Resistência de barras tracionadas
Estruturas de Aço - Aula 3
Felipe Schaedler de Almeida
[email protected] Departamento de Engenharia Civil
Escola de Engenharia
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Porto Alegre – RS
Ensino Remoto Emergencial
Junho 2020
Sumário
1 Introdução e ELU de Escoamento da seção bruta
2 ELU de Ruptura da Seção Líquida
Perfil Laminado e Soldado
Perfil formado a frio
3 ELU de Colapso por Rasgamento
Sumário
1 Introdução e ELU de Escoamento da seção bruta
2 ELU de Ruptura da Seção Líquida
Perfil Laminado e Soldado
Perfil formado a frio
3 ELU de Colapso por Rasgamento
Sumário
1 Introdução e ELU de Escoamento da seção bruta
2 ELU de Ruptura da Seção Líquida
Perfil Laminado e Soldado
Perfil formado a frio
3 ELU de Colapso por Rasgamento
Sumário
1 Introdução e ELU de Escoamento da seção bruta
2 ELU de Ruptura da Seção Líquida
Perfil Laminado e Soldado
Perfil formado a frio
3 ELU de Colapso por Rasgamento
Critério de segurança
A condição de segurança é definida por:
Nt,Sd ≤ Nt,Rd (1)
onde:
Nt,Sd – Força axial de tração solicitante de cálculo;
Nt,Rd – Força axial de tração resistente de cálculo;
Limitação de esbeltez
O índice de esbeltez da barra (L/r ) não deve ser superior a 300.
onde:
L – comprimento destravado;
r – raio de giração correspondente;
a) Excetuam-se desse critério os componentes pré-tensionados.
b) Limitação imposta para reduzir as vibrações laterais das barras em
serviço.
Estados limites últimos
Estados limites últimos (ELU) aplicáveis em barras submetidas à força
axial de tração:
Estado limite último de escoamento da seção bruta
Estado limite último de ruptura da seção líquida
Estado limite de colapso por rasgamento
Normatização:
Seções 5.2 e 6.5.6 da NBR8800:2008
Seções 9.6 e 10.4 da NBR14762:2010
ELU de Escoamento da Seção Bruta
Características:
Falha por deformação excessiva da barra;
Relacionada às regiões sem redução da seção da barra;
Falha do tipo dúctil;
Distribuição uniforme de tensões;
F F F
A
A
F
F
Força resistente de cálculo
Força resistente de cálculo no ELU de Escoamento da Seção Bruta é dada
por:
A g fy
Nt,Rd = (2)
γ
onde:
Ag – Área bruta da seção transversal da barra;
fy – Resistência (característica) ao escoamento do aço;
γ – Coeficiente de redução da resistência
NBR880:2008: γ ≡ γa1 , (γa1 = 1, 1 p/ comb. normais)
NBR14762:2010: γ = 1, 10
Sumário
1 Introdução e ELU de Escoamento da seção bruta
2 ELU de Ruptura da Seção Líquida
Perfil Laminado e Soldado
Perfil formado a frio
3 ELU de Colapso por Rasgamento
Ruptura da Seção Líquida
Características:
Falha por ruptura da barra;[vídeo]
Relacionada às regiões com redução da seção transversal da barra (ex:
regiões com furos ou nas ligações);
Falha do tipo frágil;
Distribuição de tensões normais: regime elástico / plástico
F F F F
A
A
F
ELU de Ruptura da Seção Líquida
— Perfil Laminado e Soldado —
Força resistente de cálculo (Nt,Rd )
Força resistente de cálculo é dada por:
A e fu
Nt,Rd = (3)
γa2
onde:
γa2 – Coeficiente de redução da resistência
(γa2 = 1, 35 para combinações últimas normais)
fu – Resistência (característica) à ruptura do aço;
Ae – Área líquida da barra, dada por:
Ae = Ct An (4)
sendo:
An – Área líquida da linha de ruptura.
Ct – Coeficiente de redução da área líquida.
Área líquida (An ) - furos em uma seção transversal
A área líquida é obtida subtraindo da área bruta (Ag ) a área dos furos na
seção transversal:
nf
X
An = Ag − di ti (5)
i=1
onde:
nf – número de furos na seção transveral
ti – espessura do elemento no furo i
di – dimensão do furo i na direção perpendicular à solicitação;
Área líquida (An ) - furos em uma seção transversal
A área líquida é obtida subtraindo da área bruta (Ag ) a área dos furos na
seção transversal:
nf
X
An = Ag − di ti (5)
i=1
onde:
nf – número de furos na seção transveral
ti – espessura do elemento no furo i
di – dimensão do furo i na direção perpendicular à solicitação;
OBS: Para o cálculo de área líquida em ligações parafusadas, a menos que
se possa garantir que os furos sejam executados por broca, a dimensão do
furo deve ser tomada 2 mm maior que a sua dimensão real na direção
perpendicular à força. O diâmetro do furo-padrão é 1,5 mm maior que o
diâmetro do parafuso.
Área líquida (An ) - furos em uma seção transversal
A área líquida é obtida subtraindo da área bruta (Ag ) a área dos furos na
seção transversal:
nf
X
An = Ag − di ti (5)
i=1
Exemplo 1: Furos em apenas um elemento da seção
s1 s1 s1 s1 placa
espessura t
2
g0 g1 g1 g0
N 1 N
2 d
b
1
2
Área líquida (An ) - furos em uma seção transversal
A área líquida é obtida subtraindo da área bruta (Ag ) a área dos furos na
seção transversal:
nf
X
An = Ag − di ti (5)
i=1
Exemplo 2: Furos em mais de um elemento da seção
t
F 1
d1
c
l1
d2
t2
l2
1
F
Área líquida (An ) - furos em mais de uma seção transversal
s 2
Obtida subtraindo de Ag a área dos furos e somando a quantidade ( 4g t)
para cada trecho inclinado da linha de ruptura:
nf
X X
nt
sj2
An = Ag − df ti + tj (6)
i=1 j=1
4gj
onde:
nf – número de furos ao longo da linha de ruptura
df – dimensão do furo na direção perpendicular à solicitação;
ti – espessura do elemento no furo i
nt – número de trechos inclinados na linha de ruptura
sj , gj – espaçamento longitudinal e transversal (gabarito) entre os furos de
um trecho inclinado
ti – espessura do elemento no trecho inclinado j
Área líquida (An ) - furos em mais de uma seção transversal
s 2
Obtida subtraindo de Ag a área dos furos e somando a quantidade ( 4g t)
para cada trecho inclinado da linha de ruptura:
nf
X X
nt
sj2
An = Ag − df ti + tj (6)
i=1 j=1
4gj
Exemplo 1: Furos em apenas um elemento da seção
s1 s1 s1 s1 placa
espessura t
2 3
g0 g1 g1 g0
N 3 1 N
2 d
b
3 1
2 3
Área líquida (An ) - furos em mais de uma seção transversal
s 2
Obtida subtraindo de Ag a área dos furos e somando a quantidade ( 4g t)
para cada trecho inclinado da linha de ruptura:
nf
X X
nt
sj2
An = Ag − df ti + tj (6)
i=1 j=1
4gj
Exemplo 2: Furos em mais de um elemento da seção
t
F
F g = r1 + r2 -t
1 2
Linha média
d
c c
l1
d d d
2 r1 r2
t t
r1 -t/2 r2 -t/2
l2 l2 + l1 - t
1 t g
F
F
d
s
s
Coeficiente de redução da área líquida (Ct )
A área liquida é totalmente efetiva (Ct = 1) quando :
Os furos estão fora da região de ligação;
A força de tração é transmitida diretamente para todos os elementos
da seção transversal por soldas ou parafusos.
A área liquida é parcialmente efetiva (Ct ≤ 1) quando a força for
transmitida para somente alguns elementos da seção transversal por:
Somente soldas transversais;
Parafusos ou soldas longitudinais ou combinação de soldas
longitudinais e soldas transversais
Soldas longitudinais em chapas planas
Ct - Soldas transverais
Força transmitida apenas por soldas transversais em alguns dos elemento:
Ac
Ct = (7)
Ag
onde: Ac – área da seção transversal dos elementos conectados pela solda.
OBS: Como a An = Ag na ligação com solda,
Ac
Ae = Ct An = Ag Ag = Ac
Exemplo: perfil U conectado por solda transversal na alma
Ct - Soldas transverais
Força transmitida apenas por soldas transversais em alguns dos elemento:
Ac
Ct = (7)
Ag
onde: Ac – área da seção transversal dos elementos conectados pela solda.
OBS: Como a An = Ag na ligação com solda,
Ac
Ae = Ct An = Ag Ag = Ac
Exemplo: perfil U conectado por solda transversal na alma
Ct - Soldas transverais
Força transmitida apenas por soldas transversais em alguns dos elemento:
Ac
Ct = (7)
Ag
onde: Ac – área da seção transversal dos elementos conectados pela solda.
OBS: Como a An = Ag na ligação com solda,
Ac
Ae = Ct An = Ag Ag = Ac
Exemplo: perfil U conectado por solda transversal na alma
Chapa plana perfil U
Ac
N N
N N
vista superior vista lateral
Ct - parafusos ou soldas longitudinais
Força transmitida apenas por parafusos ou soldas longitudinais ou
combinação de soldas longitudinais e soldas transversais em seções
transversais abertas:
ec
Ct = 1 − ≤ 0, 90 (8)
lc
onde:
ec – excentricidade da ligação
lc – comprimento da ligação
OBS: Não é permitido o uso de ligações com Ct < 0, 60
Comprimento efetivo da ligação (lc )
Ligações parafusadas: distância entre o primeiro e o último parafuso na
linha de furação com o maior número de parafusos
Exemplo: perfil U conectado por parafusos na alma
Chapa plana
perfil U
s0 s1 s1 s1 s1 ec
N N
G
lc= 4s 1 plano da ligação
Comprimento efetivo da ligação (lc )
Ligações soldadas: Comprimento da solda na direção da força axial
Exemplo: perfil U conectado por solda nas laterais
Chapa plana perfil U
ec
N N
G
lc = lw plano da ligação
Excentricidade da ligação ec
Distância do centro geométrico (G) da seção ao plano de cisalhamento da
ligação;
plano da
ec
G G
ec plano da ec ligação
G
ec
ligação
G
plano da
ligação
G G
ec plano da ec
ligação
Excentricidade da ligação ec
Distância do centro geométrico (G) da seção ao plano de cisalhamento da
ligação;
Exemplo: perfil U conectado por parafusos na alma
Chapa plana
perfil U
s0 s1 s1 s1 s1 ec
N N
G
lc= 4s 1 plano da ligação
Excentricidade da ligação ec
Distância do centro geométrico (G) da seção ao plano de cisalhamento da
ligação;
Exemplo: perfil U conectado por solda nas laterais
Chapa plana perfil U
ec
N N
G
lc = lw plano da ligação
ELU de Ruptura da Seção Líquida
— Perfil formado a frio —
Força Resistente de Cálculo
Ruptura fora da região da ligação
An0 fu
Nt,Rd com γ = 1, 35 (9)
γ
onde:
An0 – área líquida fora da região da ligação. Calculada como nos perfis
laminados.
Força Resistente de Cálculo
Ruptura na região da ligação
Ct An fu
Nt,Rd com γ = 1, 65 (9)
γ
onde:
An – área líquida na região da ligação
Ct – coef. de redução da área líquida
Área líquida na região da ligação (An )
Para ligações parafusadas:
X s2
An = 0, 9(A − nf df t + t ) (10)
4g
onde:
A – Área bruta da seção
nf – núm. de furos na linha de
ruptura
s, g – espaçamento entre os furos na
direção da solicitação e
perpendicular à solicitação,
respectivamente. s
t – espessura da parte conectada g
Área líquida na região da ligação (An )
Para ligações parafusadas:
X s2
An = 0, 9(A − nf df t + t ) (10)
4g
onde:
df – largura do furo na direção
perpendicular à força
Para o furo-padrão:
(ver Tab. 15 NBR14762:2010):
d < 12, 5 → df = d + 0, 8 mm
s
d ≥ 12, 5 → df = d + 1, 5 mm
g
Área líquida na região da ligação (An )
Para ligações soldadas:
Apenas soldas transversais: An é igual à área dos elementos
conectados;
Demais casos: An = A
c
x L
An
Ct - Perfis com Ligações Parafusadas
Todos os elementos conectados com mais de um parafuso na direção da
solicitação: Ct = 1, 0
Ct - Perfis com Ligações Parafusadas
Todos os parafusos em uma única seção (incluindo o caso de um único
parafuso na ligação)
Ct - Perfis com Ligações Parafusadas
Todos os parafusos em uma única seção (incluindo o caso de um único
parafuso na ligação)
Tratar como uma chapa equivalente: Ct = 2, 5(d/g) ≤ 1, 0
sendo:
d – diâmetro nominal do parafuso
g – maior dentre os valores:
maior espaçamento entre parafusos na direção perpendicular à força
(e1 + e2 ) – soma das distâncias entre os furos de extremidades e as
respectivas bordas
largura bruta da chapa (no caso de apenas um parafuso)
Ct - Perfis com Ligações Parafusadas
Cantoneiras e perfis U conectados por alguns (não todos) elementos:
L
c
x
x
Ct = 1, 0 − 1, 2 ≤ 0, 9
L
sendo:
x – excentricidade da ligação
L – comprimento da ligação
(OBS: não é permitido o uso de ligações com Ct ≤ 0, 4
Ct - Perfis com Ligações Soldadas
Apenas soldas transversais: Ct = 1, 0
Todos elementos conectados com soldas longitudinais ou combinação de
soldas longitudinais e soldas transversais: Ct = 1, 0
c
x L
An
Ct - Perfis com Ligações Soldadas
x
Cantoneiras com soldas longitudinais: Ct = 1, 0 − 1, 2 ≤ 0, 9
L
(não é permitido o uso de ligações com Ct ≤ 0, 4)
sendo:
x – excentricidade da ligação
L – comprimento da ligação
c
x L
An
Ct - Perfis com Ligações Soldadas
x
Cantoneiras com soldas longitudinais: Ct = 1, 0 − 1, 2 ≤ 0, 9
L
(não é permitido o uso de ligações com Ct ≤ 0, 4)
sendo:
x – excentricidade da ligação
L – comprimento da ligação
x
Perfis U com soldas longitudinais: Ct = 1, 0 − 0, 36 ≤ 0, 9
L
(não é permitido o uso de ligações com Ct ≤ 0, 5)
Sumário
1 Introdução e ELU de Escoamento da seção bruta
2 ELU de Ruptura da Seção Líquida
Perfil Laminado e Soldado
Perfil formado a frio
3 ELU de Colapso por Rasgamento
Colapso por Rasgamento (Cisalhamento de Bloco)
Ruptura do segmento do perfil que recebe a ligação, envolvendo
cisalhamento (escoamento ou ruptura) nos planos paralelos à força (Agv
ou Anv ) e tração no plano normal à foça (Ant ); [vídeo]
N N
Força resistente de cálculo
Força resistente de cálculo é dada pelo mínimo entre:
0, 6fu Anv + Cts fu Ant 0, 6fy Agv + Cts fu Ant
Fr ,Rd = e Fr ,Rd =
γ γ
onde:
Agv – Área bruta sujeita a cisalhamento;
Anv – Área líquida sujeita a cisalhamento;
Ant – Área líquida sujeita à tração;
Força resistente de cálculo
Força resistente de cálculo é dada pelo mínimo entre:
0, 6fu Anv + Cts fu Ant 0, 6fy Agv + Cts fu Ant
Fr ,Rd = e Fr ,Rd =
γ γ
onde:
Agv – Área bruta sujeita a cisalhamento;
Anv – Área líquida sujeita a cisalhamento;
Ant – Área líquida sujeita à tração;
Para a NBR8800:2008
γ = γa2 , (γa2 = 1, 35 p/ comb. normal)
Cts = 1,0 p/ tensão de tração uniforme e 0,5 p/ demais casos.
Força resistente de cálculo
Força resistente de cálculo é dada pelo mínimo entre:
0, 6fu Anv + Cts fu Ant 0, 6fy Agv + Cts fu Ant
Fr ,Rd = e Fr ,Rd =
γ γ
onde:
Agv – Área bruta sujeita a cisalhamento;
Anv – Área líquida sujeita a cisalhamento;
Ant – Área líquida sujeita à tração;
Para a NBR14762:2010
γ = 1, 65
Cts não é usado
Exemplos
Ant = (g1 − d)t
Anv = 2(s0 + s1 − 1, 5d)t
Agv = 2(s0 + s1 )t
s0 s1 s2
A nt
N
g0 g1 g0
h
A nv
Exemplos
Ant = (g1 − 0, 5d)t
Anv = (s0 + 2s1 − 2, 5d)t
Agv = (s0 + 2s1 )t
A nv s 0 s 1 s 1 s 2 A nt
N
g0 g1
h
Exemplos
Ant = (h + g0 − 0, 5d − t)t
Anv = (s0 + 2s1 − 2, 5d)t
Agv = (s0 + 2s1 )t
A nv s 0 s 1 s 1 s 2 A nt
N
g0 g1
h