Equipas de Medição para Telecontagem
Equipas de Medição para Telecontagem
ABR 2004
Características e ensaios
Edição: 1ª
ÍNDICE
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................. 4
2 OBJECTO......................................................................................................................................... 4
3 CAMPO DE APLICAÇÃO................................................................................................................. 4
4 NORMAS E DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA............................................................................. 4
4.1 Documentos EDP ....................................................................................................................... 4
4.2 Normas Internacionais................................................................................................................ 4
4.3 Normas Europeias...................................................................................................................... 5
4.4 Normas Portuguesas.................................................................................................................. 6
4.5 Regulamentação nacional .......................................................................................................... 6
4.6 Normas ISO................................................................................................................................ 6
5 TERMOS E DEFINIÇÕES................................................................................................................. 6
6 ABREVIATURAS............................................................................................................................... 7
7 CONDIÇÕES GERAIS...................................................................................................................... 8
7.1 Condições de transporte e de armazenagem ............................................................................. 8
7.2 Condições de funcionamento em serviço ................................................................................... 8
7.2.1 Temperatura ambiente........................................................................................................... 8
7.2.2 Condições atmosféricas......................................................................................................... 8
7.2.3 Altitude................................................................................................................................... 8
7.2.4 Grau de poluição (micro-ambiente) ........................................................................................ 8
7.2.5 Frequência nominal................................................................................................................ 8
7.2.6 Condições de instalação ........................................................................................................ 8
8 CARACTERÍSTICAS......................................................................................................................... 8
8.1 Características gerais................................................................................................................. 8
8.1.1 Concepção e construção ....................................................................................................... 8
8.1.2 Níveis de isolamento.............................................................................................................. 9
8.2 Constituição................................................................................................................................ 9
8.3 Invólucro................................................................................................................................... 11
8.4 Bastidor .................................................................................................................................... 11
8.4.1 Placa de montagem ............................................................................................................. 11
8.4.2 Calhas ................................................................................................................................. 12
8.5 Bucins (métricos)...................................................................................................................... 12
8.6 Contador estático (electrónico) ................................................................................................. 13
8.6.1 Requisitos técnicos e funcionais .......................................................................................... 13
8.6.2 Características dimensionais ............................................................................................... 13
8.7 Tomada telefónica .................................................................................................................... 13
8.8 DST (em estudo) ...................................................................................................................... 13
8.9 Régua de terminais .................................................................................................................. 13
8.10 Tomada de corrente ................................................................................................................. 13
8.11 Blocos de terminais de passagem ............................................................................................ 14
8.12 Pernos, parafusos, porcas e anilhas......................................................................................... 14
9 TIPOS DE ARMÁRIOS.................................................................................................................... 14
9.1 Armário tipo A........................................................................................................................... 14
9.2 Armário tipo B........................................................................................................................... 15
10 DISPOSIÇÃO DO EQUIPAMENTO E LIGAÇÕES.......................................................................... 15
11 FIXAÇÃO DO ARMÁRIO DE CONTAGEM..................................................................................... 16
11.1 Fixação em apoios de betão..................................................................................................... 16
11.2 Fixação em paredes ................................................................................................................. 16
12 MARCAÇÃO.................................................................................................................................... 16
12.1 Invólucro................................................................................................................................... 16
12.2 Outras marcações .................................................................................................................... 17
13 EMBALAGEM.................................................................................................................................. 17
14 ENSAIOS DE TIPO.......................................................................................................................... 17
14.1 Ensaios individuais ................................................................................................................... 17
14.1.1 Invólucro .............................................................................................................................. 17
14.1.2 Bucins.................................................................................................................................. 18
14.1.3 Tomada telefónica ............................................................................................................... 18
14.1.4 DST (em estudo).................................................................................................................. 18
14.1.5 Régua de terminais.............................................................................................................. 18
14.1.6 Tomada de corrente............................................................................................................. 18
14.1.7 Blocos de terminais de passagem........................................................................................ 18
14.2 Ensaios de conjunto ................................................................................................................. 18
14.2.1 Condições gerais de ensaio................................................................................................. 18
14.2.2 Queda livre .......................................................................................................................... 19
14.2.3 Verificação da indelebilidade das marcações....................................................................... 19
14.2.4 Verificação dos níveis de isolamento ................................................................................... 19
14.2.5 Ensaio de tracção do armário (em estudo)........................................................................... 20
15 ENSAIOS DE SÉRIE....................................................................................................................... 20
15.1 Inspecção do armário incluindo a verificação da cablagem e ensaio eléctrico operacional....... 21
15.2 Verificação da resistência de isolamento.................................................................................. 21
15.3 Verificação dos revestimentos (metálicos) anticorrosivos ......................................................... 21
15.3.1 Generalidades...................................................................................................................... 21
15.3.2 Ensaios................................................................................................................................ 21
ANEXO A – DIMENSÕES DOS ARMÁRIOS DE CONTAGEM............................................................. 22
ANEXO B – CARACTERÍSTICAS DOS BUCINS SEGUNDO A NORMA EN 50262............................ 23
ANEXO C – DIÂMETROS EXTERIORES DOS CABOS DE ENTRADA............................................... 24
ANEXO D (EM ESTUDO) – CARACTERÍSTICAS DO DESCARREGADOR DE SOBRETENSÕES... 25
ANEXO E – CARACTERÍSTICAS DOS BLOCOS DE TERMINAIS DE PASSAGEM........................... 27
ANEXO F – ENSAIOS DO INVÓLUCRO............................................................................................... 27
FIGURAS............................................................................................................................................... 30
1 INTRODUÇÃO
O presente documento foi elaborado com vista a uma uniformização das características dos armários
de contagem, a utilizar nas equipas de medição para telecontagem.
Na sua elaboração foram tidas em conta quer as disposições aplicáveis de documentos normativos
quer as informações colhidas, relativas aos sistemas de telecontagem de energia.
2 OBJECTO
O presente documento destina-se a estabelecer as características dos armários de contagem e dos
seus elementos constituintes, bem como os ensaios a que os mesmos devem ser submetidos de modo
a serem comprovadas essas características.
3 CAMPO DE APLICAÇÃO
O presente documento aplica-se a armários de contagem destinados a incorporar contadores estáticos
dotados de capacidade de comunicação de informação, possibilitando a implementação da
funcionalidade de telecontagem, em clientes MT.
Quaisquer alterações das edições listadas só serão aplicáveis no âmbito do presente documento se
forem objecto de inclusão específica, por modificação ou aditamento ao mesmo.
IEC 60068-2-32 1975 Environmental testing. Part 2: Tests. Test Ed: Free fall
(Procedure 1) (*)
IEC 60093 1980 Methods of test for volume resistivity and surface resistivity of
solid electrical insulating materials
IEC 60112 1979 Method for determining the comparative and the proof tracking
indices of solid insulating materials under moist conditions
IEC 60439-1 1999 Low-voltage switchgear and controlgear assemblies - Part 1:
Type-tested and partially type-tested assemblies
IEC 60439-5 1996 Low-voltage switchgear and controlgear assemblies - Part 5:
Particular requirements for assemblies intended to be installed
outdoors in public places - Cable distribution cabinets (CDCs) for
power distribution in networks (**)
IEC 61643-21 2000 Low voltage surge protective devices - Part 21: Surge protective
devices connected to telecommunications and signalling
networks - Performance requirements and testing methods
prIEC 61643-22 2002 Surge protective devices connected to telecommunications and
signalling networks - Part 22: Selection and application principles
IEC 60884-1 2002 Plugs and socket-outlets for household and similar purposes -
Part 1: General requirements
IEC 60947-1 2001 Low-voltage switchgear and controlgear - Part 1: General rules
Ed. 3.1
IEC 60947-7-1 2002 Low-voltage switchgear and controlgear - Part 7-1: Ancillary
equipment - Terminal blocks for copper conductors
( )
* esta norma possui uma modificação - AM2:1990
(
**) esta norma possui uma modificação - AM1:1998
ISO 1459 1973 Metallic coatings - Protection against corrosion by hot dip
galvanizing - Guiding principles
ISO 1460 1992 Metallic coatings - Hot dip galvanized coatings on ferrous
materials - Gravimetric determination of the mass per unit area
ISO 1461 1999 Hot dip galvanized coatings on fabricated iron and steel articles
- Specifications and test methods
ISO 8601 1988 Data elements formats - Information interchange -
Representation of dates and times
5 TERMOS E DEFINIÇÕES
Para efeitos do presente documento, são aplicáveis as definições constantes das normas
supracitadas, acrescidas das definições dos seguintes termos:
5.1
baixa tensão
tensão entre fases cujo valor eficaz é inferior ou igual a 1 kV.
5.2
cliente
entidade que adquire energia eléctrica para consumo próprio.
5.3
ensaios de série (também designados por ensaios de rotina)
ensaios previstos para serem efectuados de maneira repetitiva sobre os produtos fabricados em série,
quer sob a forma de ensaios individuais quer sob a forma de ensaios por amostra, com vista a verificar
que uma dada fabricação satisfaz a critérios definidos e destinam-se ao controlo final dos armários.
5.4
ensaios de tipo
ensaios realizados a fim de demonstrarem características de desempenho satisfatórias tendo em conta
as aplicações previstas. São ensaios de natureza tal que, uma vez realizados, não precisam de ser
repetidos, a não ser que ocorram mudanças nas matérias primas, na concepção ou no processo de
fabrico, que possam alterar as características de performance do armário.
5.5
média tensão (MT)
tensão entre fases cujo valor eficaz é superior a 1 kV e não é superior a 45 kV.
5.6
posto de transformação (PT)
instalação de alta tensão destinada à transformação da corrente eléctrica por um ou mais
transformadores estáticos, quando a corrente secundária de todos os transformadores for utilizada
directamente nos receptores, podendo incluir condensadores para compensação do factor de potência.
5.7
produtor
entidade responsável pela ligação à rede e exploração de um ou mais grupos geradores.
5.8
produtor em regime especial (PRE)
produtor do Sistema Eléctrico Independente (SEI) abrangido pelas alíneas b), c) ou d) do n.º 1 do
Artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 182/95, de 27 de Julho.
5.9
sistema de telecontagem
sistema composto por um conjunto de equipamentos dotados de capacidade de comunicação entre si,
e que constituem o suporte de base para a recolha e processamento de dados para as liquidações dos
relacionamentos comerciais entre as várias entidades do Sistema Eléctrico Nacional (SEN).
6 ABREVIATURAS
No presente documento são utilizadas as seguintes abreviaturas:
BT Baixa Tensão
DMA Documento Normativo de Materiais, Aparelhagem, Equipamentos e Ferramentas
DST Descarregador de Sobretensões
EN Norma Europeia
IEC Comissão Electrotécnica Internacional
ISO Organização Internacional de Normalização
NP Norma Portuguesa
MT Média Tensão
PRE Produtor em Regime Especial
PT Posto de Transformação
7 CONDIÇÕES GERAIS
O armário, quando sujeito a estas temperaturas extremas, não deve sofrer nenhum dano irreversível e
deve poder em seguida funcionar nas condições previstas em 7.2.
7.2.3 Altitude
A altitude do local de instalação não excede 2000 m acima do nível do mar (pressão atmosférica de
80 kPa).
8 CARACTERÍSTICAS
O armário de contagem deve ser dimensionado e concebido de modo a satisfazer as características a
seguir indicadas.
O armário deve ser previsto para instalação no exterior, embora na maioria das situações seja
instalado no interior.
Nota: os níveis de isolamento supracitados são referidos às condições de ensaio indicadas na secção 14.2.4
do presente documento.
8.2 Constituição
Os armários de contagem serão constituídos por:
• invólucro
O invólucro destina-se a assegurar a protecção do equipamento instalado no seu interior, bem como a
protecção de pessoas contra contactos com peças sob tensão, sendo fixado a uma parede ou a um
poste, de acordo com o especificado na secção 11.
O invólucro deve ser dotado de bucins, concebidos de modo a permitir a entrada dos cabos para o seu
interior, assegurando a retenção e a selagem (estanquidade) dos mesmos no seu ponto de entrada.
As características e as disposições construtivas dos bucins estão indicadas na secção 8.5.
O invólucro será dotado de uma porta, concebida de modo a garantir a protecção especificada pelo
invólucro. A porta permitirá o acesso ao interior do armário, tanto por parte do cliente, viabilizando a
realização de leituras no contador, como do distribuidor, possibilitando levar a cabo operações de
exploração e de manutenção.
Nota: o contador será objecto de fornecimento separado, i.e., não faz parte do fornecimento do armário de
contagem.
• tomada telefónica
• DST
O DST encontra-se inserido no circuito telefónico, a montante da tomada telefónica, tendo por função
limitar as sobretensões transitórias e escoar as correntes impulsionais provenientes da rede de
comunicações do operador da rede fixa, protegendo o módulo de comunicações (este módulo inclui
um modem) do contador e a própria tomada telefónica.
• régua de terminais
A régua de terminais destina-se a ligar, por um lado, os circuitos de corrente e de tensão provenientes
dos transformadores de medição1), e por outro, os circuitos de corrente e de tensão do contador,
constituindo-se, também, como um equipamento de ensaio, necessário à realização de certas tarefas,
tais como a aferição de contagens, verificação da sequência de fases, medição de tensões, correntes,
etc., sendo fixada ao bastidor.
• tomada de corrente
1) Quando a contagem é executada a partir do lado BT da instalação, os circuitos de tensão são ligados
directamente ao quadro BT da mesma, sendo, por isso, desnecessária a utilização de transformadores de
tensão.
8.3 Invólucro
O invólucro deve respeitar as dimensões interiores mínimas indicadas no anexo A, quadro A-1,
correspondentes à figura 1, satisfazer os ensaios especificados no capítulo respectivo e possuir as
características seguintes:
• deve pertencer à classe II de isolamento, de acordo com o especificado na secção 7.4.3.2.2 da
norma IEC 60439-1;
• deve ser estável aos raios ultravioletas (UV)2);
• deve ter, de preferência, cor cinzenta;
• deve ser não propagador de chama (auto-extinguível);
• deve ser dotado duma fechadura escamoteável com trancas, que permitam fechar a porta em baixo,
em cima e no centro. A fechadura deve ser equipada com um canhão3) de perfil europeu
(semicilíndrico) com as características indicadas no documento DMA-C15-010/N. O canhão deve
ser dotado de uma chave com segredo único para todo o país, a indicar na consulta;
• a porta deve ser desmontável, na posição de aberta, com ferramentas correntes ou sem
ferramentas. O ângulo de abertura da porta será no mínimo de 90º;
• deve garantir os graus de protecção IP 44 e IK 10, mas ao mesmo tempo permitir uma ventilação
natural adequada a fim de se evitarem possíveis condensações e aquecimentos exagerados do
equipamento eléctrico a instalar no seu interior. Para isso, deve ser dotado de dois acessórios de
ventilação (natural), dispostos, cada um, em cada uma das faces laterais do invólucro (um deles,
junto à aresta superior da face, e o outro, junto à aresta inferior da outra face), facilitando a livre
circulação do ar;
• deve ser dotado, na face inferior, de aberturas circulares com diâmetros4) adequados à fixação de
bucins, cujas características se indicam na secção 8.5. Os eixos destas aberturas devem coincidir
com cota “d” indicada no quadro A-1, correspondente à figura 1;
• deve ser dotado, na face frontal posterior interior, de insertos metálicos roscados destinados à
fixação do bastidor, cujas características se indicam na secção seguinte, 8.4;
• deve ser dotado, na face posterior exterior, de insertos metálicos roscados, preferencialmente
inseridos em fábrica, destinados à fixação do armário.
8.4 Bastidor
O bastidor, destinado a incorporar o equipamento eléctrico, deve ser independente do invólucro,
devendo poder ser retirado pela sua frente e voltar a ser colocado, pela mesma via, com o contador
devidamente instalado.
A placa de montagem é de material isolante, devendo apresentar rigidez suficiente de modo a poder
resistir às solicitações susceptíveis de se produzirem em regime normal de exploração.
A placa de montagem deve estar distanciada da face frontal do invólucro de, pelo menos, 15 mm.
Devem ser previstas, na placa de montagem, aberturas em número suficiente por forma a que, por um
lado, a instalação do contador (incluindo ligações) não implique a danificação da tampa de protecção
da sua régua de terminais e, por outro, a que a passagem dos condutores se faça por detrás da placa
montagem. As aberturas destinadas aos circuitos de contagem do contador devem respeitar a
disposição e as dimensões indicadas nas figuras 3 e 4.
A placa de montagem deve ser dotada de meios que permitam a fixação directa do contador à mesma,
tendo em atenção o disposto na figura 9.
Nota: recomenda-se que a espessura da placa de montagem não seja inferior a 4 mm.
8.4.2 Calhas
As calhas fixam-se directamente à placa de montagem e destinam-se à fixação e montagem da
tomada telefónica, do DST, da régua de terminais, da tomada de corrente e dos blocos de terminais de
passagem.
As calhas podem ser metálicas ou de material isolante, admitindo-se como preferencial esta última
solução.
As calhas metálicas são de aço, do tipo TH 35-7.5, de acordo com o especificado na norma EN 60715.
As calhas metálicas devem ser protegidas contra a corrosão, de acordo com o especificado no anexo
A da referida norma.
As calhas de material isolante devem ser dimensionadas para poder resistir às solicitações
susceptíveis de se produzirem em regime normal de exploração. Estas calhas devem permitir a
instalação do equipamento, tendo em atenção que este é previsto para ser montado sobre calhas do
tipo TH 35-7.5 (ver figura 7).
O contador será fixado directamente à placa de montagem. As zonas de fixação do contador na placa
de montagem devem ter em conta o disposto na figura 9.
Deve ser previsto, em cada bloco de terminais, um conjunto de terminais composto por dois terminais
roscados de aperto indirecto, do tipo imperdível. Os terminais devem estar situados em extremidades
opostas e ser de material compatível que não favoreça fenómenos de corrosão electrolítica, sendo
previstos para ligação de condutores de cobre (das classes 1 ou 5) não preparados.
O bloco de terminais destinado à ligação do condutor neutro deve ter cor azul.
O bloco de terminais cujas partes condutoras se encontram directamente acessíveis por um dos seus
lados, deve ser protegido contra os contactos directos através da colocação de uma placa separadora
isolante, entre si e o fixador terminal. A espessura da placa não deve ser inferior a 2 mm.
Os blocos de terminais devem estar em conformidade com a norma IEC 60947-7-1, devendo obedecer
às características indicadas no anexo E.
Nota: os binários de aperto a considerar, mediante o diâmetro nominal do parafuso, são os indicados nas
tabelas 4 e C.1 da norma IEC 60947, partes 1 e 7, respectivamente.
Nota: admite-se a utilização de outro tipo de revestimento de superfície desde que o mesmo garanta uma
resistência à corrosão equivalente à especificada, seja compatível com a natureza do respectivo
substracto e não seja agressivo para o meio-ambiente.
9 TIPOS DE ARMÁRIOS
Consideram-se 2 tipos de armários diferentes, como indicado nas figuras em anexo ao presente
documento.
Os circuitos de tensão e de corrente dos contadores devem ser executados com condutores de secção
de 2,5 mm2, dos tipos H07 V-K ou H07 V-F.
A ligação directa entre o quadro BT e os blocos de terminais de passagem deve ser executada através
do cabo VV (0,6/1 kV), secção 2x2,5 mm2 e bainha exterior de cor preta.
A ligação directa entre a tomada de corrente e os blocos de terminais de passagem deve ser
executada com condutores de secção de 2,5 mm2, do tipo H07 V-U.
No traçado dos condutores não são permitidas mudanças bruscas na direcção dos mesmos, devendo-
se evitar ângulos pronunciados.
Nota 1: recomenda-se que o ponto comum dos transformadores de medição, quando a contagem é feita no
lado BT, em PT aéreos ou em PT de cabina inseridos em redes aéreas ou mistas (no lado MT), seja
sempre ligado à terra de serviço da instalação (neutro) - considerando que a instalação tem terras
distintas.
Nota 2: recomenda-se que o circuito monofásico de corrente, previsto para a alimentação da tomada de
corrente, proveniente do quadro BT, seja protegido na sua origem com um disjuntor de corrente
estipulada 16 A.
Nota 3: o esquema unifilar relativo ao armário tipo B refere-se à duplicação da contagem. No entanto, este
mesmo armário poderá ser utilizado nos PRE, em situações de existência de dois semibarramentos.
Neste caso, o esquema unifilar, no relativo ao conjunto TC (transformadores de corrente), régua de
terminais e contador é idêntico ao do armário tipo A, existindo dois circuitos de corrente independentes.
Os circuitos de tensão poderão eventualmente também ser independentes.
A ferragem utilizada para a sua fixação deve ser em material ferroso e dimensionada para resistir às
solicitações mecânicas susceptíveis de se produzirem nas condições normais de utilização. A
protecção anticorrosiva da ferragem deve ser assegurada por meio da galvanização por imersão a
quente, assumindo valores de espessura do revestimento de zinco de acordo com o quadro 2 da
norma ISO 1461.
Recomenda-se que o sistema de fixação previsto para o armário de contagem passe pela utilização de
uma cinta metálica em aço, por forma a adequar-se às várias situações de montagem.
Na figura 8, indicam-se a título indicativo, algumas características dimensionais intrínsecas aos apoios
de betão normalizados pela EDP Distribuição, bem como os comprimentos (mínimos e máximos) dos
lados, maior e menor, da secção transversal dos apoios, a um metro de altura útil do solo. Note-se que
as furações indicadas na figura 8 servem de suporte de fixação do quadro geral de baixa tensão
(QGBT) e do comando do aparelho de manobra MT.
Nota 1: admite-se a utilização de outro tipo de revestimento de superfície desde que o mesmo garanta uma
resistência à corrosão equivalente à especificada, seja compatível com a natureza do respectivo
substracto e não seja agressivo para o meio-ambiente.
Nota 2: deve ser privilegiado, sempre que possível, quando da instalação do armário de contagem em postos
de transformação aéreos, o lado do poste de exposição menos gravosa à radiação solar.
12 MARCAÇÃO
As marcações devem ser indeléveis, duráveis e facilmente legíveis.
A conformidade das marcações é verificada através do ensaio referido na secção 14.2.3 e por
inspecção. Podem ainda ser exigidas outras marcações, se forem mencionadas na consulta.
12.1 Invólucro
O invólucro deve ter uma chapa de características colocada em local visível no seu interior, em que
conste (relativamente ao armário de contagem):
• identificação do fabricante5) e do fornecedor, caso sejam diferentes;
• ano e semana de fabrico de acordo com a norma ISO 8601 (1989), em representação truncada na
forma YYWww (por exemplo: 03W12, para a 12ª semana de 2003);
• referência do modelo de modo a que seja possível a sua identificação com vista a obter toda a
informação correspondente, junto do fabricante ou no seu catálogo;
• DMA-C17-510/N.
5) Entende-se por fabricante como sendo a organização que assume a responsabilidade pelo produto acabado.
O invólucro deve ser identificado em local bem visível, no seu exterior, sobre a porta, com a inscrição
“ARMÁRIO DE CONTAGEM”.
A fixação de chapas não deve ser feita com parafusos, rebites ou outro dispositivo semelhante, de tal
modo que pela sua queda possa vir a prejudicar os graus de protecção e os níveis de isolamento do
armário.
13 EMBALAGEM
O armário deve ser fornecido devidamente embalado e condicionado, satisfazendo o ensaio
especificado na secção 14.2.2.
A embalagem deve ser dotada de um rótulo, em que conste o nome do fabricante ou a sua marca
comercial, o tipo de armário (A ou B) e a designação “ARMÁRIO DE CONTAGEM”.
14 ENSAIOS DE TIPO
Os ensaios indicados na presente secção são de tipo. Quaisquer outros ensaios deverão ser objecto
de acordo com o fornecedor.
14.1.1 Invólucro
Caso esteja prevista a realização de ensaios, o fabricante deve informar atempadamente a EDP
Distribuição do programa e das datas de realização dos mesmos, por forma a permitir o seu
acompanhamento.
Dispensa-se a realização dos ensaios indicados no quadro F-1, na sua totalidade ou em parte,
mediante o cumprimento das seguintes condições:
• o fabricante deve apresentar certificados ou relatórios de ensaios, referentes ao invólucro proposto,
de acordo com as normas indicadas no quadro F-1;
• as condições de severidade e de conformidade dos ensaios associados aos comprovativos de
conformidade apresentados, não devem ser inferiores aos requisitos adicionais de ensaio,
especificados no quadro F-1.
14.1.2 Bucins
Deve ser evidenciada a conformidade dos bucins com o especificado na norma EN 50262, tendo em
atenção o prescrito na secção 8.5.
Devem ser realizados os ensaios indicados nas secções 14.2.2, 14.2.3, 14.2.4 e 14.2.5.
Se outra disposição não for indicada, os ensaios devem ser feitos com o armário na sua posição
normal de serviço e devidamente equipado como para fornecimento.
Os ensaios devem ser realizados a uma temperatura ambiente compreendida entre 15 ºC e 30 ºC, se
outra temperatura não for especificada.
Os ensaios que se seguem são realizados sobre a mesma amostra, pela ordem indicada.
As marcações por moldagem ou punção não devem ser submetidas a este ensaio.
As marcações devem ser verificadas visualmente, não devendo ser possível a sua remoção por atrito
esfregando-as à mão com um pano embebido em água durante 15 segundos, e a seguir, de novo
durante 15 segundos, com um pano embebido em derivado de petróleo.
Nota: o derivado de petróleo deve ser definido como um solvente hexano com conteúdo aromático máximo de
0,1 % em volume, um valor de klausibutanol de 29, ponto de ebulição inicial de 65 ºC e final de 69 ºC e
3
densidade aproximadamente de 0,68 g/cm .
Os ensaios devem ser feitos com o armário na sua posição normal de serviço, equipado e electrificado
de acordo com o indicado nas figuras 3, 4, 5 e 6.
Os ensaios devem ser realizados de acordo com a secção 8.2.2.2 da norma IEC 60439-1.
A tensão de ensaio será aplicada entre a massa, representada por uma folha metálica envolvendo a
superfície exterior do invólucro, e todos os circuitos de entrada do armário, interligados entre si.
Devem ser realizados dois ensaios, um à frequência industrial e o outro à onda de choque.
Os valores das tensões de ensaio a aplicar são os indicados na secção 8.1.2 do presente documento.
No caso do ensaio à frequência industrial, o valor eficaz da onda alternada, no instante de aplicação,
não deve ultrapassar 50 % do valor especificado, devendo, posteriormente, ser aumentado
progressivamente até atingir o seu valor pleno, sendo mantido durante um minuto.
A onda de choque deve ser aplicada três vezes por cada polaridade, em intervalos de tempo não
inferiores a 1 segundo.
Os resultados dos ensaios não são considerados conformes se ocorrer perfuração, contornamento,
escorvamento, fissura ou qualquer outra deterioração visível.
14.2.6 Objecto
Este ensaio tem por objectivo determinar se o armário, quando na sua posição normal de serviço,
fixado directamente a uma parede, e quando lhe aplicada uma força, sofre danos ou é extraído.
Deve ser aplicada uma força de 2000 N com direcção perpendicular ao plano da parede e sentido
como se indica na figura, de modo a que haja uma distribuição uniforme do esforço exercido sobre os
dispositivos de fixação.
A força deve ser aplicada durante 30 minutos. No instante de aplicação, o valor de força aplicado pode
ser progressivamente aumentado até atingir o seu valor pleno. O tempo de aplicação é contabilizado a
partir do instante em que a força aplicada atinge o valor especificado.
15 ENSAIOS DE SÉRIE
Os ensaios devem ser feitos com os equipamentos na sua posição normal de serviço.
Os ensaios devem ser realizados a uma temperatura ambiente compreendida entre 15 ºC e 30 ºC.
O fabricante deve efectuar, ao longo da sua produção e em todos os armários, pelo menos os ensaios
de série seguidamente discriminados.
15.3.1 Generalidades
Qualquer outro revestimento utilizado que não conste do presente documento deve ter por referência
uma norma e ser objecto de acordo entre a EDP Distribuição e o fabricante.
A conversão da espessura, em µm, para massa de unidade e superfície, em g/m2, e vice-versa, é dada
pelas seguintes fórmulas:
1 µm = 7,14 g/m2;
1 g/m2 = 0,14 µm.
15.3.2 Ensaios
• Verificação da aderência do revestimento: norma NP 526.
• Determinação gravimétrica da massa por unidade de superfície: ISO 1460 (galvanização por
imersão a quente) ou NP 525 (zincagem por electrólise).
Considera-se que há conformidade, se a espessura calculada a partir das medições feitas, for pelo
menos igual à espessura especificada.
ANEXO A
DIMENSÕES DOS ARMÁRIOS DE CONTAGEM
Quadro A-1
Dimensões dos armários de contagem
Tipo de armário A B
máx - -
a
mín 600 750
máx - -
l
DIMENSÕES (MM) mín 400 500
máx - -
p
mín 210 210
d +5 45 45
−10 mm
Nota: as dimensões “a” (altura), “l” (largura) e “p” (profundidade) são dimensões interiores mínimas, referidas à
figura 1.
ANEXO B
CARACTERÍSTICAS DOS BUCINS SEGUNDO A NORMA EN 50262
• material
São de material isolante (não metálicos).
• propriedades mecânicas
Devem poder ser classificados, pelo menos, na categoria 5 de impacto.
Nota: a classificação do bucim quanto à sua capacidade para limitar a deslocação do cabo quando este é
sujeito a cargas dinâmicas ou a momentos, está em estudo.
• propriedades eléctricas
Devem possuir características isolantes (classificados segundo a secção 6.3.2 da norma EN 50262).
Devem poder ser utilizados em ambientes com temperaturas compreendidas entre –25 ºC e +40 ºC.
ANEXO C
DIÂMETROS EXTERIORES DOS CABOS DE ENTRADA
Os diâmetros exteriores dos cabos de entrada são os indicados no quadro C-1 seguinte:
Quadro C-1
Diâmetros exteriores dos cabos de entrada
Diâmetro exterior
Tipo de cabo
fictício (mm)
VV 2x2.5 11,2
VV 4x4 14,8
VV 10x2,5 18
Nota 1: os valores indicados não têm valor vinculativo, servindo meramente como guia para o dimensionamento
dos bucins.
Nota 2: os valores indicados são valores teóricos calculados, baseados no “método de cálculo fictício para
determinação das dimensões dos revestimentos de protecção”, constante do anexo A da norma
IEC 60502-1.
As características aplicáveis ao DST, segundo a norma IEC 61643-21, são as indicadas no quadro D-1
seguinte:
Quadro D-1
Características do descarregador de sobretensões
O DST deve satisfazer as características acima indicadas, para as condições de utilização indicadas
no quadro D-2 seguinte:
Quadro D-2
Condições de utilização
Nota: os valores de referência indicados, intrínsecos às condições de ensaio especificadas, não são valores
vinculativos, servindo, apenas e transitoriamente, como guia para o dimensionamento do DST.
ANEXO E
CARACTERÍSTICAS DOS BLOCOS DE TERMINAIS DE PASSAGEM
Quadro E-1
Características dos blocos de terminais de passagem
norma
Característica Valores de referência
aplicável
400 V
Tensão estipulada de isolamento (Ui) (1890 V – 5 s, 50 Hz)
IEC 60947-7-1
ANEXO F
ENSAIOS DO INVÓLUCRO
No quadro F-1 seguinte indicam-se os ensaios a que o invólucro deve ser submetido, bem como a
respectiva norma e secção aplicáveis, o número de amostras (invólucro 1, invólucro 2, etc.) a utilizar
em cada um dos ensaios, a ordem dos ensaios e os requisitos adicionais de ensaio, quando
necessários.
Quadro F-1
Ensaios do invólucro
Ordem e sequência de
A realizar de acordo ensaios por amostra
Designação do ensaio com: Requisitos adicionais de ensaio
Amostra (invólucro) n.º:
Norma Secção 1 2 3 4 5 e/ou 6
Verificação da
indelebilidade das EN 50298 8.2 - 7
marcações
Verificação da resistência - o grau de protecção a considerar
a esforços estáticos 8.2.9.1.1 é o especificado para o invólucro
aplicados sobre o IEC 60439-5 (IP 44) 5
alínea a)
invólucro
Verificação da resistência
a impactos mecânicos IEC 60439-5 8.2.9.5 - 1
com objectos pontiagudos
(continua)
Ordem e sequência de
A realizar de acordo ensaios por amostra
Designação do ensaio com: Requisitos adicionais de ensaio Amostra (invólucro) n.º:
Verificação da resistência
ao calor EN 50298 8.8.2 - 2
Verificação da resistência
ao calor anormal e ao EN 50298 8.8.3 - 3
fogo
Verificação da resistência
ao envelhecimento EN 50298 8.11 - 1
climático
Verificação da resistência
à corrosão EN 50298 8.12 - 1
FIGURAS
Figura 8 - Características dimensionais dos postes de betão tipos 12TP4 e 14TP4 (DMA-C67-212/N)
Nota: os eixos dos dispositivos previstos para a fixação do contador devem coincidir com os eixos intrínsecos
às zonas de fixação representadas na figura.