22/08/2014
Narrativa e Estética Egípcia
A ETERNIDADE
FORMAÇÃO DA SOCIEDADE EGÍPCIA
Cultura egípcia desenvolveu-se no decorrer do 4° milênio
a. C.
Grupos humanos que se estabeleceram a margem do rio
Nilo. organizaram-se em pequenas comunidades políticas
chamados de NOMOS.
Os Nomos, liderados por um chefe sacerdote,
espalhavam-se entre o alto e baixo Nilo.
Por volta de 4000 a.C ocorreu um processo de unificação
que resultou na formação dos reinos do Norte e Sul.
Em 3200 a.C. O Chefe do Norte, Menés, unificou os dois
reinos , tornando-se o primeiro faraó.
Processo de formação do império – Associado a formação
de um sistema de deuses que unia e ordenava todos os
fenômenos cósmicos e terrenos;
A relação entre deuses e homens era assegurada pelo
Faraó que era ao mesmo tempo deus e homem;
1
22/08/2014
CONFIGURAÇÃO DAS DINASTIAS
Unificação feita por MENÉS - iniciou-se a
história política do Egito
Foram vinte e seis dinastias que
permaneceram por mais de um milênio
no governo.
Antigo império ( 2.778 – 2.200 a.C. )
Médio Império (2.133 – 1786 a. C. )
Novo império (1550 – 1070 a. C. )
Faraó considerado um ser divino que exercia
completo domínio sobre seu povo e que ao partir
desse mundo , voltava para junto dos deuses dos
quais viera
Faraó – poder máximo, sendo considerado a
encarnação do próprio Deus Horus (filho de Isis e
Osíris) – possuía poderes ilimitados. Mesmo
quando os sacerdotes e nobre governavam,
faziam isso em nome do Faraó.
2
22/08/2014
SOCIEDADE EGÍPCIA
Sacerdotes e nobres: posição
privilegiada, viviam as expensas do
Estado. Davam suporte ao governo
que era teocrático ( ou seja
governado pelos deuses
representados pelo Faraó; O poder
sacerdotal era imenso - cultura e
arte a serviço da religião.
Escribas: ocuparam importantes
cargos na administração como
magistrados, contabilistas e
inspetores.
Camponeses: sujeitos a pesados
impostos e a vários serviços;
Artesãos: trabalhavam nas
oficinas dos reis, dos templos e
dos nobres
Escravos: serviços domésticos,
agrícolas, trabalho nas minas e
pedreiras
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Politeístas: religião que prega a existência de vários
Deuses
Crença na imortalidade da Alma
Os egípcios acreditavam que o corpo tinha que ser
preservado a fim de que a alma pudesse continuar
vivendo no além , por isso, impediam a desintegração do
cadáver – embalsamar e enfaixar em tiras de panos;
Preservar o corpo não era o bastante. Éra necessário que
uma imagem do faraó fosse preservada , para garantir
que ele continuaria vivo para sempre.
Os artistas esculpiam a imagem do faraó que era
colocado na tumba, onde ninguém a via, a fim de aí
exercer sua magia e ajudar a alma a manter-se viva na
imagem e através dela.
Nome egípcio para designar escultor era “ aquele que
mantem vivo”
3
22/08/2014
CABEÇA DE UM PRINCIPE. C. 2600 A. C.
CALCÁRIO. CÁIRO, MUSEU EGÍPCIO.
CABEÇA, 2551 – 2528 A. C. CALCÁRIO - OBJETO
ENCONTRADO EM UM TÚMULO EM GIZÉ
4
22/08/2014
ARTE EGIPCIA: ESCULTURAS E ADORNOS DE
PAREDES????
Inicialmente os ritos eram reservados aos
monarcas. Posteriormente nobres da casa real
passaram a ter seus túmulos menores
agrupados em fila ao redor do túmulo real.
Arte deveria ser vista apenas pela alma do
morto, não tinham finalidade de provocar
deleite. Se destinava a “Manter vivo”
ARQUITETURA
5
22/08/2014
ARQUITETURA
Monumentos funerários e religiosos
Características principais:
Dimensões grandiosas, simplicidade das
formas, aspectos maciço e pesado
Sistema construtivo estático de peso e
sustentação
Solidez e durabilidade;
Sentimento de eternidade;
Aspecto misterioso e impenetrável
MONUMENTOS FUNERÁRIOS
Mastabas
Pirâmides
Hipogeus
6
22/08/2014
MASTABAS
Túmulo de base retangular de forma
trapezoidal recoberto de tijolos ou pedra.
Compunham-se de:
Capela, local do culto e das oferendas;
Serdab, local onde era guardada a
estátua do morto;
Câmara sepulcral, onde se depositava a
múmia;
ESTRUTURA DA MASTABA
1– poço
2- câmara
sepulcral
3 – sarcófago
4 – capela
5 - mesa de
oferendas
6 - Serdab
7 – Estátua
7
22/08/2014
Mastaba em Gizé
PIRÂMIDES
Pirâmides: túmulos reais ( as maiores e
mais conhecidas estão situadas no
planalto de Gizé)
8
22/08/2014
Pirâmides dos Faraós Queops, Quefrem e Miquerinos com 148, 126
e 60 metros de altura respectivamente - Pertencentes a quarta
dinastia
Pirâmide de Sacara feita pelo arquiteto Inhotep
Construída em c. 2750 a.C. em Sacara/ Egito para o faraó Djoser.
Altura: 61 m Base: 122 x 107 m
material: rocha
9
22/08/2014
PIRÂMIDE DE MEIDUM
HIPOGEUS
Túmulos escavados na rocha. Contem
galerias, corredores e salas mobiliadas
até a câmara sepulcral. Criadas para
dificultar a localização da múmia do
Faraó.
10
22/08/2014
TEMPLO DE LUXOR ( MONUMENTO
RELIGIOSO)
Templos eram as morada dos deuses
Templo de Abu Simbell, na baixa Núbia ( Séc. XII a.C) obras de
Ramisés
11
22/08/2014
COLUNAS
Os arquitetos egípcios criaram vários tipos de
coluna.
Constituídas de três parte distinta:
Base - suporte inferior sob qual se assenta;
Fuste - corpo propriamente da coluna
Capitel: parte superior para sustentar o peso da
estrutura do teto.
Os três elementos variam de acordo com o
estilo das colunas: protodórica, lotiforme,
campaniforme e a hatórica.
COLUNA
Protodórica - não
possui base e seu
capitel é formado
por um suporte
quadrangular. O
fuste apresenta
geralmente
caneluras. É a mais
antiga
12
22/08/2014
COLUNA
Lotiforme – tem o
fuste composto de
talos de lótus em
feixe, como se
estivesse amarrado.
Seu capitel é uma flor
de lótus não
desabrochada e
geometricamente
estilizada
COLUNA
Campaniforme -
distingue-se pelo capitel
em forma de campânula
que representa a flor de
lótus e do papiro
desabrochada. É a mais
decorativa e luxuosa
coluna egípcia
13
22/08/2014
COLUNA
Hatórica - tem no capitel um rosto
humano, personificação da deusa Hator.
ESCULTURA E PINTURA EGÍPCIA
As pinturas e modelos encontrados em túmulos
egípcios estavam associados à ideia de fornecer
servos para a alma no outro mundo . Crença
encontrada em muitas culturas antigas.
O que importava na representação não era a
beleza mas a plenitude, maior clareza e
permanência possível . O artista desenhavam de
acordo com regras restritas .
Tudo deveria ser representado a partir do seu
angula mais característico.
14
22/08/2014
O JARDIM DE NEBAMUN 1400 A.C.
MURAL DE UM TÚMULO EM TEBAS 64 X 74,2 CM BRISTISH MUSEUM, LONDRES.
ESCULTURA E PINTURA EGÍPCIA
A escultura e pintura destinava-se a
decoração dos túmulos e templos . A arte
estava intimamente ligada a religião,
servindo para difundir os preceitos e as
crenças religiosas, por isso eram bastante
padronizadas, não dando margem a
criatividade e imaginação pessoal.
Na pintura e no baixo relevo - regras – Lei
da frontalidade
15
22/08/2014
Paleta do rei narmer 3000 a.C Ardósia 64 cm altura – Museu Egípcio
/Cairo
BAIXO RELEVO
Baixo relevo de um túmulo próximo a Sacará - cerca de 2500 a.C
Museu do louvre - Paris
16
22/08/2014
ARTISTAS EGIPCIOS
Seguiam regras que lhes permitiam incluir
tudo o que consideravam importante na forma
humana.
Ligado a finalidade mágica de representação
pictórica
Como um homem” perspectivado” ou
“cortado” poderia levar ou receber oferendas
aos mortos?
O uso de leis e regras - estabelece um estilo.
PINTURA
Lei da frontalidade ( cabeça e pés de perfil, olho e
tronco (tórax) de frente;
Leis bastante rigorosas
Efeito de equilíbrio, estabilidade, austera harmonia
No início julgou-se que era ingenuidade e
incapacidade
Ausência de perspectiva científica: superpunham
as figuras ou cenas em faixas horizontais.
Dimensão da figura fundo em função de sua
importância social
Ausência de claro escuro, ou seja, não possui
gradação entre luz e sombra para dar ilusão de
volume
Técnica do afresco
17
22/08/2014
RETRATO DE HESIRE, NUMA PORTA DE
MADEIRA EM SEU TÚMULO.
2778 – 2728 A.C
MADEIRA, 115 CM DE ALTURA
MUSEU EGÍPCIO, CAIRO.
PINTURA
Pinturas eram feitas nas paredes das
edificações. Retratavam a vida dos faraós, as
ações dos deuses, a vida após a morte entre
outros temas.
18
22/08/2014
“CENA DE CAÇA DE AVES SELVAGENS” DA TUMBA DE NEBAMUN, TEBAS, C.1.450 A.C
– BRITISH MUSEUM, LONDRES.
MURAL DO TÚMULO DE KHNUMHOTEP 1900 A.C.
19
22/08/2014
PASSAROS NUM ARBUSTO
DE ACÁCIAS
20
22/08/2014
TUMBA DE NERFETITI
21
22/08/2014
22
22/08/2014
pintura mural na tumba da princesa Itet – Museu do
Cairo.
Cenas de caça a pássaros e cena de trabalhos agrícolas
Cena do túmulo de Djehutihotpe, em Deir el-Bersha. Fica na parede
oeste da câmara interior. Mostra o transporte de uma estátua
colossal das pedreiras de alabastro de Hatnub
23
22/08/2014
ESCULTURA
Os egípcios foram os maiores estatuários ,
primando na técnica, no domínio do material
( granito, basalto, diorita, calcário macio,
madeira, além de modelar o barro.
Também estruturada em leis rigorosas
Estatuas sentadas : mãos sobre o joelho ou
peito ;
Homens pintados com pele mais escura do
que as mulheres
PRINCEPE RAHOTEP E SUA ESPOSA NEFRET.
QUARTA DISNATIA . CALCÁRIO. DE C. 2650 A. C.
24
22/08/2014
Miquerinos e sua esposa, de Gizé
Material: Ardósia . Dimensão: 1,42 m
Museu de Belas Artes /Boston
O ESCRIBA SENTADO -
Oferecer ao morto uma
imagem, um substituto de
todas as ações que lhe eram
usuais : caça, pesca,
trabalhos, festas e cenas do
cotidiano.
Produzido no Antigo Egito – 4ª
Dinastia - 2620 a 2500 a.C
Museu do Louvre
25
22/08/2014
COLOSSO DE
RAMSÉS II
Estátuas de enormes
dimensões. Manifestam a
impassividade, a serenidade
, que é a marca de uma alma
superior. O hieratismo, que
indica condição sagrada e
todos os gestos
estereotipados
26
22/08/2014
DEUSES EGÍPCIOS
Aparência de cada deus egípcio era
rigorosamente estabelecida :
Hórus.- Deus céu – apresentado como falcão
ou com cabeça de falcão
Anubis - deus dos ritos funerais - representado
como Chacal ou cabeça de Chacal
Toth – deus mensageiro - Cabeça de ibis.
Anubis - deus dos ritos funerais
Hórus.- Deus céu Toth – deus mensageiro
cabeça de Chacal
Falcão Cabeça de ibis.
27
22/08/2014
JULGAMENTO FINAL
Após a morte a alma era submetida ao
julgamento de Osíris
Os ricos mumificavam os corpos, sendo
depositados em túmulos de pedra.
O TRIBUNAL DE OSÍRIS
Amit: personificação da retribuição Osíris: deus dos mortos e do
divina para todos os males realizados renascimento
em vida
Anubis, é o mestre dos
cemitérios e o patrono dos Toth: Deus-escriba e o deus Ísis: deusa da
embalsamares – DEUS DOS letrado por excelência família
RITOS FUNARÁRIOS
28
22/08/2014
18 DINASTIA AMENOFIS IV
Rompeu com muitos costumes e regras
para ele só havia um deus supremo - Aton
Mudou o nome para Akhnaton
foi para longe: tell-el- amarna
AMENÓFIS IV OU AKHENATON–
FARAÓ DA 18.a
A escultura possui acentuado carater naturalista. Esse faraó
empreendeu profunda reforma social e religiosa refletindo nas
artes, contrariando convenções religiosas milenarmente
estabelecidas. A escultura passa a ter vida e liberdade
29
22/08/2014
NEFERTITI RAINHA DA XVIII DINASTIA
Esposa principal do faraó Amenhotep IV, mais conhecido
como Akhenaton.
1.360 a.C – Museu egípcio, Berlim
AKHNATON E NERFETITI COM SEUS FILHOS – 1345 A. C.
RELEVO EM ALTAR DE PEDRA CALCARIA, 32,5 CM 39 CM; MUSEU EGIPCIO, BERLIM
30
22/08/2014
Os artistas deveriam aprender a arte da bela
escrita
Recortar na pedra as imagens e símbolos
hieróglifos
Após assimilar as regras - termina a
aprendizagem do artista
ESCRITA EGÍPCIA
Desenvolveram três formas de escrita:
Hieróglifos - considerados a escrita sagrada;
Hierática - uma escrita mais simples, utilizada
pela nobreza e pelos sacerdotes;
Demótica - a escrita popular – usada pelo
povo no dia-a-dia.
31
22/08/2014
ESCRITA HIEROGLÍFICA
ESCRITA HIERÁTICA
32
22/08/2014
ESCRITA DEMÓTICA
ARTE DECORATIVA
Confecções de mobiliário ricamentente
decorado.
Trabalhavam a madeira com incrustações de
marfim, metal ou pintura laqueada
Elaboraram joias, braceletes, pulseiras, colares
peitorais e aneis feitos de material
semiprecioso, pedras e ouro
Máscaras de ouro
Inventaram o esmalte, o vidro e o azulejo
33
22/08/2014
MASCARA MORTUÁRIA DE TUTANKAMON
TRONO DE TUTANKAMON
34
22/08/2014
Tutankamon e
sua esposa, c.
1330 a. C.
Detalhe de
talha dourada e
pintada
proveniente do
trono
encontrado em
seu túmulo.
Museu Egípcio .
Cairo.
JÓIAS EGÍPCIAS
35
22/08/2014
REFERENCIAS
GOMBRICH, E.H. A história da arte. 15. ed. Rio
de Janeiro: Guanabara, 1993. (709.G632h).
Pagina 55 -73
JANSON, H.W. Iniciação a História da Arte. São
Paulo: Martins Fontes, 2001.( 709.j35i)
Pagina 22 – 31
36