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Apostila Arquitetura de Computadores

O documento descreve a evolução histórica dos computadores, desde os primeiros dispositivos mecânicos de contagem até os modernos computadores pessoais baseados em microprocessadores. Passa por máquinas como a máquina analítica de Babbage, os primeiros computadores eletrônicos como o ENIAC, e o desenvolvimento dos circuitos integrados e microprocessadores.

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Apostila Arquitetura de Computadores

O documento descreve a evolução histórica dos computadores, desde os primeiros dispositivos mecânicos de contagem até os modernos computadores pessoais baseados em microprocessadores. Passa por máquinas como a máquina analítica de Babbage, os primeiros computadores eletrônicos como o ENIAC, e o desenvolvimento dos circuitos integrados e microprocessadores.

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FACE-FUMEC

CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO

PROF. AIR RABELO

2015
1 - O HISTÓRICO DA COMPUTAÇÃO

Evolução dos computadores (Uma breve história)

Tudo começou quando o homem sentiu a necessidade de efetuar medidas para assim controlar tudo que o cercava.
Um dos primeiros meios de contagem foi sem dúvida os dedos das mãos e as pedrinhas. Em 3000 a.C. na china
surgiu uma ferramenta capaz de auxiliar o homem nos cálculos a serem realizados. Essa ferramenta chamava-se
ÁBACO:

Em 1642, em Roun, na França, Blaise Pascal constrói sua primeira máquina de somar, a PASCALINE. Esta máquina
utilizava meios mecânicos através de engrenagens para realizar suas somas e apresentar seus resultados. Em 1671, o
alemão Gottfried Wilhelm Leibnitz, aperfeiçoou a máquina de Pascal afim de que a mesma pudesse efetuar
multiplicações por meio de somas sucessivas.

Em 1833, um inglês chamado Charles Babbage inventou a máquina analítica. A máquina deveria possuir uma seção
denominada moinho e uma outra denominada depósito. O depósito poderia reter até cem números de quarenta
dígitos de uma só vez. Esses números ficariam armazenados até que chegasse a vez de serem operados no moinho;
os resultados seriam então recolocados no depósito à espera de uso posterior ou chamada para impressão. As
instruções seriam introduzidas na máquina analítica por meio de cartões perfurados. Esta máquina, embora nunca
tenha sido realmente construída por ele, foi a precursora dos modernos computadores atuais.

Pascaline de Blaise Pascal Máquina analítica de Charles Babbage

Em 1890, o norte americano Herman Hollerith, desenvolveu uma máquina chamada tabulador estatístico para
acelerar o processamento das estatísticas para o censo dos Estados Unidos. Com o sucesso da máquina, Hollerith
instalou a Companhia de Máquinas Tabuladoras para vender sua invenção às companhias de estradas de ferro,
órgãos do governo e até mesmo à Rússia czarista. A companhia tornou-se de imediato, e permanentemente, bem
sucedida. Ao longo dos anos, passou por várias funções e mudanças de nomes, sendo que a última dessas ocorreu
em 1924 quando foi criada a International Business Machines Corporation, ou IBM.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 2


Tabulador Estatístico de Herman Hollerith

Por volta de 1943, fica pronto o MARK I, uma máquina pioneira com cerca de quinze metros de comprimento, 2,5
de altura e que continha nada menos que 750000 partes, unidas por 80400 metros de fios. Suas aplicações eram
militares.

MARK I

Em 1946 fica pronto o ENIAC, primeiro computador eletrônico, possuía 25 metros de comprimento e 5,5 metros de
altura, 18000 válvulas e pesava 30 toneladas. Era utilizado para calcular a trajetória de mísseis. Sua programação era
feita através de cabos e conectores.

Válvula ENIAC

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 3


A partir das idéias de von Neumann e sua equipe, os primeiros computadores a utilizarem conceito de programas
foram criados: o EDSAC (Electronic Delay Storage Automatic Computer) e o EDVAC (Electronic Discrete
Variable Automatic Computer), em 1949. Os computadores passaram a diminuir bastante de tamanho.

Em 1951 a IBM lança o primeiro computador produzido em escala comercial, o UNIVAC (Universal Automated
Computer)

EDSAC UNIVAC

A IBM passa a dominar o mercado de computadores ao construir seus computadores em escala comercial, com o
lançamento do IBM 701 em 1953 e, principalmente, do IBM 650 em 1954. Este último vendeu mais de mil unidades,
um sucesso absoluto de vendas, e que veio refletir a real necessidade que o mundo teria no uso de computadores.

IBM 650 IBM 701

Em setembro de 1956 a IBM lançou o 305 RAMAC, o primeiro computador com HD do mercado. Pesando cerca de
1 tonelada, o HD tinha apenas 5MB de capacidade. Na época, além de serem gigantescos, os computadores usavam
imensas unidades de fita magnética para o armazenamento de informações para uso posterior, além de sistemas de
cartões perfurados, onde as informações que você queria passar para o computador eram marcadas através de
perfurações feitas em cartões para a posterior leitura pelos computadores - processo extremamente demorado.
Obviamente tais discos magnéticos ainda estavam longe de serem parecidos com os discos magnéticos como
conhecemos hoje em dia.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 4


HD do IBM 305 RAMAC - 1 tonelada e 5MB de capacidade.

Cartão Perfurado Fita Magnética

Em 1957 é desenvolvida a linguagem FORTRAN (Formula Translator), a primeira linguagem de alto nível para
computadores. Nesta mesma época a IBM lançou os primeiros computadores a se utilizarem totalmente de
transistores foram o IBM 1401 e IBM 7094 que juntos, venderam mais de 10.000 unidades, reafirmando mais uma
vez a demanda por uma indústria mundial de computadores. Os transistores vieram a substituir as válvulas. Por ser
um componente baseado na tecnologia dos semicondutores - elementos com propriedades físicas especiais, tal como
o germânio e o silício - o transistor é considerado um "componente do estado sólido" e possui a grande vantagem de
não se aquecer como as válvulas nem muito menos quebrar por choque físico, além de ser fisicamente muito menor.

IBM 1401 Transistor

Em 1958, Jack kilby da Texas Instruments e Robert Noyce da Fairchild Semicondutor, criaram o primeiro cirtuito
integrado (chip ou microchip). A Corrida Espacial no início da década de 60 foi um dos fatores mais importantes
para que em 1961 iniciasse a produção dos primeiros circuitos integrados (Chip), com a junção de vários transistores
em um só componente, colocando um circuito relativamente grande dentro de uma só pastilha de silício.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 5


Primeiro Chip

Um dos primeiros computadores a utilizar circuitos integrados foi o IBM/360, lançado em 1964. Avançadíssimo para
a época, fez com que todos os outros computadores fossem considerados totalmente obsoletos. A IBM vendeu mais
de 30.000 do IBM/360.

Em 1971, foi desenvolvida a tecnologia LSI (Large Scale Integration), que permitiu a junção de vários circuitos
integrados em um só, dando origem aos microprocessadores. Os microprocessadores são circuitos integrados que
permitem ser programados a fim de que executem uma determinada tarefa. A empresa americana Intel foi a
responsável pela criação dos primeiros microprocessadores, o 4004, que manipulava palavras binárias de 4 bits (cada
algarismo binário - cada "0" e cada "1" presente em uma palavra binária - é chamado de bit - Binary Digit.) e o
8008, no ano seguinte, que manipulava palavras binárias de 8 bits.

IBM/360 Intel 4004

Em 1974, Gary A. Kildall da Intel, através de sua empresa, a Digital Research, criou o CP/M (Control Program /
Microcomputers), primeiro sistema operacional para microcomputadores, um programa que permitiria o acesso a
unidades de disco magnético por parte dos microcomputadores. Neste ano também, a empresa MITS, situada em
Albuquerque, Novo México, EUA, criou o primeiro microcomputador pessoal do mundo, o ALTAIR 8800.

Em 4 de abril de 1975, Bill Gates e Paul Allen criaram a Microsoft, e desenvolveram um interpretador de BASIC
para ser utilizado no microcomputador Altair 8800.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 6


Em 1976 a canadense Commodore, que fabricava somente máquinas de calcular e outros utensílios para escritório e
estava à beira da falência, resolveu criar um microcomputador pessoal para fins comerciais. Assim foi criado o PET
2001 (Personal Electronic Transactor). Com ele, a Commodore saiu do processo de falência.

Ainda em 1976, Steve Wozniak, que trabalhava na HP e Steve Jobs, que trabalhava na Atari, utilizando o
microprocessador 6502 (que custava "somente" 20 dólares), desenvolveram um microcomputador batizado de Apple.
O Apple foi criado para ser utilizado e vendido para hobbistas e cerca de 175 foram vendidos, com um enorme
sucesso. No ano seguinte, 1977, eles lançaram o Apple II, que foi o primeiro microcomputador pessoal com unidade
de disco flexível e projetado para atender tanto ao mercado pessoal como profissional.

Steve Jobs e Steve Wozniak Apple I

Apple II

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Em 1979 a Apple desenvolveu outro microcomputador, o Lisa, que possuía interface gráfica e utilizava mouse.

Em 1981 a IBM lança o IBM-PC. Inicialmente a IBM não teve interesse em microcomputadores pessoais - ela
preferia continuar produzindo computadores de médio e grande portes - finalmente resolveu entrar nesse mercado
vendo que estava crescendo assustadoramente, e era a única que poderia desbancar a supremacia da Apple - pois
tinha nome, tecnologia e dinheiro. O IBM-PC utilizava o processador 8086 da Intel, que era um processador de 16
bits e acessava até 1MB de memória RAM.

Apple Lisa IBM PC

A Seattle Computer Products - uma das empresas que estavam entrando no mercado na época e havia lançado um
microcomputador baseado no 8086 - resolveu ela mesmo desenvolver um sistema operacional para o seu
microcomputador, chamando-o de QDOS. A Microsoft, que tinha convencido a IBM a utilizar no IBM-PC um
sistema operacional dela chamado DOS, comprou todos os direitos sobre o QDOS, mudou o nome para MS-DOS, e
assim o IBM PC foi lançado com o operacional MS-DOS 1.0 da Microsoft.

Em 1983 a IBM lança o seu IBM PC XT (Extended Tecnology), agora com disco rígido (de incríveis 5 ou 10 MB),
processador 8088 (16 bits internos / 8 bits externos) e uma nova versão do seu DOS, a 2.0.

Em 1984 a Apple lança o Machintosh, que era uma nova versão do Lisa para uso residencial e a IBM lança o PC-AT
(Advanced Tecnology – processador Intel 80286) utilizando uma nova versão do sistema operacional da Microsoft o
MS-DOS 3.0 e 3.1.

Processador 8088 (IBM-PC XT) Processador 80286 (IBM-PC AT)

Após o 80286, a linha de processadores Intel deu continuidade com os processadores (em seqüência): 80386, 80486,
Pentium, Pentium MMX, Pentium PRO, Celeron, Pentium II, Pentium II Xeon, Pentium III, Pentium III Xeon,
Pentium 4, Intel Xeon, Itanium (incompatível com os demais), Pentium M (móbile) Celeron M (móbile), Centrino
(Pentium M + rede wireless + Chipset 855), Pentium D (dual core – dois núcleos), Core Solo, Core Duo, Core 2
Duo, Core 2 Quad, Core i3, Core i5 e Core i7.

Linha de processadores AMD: 386, 486, 586, K5, K6, K6-2, K6-III, Duron, Athlon, Opteron (64 bits), Athlon 64,
Sempron, Turion 64 X2 Mobile (dois núcleos), Athlon 64 X2 (dois núcleos), Athlon 64 FX.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 8


2 - GERAÇÃO DE COMPUTADORES

Primeira geração: Eram computadores constituídos de válvulas, engrenagens, fios, possuíam grande dimensão,
tinham custo elevado, necessitavam de constante refrigeração.

Segunda geração: Funcionamento à base de transistores, início da era programável, utilização de linguagem de
baixo nível.

Terceira geração: Utilização de chips, onde cada circuito integrado é capaz de armazenar vários transistores em um
espaço bastante reduzido, desempenhando assim operações complexas num espaço reduzido de tempo. Grande
aumento de velocidade de processamento, aumento de memória, redução de custo, desenvolvimento de linguagem de
alto nível.

Quarta geração: Menor custo, menor dimensão surgimento dos microcomputadores, das linguagens de quarta
geração e utilização dos chips VLSI (Very Large Scale Integration), ou seja, circuítos integrados em larga escala.

ANO GERAÇÃO TECNOLOGIA / FILOSOFIA APLICAÇÕES


1946 / 1a Válvulas, grandes dimensões, alto custo Científicas restritas e militares
1956
1957 / 2a Transistores, início da era programável, Comerciais em geral
1963 linguagem de baixo nível (Cobol e
Fortran)
1964 / 3a Chips, aumento da capacidade de Comerciais avançadas e gráficas
1981 processamento, linguagens de alto
nível, redução de custos, programação
estruturada (Pascal)
1982 4a Chips mais evoluídos, menor custo e Automação de escritórios
dimensões, linguagens de 4a. geração, (Editores de textos e planilhas),
alta capacidade de processamento gráficas, multimídia.

3 – TERMOS BÁSICOS
Informática: É a ciência que trata da manipulação de informações em processamento.

Dado: É a menor informação fornecida ao computador.

Processamento de dados: É a manipulação ou formatação dos dados de acordo com regras precisas, e que se utiliza,
em geral, de máquinas eletrônicas, as quais reduzem ao mínimo a intervenção humana.

Informação: É o resultado da manipulação, formatação ou organização dos dados de forma que o receptor da
informação aumente seu grau de conhecimento sobre o fenômeno em questão.

Chip: Placa miniaturizada de material semicondutor (silício), onde são impressos circuitos constituídos de milhares
de transistores e outros componentes eletrônicos.

Computador: É um aparelho eletrônico controlado por um programa capaz de receber dados e informações,
submetê-las a um conjunto especificado e predeterminado de operações lógicas ou matemáticas, e fornecer o
resultado dessas operações, ou seja, realizar o processamento de dados e gerar informações.
O computador é constituído de circuitos eletrônicos integrados (chips) responsáveis pelo controle de fluxo de sinais
elétricos que ocorre internamente ao computador. Tal fluxo representa o processamento a nível de máquina. Após
decodificado, ou seja, transformado em um código que possa ser compreendido facilmente pelo ser humano, o fluxo
pode ser interpretado dando assim o resultado do processamento.
Os chips são agrupados em placas formando assim todo o aparato eletrônico principal do computador.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 9


Instrução: ordem elementar, em linguagem de máquina (conjunto de instruções em código binário), dirigida à CPU
de um computador.

Linguagem de programação: é um conjunto de regras sintáticas e semânticas utilizada para expressar


instruções para um computador. Uma linguagem permite que um programador especifique precisamente
sobre quais dados um computador vai atuar, como estes dados serão armazenados ou transmitidos e quais
ações devem ser tomadas sob várias circunstâncias.

Programa: conjunto de instruções, escritas em uma linguagem de programação, fornecidas ao computador para
ordenar a execução de uma tarefa, isto é, execução de operações sobre dados. É esta seqüência irá controlá-lo e dizer
o que deve ser realizado. Podemos dizer que o programa é a alma do computador. Tecnicamente o programa também
é conhecido como software.

Hardware: Conjunto de equipamentos utilizados em um sistema de computação.

Software: Conjunto de instruções detalhadas (programas), utilizadas para executar operações ou resolver problemas
por computador. Ex: Sistema operacional, um editor de textos, uma planilha, sistema de controle de estoque, etc...

Sistema de Informação: É um conjunto de funções (programas), interligados e independentes, que interagem para
obtenção de um determinado fim.

Bit: É a menor unidade de trabalho num computador, e que pode adotar dois valores ou estados distintos: zero e um.
A palavra "bit" é contração de "binary digity" (dígito binário). Em termos de circuito eletrônico bit 1 representa
presença de tensão elétrica e bit 0 ausência.

Byte: (Binary Term) Conjunto de 8 bits que pela combinação de seus estados pode armazenar e representar qualquer
caracter (letra, número ou símbolo). Com os 8 bits são possíveis formar até 256 combinações diferentes (28 = 256).

Exemplos da Tabela ASCII


Código Binário Caracter
0100 0001 A
0101 1010 Z
0110 0001 a
0111 1010 z
0100 0000 @
0011 1111 ?
0011 0101 5
0011 1001 9

Agrupamento de Bytes:

210 Bytes = 1024 Bytes = 1 KiloByte (KB) = 1.024 Bytes


220 Bytes = 1024 KBytes = 1 MegaByte (MB) = 1.048.576 Bytes
230 Bytes = 1024 MBytes = 1 GigaByte (GB) = 1.073.741.824 Bytes
240 Bytes = 1024 GBytes = 1 TeraByte (TB) = 1.099.511.627.776 Bytes
250 Bytes = 1024 TBytes = 1 PetaByte (PB) = 1.125.899.906.842.620 Bytes
260 Bytes = 1024 PBytes = 1 ExaByte (EB) = 1.152.921.504.606.850.000 Bytes
270 Bytes = 1024 EBytes = 1 ZettaByte (ZB) = 1.180.591.620.717.410.000.000 Bytes
280 Bytes = 1024 ZBytes = 1 YottaByte (YB) = 1.208.925.819.614.630.000.000.000 Bytes

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 10


4 – ARQUITETURA GENÉRICA DE UM COMPUTADOR

MEMÓRIA

DISPOSITIVOS DE DISPOSITIVOS DE
ENTRADA DE CPU
SAÍDA DE DADOS
DADOS

Periféricos

Todo e qualquer dispositivo responsável pela entrada e saída de dados. Sua principal função é fazer a interface entre
o usuário do computador e a máquina. Essa interface funciona da seguinte forma: O usuário do sistema
computacional escreve seus programas e instruções, entra com dados e envia comandos em notações próximas a uma
linguagem como o inglês, em seguida os periféricos encarregam-se de encaminhar tais interações para a memória e
CPU. Dando prosseguimento, o microprocessador processa os dados e executa suas operações na forma binária,
enviando os resultados (ainda na forma binária) para os periféricos de saída. Estes por sua vez convertem os dados e
informações binárias em padrões compreensíveis pelos usuários como gráficos, relatórios, caracteres em terminal de
vídeo, saídas para a impressora ou plotter.

Dispositivos de Entrada de Dados

-Responsáveis pela comunicação do homem c/ a máquina.


-Dispositivos pelos quais os dados são inseridos no computador para serem processados.
-Neles ocorre a transformação de informações do homem em sinais elétricos.

EXEMPLOS: Teclado, Mouse, Joystick, Microfone, Scanner, Câmera de Vídeo, Disco Rígido (HD), Unidade de
disco flexível (drive de disquete), Unidade de Fita magnética, Unidade de disco óptico (leitor/gravador de CD ou
DVD), Pen Drive, e outros.

Dispositivos de Saída de Dados

-Responsáveis pela comunicação da máquina com o homem.


-Dispositivos que registram o resultado do processamento.
-Neles ocorre a transformação de sinais elétricos em informações inteligíveis pelo homem.

EXEMPLOS: Monitor de Vídeo, Impressora, Plotter, Caixas de som, Disco Rígido (HD), Unidade de disco
flexível (drive de disquete), Unidade de Fita magnética, Unidade de disco óptico (leitor/gravador de CD ou DVD),
Pen Drive, e outros.

Memória

Utilizada para armazenar dados provenientes dos dispositivos de entrada/saída de dados e resultados parciais e finais
do processamento. Todos os dados são armazenados na forma de bytes em endereços também na forma binária.

Os dois tipos básicos de memória são RAM e ROM.

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Memória RAM (Random Access Memory)

Sua principal característica é que pode ser usada para leitura e escrita. Por isso é usada para armazenar as instruções
a serem executadas pelo microprocessador, ou os dados a serem processados. Uma outra característica da RAM é
que trata-se de uma memória volátil, ou seja, seus dados são apagados no instante em que o micro é desligado, isto
porque esta memória necessita de energia para manter os dados armazenados.

Um tipo muito usado de memória RAM chama-se DRAM (Dynamic RAM). A DRAM é uma memória mais lenta,
mas muito barata e compacta. As memórias SRAM (Static RAM) são memórias mais velozes e por isto mais caras
do que as DRAM. As SRAM são utilizadas para memória cache nas placas mãe.

Módulo de memória DRAM

Os programas são lidos dos discos para a memória principal e estes utilizam dados que também ficam armazenados
na memória principal até serem manipulados pelo processador seguindo as regras definidas pelas instruções dos
programas.

Não importa o tipo de dados que o computador esta utilizando, para o PC eles são apenas 0s e 1s. Os números
binários são a língua nativa dos computadores (linguagem de máquina). Todos os dados são armazenados em
memória e disco através da notação binária. Estes mesmos dados aparecem na tela em forma de números e
caracteres, pois são convertidos pelo computador através de sistemas de codificação como o ASCII, na qual certos
números representam letras (A - 65; B - 66, etc).

Memória ROM (Read Only Memory)

Chip de memória ROM (BIOS)

É uma memória apenas para leitura, o que significa que em operação normal essa memória é apenas lida, e nunca
gravada. Sua gravação é feita na fábrica. A outra característica das ROM's é que são memórias não voláteis, ou seja,
seus dados não são perdidos quando o micro é desligado. Como este tipo de memória conserva os dados nela
armazenados mesmo que o computador seja desligado, ela é usada para guardar programas básicos necessários ao
funcionamento do computador. Como exemplo de programas armazenados na ROM, podemos citar o programa de
POST (Power On Self Test), as rotinas do BIOS (Sistema Básico de Entrada e Saída) e o SETUP (programa de
configuração do hardware do computador)

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Microprocessadores ou CPU (Central Process Unit – Unidade central de Processamento)

O microprocessador (CPU) é um circuito integrado (chip) especial que se diferencia dos outros por poder ser
programado para executar uma tarefa pré-definida. É o circuito mais importante existente em um computador.
Instalado na placa mãe. Trata-se de um chip que realiza todo o controle do computador. Comanda a leitura e
gravação de dados nos discos, lê e grava dados na memória, executa programas, recebe dados de dispositivos como o
teclado e o mouse e transmite dados para dispositivos como o vídeo e a impressora.

O microprocessador tem a função de realizar operações básicas como:

- Leitura de dados da memória


- Gravação de dados na memória
- Leitura de dados de dispositivos de Entrada/Saída
- Gravação de dados em dispositivos de Entrada/Saída
- Operações matemáticas
- Operações lógicas
- Comparações e decisões simples
- Entre as operações matemáticas executadas pelo microprocessador podemos citar adições, subtrações,
multiplicações, divisões, e operações lógicas como OR, AND, NOT, >, <, =, etc.

Papel da CPU:

- receber os dados, processar estes dados conforme programação prévia e devolver o resultado.
- qualquer sistema eletrônico que permita ser programado possui um processador controlando essa
programação.
- a programação de um sistema é feita através de instruções (comandos) que são entendidos pelo
processador.
- um programa feito com instruções destinadas a um processador não poderá ser interpretado por outro
processador de padrão diferente.

Fatores que influenciam na velocidade dos processadores:

1 - Número de bits do processador, ou bits internos

Os computadores armazenam e manipulam informações como bits, desta forma podemos caracterizar um
processador pela quantidade de bits que ele pode trabalhar de uma vez (bits internos). Quanto maior for o número de
bits de um microprocessador, mais rapidamente será capaz de fazer operações. Os microprocessadores de 8 bits
conseguem manipular 8 bits de dados de cada vez, os de 16 bits manipulam 16 bits de dados de cada vez e os de 32
bits manipulam 32 bits de dados de cada vez. Por exemplo, o 8088, o 8086 e o 80286 são microporcessadores de 16
bits. O 80386, 80486 e PENTIUM são de 32 bits, ou seja, conseguem processar 32 bits de dados de cada vez.

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2 - Número de bits da memória, ou bits externos

Refere-se ao número externo de bits, ou seja, o número de bits que um processador pode enviar ou receber (gravar
ou ler) da memória de cada vez.

Microprocessador Bits internos Bits externos


8086 16 16
8088 16 8
80286 16 16
80386SX 32 16
80386DX 32 32
PENTIUM 32 64
Core i7 64 64

Quanto maior for o número externo de bits de um microprocessador, mais rápido poderá ler e escrever dados na
memória.

3 - Clock

Cada processador depende de um impulso elétrico que ocorre muitas vezes por segundo. Este sinal atua como pulso
do processador e ditam o rítmo de funcionamento do mesmo. O tempo que um processador leva para realizar uma
operação é medido em ciclos por segundo. O clock de um microprocessador é medido em MHz (Megahertz).
Suponha, por exemplo, um 386 DX - 40. Este microprocessador opera, do ponto de vista interno e externo, com um
clock de 40 MHz, ou seja, 40 milhões de ciclos por segundo. Este elevado número de ciclos está diretamente
relacionado com o número de instruções e com o número de acessos à memória que podem ser realizados a cada
segundo. Existem instruções que necessitam de apenas um ciclo para sua execução. Outras instruções mais
complexas podem levar 2, 3 ou mais ciclos. Obviamente quanto maior for o número de ciclos por segundo ( ou seja,
o clock), maior será o número de instruções que podem ser realizadas. Por exemplo se um acesso a memória levar 2
ciclos, um microprocessador de 40 MHz poderá executar 20 milhões de acessos à memória a cada segundo e se ele
for de 20 MHz só poderá executar 10 milhões de acessos à memória por segundo.

O IBM PC original e o XT continha um microprocessador 8088 operando com 4,77 MHz. Mais tarde outros
fabricantes lançaram XT's com versões mais velozes do 8088, operando com 8, 10 e até 12 MHz.

Até 1992 ( 80386 ) os microprocessadores usavam o mesmo clock para executar suas instruções (clock interno) e
para fazer acessos à memória (clock externo). A tabela abaixo exemplifica o acima descrito:

Microprocessador Clock Interno Clock Externo


486 DX-33 33 MHz 33 MHz
486 SX-25 25 MHz 25 MHz
486 DX-40 40 MHz 40 MHz
486 DX-50 50 MHz 50 MHz
486 DX2-50 50 MHz 25 MHz
486 DX2-66 66 MHz 33 MHz
486 DX2-80 80 MHz 40 MHz
486 DX4-75 75 MHz 18,75 Mhz
486 DX4-100 100 MHz 25 MHz

4 – Aumento do número de circuitos do processador

A redução do tamanho dos transistores ou aumento do tamanho físico do processador, possibilita a colocação de um
número maior de circuitos dentro dos microprocessadores e, conseqüentemente, um aumento do número de
instruções e da capacidade de processamento.

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Processador Ano lançamento Tamanho transistor Número de transistores
80386 1985 1µ 275.000
80486 1989 0,6µ 1.200.000
Core i7 2009 0,032µ 731.000.000

5 – Uso de memórias mais rápidas.

A adoção das memórias auxiliares tanto internamente quanto externamente (cache interno e cache externo) faz com
que o tempo gasto pelo processador na leitura/gravação dos dados na memória fique menor, tornando o processo
mais rápido.

6 – Redução do número de ciclos para realizar uma instrução

Quanto menor for o número de cliclos de processamento necessários para realizar uma instrução, mais rápido será o
processador. Seguindo o mesmo exemplo usado anteriormente para o clock, se um acesso a memória levar 2 ciclos
de processamento, um microprocessador de 40 MHz poderá executar 20 milhões de acessos à memória a cada
segundo. Se este mesmo processador utilizasse apenas 1 ciclo de processamento para fazer o mesmo acessa a
memória, poderia executar 40 milhões de acessos a cada segundo, ou seja, seria duas vezes mais rápido.

7 – Execução de instruções em paralelo.

Existem processadores que conseguem executar mais de uma instrução ao mesmo tempo em um ciclo de clock.

8 – Avanços tecnológicos

Desenvolvimento de tecnologias específicas de cada fabricante com o objetivo de aumentar o desempenho do


processador.

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5 – EVOLUÇÃO DA ARQUITETURA DOS PROCESSADORES
Os processadores passaram a possuir internamente alguns circuitos que inicialmente eram externos:

- Co-processador matemático

Como o processador não é capaz de realizar cálculos complexos, esses eram desmembrados em uma seqüência de
operações mais simples, o que tornava a execução mais lenta. Os Co-processadores possuem um conjunto de
instruções específicas para cálculos complexos, executando-as de uma só vez.

Placa-mãe com processador 80386 e soquete


para instalação de co-processador 80387
externo

- Cache de memória L1 (Level 1)

Também chamada de cache interna de nível 1, esta é uma memória bem mais veloz que uma memória RAM
convencional. Inicialmente, a memória cache foi instalada na placa-mãe, ou seja, externa ao processador. Quando
passou a ser colocada dentro do processador (chache L1), o acesso a ela ficou bem mais rápido já que o clock interno
e o barramento interno do processador são bem mais rápidos que os externos.

Placa-mãe para o processador 80386 com a


presença de memória cache L1 Externa

Placa-mãe para o processador 80486 com a presença de


memória Cache L2 Externa.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 16


- Cache de memória L2 (Level 2)

Quando surgiu a memória cache interna, não foi possível colocar toda ela dentro do processador. Sendo assim, uma
parte ficou instalada na placa-mãe e passou a ser chamada de cache L2. Desta forma, utilizavam o clock e o
barramento externos do processador. Ou seja, mesmo a memória cache sendo mais rápida que as convencionais
memórias RAM, quando colocada na placa mãe (externa) era acessada de forma mais lenta do que aquela colocada
dentro do processador (cache L1). Com a evolução dos processadores, a cache L2 também passou a ser instalada
dentro do processador, e a cache externa, quando existe, passou a ser chamada de L3. Atualmente, existem
processadores que possuem internamente as caches L1, L2 e L3, e neste caso, se existir cache externa, é chamada de
L4.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 17


6 - GERAÇÃO DOS PROCESSADORES (família Intel)
Os processadores foram inventados na década de 70 pela Intel. A família Intel se refere ao conjunto de processadores
que seguem o conjunto de instruções x86 criado pela Intel. Outros fabricantes de processadores utilizam também este
conjunto de instruções, ou seja, são 100% compatíveis com este padrão criado pela Intel, portanto, pertencem
também à família Intel. Estão entre estes fabricantes a AMD e a Cyrics.

Os processadores da família Intel sofreram evoluções ao longo dos anos, mas além de seu novo conjunto de
instruções, mantêm o conjunto de instruções dos processadores anteriores, de modo que os novos processadores são
compatíveis com os anteriores. Sendo assim, um programa desenvolvido para um processador mais antigo da família
Intel poderá ser executado normalmente em um processador mais moderno da mesma família

1a. Geração: processadores 8086 e no 8088:

O 8086 era de 16 bits interna e externamente. Já o 8088 é um processador de 16 bits mas acessa a memória de 8 em
8 bits por vez (8 bits externos). Isto porque na época do lançamento do 8086 existiam poucos circuitos de apoio
externos ao processador de 16 bits no mercado, e eram muito caros, o que tornaria o custo do PC muito alto.

Acessavam até 1MB de RAM.

2a. Geração – processador 80286:

Introduziu um modo de operação chamado Modo Protegido, que permitia ao processador acessar até 16 MB de
memória RAM e permitia multitarefa. Apesar de conseguir acessar até 16 MB de RAM, possuía um outro modo de
operação chamado Modo Real que acessava somente 1 MB de RAM para manter a compatibilidade com os
processadores anteriores 8086 e 8088.

Era de 16 bits tanto interna quanto externamente.

3a. Geração – processador 80386:

Foi um verdadeiro marco na evolução dos processadores x86. Era de 32 bits tanto interna quanto externamente.

Acessava até 4GB de RAM e possuía recursos multitarefa e uso de memória virtual.

Com este processador foi introduzido o uso de memória Cache, que é uma memória mais rápida que a memória
RAM, localizada na placa mãe (Cache Externa)

4a. Geração – processadores 80486:

Alguns destes processadores foram os primeiros a terem o Clock interno maior que o externo, com isto, alguns
componentes foram colocados internamente para aumentar a velocidade de processamento. São eles o Co-
processador matemático e uma pequena quantidade de memória Cache.

O máximo de memória RAM que pode acessar é 4 Gbytes.


Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 18
5a. Geração – processadores Pentium e Pentium MMX:

Também são processadores de 32 bits internos, mas passaram a ter 64 bits externos. Além disto, conseguem
transmitir externamente 2 dados por vez.

Este processador possui uma arquitetura chamada Superescalar, ou seja, passou a ter mais de uma unidade de
execução interna. Com isto, pode executar duas instruções simultaneamente por pulso de clock.

Assim como na 4a. geração, continuaram com o limite de acesso a memória RAM de 4 GB.

6a. Geração – Processadores Pentium Pro, Pentium II, Pentium III, Celeron, Pentium II Xeon e Pentium III
Xeon:

Apesar de continuarem a utilizar o nome Pentium, estes processadores são de geração diferente do Pentium original.
Passaram a ter dois caches de memória interna, uma chamada nível 1 (L1), que já fora adicionado na 4a. geração, e
outra chamada nível 2 (L2), que era o cache que antes estava localizado na placa-mãe.

Conseguem acessar até 64 Gbytes de memória RAM e atingem 133 MHz de clock no barramento externo (Pentium
III).

Tem um pipeline de 10 estágios. Pipeline é uma lista de todos os estágios que uma dada instrução precisa percorrer
para ser executada.

Mas a principal inovação foi o uso de uma arquitetura CISC/RISC. Os processadores anteriores eram somente CISC
(Complex Instruction Set Computer) isto significa que seu conjunto de instruções é bastante complexo, ou seja, tem
muitas instruções que são usadas com pouca freqüência. Um processador com um conjunto de instruções muito
complexo perde muito tempo para decodificar cada instrução. Além disso, um maior número de circuitos internos
seria necessário para a implementação de todas essas instruções. Muitos desses circuitos são pouco utilizados a
acabam apenas ocupando espaço e consumindo energia. Maior número de transistores resulta em maior
aquecimento, o que impõe uma limitação no clock máximo que o processador pode utilizar.

Por outro lado, a arquitetura RISC (Reduced Instruction Set Computer – computador com conjunto de instruções
reduzido) utiliza instruções mais simples, porém resulta em várias vantagens. Instruções simples podem ser
executadas em um menor número de ciclos. Com menos instruções, a decodificação de instruções é mais rápida e os
circuitos do decodificador passam a ocupar menos espaço. Com menos circuitos, torna-se menor o aquecimento, e
clocks mais elevados podem ser usados.

Sendo assim, um processador RISC consegue ser mais veloz que um CISC de mesma tecnologia de fabricação.
Olhando por este lado, o ideal seria abandonar completamente o velho conjunto de instruções CISC da família x86 e
adotar uma nova arquitetura, com um conjunto de instruções novo. Isto traria, entretanto, um grande problema, que é
a incompatibilidade com os softwares já existentes. O que ocorreu na verdade é que os processadores a partir desta
geração, adotaram um novo método de construção dos seus chips. Utilizam internamente um núcleo RISC, mas
externamente comportam-se como máquinas CISC. Esses processadores aceitam as instruções x86 e as convertem
para instruções RISC no seu interior para que sejam executadas pelo seu núcleo. O Pentium MMX foi o último
processador totalmente CISC. Todos os novos processadores utilizam um núcleo RISC e tradutores internos de CISC
para RISC.

7a Geração – Processador Pentium 4:

Nesta geração houve um aumento do desempenho do barramento externo, que passou a transferir quatro dados por
pulso de clock, enquanto nas gerações anteriores, era transferido apenas um. Desta forma, o barramento externo
passou a ter um clock 4 vezes maior já que são feitas 4 transferências por ciclo de clock (QDR = Quad Data Rate),
ou seja 100MHz x 4 = 400MHz ou 200MHz x 4 = 800MHz. Tal fator tornou a comunicação com o meio externo
bem mais rápida.

Houve também uma mudança na arquitetura da memória cache L1 tornando-a mais eficiente.
Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 19
A Unidade Lógica e Aritmética passou a utilizar o dobro da freqüência do processador e foram acrescentadas 144
novas instruções para processamento de sons, imagens e gráficos 3D.

Tem um pipeline de 20 estágios na 1ª. e 2ª. versões e 31 estágios na 3ª. versão.

A maioria dos processadores Pentium 4 é de 32 bits internos e que acessam até 64 Gbytes de memória RAM, mas
existem algumas versões de 64 bits que podem acessar até 32 Tbytes de RAM.

8ª. Geração – Processadores Intel Core:

A arquitetura Core se trata de um Pentium M melhorado. O Pentium M é um processador voltado para o mercado de
notebooks e foi criado baseado na arquitetura Intel de 6ª geração, que é a mesma arquitetura usada pelos
processadores Pentium Pro, Pentium II, Pentium III e os primeiros modelos de Celeron.

Tem um pipeline de 14 estágios. Criada com o conceito da tecnologia de múltiplos núcleos, ou seja, mais de um
núcleo de processamento dentro de um único processador físico.

O cache de memória L2 é compartilhado, o que significa que ambos os núcleos podem usar a mesma memória cache
L2, configurando dinamicamente a quantidade que cada núcleo usará. No Pentium D, que foi o primeiro processador
com dois núcleos da Intel, cada núcleo tem um cache próprio e um núcleo não pode utilizar o cache do outro.

Capazes de enviar três microinstruções para serem executadas por pulso de clock, ao contrário de apenas duas, como
ocorre nos processadores Pentium M.

Um outro recurso novo encontrado na arquitetura Core é um caminho de dados real de 128 bits. Nos processadores
anteriores, o caminho interno de dados era de apenas 64 bits. Isto era um problema para as instruções SSE
(multimídia), já que registradores SSE, chamados XMM, são de 128 bits. Desta forma, quando uma instrução que
manipulava dados de 128 bits era executada, esta operação tinha que ser quebrada em duas operações de 64 bits.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 20


16 – FAMÍLIA DE PROCESSADORES INTEL
8086
Lançado pela Intel em 1978, o primeiro processador de 16 bits. Operava interna e externamente com 16 bits e podia
acessar até 1 MB de memória, o que era uma capacidade espantosa para a época. Inicialmente lançado em uma
versão de 5 MHz, o 8086 era consideravelmente mais veloz que os processadores de 8 bits. Posteriormente foi
produzido nas versões de 8 e 10 MHz.

Podia trabalhar em conjunto com um co-processador matemático, o 8087, que era muito caro e utilizado apenas em
computadores dedicados a aplicações científicas e de engenharia.

Processador 8086

- 16 bits

- Até 1MB de RAM

- Clock 5, 8 e 10 MHz

- co-processador 8087

- 29.000 transistores

- Tecnologia 3 µ (microns)

- 0,75 milhões de instruções por segundo


(MIPS)

- Consumo 2,5 W

8088
Lançado em 1979, internamente era quase idêntico ao 8086, mas externamente, tinha uma diferença fundamental:
seu barramento de dados operava com 8 bits, ao invés de 16. Com isto podia operar com todo o hardware para 8 bits
existente na sua época: placas, memórias e chips em geral. Foi o escolhido pela IBM para ser usado no seu IBM PC
e no PC XT (Extended Tecnology), no início dos anos 80.

Tanto o 8086 como o 8088 foram lançados inicialmente em versões de 5 MHz. Com o passar do tempo, a Intel
lançou a versão com 8 MHz, e depois 10 MHz.
gura
Processador 8088
- 16 bits internos e 8 bits externos

- Até 1MB de RAM

- Clock de 5, 8 e 10 MHz

- co-processador 8087

- Transistores 29.000

- Tecnologia 3 µ

- 0,75 MIPS

- Consumo 2,5 W
Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 21
80286

Lançado em 1982 sendo bem mais avançado que os anteriores. Foi inicialmente lançado em uma versão de 6 MHz, e
depois nas versões de 8, 10 e 12 MHz. Com 8 MHz, era quase 6 vezes mais veloz que o 8088 usado no IBM PC XT.
A IBM utilizou este processador no seu novo PC, o IBM PC AT (AT significa Advanced Technology). Sua
memória poderia chegar a até 16 MB. Naquela época, o hardware sempre andava à frente do software, ou seja,
mesmo os sistemas operacionais e softwares mais avançados não chegavam a explorar todo o potencial do hardware
existente. Mesmo podendo chegar a 16 MB, durante muitos anos reinaram os micros com 640 kB, quantidade de
memória mais que suficiente para executar os softwares dos anos 80. O 80286 podia operar em conjunto com um co-
processador aritmético chamado 80287.

A Intel deixou de produzir o 286 quando o 386 passou a dominar o mercado, mas outras empresas como a AMD e a
Harrys, sob licença da Intel, continuaram produzindo processadores 286, com clocks superiores, como 16 e 20
MHz.

Processador 80286 de 20 MHz, fabricado pela Harris,


sob licença da Intel.

Processador 80286
- 16 bits

- Até 16MB de RAM

- Clock 8,10,12 / 16, 20 MHz

- co-processador 80287

- 134.000 transistores

- Tecnologia 1,5 µ

- 3 MIPS

- Consumo 3,3 W

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 22


80386

Lançado em 1985, mas somente por volta de 1990 tornou-se comum nos PCs. O 80386 abriu a era dos 32 bits em
micros da classe PC. Durante o seu ciclo de vida, foram lançadas versões de 16, 20, 25, 33 e 40 MHz. Permitia o uso
de Memória Virtual e poderia utilizar Memória Cache externa. Era multitarefa, ou seja, capaz de controlar na
memória a execução de mais de um programa por vez, como se os executasse simultaneamente. Podia
opcionalmente operar em conjunto com o co-processador 80387.

Para facilitar a transição das plataformas de 16 bits para 32 bits, a Intel lançou uma versão simplificada do 80386,
chamado de 80386SX. Internamente, o 80386SX operava com 32 bits, mas externamente com apenas 16. Depois
disso, o 80386 original, com 32 bits internos e externos, passou a ser chamado de 80386DX.

Processador Am386DX-40.

Processador 80386

- 32 bits

- Até 4 GB de RAM

- Cache Externa

- Memória Virtual

- Multitarefa

- Clock 16,20,25,33 e 40 MHz

- co-processador 80387

- 275.000 transistores

- Tecnologia 1,5 µ / 1µ

- 6 – 15 MIPS

- Consumo 2,5 W

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 23


80486

Lançado em 1989, operava inicialmente com um clock de 25 MHz. Era cerca de duas vezes mais rápido que o
386DX-25, e 40 vezes mais rápido que o 8088 usado nos primeiros XTs. Em seu interior, apresentava duas grandes
inovações: um co-processador matemático interno, e 8 kB de memória cache interna. Em muitos aspectos, o
80486 pode ser considerado como uma versão moderna do 386DX.

A Intel lançou posteriormente versões de 33 e de 50 MHz. A AMD e a Cyrix lançaram tempos depois os seus
próprios processadores 486. Entre eles, o Am486DX-40 (40 MHz) e o Cx486DX-40 (40 MHz).

Processador 80486

- 32 bits

- Até 4 GB de RAM

- Cache interna de 8 KB (L1)

- Co-processador interno

- Multiplicação de Clock:
Clock 25 a 50 MHz (DX)
Clock 50 a 80 MHz (DX2)
Clock 75 a 100 MHz (DX4)

- Transistores : 1.200.000 (DX e DX2)


1.600.000 (DX4)

- Tecnologia 1 µ (DX) / 0,8 µ (DX2) / 0,6 µ (DX4)

- 20 - 40 MIPS (DX)
- 54 - 80 MIPS (DX2)
- 53 - 70 MIPS (DX4)

- Consumo 3 a 6 W

- Utiliza soquete 3

Multiplicação de Clock

O 486 inaugurou uma característica de hardware que está presente até hoje nos modernos processadores. Há muito
tempo os processadores já evoluíam muito mais que as memórias. Quando chegou o 486DX-50, o desequilíbrio
tornou-se muito crítico. Apesar de ser tecnologicamente viável, seguro e estável um processador operar internamente
a 50 MHz, era muito difícil, com a tecnologia da época (1992), uma placa de CPU funcionar com uma freqüência tão
elevada. Tanto as memórias como os chipsets não podiam suportar de forma segura o funcionamento a 50 MHz. O
resultado é que as placas de CPU baseadas no 486DX-50 eram muito problemáticas, apresentando baixa
confiabilidade, e em alguns casos, desempenho similar ao das placas de 33 MHz.

Em 1991, para resolver esses problemas, a Intel utilizou dois clocks separados, um para o funcionamento interno do
processador, e outro para o funcionamento externo. Todas as operações eram realizadas internamente comandadas
por um clock de 50 MHz, enquanto externamente tudo ocorria à velocidade de 25 MHz. Isto resolveu todos os
problemas decorrentes da elevada velocidade externa ao processador, e curiosamente não causou queda de
desempenho. Mesmo acessando a memória de forma duas vezes mais lenta, ainda assim esta nova versão do 486 era
Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 24
capaz de manter a cache interna sempre com instruções prontas para serem executadas. Este chip foi chamado de
486DX2-50. A Intel parou então de produzir o 486DX-50, ficando apenas com a versão DX2. Foram mantidos o
486DX-33 e o 486DX-25.

Em 1994 a Intel, lançou a versão DX4 do 486 com 75 e 100 MHz. Nestes modelos de processadores, o clock externo
normalmente era de 25 ou 33 MHz. Em seguida suas concorrentes, a ADM e Cyrics, também lançaram suas versões
do 486 DX4.

processador 486DX2 de 80 MHz processador 486DX4 de 100 MHz.

Pentium
Foi lançado em 1993, nas versões de 60 e 66 MHz. Este processador era na época muito caro, ainda reinavam no
mercado os processadores 486. Processadores 486 continuaram a ser lançados pela própria Intel, e ainda eram os
mais vendidos. Um 486DX4 de 100 MHz, por exemplo, era tão veloz quanto um Pentium-66 e custava muito menos.
Apenas em 1995 o Pentium começou a se tornar comum no mercado, quando a Intel reduziu os seus preços ao
mesmo tempo em que deixou de fabricar o 486. Foram lançadas em seguida versões de 75, 90, 100, 120, 133, 150,
166 e 200 MHz.

O Pentium é um processador de 32 bits, mas opera externamente, com a memória, a 64 bits. Esta é uma forma de
compensar a lentidão das memórias, um dos problemas que mais dificulta a obtenção de velocidades elevadas.

Todas as versões do Pentium possuíam 16 kB de cache L1 (cache interna) a cache L2 externa, das placas-mãe
variava entre 256kB, 512 kB e 1024 kB.

Processadores Pentium foram lançados entre 1993 e 1997. Neste período a tecnologia de fabricação sofreu vários
melhoramentos. As primeiras versões ainda utilizavam a tecnologia de 0,8 micron. As versões finais já usavam 0,35
micron, o que resultava em chips menos quentes, com menor consumo de energia e mais baratos.

Arquitetura superescalar

A partir do Pentium, todos os processadores são capazes de executar mais de uma instrução ao mesmo tempo,
como se possuísse mais de um processador internamente. O Pentium possui duas unidades de processamento, ou
seja, executa até duas instruções simultâneas.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 25


Pentium Soquete 7

Pentium

- 32 bits internos

- 64 bits externos

- Até 4 GB de RAM

- Arquitetura Superescalar

- Cache interna de 16 KB (L1)

- Cache externa: 256, 512 e


1024 KB (L2)

- Clock interno 60 à 200 MHz

- Clock externo 50, 60 ou 66


MHz

- 3,1 a 3,3 milhões de


transistores

- Tecnologia 0,8 µ / 0,35 µ

- 100 a 300 MIPS

- Consumo 8 a 16 W

- Utiliza Soquete 7

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 26


Pentium MMX
Lançado em 1997 e para aumentar o desempenho de programas que fazem processamento de gráficos, imagens e
sons, a Intel adicionou ao Pentium, 57 novas instruções específicas para a execução rápida deste tipo de
processamento. São chamadas de instruções MMX (MMX=Multimedia Extensions). Uma única instrução MMX
realiza o processamento equivalente ao de várias instruções comuns.

O Pentium MMX tem uma cache L1 de 32 kB. As placas de CPU para Pentium MMX apresentam 256 kB, 512 kB e
1024 kB de cache L2 externa.

O Pentium MMX utiliza o Socket 7, ou seja, possui o mesmo conjunto de sinais digitais que o Pentium comum.
Porem, não é possível instalar um Pentium MMX em qualquer placa de CPU Pentium porque o Pentium MMX
utiliza voltagens menor (2,8 v) que as usadas no Pentium comum (3,3 – 3,5 v).

Pentium MMX

- 32 bits internos

- 64 bits externos

- Até 4 GB de RAM

- Clock interno 166 à 233 MHz

- Clock externo 66 MHz

- 4.500.000 Transistores

- Tecnologia 0,35 µ

- Consumo 13 a 17 W

- Utiliza soquete 7

Pentium Pro
Lançado em 1995, foi o primeiro processador de 6a geração lançado pela Intel. Inicialmente chamado de P6 e
voltado para o mercado de servidores. Este processador opera com 32 bits, e utiliza memórias de 64 bits, da
mesma forma como ocorre com o Pentium. Seu projeto foi otimizado para realizar processamento de 32 bits, sendo
neste tipo de aplicação, mais veloz que o Pentium comum. Entretanto, perde para o Pentium ao realizar
processamento de 16 bits, comum em muitos programas do Windows e nos jogos para MS-DOS, comuns na época
do seu lançamento. Desta forma o Pentium Pro não poderia ser usado de forma eficiente e competitiva para os PCs
de uso pessoal.

Sua Arquitetura Superescalar foi melhorada possibilitando executar mais instruções simultaneamente. O
clock externo era de 66 MHz.

A Cache L1 continuou com 16 KB e a cache L2 de 256 ou 512 kB passou a ser integrada dentro do processador.
O Pentium Pro era muito caro, e um dos motivos do preço elevado era ter a cache L2 integrada ao processador.

Apesar de não ter sido muito conhecido pelos usuários comuns, o Pentium Pro deu origem aos populares Pentium II,
Celeron e Pentium III.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 27


Pentium Pro

Detalhe do
processador com o
núcleo e a
cache L2.

Pentium Pro

- 32 bits internos

- 64 bits externos

- Até 64 GB de RAM

- Clock 150 a 200 MHz

- Clock externo 66 MHz

- 5.500.000 Transistores no núcleo

- Tecnologia do núcleo 0,35 µ

- Transistores na cache de 256 kB


15.500.000 (0,6µ )

- Transistores na cache de 512 kB


31.000.000 (0,35µ )

- Consumo 29 a 38 W

- Cache L1 16 kB

- Cache L2 256 kB ou 512 kB

- Utiliza Soquete 8

Figura

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 28


Pentium II
Lançado em 1997, o Pentium II é considerado uma nova versão do Pentium Pro, com novas características e um pior
desempenho devido à dificuldade de colocação do cache L2 dentro do processador. Suas principais características
são:

Encapsulamento – Passou a utilizar um formato de cartucho chamado SECC. No interior deste cartucho metálico
existe uma pequena placa contendo o processador e os chips de memória SRAM que formam a cache L2 de 512 KB.
O Pentium II introduziu um recurso chamado arquitetura DIB (Dual Independent Bus). Consiste em usar circuitos
independentes para acesso à cache L2 e para o barramento externo. Enquanto o barramento externo opera com 66
MHz, a cache de nível 2 opera com a metade do clock interno do processador, usando um barramento
independente. Por exemplo, em um Pentium II de 400 MHz, a cache de nível 2 opera a 200 MHz.

Novo conector – Ao invés de utilizar o tradicional Socket 7, utiliza o Slot 1. Trata-se de um conector linear, parecido
com os slots das placas de CPU. Seus sinais digitais são derivados do Socket 8, usado no Pentium Pro.

MMX – As novas instruções introduzidas no Pentium MMX vieram para ficar, e foram adicionadas à arquitetura P6
usada no Pentium II.

Cache L1 – Passou a ter 32 kB, contra apenas 16 KB do Pentium Pro.

Otimizações para 16 bits – O microcódigo do Pentium Pro, otimizado para aplicações de 32 bits foi aumentando,
passando a executar também com mais eficiência as aplicações de 16 bits, de uso bastante comum nos PCs para uso
pessoal.

O Pentium II sofreu evoluções durante seu período de produção. Inicialmente era utilizada a tecnologia de 0,35µ, e
posteriormente foi adotada a tecnologia de 0,25µ. O resultado imediato foi a redução da dissipação de calor. Além
disso, as primeiras versões operavam com barramento externo de 66 MHz, passando a usar posteriormente o
barramento externo de 100 MHz.

Pentium II

- 32 bits internos

- 64 bits externos

- Até 64 GB de RAM

- Clock interno 233 a 450 MHz

- Clock externo 66 ou 100 MHz

- Transistores no núcleo 7.500.000

- Tecnologia do núcleo 0,35µ / 0,25µ

- Consumo 19 a 43 W

- Cache L1 32 kB

- Cache L2 512 kB

- Utiliza Slot 1

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 29


Pentium II

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 30


Celeron
Lançado também em 1998, o Celeron era um modelo que foi produzido também a partir do Pentium II mas com um
perfil para atender PCs mais simples. A principal diferença está na cache L2 que no Celeron não existe. Portanto,
como operava apenas com seus 32 kB de cache L1, o Celeron era bem mais lento que o Pentium II.

Um outro fator que prejudicava o seu desempenho era o barramento externo de 66 MHz, usado mesmo na época em
que o Pentium II já operava com 100 MHz externos.

Pode ser instalado nas mesmas placas de CPU projetadas para o Pentium II, ou seja, no Slot 1, mas o nome do
encapsulamento do Celeron é o SEPP (Single Edge Processor Package). O Celeron era uma alternativa barata em
relação ao Pentium II.

Primeira versão do Celeron


usando o encapsulamento SEPP
para Slot 1.

Pouco depois foi lançada uma segunda versão do Celeron que sofreu melhoramentos e passou e incluir uma cache
L2 de 128 kB integrada ao núcleo, e não formada por chips de memória isolados como era no Pentium II. Esta
nova versão do Celeron foi o primeiro processador a integrar a cache L2 diretamente no núcleo, e operando com a
mesma freqüência interna do processador.

Nesta versão o processador era conectado diretamente à placa-mãe através do soquete 370, que possuía os mesmos
sinais digitais do Slot 1, porém com formato similar aos usados nos processadores mais antigos. Seu soquete é do
tipo ZIF. Este encapsulamento é chamado de PPGA (Plastic Pin Grid Array).

Segunda versão do Celeron com


encapsulamento PPGA para
Socket 370

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 31


Ainda existiu uma terceira versão do Celeron, mas agora baseada no núcleo do novo processador da Intel, o Pentium
III. Esta versão passou também a utilizar o encapsulamento FC-PGA (Flip-Chip Pin Grid Array), o mesmo das
primeiras versões do Pentium III. Nesta versão de Celeron os últimos modelos produzidos possuíam um Clock
externo de 100 Mhz.

Terceira versão do Celeron com


encapsulamento FC-PGA para Socket 370

Celeron
- 32 bits internos - Clock interno 266 a 900 MHz
- 64 bits externos - Transistores no núcleo 7.500.000
- Até 64 GB de RAM - Consumo 14 a 27 W

1ª. Versão 2ª. Versão 3ª. Versão

- Baseado no Pentium II - Baseado no Pentium II - Baseado no Pentium III

- Clock externo 66 MHz - Clock externo 66 MHz - Clock externo 100 MHz

- Cache L2 0 KB - Cache L2 128 KB (integrada) - Cache L2 128 KB (integrada)

- Transistores na cache L2 - Transistores na cache L2


19.000.000 (128 Kb cache L2 19.000.000 (128 Kb cache L2
integrada ao núcleo) integrada ao núcleo)

- Tecnologia do núcleo 0,25 µ - Tecnologia do núcleo 0,25 µ - Tecnologia do núcleo 0,18 µ

- Slot 1 - Soquete 370 - Soquete 370

- Encapsulamento SEPP - Encapsulamento PPGA - Encapsulamento FC-PGA

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 32


Pentium III

Lançado em 1999, inicialmente como um melhoramento do Pentium II, foi incorporada a tecnologia SSE (Streamed
SIMD Extensions), também conhecida como MMX2, que é um conjunto de instruções MMX novas e especiais
para aplicações 3D. Passou a ter co-processador superescalar, permitindo executar duas ou mais instruções
matemáticas simultâneas.

Utilizava o encapsulamento em forma de cartucho chamado SECC2 (Single Edge Contact Cartridge 2), uma versão
derivada do SECC, usado pelo Pentium II. Também foram produzidas versões com encapsulamento SECC, idêntico
ao do Pentium II. Outro ponto idêntico é o conector da placa de CPU, o conhecido Slot 1.

Possuía cache L2 de 512 KB mas, como no Pentium II, não era integrada ao seu núcleo e operava com a metade
da freqüência do processador. O clock externo inicialmente era de 100 MHz e depois passou a ser de 133 MHz.

Pentium III com encapsulamento


SECC2

Em meados do ano 2000 foi lançada uma nova versão do Pentium III que passou a utilizar a tecnologia de 0,18µ com
a cache L2 integrada ao núcleo, no tradicional encapsulamento SECC2 e também no novo FC-PGA (Flip Chip Pin
Grid Array).

Pentium III com encapsulamento FC-PGA

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 33


Em meados de 2001 a Intel lançou um novo Pentium III com tecnologia de 0,13µ, resultando em menor custo de
produção e menor dissipação de calor. Possuia encapsulamento FC-PGA2, e cache L2 integrada ao núcleo com 256
kB ou 512 kB.

Pentium III com encapsulamento FC-PGA2.

PENTIUM III
- 32 bits internos - 64 bits externos - Até 64 GB de RAM - Cache L1 32 KB

1ª. versão (Katmai) - 1999 2a. Versão (Coppermine) - 2000 3a. Versão (Tualatin) - 2001

- Clock interno 400 a 600 MHz - Clock interno 500 a 1133 MHz - Clock interno 1,13 GHz ou mais

- Clock externo 100 ou 133 MHz - Clock externo 100 ou 133 MHz - Clock externo 133 MHz

- Transistores 9.500.000 - Transistores 28.000.000 - Transistores 28.000.000

- Tecnologia 0,25 µ - Tecnologia 0,18 µ - Tecnologia 0,13 µ

- Consumo 26 a 36W - Consumo 16 a 36 W - Consumo a partir de 29 W

- Cache L2 512 kB (operava com a - Cache L2 256 kB (integrada ao - Cache L2 256 kB ou 512 kB
metade do clock interno) núcleo). (integrada ao núcleo)

- Utilizava Slot 1 - Utilizava Slot 1 ou soquete 370 - Utilizava soquete 370

- Encapsulamento SECC ou - Encapsulamento SECC, SECC2 - Encapsulamento FC-PGA2


SECC2 e FC-PGA

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 34


Pentium 4
Lançado no final do ano 2000 este processador inaugurou finalmente uma nova família de chips Intel de alto
desempenho. A família anterior, formada pelos processadores Pentium Pro, Pentium II, Pentium III e Celeron, era
baseada na microarquitetura P6. Cada um deles não era na verdade um projeto novo, mas um melhoramento do
projeto anterior.

O Pentium 4 é um projeto novo, utiliza uma nova arquitetura chamada de NetBurst. Principais melhorias desta
arquitetura:

- Barramento externo de 400 MHz, contra 133 MHz do Pentium III


- Cache L1 melhorado e mais rápido
- Unidade lógica e aritmética com o dobro da freqüência interna do processador
- 20 estágios pipeline, contra apenas 10 do Pentium III
- tecnologia SSE2 com 144 novas instruções para processamento de sons, imagens e gráficos 3D.
O clock externo de 400 MHz é na verdade obtido a partir de um clock de 100 MHz, no qual são feitas 4
transferências a cada ciclo (QDR = Quad Data Rate).

Willamette

O Pentium 4 foi lançado em sua primeira versão com 1.3 a 2.0 GHz e recebeu o nome de Willamette. O soquete era
diferente do utilizado no Pentium III, utilizava o formato ZIF, mas possuia 423 pinos, o encapsulamento é chamado
PGA423. São necessários coolers diferentes, e os gabinetes devem ter uma boa dissipação de calor, já que o Pentium
4 é um chip bastante quente. Estas versões dissipam de 49 a 73 watts.

Pentium 4 para Socket PGA423

Hyper Pipelined Technology, todos os procesadores modernos executam suas instruções em modo pipeline. Ao
invés de serem usadas unidades de execução complexas e lentas, são utilizadas várias unidades elementares, sendo
cada uma delas mais simples e rápida, todas ligadas em série. É como uma linha de montagem. Imagine 20 pessoas
ao mesmo tempo montando um automóvel. O grupo só poderia montar um carro de cada vez. Mais rápido seria
colocar as pessoas em uma linha, cada uma responsável por uma etapa da montagem. Este é basicamente o princípio
do pipeline. A arquitetura P6 tem 10 estágios pipeline, o Pentium 4 possui 20, o que o torna potencialmente mais
veloz na execução de instruções. Em outras palavras, cada “GHz” do Pentium 4 tem mais capacidade de
processamento que cada “GHz” do Pentium III e consegue atingir freqüências de clock mais elevadas.

Porém, foi percebido que o aumento da freqüência de operação não significa um ganho direto de potência. A
diferença de desempenho entre o melhor modelo da primeira versão do Pentium 4 (Willamette de 2.0 GHz) e a
ultima do Pentim III (Coppermine de 1 GHz) não é tão grande. Este Pentium 4, mesmo com todas as otimizações
que foram aplicadas e equipado com memórias SDRAM (133 MHz), não conseguia ser sequer 50% mais rápido que
tal Pentium III. Para melhorar o desempenho teria que utilizar memórias RDRAM (400 MHz) que eram muito caras,
já que ainda não estavam disponíveis as DDR.

A arquitetura do Pentium 4 foi claramente desenvolvida para operar a altas freqüências e assim compensar o baixo

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 35


desempenho por ciclo de clock. Isso acabou se revelando um bom golpe de marketing, já que na época o público
estava acostumado a relacionar a frequência do clock com o desempenho.

Pentium 4 Willamette

Northwood

Em Outubro de 2001 foi lançada a segunda versão do Pentium 4 chamada de Northwood, produzido em versões de
1.6 a 3.06 GHz. Não inclui mudanças na arquitetura, mas a redução no tamanho físico dos transistores (0,13
microns) permitiu que fossem adicionados mais 256 KB de cache L2, totalizando 512 KB.

Foi introduzido o soquete 478, onde o processador utiliza um encapsulamento muito mais compacto que no soquete
423 utilizado pelo Willamette.

Pentium 4 para Socket 478


Cache L2 de 512 KB

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 36


Quanto à freqüência externa foram produzidos com 400 ou 533 MHz. Mais tarde foi lançada uma série com suporte
a Hyper-Threading (HT), que incluiu modelos com de 2.4 a 3.4 GHz. Com exceção do modelo de 3.06 GHz, todos
utilizam bus de 800 MHz.

O Hyper-Threading foi introduzido no final de 2002, na forma de duas versões especiais do Pentium 4 Northwood,
que operavam a 2.8 e 3.06 GHz. A partir daí, ele foi utilizado em diversas séries do Prescott.

Com o Hyper-Threading, o processador se apresenta ao sistema operacional como um sistema dual-core. Com isso, o
sistema ativa os módulos que ativam o suporte a SMP e passa a dividir o processamento dos aplicativos entre os dois
processadores lógicos. Dentro do processador, as instruções são reorganizadas, de forma que o processador possa
aproveitar os ciclos ociosos para incluir operações relacionadas ao segundo aplicativo. Aumentar o nível de
utilização das unidades de execução resulta em um pequeno ganho de desempenho.

o Hyper-Threading é uma faca de dois gumes. Em alguns aplicativos, ele pode resultar em ganhos de 10, ou até
mesmo 20%, mas na maioria o ganho é muito pequeno, abaixo de 2%. Existe ainda um grande número de aplicativos
onde ativar o HT reduz substancialmente o desempenho, o que anula em grande parte o ganho obtido em outros
aplicativos.

Pentim 4 Northwood

Prescott

A partir de 2004 foi lançada a terceira versão do Pentium 4 chamada de Prescott. A técnologia de fabricação passou
para 0.09 micron. A mudança arquitetural mais significativa foi a adição de 11 novos estágios ao já longo pipeline do
Northwood. Com isso, o Prescott atingiu a impressionante marca de 31 estágios de pipeline.

O Prescott ganhou também um novo bloco de instruções, o conjunto SSE3. Ele é composto por 13 novas instruções,
que complementam os dois conjuntos anteriores, dando sua cota de contribuição em aplicativos otimizados.

O cache L2 dobrou de tamanho, saltando de 512 KB para 1 MB, mas o aumento teve como efeito colateral o
aumento dos tempos de latência, que aumentaram em aproximadamente 40%. Em outras palavras, o Prescott tem um
cache L2 maior, porém mais lento, o que anula grande parte do benefício.
Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 37
Pentium 4 Prescott

PENTIUM 4
1ª. versão (Willamette) 2a. Versão (Northwood) 3a. Versão (Prescott)
- Lançamento em Nov/2000 - Lançamento Out/2001 - Lançamento em 2004
- 32 bits internos - 32 bits internos - 32 bits internos
- 64 bits externos - 64 bits externos - 64 bits externos
- Até 64 GB de RAM - Até 64 GB de RAM - Até 64 GB de RAM
- Clock interno 1.3 a 2.0 GHz - Clock interno 1.6 a 3.4 GHz - Clock interno 2.8 a 3.8 GHz

- Clock externo 400 MHz - Clock externo 400,533,800 MHz - Clock externo 533 ou 800 MHz

- Transistores 42.000.000 - Transistores 55.000.000 - Transistores 125.000.000

- Tecnologia 0,18 µ - Tecnologia 0,13 µ - Tecnologia 0,09 µ

- Encapsulamento PPGA - Encapsulamento PPGA - Encapsulamento PPGA ou LGA

- Consumo 48 a 75 W - Consumo 38 a 89 W - Consumo 84 a 115 W

- Cache L1 32 kB - Cache L1 32 kB - Cache L1 32 kB

- Cache L2 256 KB - Cache L2 512 kB - Cache L2 512 kB , 1 ou 2 MB

- Utilizava soquete 423 e 478 - Utilizava soquete 478 - Utilizava soquete 478 ou 775

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 38


Pentium D
O Pentium D foi o primeiro processador da Intel de dois núcleos. A primeira versão do núcleo deste processador
recebeu o nome Smithfield é uma versão dual-core do Prescott (1 MB de cache para cada núcleo), produzido em
uma técnica de 0.09 micron. Foi lançado com os clocks de 2.66 a 3.2 GHz. Possui 230 milhões de transistores

Núcleo do Pentium D
baseado no core Smithfield

O núcleo Cedar Mill é uma versão atualizada do Prescott 2M, produzida utilizando uma técnica de 0.065 micron (65
nanômetros). Ele também possui os 2 MB de cache e não inclui mudanças na arquitetura, nem para melhor, nem para
pior.

Foram lançadas apenas 4 versões Cedar Mill, operando a 3.0, 3.2, 3.4 e 3.6 GHz, todas em versão LGA775 e
utilizando barramento externo de 800 MHz.

O Presler, por sua vez, era uma versão dual-chip do Cedar Mill utilizada no Pentium D, onde dois chips eram
instalados dentro do mesmo encapsulamento. Como os dois chips eram separados por uma distância de 5 mm, a
dissipação de calor era um pouco mais eficiente do que no Smithfield.

Em teoria, utilizar dois chips separados resulta em um processador capaz de operar a freqüências mais baixas do que
ao utilizar um processador dual-core "de verdade", como o Smithfield.

O Presler foi lançado em versões de 2.8 a 3.6 GHz, todas com 2 x 2 MB de cache L2, 16 KB de cache L1, utilizando
barramento externo de 800 MHz, 376 milhões de transistores e com um consumo de até 130 watts de energia. Ele
representa a maior parte dos Pentium D vendidos.

Pentium D com core Presler

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 39


Core 2 Duo
Lançado como substituto do Pentium 4 o Core 2 Duo é o primeiro processador para desktop a utilizar a arquitetura
Intel Core

As principais características técnicas dos processadores Core 2 Duo são as seguintes:

• Arquitetura Core
• 64 KB de cache L1 (32 KB de dados + 32 KB de instruções) por núcleo
• Tecnologia de dois ou quatro núcleos.
• Tecnologia de 65 ou 45 nm (nanômetros)
• Soquete 775
• Barramento externo de 533 até 1.333 MHz (333 MHz transferindo quatro dados por pulso de clock).
• 2, 3, 4 ou 6 MB de cache de memória L2 compartilhado
• Tecnologia de Virtualização (exceto o Core 2 Duo E4300)
• Tecnologia Intel EM64T (compatibilidade com programas de 16, 32 e 64 bits)
• Instruções SSE3 e novas instruções SSE4 (para versões de 45 nm)
• Execute Disable Bit
• Intelligent Power Capability
• Tecnologia Enhanced SpeedStep

Soquete LGA 775

Virtualização

Esta tecnologia permite que um processador funcione como se fossem vários processadores trabalhando em paralelo
de modo a permitir que vários sistemas operacionais sejam executados ao mesmo tempo em uma mesma máquina.

A tecnologia de virtualização não é uma idéia nova. Existem alguns programas no mercado que permitem
virtualização e o VMware é o mais famoso deles.
Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 40
Execute Disable Bit

A funcionalidade Execute Disable Bit pode ajudar a evitar algumas classes de ataques mal-intencionados de estouro
do buffer quando combinada com um sistema operacional de apoio.

O Execute Disable Bit permite que o processador classifique áreas na memória, baseando-se no local onde o código
do aplicativo pode e não pode ser executado. Quando um vírus mal-intencionado tenta inserir um código no buffer, o
processador desativa a execução do código, evitando prejuízos e a disseminação do vírus.

Intelligent Power Capability

Este recurso permite que o processador desligue unidades que não estão sendo usadas no momento. Esta idéia vai
mais além, já que o processador pode desligar partes específicas dentro de cada unidade do processador de modo a
economizar energia, para dissipar menos calor e para otimizar a utilização da bateria

Tecnologia Enhanced SpeedStep

Tecnologia que permite o sistema ajustar dinamicamente transformador de tensão e de freqüência do núcleo, o que
resulta em diminuição consumo de energia e na produção de calor.

Core 2 Duo
- 32/64 bits internos

- 2 Núcleos

- 64 bits externos

- Clock interno 1.8 a 3.16 GHz

- Clock externo 533 a 1.333 MHz

- Transistores no núcleo 167 a 291 milhões

- Tecnologia 0,065 µ ou 0,045 µ

- Consumo 65 W

- Cache L1 64 kB

- Cache L2 2, 3, 4 ou 6 MB

- Utiliza soquete LGA 775

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 41


Core i7

Controlador de memória RAM integrado


Nesta linha de processadores o controlador de memória está integrado dento da CPU eliminando a necessidade de
FSB (Front Side Bus) e utilizando um barramento serial ponto-a-ponto chamado de QuickPath Interconnect, ou QPI.
O controlador de memória integrado reduz substancialmente o tempo de latência da memória, resultando em um
ganho de desempenho considerável.

O FSB (front-side bus, ou barramento frontal), tem sido utilizado desde os primeiros processadores Intel. Ele
consiste em um barramento compartilhado, que liga o processador ao chipset

Triple-channel
Em vez de utilizar um controlador dual-channel, como nos demais processadores, a Intel optou por utilizar um
controlador triple-channel na versão inicial do Core i7, com memórias DDR3. Isso significa uma banda total que
pode alcançar 38,4 GB/s (1600 Mhz x 3 x 64 bits / 8 = 38400 MB/s). Para tirar o melhor proveito do triple-
channel, é necessário usar os módulos em trios. Ao usar um único módulo, apenas um dos canais será ativado e, ao
usar quatro, o último módulo compartilhará o mesmo canal com o primeiro.

Soquete LGA 1156 e LGA 1366


O Core i7 introduziu o soquete LGA-1366, com quase o dobro de contatos que o LGA-775 do Core 2 Duo.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 42


Soquete LGA 1366

Soquete LGA 1155


A segunda geração dos processadores Core i7 passaram a utilizar o soquete LGA 1155

Cache
Além dos tradiconais caches L1 e L2, foi introduzido o chache L3. Os cache L1 e L2 armazenam cópias de dados
também armazenados no cache L3. Embora reduza o volume total de dados que pode ser armazenado nos caches, o
sistema oferece um pequeno ganho de desempenho, já que cada núcleo não precisa checar o conteúdo dos caches dos
demais em busca de dados, basta verificar seu próprio cache L1 e L2 e, em seguida, o cache L3. O cache L1 continua
sendo dividido em dois blocos (32 KB para dados e 32 KB para instruções), assim como em todos os processadores
anteriores. O cache L2 possui 256 KB para cada núcleo, e o chache L3 pode ser de 4, 8 ou 12 MB compartilhado por
todos os núcleos.

Tecnologia Intel® Turbo Boost 2.0


A Tecnologia Intel® Turbo Boost 2.0 permite que, automaticamente, os núcleos do processador trabalhem mais
rápido que a freqüência básica de operação quando estiverem operando abaixo dos limites especificados para
energia, corrente e temperatura. O processador pode aumentar a freqüência de operação quando apenas alguns dos
núcleos estão ativos, em uma espécie de overclock automático.

Tecnologia Hyper-Threading
No i7 a intel retornou com a tecnologia Hyper Threading, criada nos processadores Pentium 4, chamado agora de
SMT (Simultaneous Multi-Threading). Com ela o processador se apresente ao sistema operacional como tendo 8
núcleos em vez de 4. Diferentemente dos processadores Pentium 4, no i7 esta função passou por uma série de
melhorias, tornando-se mais eficiente. O ganho ao utilizar o SMT fica abaixo dos 10% na maioria das tarefas (em
algumas situações, pode haver até mesmo uma pequena perda), mas existem alguns casos específicos onde ele
representa ganhos expressivos, como no caso do 3DMark, onde o ganho chega aos 35%.

Tecnologia Gráficos HD Intel


Os Gráficos HD Intel habilitam qualidade superior para games convencionais e experiências em 3D sem que seja
necessária uma placa gráfica discreta. Os Gráficos HD Intel integram gráficos de alto desempenho e processamento
de mídia diretamente no processador, reunindo os dois principais componentes para games - processamento da CPU
e gráficos - em um único chip. Há duas versões dos Gráficos HD Intel disponíveis: Gráficos HD Intel® 3000 e
Gráficos HD Intel® 2000.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 43


Core i7

- 32/64 bits internos - 731 milhões de transistores - Cache L2 256 KB para cada núcleo
- 64 bits externos - Tecnologia 65, 45 e 32 nm - Cache L3 4 a 12 MB compartilhado
- 2, 4 ou 6 núcleos - Consumo de 18w pelos núcleos
- Clock interno até 3.4 GHz (notebook) a 130w (extreme - soquete LGA 1156 e LGA 1366
- Clock externo 1066 a 1600 MHz edition) LGA 1155 (2ª. geração)
- Cache L1 64 kB

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 44


Visão Geral da geração de processadores Intel Core

Desktop Notebook
Marca Tran- Data Tran- Data
Codinome Núcleos Codinome Núcleos
sistor lançamento sistor lançamento
Core Solo Não disponível para desktop Yonah 1 65 nm Jan 2006
Core Duo Não disponível para desktop Yonah 2 65 nm Jan 2006
Core 2 Merom-L 1 65 nm Set 2007
Não disponível para desktop
Solo Penryn-L 1 45 nm Maio 2008
Conroe 2 65 nm Ago 2006
Core 2 Merom 2 65 nm Jul 2006
Allendale 2 65 nm Jan 2007
Duo Penryn 2 45 nm Jan 2008
Wolfdale 2 45 nm Jan 2008
Core 2 Kentsfield 4 65 nm Jan 2007
Penryn 4 45 nm Ago 2008
Quad Yorkfield 4 45 nm Mar 2008
Conroe XE 2 65 nm Jul 2006 Merom XE 2 65 nm Jul 2007
Core 2
Kentsfield XE 4 65 nm Nov 2006 Penryn XE 2 45 nm Jan 2008
Extreme
Yorkfield XE 4 45 nm Nov 2007 Penryn XE 4 45 nm Ago 2008
Clarkdale 2 32 nm Jan 2010 Arrandale 2 32 nm Jan 2010
Core i3
Sandy Bridge 2 32 nm Fev 2011 Sandy Bridge 2 32 nm Fev 2011
Lynnfield 4 45 nm Set 2009
Clarkdale 2 32 nm Jan 2010 Arrandale 2 32 nm Jan 2010
Core i5
Sandy Bridge 4 32 nm Jan 2011 Sandy Bridge 2 32 nm Fev 2011
Sandy Bridge 2 32 nm Fev 2011
Bloomfield 4 45 nm Nov 2008 Clarksfield 4 45 nm Set 2009
Lynnfield 4 45 nm Set 2009 Arrandale 2 32 nm Jan 2010
Core i7
Gulftown 6 32 nm Jul 2010 Sandy Bridge 4 32 nm Jan 2011
Sandy Bridge 4 32 nm Jan 2011 Sandy Bridge 2 32 nm Fev 2011
Core i7 45 nm
Bloomfield 4 Nov 2008 Clarksfield 4 45 nm Set 2009
Extreme 32 nm
Gulftown 6 Mar 2010 Sandy Bridge 4 32 nm Jan 2011
Edition 32 nm

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 45


7 – MEMÓRIAS
As memórias são as responsáveis pelo armazenamento de dados e instruções em forma de sinais digitais em
computadores. Para que o processador possa executar suas tarefas, ele busca na memória todas as informações
necessárias ao processamento. Existem 2 tipos de memória, ROM e RAM, cujas características serão mostradas a
seguir.

7.1 - MEMÓRIA ROM

ROM significa read only memory, ou seja, memória para apenas leitura. É um tipo de memória que, em uso normal,
aceita apenas operações de leitura, não permitindo a realização de escritas. Outra característica da ROM é que seus
dados não são perdidos quando ela é desligada. Ao ligarmos novamente, os dados estarão lá, exatamente como foram
deixados. Dizemos então que a ROM é uma memória não volátil. Alguns tipos de ROM aceitam operações de
escrita, porém isto é feito através de programas apropriados, usando comandos de hardware especiais.

ROM com encapsulamento DIP ROM com encapsulamento PLCC

Um software quando armazenado em ROM é chamado de Firmware. Dento de um computador há basicamente 3


programas gravados em ROM (firmwares):

BIOS
A sigla significa Basic Input/Output System, ou sistema básico de entrada e saída de dados. A
função dela é ensinar o processador a trabalhar com os periféricos mais básicos do sistema, tais como circuitos de
apoio a unidade de disquete e o vídeo em modo texto.

POST
A sigla significa Power-On Self-Test, ou autoteste ao ligar. É um autoteste que é feito sempre que
ligamos o computador executando as seguintes rotinas:
- Identifica a configuração de hardware instalada
- Inicializa todos os circuitos periféricos de apoio (chipset) da placa-mãe.
- Inicializa o vídeo.
- Testa a memória
- Testa o telcado.
- Carrega o sistema operacional para a memória.
- Entrega o controle do microprocessador ao sistema operacional.

SETUP
Programa de configuração de hardware do computador. Através deste programa é possível alterar o
conteúdo da memória de configuração chamada CMOS. Esta memória é do tipo RAM e, por isto, seu
conteúdo pode ser alterado pelo SETUP e na falta de energia, perde os dados armazenados. Para que não
ocorra tal perda, as placas-mãe possuem uma bateria que alimenta esta memória. Atualmente, a CMOS vem
embutida no chipset da placa-mãe (circuito Ponte Sul).

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 46


7.2 - MEMÓRIA RAM

Significa random access memory, ou seja, memória de acesso aleatório. Este nome não dá uma boa idéia da
finalidade deste tipo de memória, talvez fosse mais correto chamá-la de RWM (read and write memory, ou memória
para leitura e escrita). Entretanto o nome RAM continua sendo utilizado por questão de tradição. Em operação
normal, o computador precisa fazer não apenas o acesso a dados e instruções, através de leituras na memória, mas
também guardar resultados, através de operações de escrita na memória. Além de permitir leituras e escritas, a RAM
tem outra característica típica: trata-se de uma memória volátil, ou seja, seus dados são apagados quando é desligada.
Por isso quando desligamos o computador e o ligamos novamente, é preciso carregar o sistema operacional.

Os chips de memória RAM estão localizados na placa-mãe do computador. Um fator importante é o tamanho da
memória RAM, ou seja, a quantidade de memória RAM está disponível no computador. Quanto maior for a
memória RAM, melhor será o desempenho do computador, pois menos acessos ao disco rígido serão necessários.
Isto acontece porque toda vez que o processador precisar carregar um conjunto de programas que precisará de mais
espaço do que o disponível na RAM, ele carregará somente uma parte destes programas e manterá os restante
armazenado no disco rígido (memória virtual). E toda vez que o processador precisar executar esta parte dos
programas que ficaram no disco, ele fará uma troca (swap) enviando um programa da RAM para o disco e
carregando outro programa do disco para a RAM. Tal procedimento torna a execução dos programas mais lenta já
que acessos ao disco são extremamente lentos se comparados a acessos diretos à RAM.

Existem 2 tipos de memória RAM: estáticas e dinâmicas:

DRAM (Dynamic Random Access Memory): são as memórias do tipo dinâmico. Memórias desse tipo possuem
capacidade alta, isto é, podem comportar grandes quantidades de dados. No entanto, o acesso a essas informações
costuma ser mais lento que o acesso a memórias estáticas. As memórias do tipo DRAM costumam ter preços bem
menores que as memórias do tipo estático. Isso ocorre porque sua estruturação é menos complexa, ou seja, utiliza
uma tecnologia mais simples, porém viável;

SRAM (Static Random Access Memory): são memórias do tipo estático. São muito mais rápidas que as memórias
DRAM, porém armazenam menos dados e possuem preço elevado se compararmos o custo por MB. As memória
SRAM costumam ser usadas em chips de cache.

Chip de SRAM Externa

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 47


TIPOS DE CIRCUITOS DE MEMÓRIAS RAM DINÂMICAS (DRAM):

1 - DRAM (Dynamic RAM)

Memória dinâmica usada do final dos anos 70 até o final dos anos 80. Nos primeiros computadores a memória era
formada por circuitos integrados que eram encaixados diretamente na placa-mãe. A tecnologia utilizada nestes
memórias era do tipo DRAM.

Memória com encapsulamento DIP

2 - FPM DRAM (Fast Page Mode)

É um tipo de memória Dinâmica que surgiu em meados dos anos 80 e bastante utilizada nos microcomputadores até
meados dos anos 90. Trabalha com tempos de acesso de 50, 60 e 70 ns (nanosegundos). Os módulos de memória
FPM poderia ser do tipo SIMM-30 ou SIMM-72.

Módulo SIMM-30 (Single InLine Memory Module)

Foi o primeiro tipo de memória onde os chips foram colocados em uma pequena placa (módulo). Esses módulos
forneciam 8 bits simultâneos e precisavam ser usados em grupos para formar o número total de bits exigidos pelo
processador. Processadores 386 e 486 utilizam memórias de 32 bits, portanto os módulos SIMM eram usados em
grupos de 4. Por exemplo, 4 módulos iguais, com 4 MB cada um, formavam um banco de 16 MB, com 32 bits.
Existiram módulos com diversas capacidades diferentes, os mais comuns eram de 256 KB, 1 MB e 4 MB. Este
módulo é chamado SIMM-30 por ter 30 terminais (30 vias de contato).

Módulo SIMM 30 vias

Slots para módulos SIMM-30

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 48


Módulo SIMM-72

Com a adoção generalizada de processadores de 32 bits, foi criado este novo modelo de módulo de memória.
Diferentemente dos módulos SIMM-30, eles são de 32 bits e as versões mais encontradas eram de 4MB, 8MB,
16MB e 32MB. Possuem 72 terminais (72 vias de contato), e podem utilizar tanto circuitos FPM quanto EDO.

Módulo SIMM 72 vias

Slots para memórias EDO com


encapsulamento SIMM-72

3 - EDO (Extended Data Out)

Trata-se de um tipo de memória que chegou ao mercado no início de 1995 e operam com freqüências de 50, 60 e 66
MHz. São 20% mais rápidas que a FPM. Os módulos de memória EDO são do tipo SIMM-72.

4 - SDRAM (Synchronous Dynamic RAM)

Na medida em que a velocidade dos processadores aumenta, é necessário aumentar também o desempenho da
memória RAM do computador, mas isso não é tão simples. A principal diferença da memória SDRAM em relação às
anteriores EDO e FPM é que seu funcionamento é sincronizado com o do chipset (e normalmente também com o
processador), através de um clock. Por exemplo, em um processador com clock externo de 133 MHz, o chipset
também opera a 133 MHz, assim como a SDRAM. São em média, 27% mais rápidas que a EDO, e opera com
freqüências mais altas que as anteriores, variando de 66 MHz a 133 MHz. Foi muito utilizada em placas-mãe
produzidas entre 1997 e 2001

Modelo de SDRAM Clock Taxa de transferência (considerando o uso com


processadores de 64 bits externos)
SDRAM PC66 66 MHz 66 x 64bits ÷ 8 = 528 MegaBytes por seg.
SDRAM PC100 100 MHz 100 x 64bits ÷ 8 = 800 MegaBytes por seg.
SDRAM PC133 133 MHz 133 x 64bits ÷ 8 = 1064 MegaBytes por seg.

Os módulos de memória SDRAM são do tipo DIMM-168.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 49


Módulo DIMM-168 (Double In Line Memory Module)

São módulos de 64 bits criados para acompanhar o barramento local dos processadores a partir do Pentium. São
encontrados em diversas versões:16, 32, 64, 128 e 256 MB.

Slots para memórias SDRAM com


encapsulamento DIMM-168

5 - RDRAM (Rambus DRAM)

Lançada comercialmente no final de 1999, a RDRAM é um tipo de memória proprietária desenvolvida para atender
a demanda de taxas de transferências mais altas do que as oferecidas pelas SDRAM. Apesar da Intel ter tentado
adotá-la para uso com o processador Pentium 4, ficaram inviáveis devido ao seu alto custo e nenhuma vantagem em
relação às DDR. A maioria das RDRAMs operam com freqüências entre 300 e 400 MHz. A versão mais rápida, 400
MHz, alcança uma taxa de transferência de 3,2 GB/s. Os módulos de memória RDRAM são do tipo RIMM-184.

Módulo RIMM-184 (Rambus In Line Memory Module)

É um módulo fisicamente muito parecido com o DIMM, mas é usado somente para memórias do tipo Rambus.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 50


5 - DDR SDRAM (Double Data Rate SDRAM)

Lançada em 2002, esta memória funciona como se fossem duas SDRAM, trabalhando em paralelo, podendo
transferir dois dados por pulso de clock. Assim, uma memória DDR de 266 MHz trabalha, na verdade, com 133
MHz. Como ela realiza duas operações por vez, é como se trabalhasse a 266 MHz. Cada módulo de memória DDR
pode ter até 1GB de capacidade e o consumo de energia é de 2.5V.

As memórias DDR conseguem alcançar uma taxa de transferência bem maior que as SDRAM, como está
demonstrado no quadro abaixo:

Modelo de DDR Clock Taxa de transferência (considerando o uso com


processadores de 64 bits externos)
DDR200 ou PC1600 200 MHz 200 x 64bits ÷ 8 = 1600 MBytes por seg.
DDR266 ou PC2100 266 MHz 266 x 64bits ÷ 8 = 2100 MBytes por seg.
DDR333 ou PC2700 333 MHz 333 x 64bits ÷ 8 = 2700 MBytes por seg.
DDR400 ou PC3200 400 MHz 400 x 64bits ÷ 8 = 3200 MBytes por seg.

Os módulos de memória DDR são do tipo DIMM-184.

Módulo DIMM-184

São módulos semelhantes ao DIMM-168, inclusive com a mesma dimensão, porem possuem 184 vias de conexão e
dois entalhes para fixação no slot. São de 64 bits e as versões podem variar entre 128 MB e 1GB.

Módulo DIMM 184 vias

Slots para módulos DIMM-


184

7 - DUAL CHANNEL

As memórias do tipo Dual Channel funcionam baseadas na seguinte idéia: em vez de utilizar uma única controladora
para acessar todos os slots de memória da placa-mãe, utilizam-se duas controladoras ao mesmo tempo. Essa é a
principal diferença do esquema Dual Channel para memórias DDR. As memórias seguem o padrão de 64 bits e são
alocadas em bancos. Usando duas controladoras simultaneamente, o acesso passa a ser de 128 bits. Para isso é
necessário usar dois módulos de memória idênticos no computador. Essa igualdade deve ocorrer, inclusive com a
marca, para evitar instabilidades.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 51


Modelo de DDR Clock Taxa de transferência (considerando o uso com
processadores de 64 bits externos)
Dual DDR266 266 MHz 2 x 266 x 64bits ÷ 8 = 4200 MBytes por seg.
Dual DDR333 333 MHz 2 x 333 x 64bits ÷ 8 = 5400 MBytes por seg.
Dual DDR400 400 MHz 2 x 400 x 64bits ÷ 8 = 6400 MBytes por seg.

Para entender melhor, imagine que existam dois pentes de 256 MB de memória RAM DDR333 em um computador.
O computador trabalhará com elas como sendo um conjunto de 512 MB com barramento de 64 bits (ou seja, 2.700
MB por segundo). Essa configuração funcionando no esquema Dual DDR fará com que o barramento passe a ser de
128 bits, aumentando a velocidade para 5.400 MB por segundo!
Para trabalhar com Dual DDR não basta colocar dois módulos de memória idênticos no computador. É necessário
que a placa-mãe tenha esse recurso. Além disso, o esquema Dual DDR só se torna realmente eficiente se utilizado
com processadores Pentium 4, Athlon XP ou superiores.

A foto ao lado é de uma placa-mãe com slots de


memória em dual channel. Os módulos de
memória foram instalados nos slots na cor verde,
ou seja, um em cada canal. Sendo assim, são
acessados simultaneamente dobrando o
desempenho de acesso à memória.

8 - DDR2

Lançada em 2004, a DDR2 é a evolução da tecnologia de memória DDR. Se caracteriza por ter velocidades mais
rápidas, taxas de transferências mais altas, menor consumo de energia e desempenho térmico aperfeiçoado. Os
módulos de memória DDR2 podem ter capacidades de até 4 Gigabytes cada um. Trabalha com as freqüências
400MHz, 533MHz, 667MHz, 750MHz e 800 MHz, mas em Overclock podem atingir 1300 MHz.

Os módulos da memória DDR2 não são compatíveis com o DDR, devido tecnologia do chip, às configurações de
pino e a tensão. Os módulos DDR possuem 184 vias de conexão com o barramento (DIM-184) e os DDR2 possuem
240 vias (DIMM-240). A voltagem do DDR2 também é mais baixa (de 1.8V até 2.1V) e por isto consome menos
energia.

Modelo do DDR2 Clock Taxa de transferência (considerando o uso Tx. Transf. em


com processadores de 64 bits externos) Dual Channel
DDR2-400 ou pc2-3200 400 MHz 400 x 64bits ÷ 8 = 3200 MBytes por seg. 6,4 GB/s
DDR2-533 ou pc2-4200 533 MHz 533 x 64bits ÷ 8 = 4200 MBytes por seg. 8,4 GB/s
DDR2-667 ou pc2-5300 667 MHz 667 x 64bits ÷ 8 = 5300 MBytes por seg. 10,6 GB/s
DDR2-800 ou pc2-6400 800 MHz 800 x 64bits ÷ 8 = 6400 MBytes por seg. 12,8 GB/s
DDR2-1066 ou pc2-8600 1066 MHz 1066 x 64bits ÷ 8 = 8533 MBytes por seg. 17 GB/s
DDR2-1300 ou pc2-10400 1300 MHz 1300 x 64bits ÷ 8 = 10400 MBytes por seg 20,8 GB/s

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 52


Módulo DIMM-240

São módulos semelhantes ao DIMM-184, inclusive com a mesma dimensão, porem possuem 240 vias de contato.
São de 64 bits e as versões podem variar entre 256 MB e 4GB.

Módulo DDR2 DIMM 240 vias Slots para memórias DDR2 com
encapsulamento DIMM-240 com
recurso Dual Channel

9 – DDR3

Módulo DDR3
DIMM 240 vias

Lançada em 2007 e dando continuidade à evolução das memórias DDR, a DDR3 é a evolução da memória DDR2. A
memória DDR3 e utiliza freqüências mais altas e consumo de energia menor que a DDR2.

Ela aparece com a promessa de reduzir em 40% o consumo de energia comparadas aos módulos de memórias DDR2,
devido à sua tecnologia de fabricação de 90nm (nm = nanômetro, 1 nanômetro corresponde a 1 milhonésimo de
milímetro) permite baixas taxas de operação de consumo e baixas voltagens (1.5 Volt). As DDR3 apresentam um
buffer de 8 bits, DDR2 de 4 bits, e DDR de 2 bits.

Utilizam as frequências 800MHz, 1066MHz, 1333MHz, 1500MHz e 1600MHz, em Overclock podem atingir 2400
MHz. Além disto, os módulos de memória DDR3 possuem tempo de acesso inferior ao DDR2, portanto, são mais
rápidas.

Os módulos DDR3 utilizam os mesmos 240 contatos dos módulos DDR2, são de 64 bits e a capacidade de cada
módulo pode variar entre 512 MB e 8 GB. A única diferença visível (fora etiquetas e códigos de identificação) é a
mudança na posição do chanfro (pequeno corte na sequencia de contatos do módulo de memória), que passou a ser
posicionado mais próximo do canto do módulo. O chanfro serve justamente para impedir que módulos de diferentes
tecnologias sejam encaixados em placas incompatíveis.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 53


Modelo do DDR3 Clock Taxa de transferência (considerando o uso Tx. Transf.
(real) com processadores de 64 bits externos) em Dual
Channel
DDR3-800 ou PC3-6400 800 MHz 800 x 64bits ÷ 8 = 6.400 MBytes por seg. 12,8 GB/s
DDR3-1066 ou PC3-8528 1066 MHz 1066 x 64bits ÷ 8 = 8.528 MBytes por seg. 16,8 GB/s
DDR3-1333 ou PC3-10666 1333 MHz 1333 x 64bits ÷ 8 = 10.666 MBytes por seg. 21,2 GB/s
DDR3-1600 ou PC3-12800 1600 MHz 1600 x 64bits ÷ 8 = 12.800 MBytes por seg. 25,6 GB/s
DDR3-2400 ou PC3-19200 2400 MHz 2400 x 64bits ÷ 8 = 19.200 MBytes por seg. 38,4 GB/s

10 – DDR4

Desenvolvida pela Sansung em 2013 e lançada comercialmente no final de 2014, o módulo DDR4 utiliza chips de
memória fabricados em tecnologia de 30 nm, trabalha com freqüências que variam de 1.600 MHz a 3.200 MHz e
com voltagem de 1.2 volt. Vem com uma tecnologia chamada Pseudo Open Drain (POD) que faz com que o módulo
consuma metade da corrente elétrica exigida por chips DDR3 nas operações de leitura e gravação. Quando
utilizadas em notebooks, permitirão uma redução de até 40% no uso de energia, se comparadas aos módulos do
padrão DDR3. As peças DDR4 para ultrabooks e tablets devem operar com a tensão de 1,05 volt. Os módulos de
memória DDR4 são do tipo DIMM-284.

Modelo do DDR4 Clock Taxa de transferência (considerando o uso Tx. Transf.


(real) com processadores de 64 bits externos) em Dual
Channel
DDR4-1600 1600 MHz 1600 x 64bits ÷ 8 = 12.800 MBytes por seg. 25,6 GB/s
DDR4-1866 1866 MHz 1866 x 64bits ÷ 8 = 14.928 MBytes por seg. 29,8 GB/s
DDR4-2133 2133 MHz 2133 x 64bits ÷ 8 = 17.064 MBytes por seg. 34,1 GB/s
DDR4-2400 2400 MHz 2400 x 64bits ÷ 8 = 19.200 MBytes por seg. 38,4 GB/s
DDR4-2667 2667 MHz 2667 x 64bits ÷ 8 = 21.336 MBytes por seg. 42,6 GB/s
DDR4-3200 3200 MHz 3200 x 64bits ÷ 8 = 25.600 MBytes por seg. 51,2 GB/s

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 54


Módulo DIMM-284

O módulo DIMM-284 é semelhante ao DIMM-240, inclusive com a mesma dimensão, porem possui 284 vias de
contato. Possui 64 bits e as versões podem variar entre 2 a 16GB de capacidade de armazenamento em cada módulo.

Slots para memórias DDR4


com encapsulamento
DIMM-284 com recurso
Quad Channel (quatro canais
de ligação com o
processador)

DIFERENÇA FÍSICA ENTRE OS MÓDULOS DE MEMÓRIA RAM

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 55


TEMPO DE ACESSO E LATÊNCIA DA MEMÓRIA

O Tempo de Acesso é o tempo que a memória gasta para realizar uma operação de gravação ou leitura de um dado.
Foi utilizado em circuitos do tipo FPM e EDO e a medição do tempo de acesso em nanosegundos (ns). Os Tempos
de Acesso mais comuns eram de 70ns e 60ns. Quanto menor for o tempo de acesso de uma memória melhor ela será,
porque significa que ela gasta menos tempo para armazenar um dado, ou seja, é mais rápida.

Nas memórias atuais, como por exemplo, as memórias DDR, o tempo de acesso foi substituído pela Latência, que
significa atraso. E assim como no caso do tempo de acesso, quanto menor for a Latência de uma memória mais
rápida ela será. A latência é medida em ciclos de Clock, e representa quantos ciclos são gastos para gravar ou ler um
conteúdo na memória. Ex: 2-2-2-5. Estes quatro números representam o número de ciclos de clock gastos em
diferentes tipos de operações na memória. Memórias com menores latências normalmente são bem mais caras.

Módulo DDR 400 Mhz


Latência 2-2-2-5

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 56


7.3 – MEMÓRIA CACHE

O processador consegue ser bem mais rápido do que a memória RAM. Embora esse problema não importasse muito
na época dos primeiros PCs, passou a ser inconveniente a partir do processador 386. O que o processador passou a
fazer foi esperar o tempo necessário para que a lenta memória RAM ficasse pronta para receber novos dados. Isto se
chama Wait States. O Wait States provoca perda de performance do computador já que o processador passará boa
parte do tempo ocioso, esperando a memória RAM ficar pronta para receber e entregar dados.

Para resolver este problema da lentidão da memória RAM tradicional, passou-se a utilizar uma pequena quantidade
de um outro tipo de memória RAM de alto desempenho, chamada memória estática (SRAM – Static RAM), e a
memória RAM tradicional é chamada de memória dinâmica (DRAM – Dinamic RAM). A função deste novo tipo de
RAM secundário é atuar como intermediária na leitura e escrita de dados na memória RAM, e ela passaram a ser
chamada de memória cache. Com isto, o computador ganha desempenho, pois o processador é capaz de trocar dados
com a memória estática em sua velocidade máxima.

Apesar da memória cache utilizar um circuito de alta velocidade (SRAM), o seu custo é muito alto e ela ocupa
fisicamente um espaço bem maior do que a RAM tradicional (DRAM). Estes fatores limitam a quantidade de cache
que está disponível para o processador em cada computador. Sendo assim, a memória cache não pode armazenar
todos os dados os quais o processador necessita. Existe um circuito chamado Controlador de Cache (normalmente
embutido no chipset da placa-mãe) que copia os dados que acredita que o processador usará com maior freqüência
para a memória cache. Assim, em vez de buscar os dados diretamente na memória RAM, que é um caminho lento,
pois usa wait states, o processador busca os dados do cache que foram copiados da RAM, que é um caminho bem
mais rápido.

A memória cache foi utilizada pela primeira vez nas placas-mão dos processadores 386. E a partir dos processadores
486 (4a. geração) ela passou a existir, em pequena quantidade, dentro do processador. Nesta época, o cache interno
dos processadores passou a ser chamado de cache L1 (level 1) e o cache externo localizado na placa-mãe de cache
L2 (level 2). A partir dos processadores de 6a. geração (Pentium II e outros) o cache de memória L2 passou também
a estar embutido dentro do processador com o objetivo de aumentar mais ainda o desempenho do computador. Isto
acontece porque quando o cache está localizado dentro do processador, o acesso a ele é feito através do barramento e
clock internos do processador que são bem mais rápidos que os externos.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 57


Cache externa formada por dois
chips SRAM.

Cache externa, na forma de


um módulo COAST.

7.4 – MEMÓRIA VIRTUAL

É a capacidade da utilização do disco rígido (HD) como extensão da memória RAM, com o objetivo de executar
programas que necessitam de um espaço maior que o disponível pela RAM.

Considerando uma situação onde o computador tenha apenas 32 MB de memória, mas que serão executados vários
programas ao mesmo tempo, que necessitariam juntos de 80 MB. Nos computadores que não utilizam memória
virtual, aparecia uma mensagem de erro: memória insuficiente. Os sistemas operacionais mais modernos permitem
executar vários programas ao mesmo tempo utilizando um artifício para contornar a situação. Normalmente o
usuário não opera vários programas ao mesmo tempo, e sim deixa alguns programas parados enquanto envia
comandos para outro. Os programas que estão parados não precisam ser finalizados, e nem precisam ficar ocupando
espaço na memória. A área de memória que estão usando pode ser copiada para uma área especial do disco rígido,
chamada “arquivo de permuta” (swap file). Este arquivo pode ser bem maior que a memória real instalada no
computador. Com isso temos a sensação que a quantidade de memória é bem maior. Esta é, entretanto, uma memória
virtual. Sempre que o processador precisa executar trechos de programas que estão no arquivo de permuta, precisa
encontrar uma área de memória real (RAM) livre para copiar as informações, para só então processá-las.

Quando um computador usa excessivamente a memória virtual, acaba ficando muito lento, devido à grande
quantidade de acessos a disco. Melhor seria ter mais memória RAM. Com mais memória disponível, menor será a
necessidade de usar a memória virtual, e o desempenho do computador será melhor.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 58


8 – BARRAMENTOS
Barramento é um conjunto de conexões elétricas usados para fazer ligação entre os componentes com computador.
Alguns barramentos são usados para transmissões feitas entre placas, ou dentro de uma mesma placa. Existem vários
tipos de barramentos como:
- Barramento local
É aquele através do qual o processador faz contato direto com o chipset, e a partir daí, com os demais barramentos.
Especificamente este barramento é ligado ao chip chamado ponte norte, north bridge ou system controller.

- Barramento de memória
Ligado diretamente na ponte norte, dá acesso
aos soquetes nos quais são instalados os módulos de memória.

- Barramento de expansão
Utilizado para a instalação de placas de expansão como placas de vídeo, placas de rede, faxmodem, e outras. Os
barramentos de expansão mais comuns atualmente são: ISA, PCI, AGP e PCI Express.

- Barramento de entrada/saída
São usados para que o processador e a memória possam receber e transmitir dados para periféricos e dispositivos
externos. Também chamados barramentos externos, os mais comuns são: USB, FIREWIRE, SCSI e IDE, eSATA,
PS2

- Barramento interno da CPU


Fazem parte da arquitetura interna da CPU e são utilizados para a comunicação entre os seus componentes.

Principais barramentos de uma placa de CPU:

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 59


8.1 - BARRAMENTO LOCAL

O barramento local é o principal barramento do computador. Através deste barramento o processador faz a
comunicação com os principais componentes da placa-mãe (memória RAM, memória cache e chipset). Nele
trafegam os dados lidos da memória, escritos na memória, enviados para interfaces e recebidos de interfaces. Pode
ser dividido em três grupos:

- Barramento de dados
É por onde circulam os dados. É bidirecional, ou seja, os dados são ora transmitidos, ora recebidos pelo processador.

- Barramento de endereços
Através do barramento de endereços o processador pode especificar qual a placa ou interface através da qual quer
transmitir ou receber dados, e também especificar o endereço de memória no qual deseja ler ou armazenar dados. O
barramento de endereços é sempre unidirecional, ou seja, os bits são gerados pelo processador.

- Barramento de controle
O barramento de controle contém vários sinais que são necessários ao funcionamento do processador, bem como
controlar o tráfego do barramento de dados. Alguns dos seus sinais são de saída, outros são de entrada, outros são
bidirecionais. Existem sinais para indicação do tipo de operação (leitura ou escrita), sinais se especificação de
destino/origem de dados (memória ou E/S), sinais de sincronismo, sinais de interrupção, sinais que permitem a outro
dispositivo tomar o controle do barramento, sinais de clock, sinais de programação e diversos outros.

O barramento Local é o mais rápido do computador. Para medir a velocidade ou a taxa de transferência dos dados no
barramento local deve-se realizar a seguinte operação. Por exemplo, um Pentium III operando com 64 bits e clock de
100 MHz externos, oferece uma taxa de transferência máxima de 800 MB/s.
Ou seja: 64 bits x 100 MHz = 6400 Mbits/seg ou 64 bits x 100 MHz ÷ 8 = 800 MBytes/seg. Normalmente taxa
de transmissão dos barramentos é medida em Bytes/segundo.

Alguns processadores operam com o dobro de dados por vez (DDR – doble data range), como é o caso do Athlon e
do Duron, neste caso o clock deve ser multiplicado por 2. Outros processadores operam com QDR (Quad Data Rate,
como o Pentium 4, Xeon, Core Duo e Core 2 Duo), o clock deve ser multiplicado por 4.

Processador Clock Externo Transferênci Bits FSB (Front Side Bus) Taxa de
as por ciclo transferência
Pentium / Pentium MMX 66 MHz 1 64 66 MHz 533 MB/s
Pentium III 100 MHz 1 64 100 MHz 800 MB/s
Atlhlon / Duron 100 MHz 2 64 100 MHz 1600 MB/s
Pentium 4 100/200 MHz 4 64 400 / 800 MHz 3200 / 6400 MB/s
Core 2 Duo 266 / 333 4 64 1.066 / 1.333 MHz 8512 / 10656 MB/s

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 60


8.2 - BARRAMENTOS DE EXPANSÃO

Para que os periféricos (placas em geral) possam usar os barramentos de expansão, é necessário que cada placa (de
vídeo, de som, modem, etc) seja compatível com um determinado tipo de barramento. Sendo assim, para que haja o
uso do mesmo, é necessário encaixar a placa num conector presente na placa-mãe, conhecido por slot. Cada
barramento, possui um forma de slot diferente, como será apresentado nos barramentos a seguir.

1 - ISA (Industry Standard Architecture)

O Barramento ISA é formato por slots que trabalham com 8 e 16 bits por vez e 8 MHz de clock. Ele surgiu no
computador IBM PC, na versão de 8 bits e posteriormente, chegou ao IBM PC AT, passando a usar 16 bits de dados
por vez. Utiliza 2 pulsos de clock por bit transferido, o que gera uma taxa de transferência de 4 MB/s na versão de 8
bits e 8 MB/s na versão de 16 bits

O barramento ISA foi utilizado durante muitos anos nos computadores PC, somente a partir do ano 2000 é que as
novas placas de CPU aboliram completamente o uso dos slots ISA.

Placas de expansão ISA:

placa fax/modem com conector de 8 bits

placa de som com conector de 16 bits

Slots ISA de 16 bits

Slots ISA de 8 bits

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 61


2 - EISA (Enhanced Industry Standard Architecture)

Barramento criado a partir de uma evolução do ISA. Adotado entre o final dos anos 80 e o início dos anos 90. É
totalmente compatível com o ISA. É um barramento de 32 bits e com freqüência de operação de 8 MHz. O Slot do
barramento EISA é muito parecido com o do barramento ISA, pois ambos têm o mesmo tamanho. Como são
compatíveis, uma placa ISA pode ser encaixada perfeitamente em um slot EISA. Apesar desta compatibilidade, o
barramento EISA não se tornou tão popular, porque apesar de ser de 32 bits mantinha a mesma freqüência de 8 MHz
do ISA, o que o tornava lento para placas que exigiam um alto desempenho, como é o caso das placas de vídeo.

3 - VLB (VESA Local Bus)

A necessidade de barramentos mais rápidos voltou a ser grande quando as placas de vídeo passaram a operar com
altas resoluções e elevado número de cores. Foi então que surgiu o VESA Local Bus (VLB), criado pela Vídeo
Electronics Standards Association. Este barramento era representado fisicamente por um conector adicional que
ficava alinhado com os slots ISA.

Criado em 1993, e entre 1994 e 1995 eram comuns as placas de vídeo SVGA VLB e IDEPLUS VLB. Infelizmente o
barramento VLB era totalmente baseado no barramento local do processador 486. A chegada dos processadores
Pentium e suas placas de CPU equipadas com slots PCI, juntamente com a extinção dos processadores 486, fez com
que o barramento VLB também caísse em desuso.

O barramento VLB é de 32 bits e trabalha com o mesmo clock externo do processador. Foi muito utilizado em placas
de CPU 486 com clock externo de 33 MHz, portanto operavam também com 33 MHz. Como são de 32 bits, e a 33
MHz oferecem uma taxa de transferência teórica máxima de 132 MB/s (32 x 33 / 8 = 132).

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 62


4 - PCI (Peripheral Component Interconnect)

Criado pela Intel em 1993, época do desenvolvimento do processador Pentium. Trabalha a 32 ou 64 bits. A versão
mais utilizada é o PCI de 32 bits com clock de 33 MHZ, que pode transferir até 132 MB por segundo (32 x 33 / 8 =
132). Neste caso, a VLB poderia oferecer esta mesma taxa de transferência, mas o PCI tem vantagens sobre o VLB,
uma delas é o recurso Plug and Play, que permite que uma placa instalada num slot PCI seja automaticamente
reconhecida pelo computador. Além disto, os slots PCI são bem menores que o VLB o que resulta em um menor
custo e menores chances de maus contatos.

A versão de 64 bits do PCI, cujo slot é um pouco maior que os slots de 32 bits, é pouco utilizada. São raras as placas-
mãe que usam esse tipo, existem geralmente em placas-mãe de computadores servidores com necessidades de altos
desempenhos. Isso porque os slots de 32 bits, além de mais baratos, tem taxas de transferência suficientes para a
maioria das aplicações.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 63


Slots PCI de 32 bits
Slots PCI de 64 e de 32 bits.

Versões de barramentos PCI

Clock Número de bits Taxa de transferência


33 MHz 32 132 MB/s
33 MHz 64 264 MB/s
66 MHz 32 264 MB/s
66 MHz 64 528 MB/s

Placa de captura de vídeo PCI 32bits

5 - AGP (Acelerated Graphics Port)

Para placas de vídeo usadas em aplicações 3D de alta resolução, o barramento PCI não apresenta taxas de
transferências suficientes. Então a Intel desenvolveu em 1997 o barramento AGP exclusivo para placas de vídeo,
visando obter uma maior taxa de transferência entre a placa-mãe e as placas de vídeo em computadores equipados
com o processador Pentium II e posteriores.

O barramento AGP trabalha a 66 MHz e 32 bits. Portanto, ele atinge uma taxa de transferência de 264 MB/s, o dobro
da taxa do barramento PCI convencional. Este modo de operação é chamado de 1x. O barramento AGP pode
transferir mais de um dado por pulso de clock, aumentando a sua taxa de transferência. No modo 2x, ele pode
transferir dois dados por pulso de clock, dobrando a taxa de transferência no barramento. As taxas de transferência
possíveis são:

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 64


Modo Clock Número de bits Taxa de transferência
1x 66 MHz 32 264 MB/s
2x 66 MHz 32 528 MB/s
4x 66 MHz 32 1056 MB/s
8x 66 MHz 32 2112 MB/s

A taxa de transferência que será utilizada depende do modelo de placa de vídeo e do chipset da placa-mãe. Por
exemplo, se tiver uma placa de vídeo AGP 4x instalada em uma placa-mãe cujo chipset só suporte o AGP 2x, a placa
de vídeo trabalhará no modo 2x.

Uma outra vantagem do barramento AGP, é que ele permite que a placa de vídeo, quando necessitar utilizar uma
memória maior do que possui, use a memória RAM do computador como uma extensão de sua memória de vídeo.
Esta função é chamada de DIME (Direct Memory Execute).

Slot de barramento AGP


Placa de Vídeo AGP

6 - PCI Express

Criado pela em julho de 2002 na versão PCI Express 1.0, por um grupo de empresas como Intel, IBM, Microsoft e
outras. O barramento PCI Express é o substituto do barramento PCI e do barramento AGP. Com o lançamento de
chips gráficos mais rápidos e de novas tecnologias de rede, como a Gigabit Ethernet, e da tecnologia RAID, a taxa de
transferência máxima do barramento PCI mostrou ser insuficiente para suportar essas novas aplicações. Em relação
também às placas de vídeo, o barramento AGP 8x (o mais rápido) também já não satisfazia as maiores necessidades.
Desta forma, foi lançado o barramento PCI Express. Ele é compatível em termos de software com o barramento PCI,
o que significa que os sistemas operacionais e drivers antigos não precisam sofrer modificações para suportar o
barramento PCI Express.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 65


COMUNICAÇÃO SERIAL

O barramento PCI Express representa um avanço extraordinário na forma como os dispositivos periféricos se
comunicam com o micro. Ele diferencia-se do barramento PCI em vários aspectos, mas o principal deles é a forma
com que os dados são transferidos. No barramento PCI a transmissão dos dados é paralela, já no PCI Express, a
transmissão é serial.

Praticamente todos os barramentos dos PC’s (ISA, EISA, VLB, PCI e AGP) utilizam comunicação paralela. A
comunicação paralela diferencia-se da serial por transmitir vários bits por vez, enquanto que na comunicação em
série é transmitido apenas um bit por vez. Isso faz com que, em princípio, a comunicação paralela seja mais rápida
do que a serial, já que quanto maior for o número de bits transmitidos por vez, mais rápida será a comunicação.

Acontece que a comunicação paralela sofre de alguns problemas que impedem que clocks maiores sejam alcançados
nas transmissões. Quanto maior for o clock, maiores serão os problemas de interferência magnética e de atraso de
propagação.

Quando a corrente elétrica passa por um fio, é criado um campo eletromagnético ao redor. Se o campo
eletromagnético criado pelo fio for muito forte, será gerado um ruído no fio adjacente, corrompendo a informação
que estiver sendo transmitida. Como na transmissão paralela vários bits são transmitidos por vez, cada bit envolvido
na transmissão utiliza um fio. Por exemplo, em uma comunicação de 32 bits (como é o caso do slot PCI) são
necessários 32 fios só para transmitir os dados, fora sinais adicionais de controle que são necessários. Quanto maior
o clock, maior é o problema de interferência eletromagnética.

O projeto de um barramento usando comunicação em série é muito mais simples de ser implementado do que usando
comunicação paralela, já que apenas dois fios são necessários para transmissão dos dados (um fio para a transmissão
dos dados e um terra). Além disso, a comunicação em série permite operar com clocks muito maiores do que na
comunicação paralela, já que não tem o problema da interferência eletromagnética já explicada.

Outra diferença na comunicação paralela para a comunicação em série é que, por causa da alta quantidade de fios
necessária para a sua implementação, a comunicação paralela normalmente é half-duplex (os mesmos fios são usados
tanto para a transmissão quanto para a recepção de dados), enquanto que a comunicação em série, por precisar de
apenas dois fios, é full-duplex (há um conjunto separado de fios para a transmissão e outro para a recepção).

FUNCIONAMENTO

O barramento PCI Express é um barramento serial trabalhando no modo full-duplex. Os dados são transmitidos
nesse barramento através de dois pares de fios chamados pista (lane). Cada pista trabalha com 8 bits por vez, sendo 4
em cada direção. A freqüência usada na versão 1.1 é de 2,5 GHz, mas esse valor pode variar. Assim sendo, na versão
1.1 o PCI Express 1X consegue trabalhar com taxas de 250 MB por segundo, quase o dobro da do barramento PCI.
O barramento PCI Express pode ser construído combinando várias pistas de modo a obter maior desempenho.
Podemos encontrar sistemas PCI Express com 1, 2, 4, 8, 16 e 32 pistas, sendo a versão de 32 pistas ou 32x ainda não
disponível. Por exemplo, a taxa de transferência de um sistema PCI Express 1.1 com 8 pistas (x8) é de 2 GB/s (250
* 8).

Na versão 2.0 do PCI Express, lançada no final de 2007, a taxa de transferência dobra para cada pista, ou seja, o PCI
Express 2.0 com 1 pista (1x) trabalha com taxa de 500 MB por segundo. O PCIe 2.0 é compatível com PCIe 1.1
permitindo que placas mais velhas ainda serão capazes de trabalhar em máquinas equipadas com esta nova versão. A
frequencia de operação nesta versão é de 5 GHz.

A versão 3.0 do PCI Express, foi lançada em meados de 2010 e possui o dobro da taxa de transferência da versão
2.0. Nesta nova versão, foi reduzido o consumo de energia, já que frequencia de operação, ao invés de ser o dobro da
versão 2.0, ou seja, 10 GHz, é de 8GHz. O PCI 3.0 é compatível com o 2.0 e 1.1, permitindo que placas mais antigas
sejam utilizadas nesta versão.

Taxa de transferência do PCI Express:

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 66


Tx. Transf. versão 1.1 Tx. Transf. versão 2.0 Tx. Transf. versão 3.0
Barramento
(freqüência 2,5 GHz) (freqüência 5 GHz) (freqüência 8 GHz)
PCI Express x1 250 MB/s 500 MB/s 1000 MB/s
PCI Express x2 500 MB/s 1000 MB/s 2000 MB/s
PCI Express x4 1.000 MB/s 2.000 MB/s 3.000 MB/s
PCI Express x16 4.000 MB/s 8.000 MB/s 16.000 MB/s
PCI Express x32 8.000 MB/s 16.000 MB/s 32.000 MB/s

Outra característica vantajosa do PCI Express sobre os demais barramentos é o fato de ser do tipo Hot Plug (ligação
à quente), ou seja, pode-se conectar ou retirar uma placa de um slot PCI Express sem a necessidade do computador
estar desligado para tal.

Slots PCI Express

Slots PCIexp suportam uma variedade de tamanhos diferentes referenciados à seu número máximo de caminhos, ou
seja, 1x, 2x, 4x, 8x, 16x e 32x. Uma placa PCIexp caberá em um slot de seu tamanho ou de tamanhos maiores, mas
não caberá em um slot PCIexp menor.

Placa-mãe com slots PCI Express


PCI Exp 16x - 1x - 16x

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 67


Placa de Vídeo PCI Express 16x

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 68


8.3 – BARRAMENTOS EXTERNOS

1 - USB (Universal Serial Bus)

Em 1995, foi criada uma aliança promovida por várias empresas (como NEC, Intel e Microsoft) com o intuito de
desenvolver uma tecnologia que permitisse o uso de um tipo de conexão comum entre computador e periféricos. Daí
surgiu o USB, um barramento que adota um tipo de conector que deve ser comum a todos os aparelhos que o
usarem. Assim, uma porta USB pode ser usada para instalar qualquer dispositivo que use esse mesmo padrão.

É uma tecnologia que tornou mais simples e fácil a conexão de diversos tipos de aparelhos (câmeras digitais, drives
externos, modems, mouse, teclado, etc) ao computador, evitando o uso de um tipo específico de conector para cada
dispositivo. O USB é como uma espécie de "plug and play", já que permite ao sistema operacional reconhecer e
disponibilizar imediatamente o dispositivo instalado. Para isso, é necessário que a placa-mãe da máquina e o sistema
operacional sejam compatíveis com USB.

Além de ser “plug and play”, é possível conectar e desconectar qualquer dispositivo USB com o computador ligado,
sem que este sofra danos. Além disso, não é necessário reiniciar o computador para que o aparelho instalado possa
ser usado. Basta conectá-lo devidamente e ele estará pronto para o uso. Alguns deles já possuem drivers nativos no
próprio Windows, como é o caso do mouse e do teclado e outros. Outros dispositivos são reconhecidos mas podem
requerer a instalação de drivers apropriados.

Também é possível o uso de "hubs USB", aparelhos que usam uma porta USB do computador e disponibilizam 4 ou
8 outras portas. Teoricamente, pode-se conectar até 127 dispositivos USB em uma única porta, mas isso não é viável,
uma vez que a velocidade de transmissão de dados de todos os equipamentos envolvidos seria comprometida já que
todos eles compartilhariam uma única conexão USB com o computador.

Conexão de dispositivos USB


utilizando Hub.

O USB também permite que o dispositivo conectado seja alimentado pelo cabo de dados, ou seja, não é necessário
ter um outro cabo para ligar o aparelho à tomada. Mas, isso só é possível com equipamentos que consomem pouca
energia. O cabo USB possui 4 fios, sendo 2 para transmissão de dados e 2 para alimentação. Desta forma os
dispositivos podem obter a alimentação diretamente do cabo (2,5 watts e 500 mA). Dispositivos USB que exigem
correntes elevadas devem utilizar suas fontes de alimentação próprias. Os cabos USB devem ter até 5 metros de
comprimento.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 69


Corte transversal
de um cabo USB

Existem dois tipos de conectores para cabos USB, são os tipos A e B. Nos computadores sempre se utiliza o conector
tipo A. Alguns tipos de periféricos utilizam o tipo B, outros utilizam o tipo A. Os conectores machos são usados no
cabo. Os conectores fêmea são usados no computador, nos hubs e nos periféricos. Existem dois tipos de cabos USB,
um que possui os dois conectores do tipo A, e outro que possui na ponta do computador o conector tipo A e na ponta
do periférico o conector do tipo B.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 70


Cabo USB com conectores A e B Cabo USB com conectores A nas duas pontas

Existem também os conectores Mini tipos A e B utilizados em dispositivos portáteis como celulares e câmeras
fotográficas:

Normalmente as interfaces USB são controladas pela SouthBridge (chipset ponte-sul), que é o componente do
chipset no qual estão também as interfaces IDE e o controle do barramento ISA ou LPC. Existem chipsets com 2
interfaces USB e outros com 4,

USB 1.0

A versão 1.0 do USB, lançada em 1995, foi a primeira versão e suporta apenas uma taxa de transmissão:

MODO TAXA DE TRANSFERÊNCIA EM BITS TAXA DE TRANSFERÊNCIA EM BYTES VERSÃO


Low Speed 1,5 Mbits/s 192 KBytes/s 1.0

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 71


USB 1.1

A versão 1.1 do USB, lançada em 1996, foi a segunda a ser utilizada, suas especificações são seguidas pelos chipsets
existentes nas placas de CPU produzidas antes de 2002. Esta especificação suporta duas velocidades:

MODO TAXA DE TRANSFERÊNCIA EM BITS TAXA DE TRANSFERÊNCIA EM BYTES VERSÃO


Low Speed 1,5 Mbits/s 192 KBytes/s 1.0 e 1.1
Full Speed 12 Mbits/s 1,5 MBytes/s 1.1

USB 2.0

Lançada em 2002, a principal diferença da versão 2.0 em relação à anterior é uma nova taxa de transferência, de 480
Mbits/s. Esta taxa viabilizou a utilização de periféricos mais velozes, como discos rígidos e câmeras de vídeo de alta
resolução. Além disso, o USB 2.0 é compatível com o USB 1.1 e 1.0. Interfaces USB 2.0 operam com os mesmos
cabos e suportam qualquer periférico originalmente criado para as versões anteriores. O modo de 480 Mbits/s é
chamado de High Speed. Portanto as taxas oferecidas pelo USB 2.0 são:

MODO TAXA DE TRANSFERÊNCIA EM BITS TAXA DE TRANSFERÊNCIA EM BYTES VERSÃO


Low Speed 1,5 Mbits/s 192 KBytes/s 1.0, 1.1 e 2.0
Full Speed 12 Mbits/s 1,5 MBytes/s 1.1 e 2.0
High Speed 480 Mbits/s 60 MBytes/s 2.0

USB 3.0

Criado no segundo semestre de 2009 e mantendo praticamente a mesma arquitetura e a mesma praticidade do USB
2.0, a sua designação comercial será USB SuperSpeed. Caracteriza-se principalmente por um aumento das
velocidades de transferência que será de 4,8 Gigabits por segundo, o equivalente a mais ou menos 600
MBytes/segundo, e ser full-duplex (transferindo dados em ambos os sentidos simultaneamente, semelhante às
ligações de rede). É totalmente compatível com as versões anteriores.

TAXA DE TRANSFERÊNCIA TAXA DE TRANSFERÊNCIA EM


MODO VERSÃO
EM BITS BYTES
Low Speed 1,5 Mbits/s 192 KBytes/s 1.0, 1.1, 2.0 e 3.0
Full Speed 12 Mbits/s 1,5 MBytes/s 1.1, 2.0 e 3.0
High Speed 480 Mbits/s 60 MBytes/s 2.0 e 3.0
Super Speed 4800 Mbits/s 600 Mbytes/s 3.0

Na versão 3.0 o cabo USB e os conectores mudaram. Os conectores passaram a contar com mais 5 pinos:

Conectore B macho e B fêmea Conectores A macho e B macho

Conector A macho

Conector Mini

Conector A fêmea
Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 72
2 - FIREWIRE

Trata-se de um meio de transmissão serial que permite uma conexão fácil de diversos tipos de dispositivos ao
computador. Desenvolvido pela Apple no começo da década de 1990 para substituir o padrão SCSI, somente em
1995 o padrão FIREWIRE foi padronizado, através da norma IEEE 1394. O FIREWIRE é usado principalmente para
transmissão de som e vídeo digital e armazenamento de dados. Já podemos encontrar câmeras digitais para fotos,
câmeras digitais para vídeo, discos rígidos, gravadores de CDs, drives de DVD, scanners de alta resolução e vários
periféricos utilizando este padrão. Amplamente adotada por fabricantes de periféricos digitais como Sony, Canon,
JVC e Kodak.

O nome do padrão original é IEEE 1394 lançado em 1995. Posteriormente sofreu pequenas revisões e passou a ser
designado como 1394a em 2000. Posteriormente, em 2002, foi lançada uma versão mais nova de especificação
1394b, que tem como principais características, o uso de taxas de transferência mais elevadas e conexões feitas com
cabos mais longos.

Com mais de 30 vezes a largura de banda do USB 1.1, o FireWire 400 (1394a) transformou-se num padrão da
indústria para transferência de dados a alta velocidade. Contudo, os royalties que a Apple Computer e outros
possuidores da patente exigiram inicialmente aos operadores (US$0.25 por sistema final) bem como o custo superior
do hardware para a sua implementação (US$1.00 a US$2.00) impediu o FireWire de suplantar o USB nos periféricos
para computadores de massas, onde o custo de produção é um importante fator de constrangimento.

Versão Taxa de transferência Tamanho do cabo


1394a 400 Mbits/s ou 50 MBytes/s 4,5 metros
1394b 800 Mbits/s ou 100 MBytes/s 100 metros
Obs: pode chegar a 3,2 Gbits/s ou 400 MBytes/s

Embora numericamente o USB 2.0 (480 Mbit/s) ser capaz de velocidades mais elevadas que o padrão 1394a, o
FIREWIRE devido à sua baixa latencia é na prática mais rápido.

As principais características em comum das duas versões são:

- Dados digitais transmitidos em formato serial.


- Plug and Play.
- Permite conectar até 63 dispositivos.
- Permite hot-plug – conexão e desconexão de dispositivos com o computador ligado.

Obs: embora os dispositivos FIREWIRE possam ser hot-plug (plugado ou desplugado) sem desligar qualquer
equipamento, há casos relatados de avarias em câmeras de vídeo em virtude dos pinos terem acidentalmente
provocado um curto-circuito ao desligar. Alem disso, a diferença de potencia entre o computador e a câmara pode
resultar em faíscas ao ligar a câmera à entrada de FIREWIRE. O resultado prático disto é o chipset de FIREWIRE da
câmera ser avariado, deixando a porta de FIREWIRE, ou a própria câmera, inutilizável. Para assegurar uma
protecção do material, tanto a câmera como o computador devem estar desligados antes de ligar um cabo
FIREWIRE. A maior parte dos equipamentos restantes de uso comercial é menos sensível dos que as câmaras de
vídeo digital, mas, ainda assim, deve-se ter algum cuidado no que toca ao hot-swapping.

CONECTORES E CABOS

O padrão 1394a

O conector do barramento FIREWIRE é blindado e possui 6 vias. Duas delas são de alimentação, as demais formam
dois pares diferenciais, sendo um para dados e um para clock. Há cabos com 4 vias somente, mas nestes casos não
existem os fios de alimentação.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 73


A tensão de alimentação fornecida através do conector de 6 vias é de 45 watts, e a corrente máxima deve ser de
1,5A. Isto pode ser suficiente para manter em funcionamento periféricos de consumo moderado. Conectores podem
ser de 4 ou 6 vias, dependendo do dispositivo. A diferença é que o conector de 6 vias traz alimentação, e o de 4 vias
não.

Conectores macho e fêmea FIREWIRE 1394a de 6 vias Conectores macho e fêmea FIREWIRE 1394a de 6 vias.

Caso seja necessário ligar mais equipamentos do que o número de portas FIREWIRE disponíveis no PC, pode ser
utilizado um Hub. A utilização dos hubs FIREWIRE é similar à dos hubs USB.

6 vias 4 vias

HUB FIREWIRE com 1 porta para conector de 4 vias e 4


portas para conector de 6 vias

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 74


O padrão 1394b

Utiliza conector de 9 pinos. O de 9 pinos possui a mais um par de condutores para blindagem com ligação à terra e
um terceiro pino reservado para futura utilização. É incompatível com os dispositovos do padrão 1394a, ou seja, os
equipamentos do padrão 1394a não podem ser utilizados em conexões 1394b. Porém, a Apple possui uma porta
bilíngüe que permite ao padrão 1394b suportar todos os tipos de dispositivos das versões anteriores. Cabos
adaptadores para o conector de 9 pinos FIREWIRE 1394b permitem que se utilizem dispositivos FIREWIRE 1394a
na porta FIREWIRE 1394b.

Caso a placa de CPU não possua interfaces FIREWIRE integradas, assim como as que possuem interfaces USB, ou
seja, o chipset da placa-mãe não dá suporte ao barramento FIREWIRE, para usar este barramento é preciso utilizar
placas de expansão PCI/FIREWIRE.

Placa de
expansão PCI
para
barramento
FIREWIRE

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 75


9 – PLACA-MÃE
Quem precisa entender hardware a fundo não pode deixar de conhecer todos os tipos de placas de CPU, sejam novas
ou antigas. Cada placa-mãe é construída baseada em um barramento local específico. Isso significa que uma placa-
mãe desenvolvida para um 486 não serviria para um Pentium e vice-versa, já que externamente esses processadores
são completamente diferentes em número de bits e freqüência externos (486DX4-100 => 33Mhz e 32 bits , Pentium-
100 => 66Mhz e 64 bits).

Até o processador 386, as placas-mãe vinham com o processador já instalado não permitindo assim uma substituição
do mesmo. Mas do 486 para frente, as placas passaram a ter um conector (socket ou slot) permitindo a conexão de
modelos diferentes de processadores. Ex: 486DX2-66 e 486DX4-100 poderiam ser utilizados na mesma placa-mãe.
Sendo assim, passou a ser necessária a configuração da placa-mãe de acordo com o modelo do processador utilizado,
principalmente a tensão elétrica e a freqüência de operação do barramento local (freqüência externa do processador).

Podemos dividir as placas de CPU em diversas categorias, de acordo com o soquete/slot usado pelo processador:

Socket / Slot Processadores suportados


Socket 3 486 e 586
Socket 7 Pentium, Pentium MMX, AMD K6, K6-2, K6-III, Cyrix M-II
Socket 8 Pentium Pro
Slot 1 Pentium II, Pentium III e Celeron SEPP
Slot 2 Pentium II Xeon e Pentium III Xeon
Socket 370 Pentium III FC-PGA e Celeron PPGA/FC-PGA
Socket 423 e 478 Pentium 4
Socket LGA 775 Pentium 4, Pentium Dual Core, Core 2 Duo, Core 2 Quad
Soquete LGA 1156 e LGA 1366 Core i3, Core i5 e Core i7

Placa-mãe para processadores 8086 e 8088

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 76


Exemplo de placa-mãe para processadores 286.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 77


Exemplo de placa de CPU para processadores 386.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 78


Exemplo de placa-mãe para processadores 486 que usam o Socket 3.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 79


O desenho a seguir exibe um modelo de placa-mãe para os processadores que usam o Socket 7.

Placa-mãe com socket 8 para processadores Pentium PRO

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 80


Placa-mãe com um Socket 370 e um slot 1 (permite o uso de um ou de outro).

A figura a seguir apresenta uma placa-mãe com um socket 478 para o processador Pentium 4

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 81


A figura a seguir apresenta uma placa-mãe com um socket LGA 775 para os processadores Core 2 duo ou quad

A figura a seguir apresenta uma placa-mãe com um socket LGA 1366 para o processador Core i7

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 82


9.1 - COMPONENTES DE UMA PLACA-MÃE

2 – Chipset (Ponte-Norte)
3 – Soquete para o processador
4 – Soquetes para as memórias
5 – Conector para a fonte de alimentação
6 – Chaves de configuração
7 – Interface IDE
8 – Interface para drives de disquetes
9 – Interface IDE
11 – Memória ROM
15 – Super I/O
16 – Chipset (Ponte-Sul)
18 – Slot AMR
19 – Slots PCI
22 – Slot AGP
23 – Conectores de áudio
26 – Conector da porta paralela
28 – Conectores USB
29 – Conectores para teclado e mouse

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 83


Conector do teclado

Este conector fica localizado na parte traseira da placa de CPU, sendo acessado pela parte traseira do
gabinete. Nas placas de CPU padrão AT, o conector para o teclado é do tipo DIN de 5 pinos, o mesmo
usado nos PCs antigos, desde os anos 80 (figura abaixo). O teclado, por sua vez, também possui um
conector DIN 5 do tipo macho, como o mostrado na figura abaixo.

Conector de teclado padrão DIN de 5 pinos fêmea, Conector padrão DIN de 5 pinos, macho, no teclado
na placa de CPU.

As placas de CPU ATX, Micro ATX e Flex ATX aboliram totalmente os conectores DIN, e passaram a utilizar um
tipo de conector menor, conhecido como “PS/2” (figura abaixo). Passaram a ser fabricados teclados com este tipo de
conector. São na verdade conectores DIN de 6 pinos, também conhecidos como “mini DIN”.

.
Conector de teclado padrão PS/2, em uma placa de Um conector de teclado padrão PS/2 e adaptador para DIN.
CPU ATX.

Os teclados padrão DIN 5 e DIN 6 (ou por simplicidade, DIN e PS/2) possuem exatamente a mesma forma de
comunicação com o computador, sendo a única diferença, o formato do conector utilizado. Por isso é possível ligar
qualquer teclado em qualquer computador, mesmo que utilizem conectores diferentes, utilizando um adaptador
apropriado.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 84


Conector da fonte de alimentação

Este conector pode ser encontrado em duas versões: AT e ATX . O conector de fonte padrão AT é o mostrado na
figura abaixo.

Conector para a fonte de alimentação padrão AT.

Figura 10.17
É preciso muita atenção ao ligar os dois conectores P8 e P9 de uma fonte de alimentação padrão AT na placa de
CPU. Os conectores devem ser alinhados de modo que os 4 fios pretos fiquem juntos. Também é preciso checar se
todos os pinos ficaram corretamente encaixados, e não deslocados lateralmente. Se esta conexão for feita de forma
errada, a placa de CPU será queimada assim que o computador for ligado!

As fontes de alimentação padrão ATX, bem como as placas de CPU ATX, utilizam um conector de alimentação
completamente diferente. Trata-se de um conector único, de 20 vias, mostrado na figura abaixo. Não existe perigo de
ligação errada (fonte AT em conector ATX, e vice-versa), pois os conectores são completamente diferentes.

Conector para fonte de alimentação em uma placa padrão ATX.


Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 85
Soquete ou Slot para o processador

Exemplo de slot para processadores com formato de cartucho.


Exemplo de soquete para processadores.

Slots para as memórias

São utilizados para a instalação da memória RAM. Existem diversos tipos de módulos de memória e tecnologias, já
estudadas no capítulo 8 desta apostila.

Chipset

Além do processador e das memórias, existem outros circuitos que desempenham papéis muito importantes no
funcionamento de uma placa de CPU. Sem dúvida o próximo circuito na escala de importância é um grupo de chips
que chamamos de CHIPSET. Esses chips pertencem a uma classe especial chamada VLSI (Very Large Scale of
Integration, ou Integração em Escala Muito Alta). No seu interior existem algumas centenas de milhares de
transistores.

Formado por dois chips principais, conhecidos como Ponte Norte (North Bridge) e Ponte Sul (South Bridge).

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 86


Bateria

Todas as placas de CPU possuem uma bateria, atualmente, de lítio, em forma de moeda, que serve para manter em
funcionamento o relógio permanente (RTC = Real Time Clock), e também os dados de configuração de hardware,
ambos existentes no chip CMOS (memória de configuração do hardware, do tipo RAM, que armazena os dados
modificados pelo programa Setup da ROM – nos computadores atuais está embutido dentro do chipset ponte-sul). As
baterias de lítio duram em média dois anos, e depois disso precisam ser substituídas. Felizmente esta substituição é
simples, bem como a sua aquisição. Trata-se de uma bateria comum, do mesmo tipo usado em relógios. A maioria
dos fabricantes produz esta bateria com o código CR2032. A tensão das baterias desta classe é 3 volts.

Bateria que alimenta o chip CMOS (Lítio, 3


volts).

Há poucos anos atrás, a maioria das placas de CPU usava baterias recarregáveis, de Níquel-Cádmio. Desta forma,
não necessitavam, pelo menos a princípio, de substituição. Sempre que o computador é ligado, a bateria recebe
carga, e passa a fornecer corrente apenas quando o computador está desligado. O problema, é que depois de alguns
anos a bateria começa a apresentar problemas, e em alguns casos pode vazar, danificando componentes da placa de
CPU.

Aos poucos, as baterias não recarregáveis, como a mostrada na figura acima, passaram a ser cada vez mais
utilizadas, e hoje em dia as baterias recarregáveis (possuem formato cilíndrico, e em geral na cor azul) praticamente
não são mais usadas em placas de CPU.

Bateria de níquel-cádmio.

Existe um terceiro tipo de bateria, mais rara de ser encontrada, chamada NVRAM. São combinações de chip CMOS
e bateria de lítio. A memória acrescida de bateria em um único encapsulamento. Esta bateria embutida tem duração
de 5 a 10 anos. Esses módulos são difíceis de serem encontrados e normalmente soldados na placa de CPU, o que
dificulta a sua substituição.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 87


Módulo CMOS / NVRAM.

Memória ROM

A Memória ROM, já estudado anteriormente, armazena três programas: BIOS, SETUP e POST.

Memória ROM com encapsulamento DIP Memória ROM com encapsulamento PLCC.

Slots de Expansão

Os slots servem para encaixar placas de expansão, como por exemplo, placas de vídeo, placas de som, placas de
interface de rede, placas fax/modem, etc. Existem diversos tipos, já estudados anteriormente, de acordo com o
barramento: ISA, PCI, AGP, PCI Express, e outros.

Conectores das interfaces para Periféricos

Conectores das interfaces IDE ou SATA. Placas mais antigas utilizavam interfaces IDE, atualmente os dispositivos
IDE forma substituídos pelos SATA Em cada uma das interfaces IDE podemos conectar dois dispositivos. No SATA
é conectado um dispositivo em cada interface. Os dispositivos IDE ou SATA mais comuns são o disco rígido (HD) e
o drive de CD/DVD, mas existem outros como as unidades de fita magnética.

Conectores das interfaces IDE na placa-mãe Cabos flat para dispositivos IDE
Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 88
Cabo/conector IDE Cabo/conector SATA

Conectores das interfaces SATA na placa-mãe

Conector da interface paralela e serial. Já não mais usadas atualmente, permitiam a conexão com a impressoras,
mouse, modem e outros dispositivos

Conector IDE para drives de disquetes.

Conector para drives de


disquetes, porta
paralela, COM1 e COM2.

1) Paralela
2) Seriais
3) Drive de disquete

Conector para as interfaces USB e FIREWIRE (1394)

Conectores FIREWIRE na placa-mãe Conectores USB na placa-mãe

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 89


Jumper e Dip Switch

Os jumpers são pequenas peças plásticas, internamente metalizadas, que servem para serem encaixados em pequenos
pinos metálicos existentes na placa de CPU (ou em qualquer outro tipo de placa), fazendo assim, um contato elétrico
entre esses dois pinos. O resultado é uma espécie de programação no modo de funcionamento da placa. Placas de
CPU antigas possuíam diversos jumpers, as modernas possuem poucos.

Para que uma placa funcione, é preciso que ela “saiba” algumas informações, como:
- Qual clock externo deverá usar
- Qual é o processador instalado
- Qual é o clock interno
- Quais são as voltagem requeridas pelo processador
- Que tipo de fonte de alimentação está em uso (AT ou ATX)

Em muitas placas de CPU encontramos grupos de chaves chamados de Dip Switch. Essas chaves possuem a mesma
função que os jumpers, mas com uma vantagem: são mais fáceis de manusear.

Dip Switch Jumpers

Periféricos Integrados

Algumas placas-mãe possuem periféricos integrados, também chamados on-board. O principal motivo que leva a
esta integração é a redução de custo. Inicialmente surgiram placas de CPU com som e vídeo embutidos, dispensando
o uso da placa de som e da placa de vídeo. A redução de custo obtida com a eliminação dessas duas placas era
extremamente vantajosa para os computadores de baixo custo.

Exemplos:

- Placa de som
- Placa de vídeo
- Modem
- Placa de rede

A desvantagem dos circuitos on-board é que normalmente são utilizados circuitos de qualidade inferior e
conseqüentemente de baixo desempenho com o objetivo de reduzir o custo da placa-mãe. Mas existem alguns
modelos de placa-mãe que possuem circuitos on-board de alta qualidade e conseqüentemente são placas mais caras.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 90


1 - Porta para mouse PS/2 6 - Áudio: Central/Subwoofer (amarelo- 10 - Áudio: Microfone (rosa)
(verde) laranja) 11 - Áudio: Saída para caixas
2 - Saída coaxial SPDIF 7 - Áudio: Saída para caixas acústicas acústicas laterais (cinza)
3 - Adaptador de vídeo traseiras (preto) 12 - Portas USB 2.0 1, 2, 3 e 4
4 - IEEE 1394a 8 - Áudio: Entrada de linha (azul-claro) 13 - Entrada coaxial SPDIF
5 - Rede RJ45 (LAN) 9 - Áudio: Saída de linha (verde-limão) 14 - Teclado PS/2 (roxo)

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 91


9.2 – CHIPSET

Como já citado nos componentes de uma placa-mãe, o Chipset é um circuito que desempenha um papel muito
importante no funcionamento da placa-mãe.

O Chipset é um dos principais componentes responsáveis pelo bom desempenho de um PC, ficando atrás somente do
processador e das memórias. Por isso sempre há a necessidade de escolher placas de CPU com o Chipset adequado.
Há vários fabricantes no mercado como Intel, Via, Ali, Sis, OPTi, UMC, e outros. A diferença entre um fabricante e
outro se refere a qualidade e tecnologia utilizada no Chipset.

A maioria dos Chipsets é formada por dois chips principais conhecidos como Ponte Norte (North Bridge) e Ponte
Sul (South Bridge).

Integrates do chipset indicados em uma placa de CPU: (N) – Ponte Norte (S) – Ponte Sul

Ponte Norte (North Bridge)

Também chamado de controlador de sistema, é o circuito mais importante do Chipset. Está relacionado com o clock
e o número de bits externos do processador e das memórias. Atualmente possui um pequeno dissipador de calor ou
até uma pequena ventoinha (cooler). Ele é responsável pelo controle:

- do barramento Local
- de acesso à memória RAM.
- da ponte barramento Local-PCI.
- da ponte barramento Local-PCI Express
- do acesso à memória Cache externa (quando ela existe).

Ponte Sul (South Bridge)

Em geral este chip faz a comunicação com o North Bridge através do barramento PCI, ou seja, ele também é um
dispositivo PCI, porém interno à placa de CPU. Ele é responsável pelo controle:
Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 92
- do Teclado e Mouse (PS/2) e Unidades de Disquete.
- dos barramentos de Entrada/Saída Externos como USB e Firewire.
- das interfaces IDE ou SATA (HD, drive CD/DVD e outros).
- dos circuitos armazenados na ROM (BIOS, SETUP e POST).
- do controlador DMA (Direct Memory Access - permite que alguns periféricos, como HD e Drive CD/DVD
acessem diretamente a memória RAM).
- do Relógio de Tempo Real (RTC).
- da memória de configuração CMOS.
- dos circuitos integrados como Som e Vídeo.

Exemplo de conexões de um típico chipset.

As características em termos de possibilidades e restrições de uma placa-mãe são definidas pelo Chipset:

- Máximo de memória RAM que poderá ser instalada na placa-mãe


- Máximo de Cache Externa
- Tipos de memória RAM que poderá ser instaladas (arquitetura física e tecnologia)
- Tipos de Cache
- Freqüência máximo de operação no barramento local
- Capacidade ou não de utilizar mais de um processador na placa-mãe (multiprocessamento)
- Barramentos que poderão ser utilizados na placa-mãe (USB, Firewire, AGP, e outros)

Ou seja, o Chipset é o circuito que define as principais características e recursos que poderão ser implementados na
placa-mãe.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 93


10 – PLACAS DE VÍDEO
É o dispositivo responsável por gerar e enviar as imagens do computador para o monitor de vídeo. Os circuitos de
vídeo do computador podem estar contidos na placa-mãe (on-board) ou em placas de expansão (placas de vídeo). As
placas de vídeo normalmente utilizam barramentos de expansão de alta velocidade na placa-mãe, caso contrário,
teriam seu desempenho prejudicado. Os barramentos mais encontrados são PCI, AGP e PCI Express.

Placa de Vídeo AGP Placa de Vídeo PCI Express

Memória de vídeo

GDDR4

Trata-se de uma área de memória na qual ficam representadas as imagens que vemos na tela do monitor. Todas as
placas de vídeo possuem chips de memória para esta função. Alguns modelos de placas de vídeo mais caras possuem
quantidades maiores de memória de vídeo, outros modelos mais baratos podem apresentar quantidades de memória
mais modestas.

Muitas pessoas pensam que quanto mais memória possuir a placa de vídeo, mais rápida ela será, isto não é verdade.
A quantidade de memória determina apenas a resolução e quantidade de cores que a placa poderá exibir, e não afeta
o seu desempenho. Uma placa com 1 MB de memória, por exemplo, será capaz de exibir 16 milhões de cores em
resolução de 640x480 ou 65 mil cores em resolução de 800x600. Uma placa com 2 MB, já seria capaz de exibir 16
milhões de cores em resolução de 800x600.

Para calcular quanto de memória será consumida por uma resolução e uma quantidade de cor, basta multiplicar a
resolução vertical pela resolução horizontal e pelo número de bits de cor, e dividir por 8, ex:

640 colunas X 480 linhas X 24 bits (16 milhões de cores) ÷ 8 (transformar em bytes) = 900 KB

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 94


Isso muda quando se trata de placas 3D, onde além da resolução e número bits das cores a memória de vídeo
armazena texturas e outras informações referentes à cena 3D que está sendo exibida.

Apesar da quantidade de memória não influenciar no desempenho da placa de vídeo, a tecnologia utilizada na
memória influencia. Isto porque tecnologias diferentes possuem diferentes velocidades, e quanto mais rápida for a
memória de vídeo, mais desempenho a placa de vídeo terá. As tecnologias de memória de vídeo são do tipo GDDR
(Graphics DDR), que podem ser: GDDR2, GDDR3, GDDR4 ou GDDR5.

Placas de Vídeo 3D

A função de uma placa de vídeo 3D, é auxiliar o processador na exibição de imagens tridimensionais, estas imagens
são formadas por inúmeros polígonos, sobre os quais são aplicadas texturas. Para apresentar a imagem de uma casa
em 3D por exemplo, seja num jogo ou programa gráfico, é preciso que o programa mantenha na memória, a
localização dos inúmeros polígonos que compõe a casa, juntamente com as texturas que serão aplicados sobre eles. É
justamente o uso de polígonos que torna uma imagem tridimensional.

Texturas são aplicadas sobre os polígonos, formando assim as imagens tridimensionais.

O processador do computador sozinho é capaz de criar imagens tridimensionais, mas ele não consegue gerar imagens
3D com uma boa qualidade, pois tais imagens exigem um número muito grande de cálculos, e além disso o
processador tem, ao mesmo tempo, que executar inúmeras outras tarefas.

Processadores de Vídeo

Conhecido pelo nome de GPU (Graphics Processing Unit – Unidade de processamento gráfico). As placas 3D
possuem processadores dedicados cuja função é unicamente processar as imagens, o que podem fazer com incrível

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 95


rapidez, deixando o processador livre para executar outras tarefas. Com elas conseguimos imagens quase perfeitas
com incrível rapidez.

O processador de vídeo é o principal responsável pelo desempenho das placas 3D, e isto está ligado às características
dele como: sua arquitetura, número de texturas (bitmaps) que ele processa pro vez, sua freqüência de operação
(clock) e seu número de bits. Além do processador, outros fatores que influenciam no desempenho das placas de
vídeo são: a tecnologia da memória (GDDR2,GDDR3, GDDR4, GDDR5) que quanto mais rápidas forem mais
desempenho proporcionaram; e o número de bits do barramento local da placa de vídeo, que pode ser acima de 256
bits.

O pixel

O pixel é a unidade básica de uma imagem numérica. O seu nome provem da locução inglesa picture element, que
significa "ponto elementar". É o ponto mínimo endereçável pelo controlador vídeo. De uma forma mais simples, um
pixel é o menor ponto que forma uma imagem digital, sendo que o conjunto de milhares de pixels forma a imagem
inteira. É a menor unidade de uma imagem.

Resolução

A resolução de uma imagem é o número linhas e colunas formadas por pontos (pixels) seqüenciais que ele possui na
vertical e na horizontal. Caso a resolução seja, de por exemplo, 800x600, significa que a tela possui 800 colunas na
vertical e 600 linhas na horizontal. Como se fosse uma matriz.

Exemplo: nesta imagem temos uma letra A formada por


pixels. A resolução é 7 x 8, ou seja, 7 colunas de pixels
por 8 linhas de pixesl.

Existem muitas resoluções diferentes de imagens, mas algumas são mais conhecidas como: 640x480 (VGA),
800x600 (SVGA), 1280x720 (HD ou 720p), 1920x1080 (Full-HD ou 1080p).

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 96


Quanto maior for a quantidade de pixels de uma imagem em uma mesma área física, mais pontos ela terá por cm2 e
conseqüentemente mais detalhes poderão ser apresentados, ou seja, uma imagem de melhor definição.

Multiplicando-se o número de linhas com o número de colunas de uma imagem, se encontra a quantidade total de
pontos (pixels) da imagem. Ex: uma imagem com resolução de 1280x1024 terá 1.310.720 pixels, ou seja, 1,3
Megapixels.

Esquema de cores

O número de cores que cada placa de vídeo suporta depende do número de bits por pixel. Assim, na época em que
monitores monocromáticos eram usados, era necessário apenas 1 bit por pixel, pois essa quantidade permitia
representar duas cores (preto e banco). Para uma placa suportar 256 cores, é necessário que ela tenha 8 bits (ou 1
byte) por pixel.

Hoje em dia, as combinações mais comuns em placas de vídeo são: 16 bits por pixel (216 = 65.536 cores), 24 bits (224
= 16.777.216 cores) e 32 bits (232 = 4.294.967.296 cores). As cores são formadas a partir das três cores básicas,
vermelho, verde e azul. A combinação destas três cores é capaz de exibir todas as cores que o olho humano pode
distinguir, que são 16 milhões de cores (24 bits). Tal combinação é chamada de sistema RGB (Red, Green e Blue).
Quando a placa de vídeo está devidamente configurada, é possível selecionar, pelo sistema operacional, a quantidade
de cores desejada, desde que a placa de vídeo suporte.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 97


11 – MONITORES DE VÍDEO

Monitor de vídeo é o dispositivo de saída do computador que serve de interface visual para o usuário, na medida em
que permite a visualização dos dados e sua interação com eles. Eles são os dispositivos que exibem as imagens
geradas pelas placas de vídeo. Os monitores são classificados de acordo com a tecnologia de amostragem de vídeo
utilizada na formação da imagem. As tecnologias são: CRT e LCD.

Monitor LCD

Dot Pitch

O Dot Pitch é o termo utilizado para referenciar o tamanho do espaço ocupado por cada ponto no monitor.
Cada ponto (pixel) da tela consegue representar somente uma cor a cada instante. Cada conjunto de 3
pontos, sendo um vermelho, um verde e um azul, é denominado tríade. Dot Pitch é, basicamente, a
distância entre dois pontos da mesma cor. Quanto menor esta distância melhor a imagem. O dot pitch é
medido em milímetros, ex. 0,20 mm. Para chegar neste valor deve-se dividir a largura da tela em
milímetros pelo número máximo de pontos horizontais da resolução. Ex: um monitor de 19" que possui
uma tela de 410 mm de largura e resolução máxima de 2048x1536, o dot pitch será:
410 ÷ 2048 = 0,20 mm
Quanto menor for o dot pitch melhor será o monitor, pois significa que ele suporta maiores resoluções.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 98


Freqüência vertical

A freqüência vertical (que é medida em Hz - Hertz) indica a quantidade de vezes que a tela toda é montada a cada
segundo. Ou seja, quantos quadros são montados por segundo. Se a tela for montada, por exemplo, 56 vezes em cada
segundo, dizemos que a freqüência vertical do monitor é de 56 Hz.

Monitores com freqüência vertical abaixo de 60 Hz apresentam um efeito de cintilação (flicker) que causa um
incomodo para a visão e resulta em baixa qualidade da imagem apresentada. Quanto maior for a freqüência vertical,
mais vezes a tela será montada por segundo, e melhor e mais nítida será a qualidade da imagem. Um monitor que
consegue trabalhar com freqüência vertical alta significa que ele é mais rápido para montar a tela, e por isto consegue
montar mais telas por segundo, consequentemente será mais difícil de ser fabricado e mais caro.

Freqüência horizontal

A freqüência horizontal mede quantas linhas o monitor é capaz de montar por segundo. Ex: um monitor com
freqüência horizontal de 31.500 Hz consegue montar 31.500 linhas em um segundo.

Freqüência X Resolução

Quanto mais linhas existir na tela para serem montadas (quando a resolução da tela for maior e com isto possuir mais
linhas), mais tempo será gasto para montar toda a tela, e consequentemente menor será a freqüência vertical.
Portanto, a freqüência vertical varia de acordo com a resolução utilizada no monitor. Ex: um monitor CRT de 19" da
marca LG (Flatron ez T930B) é capaz de utilizar as seguintes resoluções com as respectivas freqüências:

Resolução Freqüência
Colunas Linhas Vertical
640 480 85 Hz
800 600 85 Hz
1024 768 85 Hz
1280 1024 85 Hz
1600 1200 75 Hz
2048 1536 65 Hz

Como a freqüência horizontal mede a velocidade do monitor, ela possui um valor máximo alcançado que varia de
acordo com a qualidade do monitor. Quanto melhor for o monitor maior freqüência horizontal apresentará.

Exemplo: no monitor CRT de 19" da marca LG (Flatron ez T930B) a freqüência horizontal varia de 30.000 Hz a
98.000 Hz.

Para saber quantas linhas um monitor é capaz de varrer por quadro, basta dividir a freqüência horizontal máxima
pela freqüência vertical utilizada. Por exemplo, um monitor com freqüência horizontal de 31.500 Hz e vertical de 60
Hz => 31.500 ÷ 60 = 525 linhas por quadro.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 99


Isto significa que este monitor, usando a freqüência vertical de 60 Hz, suportaria até 525 linhas de resolução, ou
seja, ele poderia utilizar a resolução de 640 (colunas) x 480 (linhas), e neste caso, trabalharia com a freqüência
horizontal de (60 x 480 = 28.800) 28.800 Hz , para equivaler aos 60 quadros por segundo da freqüência vertical.

Caso a resolução desejada seja de, por exemplo, 800 x 600, para seja suportada por este monitor, seria necessária
uma diminuição da freqüência vertical. Ex: diminuindo para 50 Hz => 31.500 ÷ 50 = 630 linhas por quadro.

Neste caso, a resolução 800 x 600 seria suportada, o problema é que, como já foi relatado no tópico Freqüência
Vertical (pagina anterior), monitores com freqüência vertical abaixo de 60 Hz apresentam o Flicker, o que
prejudicaria muito a qualidade da imagem.

Varredura Não Entrelaçada X Varredura Entrelaçada

Existem dois tipos de varreduras, a varredura não entrelaçada e a varredura entrelaçada.

Na varredura não entrelaçada todas as linhas da tela são montadas em cada quadro.

Na varredura entrelaçada a montagem das linhas na tela ocorre de forma intercalada. Na primeira montagem,
somente as linhas ímpares (1,3,5,...) são formadas, na segunda montagem, somente as linhas pares são formadas, e
assim por diante. São formados então dois campos de montagem, um par e um ímpar.

Em uma freqüência de 60 Hz, na varredura entrelaçada são formados 30 campos pares e 30 ímpares, portanto, na
verdade o monitor formará apenas 30 vezes a tela completa por segundo. O benefício disto é que a freqüência
horizontal de um monitor entrelaçado não precisa ser muito alta já que somente a metade das linhas são formadas por
quadro, e isto faz o custo dele ser menor. Mas em contrapartida, a qualidade da imagem fica prejudicada já que após
um ponto ser formado em uma montagem, demorará o dobro de tempo para que aconteça uma nova formatação deste
ponto na próxima montagem.

Entrelaçado Entrelaçado
Não Entrelaçado Entrelaçado Linhas Ímpares Linhas Pares

11.1 - MONITOR LCD (Liquid Cristal Display)

LCD (Liquid Cristal Display, ou em português: tela de cristal líquido) é o tipo mais moderno de monitor e mais
utilizado atualmente. Atrás da tela de cristal líquido há uma iluminação de fundo. Esta iluminação gera fótons (luz)
em todas as direções. Através de um filtro polarizador, esta luz é canalizada em um só sentido, como por exemplo o
sentido horizontal, até atingir o cristal líquido. Este é formado por moléculas em forma de bastonetes que, quando
aplicada uma corrente elétrica, mudam de posição fazendo com que a luz seja desviada para um filtro de cor. Após o
filtro, a luz atinge um segundo polarizador que é perpendicular ao primeiro.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 100


.

Tamanho da tela

Com a popularização dos monitores LCD, é cada vez mais comum encontrar no mercado aparelhos de tamanhos
maiores do que os tradicionais monitores de 14" ou 15". Atualmente os modelos de 17", 19", 22" e 24" são os mais
usados, mas existem modelos que ultrapassam 50", no entanto são bem mais caros.

Contraste

O contraste é outra característica importante na escolha de monitores LCD. Trata-se de uma medição da diferença de
luminosidade entre o branco mais forte e o preto mais escuro. Quanto maior for esse valor, mais fiel será a exibição
das cores da imagem. Isso acontece porque essa taxa, quando em número maior, indica que a tela é capaz de
representar mais diferenças entre cores. É comum encontrar no mercado monitores LCD com contraste superiores a
5.000:1, e no caso dos monitores de LED, este valor é bem superior, como por exemplo 2.000.000:1 .

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 101


Baixo Contraste Alto Contraste

Consumo de Energia

Os monitores LCD consomem bem menos energia do que os antigos monitores de tubo (CRT), e os monitores LCD
de LED consomem em torno de 30 a 40% menos energia do que os LCD convencionais.

Resolução

A maior parte dos monitores LCD disponíveis no mercado possuem resolução máxima de 1920x1080 (full HD), ou
menores. No entanto, existem ofertas de monitores em alta resolução que alcançam valores como 2048x1536, como
é o caso do iPad 3 em uma tela de apenas 9”, o monitor Thunderbolt da Apple com resolução de 2560x1440 em uma
tela de 27” e o monitor Dell UltraSharp U3011 de 30” com resolução de 2560x1600.

Apple iPad 3
Monitor Apple Thunderbolt
Monitor Dell UltraSharp U3011

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 102


12 - MÍDIAS DE ARMAZENAMENTO

12.1 – CD (Compact Disk)

CD (Compact Disk)

Os CDs são pequenos discos removíveis, recobertos de plástico, dos quais são gravados dados usando um feixe de
laser, de forma muito semelhante aos CDs de música. E da mesma forma que estes, um CD de computador armazena
vastas quantidades de informação. As unidades de CD são um componente fundamental de sistemas multimídia, que
usam arquivos de vídeo e de som que por serem grandes necessitam de volumosa capacidade de armazenamento que
os CDs podem oferecer.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 103


Tipos de CD’s:

- CD-ROM (Read Only Memory) – Disco de apenas leitura. Não permite a gravação de dados pelo
usuário.
- CD-R (Compact Disc Recordable) – Grava uma vez, lê diversas vezes. Permite somente uma gravação
dos dados pelo usuário, não sendo possível alterar ou apagar informações.
- CD-RW (Compact Disc Recordable Rewritable) – Disco que permite a gravação e a leitura dos dados
“sem limitações”.

O que causa a diferença entre estes tipos de CD's é o material usado por eles. O CD-R usa um tipo material que
quando queimado pelo laser do gravador de CD sofre uma transformação que não permite mais alterá-lo, deixando a
mídia como um CD-ROM comum. Já o CD-RW usa um material do tipo phase-change (mudança de fase), que
consiste numa espécie de partícula que sofre ação do laser do gravador com uma determinada intensidade para
armazenar dados, e depois pode sofrer outra ação com intensidade maior do laser para voltar ao estado original e
permitir que informações sejam gravadas novamente.

Capacidade e velocidade de gravação de dados no CD

As embalagens das mídias de CD-R e CD-RW geralmente possuem informações úteis mas nem todo usuário sabe o
que significa. Uma dessas informações pode estar assim 700 MB/80 min. Isso quer dizer que o CD tem 700 MB de
capacidade de armazenamento de dados e case seja usado para gravação de áudio, possui 80 minutos de capacidade.

No CD-R, outra informação que aparece é o formato 1X - 16X, significa que o CD pode ser gravado em qualquer
aparelho gravador que funcione numa faixa de velocidade de 1X a 16X. No caso do CD-RW, o primeiro X indica a
velocidade de regravação, enquanto o segundo X indica a velocidade de gravação. Assim, se por exemplo a
embalagem indica 4X-10X significa que a gravação é feita em 10X enquanto a regravação é feita em 4X. Cada X
equivale a velocidade de gravação de 150 KBytes por segundo.

12.2 - DVD (Digital Video Disc)

Trata-se de uma mídia de armazenamento com capacidade de armazenamento de dados bem maior que o CD. A
distância entre as trilhas de gravação de um DVD é bem menor do que a de um CD (CD 1,6 microns e DVD 0,74
microns), o que permite ter na superfície do DVD uma quantidade bem maior de trilhas em uma mesma área, já que
os dois são do mesmo tamanho físico. Por este motivo é possível gravar uma quantidade maior de informações no
DVD. Mas isto torna o DVD mais sensível a erros de leitura provocados por arranhões ou uso de mídias de baixa
qualidade.
Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 104
Tipos de DVDs graváveis:

- DVD-R e DVD+R: somente permitem uma gravação e podem ser lidos pela maioria dos leitores de DVDs.
- DVD-RW e DVD+RW: permite gravar e apagar cerca de mil vezes.

Diferença do DVD+R e DVD-R:

O DVD+R é, como o DVD-R, um disco que pode ser usado para gravar filmes e assistir em DVD players
comerciais. Apesar de ter a mesma função e a mesma capacidade, um disco DVD+R só pode ser gravado em
gravadores DVD+R, enquanto que discos DVD-R só podem ser gravados em gravadores DVD-R. Existem no
mercado gravadores que conseguem gravar os dois tipos de mídia, chamados gravadores DVD±R. Na prática, a
diferença da mídia DVD-R para a DVD+R é o desempenho: discos DVD+R são lidos mais rapidamente do que
discos DVD-R. Esta diferença só é sentida se você usar o disco DVD para gravar arquivos de dados, isto é, usar
como uma mídia de backup, já que para assistir filmes o desempenho é o mesmo.

Capacidade

O primeiro criado foi o DVD-5 que conta com 4,7 GB. O DVD de dupla camada (dual layer) também conhecido
como DVD-9 é de 8,5 GB, e o DVD-10 de 9,4 GB. Este último é, na verdade, dois DVD-5 fundidos, ou seja, no
DVD-10 os dois lados da mídia são usados. Como cada lado possui 4,7 GB, logo tem-se 9,4 GB de capacidade de
armazenamento. Os grandes problemas do DVD-10 e que certamente o fez não ser popular foi o fato de não é
possível utilizar algum lado do CD para escrita e na grande maioria dos aparelhos leitores ser necessário trocar o
DVD de lado, caso um chegasse ao final, assim como acontecia com os clássicos discos de vinil.

TIPO FACE No de camadas Capacidade em GB


DVD-5 Simples 1 4,7
DVD-9 Simples 2 8,5
DVD-10 Dupla 1 9,4
DVD-5 em uma face e DVD-9
DVD-14 Dupla 13,2
na outra
DVD-18 Dupla 2 17

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 105


Velocidade de gravação de dados no DVD:

A forma de medir velocidade de gravação e leitura dos dados nos DVD’s é semelhante aos CD’s. Portanto, nos
DVD’s cada X equivale a 1.385 KBytes por segundo, isto quer dizer que um DVD gravado na velocidade 16X
transfere 16 x 1.385 Kbytes por segundo o que dá 22.160 KBytes por segundo.

12.3 - BLU-RAY

Disco Blu-ray

O Blu-ray é a tecnologia de discos ópticos mais moderna, mais rápida e com maior capacidade de armazenamento. O
disco tem as mesmas dimensões do CD e o DVD (12 cm de diâmetro). Utiliza um tipo especial de laser, o laser azul-
violeta ao invés do tradicional vermelho.

A distância entre as trilhas de gravação de um Blu-ray é bem menor do que as do DVD, que já era menor que as do
CD (CD 1,6 microns, DVD 0,74 microns e Blu-ray 0,32 microns), o que permite ter na superfície do Blu-ray uma
quantidade bem maior de trilhas em uma mesma área, já que os três são do mesmo tamanho físico. Devido a esta
curta distância entre as trilhas do Blu-ray, não há possibilidade do uso do antigo laser vermelho que é mais grosso e
não seria capaz de incidir sobre apenas uma trilha de cada vez. O laser azul possui um diâmetro menor que o
vermelho.

Devido à maior quantidade de trilhas, os discos Blu-ray são capazes de armazenar 25 GB de dados por camada, e 50
GB em discos de dupla camada – Dual Layer.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 106


Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 107
12.4 - MEMÓRIA FLASH

É uma memória de computador do tipo EEPROM (Electrically-Erasable Programmable Read Only Memory)
desenvolvida pela Toshiba nos anos 1980. Os chips de memória Flash são parecidos com a memória RAM (Random
Access Memory) usada nos computadores, porém suas propriedades fazem com que os dados não sejam perdidos
quando não há mais fornecimento de energia. Em condições ideais as memórias flash, sem a necessidade de energia,
podem manter armazenadas informação durante 10 anos.

De acordo com a intensidade de energia aplicada, dados serão gravados ou eliminados. Esta memória é usada em
cartões de memória flash, USB flash drives, Drives de armazenamento em estado sólido (SSD – Solid State Drive) e
internamente em alguns equipamentos como notebooks, tablets e smartphones.

Além de ser muito mais resistente que os discos rígidos (HD) atuais, apresenta menor consumo de energia, maiores
taxas de transferência e bem menor peso e tamanho. Chega a utilizar apenas 5% dos recursos normalmente
empregados na alimentação de discos rígidos.

O grande problema da memória Flash é seu preço elevado, o que faz com que a maioria dos usuários utilizem chips
com espaço disponível em GB bem inferior às quantidades dos HD’s.

Memória USB Flash Drive

Pen Drive Corsair USB 2.0 de 16 GB Pen Drive Kingston USB 3.0 de 64 GB

Também conhecido como Pen Drive, é um dispositivo de armazenamento constituído por uma memória flash tendo
uma fisionomia semelhante à de um chaveiro e uma ligação USB permitindo a sua conexão a uma porta USB de um
computador. As capacidades de armazenamento são variadas podendo ultrapassar os 128 GB. A velocidade de
transferência de dados pode variar dependendo do tipo de entrada:

USB 1.1 => 1,5 a 12 Mbits/s;


USB 2.0 => Apesar do USB 2.0 poder transferir dados até 480 Mbits/s, as flash drives estão limitadas pela
pela velocidade da memória flash que pode variar de 40 a 250 Mbits/s.
USB 3.0 => A interface USB 3.0 pode transferir até 4800 Mbits/s de dados. No entanto, Pendrives USB 3.0
geralmente não passam da taxa de 800 Mbits/s.
Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 108
Os mais conhecidos fabricantes de memórias flash são: Imation, Kingston, Corsair, SanDisk, HP, Sony, Markvision,
Extralife , LG e Toshiba.

Uma vez encaixado na porta USB, o Flash Drive aparece como um disco removível, similar a um disco rígido ou
disquete.

Em computadores com sistema operacional Windows XP ou com as versões recentes do Linux ou MacOS, os flash
drives são reconhecidos automaticamente como dispositivos de armazenamento removível. Em sistemas
operacionais mais antigos (como o Windows 98) é necessário instalar um pacote de software denominado "device
driver", específico para o dispositivo utilizado, que permite ao sistema operacional reconhecê-lo. Há alguns "device
drivers" anunciados como genéricos ou universais para Windows 98, mas nem sempre funcionam perfeitamente com
qualquer dispositivo.

Cartão de Memória Flash

Embora sejam baseados em tecnologias similares, existem cerca de uma dezena de tipos de cartões de memória. Ao
contrário do que houve com outras tecnologias, como o USB e o CD, os fabricantes de memória não entraram em
um acordo para trabalharem em um padrão único de cartão. Como conseqüência, o mercado encontra hoje uma
variedade de tipos desse dispositivo. Os mais comuns são abordados a seguir.

SmartMedia (SM)
Tamanho: 45 mm x 37 mm x 0,76 mm
CompactFlash (CF)
Tamanho: 42,8 mm x 36,4 mm x 3,3 mm

MultiMedia Card (MMC) eXtreme Digital (xD-Picture)


Tamanho: 24 mm x 32 mm x 1,4 mm Tamanho: 20 mm x 25 mm x 1,7 mm

MiniSD
Tamanho: 20 mm x 21,5 mm x 1,4 mm
Secure Digital (SD) MicroSD
Tamanho: 24 mm x 32 mm x 2,1 mm Tamanho: 15 mm x 11 mm x 1 mm

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 109


Memory Stick Pro MemoryStick Duo
Tamanho: 50 mm x 21,5 mm x 2,8 mm Tamanho: 31 mm x 20 mm x 1,6 mm

SSD – SOLID STATE DRIVE

Unidade de armazenamento em estado sólido. Substitui ou complementa o HD, que é o principal


dispositivo de armazenamento de dados do computador. Contém internamente vários chips especiais de
memória flash que juntos podem armazenar TBs de dados. Os chips são especiais por conseguirem
alcançar altas taxas de transferência de dados. Os SSD´s modernos ultrapassam as taxas de transferências
dos HD´s SATA de ultima geração, ou seja, são mais rápidos na leitura e gravação de dados. Entretanto, os
HD´s ainda são superiores em capacidade de armazenamento.

Vantagens da memória flash Desvantagens da memória flash


Leves e ocupam pouco espaço físico. Alto custo por byte armazenado, se comparada com
outras mídias de armazenamento.
Não danificam em caso de queda, como ocorre com os Falta de padronização no caso dos cartões de
HD´s. memória.
Alguns tipos como os SSD´s possuem alta taxa de Pendrives e cartões de memória, em sua grande maioria,
transferência de dados, mas são muito caros. possuem baixas taxas de transferência de dados.
Mesmo os dispositivos mais evoluídos, como os SSD de
ultima geração, possuem capacidade de armazenamento
inferior aos HD´s e às fitas magnéticas.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 110


DISPOSITIVOS MAGNÉTICOS
Dispositivos magnéticos são os meios mais tradicionais de armazenamento permanente de dados, principalmente
quando se trata de grandes volumes de dados. Suas capacidades de armazenamento de dados podem variar de
algumas centenas de KiloBytes (KB) chegando à casa dos TeraBytes (TB), mas todos eles têm alguns elementos em
comum. Os mais comuns são os disquetes, os discos rígidos (HD) e as fitas magnéticas.

Antes que uma informação possa ser armazenada numa mídia magnética, esta deve ser formatada. A formatação é a
preparação da mídia para que o Sistema Operacional (Windows, Linux, e outros) possa reconhecê-la e utiliza-la para
leitura e gravação de dados de uma maneira organizada. Uma mídia magnética que não foi formatada não poderá ser
utilizada pelo computador.

12.5 - UNIDADE DE DISCO FLEXÍVEL (disquete)

Os discos flexíveis, fabricados com material plástico e revestido com camada magnetizável, se apresentam dentro de
um invólucro protetor, cuja superfície interior é antiestática e autolimpadora.

Disquetes: 8” 5 ¼” 31/2”

Devido às mais recentes tecnologias em discos como CD, DVD, discos rígidos velozes e com enormes capacidades
de armazenamento, e também ao crescente uso de dispositivos de armazenamento utilizando memória flash (como os
Pen Drives), a cada dia interessa-se menos pelos discos flexíveis que são lentos e armazenam pouca quantidade de
dados.

A transferência de informações registradas no disquete para a memória do micro e vice-versa é feita pelo cabeçote de
leitura/gravação situados na Unidade de Disco Flexível (Drive).

Tipos de disquetes:
- 3 ½ polegadas e capacidade de armazenamento de 1,44 MBytes, é o mais atual:
- 5 ¼ polegadas e capacidades de armazenamento de 360 KB ou 1,2 MB (utilizado na década de 90).
- 8 polegadas e capacidade de armazenamento de 1,6 MB (utilizado na década de 80).

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 111


A estrutura de um disquete é semelhante à de um
disco rígido (HD). São magneticamente divididos em
trilhas e setores, cada setor em cada trilha é chamado
de cluster e possuiu 512 bytes de tamanho. Possui
duas faces e os leitores/gravadores possuem duas
cabeças de leitura para ler e gravar simultaneamente
nas duas faces.

CUIDADOS COM OS DISQUETES

- Não toque na superfície magnética do disco, onde


são gravados os dados.
- Mantenha-o sempre protegido pela capa.
Nunca exponha um disquete a um campo magnético.
- Nunca o exponha a altas temperaturas.
- Insira-o com cuidado no drive e nunca o retire
enquanto a luz (LED) estiver acesa.
- Evitar a proximidade com comida, bebida e fumo.

CARACTERÍSTICAS NA UTILIZAÇÃO DE UM DISQUETE

VANTAGENS DESVANTAGENS
Manuseio rápido e fácil. Velocidade de leitura/gravação extremamente lenta.
Boa confiabilidade. A confiabilidade depende de certos cuidados.
Acesso aos dados pode ser tanto seqüencial Capacidade de armazenamento extremamente
quanto aleatório. pequena
Volume físico pequeno. Inviável para armazenamento de arquivos com
tamanho acima de 1,44 MB.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 112


12.6 - FITAS MAGNÉTICAS

Fita DAT (2 mm)

As fitas magnéticas são semelhante às fitas utilizadas nos gravadores de áudio, ou às fitas de vídeo VHS, porém, são
utilizadas para armazenar dados. O uso de fitas magnéticas nos computadores tem suas vantagens e suas
desvantagens, conforme destacado no quadro a seguir. Elas são tipicamente lentas na leitura e gravação e permitem
apenas a leitura ou gravação seqüencial dos dados, ou seja, para acessar um dado que esteja no final da fita, o leitor
tem que adiantar o rolo até o ponto desejado, fato que aumenta ainda mais a sua lentidão. Por isto, as fitas são na
prática utilizadas apenas como mídias de armazenamento de dados que não necessitam de utilização freqüente,
porque tal lentidão inviabiliza a sua utilização em procedimentos que requerem acesso a informações e forma
instantânea.

Por outro lado, existem fitas que conseguem armazenar grandes volumes de dados, ultrapassando a casa dos 500 GB
(fitas DLT), e podendo alcançar capacidades como 3 TB (Fitas LTO), e a um custo bem mais moderado do que
outros dispositivos de armazenamento de grande volume de dados, como o disco rígido (HD). Este fato as torna uma
excelente alternativa para copia de grandes volumes de dados do HD’s em caso de uma necessidade de recuperação
por perda acidental dos mesmos (Backup).

Fita DLT (4 mm)


Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 113
Fita LTO (4 mm)

Backup

Fazer uma cópia de garantia do disco rígido em uma unidade de fita costuma ser como alguns conselhos de mãe
quando agente é criança: “leve um guarda-chuva em dias nublados e sempre use a capa de chuva”. É claro, ela tinha
razão de vez em quando – a chuva poderia vir e você poderia se molhar, mas não era assim tão terrível. Algo
semelhante ocorreria se o disco rígido fosse danificado por algum motivo ou se fossem acidentalmente apagados
arquivos que não deveriam ser. Se não existir uma cópia, não há como recuperar estes dados. A diferença deste caso
para o primeiro do guarda-chuva é que as conseqüências são bem piores.

As cópias dos dados dos discos rígidos feitas em fitas magnéticas ou em outros dispositivos de armazenamento, para
serem utilizadas em caso de perda dos dados originais, são denominadas de “BACKUP” (Cópias de garantia).

As fitas geralmente são utilizadas para Backups de grandes volumes de dados por serem o melhor custo/benefício
para o tal. Como os Backups são cópias de segurança que serão utilizadas somente em casos de perda dos dados
originais, ou seja, utilizados em situações eventuais, a lentidão na leitura/gravação de dados nas fitas se torna
aceitável. Para backups de pequenos volumes de dados podem ser utilizados CD’s , DVD’s ou Bluray Disk.

Vantagens e Desvantagens das Fitas Magnéticas

VANTAGENS DESVANTAGENS
Possuem grande capacidade de armazenamento Só permitem acesso aos dados de forma
de dados. seqüencial.
Custo baixo se comparada a outros dispositivos A tecnologia de leitura / gravação dos dados é
de grande capacidade de armazenamento. lenta
Tamanho compacto.
Boa confiabilidade. Estão mais sujeitas a erros de leitura ou
gravação que os HDs e os CD/DVDs.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 114


12.7 - DISCO RÍGIDO (Hard Disk - HD)

Uma unidade de disco rígido é o componente que mais trabalha no computador e o principal dispositivo de
armazenamento de dados. O Disco rígido geralmente é fixo no gabinete do microcomputador (existem também HD’s
externos móveis), sendo utilizado para armazenar grande volume de informações, utilizando acesso seqüencial ou
aleatório (direto) aos dados.

São tipos especiais de dispositivos de ENTRADA e SAÍDA de dados devido a sua alta velocidade de
gravação/leitura e grande capacidade de armazenamento dos dados. Existem no mercado discos rígidos capazes de
armazenar acima de 4 TB de dados.

Dentro do disco rígido, os dados são gravados em discos magnéticos. Estes discos são compostos de duas camadas.
A primeira é chamada de substrato, e nada mais é do que um disco metálico, geralmente feito de ligas de alumínio. A
fim de permitir o armazenamento de dados, este disco é recoberto por uma segunda camada, agora de material
magnético. Os discos são montados em um eixo que por sua vez gira em alta velocidade (podem chegar a 10.000
rpm) graças a um motor especial.

Braço
O braço é um dispositivo mecânico que serve para movimentar as cabeças de leitura e gravação ao longo da
superfície do disco. Possui várias ramificações para que cada uma das cabeças possa ter acesso à superfície
magnética.

Cabeças
Dentro de um disco rígido, encontramos vários discos, sendo que cada um deles possui duas faces (cada face é uma
superfície magnética). Para cada face, existe uma cabeça correspondente.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 115


Para ler e gravar dados no disco são usadas cabeças de leitura/gravação eletromagnéticas presas a um braço móvel, o
que permite o seu acesso a todo o disco. Um dispositivo especial, chamado de atuador, ou "actuator", em Inglês,
coordena o movimento das cabeças de leitura.

Trilhas
Cada superfície é dividida magneticamente em trilhas e setores. As trilhas são círculos concêntricos, igualmente
espaçados. A cabeça correspondente deve antes ser posicionada sobre a trilha desejada para que seus dados possam
ser lidos ou gravados. Os discos rígidos modernos possuem, em cada superfície, milhares de trilhas.

Setores
Assim como cada face de um disco é magneticamente dividida em trilhas, cada trilha é magneticamente dividida em
setores. À interseção de um setor com uma trilha damos o nome de Cluster.

Cilindros
Este é um conceito muito importante na terminologia de discos rígidos. Um cilindro é um grupo de trilhas de mesmo
número, em superfícies diferentes. Digamos por exemplo que um disco tenha 4 cabeças (numeradas de 0 a 3), e que
o braço está posicionando essas cabeças de modo que cada uma esteja sobre a trilha 50 da sua superfície. Dizemos
então que as cabeças estão posicionadas sobre o cilindro número 50. Explicando de uma forma ainda mais simples,
considere que chamamos a trilha X da cabeça Y de “Trilha X/Y”. Então:

Cilindro 0 = Trilha 0/0 + Trilha 0/1 + Trilha 0/2 + Trilha 0/3


Cilindro 1 = Trilha 1/0 + Trilha 1/1 + Trilha 1/2 + Trilha 1/3

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 116


Cálculo da capacidade
A capacidade de qualquer disco rígido é obtida multiplicando o número de cilindros pelo número de cabeças pelo
número de setores pelo tamanho do cluster (normalmente varia de 512 bytes a 4KB). Portanto a capacidade é dada
por: Cilindros x cabeças x setores x 512 O disco do nosso exemplo teria:

2180 x 63 x 255 x 512 = 17.931.110.400 bytes, ou seja, 17 GB.

Formatação Física
É a demarcação magnética das trilhas e setores em um HD

Formatação Lógica
É a preparação de HD para ser lido/gravado nos padrões de sistema de arquivos do sistema operacional onde será
usado.

Tempo de Acesso
É o tempo necessário para que as cabeças de leitura/gravação sejam movidas até o cilindro onde começa um arquivo
a ser lido, ou até uma área livre onde um arquivo será gravado.

Taxa de transferência
É o volume de dados medido em bytes por segundo que um HD consegue executar na leitura ou gravação dos dados.

VANTAGENS DESVANTAGENS
Possuem grande capacidade de armazenamento Custo alto se comparado a dispositivos de
de dados. grande armazenamento de dados como as fitas
magnéticas.
Alta velocidade na leitura e gravação dos dados Quando estão fixos internamente no gabinete do
computador dificulta o seu uso para transportar
dados de um computador para outro.
Alta confiabilidade (dificilmente apresentam de São muito sensíveis, uma simples queda podem
erros de leitura/gravação) danificá-los.
Consomem muita energia devido ao seu motor
de alta velocidade.

Desfragmentação do Disco rígido (HD)

Quando o primeiro arquivo é gravado em um disco rígido, ele é colocado em uma trilha de clusters (menor
área de armazenamento de dados no disco) contínuos. Em outras palavras, a cabeça de leitura/gravação
pode se movimentar diretamente do cluster inicial desse arquivo para o cluster seguinte, realizando uma
operação contínua e suave. A cabeça paira sobre uma única trilha e grava o arquivo enquanto o disco se
move abaixo dela. Conforme mais arquivos são adicionados, eles também são gravados em clusters
contínuos. Se os arquivos pudessem ser vistos, eles iriam parecer com a representação bastante
simplificada de um disco apresentada abaixo:

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 117


Quando arquivos velhos são apagados, eles deixam clusters vazios que ficam disponíveis para gravação de novos
arquivos.

Mas alguns dos clusters vazios não são suficientemente grandes para conterem os novos arquivos. Como resultado,
parte do arquivo é gravada em um cluster e o restante é dividido (ou fragmentado) entre os clusters vazios que
existam em qualquer outro lugar do disco.

A fragmentação faz com que a unidade de disco grave e leia a informação mais lentamente, porque a cabeça de
leitura/gravação gasta mais tempo se movendo de trilha em trilha e esperando encontrar clusters vazios nas trilhas
que passam abaixo dela com o disco girando.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 118


A desfragmentação – às vezes chamada de otimização de disco – é uma operação controladora do software que move
partes dispersas de arquivos para que fiquem contínuas novamente. A desfragmentação começa com o software
movendo temporariamente clusters contínuos de dados para outras áreas não utilizadas do disco, abrindo assim uma
grande área livre e contínua para receber a gravação de arquivos.

A unidade de disco, então, move as partes fragmentadas de um único arquivo para a mais nova área aberta,
reordenando as partes para que fiquem contínuas.

O software de desfragmentação continua reordenando todos os arquivos e partes de arquivos no disco, até que eles
fiquem contínuos.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 119


13- O padrão IDE
IDE é a sigla para Integrated Drive Electronic (em português, Eletrônica de Integração de Unidade). Trata-se de uma
tecnologia que surgiu na época do processador 386 para solucionar o problema que envolvia o aumento de ruído
(interferência, perda de dados) quando fabricantes de HDs aumentavam a capacidade de armazenamento de seus
discos. Esse ruído ocorria entre o disco e a controladora do HD. Os ruídos, devido a sua natureza de causar perda de
informações, faziam com que a controladora solicitasse várias vezes o reenvio dos dados naquele momento. Com
isso, naquela época, não era recomendável aumentar a capacidade dos HDs.

Mas como esse aumento era uma necessidade real, houve várias pesquisas para encontrar soluções. A empresa
Western Digital foi a que mostrou a melhor solução: o cabo que ligava os discos à controladora, não existia mais. A
controladora passou a estar integrada na placa de circuitos do próprio HD e os ruídos não existiam mais. Essa
solução foi chamada de IDE e tornou-se padrão para discos rígidos.

HD com controladora IDE integrada.

ATA, ATAPI e EIDE

Nos conectores da placa-mãe que permitem instalar o HD, é possível também conectar drives de CD-
ROM/gravadores de CD-ROM, Zip Drives, etc. Estes dispositivos utilizam o mesmo tipo de cabo utilizado na
conexão do HD (flat cable de 40 ou 80 vias). Para que isso seja possível, é utilizado um padrão conhecido como
ATAPI, que é uma sigla para "AT Attachment Packet Interface. Na conexão de HDs usá-se uma interface
denominada ATA (AT Attachment). O computador, através de seu BIOS e/ou chipset da placa-mãe, reconhece
quando utilizar a interface ATA ou a interface ATAPI.

Drive de CD IDE

Já o padrão EIDE (sigla para Enhanced Integrated Drive Eletronic), refere-se a uma melhora na interface IDE, que
consiste em um aumento na velocidade de transferência de dados do HD e permite que num mesmo conector IDE
seja instalado dois dispositivos. Por exemplo, um HD e um drive de CD-ROM ou simplesmente dois discos rígidos.
A interface IDE vem integrada na placa-mãe através do chipset. Ela é dividida em dois canais, sendo um principal e
o outro secundário. Com isso, é possível instalar até 4 dispositivos, pois cada IDE disponível, suporta até dois drives.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 120


Dois HD’s conectados em uma única interface IDE na placa-mãe.

A interface EIDE tem um concorrente: o padrão SCSI, que é bem mais eficiente, porém muito mais caro. Por esta
razão, o padrão SCSI só é usado em aplicações que necessitam de alta performance.

Ultra-ATA

Também conhecido com UDMA - Ultra-DMA. Este padrão, permite a transferência de dados numa taxa de pelo
menos 33,3 MB/s. Existem 4 tipos básicos de Ultra-ATA: UDMA 33, UDMA 66, UDMA 100 e UDMA 133. Os
números nestas siglas representam a quantidade de megabytes transferível por segundo. Assim, o UDMA 33
transmite ao computador dados em até 33 MB/s. O UDMA 133 faz o mesmo em até 133 MB/s e assim por diante. O
UDMA 133 foi o ultimo padrão IDE Paralelo ATA lançado e comercializado no mercado.

Tecnologia DMA

Antigamente, somente o processador podia acessar os dados diretamente da memória. Com isso, se qualquer outro
componente do computador precisasse de algo na memória, teria que fazer este acesso por intermédio do
processador. Com os HDs não era diferente. Como conseqüência havia um desperdício dos recursos de
processamento. A solução não demorou muito a aparecer. Foi criado um dispositivo chamado Controlador de DMA
(Direct Memory Access - Acesso Direto à Memória). Como o próprio nome diz, com essa tecnologia, tornou-se
possível o acesso direto à memória pelo HD ou pelos dispositivos que usam a interface IDE, sem necessidade de
"auxílio" do processador.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 121


14 - O padrão Serial ATA (SATA)
Serial ATA é um novo padrão de interface para dispositivos de armazenamento, principalmente para HDs e
aparelhos leitores/gravadores de CD e DVD. Este padrão é o substituto da interface Paralell ATA (cuja última versão
recebeu a terminologia ATA 133). Seu uso só é possível para dispositivos de armazenamento, não sendo um padrão
que pode ser estendido a dispositivos como scanners e impressoras, por exemplo.

Paralelo x Serial
A porta IDE tradicional transfere dados de forma paralela. A vantagem da transmissão paralela é que ela é mais
rápida do que a transmissão em série, pois transmite vários bits por vez. Sua grande desvantagem, porém, é em
relação ao ruído. Como terão de existir muitos fios (pelo menos um para cada bit a ser transmitido por vez), um fio
gera interferência no outro. É por esse motivo que os discos rígidos ATA-66 e superiores precisam de um cabo
especial, de 80 vias. A diferença entre esse cabo de 80 vias e o cabo IDE comum de 40 vias é que ele possui um fio
de terra entre cada fio original, funcionando como uma blindagem contra interferências.

No Serial ATA, por outro lado, a transmissão dos dados é feita de modo serial, ou seja, transmitindo um bit por vez.
A maioria das pessoas pensa que a transmissão serial é mais lenta que a transmissão em paralelo. Acontece que isto
só é verdade se compararmos os dois tipos de transmissão usando a mesma taxa de clock. Neste caso a transmissão
paralela será pelo menos oito vezes mais rápida, já que pelo menos oito bits (um byte) serão transmitidos por pulso
de clock, enquanto que na transmissão serial apenas um bit será transmitido por pulso de clock. No entanto, se um
clock maior for usado na transmissão serial, ela pode ser mais rápida do que a transmissão paralela. Isto é
exatamente o que acontece com o Serial ATA.

O problema em aumentar a taxa de transferência na transmissão paralela é ter que aumentar o clock, já que quanto
maior o clock maiores são os problemas relacionados à interferência eletromagnética. Como a transmissão serial
utiliza apenas um fio para transmitir os dados, ela sofre menos com problemas de ruído o que permite obter clocks
elevados, resultando em uma taxa de transferência maior.

Versões e Taxa de Transferência

O padrão Serial ATA, na sua primeira versão (SATA I , ou SATA150 ou SATA1.5) trabalha com freqüência de 1,5
GHz e atinge a velocidade de 150 MBytes por segundo. A segunda versão (SATA II, ou SATA300 ou SATA3.0)
trabalha com 3 GHz de freqüência e 300 MB/s de taxa de transferência. E a ultima versão (SATA III, SATA600 ou
SATA6.0) trabalha com 6 GHz de freqüência alcançando 600 MB/s de taxa de transferência. Enquanto que a ultima
versão do IDE, o Paralelo ATA, alcança no máximo 133 MB/s.

As versões são totalmente compatíveis entre si, ou seja, tanto dispositivos SATA I funcionam em interfaces SATA II
quanto dispositivos SATA II funcionam em interfaces SATA I.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 122


Características

Uma novidade no Serial ATA é que além de ser plug-and-play permite o uso da técnica hot-swap, que torna possível
a troca de um dispositivo com o computador ligado. Por exemplo, será possível trocar um HD sem ser necessário
desligar a máquina para isso. Este recurso é muito útil em servidores, que precisam de manutenção/reparos, mas não
podem parar de funcionar, e também para a conexão de periféricos externos sem a necessidade de desligar o
computador através de um conector especial chamado eSATA.

O cabo serial
O cabo Serial ATA é bem mais fino que o cabo paralelo e é formado por sete fios: dois pares de fios (um para
transmissão e outro para recepção – Full-Duplex) e mais três fios terra. É todo blindado para evitar ruídos externos.
Uma das grandes vantagens deste cabo é que ele proporciona maior espaço livre dentro do gabinete do computador,
permitindo maior ventilação, o que conseqüentemente aumenta a vida útil do equipamento.

SATA eSATA

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 123


15 - O padrão SCSI
SCSI é sigla para Small Computer System Interface. Trata-se de uma tecnologia criada no início dos anos 80 para
acelerar a taxa de transferência de dados entre dispositivos de um computador, desde que tais periféricos sejam
compatíveis com a tecnologia. O padrão SCSI é muito utilizado para conexões de HD (disco rígido), scanners,
impressoras, CD-ROM ou qualquer outro dispositivo que necessite de alta transferência de dados.

As vantagens do SCSI não se resumem apenas à questão da velocidade, mas também da compatibilidade e
estabilidade. Sendo o processador o dispositivo mais rápido do computador, o uso do padrão SCSI permite que essa
velocidade seja aproveitada e assim, aumentá-se de forma considerável o desempenho do computador.

Normalmente computadores que vão funcionar como servidores utilizam dispositivos SCSI, e não IDE. Os
dispositivos SCSI são adequados a ambientes de multitarefa intensiva, ao contrário dos modelos IDE, mais
adequados para PCs de uso pessoal.

Computadores convencionais normalmente não possuem suporte SCSI nativo, mas ainda assim é possível utilizar
esta tecnologia instalando-se uma placa adaptadora ou contraladora SCSI. Cada placa consegue controlar de 7 a 16
periféricos.

Tipos de SCSI

Existem três tipos de tecnologia SCSI que surgiram em seqüência ao longo dos anos, sendo uma evolução da outra e
tendo como principal objetivo o aumento da performance com crescentes elevações na taxa de transferência.

SCSI-1

Trabalha com um clock de 5 MHz a 8 bits e uma taxa de transferência de 5 MB/s. Esta tecnologia surgiu em 1979 e
atualmente já está obsoleta devido a baixa performance. É também conhecida como Narrow SCSI. As placas
controladoras utilizam uma interface ISA-8 bits para conexões com a placa-mãe do computador. Para conectar o
periférico à placa controladora utiliza-se um cabo com conector de 50 pinos. Cada controladora permite a conexão de
até 7 periféricos.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 124


SCSI-2

Como uma evolução do SCSI-1 este padrão trouxe dois fatores evolutivos, um foi o aumento do clock de 5 MHz
para 10 MHz recebendo a denominação de Fast SCSI e alcançando 10 MB/s de taxa de transferência. Outra evolução
foi uma segunda opção denominada Wide SCSI onde ao invés de aumento de clock foi feito um aumento do número
de bits por vez passando de 8 para 16 bits com uma taxa de transferência também de 10 MB/s e levando o número de
vias do cabo e do conector para 68. Utilizando uma combinação das melhores características destes dois tipos
formou-se o Fast Wide SCSI com 16 bits e clock 10 MHz levando a taxa de transferência para 20 MB/s. Assim
como no SCSI-1, é possível a conexão de até 7 periféricos em cada placa controladora SCSI-2.

Tecnologia Bits Freqüência Conector / Cabo Tx. Transferência


Narrow SCSI 8 5 MHz 50 pinos 5 MB/s
Wide SCSI 16 5 MHz 68 pinos 10 MB/s
Fast SCSI 8 10 MHz 50 pinos 10 MB/s
Fast Wide SCSI 16 10 MHz 68 pinos 20 MB/s

SCSI-3

Este tipo surge na seqüência da evolução dos padrões SCSI e uma das principais evoluções em relação ao SCSI-2 é a
freqüência que chega a 160 MHz. O máximo de periféricos suportados por cada placa controladora também
aumentou e pode chegar a 15. Com este tipo também surgem os padrões SCSI seriais. O SCSI-3 se subdivide em 4
padrões: SPI, P1394, SSA e FC-AL

SPI (SCSI-3 Parallel Interface) – Também conhecido como Ultra SCSI


Tecnologia Bits Freqüência Conector / Cabo Tx. Transferência
Ultra SCSI 8 20 MHz 50 pinos 20 MB/s
Ultra Wide SCSI 16 20 MHz 68 pinos 40 MB/s
Ultra2 SCSI 8 40 MHz 50 pinos 40 MB/s
Ultra2 Wide SCSI 16 40 MHz 68 pinos 80 MB/s
Ultra3 Wide SCSI 16 80 MHz 68 pinos 160 MB/s
Ultra320 SCSI 16 160 MHz 68 pinos 320 MB/s
Obs: Após o padrão Ultra2 passou a existir somente o tipo Wide.

Principais conectores SCSI

P1394 – Barramento Firewire já estudado no capítulo de barramentos

SSA (Serial Storage Architecture) – também chamado de SSA160, criado pela IBM e atinge 160 MB/s

FC-AL (Fiber Channel Abstract Loap) – utiliza cabo de fibra óptica ou cabo coaxial, taxa de transferência de 200
MB/s.

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 125


SAS - Serial Attached SCSI

Lançado em 2004, o Serial Attached SCSI (SAS) é uma evolução da parallel SCSI (ULTRA320). O SAS conta com
a confiabilidade incontestável do parallel SCSI para oferecer melhorias significativas de desempenho, escalabilidade
e compatibilidade.

Uma das principais características do SAS é a compatibilidade com a Serial ATA. Os backplanes e as controladoras
da SAS são totalmente compatíveis com a Serial ATA, permitindo conectividade para ambos os tipos de unidades,
diminuindo os custos de infra-estrutura. Entretanto, a compatibilidade inversa não ocorre, ou seja, não é possível
conectar dispositivos SAS em controladoras Serial ATA.

O SAS é um barramento serial que tende a ser utilizado em servidores, por ser mais confiável, rápido e versátil e de
menor custo que os padrões SCSI anteriores. Entretanto, o custo do SAS é superior ao SATA, portanto sua aplicação
deverá se manter para os servidores de alto padrão. Ou seja, para computadores desktop e para para servidores de
baixo custo a tendência é a utilização de dispositivos SATA.

SAS SATA

Outra grande vantagem do SAS é o número de dispositivos que cada conexão pode suportar. Cada porta SAS
convencional permite a conexão ponto a ponto de até 128 dispositivos. Por ser um dispositivo serial e utilizar
conexão ponto a ponto, não há perda de desempenho pela conexão de grande número de dispositivos em uma única
controladora. No SCSI paralelo, além de permitir somente 15 dispositivos por controladora, a conexão é
compartilhada, ou seja, para cada dispositivo conectado há um compartilhamento do barramento entre eles e,
portanto, o desempenho tende a cair para cada novo dispositivo conectado.

Para necessidades acima de 128 dispositivos, pode-se utilizar expansores (expander) que permitem conectar até
16.384 dispositivos SAS em uma única porta mantendo o desempenho e a confiabilidade. A configuração típica é de
Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 126
um enorme rack com os discos SAS conectado via cabo ao servidor. O rack permite que os discos sejam gerenciados
de maneira mais eficiente e até mesmo trocados sem a parada do servidor (hotswap).

A primeira versão do SAS possuía taxa de transferência de 300 MB/s, a segunda versão de 600 MB/s e a terceira
versão 1200 MB/s. Está previsto para 2016 uma versão de 2400 MB/s.

Outra vantagem do SAS em relação ao SCSI paralelo é a transmissão full-duplex. No SCSI paralelo todos os fios do
cabo são utilizados para transmitir e para receber os dados, portanto, a transmissão ocorre nos dois sentidos, mas não
simultaneamente (half-duplex). No SAS, por ser serial, existe um fio para transmitir e outro para receber os dados,
isto permito que a transmissão e a recepção aconteçam simultaneamente (full-duplex).

A tecnologia SAS utiliza a mesma interface, cabos e conectores da tecnologia SATA.

Comparação entre SCSI UTRA320 , Serial Attached SCSI e Serial ATA

SCSI ULTRA320 SAS SATA


Paralelo / Serial Paralelo Serial Serial
Taxa de transferência 320 MB/s 1200 MB/s 600 MB/s
máxima
Num máx. dispositivos 15 128, ou 16.384 com o uso 1
por interface de expander
Compatibilidade Somente Ultra320 Permite conexão SAS e Somente SATA
SATA
Tamanho do cabo Externo até 12 m Externo até 10m com Interno até 1 m
conexões simples e 100m
com fibra óptica.
Hot-plug Sim, mas exige certos Sim Sim
cuidados
Cabos e conectores Largos e mais caros Finos e mais baratos Finos e mais baratos
Interfaces Um único barramento Multi-origem ponto-a- Conexão simples ponto-
compartilhado ponto a-ponto

Apostila de Arquitetura de Computadores - Air Rabelo 127

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