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Avaliação Do Modulo - Estudo de Caso

1) O paciente apresenta sintomas depressivos há 3 anos e sintomas cognitivos progressivos, levantando suspeita de doença neurodegenerativa; 2) Foram realizados exames neurológicos e aplicados testes neuropsicológicos para avaliar diferentes domínios cognitivos e descartar outras hipóteses; 3) A história familiar sugere risco genético para doenças neurodegenerativas.

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Avaliação Do Modulo - Estudo de Caso

1) O paciente apresenta sintomas depressivos há 3 anos e sintomas cognitivos progressivos, levantando suspeita de doença neurodegenerativa; 2) Foram realizados exames neurológicos e aplicados testes neuropsicológicos para avaliar diferentes domínios cognitivos e descartar outras hipóteses; 3) A história familiar sugere risco genético para doenças neurodegenerativas.

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Estudo de caso

Parte 1

Queixa: CCG, 64 anos, classe econômica média baixa, ensino médio completo, casado,
uma filha e atualmente trabalha como porteiro.
O paciente foi encaminhado para a avaliação neuropsicológica por insistência da esposa.
Segundo ela, C iniciou com sintomas depressivos, como humor rebaixado, falta de
interesse em atividades que gostava anteriormente e surgimento de irritabilidade há pelo
menos nos últimos 3 anos. Embora alguns sintomas emocionais (irritabilidade e tristeza)
e pensamentos negativos tenham diminuído em frequência e intensidade, a esposa
relatou piora progressiva de sintomas cognitivos e comportamentais ao longo desse
tempo. Ela observava que o marido estava menos vaidoso do que costumava ser,
significativamente mais quieto, ficava mais tempo imóvel, com facilidade para se
distrair e com diminuição da libido. Outras alterações incluíam apatia, falta de iniciativa
para realizar atividades rotineiras, rigidez cognitiva, anosognosia (falta de consciência
em relação à própria doença) e dificuldade em compreender aspectos pragmáticos da
linguagem (uso social e contextualizado da linguagem). Contudo, não havia queixas de
agressividade física ou verbal ou impulsividade. Ela relatou ainda que insistiu muito
com o psiquiatra do marido para ele fosse encaminhado para avaliação, pois acreditava
que seus sintomas não eram decorrentes da depressão.

1) Qual é a hipótese diagnóstica?

2) Qual seria o plano de avaliação?


Dados da anamnese
Parte 2

Segundo a esposa, CG sempre foi um homem inteligente, bem infirmado, comunicativo,


vaidoso e gostava de sair para passear e de escrever poesias. Há pelo menos 15 anos,
quando C tinha 50 anos, começou a frequentar festas, consumir bebida alcoólica em
excesso, e acumular dívidas, o que fazia com grande frequência. Nesse tempo eles se
separaram, reatando após dez anos, quando ele não apresentava mais esses
comportamentos. Quando ele tinha 61 anos, começou a apresentar humor deprimido,
anedonia, diminuição da fala, distração, abulia (incapacidade de tomar decisão) e
ideação suicida.
Nesse tempo iniciou tratamento para transtorno depressivo maior, com psiquiatra e
psicólogo. No entanto, os sintomas cognitivos foram se intensificando. Nos seis meses
antes da avaliação, C confundiu o prédio em que mora e vestiu a roupa do neto de 10
anos sem perceber. A empatia, a avolia (falta de vontade de fazer as coisas) e a abulia
estavam se acentuando, sendo que o paciente precisava de orientação e supervisão para
tudo. Estava negligenciando os cuidados consigo mesmo e começava a apresentar
alguns comportamentos repetitivos, como virar o tapete sem motivo aparente e guardar
objetos, mesmo que estavam sendo utilizados por alguém. Algumas vezes apresentou
dificuldade para amarrar seu sapato, por apresentar tremores nas extremidades
superiores, e também tinha alteração da marcha.
De acordo com as informantes, em alguns momentos ele apresentava dificuldade para
entender piadas, ironias ou metáforas. A neta informou que ele falava de forma
desconexa, sem contexto, dormia muito, repetia perguntas diversas vezes, não gostava
de mudanças na rotina, gaguejava e se irritava quando tinha muitas pessoas em casa. A
esposa afirmou que o marido não tinha noção dos sintomas que apresentava.
Afastado do trabalho, sob licença e já não era deixado sozinho.
Medicação no momento da avaliação. – bupropiona, pimozida, clobazan, carbonato de
lítio, e biperideno.
Nos últimos 3 anos utilizou fluoxetina, venlafaxina, sertralina, escitalopran, imipramina,
flurazepam, alprazolan, clonazepan e metilfenidato. Não houve mudança com a
medicação.
Avaliação neurológica não apresentou alterações.
Histórico médico – hepatite C inativa, tabagismo por 40 anos e fistula anal que
necessitou de 3 intervenções. Os sintomas depressivos surgiram após 1 mês da primeira
cirurgia. (situação orgânica possível gatilho do quadro depressivo). A mãe do paciente
tinha doença de Parkinson, Alzheimer e aterosclerose. A irmã teve episódios de
alucinação auditiva e visual por um período. A avo e o tio apresentaram histórico de
esquecimento.

Dados de observação geral – estava quieto e apático, demostrou atenção e esforço para
realizar as tarefas.

3) Outras hipóteses?
4) Quais construtos devem ser avaliados?
Procedimentos
Parte 3

Foram realizadas 8 sessões, de 60 minutos.


Os dados foram coletados com os informantes mais próximos, mãe e neta, utilizando-se
também de escalas de rastreio (queixa parecia pouco específica). Verificação do
diagnóstico de transtornos depressivo maior
Maioria das queixas estavam relacionadas a alterações comportamentais (isolamento,
negligência com os cuidados pessoais e comportamentos repetitivos) e à linguagem
(fala pouco, dificuldade de compressão, mudanças bruscas de assunto). Por esse motivo
foram realizadas tarefas que examinassem a compreensão auditiva, os processamentos
pragmático-inferencial e léxico-semântico, a fluência verbal, o span auditivo, a
linguagem oral e escrita. Avaliou-se a percepção, atenção, memória e funções
executivas. Observando possíveis prejuízos, utilizou-se testes de avaliação da praxia
visuoconstrutiva, planejamento e memória visual.

5) Qual a conclusão do grupo em relação ao caso (até aqui)?

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