Março de 2021 | Arquitetura e Urbanismo | Professoras Eliane Roberto e Regina Dias
AULA 5 : Conforto Ambiental – Ventilação e Climatização
Climatização
natural das
edificações
RELEMBRANDO...
VENTILAÇÃO
NATURAL
“ Ventilação Natural
A ventilação proporciona a renovação do ar do ambiente, sendo de grande importância para a
higiene em geral e para o conforto térmico de verão em regiões de clima temperado e de clima
quente e úmido. A renovação do ar dos ambientes proporciona a dissipação de calor e a
desconcentração de vapores, fumaça, poeiras, de poluente .
“ A ventilação natural é o deslocamento do ar através do edifício, através de aberturas, umas
funcionando como entrada e outras, como saída. Assim, as aberturas para ventilação deverão
estar dimensionadas e posicionadas de modo a proporcionar um fluxo de ar adequado ao
recinto. O fluxo de ar que entra ou sai do edifício depende da diferença de pressão do ar entre
os ambientes internos e externos, da resistência ao fluxo de ar oferecida pelas aberturas, pelas
obstruções internas e de uma série de implicações relativas à incidência do vento e forma do
edifício.
Mecanismos da A diferença de pressões exercidas pelo ar sobre
Ventilação um edifício pode ser causada pelo vento ou pela
diferença de densidade do ar interno e externo,
Natural
ou por ambas as forças agindo
simultaneamente. A força dos ventos promove a
movimentação do ar através do ambiente,
produzindo a ventilação denominada ação dos
ventos. O efeito da diferença de densidade
provoca o chamado efeito chaminé. Assim, a
ventilação natural de edifícios se faz através
desses dois mecanismos:
• ventilação por ação dos ventos;
• ventilação por efeito chaminé;
Quando a ventilação natural de um edifício é
criteriosamente estudada, verifica-se a
conjugação dos dois processos. No entanto, a
simultaneidade dos processos pode resultar na
soma das forças, ou pode agir em contraposição
Efeito chaminé
e prejudicar a ventilação dos ambientes.
No que se refere ao fluxo de ar, a fórmula
básica advém da analogia hidráulica,
admitindo-se para a massa específica do
ar um valor correspondente a uma
temperatura média do ar externo e
interno, e uma diferença de pressão
referida às meias alturas das aberturas.
Admitidas essas hipóteses — válidas
para casos de edifícios de usos mais
gerais como habitações, escolas,
escritórios etc.
Efeito chaminé Croquis explicativos da distribuição das pressões em uma caixa cúbica
Mecanismos da
A ocupação dos edifícios por pessoas, máquinas e equipamentos e a exposição
à radiação solar vão ocasionar, nos ambientes internos, temperaturas
superiores às do ar externo. Esse acréscimo de temperatura, no caso de
Ventilação
inverno nos climas quentes ou no caso geral de climas frios, pode ser um fator
positivo, porém, na época de verão dos climas temperados ou durante todo o
ano em climas quentes certamente será um fator negativo, agravante das
Natural
condições térmicas ambientais.
Ação dos Ventos
Ação dos Ventos
RELEMBRANDO...
1. Importância da
ventilação natural
A IMPORTÂNCIA DA VENTILAÇÃO NATURAL
RELEMBRANDO...
2. Ocorrência dos
Ventos
A OCORRÊNCIA DOS VENTOS
RELEMBRANDO...
3. Influência da
implantação e da
orientação na
ventilação natural
A INFLUÊNCIA DA IMPLANTAÇÃO E DA
ORIENTAÇÃO NA VENTILAÇÃO NATURAL
A INFLUÊNCIA DA IMPLANTAÇÃO E DA
ORIENTAÇÃO NA VENTILAÇÃO NATURAL
A INFLUÊNCIA DA IMPLANTAÇÃO E DA
ORIENTAÇÃO NA VENTILAÇÃO NATURAL
RELEMBRANDO...
4. OS
MECANISMOS DA
VENTILAÇÃO
NATURAL
TOME NOTA
• Ventilação natural:
• Diferença de pressão causada pelo vento
• Diferença de temperatura
• Ventilação forçada:
• Equipamentos
TOME NOTA
Ventilação natural por diferenças de temperatura
Baseia-se na diferença entre as temperaturas interior e exterior,
provocando um deslocamento da massa de ar da zona de maior para a
se menor pressão. Quando, nestas condições, existem duas aberturas
em diferentes alturas, se estabelece uma circulação de ar da abertura
inferior para a superior, denominado efeito chaminé.
TOME NOTA
Ventilação natural por diferenças de temperatura
TOME NOTA
Ventilação natural por diferenças pressão pelo vento
NOVIDADE!!!
5. CÁLCULO DA
VENTILAÇÃO
NATURAL
Coeficientes de pressão do vento
CÁLCULO DA VENTILAÇÃO NATURAL
COEFICIENTES DE PRESSÃO DO VENTO:
Uma forma de avaliar as condições de ventilação de uma ambiente é a
determinação do número de trocas de ar que ocorrem a cada hora.
(N: r/h)
Diferença entre os coeficientes de pressão do vento (ΔCP ) para casas
em campo aberto em função do ângulo de incidência:
CÁLCULO DA VENTILAÇÃO NATURAL
COEFICIENTES DE PRESSÃO DO VENTO:
Para loteamentos, o coeficiente do vento deve ser corrigido em função do
afastamento entre casas:
CÁLCULO DA VENTILAÇÃO NATURAL
CORREÇÃO DA VELOCIDADE
A velocidade do vento, normalmente fornecida por estações
meteorológicas a 10 metros de altura, deve ser corrigida para a altura de
interesse
CÁLCULO DA VENTILAÇÃO NATURAL
ÁREA ÚTIL DE VENTILAÇÃO
Representa a área efetiva de ventilação quando a janela está totalmente
aberta.
Aabertura = B * H / 2
Aabertura = B * H
NOVIDADE!!!
5. CÁLCULO DA
VENTILAÇÃO
NATURAL
Fluxo de ar para ventilação
cruzada (só vento)
CÁLCULO DA VENTILAÇÃO NATURAL
Uso essa fórmula só para vento
NOVIDADE!!!
5. CÁLCULO DA
VENTILAÇÃO
NATURAL
Fluxo de ar para ventilação
cruzada (diferença de
temperatura)
CÁLCULO DA VENTILAÇÃO NATURAL
Uso essa fórmula só para
diferença de temperatura
NOVIDADE!!!
5. CÁLCULO DA
VENTILAÇÃO
NATURAL
Fluxo de ar para ventilação
cruzada (vento + diferença de
temperatura)
CÁLCULO DA VENTILAÇÃO NATURAL
NOVIDADE!!!
5. CÁLCULO DA
VENTILAÇÃO
NATURAL
Fluxo de ar ventilação unilateral
(só vento)
CÁLCULO DA VENTILAÇÃO NATURAL
NOVIDADE!!!
5. CÁLCULO DA
VENTILAÇÃO
NATURAL
Fluxo de ar ventilação unilateral
(diferença de temperatura)
CÁLCULO DA VENTILAÇÃO NATURAL
CÁLCULO DA VENTILAÇÃO NATURAL
5. CÁLCULO DA
VENTILAÇÃO
NATURAL
Resumo | Tipos
-- Fluxo de ar para ventilação cruzada (só vento)
-- Fluxo de ar para ventilação cruzada (diferença de temperatura)
Fluxo de ar para ventilação cruzada (vento + diferença de temperatura)
- Fluxo de ar ventilação unilateral (só vento)
Fluxo de ar ventilação unilateral (diferença de temperatura)
TOMANDO NOTA
PROCESSO UNILATERAL
“
FLUXO DE AR VENTILAÇÃO UNILATERAL
(VENTO + DIFERENÇA DE TEMPERATURA)
CALCULAR FLUXO DE AR VENTILAÇÃO
UNILATERAL SÓ VENTO
CALCULAR FLUXO DE AR VENTILAÇÃO
UNILATERAL DIFERENÇA DE TEMPERATURA
UTILIZAR O MAIOR VALOR
REDUÇÃO DO FLUXO DE AR
O fluxo de ar pode sofrer reduções significativas em função do tipo de barreira
que se interpõe a este fluxo, como por exemplo, telas existência de mosquitos
NÚMERO DE TROCAS DE AR
Para garantir a qualidade do ar em um ambiente, recomenda-se um número
mínimo de trocas.
NÚMERO DE TROCAS DE AR
Fluxo de ar depende do tipo de ventilação (unilateral,
cruzada, vento, temperatura)
Transformei hora em segundos
FLUXO DE CALOR SENSÍVEL
Fluxo de ar depende do tipo de ventilação (unilateral,
cruzada, vento, temperatura)
Variação de temperatura
FLUXO DE CALOR SENSÍVEL
“ OBSERVAÇÕES
NÚMERO DE RENOVAÇÕES DE AR (N)
EXERCÍCIO
TREINANDO
Calcule as trocas de Ar para um dormitório (A=15,2 m², pé direito de 2,6 m), um uma
janela (2,0 m x 1,0 m, 1,10 m de peitoril) aberta e a porta fechada (janelas de correr
50% ventilação). O vento incide a 20° com relação a fachada com velocidade a 10 m
de altura de 1,8 m/s. A altura até a cumeeira é de 4,0 m. Esta edificação está
localizada no centro da cidade. Considerando a temperatura externa de 20ºC e a
interna de 25ºC, calcule o fluxo de calor removido pela renovação de ar (fluxo de
calor sensível) - Φ
Dados:
• Calcular o fluxo de ar para ventilação unilateral;
• Só vento;
• Centro da cidade;
K = 0,31
a= 0,33
TREINANDO
Resolução: Passo a Passo
Passo 1: Separar todas as informações
Area do ambiente = 15,2m²
Pd = 2,6m
Janela aberta (correr – 50%): Ajanela: b * h / 2: 2 * 1 / 2 = 1m²
Porta fechada – não significa nada
Unilateral (interfere na escolha da fórmula)
Vento: ângulo de 20º
Velocidade (10m) = 1,8m/s
Altura da Cumeeira (Z) = 4m
Te = 20ºC
Ti = 25ºC
Ele quer saber o fluxo de renovação de ar, portanto ele quer saber o fluxo de calor
sensível
TREINANDO
Resolução: Passo a Passo
Passo 2: Determinar o fluxo de ar
Estamos estudando essa
situação, pois se trata só de
vento em edificação unilateral Área da abertura
Altura da
cumeeira
Mas eu Não tenho Vz (velocidade corrigida)
K = 0,31
a = 0,33 Coeficientes informados Agora Sim!!!
Vz = 1,8 * 0,31 * 4 0,33 Q = 0,025 * 1 * 0,88
Vz = 0,88 m/s Q = 0,022 m³/s
TREINANDO
Resolução: Passo a Passo
Variação da temperatura
Passo 3: Determinar o fluxo de calor sensível
Volume do ambiente
Número de renovações
𝑄 ∗3600 0,022 ∗3600
N= N= N = 2 ren/h
𝑉 39,52
Volume do ambiente: Área * Pd
Agora Sim!!!
V = 15,2 * 2,6 = 39,52m³
Φ= 0,335 * N * V * Δt
Δt = Te – Ti Φ = 0,335 * 2 * 39,52* (-5)
Δt = 20 – 25 Φ = -132,4 W
Δt = -5ºC
TREINANDO
Considere um ambiente com dimensões de 6,0 x 7,0 m e pé-direito de 3,0 m, com
duas janelas de correr (50% de aproveitamento para ventilação) com dimensões 1,2
x 2,0 m, na mesma altura, sendo uma na fachada norte e a outra na fachada sul. O
vento incide normalmente à fachada norte, com velocidade de 2,5 m/s a 10 m de
altura. A altura até a cumeeira é de 4,0 m. A habitação está localizada em ambiente
urbano, distância entre casas de uma casa. Calcule o número de trocas de ar por
hora considerando primeiro cenário com as duas janelas abertas e um segundo
cenário com a janela da fachada sul fechada. Considerando a carga térmica
sensível do ambiente de 600 W e a temperatura externa de 25ºC, calcule a
temperatura interna do ambiente devido ao fluxo de ar para essas duas condições
consideradas.
Calculando para situação de ventilação cruzada, só vento.
Dados: Ambiente urbano Vz= 1,41 m/s
Distância uma casa ACP= 1,2
“ CONSIDERAÇÕES FINAIS
O conforto térmico é reconhecido como não sendo um conceito exato, que
não implica uma temperatura exata. O conforto térmico depende de
fatores quantificáveis – temperatura do ar, velocidade do ar, humidade,
etc. e de fatores não quantificáveis – estado mental, hábitos, educação,
etc. Assim, as preferências de conforto das pessoas variam bastante
consoante a sua aclimatização particular ao ambiente local (Khedari et al,
2000).
Com o intuito de obter um ambiente interior dos edifícios termicamente
confortável para os seus ocupantes, as normas sobre conforto térmico são
uma ferramenta essencial. Inicialmente estas normas tinham como
principal preocupação definir as condições de conforto térmico, sem ter
em conta os consumos energéticos necessários para atingir o conforto.
REFERÊNCIAS
http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/18350/material/Ma
nualConfortoTERMICO.pdf
Lamberts, Dutra. Eficiência Energética na Arquitetura
https://www.fau.usp.br/arquivos/disciplinas/au/aut0276/Aulas/AUT0276%20-
%20Aula%2008%20Ventila%C3%A7%C3%A3o%20Natural%20-
%20Exerc%C3%ADcio.pdf
https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/6258/8/8%20-%20Capitulo3.pdf
Março de 2021 | Arquitetura e Urbanismo | Professoras Eliane Roberto e Regina Dias
AULA 5 : Conforto Ambiental – Ventilação e Climatização
OBRIGAD@