100% acharam este documento útil (1 voto)
100 visualizações80 páginas

Contabilidade Aplicada Ao Setor Público - Aula 02

1. O documento discute a avaliação e mensuração de ativos e passivos em entidades do setor público, incluindo disponibilidades, créditos, dívidas, estoques, investimentos permanentes, imobilizado, intangível, diferido, reavaliação e redução ao valor recuperável. 2. É apresentada a depreciação, amortização e exaustão, incluindo critérios de mensuração, métodos e divulgação. 3. O documento fornece exemplos de questões comentadas sobre o tema.

Enviado por

Csar
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
100% acharam este documento útil (1 voto)
100 visualizações80 páginas

Contabilidade Aplicada Ao Setor Público - Aula 02

1. O documento discute a avaliação e mensuração de ativos e passivos em entidades do setor público, incluindo disponibilidades, créditos, dívidas, estoques, investimentos permanentes, imobilizado, intangível, diferido, reavaliação e redução ao valor recuperável. 2. É apresentada a depreciação, amortização e exaustão, incluindo critérios de mensuração, métodos e divulgação. 3. O documento fornece exemplos de questões comentadas sobre o tema.

Enviado por

Csar
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 80

Aula 02

Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ CFC 2018.1 (Bacharel em Ciências


Contábeis)

Professor: Gilmar Possati

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

AULA 02: Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos


em Entidades do Setor Público: Avaliação e mensuração,
disponibilidades, créditos e dívidas, estoques, investimentos
permanentes, imobilizado, intangível, diferido, reavaliação e
redução ao valor recuperável Depreciação, Amortização e
Exaustão: Critérios de mensuração e reconhecimento,
métodos de depreciação, amortização e exaustão, divulgação
da depreciação, da amortização e da exaustão.

Sumário
1. Transações no Setor Público 02
2. Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos 06
3. Depreciação, Amortização e Exaustão 26
4. Redução ao Valor Recuperável (Teste de Impairment) 35
5. Reavaliação 39
6. Questões Comentadas 42
7. Resumo 63
8. Lista das questões apresentadas 68
9. Gabarito 79

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos em Entidades


do Setor Público

Pessoal, antes de continuarmos os procedimentos contábeis patrimoniais,


vamos estudar objetivamente sobre as transações no setor público.

TRANSAÇÕES NO SETOR PÚBLICO

Registros dos Atos e Fatos Contábeis no Setor Público

Ato contábil é o acontecimento que não provoca mudanças imediatas no


patrimônio, mas que pode vir a alterá-lo no futuro. Caso os atos contábeis
sejam relevantes eles devem ser divulgados em notas explicativas.

Fato Contábil é tudo que provoca modificação, qualitativa e/ou


quantitativa, no Patrimônio da entidade. Aqui há certeza de ocorrência da
variação patrimonial.

Os fatos contábeis podem ser:

Permutativos: são os fatos que não alteram o Patrimônio Líquido;


Modificativos: são os fatos que alteram o Patrimônio Líquido, ou seja,
envolvem o reconhecimento de uma VPA (receita) ou VPD (despesa);
Mistos ou Compostos: são os fatos que envolvem simultaneamente um
fato permutativo e um fato modificativo.

Nesse sentido, essas alterações qualitativas ou quantitativas, efetivas ou


potenciais, são denominadas de transações no setor público.

As transações no setor público são os atos e os fatos que promovem


alterações qualitativas ou quantitativas, efetivas ou potenciais, no
patrimônio das entidades do setor público, as quais são objeto de
registro contábil em estrita observância às Normas Brasileiras de
Contabilidade Aplicadas ao Setor Público.

Observe que tanto os atos contábeis como os fatos devem ser alvo de
registro contábil no âmbito do setor público. Nesse sentido, vale destacar
que a Lei nº 4.320/64 estabelece que a contabilidade evidenciará os fatos

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

ligados à administração orçamentária, financeira patrimonial e industrial,


bem como bens, valores, obrigações e situações que, imediata ou
indiretamente, possam vir a afetar o patrimônio.

De acordo com suas características e os seus reflexos no patrimônio


público, as transações no setor público podem ser classificadas nas
seguintes naturezas:

a) econômico-financeira  corresponde às transações originadas de


fatos que afetam o patrimônio público, em decorrência, ou não, da
execução de orçamento, podendo provocar alterações qualitativas ou
quantitativas, efetivas ou potenciais;

Exemplo: aquisição de computadores

b) administrativa  corresponde às transações que não afetam o


patrimônio público, originadas de atos administrativos, com o objetivo
de dar cumprimento às metas programadas e manter em funcionamento
as atividades da entidade do setor público.

As transações de natureza administrativa são registradas em contas de


compensação, tipicamente contas de controle dos atos potenciais.

Exemplo: assinatura de um contrato

Na assinatura de um contrato não há um efeito imediato no patrimônio


público, não é mesmo? Porém, é um ato potencial, ou seja, um contrato
firmado, em regra, irá afetar o patrimônio público.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

Esquematicamente, temos:

1. (VUNESP/Analista Organizacional /Ciências Contábeis/PRODEST/2014)


Os atos e os fatos que promovem alterações qualitativas ou quantitativas,
efetivas ou potenciais, no patrimônio das entidades do setor público, as
quais são objeto de registro contábil em estrita observância aos Princípios
de Contabilidade e às Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao
Setor Público, são denominados de Transações no setor público. Nesse
contexto, as transações do setor público são classificadas por natureza.

A classificação correspondente às transações originadas de fatos que


afetam o patrimônio público, em decorrência, ou não, da execução de
orçamento, podendo provocar alterações qualitativas ou quantitativas,
efetivas ou potenciais, é denominada de natureza
a) Financeira e de capital.
b) Econômica-social.
c) Corrente e de capital.
d) Econômica-financeira.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

e) Financeira e operacional.

De acordo com suas características e os seus reflexos no patrimônio


público, as transações no setor público podem ser classificadas nas
seguintes naturezas:

a) econômico-financeira  corresponde às transações originadas de


fatos que afetam o patrimônio público, em decorrência, ou não, da
execução de orçamento, podendo provocar alterações qualitativas ou
quantitativas, efetivas ou potenciais;

b) administrativa  corresponde às transações que não afetam o


patrimônio público, originadas de atos administrativos, com o objetivo
==9bb8a==

de dar cumprimento às metas programadas e manter em funcionamento


as atividades da entidade do setor público.

Gabarito: D

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

MENSURAÇÃO DE ATIVOS E PASSIVOS

Aspectos Introdutórios

Primeiramente, cabe destacar o que vem a ser mensuração. Segundo o


MCASP,

Mensuração é o processo que consiste em determinar os valores pelos quais


os elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e
apresentados nas demonstrações contábeis.

O MCASP informa que o patrimônio das entidades do setor público, o


orçamento, a execução orçamentária e financeira e os atos administrativos
que provoquem efeitos de caráter econômico e financeiro no patrimônio da
entidade devem ser mensurados ou avaliados monetariamente e
registrados pela contabilidade.

Ademais, o Manual destaca que os registros da entidade, desde que


estimáveis tecnicamente, devem ser efetuados, mesmo na hipótese de
existir razoável certeza de sua ocorrência.

Por fim, o MCASP destaca mais uma vez a questão da essência sobre a
forma que já esclarecemos anteriormente. Segundo o Manual, os registros
contábeis das transações das entidades do setor público devem ser
efetuados, considerando as relações jurídicas, econômicas e patrimoniais,
prevalecendo, nos conflitos entre elas, a essência sobre a forma.

Avaliação e Mensuração dos elementos patrimoniais

A seguir estudaremos os critérios de avaliação e mensuração dos elementos


patrimoniais nas entidades do setor público.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

Disponibilidades

Segundo o MCASP e a NBC T 16.10, as disponibilidades são


mensuradas ou avaliadas pelo valor original, feita a conversão,
quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data
das demonstrações contábeis.

Fique alerta! Veja que é a data da demonstração! Não é a data


da operação/transação. As questões costumam colocar outra
data. Não caia nessa!

As aplicações financeiras de liquidez imediata são mensuradas ou avaliadas


pelo valor justo, atualizadas até a data das demonstrações contábeis.

As atualizações apuradas são contabilizadas em contas de resultado, ou


seja, variações patrimoniais aumentativas (VPAs) e variações patrimoniais
diminutivas (VPDs).

Exemplo: Aquisição de instrumentos financeiros com intenção de resgate no


curto prazo por R$ 100.000,00 em janeiro de 20X1.

Registro pela aquisição dos instrumentos financeiros.

D – Investimentos e aplicação temporária


C – Caixa ... 100.000,00

Em dezembro de 20X1 os instrumentos financeiros estão com valor de


mercado de R$ 105.000,00.

Registro pela Valorização dos instrumentos financeiros.

D – Investimentos e aplicação temporária


C – VPA – Remuneração de Aplicações Financeiras ... 5.000,00

Créditos e Obrigações (dívidas)

Segundo o MCASP e a NBC T 16.10, os direitos, os títulos de créditos e as


obrigações são mensurados ou avaliados de acordo com as bases de
mensuração dos ativos e dos passivos, feita a conversão, quando em moeda

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data das demonstrações


contábeis.

Os riscos de recebimento de direitos são reconhecidos em conta de


ajuste, a qual será reduzida ou anulada quando deixarem de existir os
motivos que a originaram.

Os direitos, os títulos de crédito e as obrigações prefixadas são ajustados


a valor presente.

Os direitos, os títulos de crédito e as obrigações pós-fixadas são ajustados


considerando-se todos os encargos incorridos até a data de encerramento
das demonstrações contábeis.

Atenção! Vislumbro uma oportunidade grande de o examinador alterar o


termo “prefixadas” pelo termo “pós-fixadas” e vice-versa.

Dica  prefixados = valor presente

As provisões são constituídas com base em estimativas pelos prováveis


valores de realização para os ativos e de reconhecimento para os passivos.
As atualizações e os ajustes apurados são contabilizados em contas de
resultado (VPAs e VPDs).

Exemplo: Recebimento pela União de empréstimo do Banco Mundial em


janeiro de 20X1 para financiamento de determinado programa
governamental no valor de US$ 100.000,00, câmbio de R$ 3,00. Em
dezembro de 20X1, na data de levantamento do balanço patrimonial, a taxa
de câmbio vigente era de R$ 3,50.

Registro decorrente do reconhecimento do empréstimo

D – Caixa
C – Empréstimos a Curto Prazo ... 300.000,00

Registro decorrente da desvalorização cambial

Como o valor do real se desvalorizou frente ao dólar, houve um aumento


do endividamento:

Desvalorização cambial = (3,50 – 3,00) x 100.000,00 = 50.000,00

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

D – VPD - Juros e encargos de empréstimo


C - Empréstimos a Curto Prazo ... 50.000,00

Estoques

Segundo o MCASP, os estoques são ativos:


a. Na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos
no processo de produção;
b. Na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos
ou empregados na prestação de serviços;
c. Mantidos para venda, incluindo, por exemplo, mercadorias compradas por
varejista para revenda ou terrenos e outros imóveis para revenda; ou
d. Mantidos para distribuição no curso normal das operações ou no processo
de produção, incluindo, por exemplo, livros didáticos para doação a escolas.

Segundo o MCASP e a NBC T SP 04, os estoques são mensurados ou


avaliados pelo valor de custo histórico (valor de
aquisição/produção/construção) ou valor realizável líquido, dos
dois o menor, exceto:

a. Os estoques adquiridos por meio de transação sem


contraprestação, que devem ser mensurados pelo seu valor justo na
data da aquisição;

b. Os bens de almoxarifado, que devem ser mensurados pelo preço médio


ponderado das compras, em conformidade com o inciso III do art. 106
da Lei 4.320/1964.

* Valor realizável líquido é o preço estimado de venda no curso normal das


operações, menos os custos estimados para a conclusão e os custos
estimados de venda, troca ou distribuição.

* Custo histórico é a quantia fornecida para se adquirir ou desenvolver um


ativo, o qual corresponde ao caixa ou equivalentes de caixa ou o valor de
outra quantia fornecida à época de sua aquisição ou desenvolvimento.

O termo “custo histórico” também pode ser apresentado como “modelo de


custo” ou, genericamente, como “mensuração baseada em custos”.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

O MCASP destaca que o valor realizável líquido pode não ser equivalente ao
valor justo deduzido dos gastos necessários para vender. O valor justo
reflete a quantia pela qual o mesmo estoque pode ser trocado entre
compradores e vendedores bem informados e dispostos a isso, não sendo
específico para a entidade.

Pelo método do custo médio ponderado, o custo de cada item é determinado


a partir da média ponderada do custo de itens semelhantes no começo de
um período, e do custo de itens semelhantes comprados ou produzidos
durante o período.

A média pode ser determinada através de uma base periódica ou à medida


que cada entrega adicional seja recebida, o que depende das circunstâncias
da entidade.

O MCASP/NBC T SP 04 destaca que devem ser mensurados pelo custo


histórico ou pelo custo corrente de reposição, dos dois o menor, os
estoques mantidos para:

a. Distribuição gratuita ou de valor irrisório;


Exemplo (MCASP): produtos a serem distribuídos por meio de cesta básica.

b. Consumo no processo de produção de bens a serem distribuídos


gratuitamente ou por valor irrisório.
Exemplo (MCASP): estoque para merenda escolar (quando a entidade
possui merendeira que prepara a comida).

Vale destacar que o custo corrente de reposição é o custo que a entidade


incorreria para adquirir o mesmo ativo na data da demonstração contábil.

Devemos saber o que entra no custo dos estoques:

Os custos de estoques devem abranger todos os gastos (custos) de


aquisição e de transformação (conversão), bem como outros gastos
(custos) incorridos para torná-los disponíveis para uso (para trazer
os estoques à sua condição e localização atuais).

O custo de aquisição compreende:


a. O preço de compra;
b. Os impostos de importação e outros tributos não recuperáveis;
c. Frete (transporte);

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

d. Seguro;
e. Manuseio; e
f. Outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados,
materiais e suprimentos.

Os descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes


são deduzidos na determinação do custo de aquisição e, por isso, não
devem ser reconhecidos como variação patrimonial aumentativa (VPA).

O custo de transformação inclui aqueles relacionados com as unidades


produzidas ou com as linhas de produção, tais como:

a. Mão-de-obra direta;
b. Alocação sistemática de custos indiretos de produção, variáveis e fixos,
que sejam incorridos para transformar os materiais em produtos acabados.

Os custos indiretos de produção são classificados em variáveis ou fixos, se


variam ou não diretamente com o volume de produção.

A alocação dos custos fixos e variáveis incorridos na melhoria de terrenos


”brutos” mantidos para a venda em empreendimentos comerciais ou
residenciais pode incluir, por exemplo custos relacionados ao paisagismo,
drenagem, assentamento de tubulação para conexão das instalações, etc.

Os custos posteriores de armazenagem ou entrega ao cliente não devem


ser absorvidos pelos estoques.

Os gastos de distribuição, de administração geral e financeiros são


considerados como variações patrimoniais diminutivas (VPD) do
período em que ocorrerem e não como custo dos estoques.

Exemplos de despesas excluídas do valor do estoque e reconhecidos como


variações patrimoniais diminutivas (VPD) do período em que são
incorridos:

a. Valor anormal de desperdício de materiais, mão de obra ou outros


insumos de produção;

b. Despesa de armazenamento, a menos que sejam necessárias ao


processo produtivo, como entre uma ou outra fase de produção;

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

c. Despesas administrativas que não contribuem para colocar os


estoques no seu local e condição atuais;

d. Despesa de comercialização.

O ente deve usar o critério de valoração de custo uniforme para todos os


estoques que possuam natureza e uso semelhantes. Sempre que possível,
deve ser atribuído pelo uso da identificação específica dos seus custos
individuais. Quando não for possível a identificação específica, o ente pode
utilizar o critério primeiro a entrar, primeiro a sair (PEPS) ou pelo critério
do custo médio ponderado.

Os estoques de animais e de produtos agrícolas e extrativos devem


ser mensurados ao valor justo menos a despesa de venda no momento do
reconhecimento inicial e no final de cada período de competência (na data
das demonstrações contábeis), exceto quando o valor justo não puder ser
mensurado de forma confiável.

2. (CESPE/Contador/DPU/2016) A respeito da convergência das normas


brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público às normas
internacionais, julgue o item a seguir.

Como método para mensuração e avaliação das saídas de estoques no setor


público, utiliza-se o método do PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair) ou o do
custo médio ponderado.

Conforme estudamos, o método para mensuração e avaliação das saídas do


almoxarifado é o custo médio ponderado.

Gabarito: Errado

Ajuste de Perdas de Estoques

Segundo o MCASP, o custo dos estoques pode não ser recuperável se esses
estoques estiverem danificados, se se tornarem total ou parcialmente obsoletos
ou se os seus preços de venda tiverem diminuído. O custo dos estoques pode

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

também não ser recuperável se os custos estimados de acabamento ou os custos


estimados a serem incorridos para realizar a venda tiverem aumentado.

O MCASP lembra que a prática de ajustar o valor de custo dos estoques para o
valor realizável líquido é consistente com o ponto de vista de que os ativos não
devem ser escriturados por quantias superiores àquelas que se espera que sejam
realizadas com a sua venda, troca, distribuição ou uso.

O lançamento para contabilização do ajuste de perdas de estoques para adequar


ao valor realizável líquido é o seguinte:

Natureza da informação: patrimonial


D 3.6.1.8.x.xx.xx VPD com Ajuste de Perdas de Estoques
C 1.1.5.9.x.xx.xx (-) Ajuste de Perdas de Estoques

Reconhecimento no resultado

Nos termos do MCASP, quando os estoques são vendidos, trocados ou


distribuídos, o valor contábil desses itens deve ser reconhecido como VPD do
período em que a respectiva VPA é reconhecida.

Se não houver nenhuma VPA, a VPD é reconhecida quando os ativos são


distribuídos ou o serviço é prestado. A quantia de qualquer redução dos estoques
para o valor realizável líquido e todas as perdas de estoques deve ser reconhecida
como VPD do período em que a redução ou perda ocorrer.

Entretanto, alguns itens de estoques podem ser transferidos para outras contas
do ativo, como, por exemplo, estoques usados como componentes de ativos
imobilizados de construção própria. Os estoques alocados a outro ativo compõem
o custo desses ativos e são reconhecidos como VPD durante a sua vida útil.

O MCASP nos fornece o seguinte exemplo de lançamento contábil para baixa de


materiais de distribuição gratuita e reconhecimento no resultado:

Natureza da informação: patrimonial


D 3.3.12x.x.xx.xx VPD Distribuição de Material Gratuito
D 1.1.5.x.x.xx.xx Estoques (P)

Evidenciação

As demonstrações contábeis devem divulgar:

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

a. As políticas contábeis adotadas na mensuração dos estoques, incluindo formas


e critérios de valoração utilizados;
b. O valor total escriturado em estoques e o respectivo desdobramento utilizado
pelo ente;
c. O valor de estoques reconhecido como VPD durante o período;
d. O valor de qualquer ajuste de perdas de estoques reconhecida no resultado
do período;

e. As circunstâncias ou acontecimentos que conduziram à reversão da redução


de estoques; e
f. O valor escriturado de estoques dados como garantia a passivos.

As classificações mais comuns, segundo o MCASP, são: mercadorias para


revenda, produtos e serviços acabados, matérias-primas e almoxarifado. O ente
também pode ter trabalhos em andamento classificáveis como estoques de
materiais em elaboração.

Investimentos Permanentes

Há duas formas principais de avaliar os investimentos permanentes: pelo


Método de Custo (MC) e pelo Método de Equivalência Patrimonial (MEP).

Método de Equivalência Patrimonial (MEP)

Segundo o MCASP, as participações em empresas sobre cuja administração


se tenha influência significativa devem ser mensuradas ou avaliadas
pelo método da equivalência patrimonial.

E o que vem a ser influência significativa?

Influência significativa é o poder de participar das decisões sobre


políticas financeiras e operacionais de uma investida, mas sem que haja o
controle individual ou conjunto dessas políticas.

O MEP se aplica a quais investimentos?

O MEP será utilizado para os investimentos em coligadas ou em


controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo
ou estejam sob controle comum.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

Cabe destacar que coligada é a entidade sobre a qual o investidor tem


influência significativa, ou seja, poder de participar das decisões da
investida, sem ter controle.

Se o investidor mantém direta ou indiretamente (por meio de


controladas, por exemplo), vinte por cento ou mais do poder de
voto da investida, presume-se que ele tenha influência
significativa, a menos que possa ser claramente demonstrado o
contrário. Por outro lado, se o investidor detém, direta ou
indiretamente (por meio de controladas, por exemplo), menos de vinte
por cento do poder de voto da investida, presume-se que ele não
tenha influência significativa, a menos que essa influência possa ser
claramente demonstrada. A propriedade substancial ou majoritária da
investida por outro investidor não necessariamente impede que um
investidor tenha influência significativa sobre ela.

Atenção! Essa presunção de influência significativa é relativa, ou seja, a


investidora pode ser titular de mais de 20% do capital votante da investida
e não ter influência significativa e ser titular de menos de 20% do capital
votante da investida e ter influência significativa.

Não entendeu? Expliquemos melhor...

A participação de 20% ou mais no capital votante é um conceito relativo


de influência, haja vista que independentemente do percentual de
participação no capital, sempre que a companhia investidora
possuir influência significativa na companhia investida, as
companhias serão coligadas e a investidora deverá avaliar o
investimento pelo MEP.

Assim, o principal conceito para definir uma coligada é a existência de


influência significativa ou presunção de influência significativa.

Portanto, caso exista influência ou presunção de influência


significativa, o investimento será em coligada e avaliada pelo MEP.
Não existindo influência significativa ou presunção de influência
significativa e o investimento for permanente, a investida não será uma
coligada e o investimento será avaliado pelo custo.

Já controlada é a entidade na qual a controladora, diretamente ou por


meio de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações


sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores.

Assim, para que ocorra o controle a investidora (controladora) tem que ter
direta ou indiretamente mais de 50% das ações com direito a voto
da investida (controlada).

Vale destacar que o controle pode ser exercido diretamente ou


indiretamente. Temos controle direto quando a investidora é proprietária
de mais de 50% do capital votante da investida.
O controle indireto, por sua vez, ocorre quando a investidora exerce o
controle de uma companhia por meio de outra companhia, que é controla
por essa investidora.

Na figura acima, observe que a investidora “A” controla diretamente a


companhia “B” que, por sua vez, exerce controle direto sobre a companhia
“C”. Logo, a investidora “A” controla indiretamente a companhia “C” por
meio do controle direto que exerce sobre a companhia “B”.

Vale destacar que enquanto nas controladas existe o controle direto e


indireto, nas coligadas existe apenas a coligação direta.

Pelo método da equivalência patrimonial, o investimento é inicialmente


registrado a preço de custo e o valor contábil é aumentado ou
reduzido conforme o Patrimônio Líquido da investida aumente ou
diminua em contrapartida à conta de resultado.

O MCASP ensina que o valor do investimento permanente avaliado pelo


MEP será obtido mediante o seguinte cálculo:

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

a. aplicação do percentual de participação no capital social sobre o


resultado da subtração do patrimônio líquido da investida do valor do
adiantamento para aumento de capital concedido a essa; e

b. subtração, do montante referido na alínea “a”, dos lucros não realizados


nas operações intercompanhias, líquidos dos efeitos fiscais.

Na data de encerramento do exercício social o investimento avaliado pelo


método de equivalência patrimonial terá o seu valor contábil aumentado ou
diminuído pelo reconhecimento da participação proporcional do investidor
no lucro líquido ou prejuízo líquido do período, gerados pela investida após
a aquisição.

Assim, quando a investida apura um lucro líquido a investidora


reconhecerá no resultado do exercício um Ganho de Equivalência
Patrimonial (GEP). Por outro lado, quando a investida apura um
prejuízo líquido a investidora reconhecerá no seu resultado uma Perda
de Equivalência Patrimonial (PEP).

GEP  percentual de participação no capital social* da investida x


Lucro Líquido da Investida.

PEP  percentual de participação no capital social* da investida x


Prejuízo Líquido da Investida.
* Observe que é o percentual do capital social e não o percentual do capital votante!

Exemplo: Criação de uma empresa pública pela União em que houve a


integralização de 70% do capital social. Na constituição, o PL da empresa
é de R$ 50 bilhões. Ao final do exercício financeiro, após a apuração do
resultado do exercício, a empresa apresentou um PL de R$ 60 bilhões.

Cálculo da equivalência patrimonial

Ganho de equivalência patrimonial = 70% x (60 bi – 50 bi) = R$ 7 bi

Registro na data da integralização

D – Participações permanentes
C – Caixa ... 35 bilhões

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

Registro no encerramento do exercício

D – Participações permanentes
C – Ganho MEP ... 7 bilhões

Método de Custo

As demais participações devem ser mensuradas ou avaliadas de acordo


com o custo de aquisição.

Segundo o MCASP, pelo método do custo, o investimento é registrado no


ativo permanente a preço de custo. A entidade investidora somente
reconhece o rendimento na medida em que receber as distribuições de
lucros do item investido.

As distribuições provenientes de rendimentos sobre investimentos


do ativo permanente são reconhecidas como receita patrimonial.

Os ajustes apurados são contabilizados em contas de resultado (VPAs e


VPDs).

Também são considerados investimentos permanentes os ativos


denominados propriedades para investimento, como terrenos ou edifícios,
mantidos com fins de renda e/ou ganho de capital, desde que não usados:

a. na produção ou suprimento de bens e serviços ou para propósitos


administrativos; ou
b. como venda no curso ordinário das operações.

Imobilizado

Segundo o MCASP e a NBC T 16.10, o ativo imobilizado,


incluindo os gastos adicionais ou complementares, é
reconhecido inicialmente com base no valor de aquisição,
produção ou construção.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

Quando os elementos do ativo imobilizado tiverem vida útil econômica


limitada, ficam sujeitos à depreciação ou exaustão sistemática durante
esse período, sem prejuízo das exceções expressamente consignadas.

Quando se tratar de ativos do imobilizado obtidos a título gratuito,


estes devem ser registrados pelo valor justo na data de sua aquisição,
sendo que deverá ser considerado o valor resultante da avaliação obtida
com base em procedimento técnico ou valor patrimonial definido nos
termos da doação.

Deve ser evidenciado em notas explicativas o critério de mensuração ou


avaliação dos ativos do imobilizado obtidos a título gratuito, bem como a
eventual impossibilidade de sua valoração, devidamente justificada.
9
Após o reconhecimento inicial, a entidade detentora do ativo deve optar
entre valorá-lo pelo modelo do custo ou da reavaliação.

Modelo do custo  consiste no valor de aquisição, produção ou construção


menos a depreciação acumulada e as perdas acumuladas por imparidade.

Modelo da reavaliação  consiste no valor justo sujeito à reavaliação


periódica menos a depreciação acumulada e as perdas acumuladas por
imparidade.

Nos termos da NBC T 16.10, a reavaliação é uma política contábil de


mensuração alternativa em relação ao método do custo, útil para assegurar
que o valor contábil de determinados ativos não difira materialmente
daquele que seria determinado, usando-se seu valor justo na data das
demonstrações contábeis.

Além disso, a Norma destaca que uma vez adotado o método da reavaliação
para um item do ativo imobilizado após o seu reconhecimento inicial, tal
item, cujo valor justo possa ser mensurado confiavelmente, deve ser
apresentado pelo seu valor reavaliado, correspondente ao seu valor justo
à data da reavaliação menos qualquer depreciação e redução ao valor
recuperável acumuladas subsequentes.

A NBC T 16.10 estabelece, ainda, que se um item do ativo imobilizado for


reavaliado, toda a classe do ativo imobilizado à qual pertence esse ativo
deve ser reavaliado.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

Quanto aos gastos posteriores à aquisição ou ao registro de elemento do


ativo imobilizado, o MCASP e a NBC T 16.10 destacam que tais gastos
devem ser incorporados ao valor desse ativo quando houver possibilidade
de geração de benefícios econômicos futuros ou potenciais de serviços.
Qualquer outro gasto que não gere benefícios futuros deve ser reconhecido
como despesa do período em que seja incorrido.

Além disso, no caso de transferências de ativos, o valor a atribuir deve ser


o valor contábil líquido constante nos registros da entidade de origem. Em
caso de divergência deste critério com o fixado no instrumento de
autorização da transferência, este deve ser evidenciado em notas
explicativas.

b
Custos Subsequentes

O custo de um item do imobilizado deve ser reconhecido como ativo sempre


que:

 for provável que benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços


associados ao item fluirão para a entidade; e
 o custo ou valor justo do item puder ser mensurado com segurança.
Partindo dessa premissa, o item do imobilizado deve ter uma base
monetária confiável.

As partes sobressalentes principais e equipamentos em espera se


qualificam como ativo imobilizado quando a entidade espera usá-los
durante mais de um período.

Também são reconhecidos como ativo imobilizado as peças sobressalentes


e equipamentos para manutenção usados somente em conexão com um
item do imobilizado.

Custos Subsequentes

A entidade não reconhece no valor contábil de um item do ativo


imobilizado os custos da manutenção periódica do item (por exemplo:
custos de mão-de-obra, produtos consumíveis). Portanto, esses custos são
reconhecidos no resultado do exercício quando incorridos (Variação
Patrimonial Diminutiva). A finalidade desses gastos é reparo e manutenção
de item do ativo imobilizado.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

A entidade deve reconhecer no valor contábil de um item do ativo


imobilizado o custo da reposição de parte desse item quando o custo é
incorrido, sempre que houver uma melhoria ou adição complementar
significativa no bem e se o custo puder ser mensurado com segurança.
Além disso, o valor contábil das peças que são substituídas deve ser
baixado.

Assim, os gastos posteriores à aquisição ou ao registro de elemento do


ativo imobilizado devem ser incorporados ao valor desse ativo quando
houver possibilidade de geração de benefícios econômicos futuros ou
potenciais de serviços.

Qualquer outro gasto que não gere benefícios futuros deve ser reconhecido
como variação patrimonial diminutiva do período em que seja incorrido.
b

Esquematicamente, temos:

Bens de uso comum

A NBC T 16.10 estabelece que os bens de uso comum que absorveram ou


absorvem recursos públicos, ou aqueles eventualmente recebidos em
doação, devem ser incluídos no ativo não circulante da entidade
responsável pela sua administração ou controle, estejam, ou não, afetos a
sua atividade operacional.

Nesse sentido, a mensuração dos bens de uso comum será efetuada,


sempre que possível, ao valor de aquisição ou ao valor de produção e
construção.

Elementos do custo de um ativo imobilizado

Os elementos do custo de um ativo imobilizado compreendem:

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

a. Seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e tributos não


recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e
abatimentos;
b. Quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e
condição necessários para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida
pela administração;

Pode-se citar alguns exemplos de custos diretamente atribuíveis:

a. Custos de pessoal decorrentes diretamente da construção ou aquisição de


item do ativo imobilizado;
b. Custos de preparação do local;
c. Custos de frete e manuseio (para recebimento e instalação); e
d. Honorários profissionais. 8

Por outro lado, não se consideram custo de um item do ativo imobilizado os


custos administrativos e outros custos indiretos.

O reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do ativo


imobilizado cessa quando o item está no local e nas condições operacionais
pretendidas pela administração. Portanto, os custos incorridos no uso ou na
transferência ou reinstalação de um item não são incluídos no seu valor contábil,
como, por exemplo, os custos incorridos durante o período em que o ativo ainda
não está sendo utilizado ou está sendo operado a uma capacidade inferior à sua
capacidade total.

O quadro a seguir descreve os itens que entram no custo do ativo


imobilizado e aqueles que não entram:

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

Intangível

Segundo o MCASP e a NBC T 16.10, os direitos que tenham por


objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da atividade
pública ou exercidos com essa finalidade são mensurados ou
avaliados com base no valor de aquisição ou de produção,
deduzido do saldo da respectiva conta de amortização
acumulada e do montante acumulado de quaisquer perdas do
valor que hajam sofrido ao longo de sua vida útil por redução ao valor
recuperável (impairment).

O critério de mensuração ou avaliação dos ativos intangíveis obtidos a título


a
gratuito e a eventual impossibilidade de sua valoração devem ser
evidenciados em notas explicativas.

O MCASP e a NBC T 16.10 destacam que os gastos posteriores à aquisição


ou ao registro de elemento do ativo intangível devem ser incorporados ao
valor desse ativo quando houver possibilidade de geração de benefícios
econômicos futuros ou potenciais de serviços. Qualquer outro gasto deve
ser reconhecido como despesa do período em que seja incorrido.

O MCASP informa, ainda, que o ágio derivado da expectativa de


rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente não deve ser
reconhecido como ativo.

Reconhecimento do Ativo Intangível

O reconhecimento inicial de um ativo intangível pode ocorrer de três


formas:

a. Aquisição separada;
b. Geração interna; e
c. Aquisição por meio de transações sem contraprestação.

Aquisição Separada

Segundo o MCASP, o custo de ativo intangível adquirido separadamente


inclui:

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

(a) seu preço de compra, acrescido de impostos de importação e


impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os
descontos comerciais e abatimentos; e
(b) qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo para a
finalidade proposta.

Custo de ativo intangível adquirido separadamente


Preço de Compra
(+) impostos de importação e impostos não recuperáveis
(+) qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo
para a finalidade proposta
(-) descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes

Exemplos de custos diretamente atribuíveis são:

Custos diretamente atribuíveis (exemplos)


Custos de pessoal incorridos diretamente para que o ativo fique em
condições operacionais (de uso ou funcionamento)
Honorários profissionais diretamente relacionados para que o ativo
fique em condições operacionais
Custos com testes para verificar se o ativo está funcionando
adequadamente

Exemplos de gastos que não fazem parte do custo de ativo intangível


adquirido separadamente:

Não fazem parte do custo de ativo intangível


gastos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo
propaganda e atividades promocionais)
gastos da transferência das atividades para novo local ou para
nova categoria de clientes (incluindo custos de treinamento)
gastos administrativos e outros custos indiretos.

Custo de ativo intangível gerado internamente (Geração Interna)

O custo de ativo intangível gerado internamente que se qualifica para o


reconhecimento contábil se restringe à soma dos gastos incorridos a partir
da data em que o ativo intangível atende os critérios de reconhecimento.
Não é permitida a reintegração de gastos anteriormente reconhecidos como
variação patrimonial diminutiva.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

Nos termos do MCASP, para o reconhecimento de ativo intangível gerado


internamente, além de atender às exigências gerais de reconhecimento e
mensuração inicial de ativo intangível, a entidade deve aplicar os requisitos
e orientações a seguir, devendo, antes, classificar a geração do ativo em:

 Fase de Pesquisa: É a investigação original e planejada realizada com


a expectativa de adquirir novo conhecimento e entendimento científico ou
técnico.

 Fase de Desenvolvimento: É a aplicação dos resultados da pesquisa


ou de outros conhecimentos em um plano ou projeto visando à produção
de materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços novos
ou substancialmente aprimorados, antes do início da sua produção
comercial ou do seu uso.

Veja que pesquisa é diferente de desenvolvimento.

Pesquisa ≠ Desenvolvimento

Imagine que a Petrobrás esteja pensando em lançar um novo tipo de


combustível, uma gasolina “ultra plus + power”. Nesse caso, pergunto para
você... a Petrobrás poderá lançar o produto “de pronto” ou vai realizar
pesquisas para identificar o termômetro do mercado, ou seja, a aceitação
do público? É claro que ela vai realizar inúmeros estudos mercadológicos
não é mesmo? Além disso, ela pesquisará potenciais fornecedores de
matérias-primas para o novo combustível, desenvolverá com os seus
técnicos, especialistas, engenheiros e demais colaboradores uma fórmula
que seja a mais eficiente possível e que atenda às restrições legais em
termos de emissão de gases, entre outras medidas necessárias...

Aí, eu pergunto... quanto você acha que todo esse processo custaria para
a Petrobrás? Possivelmente alguns milhões de reais! E olhe que ela está
apenas verificando a viabilidade de lançar o produto. Pois bem... essa é a
famosa fase de pesquisa. Antes de passarmos à explicação da fase de
desenvolvimento, vamos estudar mais detalhes sobre a fase de pesquisa.

Fase de Pesquisa

Nenhum ativo intangível resultante de pesquisa deve ser


reconhecido. Os gastos com pesquisa devem ser reconhecidos como
despesa (VPD) quando incorridos.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

Então quer dizer que todo aquele gasto com pesquisa não é reconhecido
como ativo, professor? Isso mesmo, camarada.

As normas contábeis destacam que durante a fase de pesquisa de projeto


interno, a entidade não está apta a demonstrar a existência de ativo
intangível que gerará prováveis benefícios econômicos futuros. Portanto,
tais gastos devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos.

O MCASP destaca os seguintes exemplos de atividades de pesquisa:

(a) atividades destinadas à obtenção de novo conhecimento;


(b) busca, avaliação e seleção final das aplicações dos resultados de
pesquisa ou outros conhecimentos;
(c) busca de alternativas para materiais, dispositivos, produtos, processos,
sistemas ou serviços; e
(d) formulação, projeto, avaliação e seleção final de alternativas possíveis
para materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços
novos ou aperfeiçoados.

Bem... agora que já sabemos os detalhes sobre a fase de pesquisa, vamos


nos concentrar na fase de desenvolvimento.

Fase de Desenvolvimento

Voltando ao nosso exemplo, imagine que a Petrobrás identificou que há


viabilidade para o lançamento da nova gasolina “ultra plus + power”. Pois
bem... aí passamos para uma outra fase, a fase de desenvolvimento.

Segundo o MCASP, um ativo intangível resultante de


desenvolvimento deve ser reconhecido somente se a entidade
puder demonstrar todos os aspectos a seguir enumerados:

(a) viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele seja
disponibilizado para uso ou venda;
(b) intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo;
(c) capacidade para usar ou vender o ativo intangível;
(d) forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos
futuros. Entre outros aspectos, a entidade deve demonstrar a existência de
mercado para os produtos do ativo intangível ou para o próprio ativo
intangível ou, caso este se destine ao uso interno, a sua utilidade;

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

(e) disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos


adequados para concluir seu desenvolvimento e usar ou vender o ativo
intangível; e.
(f) capacidade de mensurar com segurança os gastos atribuíveis ao ativo
intangível durante seu desenvolvimento.

Observe que o objetivo dessas exigências é identificar se o ativo


intangível é capaz de gerar benefícios econômicos futuros.

O MCASP destaca que marcas, títulos de publicações, listas de usuários de


um serviço, direitos sobre folha de pagamento e outros itens de natureza
similar, gerados internamente, não devem ser reconhecidos como ativos
intangíveis.

O MCASP fornece os seguintes exemplos de atividades de desenvolvimento:

(a) projeto, construção e teste de protótipos e modelos pré-produção ou


pré-utilização;
(b) projeto de ferramentas, gabaritos, moldes e matrizes que envolvam
nova tecnologia;
(c) projeto, construção e operação de fábrica-piloto, desde que já não
esteja em escala economicamente viável para produção comercial; e
(d) projeto, construção e teste da alternativa escolhida de materiais,
dispositivos, produtos, processos, sistemas e serviços novos ou
aperfeiçoados.
(e) Custos relacionados à websites e desenvolvimento de softwares.

Observação: os critérios acima se aplicam à pesquisa e


desenvolvimento internos. Se a empresa adquirir um projeto de
pesquisa de outra empresa, deverá classificá-lo como intangível.

Esquematicamente, temos:

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

Fase de
Fase de PESQUISA
DESENVOLVIMENTO

Ainda não há garantia de Há garantia de geração de


geração de futuros benefícios futuros benefícios econômicos e
econômicos e da viabilidade do da viabilidade do negócio.
negócio.

Gastos são Gastos são


reconhecidos como reconhecidos como
despesa (VPD) ativo

Gastos subsequentes

Segundo o MCASP, os gastos subsequentes de projeto de pesquisa e


desenvolvimento em andamento, adquiridos separadamente e
reconhecidos como ativo intangível, devem ser reconhecidos da seguinte
forma:

a. Gastos de pesquisa: como variação patrimonial diminutiva (VPD)


quando incorridos;

b. Gastos de desenvolvimento que não atendem aos critérios de


reconhecimento: como variação patrimonial diminutiva (VPD), quando
incorridos;

c. Gastos de desenvolvimento em conformidade com referidos


critérios de reconhecimento: adicionados ao valor contábil do projeto de
pesquisa ou desenvolvimento em andamento adquirido.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

Aquisição por meio de Transações sem Contraprestação

Nos termos do MCASP, um ativo intangível pode ser adquirido por meio de
transações sem contraprestação. Isso pode ocorrer quando outra entidade
do setor público transfere ativos intangíveis a outra entidade em uma
transação sem contraprestação, como direito de aterrissagem em
aeroporto, licenças para operação de estações de rádio ou de televisão, etc.

Os custos incorridos que sejam diretamente atribuídos à preparação do


ativo para o uso pretendido devem ser acrescidos ao valor de registro inicial.

Baixa do Valor Contábil de um Item do Ativo Intangível

Segundo o MCASP, o ativo intangível deve ser baixado:

a. Por ocasião de sua alienação; ou


b. Quando não há expectativa de benefícios econômicos futuros ou serviços
potenciais com a sua utilização ou alienação.

Os ganhos ou perdas decorrentes da baixa de ativo intangível devem ser


determinados pela diferença ente o valor líquido da alienação, se houver, e
o valor contábil do ativo.

A importância a receber pela alienação deve ser reconhecida inicialmente


pelo seu valor justo.

DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO

Depreciação

Depreciação, segundo o MCASP, é o declínio do potencial de


geração de serviços por ativos de longa duração, ocasionada
pelos seguintes fatores:

 Deterioração física;
 Desgastes com uso; e
 Obsolescência.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

Em função desses fatores, faz-se necessária a devida apropriação do


consumo desses ativos ao resultado do período por meio da depreciação,
atendendo ao regime de competência.

A depreciação tem por objeto os bens materiais (tangíveis), integrantes do


ativo imobilizado (computadores, instalações, móveis, veículos, edifícios,
etc).

Alguns conceitos importantes “para início de conversa”:

Valor Depreciável  é o custo de um ativo ou outro valor que substitua


o custo, menos o seu valor residual.

Valor residual de um ativo  é o valor estimado que a entidade obteria


com a venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso
o ativo já tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida
útil.

Vida Útil  É:

(a) o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o ativo;


ou
(b) o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a
entidade espera obter pela utilização do ativo.

Taxa de depreciação  corresponde a um percentual fixado em função


do tempo de vida útil do bem.

Assim, o valor da depreciação resulta da aplicação da taxa sobre o valor


depreciável.

Métodos de depreciação

O método de depreciação adotado deve refletir o padrão de consumo pela


entidade dos benefícios econômicos futuros. Os métodos que costumam ser
exigidos em concursos são os seguintes:

Método Linear  consiste na aplicação de taxas constantes durante o


tempo de vida útil estimado para o ativo. É o método mais comum.
Também denominado de método das quotas constantes.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

Assim, por exemplo, se o tempo de vida útil de um determinado ativo tenha


sido estimado em 10 anos, a taxa anual de depreciação será de 10%.

100%/tempo de vida útil = Taxa de Depreciação

No nosso exemplo, teríamos: 100%/10 anos = 10% a.a.

Método da soma dos algarismos dos anos  consiste em estipular


taxas variáveis crescentes ou decrescentes durante o tempo de vida útil do
ativo. Para tanto, utiliza-se o seguinte critério: somam-se os algarismos
dos anos que formam o tempo de vida útil do ativo, obtendo-se, assim, o
denominador da fração que determinará a taxa de depreciação de cada
ano. Vejamos um exemplo:

Tempo de vida útil: 3 anos


Taxa de depreciação  1+2+3 = 6

Assim, o número 6 será o denominador da fração que determinará a taxa


de depreciação de cada ano.

Se utilizarmos taxas crescentes, teremos:


1º ano = 1/6 (16,67%); 2º anos = 2/6 (33,33%); 3º ano = 3/6 (50%).

Se utilizarmos taxas decrescentes, teremos:


1º ano = 3/6; 2º anos = 2/6; 3º ano = 1/6.

Esse método é denominado de “método dos saldos decrescentes”. Perceba


que o uso desse método resulta em despesa decrescente durante a vida
útil.

Método das horas de trabalho  consiste em estipular a taxa de


depreciação tomando-se como base o número de horas trabalhadas em
cada período. Para tanto, utiliza-se o seguinte critério: estima-se em horas
o tempo de vida útil do ativo. A taxa de depreciação do período será
calculada proporcionalmente ao número de horas trabalhadas no respectivo
período. Vejamos um exemplo:

Ativo: máquina industrial


Tempo de vida útil: 10.000 horas
Horas trabalhadas no mês: 100 horas

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

Podemos calcular a taxa de depreciação por meio de regra de três:

10.000 horas _______ 100%


100 horas __________ X

Taxa de depreciação = 1%

Método das unidades produzidas  o uso desse método resulta em


despesa baseada no uso ou produção esperados. Consiste em estipular a
taxa de depreciação tomando-se como base o número de unidades
produzidas em cada período. Para tanto, utiliza-se o seguinte critério:
estima-se a quantidade de unidades que o ativo produzirá durante o tempo
de vida útil do ativo. A taxa de depreciação do período será calculada
proporcionalmente à quantidade de unidades produzidas no respectivo
período. Vejamos um exemplo:

Ativo: máquina industrial


Capacidade máxima de produção: 100.000 unidades
Unidades produzidas no mês: 500 unidades

Podemos calcular a taxa de depreciação por meio de regra de três:

100.000 unidades _______ 100%


5000 unidades __________ X

Taxa de depreciação = 5%

Observações importantes:
(i) O método de depreciação utilizado reflete o padrão de consumo pela
entidade dos benefícios econômicos futuros.

(ii) O método de depreciação aplicado a um ativo deve ser revisado pelo


menos ao final de cada exercício e, se houver alteração significativa no
padrão de consumo previsto, o método de depreciação deve ser alterado
para refletir essa mudança.

(iii) A entidade seleciona o método que melhor reflita o padrão do consumo


dos benefícios econômicos futuros esperados incorporados no ativo. Esse
método é aplicado consistentemente entre períodos, a não ser que exista
alteração nesse padrão.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

(iv) A depreciação inicia a partir do mês que o ativo for instalado, ou


seja, a partir do mês que começar a operar. Assim, se um ativo for
adquirido em janeiro e começar a operar somente em março, a depreciação
desse ativo será iniciada em março.

(v) Quando a depreciação acumulada atingir 100% do valor depreciável do


ativo e estando o ativo em operação, não haverá mais contabilização de
depreciação, permanecendo na contabilidade pelo valor original. A conta
depreciação acumulada refletirá o valor depreciado, até que o bem seja
definitivamente baixado.

(vi) Não se depreciam:


 Terrenos, salvo em relação aos melhoramentos ou construções;
Segundo o MCASP, com algumas exceções, como as pedreiras e os locais
usados como aterro, os terrenos têm vida útil ilimitada e, portanto, não são
depreciados.

 Prédios ou construções não alugados nem utilizados pelo proprietário na


produção dos seus rendimentos ou destinados à revenda;
 Bens que normalmente aumentam de valor com o tempo, como obras
de arte e antiguidades;
 Bens para os quais seja registrada quota de exaustão;
 Bens de pequeno valor, caso em que devem ser contabilizados
diretamente em contas representativas de despesas ou custos;
 Bens cujo tempo de vida útil econômica seja inferior a um ano. Nesse
caso, também, o valor gasto será contabilizado diretamente em conta de
despesa operacional.

(vii) Em nenhuma hipótese o valor da conta depreciação acumulada


poderá ultrapassar o custo de aquisição.

(viii) Deve ser depreciado separadamente cada componente de um item


do ativo imobilizado com custo significativo em relação ao custo total do
item.

Segundo o MCASP, com relação aos bens que entrem em condições de uso
no decorrer do mês, existem duas alternativas para a realização da
depreciação desse mês:

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

a. A depreciação inicia-se no mês seguinte à colocação do bem em


condições de uso, não havendo para os bens da entidade, depreciação em
fração menor que um mês.

b. A taxa de depreciação do mês pode ser ajustada pro-rata em relação a


quantidade de dias corridos a partir da data que o bem se tornou disponível
para uso. Nesse caso, um bem disponível no dia 5, será depreciado em uma
função de 26/30 da taxa de depreciação mensal. Também é possível que
seja definida uma fração do mês para servir como referência. Como
exemplo desse segundo caso, poderia ser definido como fração mínima de
depreciação o período de 10 dias. Nesse caso, o mesmo bem, seria
depreciado em uma função de 20/30 da taxa de depreciação mensal.

Por fim, o MCASP ensina que, caso o bem a ser depreciado já tenha sido
usado anteriormente à sua posse pela Administração Pública, pode-se
estabelecer como novo prazo de vida útil para o bem:

a. Metade do tempo de vida útil dessa classe de bens;


b. Resultado de uma avaliação técnica que defina o tempo de vida útil pelo
qual o bem ainda poderá gerar benefícios para o ente; e
c. Restante do tempo de vida útil do bem, levando em consideração a
primeira instalação desse bem.

Registro Contábil da Depreciação (aplicável também à Exaustão e à


Amortização)

A VPD de depreciação (exaustão ou amortização) de cada período deve ser


reconhecida no resultado patrimonial em contrapartida a uma conta
retificadora do ativo. O registro contábil é o seguinte:

D – VPD Depreciação (exaustão ou amortização)


C – Depreciação, Exaustão e Amortização Acumuladas

Exaustão

Trata-se da alocação sistemática do valor exaurível de um


ativo ao longo da sua vida útil. É um processo semelhante à
depreciação, sendo aplicável às contas classificados no
imobilizado, representativas de direitos cujo objeto seja
recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa
exploração.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

O valor exaurível (sujeito à exaustão) corresponde ao valor do ativo


representativo de recurso mineral ou florestal diminuído do valor residual,
quando for o caso.

Exaustão de recursos minerais

A quota anual de exaustão poderá ser determinada com base no custo de


aquisição ou prospecção das seguintes formas:

(i) Em função do prazo de concessão

Ativo: mina de xisto betuminoso


Prazo de concessão: 10 anos
Taxa de exaustão: 100%/10 anos = 10% a.a.

(ii) Na relação entre o volume de produção do período e a possança


conhecida da mina

Nesse caso, obteremos a taxa anual de exaustão mediante a relação entre


o volume de minério extraído e a reserva potencial da mina (possança).

Ativo: mina de xisto betuminoso


Capacidade estimada da jazida (reserva): 500 toneladas
Extração do período (ano): 50 toneladas
Taxa de exaustão: 50/500 = 10% a.a.

Exemplo: De posse das seguintes informações, calcular a quota de


exaustão do período pelas duas formas acima apresentadas.

Valor contábil da mina: R$ 100.000,00


Possança estimada: 1.000 toneladas
Extração no período: 200 toneladas
Prazo de concessão: 10 anos

(i) Em função do prazo de concessão


Taxa: 100%/10 = 10% a.a.

Aplicando a taxa sobre o valor contábil, temos:


100.000,00 x 10% = 10.000,00

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

Contabilização: D – VPD de Exaustão


C – Exaustão Acumulada ______ 10.000,00

(ii) Relação volume de produção x possança estimada


Taxa: 200/1000 = 20% a.a.

Aplicando a taxa sobre o valor contábil, temos:


100.000,00 x 20% = 20.000,00

Contabilização: D – VPD de Exaustão


C – Exaustão Acumulada ______ 20.000,00

Exaustão de recursos florestais

Segue o mesmo raciocínio dos recursos minerais. Nesse caso, a base será
o valor das florestas. Para o cálculo da quota de exaustão, utilizamos o
critério que relaciona a extração do período com o volume total da floresta.

Amortização

A amortização é a alocação sistemática do valor amortizável de


ativo intangível ao longo da sua vida útil.

Nos termos da NBCT 16.9, amortização é a redução do valor


aplicado na aquisição de direitos de propriedade e quaisquer outros,
inclusive ativos intangíveis, com existência ou exercício de duração
limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou
contratualmente limitado.

Destaca-se que nem todos os bens do ativo intangível estão sujeitos à


amortização. Assim, o fator que determina a aplicação ou não da
amortização é a vida útil do intangível.

Ativo intangível com vida útil INDEFINIDA (ilimitada)  NÃO deve ser
amortizado.
Ativo intangível com vida útil DEFINIDA (limitada)  DEVE ser
amortizado.

Para os bens de vida útil indefinida aplica-se, no entanto, o teste de


recuperabilidade, ao final de cada exercício social.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

A amortização segue a mesma lógica de contabilização da depreciação,


porém de aplicabilidade nos bens imateriais.

Assim, segundo o MCASP, a entidade deve avaliar se a vida útil de ativo


intangível é definida ou indefinida e, no primeiro caso, a duração ou o
volume de produção ou unidades semelhantes que formam essa vida útil.

A entidade deve atribuir vida útil indefinida a um ativo intangível quando,


com base na análise de todos os fatores relevantes, não existe um limite
previsível para o período durante o qual o ativo deverá gerar fluxos de
caixa líquidos positivos, ou fornecer serviços para a entidade. O MCASP
destaca que o termo “indefinida” não significa “infinita”.

Fatores para Determinação da Vida Útil

A entidade deve considerar os seguintes fatores na determinação da vida


útil de um ativo intangível:

a. a utilização prevista de um ativo pela entidade e se o ativo pode ser


gerenciado eficientemente por outra equipe da administração;
b. os ciclos de vida típicos dos produtos do ativo e as informações públicas
sobre estimativas de vida útil de ativos semelhantes, utilizados de maneira
semelhante;
c. obsolescência técnica, tecnológica, comercial ou de outro tipo;
d. a estabilidade do setor em que o ativo opera e as mudanças na demanda
de mercado para produtos ou serviços gerados pelo ativo;
e. o nível dos gastos de manutenção requerido para obter os benefícios
econômicos futuros ou serviços potenciais do ativo e a capacidade de
intenção da entidade para atingir tal nível;
f. o período de controle sobre o ativo e os limites legais ou contratuais para
a sua utilização, tais como datas de vencimento dos
arrendamentos/locações relacionados; e
g. se a vida útil do ativo depende da vida útil de outros ativos da entidade.

Métodos de Amortização

Os métodos linear, da soma dos algarismos dos anos e das unidades


produzidas, estudados no tópico sobre depreciação, aplicam-se também
aos bens imateriais com vida útil definida.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

Observações:

(i) O valor amortizável de ativo intangível com vida útil definida deve ser
apropriado de forma sistemática ao longo de sua vida útil estimada.

(ii) A amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo


intangível estiver disponível para uso e deve cessar na data em que o ativo
é classificado como mantido para venda, ou, ainda, na data em que ele é
baixado, o que ocorrer primeiro.

(iii) O método de amortização utilizado deve refletir o padrão de consumo


pela entidade dos benefícios econômicos futuros. Se não for possível
determinar esse padrão com confiabilidade, deve ser utilizado o método
linear.

REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL (TESTE DE IMPAIRMENT)

Pessoal, quem já estudou Contabilidade Geral está vendo que a CASP está
muito alinhada ao que dispõe as Normas aplicáveis ao setor privado. Isso
é fruto do alinhamento da CASP aos padrões internacionais.

Veja que fica muito mais fácil estudar CASP após o estudo da Contabilidade
Geral. Praticamente tudo o que estamos estudando na aula de hoje é
abordado em termos muito próximos do que estudamos em Contabilidade
Geral.

Isso tem facilitado muito a nossa vida (tanto a minha como a sua). Quem
é mais da “antiga” sabe que estudar Contabilidade Pública a uns 10 anos
atrás era surreal kkkk.

Bem... agora chegou a hora de estudarmos o assunto “Redução ao Valor


Recuperável (Impairment). Basicamente o MCASP transcreve o mesmo teor
do CPC 01. Assim, para quem já estudou o CPC 01 em Contabilidade Geral
vai apenas revisar o assunto a seguir. Se você nunca ouviu falar em
Impairment não se preocupe, pois na sequência abordamos de forma
objetiva e focada aquilo que realmente importa para acertar as questões.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

Segundo o MCASP, redução ao valor recuperável (impairment) é a redução


nos benefícios econômicos futuros ou no potencial de serviços de um ativo,
que reflete um declínio na sua utilidade além do reconhecimento
sistemático por meio da depreciação.

O teste de recuperabilidade (impairment) consiste no confronto entre o


valor contábil de um ativo com seu valor recuperável.

O valor contábil é o montante pelo qual o ativo está reconhecido no


balanço depois da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou
exaustão acumulada e ajuste para perdas.

Segundo o MCASP, valor recuperável é o valor de mercado de um ativo


menos o custo para a sua alienação [valor líquido de venda], ou o valor
que a entidade do setor público espera recuperar pelo uso futuro desse
ativo nas suas operações, o que for maior [valor em uso].

O valor líquido de venda é o valor a ser obtido pela venda do ativo em uma transação em
condições normais envolvendo partes conhecedoras e independentes, deduzido das
despesas necessárias para que essa venda ocorra.

O valor em uso de um ativo é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados
(benefícios econômicos futuros esperados do ativo) decorrentes do seu emprego ou uso
nas operações da entidade.

O MCASP destaca que a execução de um teste de imparidade não deve


considerar como parâmetro único o valor de mercado, mas também o valor
em uso do ativo, pois a maioria dos ativos do setor público é mantida
continuamente para fornecer serviços ou bens públicos, sendo o seu valor
em uso provavelmente maior do que seu valor justo menos os custos de
alienação.

A entidade deve reconhecer uma perda por desvalorização de um ativo


no resultado do período apenas se o valor contábil desse ativo for
superior ao seu valor recuperável.

Se Valor Contábil > Valor Recuperável = Teste de Recuperabilidade

Nessa situação, a entidade deve reduzir o valor contábil do ativo ao seu


valor recuperável. A perda por desvalorização a ser reconhecida no
resultado do período é mensurada com base no montante em que o valor
contábil do ativo supera seu valor recuperável.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

A contabilização da perda é a seguinte:

D – Perda por desvalorização - teste de recuperabilidade (resultado)


C – Perda com teste de recuperabilidade (retificadora do Ativo).

Se, por outro lado, o ativo estiver registrado por valor inferior ao valor
recuperável, nenhuma providência deverá ser tomada pela entidade.

Existe a possibilidade de uma perda por desvalorização reconhecida em


período anterior para um ativo não mais existir ou ter diminuído. A
reversão da perda deve ser reconhecida no resultado do período.

O MCASP destaca que a redução ao valor recuperável pode ser aplicada


para ativo gerador de caixa (aquele mantido com o objetivo principal de
gerar retorno comercial), bem como a ativo não-gerador de caixa (aquele
mantido com o objetivo principal de prestar serviços). A maioria dos ativos
mantidos por entidades do setor público são ativos não-geradores de caixa.

Pessoal, tentei resumir o mais importante sobre o assunto.

Vejamos um “exemplo real”.

3. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRF4/2010) A Cia. Delfim Verde,


em obediência às normas brasileiras de contabilidade, fez, em 31/12/2009,
o teste de recuperabilidade (impairment test) do valor de uma máquina
utilizada na fabricação de seus produtos. Os dados abaixo foram
levantados pelo departamento de contabilidade da empresa (em R$):
Valor em uso da máquina .......................................... 620.000,00
Valor líquido de venda .............................................. 610.000,00
Custo de aquisição ................................................... 710.000,00
Depreciação Acumulada .............................................. 70.000,00
A companhia deve registrar uma perda no valor do ativo de R$
a) 100.000,00.
b) 90.000,00.
c) 10.000,00.
d) 30.000,00.
e) 20.000,00.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

Para resolvermos questões de teste de recuperabilidade podemos seguir a


seguinte lógica:

1º Passo: Calcular o valor contábil.


Assim, temos:
Valor Contábil = Valor de Aquisição – Depreciação – Ajuste para perdas
Valor Contábil = 710.000,00 – 70.000,00
Valor Contábil = 640.000,00

2º Passo: Verificar qual o valor recuperável.


Assim, temos:

Valor em uso = 620.000,00


Valor líquido de venda = 610.000,00
Valor Recuperável = 620.000,00 (maior entre os dois)

3º Passo: Comparar o valor contábil com o valor recuperável.


Se valor contábil > valor recuperável = efetuar ajuste
Caso contrário, nenhum ajuste é realizado.

Assim, temos:
Valor contábil (640.000,00) > Valor Recuperável (620.000,00)

Logo, devemos reconhecer uma perda no valor de 20.000,00.

Gabarito: E

Para aprofundar o conhecimento sobre o teste de recuperabilidade


recomendo você estudar a seguinte aula gratuita disponibilizada no blog:
http://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/cpcs-esquematizados-
resumidos-e-anotados-parte-ii/

Apesar de ser uma aula focada no CPC 01 (aplicável ao setor privado), na


essência a aplicabilidade da grande maioria dos dispositivos é válida para
o setor público.

REAVALIAÇÃO

Segundo o MCASP, diversos fatores podem fazer com que o valor contábil
de um ativo não corresponda ao seu valor justo. Assim, caso a entidade

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

adote esse método de mensuração após o reconhecimento inicial de uma


classe de ativo imobilizado ou intangível, é necessário que de tempos em
tempos esses bens passem por um processo visando adequar o seu valor
contábil.

Frequência das reavaliações

O MCASP informa que a frequência com que as reavaliações são realizadas


depende das mudanças dos valores justos dos itens do ativo que serão
reavaliados. Quando o valor justo de um ativo difere materialmente do seu
valor contábil registrado, exige-se nova reavaliação. Os itens do ativo que
sofrerem mudanças significativas no valor justo necessitam de reavaliação
anual. Tais reavaliações frequentes são desnecessárias para itens do ativo
que não sofrem mudanças significativas no valor justo. Em vez disso, pode
ser necessário reavaliar o item apenas a cada quatro anos.

As empresas estatais dependentes seguem normas específicas quanto à


reavaliação.

Reavaliação do Ativo Imobilizado

Segundo o MCASP, a entidade deve observar que, quando um item do ativo


imobilizado é reavaliado, a depreciação acumulada na data da reavaliação
deve ser eliminada contra o valor contábil bruto do ativo, atualizando-se o
seu valor líquido pelo valor reavaliado.

O valor do ajuste decorrente da atualização ou da eliminação da


depreciação acumulada faz parte do aumento ou da diminuição no valor
contábil registrado.

É importante salientar que se um item do ativo imobilizado for reavaliado,


é necessário que toda a classe de contas (Exemplo: terrenos, móveis e
utensílios, etc.) do ativo imobilizado à qual pertence esse ativo seja
reavaliada.

O MCASP informa que essa reavaliação simultânea ocorre para que seja
evitada a reavaliação seletiva de ativos e a divulgação de montantes nas
demonstrações contábeis que sejam uma combinação de valores em datas
diferentes.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

A reavaliação pode ser realizada através da elaboração de um laudo técnico


por perito ou entidade especializada, ou ainda através de relatório de
avaliação realizado por uma comissão de servidores.

O MCASP cita como exemplos de fontes de informações para a avaliação


do valor de um bem o valor do metro quadrado do imóvel em determinada
região, ou a tabela FIPE no caso dos veículos.

Caso seja impossível estabelecer o valor de mercado do ativo, pode-se


defini-lo com base em parâmetros de referência que considerem bens com
características, circunstâncias e localizações assemelhadas.

Reavaliação do Ativo Intangível

Segundo o MCASP, após o seu reconhecimento inicial, um ativo intangível


pode ser apresentado pelo seu valor reavaliado, correspondente ao seu
valor justo à data da reavaliação menos qualquer amortização acumulada.

O valor justo deve ser apurado em relação a um mercado ativo.

O método de reavaliação não permite:

a. a reavaliação de ativos intangíveis que não tenham sido previamente


reconhecidos como ativos;
b. o reconhecimento inicial de ativos intangíveis a valores diferentes do
custo.

Se um ativo intangível for reavaliado, a amortização acumulada na data da


reavaliação deve ser eliminada contra o valor contábil bruto do ativo,
atualizando-se o valor líquido pelo seu valor reavaliado.

Caso um ativo intangível em uma classe de ativos intangíveis não possa


ser reavaliado porque não existe mercado ativo para ele, este somente
pode ser mensurado pelo custo menos a amortização acumulada e a perda
por irrecuperabilidade.

Registro Contábil da Reavaliação de Ativos

O MCASP ressalta que, uma vez adotado o método da reavaliação, a mesma


não pode ser realizada de forma seletiva. Ou seja, deve-se avaliar, na data
das demonstrações contábeis, se há necessidade de se proceder à

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

reavaliação de todos os itens da mesma classe. Isso pode ensejar


aumentos ou diminuições de valores contábeis de ativos, já que o
método tem por principal referência o valor de mercado.

Nos termos do MCASP, a contabilização dos aumentos referentes à


reavaliação de ativos depende do nível de controle que cada ente possui
sobre seu patrimônio:

Controle patrimonial avançado  é possível a criação de uma reserva


de reavaliação no patrimônio líquido, prevista nas normas internacionais de
contabilidade do setor público.

Veja que essa sistemática é deferente do que ocorre na Contabilidade


Geral, em que a legislação societária não permite a reavaliação, inexistindo
atualmente a figura da reserva de reavaliação.

Inexistência de controle patrimonial adaptado para o registro da


reserva de reavaliação  o aumentos ou diminuições relativas à
reavaliação dos ativos podem ser reconhecidos diretamente no resultado
patrimonial do período.

Assim, se o valor contábil de uma classe do ativo aumentar em virtude de


reavaliação, esse aumento deve:

a. ser creditado diretamente à conta de reserva de reavaliação. No entanto,


o aumento deve ser reconhecido no resultado do período quando se tratar
da reversão de decréscimo por reavaliação do mesmo ativo anteriormente
reconhecido no resultado, ou

b. ser creditado diretamente à conta de resultado do período.

Se, por outro lado, o valor contábil de uma classe do ativo diminuir em
virtude de reavaliação, essa diminuição deve ser reconhecida no resultado
do período. Porém, se houver saldo de reserva de reavaliação, a diminuição
do ativo deve ser debitada diretamente à reserva de reavaliação até o limite
de qualquer saldo existente na reserva de reavaliação referente àquela
classe de ativo.

Os entes que reconhecerem a reavaliação de seus ativos em conta de


reserva no patrimônio líquido deverão baixar a reserva de reavaliação:

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

a. Pela baixa ou alienação do ativo.

b. Pelo uso. Nesse caso, parte da reserva é transferida enquanto o ativo é


usado pela entidade. O valor da reserva de reavaliação a ser baixado é a
diferença entre a depreciação baseada no valor contábil reavaliado do ativo
e a depreciação que teria sido reconhecida com base no custo histórico
original do ativo.

Nos casos em que o ente reconheceu o aumento relativo à reavaliação dos


seus ativos diretamente em conta de resultado, não haverá registros
posteriores.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

Questões Comentadas

4. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE-CE/2015) De acordo com a NBCT


16.10, para a mensuração do ativo imobilizado após o reconhecimento
inicial, salvo disposição legal contrária, a entidade deve escolher o modelo
de custo ou de
a) reavaliação como sua política contábil e deve aplicar tal política para
uma classe inteira de ativos imobilizados.
b) equivalência patrimonial como sua política contábil e deve aplicar tal
política para uma classe inteira de ativos imobilizados.
c) equivalência patrimonial como sua política contábil e deve aplicar tal
política para todos os ativos imobilizados.
d) reavaliação como sua política contábil e deve aplicar tal política para
todos os ativos imobilizados.
e) valor de liquidação como sua política contábil e deve aplicar tal política
para uma classe inteira de ativos imobilizados.

Segundo a NBC T 16.10,

35A. A entidade deve escolher o modelo de custo [...] ou o modelo de


reavaliação [...] como sua política contábil e deve aplicar tal política para
uma classe inteira de ativos imobilizados, salvo disposição legal contrária.

Gabarito: A

5. (FCC/Analista/Contabilidade/CNMP/2015) Determinada autarquia


pública pretende realizar a depreciação de um bem pelo método das quotas
constantes. Valor contábil do bem R$ 20.000,00; foi determinado o valor
residual de R$ 4.000,00; a vida útil do bem é de cinco anos. Assim, o valor
depreciável e o valor da depreciação anual, são, em reais, respectivamente,
a) 20.000,00 e 4.000,00.
b) 16.000,00 e 4.000,00.
c) 18.000,00 e 3.600,00.
d) 16.800,00 e 3.200,00.
e) 16.000,00 e 3.200,00.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

Efetuando os cálculos, temos:

Valor Contábil 20.000,00


(-) Valor Residual (4.000,00)
(=) Valor Depreciável 16.000,00

Depreciação anual = 16.000,00/5 anos  3.200,00

Gabarito: E

6. (FCC/Auditor Fiscal de Controle Externo/TCE-PI/2014) Considere as


informações sobre um equipamento de medicina diagnóstica adquirido por
um governo municipal para ser usado por um hospital da Administração
direta municipal:

02/01/X1: Empenho da despesa referente à aquisição do equipamento por


R$ 250.000,00.
10/01/X1: Entrega do equipamento pelo fornecedor e liquidação da
despesa.
14/01/X1: Empenho da despesa referente à instalação do equipamento por
R$ 20.000,00.
01/02/X1: Instalação do equipamento pelo prestador de serviços e
liquidação da despesa.
01/02/X1: O equipamento foi colocado em condições de uso e começou a
ser utilizado pelo Hospital Municipal. Nesta mesma data, a vida útil
estimada do ativo foi de dez anos e seu valor residual de R$ 30.000,00.
20/05/X1: Empenho da despesa com Outros Serviços de Terceiros −
Pessoa Jurídica no valor de R$ 7.250,00 referente à manutenção preventiva
do equipamento.
01/07/X1: O serviço de manutenção foi prestado e houve a liquidação da
despesa com Outros Serviços de Terceiros − Pessoa Jurídica.
Para cálculo da depreciação, a prefeitura utiliza o método das quotas
constantes. Sabe-se que, com a manutenção preventiva, NÃO ocorreram
alterações na estimativa de vida útil e valor residual e NÃO houve a geração
de benefícios econômicos futuros ou potenciais de serviços. Com base
nestas informações, em 31/07X1, o valor líquido contábil do equipamento
era, em reais,
a) 239.000,00.
b) 258.000,00.
c) 228.000,00.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 47 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

d) 265.100,00.
e) 256.000,00.

A primeira providência nesse tipo de questão é identificar o valor contábil


(bruto).

Aquisição do equipamento 250.000,00


(+) Instalação do equipamento 20.000,00
(=) Valor Contábil 270.000,00

Agora, podemos efetuar o cálculo da depreciação para chegarmos ao valor


contábil líquido:

Valor Contábil 270.000,00


(-) Valor Residual (30.000,00)
(=) Valor Depreciável 240.000,00

Depreciação anual = 240.000,00/10 anos  24.000,00


Depreciação mensal = 2.000,00

Da data em que o equipamento entrou em uso (01/02/X1) até a data em


que a banca solicita o valor (31/07/X1) temos 6 meses. Assim, a
depreciação do período é de 12.000,00 (6 x 2.000,00).

Logo, o valor contábil líquido é:

Valor Contábil Bruto 270.000,00


(-) Depreciação do período (12.000,00)
(=) Valor Contábil Líquido 258.000,00

Gabarito: B

7. (FCC/Técnico Judiciário/TRF3/Contabilidade/2014) Em 01/11/2013, um


órgão do Poder Judiciário colocou em uso um veículo adquirido em
28/10/2013 por R$ 57.600,00 (preço à vista). Em 01/11/2013, a vida útil
do veículo foi estimada em 6 anos e seu valor residual era R$ 7.200,00.
Considerando que é utilizado o método de depreciação por quotas
constantes, o valor líquido contábil do veículo em 31/12/2013 era, em R$,
igual a
a) 49.000,00.
b) 56.200,00.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 48 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

c) 56.900,00.
d) 56.400,00.
e) 55.600,00.

Efetuando os cálculos, temos:

Valor Contábil 57.600,00


(-) Valor Residual (7.200,00)
(=) Valor Depreciável 50.400,00

Depreciação anual = 50.400,00/6 anos  8.400,00


Depreciação mensal = 700,00 (8.400,00/12)

Da data em que o equipamento entrou em uso (01/11/13) até a data em


que a banca solicita o valor (31/12/13) temos 2 meses. Assim, a
depreciação do período é de 1.400,00 (2 x 700,00).

Logo, o valor contábil líquido é:

Valor Contábil Bruto 57.600,00


(-) Depreciação do período (1.400,00)
(=) Valor Contábil Líquido 56.200,00

Gabarito: B

8. (FCC/Analista Judiciário/Contadoria/TRF3/2014) Em 20/09/2012, um


órgão do Poder Judiciário Federal empenhou despesa no valor de R$
50.000,00 referente à aquisição de um veículo para ser utilizado em suas
atividades. Em 01/10/2012, o veículo foi entregue pelo fornecedor e
colocado em uso pelo órgão público e, nesta mesma data, a vida útil do
veículo e o seu valor residual foram estimados, respectivamente, em 5 anos
e R$ 6.800,00. Em 01/10/2013, houve a liquidação da despesa no valor de
R$ 400,00 referente à revisão periódica do veículo, gasto este que NÃO
gerou benefícios econômicos futuros ou potenciais de serviços. Com base
nestas informações e considerando que a entidade utiliza o método de
depreciação por quotas constantes, a variação patrimonial diminutiva
relativa a este veículo no exercício financeiro de 2013 foi, em R$, igual a
a) 10.800,00.
b) 10.400,00.
c) 8.640,00.
d) 12.500,00.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 49 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

e) 9.040,00.

Efetuando os cálculos, temos:

Valor Contábil 50.000,00


(-) Valor Residual (6.800,00)
(=) Valor Depreciável 43.200,00

Depreciação anual = 43.200,00/5 anos  8.640,00

A banca solicita o valor reconhecido como VPD em 2013. Assim, temos a


VPD referente à depreciação do período (8.640,00). Além disso, temos a
VPD reconhecida em decorrência da revisão do veículo no valor de 400,00.

Logo, o total de VPDs reconhecidas em 2013 foi de 9.040,00.

Gabarito: E

9. (CESPE/BACEN/Analista/Área 5/2013) A contabilidade pública não


registra os atos administrativos, assim entendidos os procedimentos que
não provocam alteração qualitativa ou quantitativa na composição do
patrimônio público.

Conforme estudamos, tanto os atos como os fatos contábeis devem ser


alvo de registro pela CASP.

Gabarito: Errado

10. (CESPE/Analista Legislativo/Técnico em Material e Patrimônio/Câmara


dos Deputados/2012) Com base nas normas brasileiras de contabilidade
aplicadas ao setor público, julgue o próximo item, referente à avaliação dos
componentes patrimoniais.

Para a avaliação de estoques, deve-se adotar o valor de mercado caso este


seja inferior ao valor de aquisição do bem.

Segundo o MCASP e a NBC T 16.10, os estoques são mensurados ou


avaliados com base no valor de aquisição/produção/construção ou
valor realizável líquido, dos dois o menor.

Gabarito: Certo

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 50 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

11. (CESPE/Analista Legislativo/Técnico em Material e Patrimônio/Câmara


dos Deputados/2012) Com base nas normas brasileiras de contabilidade
aplicadas ao setor público, julgue o próximo item, referente à avaliação dos
componentes patrimoniais.

Resíduos e refugos de estoques devem ser mensurados com base no valor


realizável líquido caso não haja critério de mensuração mais adequado.

Trata-se de exigência literal do disposto na NBC T 16.10,

18. Os resíduos e refugos serão valorizados, na falta de critério mais


adequado, pelo valor realizável líquido.

Portanto, o item apenas reproduz o que estabelece a NBC T 16.10.

Gabarito: Certo

12. (CESPE/Contador/FUB/2015) Considerando que os bens que compõem


o patrimônio público sejam submetidos aos procedimentos contábeis
patrimoniais exigidos pelo Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor
Público (MCASP), julgue o item subsecutivo.

Os terrenos de propriedade da UnB não se sujeitam ao processo de


depreciação.

Segundo a NBC T 16.9, não estão sujeitos ao regime de depreciação:

(a) bens móveis de natureza cultural, tais como obras de artes,


antigüidades, documentos, bens com interesse histórico, bens integrados
em coleções, entre outros;
(b) bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos,
considerados tecnicamente, de vida útil indeterminada;
(c) animais que se destinam à exposição e à preservação;
(d) terrenos rurais e urbanos.

Gabarito: Certo

13. (CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/ANTAQ/2014) Com


relação às variações patrimoniais e à mensuração de ativos e passivos,
julgue o item a seguir.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 51 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

Se determinado órgão público tiver de registrar a amortização de parte de


seus bens, o valor da parcela a ser amortizada deve ser registrado no
resultado como decréscimo patrimonial, e, no balanço patrimonial,
representada em conta redutora do respectivo ativo.

Conforme estudamos, a contabilização da depreciação, amortização e


exaustão envolve o reconhecimento de uma VPA em contrapartida de uma
conta redutora do ativo, conforme lançamento abaixo:

D – VPD Depreciação (exaustão ou amortização)


C – Depreciação, Exaustão e Amortização Acumuladas

Gabarito: Certo

14. (CESPE/Analista Administrativo/ANAC/2012) Considerando as


orientações constantes das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas
ao Setor Público (NBCASP), editadas pelo Conselho Federal de
Contabilidade (CFC), e normatização correlata, em âmbito nacional e
internacional, julgue o item que se segue.

O ente público está obrigado a calcular e contabilizar a depreciação dos


bens tangíveis, podendo aplicar, para tal, os métodos das somas dos dígitos
ou das unidades produzidas.

O erro do item está em generalizar, ou seja, segundo o item todos os bens


tangíveis são alvo de depreciação, o que não é verdade. Segundo a NBC T
16.9, não estão sujeitos ao regime de depreciação:

a) bens móveis de natureza cultural, tais como obras de artes,


antiguidades, documentos, bens com interesse histórico, bens integrados
em coleções, entre outros;
b) bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos,
considerados tecnicamente, de vida útil indeterminada;
c) animais que se destinam à exposição e à preservação;
d) terrenos rurais e urbanos.

Gabarito: Errado

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 52 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

15. (CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/ANTT/2013) Com


relação às normas contábeis específicas aplicáveis ao setor público para as
demonstrações contábeis, julgue o próximo item.

A redução do valor recuperável de um ativo ou passivo corresponde à


reavaliação de elementos patrimoniais para torná-lo compatível com o valor
justo.

Segundo a NBC T 16.10,

Redução ao valor recuperável (impairment): é a redução nos benefícios


econômicos futuros ou no potencial de serviços de um ativo que reflete o
declínio na sua utilidade, além do reconhecimento sistemático por meio da
depreciação.

Reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes


para bens do ativo, quando esse for superior ao valor líquido contábil.

Logo, verifica-se que redução ao valor recuperável e reavaliação são termos


que não se confundem.

Gabarito: Errado

16. (CESPE/Analista Judiciário/TRT10/Contabilidade/2013) Acerca do


registro contábil e das peculiaridades das contas que compõem a
contabilidade pública, julgue o item a seguir.

Não transitarão pelo resultado os acréscimos ou decréscimos do valor do


ativo em decorrência, respectivamente, de reavaliação ou de ajuste ao
valor recuperável (impairment).

Segundo a NBC T 16.10, os acréscimos ou os decréscimos do valor do ativo


em decorrência, respectivamente, de reavaliação ou redução ao valor
recuperável (impairment) devem ser registrados em contas de
resultado.

Gabarito: Errado

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 53 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

17. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT8/2016) Em relação aos


conceitos de contabilidade pública, assinale a opção correta.
a) Valor residual consiste na redução do valor aplicado na aquisição de
direitos com existência ou exercício de duração limitada.
b) Amortização corresponde ao período de tempo definido ou estimado
tecnicamente, durante o qual se espera obter fluxos de benefícios futuros
de uma provisão.
c) Valor líquido contábil é o valor do bem registrado na contabilidade,
deduzido da correspondente depreciação, amortização ou exaustão
acumulada.
d) Amortização é a redução do valor dos bens tangíveis devido a seu
desgaste, decorrente de uso ou ação da natureza, ou à perda de utilidade
por obsolescência.
e) Depreciação corresponde ao montante líquido que a entidade espera
obter, com razoável segurança, por meio de um ativo no fim de sua vida
útil econômica.

Vamos analisar as assertivas.

a. Errado. O item traz a definição de amortização. Conforme estudamos,


o valor residual é o montante líquido que a entidade espera, com razoável
segurança, obter por um ativo no fim de sua vida útil econômica, deduzidos
os gastos esperados para sua alienação.

b. Errado. O item traz a definição de vida útil econômica.

c. Certo. De fato, valor líquido contábil é o valor do bem registrado na


contabilidade, deduzido da correspondente depreciação, amortização ou
exaustão acumulada.

d. Errado. O item traz a definição de depreciação.

e. Errado. O item traz a definição de valor residual.

Gabarito: C

18. (CESPE/Analista Judiciário/Administrativa/TRT8/2016) Acerca dos


procedimentos de reavaliação, redução ao valor recuperável (impairment)
e depreciação, assinale a opção correta, de acordo com o MCASP.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 54 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

a) A perda por irrecuperabilidade do ativo deve ser reconhecida em conta


de ajustes de exercícios anteriores, no patrimônio líquido.
b) No setor público, o procedimento de redução a valor recuperável é
aplicado exclusivamente para os ativos não geradores de caixa.
c) O procedimento contábil da depreciação não deve ser aplicado quando
o ativo se tornar ocioso ou for retirado de uso.
d) Caso a entidade faça a opção pelo procedimento da reavaliação, esta
deverá ser efetuada anualmente, mesmo que os itens do ativo não venham
a sofrer mudanças significativas no valor justo.
e) A depreciação acumulada deve ser eliminada contra o valor contábil
bruto no item do ativo a ser reavaliado.

Vamos analisar as assertivas.

a. Errado. Conforme estudamos, o registro da perda por irrecuperabilidade


envolve um lançamento a crédito de uma conta redutora de ativo e um
lançamento a débito de uma variação patrimonial diminutiva.

D – Perda por desvalorização - teste de recuperabilidade (resultado)


C – Perda com teste de recuperabilidade (retificadora do Ativo).

b. Errado. O MCASP destaca que a redução ao valor recuperável pode ser


aplicada para ativo gerador de caixa (aquele mantido com o objetivo
principal de gerar retorno comercial), bem como a ativo não-gerador de
caixa (aquele mantido com o objetivo principal de prestar serviços). A
maioria dos ativos mantidos por entidades do setor público são ativos não-
geradores de caixa.

c. Errado. Conforme estudamos, a depreciação cessa quando o ativo é


baixado. No entanto, não cessa quando o ativo se torna ocioso ou é
retirado de uso.

d. Errado. Nos termos do MCASP,

A frequência com que as reavaliações são realizadas depende das


mudanças dos valores justos dos itens do ativo que serão reavaliados.
Quando o valor justo de um ativo difere materialmente do seu valor contábil
registrado, exige-se nova reavaliação. Os itens do ativo que sofrerem
mudanças significativas no valor justo necessitam de reavaliação
anual. Tais reavaliações frequentes são desnecessárias para itens
do ativo que não sofrem mudanças significativas no valor justo. Em
vez disso, pode ser necessário reavaliar o item apenas a cada quatro anos.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 55 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

e. Certo. Nos termos do MCASP,

A entidade deve observar que, quando um item do ativo imobilizado é


reavaliado, a depreciação acumulada na data da reavaliação deve ser
eliminada contra o valor contábil bruto do ativo, atualizando-se o seu valor
líquido pelo valor reavaliado.

Gabarito: E

19. (CESPE/Contador/DPU/2016) A respeito da convergência das normas


brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público às normas
internacionais, julgue o item a seguir.

A dedução do valor do terreno, onde se localiza a edificação, da base de


cálculo é condição para registrar a depreciação do prédio de vida útil
determinada, tombado e de uso exclusivo da entidade pública,
diferentemente dos bens semoventes que foram alocados no grupo de
preservação, que não são depreciados.

Segundo o MCASP, terrenos e edifícios são ativos separáveis e são


contabilizados separadamente, mesmo quando sejam adquiridos
conjuntamente. Com algumas exceções, como as pedreiras e os locais
usados como aterro, os terrenos têm vida útil ilimitada e, portanto, não são
depreciados. Os edifícios têm vida útil limitada e por isso são ativos
depreciáveis.

Logo, o item está certo ao afirmar que a dedução do valor do terreno, onde
se localiza a edificação, da base de cálculo é condição para registrar a
depreciação do prédio de vida útil determinada, tombado e de uso exclusivo
da entidade pública.

Além disso, nos termos da NBC T 16.9, não estão sujeitos ao regime de
depreciação:

(a) bens móveis de natureza cultural, tais como obras de artes,


antiguidades, documentos, bens com interesse histórico, bens integrados
em coleções, entre outros;

(b) bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos,


considerados tecnicamente, de vida útil indeterminada;

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 56 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

(c) animais que se destinam à exposição e à preservação;

(d) terrenos rurais e urbanos.

Logo, os bens semoventes que foram alocados no grupo de preservação,


realmente não são depreciados.

Gabarito: Certo

20. (CESPE/Analista Legislativo/Consultor de Orçamento e Fiscalização


Financeira/Câmara de Deputados/2014) A respeito das particularidades do
novo modelo de contabilidade aplicado ao setor público e do disposto nas
normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público, julgue o
item a seguir.

A capacidade de geração de benefícios futuros é um dos fatores a serem


considerados para que seja estimada a vida útil econômica dos animais que
se destinem à exposição e à preservação.

Tendo em vista que os animais que se destinam à exposição e à


preservação não estão sujeitos à depreciação, conforme orienta a NBC T
16.9, não há que se falar em estimativa de vida útil econômica desses
ativos.

Gabarito: Errado

21. (CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/ANTT/2013) A


respeito dos demonstrativos contábeis e registros previstos nas Normas
Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, na Lei n.º
4.320/1964 e na Lei de Responsabilidade Fiscal, julgue o item que se segue.

O registro da depreciação no setor público constitui variação patrimonial


diminutiva no exercício da sua contabilização, evidenciando redução do
ativo em função da depreciação acumulada.

Perfeito! Conforme estudamos, a contabilização da depreciação,


amortização e exaustão envolve o reconhecimento de uma VPA em
contrapartida de uma conta redutora do ativo, conforme lançamento
abaixo:

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 57 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

D – VPD Depreciação (exaustão ou amortização)


C – Depreciação, Exaustão e Amortização Acumuladas

Gabarito: Certo

22. (CESPE/Técnico/BACEN/2013) No que tange à função administração


patrimonial, julgue o item seguinte.

Segundo o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público divulgado em


2012, os elementos do ativo imobilizado com vida útil econômica ilimitada
sujeitam-se à depreciação, amortização ou exaustão sistemática.

Os ativos com vida útil ilimitada não são depreciados. Apenas se há vida
útil limitada depreciamos.

Gabarito: Errado

23. (CESPE/Inspetor de Controle Externo/TCE-RN/2015) Com relação à


contabilidade pública, julgue o item que se segue.

A reavaliação de ativos possibilita tanto o aumento quanto a diminuição de


patrimônio, ao passo que o teste de recuperabilidade de ativos, vinculado
a reconhecimento de perda, permite apenas a redução do patrimônio.

O valor reavaliado corresponde ao valor justo do ativo à data da reavaliação


menos qualquer depreciação, amortização ou exaustão acumulada. Como
o valor justo pode estar acima ou abaixo do valor contábil, a reavaliação
possibilita tanto o aumento quanto a diminuição de patrimônio.

O MCASP ressalta que, uma vez adotado o método da reavaliação, a mesma


não pode ser realizada de forma seletiva. Ou seja, deve-se avaliar, na data
das demonstrações contábeis, se há necessidade de se proceder à
reavaliação de todos os itens da mesma classe. Isso pode ensejar
aumentos ou diminuições de valores contábeis de ativos, já que o
método tem por principal referência o valor de mercado.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 58 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

Já o teste de impairment somente afeta o valor contábil para baixo, pois


não existe “ganho por irrecuperabilidade”, mas apenas perda por
irrecuperabilidade.

Gabarito: Certo

24. (CESPE/Contador/FUB/2015) Considerando que os bens que compõem


o patrimônio público sejam submetidos aos procedimentos contábeis
patrimoniais exigidos pelo Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor
Público (MCASP), julgue o item subsecutivo.

A perda por irrecuperabilidade de um ativo reconhecida pelo ente público


em anos anteriores pode ser reduzida, caso haja o ressurgimento da
necessidade de serviços fornecidos por esse ativo.

Segundo o MCASP, a entidade deve avaliar na data de encerramento das


demonstrações contábeis se há alguma indicação, com base nas fontes
externas e internas de informação, de que uma perda por
irrecuperabilidade reconhecida em anos anteriores deva ser reduzida ou
eliminada. O registro será a reversão de uma perda por irrecuperabilidade.

Gabarito: Certo

25. (CESPE/Contador/FUB/2015) Considerando que os bens que compõem


o patrimônio público sejam submetidos aos procedimentos contábeis
patrimoniais exigidos pelo Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor
Público (MCASP), julgue o item subsecutivo.

O processo de reavaliação dos bens móveis do setor público pode ser


efetuado por meio de relatório de avaliação realizado por uma comissão de
servidores.

Segundo o MCASP, a reavaliação pode ser realizada através da elaboração


de um laudo técnico por perito ou entidade especializada, ou ainda através
de relatório de avaliação realizado por uma comissão de servidores. O laudo
técnico ou relatório de avaliação conterá ao menos as seguintes
informações:

Gabarito: Certo

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 59 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

26. (CESPE/Contador/FUB/2015) Julgue o item subsequente, relativo aos


procedimentos contábeis de mensuração de ativos e passivos que devem
ser efetuados pela UnB.

Mesmo que sejam atendidos os critérios de reconhecimento de ativos, o


gasto realizado na geração interna de um ativo intangível deve ser
reconhecido como variação patrimonial diminutiva.

Segundo o MCASP, o custo de ativo intangível gerado internamente que se


qualifica para o reconhecimento contábil se restringe à soma dos gastos
incorridos a partir da data em que o ativo intangível atende os critérios de
reconhecimento. Não é permitida a reintegração de gastos anteriormente
reconhecidos como variação patrimonial diminutiva.

Gabarito: Errado

27. (CESPE/Auditor Governamental/CGE PI/2015) Com relação à


mensuração de ativos e passivos em entidades públicas, julgue o item
seguinte.

Caso não seja possível, eventualmente, a valoração dos ativos intangíveis


obtidos a título gratuito, eles não deverão ser evidenciados.

Segundo o MCASP, o critério de mensuração ou avaliação dos ativos


intangíveis obtidos a título gratuito e a eventual impossibilidade de sua
valoração devem ser evidenciados em notas explicativas.

Gabarito: Errado

28. (CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/ANTAQ/2014) Com


relação às variações patrimoniais e à mensuração de ativos e passivos,
julgue o item a seguir.

O valor de reposição de um ativo depreciado pode ser estabelecido por


referência ao seu preço de compra ou de construção, sendo vedada a
comparação com ativos semelhantes ou similares de características
diversas.

Segundo a NBCT 16.10, o valor de reposição de um ativo depreciado pode


ser estabelecido por referência ao preço de compra ou construção de
um ativo semelhante com similar potencial de serviço.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 60 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

Logo, não há essa vedação exposta no item.

Gabarito: Errado

29. (CESPE/Contador/CADE/2014) Acerca de ativos e passivos na


contabilidade pública, julgue o próximo item.

Os bens incorpóreos destinados à manutenção da atividade de órgão


público são mensurados ou avaliados com base no valor de aquisição ou de
produção, deduzido do valor da cota de amortização acumulada. Em função
do teste de impairment, o valor contábil desses bens pode ser reduzido,
mas não aumentado.

Segundo a NBC T 16.10, os direitos que tenham por objeto bens


incorpóreos destinados à manutenção da atividade pública ou exercidos
com essa finalidade são mensurados ou avaliados com base no valor de
aquisição ou de produção.

Além disso, realmente após o teste de impairment o ativo somente pode


ser diminuído (pelo reconhecimento da perda), mas nunca aumentado (não
existe “ganho por impairment”).

Gabarito: Certo

30. (CESPE/Auditor de Controle Externo/Ciências Contábeis/TCE-RO/


2013) Julgue o item que se segue, relativo aos procedimentos contábeis
patrimoniais previstos no MCASP.

Quando um ativo imobilizado estiver sendo operado a uma capacidade


inferior à sua capacidade total, tais custos devem ser incluídos em seu valor
contábil.

Conforme estudamos, o reconhecimento dos custos no valor contábil de um


item do ativo imobilizado cessa quando o item está no local e nas condições
operacionais pretendidas pela administração. Portanto, os custos incorridos
no uso ou na transferência ou reinstalação de um item não são incluídos
no seu valor contábil, como, por exemplo, os custos incorridos
durante o período em que o ativo ainda não está sendo utilizado ou
está sendo operado a uma capacidade inferior à sua capacidade
total.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 61 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

Gabarito: Errado

31. (CESPE/Contador/MJ/2013) Acerca das demonstrações contábeis e dos


registros aplicados ao setor público, julgue o item que se segue.

Na avaliação dos elementos patrimoniais, os bens de almoxarifado deverão


ser evidenciados pelo valor justo, sendo custo ou mercado, optando-se pelo
maior.

Corrigindo o item, temos:

Na avaliação dos elementos patrimoniais, os bens de almoxarifado deverão


ser evidenciados pelo preço médio ponderado das compras.

Gabarito: Errado

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 62 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

RESUMO DA AULA

TRANSAÇÕES NO SETOR PÚBLICO


PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS PATRIMONIAIS (MCASP Parte II)

MENSURAÇÃO DE ATIVOS E PASSIVOS

 Mensuração é o processo que consiste em determinar os valores pelos quais os elementos das
demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e apresentados nas demonstrações contábeis.

 As DISPONIBILIDADES são mensuradas ou avaliadas pelo valor original, feita a conversão, quando
em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do Balanço Patrimonial.

 As APLICAÇÕES FINANCEIRAS DE LIQUIDEZ IMEDIATA são mensuradas ou avaliadas pelo valor original,
atualizadas até a data do Balanço Patrimonial. As atualizações apuradas são contabilizadas em contas
de resultado.

 DIREITOS, TÍTULOS DE CRÉDITOS E OBRIGAÇÕES são mensurados ou avaliados pelo valor original, feita
a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do Balanço
Patrimonial.Quando prefixados: ajustados a valor presente. Quando pósfixados: ajustados
considerando-se todos os encargos incorridos até o encerramento do balanço. Atualizações\ajustes
apurados vão para contas de resultado.

 ESTOQUES  Mensurados com base no valor de aquisição/produção/construção ou valor


realizável líquido, dos dois o menor. O método para mensuração e avaliação das saídas dos
estoques é o custo médio ponderado, conforme o art. 106 da Lei 4.320/64.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 63 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

 IMOBILIZADO  Reconhecido inicialmente com base no valor de aquisição, produção ou construção;


Quando os elementos do ativo imobilizado tiverem vida útil econômica limitada, ficam sujeitos à
depreciação ou exaustão sistemática.
 Ativos do imobilizado obtidos a título gratuito, devem ser registrados pelo valor justo na data
de sua aquisição.
 Após o reconhecimento inicial, a entidade detentora do ativo deve optar entre valorá-lo pelo
modelo do custo ou da reavaliação.
PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS PATRIMONIAIS (MCASP Parte II)

 O custo de um item do imobilizado deve ser reconhecido como ativo sempre que for provável que
benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços associados ao item fluirão para a entidade; e se o
custo ou valor justo do item puder ser mensurado com segurança. Partindo dessa premissa, o item do
imobilizado deve ter uma base monetária confiável.

 Partes sobressalentes principais e equipamentos em espera se qualificam como ativo imobilizado quando
a entidade espera usá-los durante mais de um período. Também são reconhecidos como ativo imobilizado
as peças sobressalentes e equipamentos para manutenção usados somente em conexão com um item do
imobilizado.

 Custos Subsequentes
A entidade não reconhece no valor contábil de um item do ativo imobilizado os custos da manutenção
periódica do item (por exemplo: custos de mão-de-obra, produtos consumíveis). Portanto, esses custos
são reconhecidos no resultado do exercício quando incorridos. A finalidade desses gastos é reparo e
manutenção de item do ativo imobilizado.

A entidade deve reconhecer no valor contábil de um item do ativo imobilizado o custo da reposição de
parte desse item quando o custo é incorrido, sempre que houver uma melhoria ou adição complementar
significativa no bem e se o custo puder ser mensurado com segurança. Além disso, o valor contábil das
peças que são substituídas deve ser baixado.

Assim, os gastos posteriores à aquisição ou ao registro de elemento do ativo imobilizado devem ser
incorporados ao valor desse ativo quando houver possibilidade de geração de benefícios econômicos
futuros ou potenciais de serviços.

Qualquer outro gasto que não gere benefícios futuros deve ser reconhecido como variação patrimonial
diminutiva do período em que seja incorrido.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 64 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02
PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS PATRIMONIAIS (MCASP Parte II)

 Os elementos do custo de um ativo imobilizado compreendem:


c. Seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e tributos não recuperáveis sobre a
compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos;
d. Quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição necessários para o
mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração;

Pode-se citar alguns exemplos de custos diretamente atribuíveis:


e. Custos de pessoal decorrentes diretamente da construção ou aquisição de item do ativo imobilizado;
f. Custos de preparação do local;
g. Custos de frete e manuseio (para recebimento e instalação); e
h. Honorários profissionais.

Por outro lado, não se consideram custo de um item do ativo imobilizado os custos administrativos e
outros custos indiretos.

 O reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do ativo imobilizado cessa quando o item está
no local e nas condições operacionais pretendidas pela administração. Portanto, os custos incorridos no
uso ou na transferência ou reinstalação de um item não são incluídos no seu valor contábil, como, por
exemplo, os custos incorridos durante o período em que o ativo ainda não está sendo utilizado ou está
sendo operado a uma capacidade inferior à sua capacidade total.

 INVESTIMENTOS PERMANENTES  As participações em empresas e em consórcios públicos ou público-


privados em que a administração tenha influência significativa devem ser mensuradas ou avaliadas pelo
método da equivalência patrimonial. O método da equivalência patrimonial será utilizado para os
investimentos em coligadas ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo
grupo ou estejam sob controle comum.

 As demais participações devem ser mensuradas ou avaliadas de acordo com o custo de aquisição. Pelo
método do custo, o investimento é registrado no ativo permanente a preço de custo. A entidade
investidora somente reconhece o rendimento na medida em que receber as distribuições de lucros do
item investido. As distribuições provenientes de rendimentos sobre investimentos do ativo permanente
são reconhecidas como receita patrimonial. Os ajustes apurados são contabilizados em contas de
resultado.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 65 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

 INTANGÍVEL  Os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da
atividade pública ou exercidos com essa finalidade são mensurados ou avaliados com base no valor de
aquisição ou de produção, deduzido do saldo da respectiva conta de amortização acumulada e do
montante acumulado de quaisquer perdas do valor que hajam sofrido ao longo de sua vida útil por
redução ao valor recuperável (impairment).

 O reconhecimento inicial de um ativo intangível pode ocorrer de três formas:


a. Aquisição separada;
b. Geração interna; e
c. Aquisição por meio de transações sem contraprestação.
PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS PATRIMONIAIS (MCASP Parte II)

 Aquisição Separada
O custo de ativo intangível adquirido separadamente inclui:
a. seu preço de compra, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a
compra, após deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; e
b. qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo para a finalidade proposta.

São exemplos de custos diretamente atribuíveis:


a. custos de pessoal incorridos diretamente para que o ativo fique em condições operacionais (de uso ou
funcionamento);
b. honorários profissionais diretamente relacionados para que o ativo fique em condições operacionais;
c. custos com testes para verificar se o ativo está funcionando adequadamente.

São exemplos de gastos que não fazem parte do custo de ativo intangível:
a. gastos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades
promocionais);
b. gastos da transferência das atividades para novo local (incluindo custos de treinamento); e
c. gastos administrativos e outros indiretos.

Exemplos de atividades de pesquisa:


a. Atividades destinadas à obtenção de novo conhecimento;
b. Busca, avaliação e seleção final das aplicações dos resultados de pesquisa ou outros conhecimentos;
c. Busca de alternativas para materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços; e
d. Formulação, projeto, avaliação e seleção final de alternativas possíveis para materiais, dispositivos,
produtos, processos, sistemas ou serviços novos ou aperfeiçoados.

Exemplos de atividades de desenvolvimento:


a. Projeto, construção e teste de protótipos e modelos pré-produção ou pré-utilização;
b. Projeto de ferramentas, gabaritos, moldes e matrizes que envolvam nova tecnologia;
c. Projeto, construção e operação de fábrica-piloto, desde que já não esteja em escala economicamente
viável para produção comercial ou fornecimento de serviços; e
d. Projeto, construção e teste da alternativa escolhida de materiais, dispositivos, produtos, processos,
sistemas e serviços novos ou aperfeiçoados; e
e. Custos relacionados à websites e desenvolvimento de softwares.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 66 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02


PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS PATRIMONIAIS (MCASP Parte II)

Custo de ativo intangível gerado internamente


O custo de ativo intangível gerado internamente que se qualifica para o reconhecimento contábil se
restringe à soma dos gastos incorridos a partir da data em que o ativo intangível atende os critérios de
reconhecimento. Não é permitida a reintegração de gastos anteriormente reconhecidos como variação
patrimonial diminutiva.

Os gastos subsequentes de projeto de pesquisa e desenvolvimento em andamento, adquiridos


separadamente e reconhecidos como ativo intangível, devem ser reconhecidos da seguinte forma:
a. Gastos de pesquisa: como variação patrimonial diminutiva (VPD) quando incorridos;
b. Gastos de desenvolvimento que não atendem aos critérios de reconhecimento: como variação
patrimonial diminutiva (VPD), quando incorridos;
c. Gastos de desenvolvimento em conformidade com referidos critérios de reconhecimento:
adicionados ao valor contábil do projeto de pesquisa ou desenvolvimento em andamento adquirido.

 Aquisição por meio de Transações sem Contraprestação


Um ativo intangível pode ser adquirido por meio de transações sem contraprestação. Isso pode ocorrer
quando outra entidade do setor público transfere ativos intangíveis a outra entidade em uma transação
sem contraprestação, como direito de aterrissagem em aeroporto, licenças para operação de estações de
rádio ou de televisão, etc.
Os custos incorridos que sejam diretamente atribuídos à preparação do ativo para o uso pretendido
devem ser acrescidos ao valor de registro inicial.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 67 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

Lista das questões apresentadas na aula

1. (VUNESP/Analista Organizacional /Ciências Contábeis/PRODEST/2014)


Os atos e os fatos que promovem alterações qualitativas ou quantitativas,
efetivas ou potenciais, no patrimônio das entidades do setor público, as
quais são objeto de registro contábil em estrita observância aos Princípios
de Contabilidade e às Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao
Setor Público, são denominados de Transações no setor público. Nesse
contexto, as transações do setor público são classificadas por natureza.

A classificação correspondente às transações originadas de fatos que


afetam o patrimônio público, em decorrência, ou não, da execução de
orçamento, podendo provocar alterações qualitativas ou quantitativas,
efetivas ou potenciais, é denominada de natureza
a) Financeira e de capital.
b) Econômica-social.
c) Corrente e de capital.
d) Econômica-financeira.
e) Financeira e operacional.

2. (CESPE/Perito/Contabilidade/MPU/2010) Com base nos princípios


fundamentais de contabilidade, julgue o item subsequente.

Um conglomerado econômico-financeiro, constituído pela soma dos


patrimônios dos entes que o compõem, não constitui entidade contábil.

3. (CESGRANRIO/Analista/Contabilidade/Casa da Moeda do Brasil/2012) O


princípio fundamental da Contabilidade que preceitua que o tratamento
destinado à pessoa jurídica da empresa deve ser distinto das pessoas físicas
e/ou jurídicas de seus proprietários é o princípio da
(A) competência
(B) continuidade
(C) prudência
(D) oportunidade
(E) entidade

4. (FGV/Auditor da Receita Estadual-AP/2010) O princípio contábil que


influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o
vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da entidade
tem prazo determinado, previsto ou previsível é:

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 68 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

a) o princípio da prudência.
b) o princípio da continuidade.
c) o princípio da oportunidade.
d) o princípio da atualização monetária.
e) o princípio da competência.

5. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE-CE/2015) De acordo com a NBCT


16.10, para a mensuração do ativo imobilizado após o reconhecimento
inicial, salvo disposição legal contrária, a entidade deve escolher o modelo
de custo ou de
a) reavaliação como sua política contábil e deve aplicar tal política para
uma classe inteira de ativos imobilizados.
b) equivalência patrimonial como sua política contábil e deve aplicar tal
política para uma classe inteira de ativos imobilizados.
c) equivalência patrimonial como sua política contábil e deve aplicar tal
política para todos os ativos imobilizados.
d) reavaliação como sua política contábil e deve aplicar tal política para
todos os ativos imobilizados.
e) valor de liquidação como sua política contábil e deve aplicar tal política
para uma classe inteira de ativos imobilizados.

6. (FCC/Analista/Contabilidade/CNMP/2015) Determinada autarquia


pública pretende realizar a depreciação de um bem pelo método das quotas
constantes. Valor contábil do bem R$ 20.000,00; foi determinado o valor
residual de R$ 4.000,00; a vida útil do bem é de cinco anos. Assim, o valor
depreciável e o valor da depreciação anual, são, em reais, respectivamente,
a) 20.000,00 e 4.000,00.
b) 16.000,00 e 4.000,00.
c) 18.000,00 e 3.600,00.
d) 16.800,00 e 3.200,00.
e) 16.000,00 e 3.200,00.

7. (FCC/Auditor Fiscal de Controle Externo/TCE-PI/2014) Considere as


informações sobre um equipamento de medicina diagnóstica adquirido por
um governo municipal para ser usado por um hospital da Administração
direta municipal:

02/01/X1: Empenho da despesa referente à aquisição do equipamento por


R$ 250.000,00.
10/01/X1: Entrega do equipamento pelo fornecedor e liquidação da
despesa.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 69 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

14/01/X1: Empenho da despesa referente à instalação do equipamento por


R$ 20.000,00.
01/02/X1: Instalação do equipamento pelo prestador de serviços e
liquidação da despesa.
01/02/X1: O equipamento foi colocado em condições de uso e começou a
ser utilizado pelo Hospital Municipal. Nesta mesma data, a vida útil
estimada do ativo foi de dez anos e seu valor residual de R$ 30.000,00.
20/05/X1: Empenho da despesa com Outros Serviços de Terceiros −
Pessoa Jurídica no valor de R$ 7.250,00 referente à manutenção preventiva
do equipamento.
01/07/X1: O serviço de manutenção foi prestado e houve a liquidação da
despesa com Outros Serviços de Terceiros − Pessoa Jurídica.
Para cálculo da depreciação, a prefeitura utiliza o método das quotas
constantes. Sabe-se que, com a manutenção preventiva, NÃO ocorreram
alterações na estimativa de vida útil e valor residual e NÃO houve a geração
de benefícios econômicos futuros ou potenciais de serviços. Com base
nestas informações, em 31/07X1, o valor líquido contábil do equipamento
era, em reais,
a) 239.000,00.
b) 258.000,00.
c) 228.000,00.
d) 265.100,00.
e) 256.000,00.

8. (FCC/Técnico Judiciário/TRF3/Contabilidade/2014) Em 01/11/2013, um


órgão do Poder Judiciário colocou em uso um veículo adquirido em
28/10/2013 por R$ 57.600,00 (preço à vista). Em 01/11/2013, a vida útil
do veículo foi estimada em 6 anos e seu valor residual era R$ 7.200,00.
Considerando que é utilizado o método de depreciação por quotas
constantes, o valor líquido contábil do veículo em 31/12/2013 era, em R$,
igual a
a) 49.000,00.
b) 56.200,00.
c) 56.900,00.
d) 56.400,00.
e) 55.600,00.

9. (FCC/Analista Judiciário/Contadoria/TRF3/2014) Em 20/09/2012, um


órgão do Poder Judiciário Federal empenhou despesa no valor de R$
50.000,00 referente à aquisição de um veículo para ser utilizado em suas
atividades. Em 01/10/2012, o veículo foi entregue pelo fornecedor e

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 70 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

colocado em uso pelo órgão público e, nesta mesma data, a vida útil do
veículo e o seu valor residual foram estimados, respectivamente, em 5 anos
e R$ 6.800,00. Em 01/10/2013, houve a liquidação da despesa no valor de
R$ 400,00 referente à revisão periódica do veículo, gasto este que NÃO
gerou benefícios econômicos futuros ou potenciais de serviços. Com base
nestas informações e considerando que a entidade utiliza o método de
depreciação por quotas constantes, a variação patrimonial diminutiva
relativa a este veículo no exercício financeiro de 2013 foi, em R$, igual a
a) 10.800,00.
b) 10.400,00.
c) 8.640,00.
d) 12.500,00.
e) 9.040,00.

10. (CESPE/Contador/DPU/2016) A respeito da convergência das normas


brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público às normas
internacionais, julgue o item a seguir.

Como método para mensuração e avaliação das saídas de estoques no setor


público, utiliza-se o método do PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair) ou
o do custo médio ponderado.

11. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRF4/2010) A Cia. Delfim


Verde, em obediência às normas brasileiras de contabilidade, fez, em
31/12/2009, o teste de recuperabilidade (impairment test) do valor de uma
máquina utilizada na fabricação de seus produtos. Os dados abaixo foram
levantados pelo departamento de contabilidade da empresa (em R$):
Valor em uso da máquina .......................................... 620.000,00
Valor líquido de venda .............................................. 610.000,00
Custo de aquisição ................................................... 710.000,00
Depreciação Acumulada .............................................. 70.000,00
A companhia deve registrar uma perda no valor do ativo de R$
a) 100.000,00.
b) 90.000,00.
c) 10.000,00.
d) 30.000,00.
e) 20.000,00.

12. (CESPE/Contador/DPU/2016) Uma vez ajustados formalmente os


valores dos componentes patrimoniais, é possível reconhecer os efeitos da
alteração do poder aquisitivo da moeda nacional nos registros contábeis.
Nesse sentido, julgue o item seguinte, acerca de atualização monetária.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 71 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

Se um ente público utiliza um índice de inflação acumulado de determinado


período para corrigir a expressão formal do valor original de seus
componentes patrimoniais, então esse ente reconhece contabilmente uma
nova avaliação, de modo a atender ao princípio do registro pelo valor
original.

13. (CESPE/Contador/DPU/2016) A respeito dos eventos personificados


como regulares pela ciência contábil aplicada ao setor público, julgue o item
a seguir.

De acordo com o princípio da prudência, presume-se cautela para evitar


que o grau variável das incertezas contribua para diminuir a confiabilidade
do processo de mensuração e de apresentação dos controles estruturados
contra fraudes nos registros patrimoniais.

14. (CESPE/Analista Judiciário/TRE-MT/Contabilidade/2015) Assinale a


opção correta acerca dos princípios de contabilidade aplicados ao setor
público.
a) Em atendimento ao princípio do registro pelo valor original, o registro
dos componentes patrimoniais deve basear-se em seu custo histórico.
b) O princípio da entidade se afirma para o ente público pela identificação
do patrimônio existente em cada entidade governamental.
c) Para atender ao princípio da oportunidade, as variações patrimoniais
devem ser reconhecidas em sua totalidade, mesmo que as formalidades
legais para sua ocorrência não sejam cumpridas.
d) Para atender ao princípio da continuidade, uma entidade pública,
independentemente da destinação social do seu patrimônio, deverá
continuar em operação mesmo após o término da sua finalidade.
e) Segundo o princípio da prudência, na aplicação de procedimentos de
mensuração devem ser considerados valores que causem o menor impacto
possível no patrimônio da entidade pública.

15. (CESPE/Auditor de Controle Externo/TCDF/2014) A aplicação do


princípio da entidade é indistinguível no âmbito das instituições públicas e
das organizações do setor privado.

16. (CESPE/Auditor de Controle Externo/TCDF/2014) A relação entre


confiabilidade e oportunidade da informação contábil é a base principal para
a aplicação do princípio do registro pelo valor.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 72 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

17. (CESPE/Contador/UnB/2015) Ao efetuar o registro dos atos e fatos


contábeis com base no valor justo, a UnB mantém o valor original dos seus
componentes patrimoniais.

18. (CESPE/Contador/UnB/2015) No que concerne à classificação das


transações e ao sistema de custos no âmbito da UnB, julgue o item
subsecutivo.

Na geração de informação de custo, a UnB deve adotar obrigatoriamente o


princípio contábil da competência, devendo realizar ajustes quando algum
registro for efetuado de forma diferente.

19. (CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/ANTAQ/2014)


Considerando os princípios de contabilidade no setor público, julgue o item
subsequente.

As bases de mensuração do valor original pelo custo histórico ou pela


variação desse custo histórico devem ser utilizadas em graus distintos e
combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas.

20. (CESPE/BACEN/Analista/Área 5/2013) A contabilidade pública não


registra os atos administrativos, assim entendidos os procedimentos que
não provocam alteração qualitativa ou quantitativa na composição do
patrimônio público.

21. (CESPE/Analista Legislativo/Técnico em Material e Patrimônio/Câmara


dos Deputados/2012) Com base nas normas brasileiras de contabilidade
aplicadas ao setor público, julgue o próximo item, referente à avaliação dos
componentes patrimoniais.

Para a avaliação de estoques, deve-se adotar o valor de mercado caso este


seja inferior ao valor de aquisição do bem.

22. (CESPE/Analista Legislativo/Técnico em Material e Patrimônio/Câmara


dos Deputados/2012) Com base nas normas brasileiras de contabilidade
aplicadas ao setor público, julgue o próximo item, referente à avaliação dos
componentes patrimoniais.

Resíduos e refugos de estoques devem ser mensurados com base no valor


realizável líquido caso não haja critério de mensuração mais adequado.

23. (CESPE/Contador/FUB/2015) Considerando que os bens que compõem


o patrimônio público sejam submetidos aos procedimentos contábeis

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 73 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

patrimoniais exigidos pelo Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor


Público (MCASP), julgue o item subsecutivo.

Os terrenos de propriedade da UnB não se sujeitam ao processo de


depreciação.

24. (CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/ANTAQ/2014) Com


relação às variações patrimoniais e à mensuração de ativos e passivos,
julgue o item a seguir.

Se determinado órgão público tiver de registrar a amortização de parte de


seus bens, o valor da parcela a ser amortizada deve ser registrado no
resultado como decréscimo patrimonial, e, no balanço patrimonial,
representada em conta redutora do respectivo ativo.

25. (CESPE/Analista Administrativo/ANAC/2012) Considerando as


orientações constantes das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas
ao Setor Público (NBCASP), editadas pelo Conselho Federal de
Contabilidade (CFC), e normatização correlata, em âmbito nacional e
internacional, julgue o item que se segue.

O ente público está obrigado a calcular e contabilizar a depreciação dos


bens tangíveis, podendo aplicar, para tal, os métodos das somas dos dígitos
ou das unidades produzidas.

26. (CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/ANTT/2013) Com


relação às normas contábeis específicas aplicáveis ao setor público para as
demonstrações contábeis, julgue o próximo item.

A redução do valor recuperável de um ativo ou passivo corresponde à


reavaliação de elementos patrimoniais para torná-lo compatível com o valor
justo.

27. (CESPE/Analista Judiciário/TRT10/Contabilidade/2013) Acerca do


registro contábil e das peculiaridades das contas que compõem a
contabilidade pública, julgue o item a seguir.

Não transitarão pelo resultado os acréscimos ou decréscimos do valor do


ativo em decorrência, respectivamente, de reavaliação ou de ajuste ao
valor recuperável (impairment).

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 74 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

28. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT8/2016) Em relação aos


conceitos de contabilidade pública, assinale a opção correta.
a) Valor residual consiste na redução do valor aplicado na aquisição de
direitos com existência ou exercício de duração limitada.
b) Amortização corresponde ao período de tempo definido ou estimado
tecnicamente, durante o qual se espera obter fluxos de benefícios futuros
de uma provisão.
c) Valor líquido contábil é o valor do bem registrado na contabilidade,
deduzido da correspondente depreciação, amortização ou exaustão
acumulada.
d) Amortização é a redução do valor dos bens tangíveis devido a seu
desgaste, decorrente de uso ou ação da natureza, ou à perda de utilidade
por obsolescência.
e) Depreciação corresponde ao montante líquido que a entidade espera
obter, com razoável segurança, por meio de um ativo no fim de sua vida
útil econômica.

29. (CESPE/Analista Judiciário/Administrativa/TRT8/2016) Acerca dos


procedimentos de reavaliação, redução ao valor recuperável (impairment)
e depreciação, assinale a opção correta, de acordo com o MCASP.
a) A perda por irrecuperabilidade do ativo deve ser reconhecida em conta
de ajustes de exercícios anteriores, no patrimônio líquido.
b) No setor público, o procedimento de redução a valor recuperável é
aplicado exclusivamente para os ativos não geradores de caixa.
c) O procedimento contábil da depreciação não deve ser aplicado quando
o ativo se tornar ocioso ou for retirado de uso.
d) Caso a entidade faça a opção pelo procedimento da reavaliação, esta
deverá ser efetuada anualmente, mesmo que os itens do ativo não venham
a sofrer mudanças significativas no valor justo.
e) A depreciação acumulada deve ser eliminada contra o valor contábil
bruto no item do ativo a ser reavaliado.

30. (CESPE/Contador/DPU/2016) A respeito da convergência das normas


brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público às normas
internacionais, julgue o item a seguir.

A dedução do valor do terreno, onde se localiza a edificação, da base de


cálculo é condição para registrar a depreciação do prédio de vida útil
determinada, tombado e de uso exclusivo da entidade pública,
diferentemente dos bens semoventes que foram alocados no grupo de
preservação, que não são depreciados.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 75 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

31. (CESPE/Analista Legislativo/Consultor de Orçamento e Fiscalização


Financeira/Câmara de Deputados/2014) A respeito das particularidades do
novo modelo de contabilidade aplicado ao setor público e do disposto nas
normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público, julgue o
item a seguir.

A capacidade de geração de benefícios futuros é um dos fatores a serem


considerados para que seja estimada a vida útil econômica dos animais que
se destinem à exposição e à preservação.

32. (CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/ANTT/2013) A


respeito dos demonstrativos contábeis e registros previstos nas Normas
Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, na Lei n.º
4.320/1964 e na Lei de Responsabilidade Fiscal, julgue o item que se segue.

O registro da depreciação no setor público constitui variação patrimonial


diminutiva no exercício da sua contabilização, evidenciando redução do
ativo em função da depreciação acumulada.

33. (CESPE/Técnico/BACEN/2013) No que tange à função administração


patrimonial, julgue o item seguinte.

Segundo o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público divulgado em


2012, os elementos do ativo imobilizado com vida útil econômica ilimitada
sujeitam-se à depreciação, amortização ou exaustão sistemática.

34. (CESPE/Inspetor de Controle Externo/TCE-RN/2015) Com relação à


contabilidade pública, julgue o item que se segue.

A reavaliação de ativos possibilita tanto o aumento quanto a diminuição de


patrimônio, ao passo que o teste de recuperabilidade de ativos, vinculado
a reconhecimento de perda, permite apenas a redução do patrimônio.

35. (CESPE/Contador/FUB/2015) Considerando que os bens que compõem


o patrimônio público sejam submetidos aos procedimentos contábeis
patrimoniais exigidos pelo Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor
Público (MCASP), julgue o item subsecutivo.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 76 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

A perda por irrecuperabilidade de um ativo reconhecida pelo ente público


em anos anteriores pode ser reduzida, caso haja o ressurgimento da
necessidade de serviços fornecidos por esse ativo.

36. (CESPE/Contador/FUB/2015) Considerando que os bens que compõem


o patrimônio público sejam submetidos aos procedimentos contábeis
patrimoniais exigidos pelo Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor
Público (MCASP), julgue o item subsecutivo.

O processo de reavaliação dos bens móveis do setor público pode ser


efetuado por meio de relatório de avaliação realizado por uma comissão de
servidores.

37. (CESPE/Contador/FUB/2015) Julgue o item subsequente, relativo aos


procedimentos contábeis de mensuração de ativos e passivos que devem
ser efetuados pela UnB.

Mesmo que sejam atendidos os critérios de reconhecimento de ativos, o


gasto realizado na geração interna de um ativo intangível deve ser
reconhecido como variação patrimonial diminutiva.

38. (CESPE/Auditor Governamental/CGE PI/2015) Com relação à


mensuração de ativos e passivos em entidades públicas, julgue o item
seguinte.

Caso não seja possível, eventualmente, a valoração dos ativos intangíveis


obtidos a título gratuito, eles não deverão ser evidenciados.

39. (CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/ANTAQ/2014) Com


relação às variações patrimoniais e à mensuração de ativos e passivos,
julgue o item a seguir.

O valor de reposição de um ativo depreciado pode ser estabelecido por


referência ao seu preço de compra ou de construção, sendo vedada a
comparação com ativos semelhantes ou similares de características
diversas.

40. (CESPE/Contador/CADE/2014) Acerca de ativos e passivos na


contabilidade pública, julgue o próximo item.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 77 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

Os bens incorpóreos destinados à manutenção da atividade de órgão


público são mensurados ou avaliados com base no valor de aquisição ou de
produção, deduzido do valor da cota de amortização acumulada. Em função
do teste de impairment, o valor contábil desses bens pode ser reduzido,
mas não aumentado.

41. (CESPE/Auditor de Controle Externo/Ciências Contábeis/TCE-RO/


2013) Julgue o item que se segue, relativo aos procedimentos contábeis
patrimoniais previstos no MCASP.

Quando um ativo imobilizado estiver sendo operado a uma capacidade


inferior à sua capacidade total, tais custos devem ser incluídos em seu valor
contábil.

42. (CESPE/Contador/MJ/2013) Acerca das demonstrações contábeis e dos


registros aplicados ao setor público, julgue o item que se segue.

Na avaliação dos elementos patrimoniais, os bens de almoxarifado deverão


ser evidenciados pelo valor justo, sendo custo ou mercado, optando-se pelo
maior.

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 78 de 79

56842783534 - Bruna
# Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Exame CFC 2018.1 #
Aula 02

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.
D C E B C D C C E D
11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20.
D E E E E E C C E C
21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30.
C C E C C C C E E E
31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40.
C E C E C E C C C E
41. 42. 43. 44. 45.
E E C E E

Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 79 de 79

56842783534 - Bruna

Você também pode gostar