a
Aproximação de núme- (EF06MA12) Fazer estimativas de quanti-
de 10 e seus múltiplos; • Fazer estimativas de (EF06MA11) capacidade de produzir argumen-
IV 6º Números ros para múltiplos de dades e aproximar números para múltiplos
quantidades e aproximar para potências de 10 (EF06MA13) tos convincentes, recorrendo aos
potências de 10 da potência de 10 mais próxima.
e seus múltiplos. conhecimentos matemáticos para
compreender e atuar no mundo.
PA
RT
E
Utilizar processos e ferramentas
IV • Avaliação das condições necessárias e
(EF06MA21) Construir figuras planas matemáticas, inclusive tecnologias
Construção de figuras suficien- tes para se ter uma figura semelhante;
semelhantes em situações de ampliação (EF06GE08) digitais disponíveis, para modelar
semelhantes: ampliação e • Amplia- ção e redução de figuras e (EF07MA22)
6º Geometria e de redução, com o uso de malhas (EF06GE09) e resolver problemas cotidianos,
redução de figuras planas semelhança de figuras planas; • Utilização de (EF07MA23)
quadri- culadas, plano cartesiano ou (EF69AR35) sociais e de outras áreas de
em malhas quadriculadas softwares de geometria dinâmica em situações
tecnologias digitais. conhe- cimento, validando
de ampliação e redução de figuras planas, em
estratégias e resultados.
malha quadriculada ou não.
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
situações imaginadas, não direta-
(EF06MA23) Construir algoritmo para mente relacionadas com o aspecto
Construção de retas para- resolver situações passo a passo (como prático-utilitário, expressar suas
• Interpretação da movimentação em
lelas e perpendiculares, na construção de dobraduras ou na (EF07MA21) respostas e sintetizar conclusões,
6º Geometria diversas representações, utilizando as
fazendo uso de réguas, indicação de deslocamento de um objeto (EF07MA22) utilizando diferentes registros
orientações espa- ciais apropriadas e suas
esquadros e softwares no plano segundo pontos de referência e e linguagens (gráficos, tabelas,
terminologias.
distâncias fornecidas etc.). esquemas, além de texto escrito na
língua materna e outras linguagens
algoritmos, como fluxogramas, e
dados).
UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO RELAÇÃO
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTE
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
situações imaginadas, não direta-
mente relacionadas com o aspecto
(EF06MA26) Resolver problemas que prático-utilitário, expressar suas
• Resolução de problemas envolvendo noção (EF06MA24)
Grandezas e Ângulos: noção, usos e envolvam a noção de ângulo em diferentes respostas e sintetizar conclusões,
6º de ângulo em diferentes contextos e em (EF06MA25)
medidas medida contextos e em situações reais, como utilizando diferentes registros
situações reais, como ângulo de visão; (EF06MA27)
ângulo de visão. e linguagens (gráficos, tabelas,
esquemas, além de texto escrito na
língua materna e outras linguagens
para descrever algoritmos, como
fluxogramas, e dados).
ETA
PAS
DE • Identificação de giros de meia-volta, um quarto
Utilizar processos e ferramentas
de volta, ângulo reto, maiores e menores que o
EN matemáticas, inclusive tecnologias
reto (agudo e obtuso); • Classificação dos
SIN (EF06MA27) Determinar medidas da aber- (EF06MA24) digitais disponíveis, para modelar
Grandezas e Ângulos: noção, usos e ângulos (raso, reto, agudo e obtuso); • (EF69AR04)
O 6º tura de ângulos, por meio de transferidor (EF06MA25) e resolver problemas cotidianos,
medidas medida Construção de ângulos por meio da medição de (EF69AR35)
e/ou tecnologias digitais. (EF06MA26) sociais e de outras áreas de
ângulo com
conhe- cimento, validando
o uso do transferidor; • Construção de
43 ângulos por meio da medição de ângulo com
estratégias e resultados.
3 o uso de softwares de geometria dinâmica.
43
4 UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO RELAÇÃO
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTE
PA
RT Utilizar processos e ferramentas
E matemáticas, inclusive tecnologias
• Interpretação e desenho de plantas baixas
(EF06MA28) Interpretar, descrever e dese- digitais disponíveis, para modelar
IV Grandezas e Plantas baixas e vistas simples de residências; • Descrição e
6º nhar plantas baixas simples de (EF06MA27) (EF06GE09) e resolver problemas cotidianos,
medidas aéreas identificação de vistas aéreas simples de
residências e vistas aéreas. sociais e de outras áreas de
residências, bairros, vilas etc.
conhe- cimento, validando
estratégias e resultados.
Cálculo de probabilidade
como a razão entre o
número de resultados
favoráveis e o total de • Determinação da probabilidade de
(EF06MA30) Calcular a probabilidade de Desenvolver o raciocínio lógico,
resultados possíveis em ocorrência de um evento aleatório como a
um evento aleatório, expressando-a por o espírito de investigação e a
um espaço amostral razão entre o número de resultados favoráveis
Probabilidade e número racional (forma fracionária, deci- capacidade de produzir argumen-
6º equiprovável Cálculo de e o número de resultados possíveis,
estatística mal e percentual) e comparar esse tos convincentes, recorrendo aos
probabilidade por meio representando este resulta- do nas formas
número com a probabilidade obtida por conhecimentos matemáticos para
de muitas repetições fracionária,
meio de experimentos sucessivos. compreender e atuar no mundo.
de um experimento • Comparação das frequências de acontecimentos
(frequências de ocor- cotidianos: esperado e ocorrido.
rências e probabilidade
frequentista)
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
situações imaginadas, não direta-
(EF06MA34) Interpretar e desenvolver mente relacionadas com o aspecto
• Construção e interpretação dos fluxogramas fluxogramas simples, identificando as re- prático-utilitário, expressar suas
Diferentes tipos de (EF06MA31)
Probabilidade e simples (hierarquia na escola, árvores lações entre os objetos representados (por respostas e sintetizar conclusões,
6º repre- sentação de (EF06MA32)
estatística genealógi- cas, etc.) sempre destacando a exemplo, posição de cidades considerando utilizando diferentes registros
informações: gráficos e (EF06MA33)
relação entre os objetos representados. as estradas que as unem, hierarquia dos e linguagens (gráficos, tabelas,
fluxogramas
funcionários de uma empresa etc.). esquemas, além de texto escrito na
língua materna e outras linguagens
para descrever algoritmos, como
fluxogramas, e dados).
ETA
PAS
DE
• Resolução de problemas envolvendo as noções Utilizar processos e ferramentas
EN de divisores e múltiplos de números naturais;
(EF07MA01) Resolver e elaborar proble-
matemáticas, inclusive tecnologias
SIN mas com números naturais, envolvendo
• Determinação do Mínimo Múltiplo Comum digitais disponíveis, para modelar
Múltiplos e divisores de as noções de divisor e de múltiplo, (EF06MA05)
O 7º Números (MMC) e do Máximo Denominador Comum e resolver problemas cotidianos,
um número natural podendo incluir máximo divisor comum (EF06MA06)
(MDC) entre dois ou mais números naturais sociais e de outras áreas de
ou mínimo múltiplo comum, por meio de
pela comparação dos conjuntos dos múltiplos conhe- cimento, validando
43 estratégias diversas, sem a aplicação de
e dos divisores, respectivamente; estratégias e resultados.
algoritmos.
5
43
6 UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO RELAÇÃO
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTE
PA
RT
E • Estabelecimento da relação entre números
IV racionais nas formas fracionária, decimal e
porcentual; • Abordagem dos conceitos relacio-
Utilizar processos e ferramentas
nados ao sistema monetário: lucro, acréscimos (EF07MA02) Resolver e elaborar proble-
matemáticas, inclusive tecnologias
e descontos; • Resolução de problemas mas que envolvam porcentagens, como
Cálculo de porcentagens digitais disponíveis, para modelar
envolvendo porcentagens, como os que lidam os que lidam com acréscimos e (EF05MA06)
7º Números e de acréscimos e (EF07GE04) e resolver problemas cotidianos,
com acrés- cimos e decréscimos simples; • decréscimos simples, utilizando (EF06MA09)
decrés- cimos simples sociais e de outras áreas de
Descrição do processo de resolução dos estratégias pessoais, cálculo mental e
conhe- cimento, validando
problemas resolvidos; calculadora, no contexto de educação
estratégias e resultados.
• Elaboração de problemas envolvendo juros financeira, entre outros.
simples e descontos simples; • Realização
de cálculos utilizando estratégias próprias,
cálculo mental e calculadora ;
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
situações imaginadas, não direta-
mente relacionadas com o aspecto
Fração e seus significa- (EF06MA04) prático-utilitário, expressar suas
dos: como parte de intei- • Exposição de diferentes procedimentos para se (EF07MA05) Resolver um mesmo proble- (EF07MA05) respostas e sintetizar conclusões,
7º Números
ros, resultado da divisão, obter a resolução de um mesmo problema. ma utilizando diferentes algoritmos. (EF07MA06) utilizando diferentes registros
razão e operador (EF07MA07) e linguagens (gráficos, tabelas,
esquemas, além de texto escrito na
língua materna e outras linguagens
para descrever algoritmos, como
fluxogramas, e dados).
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
situações imaginadas, não direta-
mente relacionadas com o aspecto
Fração e seus significa- prático-utilitário, expressar suas
• Construção de fluxogramas de processos (EF07MA07) Representar por meio de
dos: como parte de intei- respostas e sintetizar conclusões,
7º Números ma- temáticos para resolver um grupo de um fluxograma os passos utilizados para (EF07MA06)
ros, resultado da divisão, utilizando diferentes registros
problemas envolvendo frações. resolver um grupo de problemas.
razão e operador e linguagens (gráficos, tabelas,
esquemas, além de texto escrito na
língua materna e outras linguagens
para descrever algoritmos, como
fluxogramas, e dados).
PA
RT
E
Utilizar processos e ferramentas
IV (EF07MA09) Utilizar, na resolução de
matemáticas, inclusive tecnologias
Fração e seus significa- • Interpretação da razão entre grandezas de problemas, a associação entre razão e
digitais disponíveis, para modelar
dos: como parte de intei- naturezas diferentes; • Interpretação do fração, como a fração 2/3 para
7º Números (EF07MA08) e resolver problemas cotidianos,
ros, resultado da divisão, conceito de grandezas proporcionais; • expressar a razão de duas partes de
sociais e de outras áreas de
razão e operador Associação entre razão e fração na resolução uma grandeza para três partes da
conhe- cimento, validando
de problemas. mesma ou três partes de outra
estratégias e resultados.
grandeza.
ETA
PAS
DE
EN Desenvolver o raciocínio lógico,
SIN Equivalência de expres- (EF07MA16) Reconhecer se duas expres- o espírito de investigação e a
O sões algébricas: identifi- • Reconhecimento da relação de equivalência sões algébricas obtidas para descrever a (EF07MA13) capacidade de produzir argumen-
7º Álgebra
cação da regularidade de entre duas ou mais equações; regularidade de uma mesma sequência (EF07MA18) tos convincentes, recorrendo aos
uma sequência numérica numérica são ou não equivalentes. conhecimentos matemáticos para
43 compreender e atuar no mundo.
9
44
0 UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO RELAÇÃO
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTE
PA
RT • Compreensão dos conceitos de proporcionalida-
E de direta entre duas grandezas; • Compreensão
IV da ideia de proporcionalidade inversa entre
duas grandezas proporcionais; • Resolução de Utilizar processos e ferramentas
(EF07MA17) Resolver e elaborar proble-
Problemas envolvendo proble- mas de proporcionalidade direta e de matemáticas, inclusive tecnologias
mas que envolvam variação de propor-
grandezas diretamente proporcio- nalidade inversa; • Identificação dos digitais disponíveis, para modelar
cionalidade direta e de proporcionalidade (EF07MA13)
7º Álgebra proporcionais e gran- elementos de uma proporção; -Aplicação da e resolver problemas cotidianos,
inversa entre duas grandezas, utilizando (EF07MA18)
dezas inversamente propriedade fundamental das proporções e sociais e de outras áreas de
sentença algébrica para expressar a
proporcionais outras proprie- dades; • Interpretação do conhe- cimento, validando
relação entre elas.
conceito de grandezas proporcionais; • estratégias e resultados.
Identificar se duas grandezas
são diretamente ou inversamente proporcionais;
• Aplicação da regra de três simples e
composta para resolver problemas de
proporcionalidade.
ETA
PAS • Efetuar medição e construir diferentes
DE Utilizar processos e ferramentas
ângulos usando softwares de geometria
(EF07MA27) matemáticas, inclusive tecnologias
EN Relações entre os ângu- dinâmica ou não; (EF07MA23) Verificar relações entre os
(EF09MA10) digitais disponíveis, para modelar
SIN los formados por retas • Classificação dos ângulos como ângulos formados por retas paralelas
7º Geometria (EF06MA22) e resolver problemas cotidianos,
paralelas intersectadas adjacentes, complementares e cortadas por uma transversal, com e
O (EF07MA24) sociais e de outras áreas de
por uma transversal suplementares; sem uso de softwares de geometria
(EF07MA27) conhe- cimento, validando
• Definição de ângulos opostos pelo dinâmica.
estratégias e resultados.
44 vértice e ângulos formados por duas retas
1 paralelas
cortadas por uma transversal (alternos
internos e externos);
44
2 UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO RELAÇÃO
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTE
PA
RT • Identificação nos triângulos dos
E ângulos internos e externos;
Utilizar processos e ferramentas
• Análise da condição de existência de (EF07MA24) Construir triângulos, usando
IV matemáticas, inclusive tecnologias
Triângulos: construção, um triângulo quanto a medida dos ados. régua e compasso, reconhecer a condi-
digitais disponíveis, para modelar
condição de existência e • Construção de triângulos usando ção de existência do triângulo quanto à (EF06MA19)
7º Geometria e resolver problemas cotidianos,
soma das medidas dos instrumentos de desenho geométrico e medida dos lados e verificar que a soma (EF06MA22)
sociais e de outras áreas de
ângulos internos softwares de geometria dinâmica, das medidas dos ângulos internos de um
conhe- cimento, validando
reconhecendo que a soma de seus ângulos triângulo é 180°.
estratégias e resultados.
internos é 180°;
• Identificação das medidas dos ângulos
internos para classificação de triângulos;
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
situações imaginadas, não direta-
mente relacionadas com o aspecto
-Descrição de um algoritmo (passo a passo) (EF07MA26) Descrever, por escrito e
Triângulos: construção, prático-utilitário, expressar suas
para a construção de qualquer triângulo, por meio de um fluxograma, um (EF06MA19)
condição de existência e respostas e sintetizar conclusões,
7º Geometria usando instrumentos de desenho geométrico algoritmo para a construção de um (EF07MA05)
soma das medidas dos utilizando diferentes registros
ou softwa- res de geometria dinâmica, dadas triângulo qualquer, conhecidas as (EF07MA24)
ângulos internos e linguagens (gráficos, tabelas,
as medidas de seus lados. medidas dos três lados.
esquemas, além de texto escrito na
língua materna e outras linguagens
para descrever algoritmos, como
fluxogramas, e dados).
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
situações imaginadas, não direta-
mente relacionadas com o aspecto
• Determinação de um algoritmo (passo a (EF07MA28) Descrever, por escrito e por
prático-utilitário, expressar suas
Polígonos regulares: passo) para a construção de polígonos meio de um fluxograma, um algoritmo (EF07MA24)
respostas e sintetizar conclusões,
7º Geometria quadrado e triângulo regulares dadas as medidas de seus lados e do para a construção de um polígono regular (EF07MA26)
utilizando diferentes registros
equilátero ângulo interno, utilizando instrumentos de (como quadrado e triângulo equilátero), (EF07MA27)
e linguagens (gráficos, tabelas,
desenho geométrico e softwares de geometria conhecida a medida de seu lado.
esquemas, além de texto escrito na
dinâmica.
língua materna e outras linguagens
para descrever algoritmos, como
fluxogramas, e dados).
PA
RT Equivalência de área de • Cálculo de área de figuras planas por
E figuras planas: cálculo de- composição e com a utilização das Desenvolver o raciocínio lógico,
de áreas de figuras que fórmulas apropriadas; o espírito de investigação e a
IV (EF07MA31) Estabelecer expressões
Grandezas e podem ser decompostas • Cálculo de área de triângulo e capacidade de produzir argumen-
7º de cálculo de área de triângulos e de (EF07MA32)
medidas por outras, cujas áreas paralelogramo por composição em tos convincentes, recorrendo aos
qua- driláteros.
podem ser facilmente retângulos; conhecimentos matemáticos para
determinadas como • Cálculo de áreas do triângulo, quadrado, compreender e atuar no mundo.
triângulos e quadriláteros retân- gulo, triângulo, paralelogramo, trapézio e
losango com a utilização das fórmulas;
Equivalência de área de
Utilizar processos e ferramentas
figuras planas: cálculo
• Cálculo de área de polígonos irregulares (EF07MA32) Resolver e elaborar pro- matemáticas, inclusive tecnologias
de áreas de figuras que
por decomposição em quadrados e blemas de cálculo de medida de área de fi- digitais disponíveis, para modelar
Grandezas e podem ser decompostas
7º retângulos; guras planas que podem ser decompostas (EF07MA31) e resolver problemas cotidianos,
medidas por outras, cujas áreas
• Resolução e elaboração de problemas que por quadrados, retângulos e/ou triângulos, sociais e de outras áreas de
podem ser facilmente
envolvem cálculo de medida de área de utilizando a equivalência entre áreas. conhe- cimento, validando
determinadas como
figuras planas. estratégias e resultados.
triângulos e quadriláteros
PA
RT • Interpretação da noção de radicais e
E suas propriedades;
• Utilização das propriedades da potenciação
IV
e radiciação para simplificar radicais;
• Cálculos de radiciação com outros índices;
• Representação de radicais como potência de
expoente fracionário;
• Resolução de expressões numéricas
com potenciação e radiciação;
• Utilização do cálculo mental para estimar Desenvolver o raciocínio lógico,
raízes quadradas; (EF08MA02) Resolver e elaborar proble- o espírito de investigação e a
• Apresentação de métodos para estimar o mas usando a relação entre potenciação capacidade de produzir argumen-
8º Números Potenciação e radiciação (EF08MA01)
valor de uma raiz quadradas não exata; e radiciação, para representar uma raiz tos convincentes, recorrendo aos
• Utilização da calculadora para expressar o como potência de expoente fracionário. conhecimentos matemáticos para
valor da raiz quadrada de um número por compreender e atuar no mundo.
estimativa;
• Localização do valor estimado de uma raiz
quadrada exata ou não na reta numérica
com o uso de instrumentos de desenho
geométrico (régua, compasso e esquadros);
• Resolução e elaboração de problemas envolven-
do o cálculo de raiz quadrada por estimativa;
• Resolução e elaboração de problemas
en- volvendo potências de expoente
fracionário e radiciações.
PA
RT Utilizar processos e ferramentas
E • Resolução de equações do 2º grau matemáticas, inclusive tecnologias
(EF08MA09) Resolver e elaborar, com
incompletas por meio de fatoração, digitais disponíveis, para modelar
IV Equação polinomial de 2º e sem uso de tecnologias, problemas
8º Álgebra • Reconhecimento e resolução de situações-pro- (EF09MA09) e resolver problemas cotidianos,
grau do tipo ax² = b que possam ser representados por
blema envolvendo as equações do 2º grau na sociais e de outras áreas de
equações polinomiais de 2º grau do
forma incompleta ax² = b; conhe- cimento, validando
tipo ax² = b.
estratégias e resultados.
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
situações imaginadas, não direta-
mente relacionadas com o aspecto
(EF08MA10) Identificar a regularidade de
• Identificação de regularidades em (EF07MA14) prático-utilitário, expressar suas
uma sequência numérica ou figural não re-
Sequências recursivas e sequências numéricas ou figural; • (EF07MA15) respostas e sintetizar conclusões,
8º Álgebra cursiva e construir um algoritmo por meio (EF67EF02)
não recursivas Determinação da expres- são algébrica que (EF07MA16) utilizando diferentes registros
de um fluxograma que permita indicar os
determine qualquer termo dessa sequência; (EF08MA11) e linguagens (gráficos, tabelas,
números ou as figuras seguintes.
esquemas, além de texto escrito na
língua materna e outras linguagens
para descrever algoritmos, como
fluxogramas, e dados).
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
situações imaginadas, não direta-
mente relacionadas com o aspecto
(EF08MA11) Identificar a regularidade
• Identificar que numa sequência recursiva, (EF07MA14) prático-utilitário, expressar suas
de uma sequência numérica recursiva e
Sequências recursivas e cada termo depende diretamente do termo (EF07MA15) respostas e sintetizar conclusões,
8º Álgebra construir um algoritmo por meio de um
não recursivas anterior; • Determinar expressão algébrica que (EF07MA16) utilizando diferentes registros
fluxograma que permita indicar os
determine o termo seguinte da sequência; (EF08MA10) e linguagens (gráficos, tabelas,
núme- ros seguintes.
esquemas, além de texto escrito na
língua materna e outras linguagens
para descrever algoritmos, como
fluxogramas, e dados).
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
ETA situações imaginadas, não direta-
PAS (EF08MA16) Descrever, por escrito e por mente relacionadas com o aspecto
• Descrição, por escrito e na forma de um
DE Construções geométricas: meio de um fluxograma, um algoritmo prático-utilitário, expressar suas
fluxo- grama, de um algoritmo para a
EN ângulos de 90°, 60°, para a construção de um hexágono respostas e sintetizar conclusões,
8º Geometria construção de um hexágono regular de (EF09MA15)
SIN 45° e 30° e polígonos regular de qualquer área, a partir da utilizando diferentes registros
qualquer área, a partir da medida do ângulo
regulares medida do ângulo central e da utilização e linguagens (gráficos, tabelas,
O central e da utilização de esquadros e
de esqua- dros e compasso. esquemas, além de texto escrito na
compasso.
língua materna e outras linguagens
44 para descrever algoritmos, como
fluxogramas, e dados).
9
45
0 UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO RELAÇÃO
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTE
PA
RT • Construção, com o uso de instrumentos de
Utilizar processos e ferramentas
E desenho geométrico ou software de
matemáticas, inclusive tecnologias
Mediatriz e bissetriz geometria dinâmica, da bissetriz e da
IV (EF08MA17) Aplicar os conceitos de digitais disponíveis, para modelar
como lugares geomé- mediatriz de um triângulo;
8º Geometria mediatriz e bissetriz como lugares geomé- (EF08MA15) e resolver problemas cotidianos,
tricos: construção e • Reconhecimento da mediatriz e da
tricos na resolução de problemas. sociais e de outras áreas de
problemas bissetriz como segmentos notáveis do
conhe- cimento, validando
triângulo e apli- cação de suas propriedades
estratégias e resultados.
na resolução de problemas.
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
situações imaginadas, não direta-
mente relacionadas com o aspecto
(EF08MA24) Classificar as frequências de
prático-utilitário, expressar suas
Organização dos dados • Assimilação dos conceitos de intervalo de classe; uma variável contínua de uma pesquisa (EF07MA35)
Probabilidade e respostas e sintetizar conclusões,
8º de uma variável contínua • Utilização do agrupamento de dados em classes, de modo que resumam os (EF08MA25) (EF08GE08)
estatística utilizando diferentes registros
em classes com intervalos de classes. da- dos de maneira adequada para a (EF08MA27)
e linguagens (gráficos, tabelas,
tomada de decisões.
esquemas, além de texto escrito na
língua materna e outras linguagens
para descrever algoritmos, como
fluxogramas, e dados).
ETA
PAS
DE • Construção dos gráficos da pesquisa, (EF08MA25) Obter os valores de Desenvolver o raciocínio lógico,
EN desta- cando aspectos como as medidas de medidas de tendência central de uma o espírito de investigação e a
(EF07MA35)
SIN Probabilidade e Medidas de tendência tendência central: média, mediana e moda; pesquisa estatística (média, moda e capacidade de produzir argumen-
8º (EF08MA24)
O estatística central e de dispersão • Compreensão dos significados das medidas mediana) com a compreensão de seus tos convincentes, recorrendo aos
(EF08MA27)
de tendência central (moda, média e mediana) significados e relacioná-los com a conhecimentos matemáticos para
e relacioná-los à amplitude dos dados dispersão de dados, indicada pela compreender e atuar no mundo.
45 coletados. amplitude.
1
45
2 UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO RELAÇÃO
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTE
PA
RT Enfrentar situações-problema em
E múltiplos contextos, incluindo-se
situações imaginadas, não direta-
IV • Investigação de técnicas para coleta de (EF08MA26) Selecionar razões, de diferen-
mente relacionadas com o aspecto
dados: censos, amostragens e observações; tes naturezas (física, ética ou econômica),
Pesquisas censitária ou prático-utilitário, expressar suas
• Apresentação da justificativa de diferentes que justificam a realização de pesquisas (EF08GE19)
Probabilidade e amostral respostas e sintetizar conclusões,
8º razões para a utilização de pesquisas amostrais e não censitárias, e reconhecer (EF08MA27) (EF08ER05)
estatística Planejamento e execução utilizando diferentes registros
amostrais e não censitárias, bem como que a seleção da amostra pode ser feita (EF08ER06)
de pesquisa amostral e linguagens (gráficos, tabelas,
reconhecimento dos diferentes tipos de de diferentes maneiras (amostra casual
esquemas, além de texto escrito na
amostras (casual simples, estratificada, simples, sistemática e estratificada).
língua materna e outras linguagens
sistemática).
para descrever algoritmos, como
fluxogramas, e dados).
PA
RT
E Enfrentar situações-problema em
IV múltiplos contextos, incluindo-se
• Compreensão do conceito de função;
situações imaginadas, não direta-
• Construção do gráfico de uma função polino- (EF09MA06) Compreender as funções
mente relacionadas com o aspecto
mial utilizando softwares ou não; • como relações de dependência unívoca
(EF05MA15) prático-utilitário, expressar suas
Funções: representações Exemplos de relações entre variáveis reais, entre duas variáveis e suas representações
(EF07MA04) respostas e sintetizar conclusões,
9º Álgebra numérica, algébrica e moti- vados por contextos científicos ou do numérica, algébrica e gráfica e utilizar
(EF07MA13) utilizando diferentes registros
gráfica cotidiano; esse conceito para analisar situações que
(EF08MA06) e linguagens (gráficos, tabelas,
• Condições para definição de uma função; envolvam relações funcionais entre duas
esquemas, além de texto escrito na
• Variáveis dependentes e independentes; variáveis.
língua materna e outras linguagens
• Representação geométrica do gráfico
para descrever algoritmos, como
de funções no plano cartesiano.
fluxogramas, e dados).
ETA
PAS • Reconhecimento de triângulos semelhantes
segundo cada um dos casos de
DE
semelhança; Desenvolver o raciocínio lógico,
EN • Aplicação do teorema fundamental da o espírito de investigação e a
SIN (EF09MA12) Reconhecer as condições
seme- lhança de triângulos; capacidade de produzir argumen-
9º Geometria Semelhança de triângulos necessárias e suficientes para que (EF09MA13)
O • Aplicação das propriedades da homotetia; tos convincentes, recorrendo aos
dois triângulos sejam semelhantes.
• Reconhecimento de que as imagens de uma conhecimentos matemáticos para
figura construída por uma transformação compreender e atuar no mundo.
45 homo- tética são semelhantes;
5 • Resolução de problemas que envolvem
a semelhança de figuras planas.
45
6 UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO RELAÇÃO
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTE
PA
RT Compreender as relações entre
Relações métricas no
E • Identificação dos elementos de um conceitos e procedimentos dos
triângulo retângulo
triângulo retângulo: hipotenusa e catetos; diferentes campos da Matemática
IV Teorema de Pitágoras:
• Análise dos casos de semelhança e as (Aritmética, Álgebra, Geometria,
verificações experimen- (EF09MA13) Demonstrar relações métri-
relações métricas no triângulo retângulo; (EF08MA15) Estatística e Probabilidade) e de
tais e demonstração cas do triângulo retângulo, entre elas o
9º Geometria • Aplicação do teorema de Pitágoras; (EF08MA17) outras áreas do conhecimento,
Retas paralelas corta- teorema de Pitágoras, utilizando,
• Aplicação de outras relações métricas (EF09MA14) sentindo segurança quanto à
das por transversais: inclusive, a semelhança de triângulos.
no triângulo retângulo; própria capacidade de construir e
teoremas de proporcio-
• Resolução de problemas que envolvem aplicar conhecimentos matemáticos,
nalidade e verificações
as relações métricas no triângulo desenvolvendo a autoestima e a
experimentais
retângulo. perseverança na busca de soluções.
Relações métricas no
triângulo retângulo
Utilizar processos e ferramentas
Teorema de Pitágoras: • Resolução de problemas utilizando o
(EF09MA14) Resolver e elaborar proble- matemáticas, inclusive tecnologias
verificações experimen- Teorema de Pitágoras;
mas de aplicação do teorema de (EF08MA15) digitais disponíveis, para modelar
tais e demonstração • Resolução de problemas que envolvam a
9º Geometria Pitágoras ou das relações de (EF08MA17) e resolver problemas cotidianos,
Retas paralelas corta- relação de proporcionalidade entre os
proporcionalidade envolvendo retas (EF09MA13) sociais e de outras áreas de
das por transversais: segmen- tos formados por retas paralelas
paralelas cortadas por secantes. conhe- cimento, validando
teoremas de proporcio- contadas por secantes (Teorema de Tales).
estratégias e resultados.
nalidade e verificações
experimentais
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
situações imaginadas, não direta-
(EF09MA15) Descrever, por escrito e por mente relacionadas com o aspecto
• Descrição de algoritmo que possibilite a
meio de um fluxograma, um algoritmo (EF07MA24) prático-utilitário, expressar suas
construção de qualquer polígono regular dada a
para a construção de um polígono regular (EF07MA26) respostas e sintetizar conclusões,
9º Geometria Polígonos regulares medida do seu lado, com o uso de instrumentos
cuja medida do lado é conhecida, utili- (EF07MA28) utilizando diferentes registros
de desenho geométrico e softwares de
zando régua e compasso, como também (EF08MA16) e linguagens (gráficos, tabelas,
geometria dinâmica.
softwares. esquemas, além de texto escrito na
língua materna e outras linguagens
para descrever algoritmos, como
fluxogramas, e dados).
ETA
PAS
Desenvolver o raciocínio lógico,
DE Análise de probabilidade
• Identificação em experimentos aleatórios
(EF09MA20) Reconhecer, em experimen-
(EF05MA29)
o espírito de investigação e a
EN eventos dependentes e independentes; (EF05MA23)
Probabilidade e de eventos aleatórios: tos aleatórios, eventos independentes e capacidade de produzir argumen-
9º • Cálculo de probabilidade, em espaços amostrais (EF06MA30) (EF09CI09)
SIN estatística eventos dependentes e dependentes e calcular a probabilidade de tos convincentes, recorrendo aos
equiprováveis, da ocorrência de eventos depen- (EF06MA34)
O independentes sua ocorrência, nos dois casos. conhecimentos matemáticos para
dentes e independentes. (EF08MA22)
compreender e atuar no mundo.
45
7
45
8 UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO RELAÇÃO
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTE
PA
RT
E
IV
Fazer observações sistemáticas de
• Análise de gráficos divulgados pela mídia; • (EF09MA21) Analisar e identificar, em aspectos quantitativos e qualitati-
Análise de gráficos Identificação, em gráficos divulgados pela gráficos divulgados pela mídia, os elemen- vos presentes nas práticas
divulgados pela mídia: mídia, de elementos que podem induzir, às tos que podem induzir, às vezes proposi- (EF06MA33) sociais e culturais, de modo a
Probabilidade e
9º elementos que podem vezes propositadamente, erros de leitura, como tadamente, erros de leitura, como escalas (EF07MA37) investigar, organizar, representar e
estatística
induzir a erros de leitura escalas inapropriadas, legendas não inapropriadas, legendas não explicitadas (EF08MA23) comunicar informações
ou de interpretação explicitadas corre- tamente, omissão de corretamente, omissão de informações relevantes, para interpretá-las e
informações importantes (fontes e datas), entre importantes (fontes e datas), entre outros. avaliá-las crítica e eticamente,
outros. produzindo argumen- tos
convincentes.
Leitura, interpretação e
representação de dados Utilizar processos e ferramentas
• Análise de gráficos, fazendo comparações e (EF09MA22) Escolher e construir o gráfico
de pesquisa expressos matemáticas, inclusive tecnologias
conclusões, sobre a adequação dos mesmo para mais adequado (colunas, setores, linhas), (EF06MA33)
em tabelas de dupla digitais disponíveis, para modelar
Probabilidade e a apresentação dos dados coletados; com ou sem uso de planilhas eletrônicas, (EF07MA37) (EF89EF04)
9º entrada, gráficos de e resolver problemas cotidianos,
estatística • Construção de gráficos da pesquisa, destacando para apresentar um determinado conjunto (EF08MA23) (EF09GE14)
colunas simples e agru- sociais e de outras áreas de
aspectos como as medidas de tendência de dados, destacando aspectos como as (EF09MA21)
padas, gráficos de barras conhe- cimento, validando
central: média, mediana e moda. medidas de tendência central.
e de setores e gráficos estratégias e resultados.
pictóricos
Enfrentar situações-problema em
múltiplos contextos, incluindo-se
situações imaginadas, não direta-
• Planejamento de pesquisa amostral usando (EF09MA23) Planejar e executar pesquisa
mente relacionadas com o aspecto
a técnica de amostragem adequada; amostral envolvendo tema da realidade
(EF08MA24) prático-utilitário, expressar suas
Planejamento e execução • Construção de tabelas e gráficos, com o uso social e comunicar os resultados por meio
Probabilidade e (EF08MA25) respostas e sintetizar conclusões,
9º de pesquisa amostral e de planilhas eletrônicas, adequados para de relatório contendo avaliação de medi- (EF09GE15)
estatística (EF08MA26) utilizando diferentes registros
apresentação de relatório representar o conjunto de dados destacando as das de tendência central e da amplitude,
(EF08MA27) e linguagens (gráficos, tabelas,
medidas de tendência central, a amplitude dos tabelas e gráficos adequados, construídos
esquemas, além de texto escrito na
dados coleta- dos e apresentar as conclusões com o apoio de planilhas eletrônicas.
língua materna e outras linguagens
após análise final.
para descrever algoritmos, como
fluxogramas, e dados).
4.2.3. Área de Ciências da Natureza
4.2.3.1. Ciências
A Base Nacional Comum Curricular do Ensino Fundamental, publicada em dezembro de 2017,
apresenta o componente curricular de Ciências sob uma nova perspectiva, na qual o processo de
ensino e de aprendizagem, anteriormente focado no conteúdo, desloca-se para o foco no
desenvol- vimento das competências e habilidades necessárias para a inserção consciente da/do
estudante em uma sociedade cuja tecnologia e informação são características relevantes.
Neste aspecto, os objetos curriculares propostos neste documento, constituem o aporte
teórico e experimental para o desenvolvimento da/do estudante, respeitando as etapas da
cognição e inten- cionando o aumento da complexidade ao longo do Ensino Fundamental. Assim, a
finalidade última do letramento científico não é apenas aprender Ciências, mas fomentar na/no
educando a capacidade de atuação no e sobre o meio que o cerca, pautada nos princípios da ética,
equidade e sustentabilidade. O Documento Curricular Referencial do Ceará (DCRC), alinha-se à BNCC
e propõe que às/os es- tudantes sejam continuamente provocados, a partir de sequências
pedagógicas, a vivenciar o ensino de ciências a partir de problematizações que levem em
consideração a diversidade cultural, estrutural e a especificidade de cada local. Pressupomos que, a
partir da incitação à curiosidade científica, a capacidade de identificar e resolver problemas do
cotidiano, utilizando as ferramentas tecnológicas, sejam percebi- das, pelas educandas e pelos
educandos, de forma consciente e sustentável, com vistas ao bem comum. O respeito ao processo
cognitivo apresentado como conceito estruturante da BNCC, deve ser especialmente observado na
transição da Educação Infantil para os anos iniciais do Ensino Fundamental e destes para os anos
finais, ao se construírem os planos de aula. Consideramos que, na Educação In- fantil, o
aprendizado é organizado a partir da percepção de si e do outro mediado pelo ato de brincar.
Nesse sentido, a aprendizagem, nos anos iniciais, deve estar imbuída desta lógica, sendo o
letramento científico pautado na experimentação e na ludicidade, o que corrobora para a utilização
de metodo-
logias ativas, que circunstanciam o atendimento à investigação e o fazer científico.
Assim como o processo de transição, o processo de progressão também deve ser
considerado no Ensino Fundamental. No quadro que segue, apresentamos verbos que representam
ações do processo cognitivo que podem contribuir para o trabalho do professor e da professora na
sua organização didática. Quadro 01: Processos Cognitivos a serem mediados pelo estudo de
Ciências no Ensino Fundamental.
ETAPAS DE
ENSINO
459
Anos 6º Classificar, identificar, selecionar métodos e instrumentos, associar, explicar,
finais concluir, justificar, deduzir, inferir.
A transição para os anos finais deve ser caracterizada por um aumento progressivo na habili-
dade de abstrair conceitos, analisar os fenômenos e identificar as transformações biológicas e
sociais, além da habilidade de prever o impacto das decisões e atitudes tomadas pelo jovem que
adentrará o Ensino Médio.
Nessa perspectiva, o componente curricular de Ciências foi organizado em três unidades te-
máticas que se repetem ao longo do Ensino Fundamental. Elas pretendem levar às/os estudantes a,
continuamente, revisitar os saberes adquiridos durante o processo de educação formal: Matéria e
Energia; Vida e Evolução, Terra e Universo.
A unidade temática Matéria e Energia volta-se ao uso sustentável de diferentes formas de
recursos materiais e energéticos, bem como à análise dos diferentes materiais e tipos de energia
utilizados na vida moderna e suas transformações, com vistas à manutenção dos recursos naturais e
ao equilíbrio ambiental.
Nos anos iniciais, esta unidade temática convida a estudante e o estudante a conhecer o
meio no qual está inserido (casa, escola, cidade), a partir da interação com objetos específicos de
apren- dizagem relacionados aos recursos ambientais, tais como água, ar, solo e luz. Da mesma
forma, apresenta a importância destes recursos, na produção de alimentos e de energia, e na
manutenção da saúde em seu sentido amplo. Nos anos finais, às/os estudantes são convidados (as)
a ampliar o olhar, traçando propostas e realizando intervenções para o uso sustentável dos
recursos naturais em uma sociedade tecnológica.
Na unidade temática Vida e Evolução, buscamos levar as/os estudantes a compreenderem-se
integrantes da biosfera, a partir do estudo dos seres vivos e suas relações com o meio. Nesse
sentido, são chamados a construir, ao longo do Ensino Fundamental, o conceito natural e social de
saúde e bem-estar, considerando os processos evolutivos de diversificação da vida. Neste aspecto,
os objetos curriculares apresentados às/os estudantes dos anos iniciais partem da percepção do
corpo, da diver- sidade e da compreensão do entorno, para consolidar nos anos finais o
entendimento do potencial antrópico para imprimir modificações ambientais, fomentando a
tomada de decisões voltadas ao equilíbrio ambiental e à manutenção da saúde.
Em Terra e Universo, ampliamos o estudo da Astronomia e dos processos de formação do
universo, do Sistema Solar e da Terra, mediado pela construção de modelos e pela observação dos
astros celestes. Nessa unidade temática, a experimentação permeia todo o Ensino Fundamental,
bus- cando desenvolver o pensamento espacial, a partir da sistematização das percepções
estudantis. Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, os processos de aprendizagem estão
centrados na investigação dos fenômenos celestes e, nos anos finais, enfatizam-se os processos
que ocorrem na esfera terrestre com vistas ao desenvolvimento socioambiental sustentável.
460 PARTE IV
Destacamos que os objetos curriculares específicos do eixo de Ciências da Natureza pro-
postos pelo DRCC, para cada etapa do Ensino Fundamental, se avolumam à medida em que às/os
estudantes transitam nesta etapa da educação básica, de tal forma que nos anos finais, 249 objetos
curriculares específicos mediam a consolidação das competências e habilidades nos estudantes e
nas estudantes, tal como demonstra o Gráfico 01.
160
140
120
100
80
60
40
20
0
EF - Anos Iniciais EF - Anos Finail Total
Materia e Energia
Vida e Terra e Universo
evolução
Ressaltamos que a conquista das 116 habilidades, previstas para a consolidação das compe-
tências específicas do eixo de Ciências da Natureza, pressupõe o contato necessário com os objetos
curriculares de tal forma que os alunos e as alunas possam estabelecer relações diversificadas com
os objetos, partindo do concreto para a abstração a qual permite, por exemplo, prever as
consequências de um determinado processo antropológico sobre o meio ambiente.
Para tanto, sugerimos uma carga horária mínima de 3 aulas semanais dedicadas ao estudo
da Ciências, já nos anos iniciais, a fim de que a/o professora/professor possam proporcionar às/aos
estudantes o tempo pedagógico necessário à investigação e aquisição de habilidades relacionadas
ao letramento científico.
Embora o documento legal da BNCC reforce a necessidade de o aprendizado fluir ao longo
das diferentes etapas da educação básica, percebemos que a organização das unidades temáticas
e objetos de conhecimento descritos no documento, em alguns momentos, leva à descontinuidade
do aprendizado. Isto pode ser contornado em uma distribuição bimestral das unidades temáticas
no currículo produzido por municípios e escolas e pela adoção do trabalho com projetos didáticos
interdisciplinares, os quais interconectam diferentes áreas do conhecimento.
Tomamos por exemplo as habilidades apresentadas na unidade de Matéria e Energia que
concentram temas específicos nos anos finais, tais como o estudo dos fenômenos ligados à Termo-
logia no 7º ano, à Eletricidade no 8º ano e à Ondulatória (luz e som) no 9º ano. Assim, um projeto
vinculado ao uso sustentável das energias pode proporcionar a interação entre às/os estudantes
das diferentes etapas com o tema, revisitando conceitos e propondo a intervenção responsável no
meio ambiente.
Além disso, o documento apresenta ênfase no estudo de fenômenos e processo tecnológi-
cos, ampliando os campos relacionados às transformações físicas e químicas de materiais, bem
como
ETAPAS DE ENSINO
461
a utilização destes em processos industriais, relacionando-os às práticas históricas e culturais da
sociedade. Neste aspecto, observamos a ampliação dos estudos astronômicos, os quais perpassam
todo o Ensino Fundamental.
Ainda que a inclusão de elementos da Física e Química, para a interpretação da realidade
dos estudantes e das estudantes do Ensino Fundamental, se apresente como avanço no ensino de
Ciên- cias, é necessário evitar a opção por uma formação tecnicista, direcionada para o trabalho, no
qual conceitos e aplicações, essencialmente práticos, sobressaem-se em relação à necessária
promoção de aprendizagens holísticas. Na qual o homem é entendido como um todo, em sua
relação com ou- tros seres humanos e com outras espécies, destacando o seu papel enquanto
agente transformador do mundo e da sociedade.
Observamos que o documento de base nacional margeia muitos assuntos, tradicionalmen-
te abordados nos anos finais do Ensino Fundamental, tais como conceitos básicos de Fisiologia e
Anatomia Animal Comparada, Sistemática, Zoologia e Botânica. Essas lacunas podem e devem ser
preenchidas no currículo diversificado, a partir de uma abordagem transdisciplinar que leve em
con- sideração as transformações cognitivas e emocionais, pela/pelo qual às/os estudantes estão
passan- do, para que esses se compreendam como elementos constituintes e transformadores da
sociedade, a partir de práticas sustentáveis.
Nesse aspecto, o componente de Ciências apresenta diferentes oportunidades para o de-
senvolvimento integrado de habilidades de diferentes componentes do Ensino Fundamental, com
destaque para Geografia e História, como pode ser observado no Gráfico 02. Essas possibilitam a
potencialização do tempo pedagógico, ao convidar a/o professora/professor a produzir sequências
didáticas que possibilitem o desenvolvimento de mais de uma habilidade.
70
60
50
40
30
20
10
Geografia Língua
História Educação Matemátic Artes Ensino Religioso
Portugues
Física a
a
Tomemos como exemplo a habilidade (EF01CI01), a qual indica que a/o estudante deve ser
capaz de “comparar características de diferentes materiais presentes em objetos de uso cotidiano,
discutindo sua origem, os modos como são descartados e como podem ser usados de forma mais
consciente”. O documento de Ciências indica a possibilidade de articulação dessa habilidade com a
habilidade (EF15AR04) de Artes, a qual expressa que a/o estudante devem ser capazes de “experi-
462 PARTE IV
mentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradu-
ra, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fazendo uso sustentável de materiais,
instrumentos, recursos e técnicas convencionais e não convencionais. Nesse momento, ao mediar
a aprendizagem das/dos estudantes a partir do contato com os materiais do cotidiano, o professor
pode ampliar os questionamentos sobre o uso, tratando de meio ambiente, consciência corporal e
educação para as artes, em uma sequência didática integrada.
Ao analisar o DCRC da área de Ciências, será possível perceber que as possibilidades de
inte- ração entre componentes curriculares permeiam todo o Ensino Fundamental, reforçando o
paradig- ma da formação integral das/dos, tal como demonstra o Gráfico 03. Identificamos nesse
gráfico que 86, das 116 habilidades de Ciências, apresentam interações com pelo menos uma outra
componente curricular do Ensino Fundamental, que não Ciências.
Gráfico 03: Articulações das habilidades de Ciências com as habilidades de outras componentes
curriculares do Ensino Fundamental.
Outra dimensão a ser considerada na produção dos currículos locais é a formação das/dos
professoras/professores. Nesse aspecto, a introdução dos componentes de Física e Química no
Ensino Fundamental, mais especificamente os objetos relacionados à astronomia, representam um
desafio para a formação continuada e inicial dos pedagogos e licenciados em Química, Física e
Biologia, pois esta área do conhecimento é pouco explorada nos currículos das licenciaturas e
pedagogias do estado. Assim, tornamos necessário o investimento por parte das redes, na
formação continuada dos docen- tes, com foco no ensino e na aprendizagem das competências e
habilidades a serem desenvolvidas pelas/pelos estudantes.
O DCRC defende a realização de atividades interdisciplinares, baseadas na investigação e ex-
perimentação como estratégias indissociáveis do ensino de Ciências. Ela investe na ideia de que o/a
professor(a) é entendido(a) como o principal agente na determinação do quê e como ensinar.
Nesse sentido, este documento configura-se como proposta inicial para discussões com os
docentes do estado do Ceará sobre os direitos de aprendizagem dos/das estudantes e o que se
quer ensinar e aprender em nossas escolas.
ETAPAS DE ENSINO
463
4.2.3.1.1. O letramento científtco no componente curricular Ciências
• Propor hipóteses.
464 PARTE IV
• Planejar e realizar atividades de campo (experimentos,
observações, leituras, visitas, ambientes virtuais etc.).
O letramento científico nos anos iniciais proposto neste documento, garante à/aos
estudante o desenvolvimento de 50 habilidades específicas distribuídas pelas 3 áreas temáticas,
Matéria e Ener- gia, Vida e Evolução; Terra e Universo, como pode ser visto no Gráfico 04.
Gráfico 04: Distribuição das habilidades específicas de ciências da natureza nos anos iniciais (n=50)
15 Materia e Energia
15
Vida e evolução
Terra e Universo
20
466 PARTE IV
Os saberes culturais e empíricos que as/os estudantes trazem, ao adentrar o ensino funda-
mental, devem ser considerados para o início dos estudos científicos nesta etapa da educação
básica. Ressaltamos a importância do brincar, enquanto alternativa didática para o
desenvolvimento integral desta criança, que adentra os anos iniciais do Ensino Fundamental com 5
a 6 anos de idade. Cabe à/ao professora/professor dessa faixa etária, proporcionar rotinas lúdicas
que permitam às crianças olharem para si e para o outro, desenvolver a alteridade e a empatia;
respeitar as diferenças e com- preender-se no ambiente e no espaço, sejam estes a escola, o bairro
ou a comunidade.
As crianças são convidadas a cuidar da saúde, individual e coletiva, a partir do desenvolvi-
mento da consciência corporal e dos processos culturais e econômicos relacionados à alimentação,
ao clima, e à utilização dos recursos naturais regionalizados, ou não. A fala é um instrumento de
intermediação entre os objetos específicos e o conhecimento. Assim, as crianças devem ser estimu-
ladas a perguntar, elaborar hipóteses e experimentar descobertas.
Destacamos que o DCRC de Ciências acompanha a criança no ensino fundamental,
propondo o desenvolvimento de habilidades, gradualmente complexas, ampliando os espaços e
perspectivas de análises e investigação. A criança que emerge dos anos iniciais no século XXI,
convive diuturna- mente com aparatos tecnológicos e relações sociais intermediadas pelo
desenvolvimento científico. Assim, o currículo a ser desenvolvido nas escolas de Ensino
Fundamental deve proporcionar o de- senvolvimento crescente dos direitos à aprendizagem de
todas/todos as estudantes, preparando-as/ preparando-os para adentrarem aos anos finais do
ensino fundamental.
Gráfico 05: Distribuição das habilidades específicas de Ciências nos anos finais (n=66)
19 Materia e Energia
24
Vida e evolução
Terra e Universo
23
ETAPAS DE ENSINO
467
Os objetos de aprendizagem nos anos finais, são mais complexos, trabalhando a percepção
das mudanças ocorridas no corpo, na sociedade e nas relações interpessoais. À/a estudante desta
etapa de ensino, devem ser garantidos a reflexão da função social da ciência e o desenvolvimento
de atitudes e valores pertinentes à cidadania.
A relação sustentável do ser humano com o ambiente que a cerca é uma das premissas que
propomos neste documento. Assim, a temática ambiental está inserida nos 3 eixos temáticos de
Ciências, de tal forma que as/os estudantes sejam convidados (as) a identificar, analisar, refletir e
debater questões ambientais, iniciando com uma visão local, nos anos iniciais e, progressivamente
ampliando o campo de estudos ao adentrar os anos finais. Pretendemos que, ao finalizar o ensino
fundamental, as/os estudantes apresentem ganhos cognitivos e mudanças de valores, advindos do
desenvolvimento de uma consciência social crítica.
Assim, a educação ambiental proposta pelo componente de Ciências, desenvolve-se a partir
da interação das/dos estudantes com os objetos específicos relacionados ao uso sustentável dos
recursos naturais e preservação da biodiversidade. O documento objetiva estimular o protagonismo
das crianças e dos/das jovens, na resolução de problemas que perpassam pelo desenvolvimento da
qualidade de vida das futuras gerações por meio da educação.
Destacamos que esse documento deixa espaço para as/os educadoras/educadores do esta-
do do Ceará elaborarem currículos e planos de aulas, voltados à realidade da comunidade, aos pro-
cessos antrópicos locais e aos debates internacionais relacionados ao meio ambiente. Sugerimos
que o envolvimento aconteça de tal forma que a escola se torne um local de produção de
conhecimentos científicos para a tomada de decisão sobre as melhores ações a serem
desenvolvidas. Acreditamos que, assim sendo, os recursos naturais podem continuar a existir e
podem ser usufruídos pelas gera- ções atuais e futuras.
As orientações curriculares do componente Ciências do Ensino Fundamental encontram-se
detalhadas na planilha a seguir:
468 PARTE IV
RELAÇÃO DENTRO
UNIDADES OBJETOS DE CONHECI- RELAÇÃO ENTRE
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES DO PRÓPRIO COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS MENTO COMPONENTE0S
COMPONENTE
(EF01CI01) Comparar
Identificação das substâncias que compõem os
características de diferentes Compreender conceitos fundamentais e estruturas
objetos do cotidiano. Composição química dos
materiais presentes em explica- tivas das Ciências da Natureza, bem como
materiais. Relação das características e com-
objetos de uso cotidiano, (EF15AR04) dominar proces- sos, práticas e procedimentos da
Matéria e Características dos posição dos materiais com suas aplicações no (EF02CI01)
1º discutindo sua origem, os (EF01GE11) investigação científica, de modo a sentir segurança no
Energia materiais cotidiano. Estratégias de reutilização, reciclagem (EF02CI02)
modos como são descar- (EF89EF19) debate de questões científicas, tecnológicas,
e descarte adequado dos materiais. Criação
tados e como podem ser socioambientais e do mundo do trabalho, continuar
de objetos artísticos a partir de materiais do
usados de forma mais aprendendo e colaborar para a construção de uma
cotidiano.
consciente. sociedade justa, democrática e inclusiva.
(EF01CI02) Localizar,
Partes do corpo humano (estruturas e funções). nomear e representar Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-
Corpo humano Fases de crescimento físico e desenvolvimento graficamente (por meio de (EF15AR05) es- tar, compreendendo-se na diversidade humana,
1º Vida e evolução
Respeito à diversidade do corpo. Órgãos dos sentidos. Percepção desenhos) partes do corpo (EF12EF09) fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo
corporal: Propriocepção, interocepção e humano e explicar suas aos conheci- mentos das Ciências da Natureza e às suas
exterocepção. funções. tecnologias.
(EF01CI04) Comparar
(EF01HI01) Construir argumentos com base em dados, evidências e
características físicas entre
Importância do respeito da diversidade ética, (EF15AR12) in- formações confiáveis e negociar e defender ideias e
os colegas, reconhecendo a
Corpo humano cultural, social e de gênero para formação de (EF12EF01) pontos de vista que promovam a consciência
1º Vida e evolução diversidade e a importância
Respeito à diversidade uma sociedade inclusiva. Respeito a pessoas com (EF12EF11) socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro,
da valorização, do aco-
ETA deficiência. (EF89EF07) acolhendo e valorizando a diversidade de indivíduos e de
lhimento e do respeito às
PAS (EF01ER03) grupos sociais, sem precon- ceitos de qualquer natureza.
diferenças.
DE
EN
Analisar, compreender e explicar características, fenômenos
SIN Períodos de tempo cronológico. Estratégias (EF01CI05) Identificar e no- (EF01GE05)
e processos relativos ao mundo natural, social e tecnoló-
O para marcar o tempo: Instrumentos de medida mear diferentes escalas de (EF01HI05)
gico (incluindo o digital), como também as relações que
do tempo (relógio e cronômetro; calendários tempo: os períodos diários (EF15AR04)
1º Terra e Universo Escalas de tempo se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade
lunares). A medição do tempo na cultura nordes- (manhã, tarde, noite) e a (EF01MA17)
para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções
46 tina. Construção de artefatos para a medição do sucessão de dias, semanas, (EF01MA18)
(inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
9 tempo, por exemplo: ampulheta. meses e anos. (EF01LP17)
Ciências
da Natureza.
47
0 UNIDADES OBJETOS DE CONHECI-
RELAÇÃO DENTRO
RELAÇÃO ENTRE
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES DO PRÓPRIO COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS MENTO COMPONENTE0S
COMPONENTE
PA
RT
E Analisar, compreender e explicar características, fenômenos
(EF01CI06) Selecionar
Animais diurnos e noturnos do nordeste. Influên- e processos relativos ao mundo natural, social e tecnoló-
IV exemplos de como a
cia do período do dia nas atividades humanas. gico (incluindo o digital), como também as relações que
suces- são de dias e (EF01GE05)
1º Terra e Universo Escalas de tempo Pessoas matutinas e vespertinas. Importância do se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade
noites orienta o ritmo de (EF01GE06)
descanso e do sono para manutenção da saúde. para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções
atividades diárias de seres
Horário convencional de acordar e de dormir. (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
humanos e de outros
Ciências
seres vivos.
da Natureza.
(EF01CI08CE) Reconhecer a
Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia,
riqueza da fauna e flora da
A vegetação de caatinga. Fauna da região de responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação,
Região do semiárido nor-
vegetação de caatinga. Plantas medicinais da (EF01HI04) recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza
Seres vivos no ambiente destino e as potencialidades
1º Vida e evolução caatinga. Relação entre o homem e a região (EF01CI01) (EF15AR05) para tomar decisões frente a questões científico-tecnoló-
Plantas dessa região. Identificar as
do semiárido brasileiro. Fotografias do (EF04GE11) gicas e socioambientais e a respeito da saúde individual
principais ações humanas
território nordestino e coletiva, com base em princípios éticos,
de influência sobre o am-
democráticos, sustentáveis e solidários.
biente em que vivemos
(EF02CI01) Identificar de
Analisar, compreender e explicar características, fenômenos
que materiais (metais, ma-
Matéria e substância. Transformações dos mate- (EF02HI04) e processos relativos ao mundo natural, social e tecnoló-
Propriedades e usos dos deira, vidro etc.) são feitos
riais. Processos de manufatura e industrialização (EF02HI05) gico (incluindo o digital), como também as relações que
Matéria e materiais os objetos que fazem parte
2º dos materiais. Uso dos materiais. Moda (ideia (EF01CI01) (EF15AR07) se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade
Energia Prevenção de acidentes da vida cotidiana, como
de pertencimento a partir das roupas/materiais (EF02MA14) para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções
domésticos esses objetos são utilizados
tradicionais) (EF02GE09) (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
e com quais materiais eram
Ciências
produzidos no passado.
da Natureza.
(EF02CI03) Discutir os
Prevenção de acidentes domésticos. Materiais
cuidados necessários à
Propriedades e usos dos isolantes e condutores térmicos e elétricos. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-
prevenção de acidentes
Matéria e materiais Cuidados no armazenamento e uso de (EF12LP13) es- tar, compreendendo-se na diversidade humana,
2º do- mésticos (objetos
Energia Prevenção de acidentes materiais de higiene, limpeza e medicamentos. (EF35LP15) fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo
cortantes e inflamáveis,
domésticos Manipu- lação de objetos perfurocortantes no aos conheci- mentos das Ciências da Natureza e às suas
eletricidade, produtos de
ambiente doméstico. tecnologias.
limpeza, medicamentos
etc.).
(EF02CI04) Descrever
características de plantas e Compreender conceitos fundamentais e estruturas
Classificação dos seres vivos (características animais (tamanho, forma, explica- tivas das Ciências da Natureza, bem como
morfológicas, habitat, distribuição geográfica, cor, fase da vida, local dominar proces- sos, práticas e procedimentos da
Seres vivos no ambiente (EF02GE05)
2º Vida e evolução nicho ecológico). Ciclo de vida dos animais e onde se desenvolvem investigação científica, de modo a sentir segurança no
Plantas (EF15AR05)
plantas do cotidiano. Percepção territorial por etc.) que fazem parte de debate de questões científicas, tecnológicas,
meio de fotografias seu cotidiano e relacioná- socioambientais e do mundo do trabalho, continuar
las ao ambiente em que aprendendo e colaborar para a construção de uma
eles vivem. sociedade justa, democrática e inclusiva.
ETA
PAS (EF02CI06) Identificar as
DE principais partes de uma Compreender conceitos fundamentais e estruturas
planta (raiz, caule, folhas, explica- tivas das Ciências da Natureza, bem como
EN Tipos e funções de: raiz; caule; folha; flor;
flores e frutos) e a função dominar proces- sos, práticas e procedimentos da
SIN Seres vivos no ambiente semen- te e fruto. Mecanismos de dispersão (EF02GE05)
2º Vida e evolução desempenhada por cada investigação científica, de modo a sentir segurança no
O Plantas das plantas. Agentes polinizadores. Desenho (EF15AR25)
uma delas, e analisar as debate de questões científicas, tecnológicas,
de observação. Saber científico e popular
relações entre as plantas, socioambientais e do mundo do trabalho, continuar
o ambiente e os demais aprendendo e colaborar para a construção de uma
47 seres vivos. sociedade justa, democrática e inclusiva.
1
47
2 UNIDADES OBJETOS DE CONHECI-
RELAÇÃO DENTRO
RELAÇÃO ENTRE
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES DO PRÓPRIO COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS MENTO COMPONENTE0S
COMPONENTE
PA
RT
E O relógio de sol. O sistema solar. Movimentos Compreender conceitos fundamentais e estruturas
de translação e rotação dos planetas. (EF02CI07) Descrever as explica- tivas das Ciências da Natureza, bem como
IV Movimento aparente do (EF02GE08)
Estações do ano e precessão do eixo da posições do Sol em diversos dominar proces- sos, práticas e procedimentos da
Sol no céu (EF03CI08) (EF02HI07)
2º Terra e Universo Terra. A Eclíptica. Fontes de energia. horários do dia e associá- investigação científica, de modo a sentir segurança no
O Sol como fonte de luz (EF04CI10) (EF02MA19)
Movimento aparente do Sol - nascente e -las ao tamanho da sombra debate de questões científicas, tecnológicas,
e calor (EF15AR09)
poente. Projeção da sombra. Obser- vação projetada. socioambientais e do mundo do trabalho, continuar
das sombras ao longo do dia e do ano. aprendendo e colaborar para a construção de uma
Percepção corporal: Movimento dançado sociedade justa, democrática e inclusiva.
(EF03CI02) Experimentar
e relatar o que ocorre
Superfícies reflexivas e refrativas. Lentes e com a passagem da luz
Compreender conceitos fundamentais e estruturas
espelhos. Ampliação de imagens. Uso de Ins- através de objetos
explica- tivas das Ciências da Natureza, bem como
Produção de trumentos para ampliação das imagens: lupa, transparentes (copos,
dominar proces- sos, práticas e procedimentos da
Matéria e som Efeitos da binóculo, etc. O uso de lentes corretivas para janelas de vidro, lentes,
3º (EF15AR23) investigação científica, de modo a sentir segurança no
Energia luz nos materiais problemas de visão. Meios de propagação da prismas, água etc.), no
debate de questões científicas, tecnológicas,
Saúde auditiva e visual luz (transparente, translúcido e opaco). contato com superfícies
socioambientais e do mundo do trabalho, continuar
Reflexão e refração da luz. Percepção do polidas (espelhos) e na
aprendendo e colaborar para a construção de uma
ambiente sonoro, visual e imagético intersecção com objetos
sociedade justa, democrática e inclusiva.
opacos (paredes, pratos,
pessoas e outros objetos de
uso cotidiano).
RELAÇÃO DENTRO
UNIDADES OBJETOS DE CONHECI- RELAÇÃO ENTRE
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES DO PRÓPRIO COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS MENTO COMPONENTE0S
COMPONENTE
(EF03LP24)
(EF03CI06) Comparar (EF03LP25) Compreender conceitos fundamentais e estruturas
alguns animais e organizar (EF03LP26) explica- tivas das Ciências da Natureza, bem como
Características dos animais da fauna cearense.
grupos com base em carac- (EF35LP20) dominar proces- sos, práticas e procedimentos da
Características e desen- Órgãos análogos e homólogos em animais.
3º Vida e evolução terísticas externas comuns (EF03CI09) (EF03MA26) investigação científica, de modo a sentir segurança no
volvimento dos animais Características anatômicas adaptativas. Classifica-
(presença de penas, pelos, (F03MA27) debate de questões científicas, tecnológicas,
ção dos animais.
escamas, bico, garras, (EF03MA28) socioambientais e do mundo do trabalho, continuar
antenas, patas etc.). (EF03HI03) aprendendo e colaborar para a construção de uma
(EF03GE01) sociedade justa, democrática e inclusiva.
ETA
PAS (EF03CI07) Identificar (EF03GE01)
DE características da Terra (EF03GE06)
Compreender conceitos fundamentais e estruturas
EN (como seu formato esfé- (EF03GE07)
explica- tivas das Ciências da Natureza, bem como
SIN O globo terrestre: planificação, relevo e distribui- rico, a presença de água, (EF03HI03)
Características da Terra dominar proces- sos, práticas e procedimentos da
ção geográfica dos ecossistemas. Características solo etc.), com base na (EF03MA19)
O 3º Terra e Universo Observação do céu investigação científica, de modo a sentir segurança no
bioclimáticas dos biomas terrestres. Importância observação, manipulação e (Ef03LP08)
Usos do solo debate de questões científicas, tecnológicas,
da água como fator limitante dos ecossistemas. comparação de diferentes (EF03LP24)
socioambientais e do mundo do trabalho, continuar
47 formas de representação (EF03LP25)
aprendendo e colaborar para a construção de uma
do planeta (mapas, globos, (EF03LP26)
3 sociedade justa, democrática e inclusiva.
fotografias etc.). (EF35LP20)
47
4 RELAÇÃO DENTRO
UNIDADES OBJETOS DE CONHECI- RELAÇÃO ENTRE
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES DO PRÓPRIO COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS MENTO COMPONENTE0S
COMPONENTE
PA
RT
E Planisfério Celeste. O zênite. Planetas e as
principais constelações visíveis do hemisfério sul. Analisar, compreender e explicar características, fenômenos
IV (EF03CI08) Observar,
Dia-claro e noite e sua relação com a rotação. e processos relativos ao mundo natural, social e tecnoló-
identificar e registrar os
Características da Terra Posições relativas do Sol em alguns (EF03GE06) gico (incluindo o digital), como também as relações que
períodos diários (dia e/ou
3º Terra e Universo Observação do céu momentos do dia. Diferenciar planetas e (EF02CI07) (EF03MA17) se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade
noite) em que o Sol, demais
Usos do solo estrelas à noite conforme o seu brilho. (EF03MA22) para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções
estrelas, Lua e planetas
Observação e registro das posições da Lua, (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
estão visíveis no céu.
de estrelas e constelações (Cruzeiro do Sul, Ciências
Três Marias) para determinar horários da Natureza.
noturnos.
(EF03LP24)
(EF03LP25)
(EF03CI09) Comparar Analisar, compreender e explicar características, fenômenos
(EF03LP26)
diferentes amostras de solo e processos relativos ao mundo natural, social e tecnoló-
O solo: fatores edáficos. Características do solo: (EF35LP20)
Características da Terra do entorno da escola com gico (incluindo o digital), como também as relações que
permeabilidade, pH, granulometria; textura e (EF03MA26)
3º Terra e Universo Observação do céu base em características (EF03CI06) se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade
coloração. Classificação dos solos do entorno (EF03MA27)
Usos do solo como cor, textura, cheiro, para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções
escolar. (EF03MA28)
tamanho das partículas, (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
(EF03HI03)
permeabilidade etc. Ciências
(EF03GE01)
da Natureza.
(EF05GE11)
(EF03CI10) Identificar os
Analisar, compreender e explicar características, fenômenos
diferentes usos do solo
Ocupação e uso do espaço urbano e rural. As e processos relativos ao mundo natural, social e tecnoló-
(plantação e extração de
Características da Terra estações do ano e sua relação com a agricul- gico (incluindo o digital), como também as relações que
materiais, dentre outras
3º Terra e Universo Observação do céu tura extensiva e familiar. Extração de rochas e (EF05GE11) se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade
possibilidades), reconhe-
Usos do solo minerais. Manejo do solo. Degradação do solo. para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções
cendo a importância do
Poluição do solo. (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
solo para a agricultura e
Ciências
para a vida.
da Natureza.
(EF04CI04) Analisar e
Compreender conceitos fundamentais e estruturas
construir cadeias alimenta-
Cadeias alimentares do cotidiano. O papel dos explica- tivas das Ciências da Natureza, bem como
res simples, reconhecendo
Cadeias alimentares produtores, dos consumidores e dos dominar proces- sos, práticas e procedimentos da
a posição ocupada pelos
4º Vida e evolução simples decomposi- tores nas cadeias alimentares. (EF04MA16) investigação científica, de modo a sentir segurança no
seres vivos nessas cadeias e
Microrganismos Fluxo de matéria e energia nas cadeias debate de questões científicas, tecnológicas,
o papel do Sol como fonte
alimentares. Alimentos como fonte de matéria e socioambientais e do mundo do trabalho, continuar
primária de energia na
energia. aprendendo e colaborar para a construção de uma
produção de alimentos.
sociedade justa, democrática e inclusiva.
(EF04CI06) Relacionar a
O lixo que produzimos: orgânico e inorgânico.
participação de fungos e Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambientais
Cadeias alimentares O processo da compostagem; o uso do adubo
bactérias no processo de e culturais da ciência e de suas tecnologias para propor
4º Vida e evolução simples orgânico no cultivo de plantas. Hortas. micror-
decomposição, reconhecen- alternativas aos desafios do mundo contemporâneo,
Microrganismos ganismos decompositores. Conservação de
do a importância ambiental incluindo aqueles relativos ao mundo do trabalho.
alimentos.
desse processo.
ETA
PAS
DE
Analisar, compreender e explicar características, fenômenos
EN
A produção de pães e queijos. O uso dos (EF04CI07) Verificar a parti- e processos relativos ao mundo natural, social e tecnoló-
SIN Cadeias alimentares fermen- tos biológicos. Processo de cipação de microrganismos gico (incluindo o digital), como também as relações que
O 4º Vida e evolução simples fermentação láctica na produção de alimentos, se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade
Microrganismos e alcoólica. A produção de biocombustíveis. combustíveis, medicamen- para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções
A descoberta e produção da penicilina. O tos, entre outros. (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
47 uso consciente dos antibióticos. Ciências
5 da Natureza.
47
6 RELAÇÃO DENTRO
UNIDADES OBJETOS DE CONHECI- RELAÇÃO ENTRE
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES DO PRÓPRIO COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS MENTO COMPONENTE0S
COMPONENTE
PA
RT
E (EF04CI08) Propor, a
Doenças causadas por vírus: H1N1, Dengue,
IV partir do conhecimento
Zyca, Chicungunha; Catapora. Doenças causadas
das formas de transmissão
por bactérias: tuberculose, tétano, pneumonia, Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-
Cadeias alimentares de alguns
disenteria. Doenças causadas por protozoários: es- tar, compreendendo-se na diversidade humana,
4º Vida e evolução simples microrganismos (EF12LP13)
Doenças de Chagas, Leishmaniose, fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo
Microrganismos (vírus, bactérias e protozoá-
amebíase e giardíase. Saneamento básico; aos conheci- mentos das Ciências da Natureza e às suas
rios), atitudes e medidas
Vacinação; Higiene. Programa de Saúde tecnologias.
adequadas para prevenção
na Escola PSE - Tratamento de
de doenças a eles asso-
verminoses.
ciadas.
Movimento de translação e rotação da Terra e (EF04CI11) Associar os Analisar, compreender e explicar características, fenômenos
da Lua. Movimento de precessão da Terra. movimentos cíclicos da Lua e processos relativos ao mundo natural, social e tecnoló-
Pontos cardeais Solstícios e equinócios. Ciclo solar - calendário e da Terra a períodos de gico (incluindo o digital), como também as relações que
(EF04GE10)
4º Terra e Universo Calendários, fenômenos solar. As estações do ano. Calendários lunares tempo regulares e ao uso (EF05CI12) se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade
(EF02HI07)
cíclicos e cultura na história da humanidade. O fenômeno das desse conhecimento para a para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções
marés. Calen- dários e suas marcações das construção de calendários (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
estações para uso na agricultura em diferentes em diferentes culturas. Ciências
culturas. da Natureza.
(EF05CI01) Explorar
fenômenos da vida co-
tidiana que evidenciem Analisar, compreender e explicar características, fenômenos
Propriedades físicas dos propriedades físicas dos e processos relativos ao mundo natural, social e tecnoló-
A cozinha como meu laboratório.
materiais materiais – como densida- gico (incluindo o digital), como também as relações que
Matéria e Propriedades físicas e Químicas dos materiais.
5º Ciclo hidrológico de, condutibilidade térmica se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade
Energia Fenômenos de transmissão de calor. Forças
Consumo consciente e elétrica, respostas a forças para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções
(conceito e aplica- ções no cotidiano);
Reciclagem magnéticas, solubilidade, (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
respostas a forças mecâ- Ciências
nicas (dureza, elasticidade da Natureza.
etc.), entre outras.
RELAÇÃO DENTRO
UNIDADES OBJETOS DE CONHECI- RELAÇÃO ENTRE
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES DO PRÓPRIO COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS MENTO COMPONENTE0S
COMPONENTE
(EF05CI02) Aplicar os
conhecimentos sobre as
mudanças de estado físico
Analisar, compreender e explicar características, fenômenos
Distribuição da água no planeta Terra; da água para explicar o
Propriedades físicas dos e processos relativos ao mundo natural, social e tecnoló-
conceitos de potabilidade e balneabilidade; as ciclo hidrológico e anali-
materiais gico (incluindo o digital), como também as relações que
Matéria e hidroelétri- cas. Sistemas de tratamento de sar suas implicações na
5º Ciclo hidrológico (EF04CI03) (EF05GE10) se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade
Energia água e esgotos. Sistemas de irrigação; agricultura, no clima, na
Consumo consciente para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções
poluição dos recursos hídricos; processos de geração de energia
Reciclagem (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
recuperação de recursos hídricos; uso elétrica, no provimento de
Ciências
consciente e reuso da água. água potável e no
da Natureza.
equilíbrio dos
ecossistemas regionais (ou
locais).
(EF05CI08) Organizar um
cardápio equilibrado com
base nas características
Nutrição do organismo (EF67EF10)
dos grupos alimentares Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-
Hábitos alimentares Nutrição humana. Importância da alimentação (EF01LP16)
(nutrientes e calorias) e nas es- tar, compreendendo-se na diversidade humana,
5º Vida e evolução Integração entre os para promoção e manutenção da saúde. Metabo- (EF01LP17)
necessidades individuais fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo
sistemas digestório, lismo energético. (EF01LP20)
(atividades realizadas, aos conheci- mentos das Ciências da Natureza e às suas
respiratório e circulatório (EN02ER07)
idade, sexo etc.) para a tecnologias.
manutenção da saúde do
organismo.
(EF05CI09) Discutir a
ocorrência de distúrbios
Nutrição do organismo Distúrbios alimentares: obesidade; nutricionais (como (EF05GE06)
Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-
Hábitos alimentares subnutrição; bulimia e anorexia nervosa; Índice obesida- de, subnutrição (EF05HI10)
es- tar, compreendendo-se na diversidade humana,
5º Vida e evolução Integração entre os de Massa Corporal -IMC; dietas. Práticas etc.) entre crianças e (EF89EF08)
fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo
sistemas digestório, saudáveis de vida (alimentação, atividade jovens a partir da análise (EF89EF09)
aos conheci- mentos das Ciências da Natureza e às suas
respiratório e circulatório física, sono), Prevenção do diabetes tipo II. de seus hábitos (tipos e (EF35LP15)
tecnologias.
quantidade de alimento
ingerido, prática de
atividade física etc.).
RELAÇÃO DENTRO
UNIDADES OBJETOS DE CONHECI- RELAÇÃO ENTRE
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES DO PRÓPRIO COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS MENTO COMPONENTE0S
COMPONENTE
(EF06CI06) Concluir,
Compreender conceitos fundamentais e estruturas
Célula como Níveis de organização dos seres vivos: da com base na análise de
explica- tivas das Ciências da Natureza, bem como
unidade da vida célula aos domínios. Uso de microscópio e ilustrações e/ou modelos
dominar proces- sos, práticas e procedimentos da
Interação entre os modelos tridimensionais dos diferentes níveis (físicos ou digitais), que os
6º Vida e evolução investigação científica, de modo a sentir segurança no
sistemas locomotor e de organi- zação dos seres vivos. Produção e organismos são um com-
debate de questões científicas, tecnológicas,
nervoso utilização de modelos e esquemas de células, plexo arranjo de sistemas
socioambientais e do mundo do trabalho, continuar
Lentes corretivas tecidos, órgãos e sistemas do corpo humano e com diferentes níveis de
aprendendo e colaborar para a construção de uma
demais seres vivos. organização.
sociedade justa, democrática e inclusiva.
Sistema Nervoso: células, órgãos e funções. (EF06CI07) Justificar o Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia,
Célula como
Sis- tema nervoso central e periférico. Relação papel do sistema nervoso responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação,
unidade da vida
entre o sistema nervoso, os órgãos do sentido e na coordenação das ações recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza
Interação entre os
6º Vida e evolução as ações cotidianas. Ações voluntárias e motoras e sensoriais do para tomar decisões frente a questões científico-tecnoló-
sistemas locomotor e
involuntárias. corpo, com base na gicas e socioambientais e a respeito da saúde individual
nervoso
Principais doenças e deficiências relacionadas análise de suas estruturas e coletiva, com base em princípios éticos,
Lentes corretivas
ao Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso básicas e respectivas democráticos, sustentáveis e solidários.
Periférico. funções.
Máquinas simples
Termorregulação dos animais (ectodérmicos, (EF07CI04) Avaliar o papel Analisar, compreender e explicar características, fenômenos
Formas de
endotérmicos). Relação entre temperatura e do equilíbrio termodinâ- e processos relativos ao mundo natural, social e tecnoló-
propagação do calor
me- tabolismo celular. Riscos associados a mico para a manutenção gico (incluindo o digital), como também as relações que
Matéria e Equilíbrio termodinâmi-
7º exposição às radiações, especialmente em da vida na Terra, para o se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade
Energia co e vida na Terra
regiões com alta incidência solar, como o funcionamento de máqui- para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções
História dos combus-
semiárido nordestino. O funcionamento de nas térmicas e em outras (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
tíveis e das máquinas
refrigeradores e ares-condicio- nados, fornos e situações cotidianas. Ciências
térmicas
micro-ondas. da Natureza.
(EF07CI06) Discutir e
Máquinas simples
avaliar mudanças econômi-
Formas de Impactos da revolução industrial na vida e na
cas, culturais e sociais, (EF07GE08)
propagação do calor sociedade humana. Tecnologia de produção de
tanto na vida cotidiana (EF08HI03) Compreender as Ciências da Natureza como empreendi-
Matéria e Equilíbrio termodinâmi- materiais. Papel da ciência e tecnologia na vida
7º quanto (EF09HI06) mento humano, e o conhecimento científico como provisó-
Energia co e vida na Terra cotidiana. Industrialização no Brasil no século
no mundo do trabalho, (EF89LP22) rio, cultural e histórico.
História dos combus- XX. Papel das inovações tecnológicas na
decorrentes do desenvolvi- (EF08ER07)
tíveis e das máquinas melhoria para a vida na região do semiárido.
mento de novos materiais e
térmicas
tecnologias (como automa-
ção e informatização).
RELAÇÃO DENTRO
UNIDADES OBJETOS DE CONHECI- RELAÇÃO ENTRE
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES DO PRÓPRIO COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS MENTO COMPONENTE0S
COMPONENTE
(EF07CI07) Caracterizar os
principais ecossistemas bra- Analisar, compreender e explicar características, fenômenos
Diversidade de ecos-
sileiros quanto à e processos relativos ao mundo natural, social e tecnoló-
sistemas Diversidade de ambientes e relações entre
paisagem, à quantidade de gico (incluindo o digital), como também as relações que
Fenômenos naturais e localização geográfica, tipos de solo, clima e
7º Vida e evolução água, ao tipo de solo, à (EF07GE11) se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade
impactos ambientais biodiversidade. Característica específicas dos
disponibili- dade de luz para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções
Programas e indicado- ecossistemas do semiárido nordestino.
solar, à tempe- ratura etc., (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
res de saúde pública
correlacionando essas Ciências
características à flora e da Natureza.
fauna específicas.
Composição do ar
(EF07CI12) Demonstrar Compreender conceitos fundamentais e estruturas
Efeito estufa
que o ar é uma mistura explica- tivas das Ciências da Natureza, bem como
Camada de ozônio Ar, Mistura de Gases, O ar: Composição e
de gases, identificando dominar proces- sos, práticas e procedimentos da
Fenômenos naturais propriedades. Atmosfera. Pressão atmosférica (EF06GE13)
7º Terra e Universo sua composição, e investigação científica, de modo a sentir segurança no
(vulcões, terremotos e e pressão em líquidos. Poluição atmosférica (EF89LP22)
discutir debate de questões científicas, tecnológicas,
tsunamis) de causas naturais e antrópicas.
fenômenos naturais ou socioambientais e do mundo do trabalho, continuar
Placas tectônicas e
an- trópicos que podem aprendendo e colaborar para a construção de uma
deriva continental
alterar essa composição. sociedade justa, democrática e inclusiva.
(EF07CI13) Descrever o
Efeito Estufa. Principais gases estufas. Efeito mecanismo natural do
estu- fa e aquecimento global. Fenômenos efeito estufa, seu papel
Composição do ar ambientais e ações antrópicas e seus efeitos na fundamental para o desen-
Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia,
Efeito estufa produção volvimento da vida na
responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação,
Camada de ozônio de gases estufa. Consequências do aquecimento Terra, discutir as ações
(EF06GE13) recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza
Fenômenos naturais global nos ecossistemas semiáridos. Implemen- humanas responsáveis
7º Terra e Universo (EF08HI03) para tomar decisões frente a questões científico-tecnoló-
(vulcões, terremotos e tação de propostas para a reversão ou controle pelo seu aumento artificial
(EF89LP22) gicas e socioambientais e a respeito da saúde individual
tsunamis) do aumento artificial do efeito estufa. Os efeitos (queima dos combustíveis
e coletiva, com base em princípios éticos,
Placas tectônicas e da desertificação no sertão central cearense. fósseis, desmatamento,
democráticos, sustentáveis e solidários.
deriva continental A relação entre o aumento da temperatura e a queimadas etc.) e
interferência do homem na natureza causando o selecionar e imple- mentar
efeito estufa, em regiões desertificadas como o propostas para a reversão
sertão central cearense. ou controle desse quadro.
RELAÇÃO DENTRO
UNIDADES OBJETOS DE CONHECI- RELAÇÃO ENTRE
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES DO PRÓPRIO COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS MENTO COMPONENTE0S
COMPONENTE
(EF07CI14) Justificar a
Composição do ar
importância da camada de Compreender conceitos fundamentais e estruturas
Efeito estufa Estrutura da camada de ozônio. Importância da
ozônio para a vida na explica- tivas das Ciências da Natureza, bem como
Camada de ozônio camada de ozônio na manutenção da vida do
Terra, identificando os dominar proces- sos, práticas e procedimentos da
Fenômenos naturais planeta. Fenômenos ambientais e ações antró- (EF06GE13)
7º Terra e Universo fatores que aumentam ou investigação científica, de modo a sentir segurança no
(vulcões, terremotos e picas sobre a destruição da camada de ozônio. (EF89LP22)
diminuem sua presença na debate de questões científicas, tecnológicas,
tsunamis) Formas de diminuir ou reverter os impactos das
atmosfera, e discutir socioambientais e do mundo do trabalho, continuar
Placas tectônicas e ações humanas na camada de ozônio.
propostas indivi- duais e aprendendo e colaborar para a construção de uma
deriva continental
coletivas para sua sociedade justa, democrática e inclusiva.
preservação.
Composição do ar
Compreender conceitos fundamentais e estruturas
Efeito estufa
explica- tivas das Ciências da Natureza, bem como
Camada de ozônio A deriva continental e a formação da costa (EF07CI16) Justificar o
dominar proces- sos, práticas e procedimentos da
Fenômenos naturais brasi- leira e africana. Pangeia e pantalassa. for- mato das costas (EF06GE05)
7º Terra e Universo investigação científica, de modo a sentir segurança no
(vulcões, terremotos e Formação dos continentes; Indícios brasileira e africana com (EF06HI04)
debate de questões científicas, tecnológicas,
tsunamis) geológicos, biológicos e climáticos. base na teoria da deriva
socioambientais e do mundo do trabalho, continuar
Placas tectônicas e dos continentes.
aprendendo e colaborar para a construção de uma
deriva continental
sociedade justa, democrática e inclusiva.
ETA
PAS
Fontes e tipos de energia
DE Classificação das fontes de energias renováveis Compreender conceitos fundamentais e estruturas
Transformação de (EF08CI01) Identificar e
e não renováveis. Potencial de produção de explica- tivas das Ciências da Natureza, bem como
EN energia classificar diferentes fontes
energias a partir de fontes renováveis na dominar proces- sos, práticas e procedimentos da
SIN 8º
Matéria e Cálculo de consumo
região
(renováveis e não reno- (EF05GE07)
investigação científica, de modo a sentir segurança no
O Energia de energia elétrica váveis) e tipos de energia (EF09GE18)
do semiárido nordestino. Aproveitamento da alta debate de questões científicas, tecnológicas,
Circuitos elétricos utilizados em residências,
incidência solar com o uso de placas fotovol- socioambientais e do mundo do trabalho, continuar
Uso consciente de comunidades ou cidades.
taicas. Favorecimento de instalações de usinas aprendendo e colaborar para a construção de uma
48 energia elétrica
eólicas no litoral. sociedade justa, democrática e inclusiva.
7
48
8 RELAÇÃO DENTRO
UNIDADES OBJETOS DE CONHECI- RELAÇÃO ENTRE
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES DO PRÓPRIO COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS MENTO COMPONENTE0S
COMPONENTE
PA
RT
E Fontes e tipos de energia Carga elétrica. Circuito elétrico. Resistência elétri-
Compreender conceitos fundamentais e estruturas
IV Transformação de ca. Corrente elétrica. Potência elétrica. Choques (EF08CI02) Construir
explica- tivas das Ciências da Natureza, bem como
energia elétricos/ prevenção. Isolantes circuitos elétricos com
dominar proces- sos, práticas e procedimentos da
Matéria e Cálculo de consumo elétricos. Elementos de um circuito simples. pilha/bateria, fios e lâmpa-
8º investigação científica, de modo a sentir segurança no
Energia de energia elétrica Efeito Joule. Modelo clássico de propagação da ou outros dispositivos
debate de questões científicas, tecnológicas,
Circuitos elétricos de corrente em sistemas resistivos. Analogias e compará-los a circuitos
socioambientais e do mundo do trabalho, continuar
Uso consciente de entre um circuito simples e um circuito elétrico elétricos residenciais.
aprendendo e colaborar para a construção de uma
energia elétrica residencial.
sociedade justa, democrática e inclusiva.
(EF08CI03) Classificar
Fontes e tipos de energia equipamentos elétricos
Compreender conceitos fundamentais e estruturas
Transformação de residenciais (chuveiro, ferro,
Classificação de equipamentos elétricos residen- explica- tivas das Ciências da Natureza, bem como
energia lâmpadas, TV, rádio, gela-
ciais (chuveiro, ferro, lâmpadas, TV, rádio, gela- dominar proces- sos, práticas e procedimentos da
Matéria e Cálculo de consumo deira etc.) de acordo com
8º deira etc.) de acordo com o tipo de transformação investigação científica, de modo a sentir segurança no
Energia de energia elétrica o tipo de transformação de
de energia (da energia elétrica para a térmica, debate de questões científicas, tecnológicas,
Circuitos elétricos energia (da energia elétrica
luminosa, sonora e mecânica, por exemplo). socioambientais e do mundo do trabalho, continuar
Uso consciente de para a térmica, luminosa,
aprendendo e colaborar para a construção de uma
energia elétrica sonora e mecânica, por
sociedade justa, democrática e inclusiva.
exemplo).
(EF08CI17CE) Compreender
Diversidade de ecos- a inter-relação entre os
sistemas Anatomofisiologia dos sistemas circulatório, sistemas do corpo
(EF05HI09) Compreender as Ciências da Natureza como empreendi-
Fenômenos naturais e respiratório, digestório e excretor. Prevenção e humano. Justificar a
8º Vida e evolução (EF89LP03) mento humano, e o conhecimento científico como provisó-
impactos ambientais controle de distúrbios alimentares, respiratórios, importância da promoção
(EF09ER01) rio, cultural e histórico.
Programas e indicado- cardiovasculares e do sistema excretor. de hábitos sau- dáveis e,
res de saúde pública propor soluções para
manutenção da saúde
individual e coletiva.
(EF08CI10) Identificar os
principais sintomas, modos
Infecções sexualmente transmissíveis: sintomas, Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-
Mecanismos repro- de transmissão e tratamen-
contágio, prevenção e tratamento. Avanços (EF09HI15) es- tar, compreendendo-se na diversidade humana,
8º Vida e evolução dutivos to de algumas DST (com
no tratamento de IST. Vacinas contra (EF89LP22) fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo
Sexualidade ênfase na AIDS), e discutir
HPV e Hepatite B aos conheci- mentos das Ciências da Natureza e às suas
estratégias e métodos de
tecnologias.
prevenção.
(EF08CI13) Representar os
Movimento de rotação e a influência da incli- movimentos de rotação e Analisar, compreender e explicar características, fenômenos
nação da Terra nas diferentes intensidades de translação da Terra e ana- e processos relativos ao mundo natural, social e tecnoló-
iluminação solar. Sucessão dia/noite e sombra lisar o papel da inclinação gico (incluindo o digital), como também as relações que
Sistema Sol, Terra e Lua
8º Terra e Universo como medida do tempo. Influência do ciclo do eixo de rotação da Terra (EF06GE06) se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade
Clima
dia/ noite nos animais. Translação da Terra em relação à sua órbita na para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções
em torno do Sol. Translação da Terra e as ocorrência das estações do (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
estações do ano e variações climáticas. ano, com a utilização de Ciências
Precessão da Terra; modelos tridimensionais. da Natureza.
RELAÇÃO DENTRO
UNIDADES OBJETOS DE CONHECI- RELAÇÃO ENTRE
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES DO PRÓPRIO COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS MENTO COMPONENTE0S
COMPONENTE
(EF09CI04) Planejar e
executar experimentos que Compreender conceitos fundamentais e estruturas
Aspectos quantitativos O caráter policromático da luz branca. Cores
evidenciem que todas as explica- tivas das Ciências da Natureza, bem como
das transformações primárias (azul, verde e vermelho) no sistema
cores de luz podem ser for- dominar proces- sos, práticas e procedimentos da
Matéria e químicas de percepção e nos aparelhos e equipamentos.
9º madas pela composição das (EF15AR02) investigação científica, de modo a sentir segurança no
Energia Estrutura da matéria Composição da Luz (Experimento - Disco de
três cores primárias da luz e debate de questões científicas, tecnológicas,
Radiações e suas Newton). A reflexão difusa da luz e a cor de um
que a cor de um objeto está socioambientais e do mundo do trabalho, continuar
aplicações na saúde corpo.
relacionada também à cor aprendendo e colaborar para a construção de uma
da luz que o ilumina. sociedade justa, democrática e inclusiva.
(EF09CI06) Classificar as
Usos tecnológicos das radiações, Características radiações eletromagnéticas Analisar, compreender e explicar características, fenômenos
Aspectos quantitativos
das radiações. Radiação – propagação de por suas frequências, fontes e processos relativos ao mundo natural, social e tecnoló-
das transformações
ener- gia, espectro de radiações e usos e aplicações, discutindo e gico (incluindo o digital), como também as relações que
Matéria e químicas
9º cotidianos. Luz, radiação visível, luz e cor, cor- avaliando as implicações se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade
Energia Estrutura da matéria
pigmento. Cores de seu uso em controle para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções
Radiações e suas
e temperatura. Aplicações das radiações. Ondas remoto, telefone celular, (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
aplicações na saúde
eletromagnéticas e sistemas de informação e raio X, forno de micro-on- Ciências
comunicação. das, fotocélulas etc. da Natureza.
(EF09CI09) Discutir as
ideias de Mendel sobre
Compreender conceitos fundamentais e estruturas
hereditariedade (fatores
Os fundamentos da hereditariedade. explica- tivas das Ciências da Natureza, bem como
Hereditariedade hereditários, segregação,
Genótipo e Fenótipo. As Leis de Mendel. (EF08MA22) dominar proces- sos, práticas e procedimentos da
Ideias evolucionistas gametas, fecundação), con-
9º Vida e evolução Mecanismos de transmissão dos caracteres (EF09MA20) investigação científica, de modo a sentir segurança no
Preservação da biodi- siderando-as para resolver
hereditários: conju- gação, transdução, (EF89LP22) debate de questões científicas, tecnológicas,
versidade problemas envolvendo a
transformação. Reprodução sexuada e socioambientais e do mundo do trabalho, continuar
transmissão de característi-
assexuada. Doenças genéticas. aprendendo e colaborar para a construção de uma
cas hereditárias em diferen-
sociedade justa, democrática e inclusiva.
tes organismos.
(EF09CI10) Comparar as
ideias evolucionistas de Compreender conceitos fundamentais e estruturas
Lamarck e Darwin explica- tivas das Ciências da Natureza, bem como
Hereditariedade
apresen- tadas em textos (EF06HI03) dominar proces- sos, práticas e procedimentos da
Ideias evolucionistas
9º Vida e evolução Ideias evolucionistas de Darwin e de Lamarck. científicos e históricos, (EF08HI27) investigação científica, de modo a sentir segurança no
Preservação da biodi-
identificando semelhanças (EF09ER03) debate de questões científicas, tecnológicas,
versidade
e diferenças entre essas socioambientais e do mundo do trabalho, continuar
ideias e sua importância aprendendo e colaborar para a construção de uma
para explicar a sociedade justa, democrática e inclusiva.
diversidade biológica.
ETA
PAS
DE (EF09CI11) Discutir a Compreender conceitos fundamentais e estruturas
Mecanismos da evolução das espécies: mutação.
EN evolução e a diversidade explica- tivas das Ciências da Natureza, bem como
Hereditariedade Recombinação gênica. Adaptações e seleção
das espécies com base na (EF05GE03) dominar proces- sos, práticas e procedimentos da
SIN Ideias evolucionistas natural. Fatores que interferem na constituição
9º Vida e evolução atuação da seleção natural (EF89LP22) investigação científica, de modo a sentir segurança no
O Preservação da biodi- genética das populações: migração, seleção e
sobre as variantes de uma (EF09ER03) debate de questões científicas, tecnológicas,
versidade deriva genética. Grandes linhas da evolução dos
mesma espécie, resultantes socioambientais e do mundo do trabalho, continuar
seres vivos – árvores filogenéticas.
de processo reprodutivo. aprendendo e colaborar para a construção de uma
49 sociedade justa, democrática e inclusiva.
3
49
4 RELAÇÃO DENTRO
UNIDADES OBJETOS DE CONHECI- RELAÇÃO ENTRE
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES DO PRÓPRIO COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
TEMÁTICAS MENTO COMPONENTE0S
COMPONENTE
PA
RT
E (EF09CI12) Justificar a
importância das unidades
IV
de conservação para a
Unidades de conservação: definição, característi- pre- servação da
Hereditariedade Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambientais
cas e importância. Unidades de conservação da biodiversidade e do
Ideias evolucionistas (EF07GE12) e culturais da ciência e de suas tecnologias para propor
9º Vida e evolução região do semiárido nordestino. Reserva Natural patrimônio nacional,
Preservação da biodi- (EF89EF19) alternativas aos desafios do mundo contemporâneo,
Serra das Almas e seu papel na preservação da considerando os diferentes
versidade incluindo aqueles relativos ao mundo do trabalho.
caatinga. tipos de unidades (par-
ques, reservas e florestas
nacionais), as populações
humanas e as atividades
a eles relacionados.
(EF09CI14) Descrever a
Composição, estrutura e
composição e a estrutura
localização do Sistema Sistema Solar. Modelo Geocêntrico e Helio- Compreender conceitos fundamentais e estruturas
do Sistema Solar (Sol,
Solar no Universo cêntrico. Elementos do sistema solar Forma, explica- tivas das Ciências da Natureza, bem como
planetas rochosos, planetas
Astronomia e cultura tamanho, temperatura, rotação, translação, dominar proces- sos, práticas e procedimentos da
gigantes gasosos e corpos
9º Terra e Universo Vida humana fora da massa e atmosfera dos integrantes do Sistema investigação científica, de modo a sentir segurança no
menores), assim como a
Terra Solar. Distâncias e tamanhos na dimensão do debate de questões científicas, tecnológicas,
localização do Sistema
Ordem de grandeza sistema solar e representação em escala. Tipos socioambientais e do mundo do trabalho, continuar
Solar na nossa Galáxia (a
astronômica de galáxias. Exoplanetas identificados. aprendendo e colaborar para a construção de uma
Via Láctea) e dela no
Evolução estelar sociedade justa, democrática e inclusiva.
Universo (apenas uma
galáxia dentre bilhões).
Composição, estrutura e
(EF09CI17) Analisar o
localização do Sistema Analisar, compreender e explicar características, fenômenos
ciclo evolutivo do Sol
Solar no Universo e processos relativos ao mundo natural, social e tecnoló-
(nascimen- to, vida e
Astronomia e cultura O sol: uma estrela média que garante a vida na gico (incluindo o digital), como também as relações que
morte) baseado no
9º Terra e Universo Vida humana fora da Terra. Ciclo de vida das estrelas. Classificação das (EF02CI08) se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade
conhecimento das eta- pas
Terra estrelas: composição, luminosidade, etc. para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções
de evolução de estrelas de
Ordem de grandeza (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
diferentes dimensões e os
astronômica Ciências
efeitos desse processo no
Evolução estelar da Natureza.
nosso planeta.
(EF09CI18CE)Analisar
os diferentes tipos de
movimentos, compreender
Analisar, compreender e explicar características, fenômenos
inércia como tendência dos
e processos relativos ao mundo natural, social e tecnoló-
Cinemática: movimentos Movimento retilíneo uniforme, uniformemente corpos em prosseguir em
gico (incluindo o digital), como também as relações que
e repouso, Dinâmica: variado e movimento circular; Leis de Newton, movimento em linha reta
9º Terra e Universo se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade
Leis de Newton e Força: tipos, características e equilíbrio de e velocidade constante
para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções
Estática: Força sistemas sob a ação de várias forças. ou em repouso. Analisar
(inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
a ação das diferentes
Ciências
forças, incluindo a
da Natureza.
gravitacional
e propor soluções para
problemas do cotidiano.
ETA
PAS (EF09CI19CE) Descrever Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia,
DE a tecnologia do DNA responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação,
Hereditariedade
EN recombinante, analisar e recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza
Ideias evolucionistas Tecnologia do DNA recombinante. Engenharia
SIN 9º Vida e evolução se posicionar criticamente EF08ER02 para tomar decisões frente a questões científico-tecnoló-
Preservação da biodi- genética, nanotecnologia e biotecnologia.
O sobre as implicações gicas e socioambientais e a respeito da saúde individual
versidade
éticas e sociais dos avanços e coletiva, com base em princípios éticos,
biotecnológicos. democráticos, sustentáveis e solidários.
49
5
4.2.4. Área de Ciências Humanas
Ciências Humanas: Convergência entre Geografia e História
As Ciências Humanas no Ensino Fundamental têm a difícil tarefa de ajudar a/o estudante a
descortinar o mundo, através de instrumentos científicos e metodológicos próprios que estimulem
e promovam o desenvolvimento de suas habilidades e competências de análise, interpretação e
práti- cas no seu contexto social. Tal posicionamento não permite que esta área de estudos seja
relegada ao entendimento de menor cientificidade, como era vista pelo senso comum. Pelo
contrário, contribui para que a área de Ciência Humanas possibilite a integração de uma série de
métodos e conceitos das ciências que estudam o ser humano e a sociedade, dentro de distintos
contextos históricos.
As ciências humanas distinguem-se das demais áreas pelos seus objetos de estudo e
resultados obtidos. Elas procuram analisar e compreender os motivadores das ações humanas, as
intencionali- dades, os objetivos de tais ações e o significado destas para a construção social
através dos tempos. Goldmam (1986) afirma que, além do significado consciente, presente na
intenção dos sujeitos, os fatos históricos e sociais têm uma construção objetiva.
Portanto, não podemos ignorar que a intencionalidade e a construção objetiva das ações hu-
manas constituem-se objetos da análise das ciências humanas: sua estrutura, aspirações e
alterações socioespaciais. O processo de ensino e aprendizagem do conhecimento científico é
humano, portanto histórico e social. Isso significa que estudar as ações do ser humano ao longo do
tempo, as identidades e paisagens, construídas na relação sujeito-objeto em diferentes períodos e
sociedades, denotam os diferenciais das ciências humanas.
As Ciências Humanas têm a responsabilidade de dar uma contribuição coerente e consistente
para a formação das/dos estudantes dedicando-se às noções básicas referentes às ciências que
com- põem essa área. Isso pressupõe estudos cuidadosos, integradores e autônomos, no que diz
respeito aos conceitos e métodos de cada uma destas ciências.
Considerando esses pressupostos, e em articulação com as competências gerais da BNCC,
para a área de Ciências Humanas, o DCRC propõe garantir às/os estudantes o desenvolvimento das
competências específicas que seguem:
ETAPAS DE ENSINO
497
4. Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com relação a si mesmo, aos outros
e às diferentes culturas, com base nos instrumentos de investigação das Ciências Humanas, promo-
vendo o acolhimento e a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes,
identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
6. Construir argumentos, com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, para negociar
e defender ideias e opiniões que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência
socioam- biental, exercitando a responsabilidade e o protagonismo voltados para o bem comum e
a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
498 PARTE IV
comportamentos, permitindo que os indivíduos se envolvam e relacionem harmoniosamente com
outras pessoas dentro de um contexto social.
Portanto, os seres humanos desenvolvem mecanismos que lhes permitem lidar com as mais
variadas situações impostas pela vida, na superação dos problemas, desde que tenham crenças e
habilidades socioemocionais que os deem suporte para isso. Acreditamos que mudanças
necessárias ao aprimoramento pessoal, social e emocional se relacionam às inovações que
necessitam de habili- dades como - coragem e capacidade de comunicação de seus executores
para que sejam colocadas em prática. Isso acontece, na medida que os indivíduos se permitem lidar
com situações que os tirem da zona de conforto estão desenvolvendo habilidades que os amparam
na superação dos problemas. A diversidade étnico-cultural e a multiplicidade de espaços e tempos
foram construídas, numa dialógica permanente com diferentes saberes, sublimando simplificações,
generalizações e discre- pâncias teóricas e práticas. O processo de ensino e aprendizagem que
busca a interação entre teoria e prática promove a relação entre pensamento e ação e possibilita a
formação de indivíduos capazes
de intervir constantemente na realidade, que é plural.
O tema Direitos Humanos precisa ter relevância em sala de aula. Sobre ele, o entendimento da
Base Nacional Comum Curricular é o seguinte:
[...] cabe aos sistemas e às redes de ensino, assim como às escolas, em suas respectivas esferas
de autonomia e competência, incorporar aos currículos e às propostas pedagógicas a
abordagem de temas contemporâneos que afetam a vida humana em escala local, regional e
global, preferencial- mente de forma transversal e integradora. Entre esses temas, destacam-se:
direitos da criança e do adolescente (Lei nº 8.069/199016), educação para o trânsito (Lei nº
9.503/199717), educação am- biental (Lei nº 9.795/1999, Parecer CNE/CP nº 14/2012 e
Resolução CNE/CP nº 2/201218), educação alimentar e nutricional (Lei nº 11.947/200919),
processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso (Lei nº 10.741/200320), educação
em direitos humanos (Decreto nº 7.037/2009, Parecer CNE/ CP nº 8/2012 e Resolução CNE/CP
nº 1/201221), educação das relações étnico-raciais e ensino de história e cultura afro-brasileira,
africana e indígena (Leis nº 10.639/2003 e 11.645/2008, Parecer CNE/ CP nº 3/2004 e Resolução
CNE/CP nº 1/200422), bem como saúde, vida familiar e social, educação para o consumo,
educação financeira e fiscal, trabalho, ciência e tecnologia e diversidade cultural (Parecer
CNE/CEB nº 11/2010 e Resolução CNE/CEB nº 7/201023). (BRASIL, BNCC, 2017, p. 19 e 20).
Logo, pensar o meio ambiente dentro dos conhecimentos da História e da Geografia traz
reflexões diferentes. No entanto, podem estabelecer diálogos que fortalecem a relação entre
componentes cur- riculares, o conhecimento das Ciências Humanas, a pluralidade de abordagens
em um mesmo assunto e o desenvolvimento de pensamento crítico amplo.
Ao pensar as relações de gênero, também podemos perceber a mesma possibilidade. A
Igualda- de de Gênero está em diversos documentos normativos, como nas Metas do Milênio,
elaborado pela Organização das Nações Unidas, ou ainda no já citado Decreto 7.037, de 21 de
dezembro de 2009. Implicitamente, podemos perceber essa necessidade na Constituição Federal de
1988, quando em seu artigo 3º foi elencado como objetivo fundamental da República Federativa do
Brasil a promoção do “bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.” (BRASIL, 1988).
Preocupar-se com as relações do gênero é perceber a historicidade da relação entre
mulheres e homens, ou seja, é questionar as expectativas feitas para as pessoas, baseadas em seus
sexos, e entender como estas são históricas e se modificam ao longo do tempo e de diferentes
culturas.
Além disso, é preciso perceber que essas relações são permeadas por questões étnico-raciais,
de sexualidade e de classe. Desse modo, a promoção da igualdade de gênero deve levar em conta
a diversidade de situações pelas quais passam as mulheres negras, pobres, não-heterossexuais
entre outros indivíduos. A História e a Geografia, com seus modos diferentes de abordar questões
sociais, têm as relações de gênero como possibilidades de estreitamento entre os componentes, de
modo que, mesmo com temporalidades ou até mesmo locais diferentes a serem estudados, ambos
podem promover o fim dos preconceitos.
Outra importante problemática que se faz presente neste documento é a inclusão. A
necessidade de inclusão nas escolas é um dos desafios mais importantes que a comunidade escolar
precisa com- preender e enfrentar. Para tanto, é fundamental que sejam realizadas reflexões, no
âmbito das escolas, sobre o trabalho que está sendo desenvolvido e os aspectos que precisam
melhorar em função da garantia da aprendizagem de todas as estudantes e de todos os
estudantes. Não é mais possível que a educação brasileira negligencie a urgência em relação à
vivência da inclusão nas suas mais variadas dimensões nas salas de aula.
A perspectiva inclusiva passa pelo respeito e aceitação da diferença, mas decorre
principalmente da garantia da participação efetiva dos sujeitos de inclusão nos processos de
decisão para resolução de problemas vivenciados cotidianamente. Sobre esse assunto Booth &
Ainscow (2012) afirmam:
A inclusão se torna, do ponto de vista das ideias, um movimento mundial. Insurgem, portanto,
novos balizadores sociais que passam a ser defendidos por uma parcela significativa de
pessoas e movimentos organizados, preocupados em repensar preceitos de uma nova ética
consolidada na constituição de outra cultura social. Cultura está, imantada de novos valores,
atitudes e con- cepções de homem, de mundo e das relações sociais nela estabelecidas,
comprometidas com outra lógica de sustentabilidade da existência e da sociabilidade
humanas. (LUSTOSA, 2009, p. 5).
Portanto, socializar, aprender com o outro, pensar o mundo sob diversas visões e culturas é o
desafio contemporâneo posto às comunidades escolares que buscam uma renovação através de
uma educação libertadora.
Importante também é destacar a necessidade da efetivação nas escolas da Lei 10.639/03, que
versa sobre o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Para a efetivação de um
trabalho que contemple mais essa dimensão sobre a diversidade da área de Ciências Humanas,
incluíram no presente documento referencial, diversos objetos específicos do conhecimento que
situam e provocam estudos na perspectiva da referida Lei.
E, finalmente, vale ressaltar que o DCRC valoriza a autonomia da/do professora/professor e,
desse modo, não traz modelos prontos a serem seguidos. No entanto, podemos perceber
possibilidades de caminhos a serem construídos, respeitando direitos e deveres das/dos
estudantes, a diversidade de gênero, étnico-racial, sexualidade, classe social etc., como apontado
em diversos documentos legais. As temáticas trazidas são apenas algumas em que há diálogo entre
Geografia e História, mas vários pontos dos dois componentes propiciam liberdade às professoras
e professores para acionarem seus conhecimentos e estimularem a criticidade e a formação cidadã
de seus estudantes.
4.2.4.1. Geografta
O entendimento das formas e dinâmicas dos fenômenos naturais e sociais foi e é um saber
necessário à humanidade, pois as experiências espaciais e sociais vividas e a interpretação dos
lugares favorecem à formulação de estratégias para a existência dos grupos humanos no planeta.
Considerando a diversidade humana e a da natureza e, consequentemente, a variedade de relações
que as socie- dades estabelecem entre si e com a natureza, é possível afirmar que cada sociedade
produz e possui
ETAPAS DE ENSINO
501
diferentes geografias. Para Santos (1985), o espaço é o resultado da produção, uma decorrência de
sua história, mais precisamente, da história dos processos produtivos impostos ao espaço pela
sociedade. Como conhecimento científico institucionalizado, a Geografia produz e utiliza
referenciais teórico-metodológicos diversos, acompanhando, de maneira mais ou menos
intensa, as grandes matrizes e as mudanças paradigmáticas das ciências. Como componente
curricular, na escola e na universidade, a Geografia também tem produzido e se orientado por
concepções didático-peda- gógicas, intentando sua adequação ao contexto social, educacional e
científico. Por conseguinte, atualmente, na ciência geográfica, há uma pluralidade de orientações
teórico-metodológicas. Muitos trabalhos acadêmicos contribuíram com as análises para
compreensão do processo e implantação da Geografia nos currículos escolares brasileiros, dentre
os quais podemos destacar trabalhos recentes
como Faria (2012), Araújo (2012), Pontuschka, Paganelli, Cacete (2007), dentre outros.
Os conceitos que a Geografia produz e com os quais elabora suas leituras e proposições de
entendimento do mundo vão sendo resinificados de acordo com matrizes teóricas diversas. Nos
enunciados e nas análises da ciência geográfica, pautados nas grandes categorias de espaço e
tempo, são produzidos e utilizados conceitos como espaço geográfico, lugar, território, natureza,
paisagem, região, ambiente, entre outros. Afinal, “o saber geográfico articula-se a partir de
conceitos e catego- rias básicas sobre o espaço geográfico” (PENA, 2015). Os conceitos que
articulam diversos sentidos de fenômenos visam construir entendimentos possíveis sobre o mundo,
por esta razão não cabe fixá-los em definições únicas, mas conhecer suas formulações e construí-
los a partir da observação e da análise.
As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCNEB) apontam a necessidade de
formação, no âmbito escolar, de “[...] sujeitos inventivos, participativos, cooperativos, preparados
para diversificadas inserções sociais, políticas, culturais, laborais e, ao mesmo tempo, capazes de
intervir e problematizar as formas de produção e de vida [...]” (BRASIL, 2013, p. 16). Apontam, ainda,
o entendimento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) como:
502 PARTE IV
Assim, é possível vislumbrar o potencial da Geografia na escola básica contemporânea, seja no
que se refere à formação das/dos estudantes, de modo a que compreendam conhecimentos
geográficos, seja no âmbito da produção social de conhecimentos com os quais o componente
curricular deve dialo- gar, seja, ainda, na necessária contextualização dos saberes, marcadamente a
articulação lugar-mundo. Para Cavalcanti (2012), os saberes docentes devem estar articulados com a
teoria e a prática que desenvolvemos no decurso da formação profissional de professora/professor
e, na mesma medida, na formação continuada. Esperamos que as/os professoras/professores
sejam criadoras/criadores de conhecimentos geográficos, a partir das experimentações,
proporcionando um diálogo com o universo conceitual e, também, problematizando informações que
atravessam o cotidiano das pessoas. É necessário que os/as professores/as saibam lê-las e interpretá-
las, de maneira a não serem meros reprodutoras/ reprodutores de informações e conteúdo, mas
capazes de instigar as/os estudantes a compreender as espacialidades e suas relações, muitas vezes
contraditórias. Isso caracteriza a função social da Geografia,
na medida em que possibilita a elaboração de um pensamento crítico sobre a realidade.
[...] a área de Ciências Humanas deve propiciar aos alunos a capacidade de interpretar o
mundo, de compreender processos e fenômenos sociais, políticos e culturais e de atuar de
forma ética, responsável e autônoma diante de fenômenos sociais e naturais. (BRASIL, 2017, p.
308).
• Conexões e escalas;
• Mundo do trabalho;
No Ensino Fundamental predomina a descrição nas aulas de Geografia; nos Anos Finais, a
mono- grafia regional comanda o raciocínio geográfico. Há também explicações sobre o que
ocorre em uma região por meio da descrição dos elementos desse espaço e de suas dinâmicas
internas. A principal novidade é formular objetivos de aprendizagem capazes de colocar em
primeiro plano uma Geografia escolar analítica que avance para além da descrição.
ETAPAS DE ENSINO
503
Por exemplo, ao observar a possível concentração de moradias, no entorno da estação de
trem do município, o que se faz comumente nas aulas de Geografia é descrever esses elementos —
a es- tação, a via férrea, a localização das moradias etc. Um aprofundamento sobre essa situação
significa, muitas vezes, classificar os elementos: os tipos de transporte, as funções do espaço
urbano etc. Assim sendo, não se formam as redes de relações fundamentais que poderiam explicar
o porquê da con- centração espacial. Pode ser que a construção da estação de trem possa
impulsionar a formação da aglomeração urbana; ou, ainda, possa contribuir para que ocorra um
deslocamento das moradias para essa área. Com a possível construção de novos loteamentos, uma
parte significativa dos moradores poderá utilizar o trem para ir ao local de trabalho, mesmo que
seja em outro município.
As perguntas formuladas pelos alunos devem ser ponto de partida para a construção de
novas questões que busquem esclarecer o que foi questionado: o que explica algo em um lugar
pode ser um fenômeno que ocorre em outro lugar muitíssimo distante. Esses lugares, no entanto,
estão imbricados uns nos outros em uma rede, que deve ser identificada e analisada pelos alunos. É
assim que as/os alunas/alunos podem “compreender aspectos fundamentais da realidade”, como
propõe a BNCC.
Tendo como referência a Base, o DCRC articula as competências gerais da BNCC e específicas
da área de Ciências Humanas para estabelecer as setes competências para a Geografia no Ensino
Fundamental que segue:
1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e
exer- citar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas.
Propomos que a Geografia possibilite às/aos alunas/alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fun-
damental “reconhecer e comparar as realidades de diversos lugares de vivência” (BRASIL, 2017, p.
504 PARTE IV
316), assim como “identificar a presença ou ausência de equipamentos públicos e serviços básicos
essenciais” (BRASIL, 2017, p. 316). Desse modo, ao final do 5º ano, os alunos devem estar
preparados para realizar essas ações, que integram os objetivos da educação formal em nossa
sociedade e que são a base para a participação social e a cidadania.
Para os Anos Finais do Ensino Fundamental, propomos demandas ainda mais desafiadoras
para a Geografia escolar. Esperamos que as/os alunas/alunos possam compreender e atuar em
“processos que resultaram na desigualdade social”. Como componente do currículo escolar, a
Geografia deve, portanto, oferecer às/aos alunos/alunas um conjunto de experiências de
aprendizagem nas quais elas/ eles possam desenvolver habilidades necessárias para alcançar esses
objetivos.
A compreensão do mundo em que vivemos mobiliza o pensamento espacial, que, por sua
vez, requer o desenvolvimento do raciocínio geográfico. Esse raciocínio, por meio da aplicação de
deter- minados princípios (analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e
ordem), leva à compreensão de aspectos fundamentais da realidade: “a localização e a distribuição
de fatos e fenômenos na superfície terrestre, o ordenamento territorial, as conexões existentes
entre compo- nentes físico-naturais e as ações antrópicas” (BRASIL, 2017, p. 311).
Portanto, questões como “Onde se localiza?” “Por que se localiza?” “Como se distribui?”
“Quais são as características sócioespaciais?” guiam a abordagem de fenômenos nas aulas de
Geografia. Partindo da observação de seus lugares de vivência, as/os alunas/alunos podem
estabelecer relações entre o que ocorre nos lugares em que vivem e em outros lugares próximos e
também distantes.
Retomando nosso exemplo em uma abordagem dos transportes utilizados no município em
que vivem, por exemplo, os/as alunos/as podem observar uma concentração de moradias no
entorno da estação de trem. Um grande conjunto de perguntas pode desencadear exercícios de
raciocínio geográfico, como por exemplo: Onde se localiza o município? Por que a estação de trem
se localiza na parte baixa das terras do município? Como as construções e moradias se distribuem
no município? As concentrações de moradias acompanham a linha de trem? Quais são as
características da vida no município relacionadas à via férrea? São perguntas que nascem da
observação dos elementos dos lugares de vivência.
Esses questionamentos mobilizam a busca por respostas que, por sua vez, levam à
formulação de novas perguntas. Tal movimento proporciona às/os alunas/alunos compreenderem a
situação geo- gráfica como “um conjunto de relações”. Com base na constatação de que haveria
uma concentração de moradias no entorno da estação de trem, os/as alunos/as verificam se essa
concentração ocorre de fato e levantam explicações para o fenômeno. As perguntas devem levá-
las/los a observar por que a estação de trem interessa aos moradores do município. Isso acaba por
destacar redes que integram e mobilizam os lugares do município.
506 PARTE IV
OBJETOS DE CONHECI- RELAÇÃO DENTRO DO RELAÇÃO ENTRE
ANO UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
MENTO PRÓPRIO COMPONENTE COMPONENTES
(EF12EF04)
Construir argumentos com base em
Paisagem; Diferentes tipos de paisagens; (EF01LP16)
informações geográficas, debater e
Semelhanças e diferenças de uso na (EF01GE03) Identificar e relatar (EF15AR05)
defender ideias e pontos de vista que
O sujeito e seu lugar no Situações de convívio em paisagem; As pessoas e suas manifesta- seme- lhanças e diferenças de usos (EF01HI05)
1º respeitem e promovam a consciência
mundo diferentes lugares ções nas paisagens; Transformações das do espaço público (praças, parques) (EF01HI08)
socioambiental e o respeito à biodi-
paisagens; Lazer e as diferentes formas para o lazer e diferentes (EF06LI02)
versidade e ao outro, sem preconcei-
de socialização. manifestações. (EF02ER02)
tos de qualquer natureza.
(EF03ER02)
PA
RT
E Estabelecer conexões entre diferentes
Identificar os tipos de moradias e suas
(EF01GE06) Descrever e comparar temas do conhecimento geográfico,
IV diferenças; Objetos de uso cotidiano e
diferentes tipos de moradia ou objetos reconhecendo a importância dos
Diferentes tipos de trabalho suas diferenças; Mobiliário de diferentes (EF01CI06)
1º Mundo do trabalho de uso cotidiano (brinquedos, roupas, objetos técnicos para a compreensão
existentes no seu dia a dia lugares; Vestuário e suas diferenças; (EF15AR04)
mobiliários), considerando técnicas e das formas como os seres humanos
Diferentes tipos de materiais e suas
materiais utilizados em sua produção. fazem uso dos recursos da natureza
utilizações.
ao longo da história.
(EF01LP18)
(EF01LP19) Desenvolver o pensamento espacial,
Conceitos de localização e orientação;
(EF01GE08) Criar mapas mentais e (EF01LP25) fazendo uso das linguagens carto-
Formas de Utilização de desenhos, história em
desenhos com base em itinerários, (EF01LP26) gráficas e iconográficas, de diferentes
1º represen- tação e Pontos de referência quadrinhos, textos e brincadeiras
contos literários, histórias inventadas e (EF15AR08) gêneros textuais e das geotecnologias
pensamento com a intencionalidade de se
brincadeiras. (EF15AR10) para a resolução de problemas que
espacial orientar no espaço.
(EF15AR18) envolvam informações geográficas.
(EF15AR21)
Relações entre localizações (referências (EF01GE09) Elaborar e utilizar mapas Desenvolver o pensamento espacial,
espaciais), orientação e distância; simples para localizar elementos do (EF01MA11) fazendo uso das linguagens carto-
Formas de
Conhecendo a rua e os elementos que a local de vivência, considerando (EF01MA12) gráficas e iconográficas, de diferentes
1º represen- tação e Pontos de referência
compõem; Pontos de referência; Deslo- referen- ciais espaciais (frente e atrás, (EF15AR08) gêneros textuais e das geotecnologias
pensamento
camento com autonomia; Representação esquerda e direita, em cima e (EF15AR10) para a resolução de problemas que
espacial
do lugar que está sendo analisado. embaixo, dentro e fora) e tendo o envolvam informações geográficas.
corpo como referência.
(EF35EF12)
(EF12LP05)
Origem do bairro, sua história e seu Agir pessoal e coletivamente com
(EF12LP06)
nome; Atividades econômicas predo- (EF02GE02) Comparar costumes e respeito, autonomia, responsabilida-
(EF15AR03)
minantes na comunidade onde moro; tradições de diferentes populações de, flexibilidade, resiliência e deter-
O sujeito e seu lugar no Convivência e interações en- (EF15AR19)
2º Reconhecimento das diferenças e inseridas no bairro ou comunidade em (EF01GE01) minação, propondo ações sobre as
mundo tre pessoas na comunidade (EF15AR25)
semelhanças culturais entre as pessoas que vive, reconhecendo a importância questões socioambientais, com base
(EF02HI02)
respeitando a etnia, individualidade, o do respeito às diferenças. em princípios éticos, democráticos,
(EF06LI01)
gênero e a sexualidade. sustentáveis e solidários.
(EF06LI02)
(EF07ER05)
PA
RT Relação entre o cotidiano e o local de
Desenvolver autonomia e senso
E morar; Semelhanças e diferenças nos
crítico para compreensão e aplicação
IV hábitos, costumes e tradições de um
(EF02GE04) Reconhecer semelhanças do raciocínio geográfico na análise
povo e suas relações com a natureza; (EF02CI05)
Experiências da comunidade e diferenças nos hábitos, nas relações (EF01GE05) da ocupação humana e produção
2º Conexões e escalas Convivência e o local de morar; A (EF04HI01)
no tempo e no espaço com a natureza e no modo de viver de (EF01GE10) do espaço, envolvendo os
vizinhança e a relação com os (EF01ER04)
pessoas em diferentes lugares. princípios de analogia, conexão,
vizinhos;
diferenciação, distribuição,
Diferentes tipos de moradia;
extensão, localização
Direito à moradia; Referências
e ordem.
espaciais na localização das
moradias.
PA
RT Comunidades campesinas; Identificação
E dos diferentes modos de vida de povos
e comunidades tradicionais em distintos
IV
lugares; Diferentes formas de organiza-
ção do trabalho e moradia no campo e
Agir pessoal e coletivamente com
na cidade; Mutirão: organização social
respeito, autonomia, responsabilida-
do trabalho; Comparação das relações
(EF03GE03) Reconhecer os (EF01GE05) de, flexibilidade, resiliência e deter-
O sujeito e seu lugar no A cidade e o campo: aproxi- sociais e econômicas de comunidades
3º diferentes modos de vida de povos e (EF01GE10) (EF03HI03) minação, propondo ações sobre as
mundo mações e diferenças quilombolas e indígenas, em diferentes
comunida- des tradicionais em (EF02GE04) questões socioambientais, com base
tempos e lugares; Agricultura familiar:
distintos lugares. em princípios éticos, democráticos,
resgate da vida no campo e valorização
sustentáveis e solidários.
da agricultura familiar; O modo de viver
no campo, com suas especificidades e
valorização dos territórios; A luta pela
reforma agrária e a defesa dos assen-
tamentos.
PA
RT (EF04GE01) Selecionar, em seus
E lugares de vivência e em suas histó-
Agir pessoal e coletivamente com
Território brasileiro e a diversidade rias familiares e/ou da comunidade,
IV (EF12EF11) respeito, autonomia, responsabilida-
cultural de um povo; Conceito de misci- elementos de distintas culturas (in- (EF01GE01)
(EF35EF01) de, flexibilidade, resiliência e deter-
O sujeito e seu lugar no Território e diversidade genação e a influência dos imigrantes de dígenas, afro-brasileiras, de outras (EF02GE02)
4º (EF04HI10) minação, propondo ações sobre as
mundo cultural diferentes origens no Brasil; Contribui- regiões do país, latino-americanas, (EF03GE01)
(EF15AR19) questões socioambientais, com base
ção de diferentes povos para a formação europeias, asiáticas etc.), valorizando (EF03GE03)
(EF15AR25) em princípios éticos, democráticos,
cultural local, regional e nacional. o que é próprio em cada uma delas
sustentáveis e solidários.
e sua contribuição para a formação
da cultura local, regional e
brasileira.
PA
RT
E Introdução à cartografia: título, legenda,
IV escala e coordenadas geográficas;
Calendário solar e lunar; Solstícios e Desenvolver o pensamento espacial,
Equinócios; Elementos constitutivos (EF04GE10) Comparar tipos variados (EF01GE08) fazendo uso das linguagens carto-
Formas de
Elementos constitutivos dos de um mapa; Diferenças entre a escala de mapas, identificando suas carac- (EF01GE09) gráficas e iconográficas, de diferentes
4º represen- tação e (EF04CI11)
mapas numérica e gráfica; Paralelos e meridia- terísticas, elaboradores, finalidades, (EF02GE08) gêneros textuais e das geotecnologias
pensamento
nos; Comparação de tipos variados de diferenças e semelhanças. (EF03GE07) para a resolução de problemas que
espacial
mapas (físicos e/ou humanos), identifi- envolvam informações geográficas.
cando suas características, elaboradores,
finalidades, diferenças e semelhanças.
PA
RT
E Produção, circulação e consumo; Desenvolver autonomia e senso
IV Infraestrutura, meios de transporte e crítico para compreensão e aplicação
comunicação na circulação de merca- EF89EF05 do raciocínio geográfico na análise
(EF05GE06) Identificar e comparar (EF02GE03)
Trabalho e inovação tec- dorias, pessoas e informações entre EF05CI09 da ocupação humana e produção
5º Mundo do trabalho transformações dos meios de transpor- (EF04GE04)
nológica diferentes lugares do espaço; Indústria e EF09CI13 do espaço, envolvendo os
te e de comunicação. (EF08ER07)TRU
comércio; Processo de evolução técnica EF03HI11 princípios de analogia, conexão,
da indústria; Propaganda e consumo diferenciação, distribuição,
consciente. extensão, localização
e ordem.
PA
RT (EF06GE04) Descrever o ciclo da água,
E comparando o escoamento superficial
Ciclo da água; Correntes marítimas; Utilizar os conhecimentos geográficos
no ambiente urbano e rural, reco-
IV Bioma, com destaque para caatinga; (EF06CI13) para entender a interação sociedade/
Relações entre os componen- nhecendo os principais componentes
6º Conexões e escalas Domínios naturais; Hidrosfera; Rios e (EF67LP21) natureza e exercitar o interesse e o
tes físico-naturais da morfologia das bacias e das redes
bacias hidrográficas; Oceanos e mares; (EF67LP22) espírito de investigação e de resolu-
hidrográficas e a sua localização no
Dinâmica hídrica do Ceará. ção de problemas.
modelado da superfície terrestre e da
cobertura vegetal.
(EF07CI12)
(EF07CI13)
Utilizar os conhecimentos geográficos
Aquecimento global e efeito estufa; (EF06GE13) Analisar consequências, (EF07CI14)
para entender a interação sociedade/
Natureza, ambientes e Atividades humanas e Agentes poluidores do ar atmosférico; vantagens e desvantagens das práticas (EF08CI14)
6º (EF05GE11) natureza e exercitar o interesse e o
qualidade de vida dinâmica climática Chuva ácida; Ilhas de calor e inversão humanas na dinâmica climática (ilha (EF06MA31)
espírito de investigação e de resolu-
térmica. de calor etc.). (EF06MA32)
ção de problemas.
(EF67LP09)
(EF67LP10)
ETA
PAS
DE Desenvolver o pensamento espacial,
EN (EF07GE01) Avaliar, por meio de (EF69AR15)
Extensão territorial; Posição geográfica; fazendo uso das linguagens carto-
exemplos extraídos dos meios de (EF69AR35)
SIN O sujeito e seu lugar no Ideias e concepções sobre a Fusos horários; limites e fronteiras; Dife- gráficas e iconográficas, de diferentes
7º comunicação, ideias e estereótipos (EF69AR06)
O mundo formação territorial do Brasil renças socioeconômicas e culturais entre gêneros textuais e das geotecnologias
acerca das paisagens e da formação (EF67LP11)
as regiões, em diferentes épocas. para a resolução de problemas que
territorial do Brasil. (EF06HI08)
envolvam informações geográficas.
52
1
52
2 ANO UNIDADES TEMÁTICAS
OBJETOS DE CONHECI-
OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES
RELAÇÃO DENTRO DO RELAÇÃO ENTRE
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
MENTO PRÓPRIO COMPONENTE COMPONENTES
PA
RT Desenvolver autonomia e senso
E (EF07GE02) Analisar a influência crítico para compreensão e aplicação
Organização do espaço brasileiro e suas
IV dos fluxos econômicos e do raciocínio geográfico na análise
paisagens; Transformações espaciais;
populacionais na formação (EF07HI11) da ocupação humana e produção
7º Conexões e escalas Formação territorial do Brasil Diversidade socioeconômica; Divisão (EF03GE02)
socioeconômica e territorial do (EF07HI18) do espaço, envolvendo os
político-administrativa (complexos regio-
Brasil, compreendendo os conflitos e princípios de analogia, conexão,
nais e regiões administrativas do IBGE).
as tensões históricas e contempo- diferenciação, distribuição,
râneas. extensão, localização
e ordem.
(EF01GE08)
(EF01GE09)
(EF07GE09) Interpretar e elaborar
(EF02GE08) Desenvolver o pensamento espacial,
mapas temáticos e históricos, inclusive
Atividades econômicas primárias, se- (EF02GE09) fazendo uso das linguagens carto-
Formas de utilizando tecnologias digitais, com in- (EF07MA36)
cundárias e terciárias; aspectos urbanos; (EF03GE06) gráficas e iconográficas, de diferentes
7º represen- tação e Mapas temáticos do Brasil formações demográficas e econômicas (EF07MA37)
aspectos rurais; dinâmica demográfica (EF03GE07) gêneros textuais e das geotecnologias
pensamento do Brasil (cartogramas), identificando (EF07HI11)
urbana e rural. (EF04GE10) para a resolução de problemas que
espacial padrões espaciais, regionalizações e
(EF05GE08) envolvam informações geográficas.
analogias espaciais.
(EF05GE09)
(EF06GE08)
ETA
PAS
DE Construir argumentos com base em
(EF07GE11) Caracterizar dinâmicas
EN informações geográficas, debater e
dos componentes físico-naturais no
Geologia; Pedologia; Geomorfologia; (EF07CI08) defender ideias e pontos de vista que
SIN Natureza, ambientes e território nacional, bem como sua (EF04GE11)
7º Biodiversidade brasileira Climatologia; Fitogeografia; recursos (EF08CI14) respeitem e promovam a consciência
O qualidade de vida distribuição e biodiversidade (Florestas (EF06GE09)
hídricos. (EF07MA29) socioambiental e o respeito à biodi-
Tropicais, Cerrados, Caatingas, Campos
versidade e ao outro, sem preconcei-
Sulinos e Matas de Araucária).
tos de qualquer natureza.
52
3
52
4 OBJETOS DE CONHECI- RELAÇÃO DENTRO DO RELAÇÃO ENTRE
ANO UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
MENTO PRÓPRIO COMPONENTE COMPONENTES
PA
RT
E Agir pessoal e coletivamente com
(EF07GE12) Comparar unidades de
IV respeito, autonomia, responsabilida-
Diferenças entre UCs e APAs; Ca- conservação existentes no Município
de, flexibilidade, resiliência e deter-
Natureza, ambientes e racterísticas das UCs do Ceará e do de residência e em outras localidades (EF07CI08)
7º Biodiversidade brasileira minação, propondo ações sobre as
qualidade de vida Brasil; Biodiversidade local e nacional; brasileiras, com base na organização (EF09CI12)
questões socioambientais, com base
Biopirataria. do Sistema Nacional de Unidades de
em princípios éticos, democráticos,
Conservação (SNUC).
sustentáveis e solidários.
(EF01GE01)
(EF02GE01)
Estabelecer conexões entre diferentes
(EF08GE02) Relacionar fatos e si- (EF02GE02)
temas do conhecimento geográfico,
Processo de formação territorial e tuações representativas da história (EF03GE02)
reconhecendo a importância dos
O sujeito e seu lugar no Diversidade e dinâmica da cultural dos municípios brasileiros, com das famílias do Município em que (EF04GE01) (EF04HI10)
8º objetos técnicos para a compreensão
mundo população mundial e local destaque para o município de vivência: se localiza a escola, considerando a (EF04GE02) (EF89LP17)
das formas como os seres humanos
contribuição de outros povos. diversidade e os fluxos migratórios da (EF04GE04)
fazem uso dos recursos da natureza
população mundial. (EF05GE01)
ao longo da história.
(EF07GE02)
(EF07GE04)
(EF01GE01)
(EF02GE01)
Desenvolver autonomia e senso
(EF02GE02)
crítico para compreensão e aplicação
(EF08GE03) Analisar aspectos repre- (EF03GE02)
do raciocínio geográfico na análise
Desenvolvimento humano: esperança sentativos da dinâmica demográfica, (EF04GE01)
O sujeito e seu lugar no Diversidade e dinâmica da (EF08MA23) da ocupação humana e produção
8º de vida, mortalidade infantil, escolariza- considerando características da popula- (EF04GE02)
mundo população mundial e local (EF08MA24) do espaço, envolvendo os
ção, nutrição, IDH; Pirâmide Etária. ção (perfil etário, crescimento vegetati- (EF04GE04)
princípios de analogia, conexão,
vo e mobilidade espacial). (EF05GE01)
diferenciação, distribuição,
(EF05GE03)
extensão, localização
(EF07GE02)
e ordem.
(EF07GE04)
OBJETOS DE CONHECI- RELAÇÃO DENTRO DO RELAÇÃO ENTRE
ANO UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
MENTO PRÓPRIO COMPONENTE COMPONENTES
(EF01GE01)
(EF02GE01)
Desenvolver autonomia e senso
(EF02GE02)
(EF08GE04) Compreender os fluxos de crítico para compreensão e aplicação
(EF03GE02)
migração na América Latina (movimen- do raciocínio geográfico na análise
(EF04GE01)
O sujeito e seu lugar no Diversidade e dinâmica da Distribuição espacial, crescimento tos voluntários e forçados, assim como da ocupação humana e produção
8º (EF04GE02) (EF04HI11)
mundo população mundial e local demográfico; Correntes Migratórias. fatores e áreas de expulsão e atração) do espaço, envolvendo os
(EF04GE04)
e as principais políticas migratórias princípios de analogia, conexão,
(EF05GE01)
da região. diferenciação, distribuição,
(EF05GE03)
extensão, localização
(EF07GE02)
e ordem.
(EF07GE04)
ETA
PAS Desenvolver e utilizar processos, prá-
DE ticas e procedimentos de investigação
(EF08GE07) Analisar os impactos geoe-
para compreender o mundo natural,
EN conômicos, geoestratégicos e geopolíti-
Corporações e organismos EUA: formação, expansionismo territo- social, econômico, político e o meio
SIN cos da ascensão dos Estados Unidos
8º Conexões e escalas internacionais e do Brasil na rial, potência econômica, população e (EF06LI25) técnico-científico e informacional,
O da América no cenário internacional
ordem econômica mundial megalópoles. avaliar ações e propor perguntas e
em sua posição de liderança global e
soluções (inclusive tecnológicas) para
na relação com a China e o Brasil.
questões que requerem conhecimen-
52 tos científicos da Geografia.
5
52
6 ANO UNIDADES TEMÁTICAS
OBJETOS DE
OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES
RELAÇÃO DENTRO DO RELAÇÃO ENTRE
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
CONHECIMENTO PRÓPRIO COMPONENTE COMPONENTES
PA
RT Desenvolver autonomia e senso
E Brasil no mundo globalizado, comércio crítico para compreensão e aplicação
(EF08GE08) Analisar a situação do Bra-
externo e política externa no século do raciocínio geográfico na análise
IV Corporações e organismos sil e de outros países da América
XXI; América latina: dependência, da ocupação humana e produção
8º Conexões e escalas internacionais e do Brasil na Latina e da África, assim como da (EF06LI26)
desigual- dades sociais e modelos do espaço, envolvendo os
ordem econômica mundial potência estadunidense na ordem
econômicos; África: África Branca e princípios de analogia, conexão,
mundial do pós-guerra.
África subsaa- riana . diferenciação, distribuição,
extensão, localização
e ordem.
(EF67EF13)
(EF05HI09) Agir pessoal e coletivamente com
(EF08GE10) Distinguir e analisar con-
Movimento dos Trabalhadores Sem (EF09HI23) respeito, autonomia, responsabilida-
flitos e ações dos movimentos sociais (EF03GE01)
Corporações e organismos Terra; Movimento dos Trabalhadores (EF09HI36) de, flexibilidade, resiliência e deter-
brasileiros, no campo e na cidade, (EF03GE03)
8º Conexões e escalas internacionais e do Brasil na Sem Teto; Movimentos Indígenas; (EF69AR15) minação, propondo ações sobre as
comparando com outros movimentos (EF04GE07)
ordem econômica mundial Movimentos Feministas e Movimento (EF69AR16) questões socioambientais, com base
sociais existentes nos países latino-a- (EF07GE03)
LGBT; Movimentos HipHop. (EF69AR34) em princípios éticos, democráticos,
mericanos.
(EF69LP25) sustentáveis e solidários.
(EF69LP26)
(EF01GE05)
(EF01GE10)
(EF08GE15) Analisar a importância dos
(EF01GE11) Construir argumentos com base em
principais recursos hídricos da
Aquífero Guarani e Alter do Chão, (EF02GE11) informações geográficas, debater e
América Latina (Aquífero Guarani,
Transformações do espaço na Bacias do rio da Prata, do Amazonas e (EF03GE09) defender ideias e pontos de vista que
Bacias do rio da Prata, do Amazonas (EF89LP24)
8º Mundo do trabalho sociedade urbano-industrial do Ori- noco, sistemas de nuvens na (EF03GE10) respeitem e promovam a consciência
e do Orinoco, sistemas de nuvens na (EF89LP25)
na América Latina Amazônia e nos Andes; rede hídrica do (EF05GE10) socioambiental e o respeito à biodi-
Amazônia e nos Andes, entre outros)
Nordeste e do estado do Ceará. (EF06GE03) versidade e ao outro, sem preconcei-
e discutir
(EF06GE04) tos de qualquer natureza.
os desafios relacionados à gestão
(EF06GE12)
e comercialização da água.
(EF06GE13)
ETA (EF02GE11)
PAS (EF03GE11)
DE (EF04GE04) Estabelecer conexões entre diferentes
(EF08GE16) Analisar as principais pro-
(EF04GE07) temas do conhecimento geográfico,
EN blemáticas comuns às grandes cidades
Transformações do espaço na Demografia urbana latino-americana: (EF05GE03) (EF89LP27) reconhecendo a importância dos
SIN latino-americanas, particularmente
8º Mundo do trabalho sociedade urbano-industrial distribuição, estrutura e dinâmica (EF05GE04) (EF08HI07) objetos técnicos para a compreensão
O aquelas relacionadas à distribuição,
na América Latina populacional. (EF05GE05) (EF09HI34) das formas como os seres humanos
estrutura e dinâmica da população e às
(EF05GE09) fazem uso dos recursos da natureza
condições de vida e trabalho.
(EF05GE12) ao longo da história.
52 (EF06GE07)
7 (EF07GE03)
52
8 ANO UNIDADES TEMÁTICAS
OBJETOS DE CONHECI-
OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES
RELAÇÃO DENTRO DO RELAÇÃO ENTRE
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
MENTO PRÓPRIO COMPONENTE COMPONENTES
PA
RT Agir pessoal e coletivamente com
E (EF08GE17) Analisar a segregação respeito, autonomia, responsabilida-
Transformações do espaço na socioespacial em ambientes urbanos de, flexibilidade, resiliência e deter-
IV Ocupações urbanas na América Latina, (EF05GE02)
8º Mundo do trabalho sociedade urbano-industrial da América Latina, com atenção (EF89LP21) minação, propondo ações sobre as
no Brasil e no Estado do Ceará. (EF07GE08)
na América Latina especial ao estudo de favelas, alagados questões socioambientais, com base
e zona de riscos. em princípios éticos, democráticos,
sustentáveis e solidários.
(EF01GE08)
(EF01GE09)
(EF08GE18) Elaborar mapas ou outras (EF02GE08)
(EF69AR01) Desenvolver o pensamento espacial,
formas de representação (EF02GE09)
(EF69AR09) fazendo uso das linguagens carto-
Formas de Cartografia: anamorfose, África e América: Mapas urbanos, mapas cartográfica para analisar as redes e (EF03GE06)
(EF69AR12) gráficas e iconográficas, de diferentes
8º represen- tação e croquis e mapas temáticos agropecuários, mapas culturais, mapas as dinâmicas urbanas e rurais, (EF03GE07)
(EF69AR16) gêneros textuais e das geotecnologias
pensamento da América e África do uso e ocupação dos solos. ordenamento territo- rial, contextos (EF04GE10)
(EF69AR24) para a resolução de problemas que
espacial culturais, modo de vida e usos e (EF05GE08)
(EF06HI06) envolvam informações geográficas.
ocupação de solos da África e (EF05GE09)
América. (EF06GE08)
(EF07GE09)
(EF01GE08)
(EF01GE09)
Desenvolver e utilizar processos, prá-
(EF02GE08)
ticas e procedimentos de investigação
(EF02GE09)
para compreender o mundo natural,
(EF08GE19) Interpretar cartogramas, (EF03GE06)
Formas de Cartografia: anamorfose, social, econômico, político e o meio
Geografia Geral da África mapas esquemáticos (croquis) e ana- (EF03GE07) (EF08MA26)
8º represen- tação e croquis e mapas temáticos técnico-científico e informacional,
e das Américas . morfoses geográficas com informações (EF04GE10) (EF08MA27)
pensamento da América e África avaliar ações e propor perguntas e
geográficas acerca da África e América. (EF05GE08)
espacial soluções (inclusive tecnológicas) para
(EF05GE09)
questões que requerem conhecimen-
(EF06GE08)
tos científicos da Geografia.
(EF07GE09)
(EF07GE10)
(EF01GE05)
(EF01GE08)
(EF01GE09)
(EF02GE08)
(EF02GE09)
Desenvolver autonomia e senso
(EF03GE06)
(EF08GE23) Identificar paisagens da crítico para compreensão e aplicação
(EF03GE07)
América Latina e associá-las, por do raciocínio geográfico na análise
Diversidade ambiental e as (EF04GE10)
Natureza, ambientes e Geografia física da América Latina: meio da cartografia, aos diferentes da ocupação humana e produção
8º transformações nas paisa- (EF04GE11)
qualidade de vida relevo, vegetação e climas. povos da região, com base em do espaço, envolvendo os
gens na América Latina (EF05GE08)
aspectos da geomorfologia, da princípios de analogia, conexão,
(EF05GE09)
biogeografia e da climatologia. diferenciação, distribuição,
(EF06GE03)
extensão, localização
(EF06GE05)
e ordem.
(EF06GE08)
(EF07GE09)
(EF07GE10)
(EF07GE11)
PA
RT Desenvolver e utilizar processos, prá-
(EF01GE01)
E (EF09GE01) Analisar criticamente de ticas e procedimentos de investigação
(EF02GE02)
que forma a hegemonia europeia foi para compreender o mundo natural,
IV (EF02GE04)
A hegemonia europeia exercida em várias regiões do planeta, social, econômico, político e o meio
O sujeito e seu lugar no (EF03GE02)
9º na economia, na política Geopolítica da União Europeia. notadamente em situações de conflito, (EF09HI10) técnico-científico e informacional,
mundo (EF03GE03)
e na cultura intervenções militares e/ou influência avaliar ações e propor perguntas e
(EF05GE02)
cultural em diferentes tempos e soluções (inclusive tecnológicas) para
(EF06GE02)
lugares. questões que requerem conhecimen-
(EF07GE06)
tos científicos da Geografia.
(EF01GE01)
(EF02GE01)
(EF02GE02)
(EF03GE02)
(EF03GE08)
Estabelecer conexões entre diferentes
(EF04GE01)
(EF09GE02) Analisar a atuação das (EF09HI15) temas do conhecimento geográfico,
(EF04GE02)
O enfraquecimento do Estado Nacional; corporações internacionais e das (EF69AR01) reconhecendo a importância dos
O sujeito e seu lugar no Corporações e organismos (EF04GE04)
9º ONU, G-7; G-20; BRICs; Terceiro setor orga- nizações econômicas mundiais (EF69AR09) objetos técnicos para a compreensão
mundo internacionais (EF04GE08)
e ONG´S. na vida da população em relação ao (EF69AR18) das formas como os seres humanos
(EF05GE01)
consumo, à cultura e à mobilidade. (EF09LI18) fazem uso dos recursos da natureza
(EF05GE03)
ao longo da história.
(EF05GE06)
(EF07GE02)
(EF07GE04)
(EF07GE05)
(EF07GE06)
(EF01GE01)
Construir argumentos com base em
(EF01GE10)
Mosaico étnico-cultural da Europa, Ásia (EF09GE04) Relacionar diferenças informações geográficas, debater e
(EF02GE02)
Oceania; População e ocupação das de paisagens aos modos de viver de defender ideias e pontos de vista que
O sujeito e seu lugar no As manifestações culturais na (EF03GE01)
9º paisagens naturais; Formas de apro- diferentes povos na Europa, Ásia e respeitem e promovam a consciência
mundo formação populacional (EF03GE02)
priação do espaço europeu, asiático e Oceania, valorizando identidades e socioambiental e o respeito à biodi-
(EF04GE01)
da Oceania. interculturalidades regionais. versidade e ao outro, sem preconcei-
(EF05GE02)
tos de qualquer natureza.
(EF07GE04)
OBJETOS DE RELAÇÃO DENTRO DO RELAÇÃO ENTRE
ANO UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
CONHECIMENTO PRÓPRIO COMPONENTE COMPONENTES
(EF04GE05)
(EF04GE06) Desenvolver autonomia e senso
(EF05GE02) crítico para compreensão e aplicação
A geopolítica no mundo atual: a ordem (EF09GE05) Analisar fatos e situações
(EF07GE01) do raciocínio geográfico na análise
Integração mundial e suas multipolar, a supremacia e a política para compreender a integração mun- (EF09HI27)
(EF07GE02) da ocupação humana e produção
9º Conexões e escalas interpretações: globalização externa norte-americana, as ocupações dial (econômica, política e cultural), (EF09HI28)
(EF07GE03) do espaço, envolvendo os
e mundialização territoriais americanas no Oriente comparando as diferentes interpreta- (EF09LP01)
(EF07GE05) princípios de analogia, conexão,
médio, a inclusão da Rússia na OTAN. ções: globalização e mundialização.
(EF07GE07) diferenciação, distribuição,
(EF08GE02) extensão, localização
(EF08GE08) e ordem.
PA
RT Estabelecer conexões entre diferentes
E (EF02GE03) temas do conhecimento geográfico,
(EF09GE10) Analisar os impactos do
(EF02GE07) reconhecendo a importância dos
IV Transformações do espaço na Indústria e espaço geográfico: a produ- processo de industrialização na produ- (EF09LI18)
9º Mundo do trabalho (EF04GE04) objetos técnicos para a compreensão
sociedade urbano-industrial ção do espaço. ção e circulação de produtos e culturas (EF09HI27)
(EF04GE08) das formas como os seres humanos
na Europa, na Ásia e na Oceania.
(EF05GE06) fazem uso dos recursos da natureza
ao longo da história.
(EF01GE05)
(EF01GE10)
(EF01GE11)
(EF02GE11)
(EF09GE13) Analisar a importância da Utilizar os conhecimentos geográficos
(EF03GE09)
Cadeias industriais e ino- Ciclo produtivo: extração de maté- produção agropecuária na sociedade para entender a interação sociedade/
(EF03GE10) (EF09CI13)
9º Mundo do trabalho vação no uso dos recursos rias-primas, produção e circulação de urbano-industrial ante o problema da natureza e exercitar o interesse e o
(EF05GE10) (EF09HI32)
naturais e matérias-primas mercadorias. desigualdade mundial de acesso aos espírito de investigação e de resolu-
(EF06GE03)
recursos alimentares e à matéria-prima. ção de problemas.
(EF06GE04)
(EF06GE12)
(EF06GE13)
(EF08GE16)
OBJETOS DE RELAÇÃO DENTRO DO RELAÇÃO ENTRE
ANO UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
CONHECIMENTO PRÓPRIO COMPONENTE COMPONENTES
(EF01GE08)
(EF01GE09)
(EF02GE08)
(EF09GE14) Elaborar e interpretar
(EF02GE09)
gráficos de barras e de setores, mapas Desenvolver o pensamento espacial,
Leitura e elaboração de (EF03GE06)
temáticos e esquemáticos (croquis) e fazendo uso das linguagens carto-
Formas de mapas temáticos, croquis e (EF03GE07)
anamorfoses geográficas para analisar, (EF09MA22) gráficas e iconográficas, de diferentes
9º represen- tação e outras formas de represen- Mapas geopolíticos. (EF04GE10)
sintetizar e apresentar dados e infor- (EF09HI24) gêneros textuais e das geotecnologias
pensamento tação para analisar informa- (EF05GE08)
mações sobre diversidade, diferenças e para a resolução de problemas que
espacial ções geográficas (EF05GE09)
desigualdades sociopolíticas e geopolí- envolvam informações geográficas.
(EF06GE08)
ticas mundiais.
(EF07GE09)
(EF07GE10)
(EF08GE19)
(EF01GE08)
(EF01GE09)
(EF02GE08)
(EF02GE09)
(EF09GE15) Comparar e classificar (EF03GE06)
Leitura e elaboração de Utilizar os conhecimentos geográficos
diferentes regiões do mundo com base (EF03GE07)
Formas de mapas temáticos, croquis e Mapas demográficos, econômicos, geo- para entender a interação sociedade/
em informações populacionais, econô- (EF04GE10)
9º represen- tação e outras formas de represen- morfológicos, climáticos, pedológicos, (EF09MA23) natureza e exercitar o interesse e o
micas e socioambientais representadas (EF05GE08)
pensamento tação para analisar informa- hidrográficos, biogeográficos. espírito de investigação e de resolu-
em mapas temáticos e com diferentes (EF05GE09)
espacial ções geográficas ção de problemas.
projeções cartográficas. (EF06GE08)
(EF07GE09)
(EF07GE10)
(EF08GE18)
(EF08GE19)
(EF01GE05)
(EF01GE08)
(EF01GE09)
(EF02GE08)
(EF02GE09)
(EF03GE06)
Estabelecer conexões entre diferentes
(EF03GE07)
temas do conhecimento geográfico,
Diversidade ambiental e as (EF04GE10)
ETA (EF09GE16) Identificar e comparar reconhecendo a importância dos
Natureza, ambientes e transformações nas paisa- Eurásia e Oceania: domínios (EF04GE11)
PAS 9º
qualidade de vida gens na Europa, na Ásia e na morfoclimáticos.
diferentes domínios morfoclimáticos da objetos técnicos para a compreensão
(EF05GE08)
DE Europa, da Ásia e da Oceania. das formas como os seres humanos
Oceania (EF05GE09)
fazem uso dos recursos da natureza
EN (EF06GE03)
ao longo da história.
SIN (EF06GE05)
O (EF06GE08)
(EF07GE09)
(EF07GE10)
53 (EF07GE11)
3 (EF08GE23)
53
4 ANO UNIDADES TEMÁTICAS
OBJETOS DE
OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES
RELAÇÃO DENTRO DO RELAÇÃO ENTRE
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
CONHECIMENTO PRÓPRIO COMPONENTE COMPONENTES
PA
RT
E
IV
(EF02GE01)
(EF04GE02)
(EF02GE11) Construir argumentos com base em
(EF03GE05) informações geográficas, debater e
Diversidade ambiental e as (EF09GE17) Explicar as características
(EF03GE10) defender ideias e pontos de vista que
Natureza, ambientes e transformações nas paisa- Eurásia e Oceania: aspectos físico-naturais e a forma de ocupação e
9º (EF04GE04) respeitem e promovam a consciência
qualidade de vida gens na Europa, na Ásia e na físico-naturais. usos da terra em diferentes regiões da
(EF04GE08) socioambiental e o respeito à biodi-
Oceania Europa, da Ásia e da Oceania.
(EF05GE01) versidade e ao outro, sem preconcei-
(EF05GE07) tos de qualquer natureza.
(EF07GE02)
(EF07GE04)
HISTÓRIA
Além disso, Bittencourt continua diferenciando o uso de fontes na pesquisa e em sala de aula
com o fato de que o problema lançado é diferente nas situações e, no caso do uso pedagógico, a
quantidade de aulas, o tempo de hora-aula e a idade dos alunos são alguns problemas específicos
sobre os quais as professoras e os professores devem pensar (BITTENCOURT, 2011, p. 330).
Outras questões pensadas para a pesquisa são importantes dentro da sala de aula, como
por exemplo a reflexão sobre as rupturas e continuidades. Mudanças e permanências são palavras
antagônicas, no entanto, para Marc Bloch (2001, p. 55) a antítese desses atributos ocasiona outras
reflexões acerca da pesquisa histórica - e podemos dizer também que para o ensino de história.
Com essa provocação, o historiador questiona a ordenação cronológica dos acontecimentos, de
modo que “o limite entre o atual e o inatual está longe de se ajustar necessariamente pela média
matemática de um intervalo de tempo” (BLOCH, 2001, p. 61).
O lugar do saber histórico escolar é fundamental para fortalecer a grande área de humanas,
visto que, historiadoras e historiadores travam constantes e significativos debates sobre os tempos
históricos e suas dimensões social, cultural e econômica, e, a vivência intensa do presente, além de
ser um campo aberto de contribuições múltiplas a ser experimentado por todas e todos.
ETAPAS DE ENSINO
535
Estimular o movimento consciente e criador dos alunos e das alunas, para conhecerem a
própria história, realizando comparações, críticas e interpretações do mundo social são atitudes
diretamente relacionadas com a formação cidadã. Sobretudo, o conhecimento do outro através de
novas inter- pretações pautadas na alteridade e no respeito à diversidade foi um princípio que
norteou a criação das referências curriculares da área específica de História.
O Componente História, junto a professoras e professores, pretende desenvolver nas alunas e
nos alunos condições de articular os desafios locais e globais, com os direitos humanos, com o
respeito à diversidade étnico-racial, de gênero, cultural e religiosa. Temos a consciência de que a
abrangência da História sempre será maior do que qualquer escolha, caminho e materialização de
ideias, mas a relação com a educação é algo que pode potencializar as discussões na escola.
Em geral, por analisar o passado, a História pode ser apontada como uma disciplina imutável,
estática ou resolvida. No entanto, há questões do presente que inquietam pesquisadora,
pesquisador, professora, professor, aluna e aluno. A abordagem a ser trabalhada, as questões a
serem levantadas e vários outros aspectos fazem da construção do conhecimento histórico de um
artefato cultural próprio do período da sua produção. Desse modo, a História, como uma disciplina
que estimula o pensamento crítico não só sobre o passado, mas também sobre o presente,
contribui para a comunidade escolar com importantes reflexões.
De acordo com Abud (2017),
Para essa autora, a História tem importante posição no desenvolvimento “de nossas visões de
mundo e dos conceitos que nos levarão a atitudes, comprometimentos (ou descompromissos) em
relação às transformações do mundo em que vivemos” (ABUD, 2017, p. 15). Desse modo, o
questionamento à ideia da História como uma ciência e disciplina imutável está ligada a reflexão
sobre a vida cotidiana, as relações de poder entre grupos sociais e as resoluções dos problemas
sociais.
Nessa visão, temos também um importante debate sobre a ideia de consciência histórica que
nos remete à sua compreensão, não como algo dado e sim construído, a partir de diversas
reflexões, análises de fontes históricas, realizadas pelos sujeitos que constroem conhecimentos para
entender a vida prática (RÜSEN, 2012).
Nessa perspectiva, a professora e o professor são fundamentais no processo de reflexão a ser
realizado nas escolas sobre a história e as inúmeras possibilidades de debate sobre o mundo social,
além de sua importância na participação cidadã ativa na sociedade.
Desse modo, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) deixa explícito, enumerando leis,
pareceres e resoluções, a necessidade da abordagem dos direitos humanos e de pautas atuais de
impacto global10. Alinhados a esse documento, buscamos criar aberturas que objetivem discutir
sobre racismo, gênero, sexualidade, disputa por terra, entre alguns outros temas que se fazem
latentes à sociedade brasileira.
10. “Por fim, cabe aos sistemas e redes de ensino, assim como às escolas, em suas respectivas esferas de autonomia e competência, incorporar os
currículos e às propostas pedagógicas a abordagem de temas contemporâneos que afetam a vida humana em escala local, regional e global,
preferen- cialmente de forma transversal e integradora. Entre esses temas, destacam-se: direitos da criança e do adolescente (Lei nº 8.069/1990),
educação para o trânsito (Lei nº 9.503/1997), educação ambiental (Lei nº 9.795/1999, Parecer CNE/CP nº 14/2012 e Resolução CNE/CP nº 2/2012),
educação alimentar e nutricional (Lei nº 11.947/2009), processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso (Lei nº 10.741/2003), educação
em direitos humanos (Decreto nº 7.037/2009, Parecer CNE/CP nº 8/2012 e Resolução CNE/CP nº 1/2012), educação das relações étnico-raciais e
ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena (Leis nº 10.639/2003 e 11.645/2008, Parecer CNE/CP nº 3/2004 e Resolução CNE/CP nº
1/2004), bem como saúde, vida familiar e social, educação para o consumo, educação financeira e fiscal, trabalho, ciência e tecnologia e diversidade
cultural (Parecer CNE/CEB nº 11/2010 e Resolução CNE/CEB nº 7/2010).” (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2017, p. 19 e 20).
536 PARTE IV
Observando a realidade local, alguns municípios cearenses se esforçaram em elaborar seus
currículos ou expectativas de aprendizagem, no entanto, uma grande quantidade de professoras e
professores apoiam-se essencialmente nos livros didáticos disponíveis para escolha nas escolas.
Essa prática comum afasta a possibilidade de pensar as questões específicas dos estados,
municípios e comunidades onde alunas e alunos vivem, além de colocar em destaque alguns
valores como únicos e estáticos.
Outro problema no uso dos livros como substituto do currículo está nos limites que possuem
quando trabalhados sem uma base curricular. Esse cenário agrava-se em consonância às mudanças
de escola e localidade vivenciadas por alunas e alunos, visto que, os diferentes livros didáticos não
acompanham essas mudanças e ocasionam, na prática, uma descontinuidade na construção do
pen- samento histórico.
Vale ainda ressaltar que, mesmo com a unificação nacional de referenciais curriculares, há um
estímulo em tratar das especificidades dos estados, municípios e comunidades. Nessa perspectiva,
as escolas poderão tratar o contexto local a qual se está inserido, adaptando a proposta curricular
ao contexto abordado do estado, município e comunidade.
Enquanto os objetos específicos tratam das realidades das escolas, há de observarmos que o
DCRC, alinhado à Base traz as unidades temáticas, os objetos do conhecimento, as habilidades e as
competências em sua estrutura. Para conhecimento, destacamos aqui a competência da
componente história:
1. Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de
transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo do
tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo.
É importante ainda dizer que, apesar de haver uma associação entre os objetos específicos
aqui criados e as competências homologadas na BNCC, existe a possibilidade de flexibilizar essa
ETAPAS DE ENSINO
537
combinação. De modo que, várias competências podem ser relacionadas a um mesmo objeto
específico ou habilidade. Assim, todas as competências devem ser alcançadas ao longo dos anos
do estudo da história. Destacamos ainda que bem antes de Compreender ou Analisar algo do que
foi explicitado em sala de aula ou para além disso, é necessário que as alunas e os alunos elaborem,
exponham as suas ideias e experiência a narrativa histórica, tão cara a escrita da história.
O Componente História possui um diferencial em relação aos outros: a inexistência da
coluna intitulada Relação intracomponente, para não reforçar uma visão de linearidade da História.
Ao mesmo tempo, é pretensioso acreditar que todas as questões latentes ao Ceará serão
abordadas em um único referencial curricular. Pensando assim, nos objetos, nas habilidades e nas
competências, as escolas podem contemplar as suas necessidades mais específicas,11 fruto da
vivência do cotidiano escolar (BITTENCOURT, 2011).
Finalmente, as escolhas, feitas nesse documento, constituem atos políticos pensados na pers-
pectiva de fomentar uma das atividades mais legítimas dos seres humanos: o pensar.
11. Apesar da habilidade ser um ponto importante a se considerar na elaboração e aplicação do currículo, é interessante partir da realidade de estu-
dantes em suas especificidades para pensar o currículo e suas habilidades pois concorda-se com Horn e Germinari que a “preocupação em preparar
indivíduos para desempenharem funções definidas, habilidades para realizar tarefas específicas, acaba por desconsiderar a pessoa na sua dimensão
total e realização integral” (HORN; GERMINARI, 2013, p. 20)
538 PARTE IV
UNIDADES OBJETOS DE
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES RELAÇÃO ENTRE COMPONENTES COMPETÊNCIA
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
(EF01GE01)
(EF15AR01)
(EF15AR02)
• As identidades das crianças: quem foram/são, (EF15AR04) Identificar interpretações que
onde vivem, com quem vivem, como vivem, do (EF15AR05) expressem visões de diferentes
(EF01HI01) Identificar aspectos do seu
As fases da vida e a ideia que gostam, com que brincam, com quem (EF15AR09) sujeitos, culturas e povos com
Mundo pessoal: meu crescimento por meio do registro das lembranças
1º de temporalidade (passado, brincam, do que se alimentam, deficiências e (EF15AR15) relação a um mesmo contexto
lugar no mundo particulares ou de lembranças dos membros de
presente, futuro) potencialidades. (EF15AR23) histórico, e posicionar-se
sua família e/ou de sua comunidade.
• Registros materiais e não-materiais da (EF69AR04) criticamente com base em princípios
vida cotidiana. (EF01CI04) éticos, democráticos, inclusivos,
• As memórias sobre as fases da vida cotidiana. (EF01MA01) sustentáveis e solidários.
(EF01ER01)
(EF01ER05)
PA
RT • O que é a escola, sua estrutura e suas regras.
E • Preservação do ambiente escolar.
• Profissionais e suas funções. (EF01HI04) Identificar as diferenças entre os (EF01GE03) Identificar interpretações que
IV
• Diversidade dos alunos (diversidade variados ambientes em que vive (doméstico, (EF01CI08) expressem visões de diferentes
étnico-racial, de gênero, religiosa e classe social). escolar e da comunidade), reconhecendo as (EF15AR05) sujeitos, culturas e povos com
Mundo pessoal: meu A escola e a diversidade do
1º • A história da escola em que estuda, espe- cificidades dos hábitos e das regras que (EF15AR03) relação a um mesmo contexto
lugar no mundo grupo social envolvido
fundação, particularidades, bairro em que os regem. (EF69AR15). histórico, e posicionar-se
está inserida. (EF01HI03) Descrever e distinguir os seus (EF01ER01) criticamente com base em princípios
• Direitos e deveres da criança (em casa, na papéis e responsabilidades relacionados à (EF01ER02) éticos, democráticos, inclusivos,
escola, em seu convívio pessoal). família, à escola e à comunidade. sustentáveis e solidários.
• As mudanças ocorridas ao longo do tempo para
a construção da paisagem que cerca a escola.
(EF01LP18)
(EF01LP19)
(EF15AR18)
• As diferentes brincadeiras (e suas regras) (EF15AR19)
conhe- cidas pelas crianças que compõe o (EF01GE02)
grupo da sala de aula. (EF01CI05)
Identificar interpretações que
A vida em casa, a vida na • As brincadeiras dos avôs, avós, (EF12EF01)
expressem visões de diferentes
escola e formas de represen- mães e pais e onde essas brincadeiras ( EF12EF02)
Mundo pessoal: (EF01HI05) Identificar semelhanças e diferenças sujeitos, culturas e povos com
tação social e espacial: os ocorriam. (EF12EF03)
1º eu, meu grupo entre jogos e brincadeiras atuais e de outras relação a um mesmo contexto
jogos e brincadeiras como • Mesmas brincadeiras com nomes diferentes (EF35EF01)
social e meu épocas e lugares. histórico, e posicionar-se
forma de interação social e em regiões diferentes. (EF35EF03)
tempo criticamente com base em princípios
espacial • A relativização de brincadeiras e brinquedos (EF35EF04)
éticos, democráticos, inclusivos,
de meninas e meninos. (EF15AR10)
sustentáveis e solidários.
• Cuidados com os materiais individuais e coletivos. (EF15AR11)
• As brincadeiras dos mundos indígenas, (EF15AR14)
quilom- bolas e de países africanos (EF15AR18)
(EF15AR24)
(EF69AR13).
(EF08LI18)
(EF01GE03)
(EF15AR10)
Identificar interpretações que
(EF15AR11)
• As festas da escola e da comunidade expressem visões de diferentes
(EF01HI08) Reconhecer o significado das come- (EF15AR12)
Mundo pessoal: A escola, sua representação observando a importância, o período em que sujeitos, culturas e povos com
morações e festas escolares, diferenciando-as das (EF15AR13)
1º eu, meu grupo espacial, sua história e seu acontecem, os participantes e as características relação a um mesmo contexto
datas festivas comemoradas no âmbito familiar ou (EF15AR14)
social e meu papel na comunidade das mesmas. histórico, e posicionar-se
da comunidade. (EF15AR25)
tempo • As diferentes percepções que as crianças criticamente com base em princípios
(EF69AR10)
pos- suem das festas. éticos, democráticos, inclusivos,
(EF69AR13)
sustentáveis e solidários.
(EF12EF11)
(EF03ER04)
ETA
PAS
Elaborar questionamentos, hipóte-
DE ses, argumentos e proposições em
EN A noção do “Eu” e do • A ideia de antigo e novo. relação a documentos, interpretações
(EF02HI03) Selecionar situações cotidianas que
SIN A comunidade e seus “Outro”: comunidade, • A passagem de tempo sob diferentes visões. e contextos históricos específicos,
2º remetam à percepção de mudança, (EF67EF16)
O registros convivências e interações • O mundo material, os lugares de memória, recorrendo a diferentes linguagens
pertencimento e memória.
entre pessoas as paisagens que cercam as alunas e os e mídias, exercitando a empatia,
alunos. o diálogo, a resolução de
54 conflitos, a cooperação e o
1 respeito.
54
2 UNIDADES OBJETOS DE
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES RELAÇÃO ENTRE COMPONENTES COMPETÊNCIA
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
PA
RT Elaborar questionamentos, hipóte-
• Objetos da família que foram e/ou são
E ses, argumentos e proposições em
A noção do “Eu” e do uti- lizados na vida cotidiana e são
(EF02HI04) Selecionar e compreender o significado relação a documentos, interpretações
IV “Outro”: registros de referências para compreender e
A comunidade e seus de objetos e documentos pessoais como fontes de e contextos históricos específicos,
2º experiências pessoais e da interpretar a passagem do tempo, (EF02CI01)
registros memórias e histórias nos âmbitos pessoal, familiar, recorrendo a diferentes linguagens
comunidade no tempo e mudanças e permanências. (EF02ER03)
escolar e comunitário. e mídias, exercitando a empatia,
no espaço • A relação de documentos pessoais com as
o diálogo, a resolução de
construções das histórias ou memórias das
conflitos, a cooperação e o
famí- lias, da escola e da comunidade.
respeito.
PA
RT (EF69LP44)
E (EF08LI18)
(EF15AR17)
IV O “Eu”, o “Outro” e os Identificar interpretações que
(EF03HI03) Identificar e comparar pontos de vista (EF03GE03)
diferentes grupos sociais expressem visões de diferentes
• Aspectos relacionados a condições sociais e à em relação a eventos significativos do local em (EF35EF01)
As pessoas e os e étnicos que compõem sujeitos, culturas e povos com
presença de diferentes grupos sociais e culturais que vive, aspectos relacionados a condições (EF35EF03)
3º grupos que compõem a cidade e os municípios: relação a um mesmo contexto
ét- nico-raciais, com especial destaque para as sociais e à presença de diferentes grupos sociais (EF35EF04)
a cidade e o município os desafios sociais, histórico, e posicionar-se
culturas afro-brasileiras, indígenas e de povos e culturais, com especial destaque para as (EF35EF09)
culturais e ambientais do criticamente com base em princípios
migrantes. culturas africanas, indígenas e de migrantes. (EF35EF010)
lugar onde vive éticos, democráticos, inclusivos,
(EF35EF12)
sustentáveis e solidários.
(EF35EF15)
(EF67EF17)
• O que é memória.
• Quais as memórias que são percebidas no
A produção dos marcos da (EF03HI06) Identificar os registros de memória
local onde vivem. Compreender e problematizar os
memória: os lugares de me- na cidade (nomes de ruas, monumentos,
3º O lugar em que vive • Quem são representados nas memórias do conceitos e procedimentos norteado-
mória (ruas, praças, escolas, edifícios
local onde vivem. res da produção historiográfica.
monumentos, museus etc.) etc.), discutindo os critérios que explicam a
• Razões culturais, sociais e políticas para
escolha desses nomes.
que sejam consideradas memórias.
UNIDADES OBJETOS DE
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES RELAÇÃO ENTRE COMPONENTES COMPETÊNCIA
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
ETA
PAS
• Noções de território, organização do espaço
DE Compreender acontecimentos histó-
em que vive e leitura de mapa.
EN ricos, relações de poder e
• Os espaços públicos no lugar em que vive
A cidade, seus espaços (EF03HI09) Mapear os espaços públicos no lugar processos e mecanismos de
SIN (ruas, praças, escolas, hospitais, prédios da (EF04GE03)
A noção de espaço públicos e privados e suas em que vive (ruas, praças, escolas, hospitais, transformação e manutenção das
O 3º Prefeitura e da Câmara de Vereadores etc.), quais (EF67EF21)
público e privado áreas de conservação prédios da Prefeitura e da Câmara de Vereadores estruturas sociais, políticas,
suas caracte- rísticas, quem os frequenta, quais (EF03MA12)
ambiental etc.) e identi- ficar suas funções. econômicas e culturais ao longo do
suas funções.
tempo e em diferentes espaços para
54 • Os espaços de sociabilidades.
analisar, posicionar-se e intervir no
5 • As disputas pelo espaço público mobilizadas
mundo contemporâneo.
por grupos e associações da cidade onde mora.
54
6 ANO
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES RELAÇÃO ENTRE COMPONENTES COMPETÊNCIA
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
PA
RT • Os diferentes tipos de trabalho no campo,
E na cidade e em comunidades tradicionais,
suas características, seus impactos na
IV Compreender acontecimentos histó-
natureza.
ricos, relações de poder e
• A importância do trabalhador rural, as
(EF03HI11) Identificar diferenças entre formas de processos e mecanismos de
dificulda- des enfrentadas e as potencialidades (EF04GE07)
A noção de espaço A cidade e suas atividades: trabalho realizadas na cidade e no campo, transformação e manutenção das
3º existentes, desde o plantar até revenda de seus (EF05GE05)
público e privado trabalho, cultura e lazer conside- rando também o uso da tecnologia estruturas sociais, políticas,
produtos, considerando a extensão territorial (EF05GE06)
nesses diferentes contextos. econômicas e culturais ao longo do
brasileira e
tempo e em diferentes espaços para
as políticas públicas de desenvolvimento das
analisar, posicionar-se e intervir no
atividades.
mundo contemporâneo.
• As tecnologias utilizadas para o
desenvolvimento do trabalho.
• As relações sociais, étnico-raciais, de gênero e
de classe que são estabelecidas no trabalho.
Compreender a historicidade no
• A relação entre natureza e os seres humanos tempo e no espaço, relacionando
nas formações das primeiras comunidades (EF04HI04) Identificar as relações entre os in- acontecimentos e processos de trans-
A circulação de pessoas e
Circulação de pessoas, sedentárias. divíduos e a natureza e discutir o significado do formação e manutenção das estru-
4º as transformações no meio
produtos e culturas • A importância dessa sedentarização nomadismo e da fixação das primeiras turas sociais, políticas, econômicas e
natural
para a história. comunidades humanas. culturais, bem como problematizar os
• A história dos povos indígenas do Ceará, significados das lógicas de organiza-
os primeiros habitantes desta terra. ção cronológica.
PA
RT
E
IV Compreender acontecimentos histó-
• Os diferentes modos de deslocamentos
ricos, relações de poder e
As rotas terrestres, fluviais e de pessoas e mercadorias ao longo do
processos e mecanismos de
marítimas e seus impactos tempo. (EF04HI07) Identificar e descrever a importância
Circulação de pessoas, transformação e manutenção das
4º para a formação de cidades • Potencialidades e problemas dos diferentes dos caminhos terrestres, fluviais e marítimos para (EF07GE07)
produtos e culturas estruturas sociais, políticas,
e as transformações do meio meios de deslocamentos de pessoas e a dinâmica da vida comercial.
econômicas e culturais ao longo do
natural mercadorias.
tempo e em diferentes espaços para
• A importância histórica das ferrovias no
analisar, posicionar-se e intervir no
Ceará para os deslocamentos de
mundo contemporâneo.
mercadorias e de pessoas.
• O que é arqueologia.
• O que são sítios arqueológicos.
Compreender acontecimentos histó-
• A importância dos sítios arqueológicos do Ceará.
ricos, relações de poder e
• O surgimento da espécie humana no
O surgimento da espécie (EF04HI09) Identificar as motivações dos processos e mecanismos de
continente africano: as descobertas científicas.
As questões históricas humana no continente processos migratórios em diferentes tempos e transformação e manutenção das
4º • Novas descobertas científicas sobre a origem
relativas às migrações africano e sua expansão espaços e avaliar o papel desempenhado pela estruturas sociais, políticas,
da espécie humana.
pelo mundo migração nas regiões de destino. econômicas e culturais ao longo do
• A expansão da espécie humana pelo
tempo e em diferentes espaços para
mundo: Civilizações mais antigas, adaptação
analisar, posicionar-se e intervir no
ao clima, disputas, a relação com a natureza,
mundo contemporâneo.
a busca por alimento e outros fatores.
UNIDADES OBJETOS DE
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES RELAÇÃO ENTRE COMPONENTES COMPETÊNCIA
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
PA
RT
E Compreender acontecimentos histó-
IV • As organizações sociais dos primeiros povos a ricos, relações de poder e
se sedentarizar. (EF05HI02) Identificar os mecanismos de processos e mecanismos de
Povos e culturas: As formas de organização
• As diferenças entre a ideia de estado nação e organiza- ção do poder político com vistas à transformação e manutenção das
5º meu lugar no mundo social e política: a noção
outro diferentes projetos de sociedade, como as compreensão da ideia de Estado e/ou de outras estruturas sociais, políticas,
e meu grupo social de Estado
chamadas “comunidades tradicionais”, os formas de ordenação social. econômicas e culturais ao longo do
quilom- bos e as aldeias indígenas. tempo e em diferentes espaços para
analisar, posicionar-se e intervir no
mundo contemporâneo.
• O que é religião.
• Diferenças entre religião, religiosidade e Compreender acontecimentos histó-
espiri- tualidade. ricos, relações de poder e
• As diferentes religiões no mun- processos e mecanismos de
Povos e culturas: O papel das religiões e da
do e respeito a diversidade religiosa. (EF05HI03) Analisar o papel das culturas e das transformação e manutenção das
5º meu lugar no mundo cultura para a formação dos
• As matrizes religiosas: os princípios, as diferenças reli- giões na composição identitária dos povos estruturas sociais, políticas,
e meu grupo social povos antigos
e pontos comuns, rituais e lugares de culto. antigos. econômicas e culturais ao longo do
• As religiões dos povos antigos. tempo e em diferentes espaços para
• A relação religião e política. analisar, posicionar-se e intervir no
• A relação religião e cultura. mundo contemporâneo.
PA
RT
E
IV
Compreender a historicidade no
As tradições orais e a • Diferentes marcadores de tempo para tempo e no espaço, relacionando
valori- zação da memória diferentes sociedades e culturas. acontecimentos e processos de trans-
(EF05HI08) Identificar formas de marcação da
Registros da história: O surgimento da escrita • As formas de marcação de tempo para as formação e manutenção das estru-
5º pas- sagem do tempo em distintas sociedades, (EF02MA18)
linguagens e culturas e a noção de fonte para dife- rentes culturas. turas sociais, políticas, econômicas e
incluindo os povos indígenas originários e os
a transmissão de • Noções de tempo dos povos indígenas e culturais, bem como problematizar os
povos africanos.
saberes, culturas e dos africanos antes da colonização. significados das lógicas de organiza-
histórias ção cronológica.
Compreender a historicidade no
• As diferentes formas vivenciar e marcar o
tempo e no espaço, relacionando
tempo, tendo como referência distintos povos no
A questão do tempo, acontecimentos e processos de trans-
História: tempo, mundo e observando os calendários, a relação (EF06HI01) Identificar diferentes formas de com-
sincronias e diacronias: formação e manutenção das estru-
6º espaço e formas de com natureza e o trabalho. preensão da noção de tempo e de periodização (EF03ER03)
reflexões sobre o sentido turas sociais, políticas, econômicas e
registros • A intertemporalidade: a relação do tempo dos processos históricos (continuidades e
das cronologias culturais, bem como problematizar os
percebida a partir das coisas/objetos, rupturas).
significados das lógicas de organiza-
observando as mudanças e permanências.
ção cronológica.
ETA
PAS
• A História e o historiador.
DE
• A noção de documento.
EN • Fontes históricas: escritas, orais,
SIN iconográficas, imagéticas, materiais e (EF06HI02) Identificar a gênese da produção do (EF69AR01)
História: tempo, Formas de registro da Compreender e problematizar os
O eletrônicas. saber histórico e analisar o significado das fontes (EF69AR03)
6º espaço e formas de história e da produção do conceitos e procedimentos norteado-
• A História, a memória, e as instituições que originaram determinadas formas de registro em (EF69AR07)
registros conhecimento histórico res da produção historiográfica.
que “guardam” registros historiográficos. sociedades e épocas distintas. (EF69AR16).
55 • O direito à Memória.
3 • A construção da memória.
• As noções de verdades históricas.
• As diferentes contagens do tempo cronológico.
55
4 ANO
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES RELAÇÃO ENTRE COMPONENTES COMPETÊNCIA
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
PA
RT • As diferentes teorias sobre a origem da
E espécie humana.
Compreender acontecimentos histó-
• As mais recentes descobertas arqueológicas
IV ricos, relações de poder e
que apontam para a origem da humanidade.
processos e mecanismos de
História: tempo, As origens da humanidade, • As descobertas arqueológicas no (EF06HI03) Identificar as hipóteses científicas (EF06CI12)
transformação e manutenção das
6º espaço e formas de seus deslocamentos e os continente americano e nos sítios sobre o surgimento da espécie humana e sua (EF09CI10)
estruturas sociais, políticas,
registros processos de sedentarização arqueológicos do Cariri no Ceará. historicidade e analisar os significados dos mitos (EF09CI15).
econômicas e culturais ao longo do
• A importância da Serra da Capivara (Piauí) de fundação.
tempo e em diferentes espaços para
para os estudos arqueológicos.
analisar, posicionar-se e intervir no
• O Trabalho do Paleontólogo e o Arqueólogo.
mundo contemporâneo.
• A sedentarização do ser humano.
Povos da Antiguidade na
Elaborar questionamentos, hipóte-
África (egípcios), no Oriente • Os espaços territoriais, saberes e conhecimen-
ses, argumentos e proposições em
Médio (mesopotâmicos) e tos, práticas culturais, sociais e econômicas
A invenção do mundo (EF06HI08) Identificar os espaços territoriais ocu- relação a documentos, interpretações
nas Américas (pré-colom- dos astecas, maias e incas antes da (EF07GE01)
clássico e o contra- pados e os aportes culturais, científicos, sociais e e contextos históricos específicos,
6º bianos) colonização. (EF07GE03)
ponto com outras econômicos dos astecas, maias e incas e dos recorrendo a diferentes linguagens
Os povos indígenas origi- • Os espaços territoriais, saberes e (EF07ER01)
sociedades povos indígenas de diversas regiões brasileiras. e mídias, exercitando a empatia,
nários do atual território conhecimentos, práticas culturais, sociais e
o diálogo, a resolução de
brasileiro e seus hábitos econômicos por povos indígenas de diversas
conflitos, a cooperação e o
culturais e sociais regiões brasileiras, com ênfase no Ceará antes
respeito.
da colonização.
PA
RT • O conceito do Antiguidade Clássica: quem o
E pensou, quais civilizações estão contempladas
por esse conceito, qual o motivo da distinção
IV
A invenção do mundo em (EF06HI09) Discutir o conceito de Antiguidade
O Ocidente Clássico: aspec- Compreender e problematizar os
clássico e o contra- relação a outras civilizações, seu alcance e limite Clássica, seu alcance e limite na tradição
6º tos da cultura na Grécia e conceitos e procedimentos norteado-
ponto com outras na cultura do ocidente, assim como os impactos ocidental, assim como os impactos sobre outras
em Roma res da produção historiográfica.
sociedades em outras sociedades e culturas. sociedades e culturas.
• O papel do Egito na produção do
conhecimento da chamada “Antiguidade
Clássica”.
• A invisibilidade das “outras antiguidades”
do mundo para a história da humanidade.
As noções de cidadania
• A formação do mundo helênico.
e política na Grécia e em
• As diversas fontes históricas que tratam de
Roma
Grécia Antiga.
• Domínios e expansão das
• Mitologia e religião.
culturas grega e romana Identificar interpretações que
• A formação da pólis.
• Significados do conceito expressem visões de diferentes
A democracia ateniense.
de “império” e as lógicas (EF06HI10) Explicar a formação da Grécia sujeitos, culturas e povos com
Lógicas de organiza- • Trabalho e sociedade na Grécia Antiga. (EF08CI11)
6º de conquista, conflito e Antiga, com ênfase na formação da pólis e nas relação a um mesmo contexto
ção política • A escravidão para as pólis. (EF07ER01)
negociação dessa forma transforma- ções políticas, sociais e culturais. histórico, e posicionar-se
• As relações econômicas e políticas e socias
de organização política criticamente com base em princípios
das pólis e suas colônias.
As diferentes formas de éticos, democráticos, inclusivos,
• Relação Grécia Antiga com Europa, Ásia e
organização política na sustentáveis e solidários.
África: economia, política e guerra.
África: reinos, impérios, ci-
• Aspectos políticos, econômicos, sociais e
dades-estados e sociedades
culturais da Grécia Antiga.
linhageiras ou aldeias
As noções de cidadania
e política na Grécia e em
Roma
• Domínios e expansão das
• O conceito de cidadania nas pólis e na
culturas grega e romana
Roma Antiga.
• Significados do conceito
• Desigualdades sociais nas pólis e na
de “império” e as lógicas (EF06HI12) Associar o conceito de cidadania a Compreender e problematizar os
Lógicas de organiza- Roma Antiga.
6º de conquista, conflito e dinâmicas de inclusão e exclusão na Grécia e conceitos e procedimentos norteado-
ção política • Desigualdade de gênero nas pólis e na
negociação dessa forma Roma antigas. res da produção historiográfica.
Roma Antiga.
de organização política
• As dinâmicas de inclusão e exclusão na
As diferentes formas de
Grécia e Roma antigas.
organização política na
África: reinos, impérios, ci-
dades-estados e sociedades
linhageiras ou aldeias
As noções de cidadania
e política na Grécia e em
• Significados do conceito de “império” e as
Roma
lógicas de conquista, conflito e negociação dessa
• Domínios e expansão das
forma de organização política.
culturas grega e romana
• As mudanças e permanências da
• Significados do conceito
organização político-social da passagem da
de “império” e as lógicas (EF06HI13) Conceituar “império” no mundo Compreender e problematizar os
Lógicas de organiza- República para o Império.
6º de conquista, conflito e antigo, com vistas à análise das diferentes formas conceitos e procedimentos norteado-
ção política • Aspectos políticas, econômicos,
negociação dessa forma de equilí- brio e desequilíbrio entre as partes res da produção historiográfica.
so- ciais e culturais do Império
de organização política envolvidas.
Romano.
As diferentes formas de
• Pax Romana.
organização política na
• Divisão do Império.
África: reinos, impérios, ci-
• Igreja Católica: política, cultura e difusão de
dades-estados e sociedades
sua doutrina.
linhageiras ou aldeias
PA
RT Analisar e compreender o movimento
E O Mediterrâneo como • A relação dos povos da antiguidade e o
(EF06HI15) Descrever as dinâmicas de circulação de
de populações e mercadorias no
IV Lógicas de organiza- espaço de interação entre Medi- terrâneo. tempo e no espaço e seus signifi-
6º pessoas, produtos e culturas no Mediterrâneo e
ção política as sociedades da Europa, da • A circulação de pessoas, produtos e culturas cados históricos, levando em conta
seu significado.
África e do Oriente Médio no Mediterrâneo e seu significado. o respeito e a solidariedade com as
diferentes populações.
A construção da ideia de
modernidade e seus impac-
O mundo moderno tos na concepção de História
e a conexão entre A ideia de “Novo Mundo” • O significado de “modernidade”: quem o (EF07HI01) Explicar o significado de Compreender e problematizar os
7º sociedades ante o Mundo Antigo: pensou, quem se favoreceu com esse conceito e “modernidade” e suas lógicas de inclusão e conceitos e procedimentos norteado-
africanas, permanências e rupturas suas lógicas de inclusão e exclusão. exclusão, com base em uma concepção europeia. res da produção historiográfica.
americanas e eu- de saberes e práticas na
ropeias emergência do mundo
moderno
A construção da ideia de
modernidade e seus impac- Identificar interpretações que
• O “Novo Mundo”: quem criou esse conceito e
O mundo moderno tos na concepção de História (EF07HI02) Identificar conexões e interações expressem visões de diferentes
os interesse em torno disso.
e a conexão entre A ideia de “Novo Mundo” entre as sociedades do Novo Mundo, da Europa, sujeitos, culturas e povos com
• Relações assimétricas nos contatos entre
7º sociedades ante o Mundo Antigo: da África e da Ásia no contexto das navegações e (EF09GE03). relação a um mesmo contexto
Europa e América.
africanas, permanências e rupturas indicar histórico, e posicionar-se
• América, Europa, África e Ásia no contexto
americanas e eu- de saberes e práticas na a complexidade e as interações que ocorrem criticamente com base em princípios
das navegações.
ropeias emergência do mundo nos Oceanos Atlântico, Índico e Pacífico. éticos, democráticos, inclusivos,
moderno sustentáveis e solidários.
PA
RT
E Identificar interpretações que
IV • Humanismo e Renascimento:
Humanismos: uma nova expressem visões de diferentes
características, visões sobre o ser humano,
Humanismos, Renas- visão de ser humano e de (EF07HI04) Identificar as principais características (EF06CI13) sujeitos, culturas e povos com
o mundo, a fé e a ciência.
7º cimentos e o Novo mundo dos Humanismos e dos Renascimentos e relação a um mesmo contexto
• Humanismo e Renascimento e as
Mundo Renascimentos artísticos e analisar seus significados. histórico, e posicionar-se
contribuições para o pensamento científico e
culturais criticamente com base em princípios
artístico da Idade Moderna.
éticos, democráticos, inclusivos,
sustentáveis e solidários.
PA
RT • As diferentes formas de resistência dos
indígenas contra a nova lógica imposta pelos
E Identificar interpretações que
invasores portugueses.
IV A estruturação dos vice-rei- expressem visões de diferentes
A organização do • A invasão das terras indígenas de (EF07HI12) Identificar a distribuição territorial da
nos nas Américas sujeitos, culturas e povos com
poder e as dinâmicas maneira diferenciada, observando o população brasileira em diferentes épocas, conside-
7º Resistências indígenas, relação a um mesmo contexto
do mundo colonial recorte regional. rando a diversidade étnico-racial e étnico-cultural
invasões e expansão na histórico, e posicionar-se
americano • A alteração da vida, da economia, da política, (indígena, africana, europeia e asiática).
América portuguesa criticamente com base em princípios
da noção de espaço, das relações entre as
éticos, democráticos, inclusivos,
culturas, dentre outros aspectos, a partir da
sustentáveis e solidários.
migração para a América, em especial os
deslocamentos forçados com a experiência da
colonização.
• O conceito de escravidão.
• As diferenças entre escravidão para a
As lógicas internas das
Idade Antiga e Idade Moderna.
sociedades africanas
Lógicas comerciais e • As diferenças entre trabalho servil e (EF07HI15) Discutir o conceito de escravidão Compreender e problematizar os
As formas de organização
7º mercantis da trabalho escravo. moderna e suas distinções em relação ao conceitos e procedimentos norteado-
das sociedades ameríndias
moder- nidade • As implicações da escravidão da Idade escravismo antigo e à servidão medieval. res da produção historiográfica.
A escravidão moderna e o
Moderna para a vida em sociedade,
tráfico de escravizados
observando as diferen- ças sociais, étnico-
raciais, culturais, econômicas e os conflitos.
UNIDADES OBJETOS DE
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES RELAÇÃO ENTRE COMPONENTES COMPETÊNCIA
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
PA
RT
E • O que foi o Iluminismo.
IV • Princípios norteadores do Liberalismo.
Compreender acontecimentos histó-
• A relação entre Iluminismo e o liberalismo.
ricos, relações de poder e
• Conceitos de Estado, nação, território e governo.
(EF08HI01) Identificar os principais aspectos processos e mecanismos de
O mundo contem- • A ilustração como afirmação de conhecimento.
A questão do iluminismo e conceituais do iluminismo e do liberalismo e transformação e manutenção das
8º porâneo: o Antigo • O liberalismo e o iluminismo na formação
da ilustração discutir a relação entre eles e a organização do estruturas sociais, políticas,
Regime em crise do Estado Nação.
mundo contemporâneo. econômicas e culturais ao longo do
• O Despotismo Esclarecido nos governos
tempo e em diferentes espaços para
absolu- tistas e seus principais déspotas.
analisar, posicionar-se e intervir no
• Marques de Pombal e o Despotismo
mundo contemporâneo.
Esclarecido no Brasil.
PA
RT Independência dos Estados
E Unidos da América
Compreender a historicidade no
Independências na América
IV tempo e no espaço, relacionando
espanhola
(EF08HI08) Conhecer o ideário dos líderes dos acontecimentos e processos de trans-
Os processos de • A revolução dos • Os múltiplos ideários que movimentaram os
movi- mentos independentistas e seu papel nas formação e manutenção das estru-
8º independência nas escravi- zados em São diferentes sujeitos nos movimentos
revoluções que levaram à independência das turas sociais, políticas, econômicas e
Américas Domingo e seus múltiplos independentis- tas das colônias hispano-
colônias hispano- culturais, bem como problematizar os
significados e americanas.
-americanas. significados das lógicas de organiza-
desdobramentos: o caso
ção cronológica.
do Haiti
Os caminhos até a indepen-
dência do Brasil
ETA
PAS
• O problema das terras indígenas no Brasil e
DE as implicações das disputas existentes até os Identificar interpretações que
EN (EF08HI14) Discutir a noção da tutela dos grupos
dias atuais. expressem visões de diferentes
A tutela da população indígenas e a participação dos negros na
SIN Os processos de • A participação e resistência dos indígenas sujeitos, culturas e povos com
indígena, a escravidão sociedade brasileira do final do período colonial,
O 8º independência nas e negros no final do período colonial no relação a um mesmo contexto
dos negros e a tutela dos identificando permanências na forma de
Américas Brasil e no Ceará. histórico, e posicionar-se
egressos da escravidão preconceitos, estereó- tipos e violências sobre as
• Os preconceitos, o racismo e violências criticamente com base em princípios
populações indígenas e negras no Brasil e nas
56 aferidos contra os negros e indígena e as
Américas.
éticos, democráticos, inclusivos,
7 condições sociais, no Brasil e no Ceará, sustentáveis e solidários.
atualmente.
56
8 ANO
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES RELAÇÃO ENTRE COMPONENTES COMPETÊNCIA
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
PA
RT Brasil: Primeiro Reinado
E O Período Regencial e as
Compreender a historicidade no
contestações ao poder
IV tempo e no espaço, relacionando
central
acontecimentos e processos de trans-
O Brasil do Segundo Reina- • A correlação de forças entre os sujeitos (EF08HI15) Identificar e analisar o equilíbrio das
formação e manutenção das estru-
8º O Brasil no século XIX do: política e economia sociais envolvidos nas disputas políticas no forças e os sujeitos envolvidos nas disputas
turas sociais, políticas, econômicas e
• A Lei de Terras e seus Primeiro e Segundo reinados, no Brasil e no políticas durante o Primeiro e o Segundo Reinado.
culturais, bem como problematizar os
desdobramentos na Ceará.
significados das lógicas de organiza-
política do Segundo
ção cronológica.
Reinado
• Territórios e fronteiras:
a Guerra do Paraguai
PA
RT • O Brasil no século XIX com foco nas
E cons- truções sobre “ser brasileiro” e a Identificar interpretações que
A produção do imaginário mestiçagem. expressem visões de diferentes
IV
nacional brasileiro: cultura • As artes e o Romantismo no Brasil: a visão (EF08HI22) Discutir o papel das culturas sujeitos, culturas e povos com
8º O Brasil no século XIX popular, representações sobre o índio. letradas, não letradas e das artes na produção relação a um mesmo contexto
visuais, letras e o Romantis- • A exclusão do negro. das identida- des no Brasil do século XIX. histórico, e posicionar-se
mo no Brasil • O entendimento de culturas letradas e criticamente com base em princípios
culturas não letradas e a relação das mesmas éticos, democráticos, inclusivos,
com a construção dos conhecimentos. sustentáveis e solidários.
• O Ceará no século XIX e a presença indígena.
ETA
PAS
DE A questão da inserção
Identificar interpretações que
EN dos negros no período • A abolição e a permanência da escravidão
O nascimento da expressem visões de diferentes
SIN republi- cano do pós- e/ ou outros modos de exclusão e
República no Brasil e (EF09HI03) Identificar os mecanismos de sujeitos, culturas e povos com
abolição exploração da população negra.
O 9º os processos históri- inserção dos negros na sociedade brasileira relação a um mesmo contexto
Os movimentos sociais e a • Os modos que afastaram o negro da cidadania
cos até a metade do pós-abolição e avaliar os seus resultados. histórico, e posicionar-se
imprensa negra; a cultura e da participação política no Brasil.
século XX criticamente com base em princípios
57 afro-brasileira como elemen- • A Revolta da Chibata.
éticos, democráticos, inclusivos,
to de resistência e superação
1 das discriminações
sustentáveis e solidários.
57
2 ANO
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES RELAÇÃO ENTRE COMPONENTES COMPETÊNCIA
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
PA
RT
E
IV
A questão da inserção
Identificar interpretações que
dos negros no período • A importância da participação da população
O nascimento da expressem visões de diferentes
republi- cano do pós- negra na formação cultural, econômica, política
República no Brasil e (EF09HI04) Discutir a importância da participação sujeitos, culturas e povos com
abolição e social do Brasil.
9º os processos históri- da população negra na formação econômica, relação a um mesmo contexto
Os movimentos sociais e a A importância da participação da população negra
cos até a metade do política e social do Brasil. histórico, e posicionar-se
imprensa negra; a cultura na formação cultural, econômica, política e social
século XX criticamente com base em princípios
afro-brasileira como elemen- do Ceará.
éticos, democráticos, inclusivos,
to de resistência e superação
sustentáveis e solidários.
das discriminações
PA
RT Compreender acontecimentos histó-
E ricos, relações de poder e
O nascimento da
• Grupos de esquerda no Brasil e no Ceará: as processos e mecanismos de
IV República no Brasil e (EF09HI09) Relacionar as conquistas de
Anarquismo e protagonismo diferenciações, quem eram os participantes, as transformação e manutenção das
9º os processos históri- direitos políticos, sociais e civis à atuação de
feminino principais reivindicações e as principais conquistas. estruturas sociais, políticas,
cos até a metade do movimentos sociais.
econômicas e culturais ao longo do
século XX
tempo e em diferentes espaços para
analisar, posicionar-se e intervir no
mundo contemporâneo.
57
5
57
6 ANO
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES RELAÇÃO ENTRE COMPONENTES COMPETÊNCIA
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
PA
RT
• Acordos e tensões na Europa pré-guerra.
E
• A Segunda Guerra Mundial: os países
IV envolvidos e seus aliados na África, Ásia e
América; as disputas por território; os interesses
dos países imperialistas, diferentes fases da
Identificar interpretações que
guerra; par- ticipação feminina (nos campos de
A emergência do fascismo expressem visões de diferentes
batalha e
e do nazismo (EF09HI37CE) Caracterizar o período da sujeitos, culturas e povos com
Totalitarismos e fora deles); o envolvimento da indústria cultural
9º A Segunda Guerra Segunda Guerra Mundial e as mudanças relação a um mesmo contexto
conflitos mundiais norte-americana; o desenvolvimento tecnológico; a
Mundial Judeus e outras sociais e culturais relacionadas a guerra. histórico, e posicionar-se
Solução Final; e tratados que encerraram a guerra.
vítimas do holocausto criticamente com base em princípios
• Participação do Brasil e do Ceará na
éticos, democráticos, inclusivos,
Segunda Guerra Mundial.
sustentáveis e solidários.
• As mudanças ocasionadas pela Segunda
Guerra Mundial no mundo.
• A ONU, a participação de diferentes países do
mundo e as discussões históricas sobre os
direitos humanos e preservação do patrimônio
histórico.
PA
RT • A resistência dos diferentes grupos sociais
E no período da ditadura militar no Brasil.
• A atuação da juventude brasileira, tendo como
IV
destaque o movimento estudantil, no processo
Compreender acontecimentos histó-
de resistência contra a não liberdade de
Os anos 1960: revolução ricos, relações de poder e
expressão e a violência da ditadura.
Modernização, cultural? processos e mecanismos de
• As perseguições aos artistas brasileiros e o (EF09HI20) Discutir os processos de resistência e as
ditadura civil-militar e A ditadura civil-militar e os transformação e manutenção das
9º exilio político. propostas de reorganização da sociedade brasileira
redemocratização: o processos de resistência estruturas sociais, políticas,
• A resistência á ditadura militar no Ceará. durante a ditadura civil-militar.
Brasil após 1946 As questões indígena e econômicas e culturais ao longo do
• Os crimes cometidos contra os indígenas
negra e a ditadura tempo e em diferentes espaços para
do Brasil durante a ditadura civil-militar.
analisar, posicionar-se e intervir no
• Os crimes cometidos contra os negros do
mundo contemporâneo.
Brasil durante a ditadura civil-militar.
• Os crimes cometidos contra os homossexuais
do Brasil durante a ditadura civil-militar.
O processo de redemocra-
tização
A Constituição de 1988 e a
• Transformações políticas, sociais, culturais e
emancipação das cidadanias
econômicas de 1989 aos dias atuais que
(analfabetos, indígenas,
tiveram como foco a promoção da cidadania.
negros, jovens etc.)
• Inflação e os planos econômicos, em Compreender acontecimentos histó-
A história recente do
especial o Plano Real. ricos, relações de poder e
ETA Brasil: transformações
Modernização, • As lutas dos indígenas pelas demarcações (EF09HI24) Analisar as transformações políticas, processos e mecanismos de
políticas, econômicas,
PAS ditadura civil-militar e das terras no Ceará. econômicas, sociais e culturais de 1989 aos dias transformação e manutenção das
9º sociais e cultu- rais de (EF09GE14)
DE redemocratização: o • O Movimento Sem Ter- atuais, identificando questões prioritárias para a estruturas sociais, políticas,
1989 aos dias atuais Os
EN Brasil após 1946 ra (MST) e as ocupações no Ceará. promoção da cidadania e dos valores econômicas e culturais ao longo do
protagonismos da socie-
• O cenário cultural no Ceará (produção democráticos. tempo e em diferentes espaços para
SIN dade civil e as alterações
cine- matográfica, maracatu, reisado, analisar, posicionar-se e intervir no
O da sociedade brasileira
música etc.). mundo contemporâneo.
A questão da violência
• O Brasil no mapa da fome da ONU.
contra populações margi-
• A Campanha Nacional de Combate à Fome
57 nalizadas
e à Miséria.
9 O Brasil e suas
relações internacionais
na era da globalização
58
0 ANO
UNIDADES OBJETOS DE
OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES RELAÇÃO ENTRE COMPONENTES COMPETÊNCIA
TEMÁTICAS CONHECIMENTO
PA
RT
E
IV
O processo de redemocra-
tização
A Constituição de 1988 e a
• Mudanças na área de educação no Brasil.
emancipação das cidadanias
• As lutas em defesa da acessibilidade e
(analfabetos, indígenas,
inclusão nas escolas e universidades
negros, jovens etc.)
brasileiras. Compreender acontecimentos histó-
A história recente do
• Lei 7.716/1989 contra o racismo e injúria racial. ricos, relações de poder e
Brasil: transformações
Modernização, • O Estatuto da criança e do Adolescente processos e mecanismos de
políticas, econômicas, (EF09HI25) Relacionar as transformações da
ditadura civil-militar e (ECA) de 1990. transformação e manutenção das
9º sociais e cultu- rais de socie- dade brasileira aos protagonismos da
redemocratização: o • A retirada em 1990 da homossexualidade, pela estruturas sociais, políticas,
1989 aos dias atuais Os sociedade civil após 1989.
Brasil após 1946 Organização Mundial de Saúde (OMS), lista inter- econômicas e culturais ao longo do
protagonismos da socie-
nacional de doenças e as lutas do movimento tempo e em diferentes espaços para
dade civil e as alterações
LGBT. analisar, posicionar-se e intervir no
da sociedade brasileira
• A Lei Maria da Penha de 2006. mundo contemporâneo.
A questão da violência
• As Terras demarcadas de indígenas do
contra populações margi-
Brasil e do Ceará.
nalizadas
• A terras demarcadas de Quilombolas do
O Brasil e suas
Brasil e do Ceará.
relações internacionais
na era da globalização
O processo de redemocra-
tização
A Constituição de 1988 e a
• Mudanças econômicas, culturais e sociais
emancipação das cidadanias
ocorridas na partir da década de 1990 no
(analfabetos, indígenas,
Brasil.
negros, jovens etc.)
• O cenário internacional e a criação do Mercosul. Compreender acontecimentos histó-
A história recente do
• A crescente crise ambiental no mundo e a ricos, relações de poder e
Brasil: transformações (EF08GE12)
Modernização, explo- ração insustentável dos recursos naturais (EF09HI27) Relacionar aspectos das mudanças processos e mecanismos de
políticas, econômicas, (EF08GE14)
ditadura civil-militar e do Brasil. econômicas, culturais e sociais ocorridas no Brasil transformação e manutenção das
9º sociais e cultu- rais de (EF09GE05)
redemocratização: o • O governo do presidente Fernando a partir da década de 1990 ao papel do País no estruturas sociais, políticas,
1989 aos dias atuais Os (EF09GE10)
Brasil após 1946 Henrique Cardoso e o plano real. cenário internacional na era da globalização. econômicas e culturais ao longo do
protagonismos da socie- (EF09GE11)
• Os dois governos de Luís Inácio Lula da Silva tempo e em diferentes espaços para
dade civil e as alterações
e o crescimento das políticas de assistência analisar, posicionar-se e intervir no
da sociedade brasileira
social. mundo contemporâneo
A questão da violência
• As desconstruções pelo governo Lula, no
contra populações margi-
cenário internacional, da imagem de corrupção
nalizadas
relacionada ao Brasil.
O Brasil e suas
• O novo cenário econômico de maior
relações internacionais
confiabilida- de por parte dos investidores
na era da globalização
estrangeiros.
PA
RT Compreender acontecimentos histó-
E ricos, relações de poder e
• Características específicas e comuns dos (EF09HI30) Comparar as características dos
IV processos e mecanismos de
regimes ditatoriais latino-americanos: censura regimes ditatoriais latino-americanos, com
As experiências ditatoriais transformação e manutenção das
9º A história recente política, a opressão e o uso da força, as especial atenção para a censura política, a
na América Latina estruturas sociais, políticas,
reformas econômicas e sociais e seus impactos, opressão e o uso da força, bem como para as
econômicas e culturais ao longo do
participação dos meios de comunicação e reformas econômicas e sociais e seus impactos.
tempo e em diferentes espaços para
propaganda estatal.
analisar, posicionar-se e intervir no
mundo contemporâneo
O Ensino Religioso, conforme artigo 33 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – nº. 9.394,
de 20 de dezembro de 1996, (artigo 33, alterado pela Lei nº 9.475 de 22 de julho de 1997) “[...]
constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de Ensino Fundamental, assegurando
o respeito à diversidade cultural e religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo”,
aponta, assim, para a essência da formação integral do aluno, possibilitando-lhe o acesso ao
conhecimento religioso como investigação científica das diferentes manifestações religiosas em
diferentes culturas e sociedades.
O conhecimento religioso torna-se, para esse componente curricular, o objeto de estudo, o
qual se compreende como um processo da busca humana por respostas aos enigmas do mundo,
da vida e da morte e da transcendência, podendo ser o que se busca no espaço escolar: a interação
construída em torno de cosmovisões, linguagens, saberes, crenças, mitologias, narrativas, textos,
símbolos, ritos, doutrinas, tradições etc.
Neste sentido, um dos grandes desafios para o Ensino Religioso é desenvolver uma prática
de ensino voltada para a superação da intolerância religiosa e/ou qualquer tipo de preconceito,
como, também, superar o histórico confessional catequético desta disciplina, rumo à construção e
consolidação do respeito à diversidade cultural e religiosa brasileira: “O Ensino Religioso precisa
imprimir uma nova semântica no espaço escolar, desprender-se do seu passado confessional e
recente interconfessional, para poder alcançar seu status de disciplina autônoma.” (GIL FILHO, 2005,
p.120)
O ensino religioso abordado nesta perspectiva, contribui para superação de desigualdades
étnico-religiosas, garantindo o direito Constitucional de liberdade de crença e expressão e o direito
à liberdade individual e política atendendo um dos objetivos da Educação Básica (LDB n. 9.394/96)
que é o desenvolvimento da cidadania: “educação para a cidadania plena; sustenta-se sobre
pressupostos educacionais e não sobre argumentações religiosas” (PASSOS, 2007, p. 70).
Não se trata de questionar ou se envolver de alguma forma direta ou indireta com
experiências religiosas, tampouco de se submeter a tradições, conceitos, sem considerações e/ou
reflexões. Trata-se de estudá-las para compreender e problematizar, ou seja, tratar o Ensino
Religioso como uma disciplina escolar diferente das tradicionais aulas de religião, pois o enfoque é
o conhecimento sobre a diversidade religiosa; e não a crença. Para (JUNQUEIRA; CORRÊA;
HOLANDA, 2007, p. 45) esta mudança “focaliza o Ensino Religioso como componente curricular,
entendendo-o como uma área do conhecimento”.
As unidades que compõem este documento se distribuem ao longo de todo o Ensino Funda-
mental, através de diferentes formas de abordagens e complexidades. Considerando os
pressupostos e as competências gerais da BNCC, a área de Ensino Religioso deve garantir aos
alunos o desenvol- vimento de competências específicas:
O ser humano é um ser complexo, envolto em uma teia de relações sociais, imerso em um
con- junto de relações construídas em um contexto histórico-social dotado de pluralidade. Por isso
ocorre uma constante apropriação e produção cultural, oriundas da relação existente entre a
dimensão con- creta, biológica e material e da dimensão subjetiva, simbólica e imaterial. Tais
dimensões compõem um campo de interação entre os seres humanos, a natureza e suas crenças,
nos permitindo reconhecer individualidades e coletividades.
As individualidades e coletividades nos permitem reconhecer as relações dialógicas que nos
cercam e como atribuímos valores simbólicos às representações, saberes e crenças. Tais valores
geram identidades sociais, étnicas e culturais, embasando assim nossa primeira unidade temática:
Identida- des e alteridades. Nesta unidade estudaremos o caráter singular e plural do ser humano,
através da promoção à identificação dos sujeitos e da consolidação do respeito às diferenças entre
o eu e o outro, da importância da compreensão dos símbolos e da relação entre a materialidade e a
imaterialidade.
A dimensão imaterial é compreendida pelo sujeito religioso através de relações identitárias
com o símbolo, o mito e o rito. O símbolo é um elemento que adquire novo significado à medida
que serve para representar algo que vai além de seu sentido original, servindo para mediar a
passagem do cognoscível para o campo das crenças intangíveis, tornando-se uma linguagem
fundamental na experiência religiosa.
Estas relações alimentam diferentes práticas religiosas que passam a integrar uma dimensão
ritualística que envolve cerimônias, celebrações, festividades entre outras. O rito passa a ser uma
prática material que contém significados específicos para o ser religioso e que indicam uma relação
do ser humano com a dimensão imaterial da religiosidade.
Os rituais religiosos ocorrem em espaços delimitados pelas crenças e práticas dos sujeitos
religiosos, delimitando os territórios sagrados através de seu caráter simbólico. Tais espaços são re-
vestidos de um poder simbólico-cultural, onde os sujeitos religiosos vivenciam suas práticas
religiosas: ritos, oblações, cultos, transmissão de comportamentos, experiências, princípios e
valores. Portanto, exercem influência sobre outras dinâmicas do convívio social, tais como
economia, política, cultura, educação, saúde e meio ambiente. O estudo desse conjunto de
elementos compõe a nossa segunda unidade temática, Manifestações religiosas, na qual ainda
podemos conhecer diferentes relações estabelecidas entre as lideranças e denominações religiosas
e as distintas esferas da sociedade.
O estudo dos mitos é um outro elemento presente no ensino religioso, pois este é
responsável por buscar explicar como e por que tudo foi criado, inserindo no contexto
cosmogônico histórias repletas de elementos excepcionais e de obras divinas. O mito alicerça as
crenças de determinada tradição religiosa e oferece respostas sobrenaturais a diversos enigmas
relacionados à dicotomia vida e morte.
ETAPAS DE ENSINO
585
O conjunto de narrativas dos feitos e vivências com os mitos embasam a maioria dos textos
religiosos preservados e passados de geração em geração pela oralidade e/ou pela escrita. Textos
sagrados que buscam dar sentido ou coerência/racionalidade às instruções de relacionamento com
a(s) divindade(s), consigo mesmo, com a natureza e com o outro: “outro é um enigma
extremamente complexo, que resiste qualquer apreensão simplificadora” (TEIXEIRA, 2007, p.74).
Nos textos das diferentes crenças religiosas, apresentam-se as ideias de imortalidade,
ancestra- lidade, reencarnação, ressurreição, transmigração, entre outras, que dão sentido à crença
e buscam justificar a prática dos seus seguidores, servindo aos sujeitos como referenciais tanto para
a prática cotidiana do ser religioso como para a vida após a morte daqueles grupos que defendem
essa pos- sibilidade. Tais elementos fazem parte de nossa terceira unidade temática, Crenças
religiosas e filosofias de vida, aspectos estruturantes das diferentes tradições religiosas e filosofias
de vida.
Destaca-se aqui que os critérios de organização das habilidades e competências se
relacionam de forma direta com os objetos de conhecimento, aos quais se dividem nas unidades
temáticas citadas. Tornando estes elementos fontes para o desenvolvimento dos objetos específicos
que expressam o arranjo proposto para o presente currículo do componente de Ensino Religioso
do estado do Ceará. Salienta-se, ainda, que o Ensino Religioso pode motivar uma reflexão sobre as
múltiplas realidades,
com o intuito de formar cidadãos capazes de participarem das dinâmicas e estruturas da sociedade
com autonomia e independência. Por isso este componente foi proposto com um formato que sub-
sidia a compreensão do fenômeno religioso na sociedade e possibilita enfrentar situações típicas
do cotidiano de uma sociedade laica e republicana, além de promover a construção no ambiente
escolar de espaços dedicados aos debates sobre a realidade social e ao combate da intolerância
religiosa, valorizando nossa diversidade de práticas e manifestações religiosas.
586 PARTE IV
UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO RELAÇÃO COMPETÊNCIAS
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTE ESPECÍFICAS
(EF01HI01)
• Respeito à diversidade religiosa (EF01HI04)
Reconhecer e cuidar de si, do
no espaço de vivência; (EF01ER01) Identificar e acolher (EF01HI06)
outro, da coletividade e da
1º Identidades e alteridades O eu, o outro e o nós • Respeito e valorização dos nomes as semelhanças e diferenças (EF02HI02)
natureza, enquanto expressão de
das pessoas. entre o eu, o outro e o nós. (EF12EF01) (EF12EF09)
valor da vida.
(EF35EF09)
• Valorização da individualidade
das pessoas, percebendo as
diferenças e semelhanças entre
(EF01ER03) Reconhecer e Conviver com a diversidade
elas;
1º Identidades e alteridades Imanência e transcendência respeitar as características físicas (EF67EF09) de crenças, pensamentos,
• Reconhecimento das pessoas
e subjetivas de cada um. convic- ções, modos de ser e
como seres humanos que
viver.
crescem, aprendem e são
capazes de corrigir seus erros.
PA
RT • Localização e respeitto aos diversos
E espaços de convivência,
especialmen- te aqueles no entorno
IV
da escola, que estão a serviço das
(EF01GE01)
pessoas; (EF03ER01)
(EF03HI08) Conviver com a diversidade
O eu, a família e o ambiente • Elaboração de lista com algumas (EF02ER01) Reconhecer os dife- (EF03ER03)
2º Identidades e alteridades (EF12EF04) de crenças, pensamentos,
de convivência regras de convivência dos ambientes rentes espaços de convivência. (EF04ER07)
(EF35EF04) convic- ções, modos de ser e
comunitários, que ajudam na pro-
(EF67EF20) viver.
moção da harmonia, iniciando-se
pelo espaço escolar;
• Valorização dos momentos
de diálogo nos diversos
espaços de convivência.
• Elaboração de lista de
costumes trazidos do ambiente
familiar;
• Realização de pesquisa sobre
(EF02ER02) Identificar costumes,
como a família convive com a (EF01GE04) Conviver com a diversidade
O eu, a família e o ambiente crenças e formas diversas de
2º Identidades e alteridades diversidade de crenças no seu (EF03GE01) de crenças, pensamentos,
de convivência viver em variados ambientes de
ambiente comu- nitário; (EF01HI03) convic- ções, modos de ser e
convivência.
• Desenvolvimento de atitudes viver.
de cooperação, cuidado e
preservação dos ambientes
sociais, culturais e naturais de
convivência, locais e regionais.
PA
RT • Conhecimento das diferentes Conhecer os aspectos estrutu-
(EF03ER05) Reconhecer as in-
E indumentárias utilizadas nas rantes das diferentes tradições/
dumentárias (roupas, acessórios,
IV mani- festações religiosas; movimentos religiosos e filoso-
3º Manifestações religiosas Indumentárias religiosas símbolos, pinturas corporais)
• Compreensão sobre a fias de vida, a partir de pres-
utilizadas em diferentes manifes-
importância das indumentárias nas supostos científicos, filosóficos,
tações e tradições religiosas.
diferentes manifestações estéticos e éticos.
religiosas.
• Reconhecimento de que as
Conhecer os aspectos estrutu-
indumentárias são expressões de
(EF03ER06) Caracterizar as rantes das diferentes tradições/
identidade religiosa e cultural e
indumentárias como elementos movimentos religiosos e filoso-
3º Manifestações religiosas Indumentárias religiosas têm significados;
integrantes das identidades fias de vida, a partir de pres-
• Compreensão sobre a influência
religiosas. supostos científicos, filosóficos,
das vestiimentas religiosas no
estéticos e éticos.
modo de vestir das pessoas no
cotidiano.
• Compreensão de como os
rituais das diferentes tradições
religiosas possuem significado Compreender, valorizar e respei-
(EF04ER03) Caracterizar ritos
singular aos seus adeptos; tar as manifestações religiosas
de iniciação e de passagem em
4º Manifestações religiosas Ritos religiosos • Conhecimento dos ritos e filosofias de vida, suas expe-
diversos grupos religiosos (nasci-
religiosos existentes nos espaços riências e saberes, em diferentes
mento, casamento e morte).
de vivência; tempos, espaços e territórios.
• Reconhecimento da importância
dos ritos de iniciação e de
passagem para sociedade.
• Apresentação e esclarecimento
Compreender, valorizar e respei-
sobre a importância do respeito (EF04ER07) Reconhecer e
(EF02ER01) tar as manifestações religiosas
Crenças religiosas e à diversidade religiosa nos respeitar as ideias de divindades (EF01HI02)
4º Ideia(s) de divindade(s) (EF03ER01) e filosofias de vida, suas expe-
filosofias de vida espaços de vivência; de diferentes manifestações e (EF06HI05)
(EF03ER03) riências e saberes, em diferentes
• Valorização das diferentes tradições religiosas.
tempos, espaços e territórios.
manifestações e tradições religiosas.
PA
RT • Compreensão acerca do que
E •são textos sagrados
Compreensão escritosdos
da função e
sua de criação para fundamentar (EF05ER03) Reconhecer funções Compreender, valorizar eestrutu-
Conhecer os aspectos respei-
IV mitos (EF01ER05)
importância para a tradição religiosa e(EF06ER01)
mensagens religiosas
Reconhecer o (EF05ER02) tar as manifestações
rantes das diferentes religiosas
tradições/
Crenças religiosas Mitos nas tradições crenças sobre a vida cotidiana; (EF02ER03)
5º contidas
papel danos mitos deescrita
criação na (EF06ER06) e filosofias dereligiosos
vida, suas expe-
6º eCrenças religiosas
filosofias de vidae Tradição escrita: registro dos
religiosas •eIdentificação
cultural; dos mitos de tradição
(EF05ER01)
movimentos e filoso-
filosofias de vida ensinamentos sagrados • Investigação e listagem dos (concepções de mundo,
preserva- ção de memórias, (EF09ER03) riências
fias e saberes,
de vida, a partiremdediferentes
pres-
criação das matrizes de formação (EF05ER04)
diver- sosbrasileiro.
tipos de textos natureza, ser huma- tos
acontecimen- no, e tempos, espaços
supostos e territórios.
científicos, filosóficos,
do povo
sagrados; ensinamentos religiosos. estéticos e éticos.
• Identificação dos tipos de lingua-
gens e de gêneros textuais
utilizados nos textos sagrados das
Conhecer os aspectos
•diferentes tradiçõese religiosas.
Reconhecimento resgate da
(EF05ER04) Reconhecer a (EF01ER05) estrutu- rantes das diferentes
importância da tradição oral para
Crenças religiosas Ancestralidade e tradição importância da tradição oral (EF02ER03) tradições/ movimentos
5º preservar memórias e acontecimen-
e filosofias de vida oral para preservar memórias e (EF05ER01) religiosos e filoso- fias de
tos culturais e religiosos, como dos (EF06ER02) Reconhecer e Conhecer os aspectos estrutu-
• Identificação da diversidade de aconteci- mentos religiosos. (EF06ER01) vida, a partir de pres-
povos originários. valorizar a diversidade de textos rantes das diferentes tradições/
textos sagrados, como livros, supostos científicos, filosóficos,
Crenças religiosas e Tradição escrita: registro dos religiosos escritos (textos do movimentos religiosos e filoso-
6º pintu- ras, vitrais, construções estéticos e éticos.
filosofias de vida ensinamentos sagrados Budismo, Cristianismo, Espiri- fias de vida, a partir de pres-
arquitetôni- cas, ou seja, de
tismo, Hinduísmo, Islamismo, supostos científicos, filosóficos,
diversas formas de linguagens
•verbais
Identificação e respeito aos ele- Judaísmo, entre outros). estéticos e éticos.
e não verbais. (EF05ER05) Identificar elemen-
mentos da tradição oral nas Conhecer os aspectos
tos da tradição oral nas
Crenças religiosas Ancestralidade e tradição eculturas
religiosidades indígenas, afro- (EF05HI06) movimentos
estrutu- rantes religiosos e
das diferentes
5º culturas e religiosidades
e filosofias de vida oral bra- sileiras, ciganas, entre outras, (EF35EF03) filoso- fias de vida, a partir de
indígenas,
tendo como referência aquelas pres- supostos
Conhecer científicos,
os aspectos estrutu-
• Reconhecimento de que afro-brasileiras, ciganas, entre
existentes na comunidade e/ou os (EF06ER03) Reconhecer, em filosóficos,
rantes dasestéticos
diferentese tradições/
éticos.
textos sagrados registram a
localidade. (EF05ER07)
Crenças religiosas e Ensinamentos da tradição textos escritos, ensinamentos (EF12EF02) movimentos religiosos e filoso-
6º doutrina e (EF08ER01)
filosofias de vida escrita relacionados a modos de ser (EF35EF03) fias de vida, a partir de pres-
o código de conduta das
e viver. supostos científicos, filosóficos,
diversas religiões, orientando
•suas
Identificação estéticos e éticos.
práticas do
parasignificado
a vida da em
diferentes
posição
harmonia. demanifestações
sábios e anciãos
religiosas;
• Compreensão acerca dos critérios Compreender, valorizar e respei-
• Identificação de que os textos (EF05ER06) Identificar o
que fazem pessoas serem reconheci- tar as manifestações
Crenças religiosas Ancestralidade e tradição sagrados fazem parte da plurali- papel dos sábios e anciãos Conhecer os aspectosreligiosas
estrutu-
5º das como sábios e anciãos; erantes
filosofias de vida, suas expe-
e filosofias de vida oral dade cultural e social ou ajudam (EF06ER04)
na comunicaçãoReconhecer
e que das diferentes tradições/
• Reconhecimento da importância riências e saberes, em diferentes
Crenças religiosas e Ensinamentos da tradição a construir essa diversidade; os textos escritos
preservação são utilizados
da tradição oral. movimentos religiosos e filoso-
6º dos sábios e anciãos para tempos, espaços e territórios.
filosofias de vida escrita • Diferenciação entre os textos pelas tradições religiosas de fias de vida, a partir de pres-
preserva- ção da memória;
de diferentes tradições religiosas, maneiras diversas. supostos científicos, filosóficos,
• Valorização das pessoas idosas
reconhecendo a cultura como marco estéticos e éticos.
na família e na comunidade e
referencial de sua elaboração.
fonte
registro dede
conhecimento
suas histórias ee
sabedoria.
Debater, problematizar e posi-
• Identificação das diferentes formas cionar-se frentevalorizar
Compreender, aos discursos
e respei-e
(EF06ER05)Reconhecer,
(EF05ER07) Discutir como o es-
de interpretar os textos sagrados; (EF06ER03) práticas de intolerância,
tar as manifestações discri-
religiosas
•• Reconhecimento tudotextos
e a interpretação dos textos
5º
Crenças
Crenças religiosas
religiosas e Ancestralidade
Ensinamentos dae tradição
tradição Discussão sobre ea partilha de
importância, em orais,
(EF08ER01) minação
e filosofiase violência de cunho
de vida, suas expe-
6º efilosofias
filosofiasdedevida
vida oral experiências de amizade,de como religiosos influenciam
ensinamentos os adeptos
relacionados (EF05HI06)
escrita influências e diversidade religioso,
riências e de modo em
saberes, a assegurar
diferentes
expressão
estudos dosdetextos
diálogo, respeitopara
sagrados e aa modos
vivenciarem
de serose ensinamentos
viver. os direitos humanos no cons-
das tradições religiosas. tempos, espaços e territórios.
ajuda mútua.religioso.
cada grupo tante exercício da cidadania e da
cultura de paz.
UNIDADES OBJETOS DE RELAÇÃO RELAÇÃO COMPETÊNCIAS
ANO OBJETOS ESPECÍFICOS HABILIDADES
TEMÁTICAS CONHECIMENTO INTRACOMPONENTE INTERCOMPONENTE ESPECÍFICAS
• Conceituação de experiência
religiosa e/ou mística;
• Reconhecimento de que as ex-
periências espirituais, religiosas ou
(EF07ER02) Identificar práticas Analisar as relações entre as
não, são momentos importantes
ETA de espiritualidade utilizadas tra- dições religiosas e os
de reflexão e discernimento sobre
7º Manifestações religiosas Místicas e espiritualidades pelas pessoas em determinadas . campos da cultura, da política,
PAS vínculo, adesão ou questionamento
situações (acidentes, doenças, da economia, da saúde, da
DE sobre as instituições religiosas e
fenômenos climáticos). ciência, da tecnolo- gia e do
EN suas doutrinas, ampliando ainda a
meio ambiente.
maneira de ver o mundo, as
SIN
pessoas e as relações.
O
PA
RT • Compreensão acerca do que
E são textos sagrados escritos e
IV sua Conhecer os aspectos estrutu-
(EF01ER05)
importância para a tradição religiosa (EF06ER01) Reconhecer o rantes das diferentes tradições/
(EF02ER03)
Crenças religiosas e Tradição escrita: registro dos e cultural; papel da tradição escrita na movimentos religiosos e filoso-
6º (EF05ER01)
filosofias de vida ensinamentos sagrados • Investigação e listagem dos preserva- ção de memórias, fias de vida, a partir de pres-
(EF05ER04)
diver- sos tipos de textos acontecimen- tos e supostos científicos, filosóficos,
sagrados; ensinamentos religiosos. estéticos e éticos.
• Identificação dos tipos de lingua-
gens e de gêneros textuais
utilizados nos textos sagrados das
diferentes tradições religiosas.
• Conceituação de experiência
religiosa e/ou mística;
• Reconhecimento de que as ex-
periências espirituais, religiosas ou
(EF07ER02) Identificar práticas Analisar as relações entre as
não, são momentos importantes
ETA de espiritualidade utilizadas tra- dições religiosas e os
de reflexão e discernimento sobre
7º Manifestações religiosas Místicas e espiritualidades pelas pessoas em determinadas . campos da cultura, da política,
PAS vínculo, adesão ou questionamento
situações (acidentes, doenças, da economia, da saúde, da
DE sobre as instituições religiosas e
fenômenos climáticos). ciência, da tecnolo- gia e do
EN suas doutrinas, ampliando ainda a
meio ambiente.
maneira de ver o mundo, as
SIN
pessoas e as relações.
O
PA
RT Analisar as relações entre as
• Identificação da trajetória de
E (EF07ER04) Exemplificar líderes tra- dições religiosas e os
líderes religiosos em diferentes
IV 7º Manifestações religiosas Lideranças religiosas religiosos que se destacaram por (EF08ER04) campos da cultura, da política,
tradições religiosas destacando sua (EF09HI05)
suas contribuições à sociedade. da economia, da saúde, da
atuação em prol da sociedade.
ciência, da tecnolo- gia e do
meio ambiente.
PA
RT
E • Compreensão do conceito de
IV laicidade a partir da discussão
de formação do estado
republicano brasileiro e a
ruptura religiosa;
Analisar as relações entre as
• Distinção e exemplificação sobre (EF08ER05) Debater sobre
tra- dições religiosas e os
Crenças religiosas e Crenças, filosofias de vida e o que é público, privado e as possibilidades e os limites (EF04GE03)
8º campos da cultura, da política,
filosofias de vida esfera pública organiza- ções da sociedade civil; da interferência das tradições (EF05GE12)
da economia, da saúde, da
• Análise do limite ético religiosas na esfera pública.
ciência, da tecnolo- gia e do
relacionado à interferência das
meio ambiente.
tradições religio- sas na esfera
pública;
• Reconhecimento de que o direito
a liberdade e à igualdade,
garantido pela Constituição
Federal, é também um princípio
laico.
PA
RT
E
IV
Debater, problematizar e posi-
• Reconhecimento da importância cionar-se frente aos discursos e
de atitudes éticas em favor da (EF09ER06) Reconhecer a coexis- práticas de intolerância, discri-
Crenças religiosas e vida. tência como uma atitude ética minação e violência de cunho
9º Princípios e valores éticos (EF67EF17)
filosofias de vida • Identificação e valorização de de respeito à vida e à dignidade religioso, de modo a assegurar
ações que promovam a cultura humana. os direitos humanos no cons-
de paz e o respeito como tante exercício da cidadania e da
condição necessária para a vida cultura de paz.
comunitária.
ABUD, Kátia Maria. Ensino de História e a Base Nacional Comum Curricular: desafios, incertezas e
pos- sibilidades. IN: RIBEIRO JUNIOR, Halferd Carlos; VALERIO, Mairon Escord (Org.) . Ensino de
História e Currículo: Reflexões sobre a Base Nacional Comum Curricular, Formação de Professores
e Prática de Ensino. Jundia: Editorial Paco, 2017.
ALARCÃO, Isabel. Professores Reflexivos em Uma Escola Reflexiva. São Paulo: Editora Cortez, 2003.
Cap. 1, 2, 4.
ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de. Nos destinos de fronteira: história, espaço e identidade
regional. Recife: Editora Bagaço, 2008.
ARAÚJO, Janice Débora. de A. B. “Tia, deixa eu falar!”: os sentidos atribuídos por crianças da pré-
-escola à roda de conversa em um Centro de Educação Infantil do município de Fortaleza. 2017. 239
f. Dissertação (Mestrado em Educação) — Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Educação.
Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira, Fortaleza, 2017.
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