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Slides - Clínica Pastoral - Aconselhamento

O documento discute definições e conceitos relacionados ao aconselhamento bíblico. Ele explica termos como "Teleios", "Parákletos" e "Nouthésis" e descreve o processo de aconselhamento pastoral, objetivos como compreender a si mesmo e aprender a comunicar, e características de um conselheiro cristão como valorizar as pessoas e ter princípios bíblicos. O documento também discute o papel da igreja no aconselhamento e a importância da sexualidade do conselheiro.

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Renata Lemos
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O documento discute definições e conceitos relacionados ao aconselhamento bíblico. Ele explica termos como "Teleios", "Parákletos" e "Nouthésis" e descreve o processo de aconselhamento pastoral, objetivos como compreender a si mesmo e aprender a comunicar, e características de um conselheiro cristão como valorizar as pessoas e ter princípios bíblicos. O documento também discute o papel da igreja no aconselhamento e a importância da sexualidade do conselheiro.

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Pr.

Sergio Brito
Psicanalista
clínico e
terapeuta sexual
Definição do aconselhamento bíblico em três palavras:

❖ plenitude, maturidade, fato de ser inteiro completo e maduro em


Teleios Cristo. Cl 1:28; Hb 5:14; I Jo 2:5.

❖ Ideia de consolação (II Co 1:3, 4 / At 13:15);


❖ Exortação (Hb 3:13);
❖ Oração (Fp 1:9)
❖ Alguém que é chamado para estar ao lado de outrem para ajudá-lo
Parákletos com seu conselho.
❖ Estar ao lado define bem o aconselhamento bíblico. Construir um
relacionamento de ajuda.
❖ É animar, encorajar, confortar e trazer a esperança que mudança é
possível.

❖ Admoestar;
❖ Exortar;
Nouthésis
❖ Ensinar e repreender - Esta palavra indica um obstáculo que há e que
deve ser vencido. (Tt 2:15; I Ts 5:11)
ACONSELHAMENTO PASTORAL
►Aconselhar não é dar conselhos, mas sim estar presente na vida de uma
pessoa, orientando e auxiliando através de várias técnicas, ajudando a
resolver seus conflitos emocionais. Gary Collins afirma:

► “A fim de ajudar as pessoas, o aconselhamento busca estimular o


desenvolvimento da personalidade; ajudar os indivíduos a enfrentarem
mais eficazmente os problemas da vida, os conflitos íntimos e as
emoções prejudiciais; prover encorajamento e orientação para aqueles
que tenham perdido alguém querido ou estejam sofrendo uma
decepção; e para assistir às pessoas cujo padrão de vida lhes cause
frustrações e infelicidade.”
► No aconselhamento pastoral, são utilizados princípios bíblicos para a
orientação das condutas e nas tomadas de decisões.
► A Psicologia é importante neste processo, porque muitos problemas
comportamentais surgem por dificuldades emocionais.
I - O PROCESSO DO ACONSELHAMENTO

► 1- O estabelecimento e manutenção de um relacionamento entre o


conselheiro e aconselhado;

► 2- A exploração de problemas a fim de esclarecer certas questões e


determinar como os problemas podem ser tratados;

► 3- A decisão sobre um curso de ação;

► 4- O estímulo para que o aconselhado tome uma atitude;

► 5- A avaliação do progresso;

► 6- A decisão sobre ações subsequentes;

► 7- Terminar a relação sem ajuda contínua do conselheiro, ou seja, conseguir


resolver seus problemas sem a ajuda de outra pessoa.
II - OBJETIVOS DO ACONSELHAMENTO
❖ Compreender a Si Mesmo

►Uma das maiores causas que geram conflitos individuais e sociais, é


que a maioria das pessoas não se conhecem como deveriam. A baixa
autoestima é o fator principal para que muitas pessoas se sintam
rejeitadas e até rejeitem a outras pessoas, ou porque exigem demais
de si, ou porque exigem muito das outras pessoas.

►Esta autoanálise a seguir permite descobrir suas fraquezas,


potencialidades, humanidade, e consequentemente também das
outras pessoas.
“Questionário solidão:
► Você tem amigos?
► Esta amizade consiste num mútuo dar e receber? Caso não: você recebe mais do que
dá?
► Você tem procurado conversar sobre esta desproporção, este desequilíbrio?
► Você consegue confiar em outras pessoas? Caso não: Por que não?
a - Más experiências?
b - Medo de ser decepcionado?
c - Porque não confia em si mesmo?
► Você evita relacionamentos mais próximos com os outros? Caso sim: É por medo de...
a - Não corresponder com as expectativas do outro?
b - Eventualmente ser deixado de lado?
► Você pensa que é preciso esforçar-se para ser aceito por outros?
► Você tem a impressão de que tem que esconder o seu verdadeiro jeito de ser diante dos
outros? Caso sim: Você já experimentou ser você mesmo?”
Questionário de autoestima:
► Ofende-se com facilidade.
► Argumente demais – “ser sempre do contra” (achar sempre que o que mais vale é a
sua própria opinião).
► Critica muito os outros.
► Intolerante (“... tem que ser assim e não me venha com outra...”).
► Irritável (qualquer coisa lhe aborrece).
► Tem dificuldade em perdoar.
► Sente ciúme exagerado.
► Tem dificuldade em ouvir o que os outros têm a dizer.
► É materialista - complexo de pobreza.
► Dá valor exagerado a títulos, honrarias etc.
► É um mau perdedor.
► Tem dificuldade em aceitar elogios.
2. Aprender a Comunicar
► Saber se comunicar expressar seus sentimentos e conflitos interiores ajuda a
pessoa desenvolver a comunicação correta.

Albert Friesen afirma:

► “O conselheiro pode aprofundar a conversação quando der ênfase aos


sentimentos que o aconselhado passa subjetivamente”.

E ainda:

► “... o todo de uma mensagem transmitida e entendida depende de:

►  7% do vocabulário escolhido, formulação das frases;

►  38% expressão do rosto e tonalidade da voz;

►  55% da metacomunicação restante, gesticulação, ambiente, roupas e


outros”.
► 3. Mudança de Comportamento

► Toda aprendizagem gera uma mudança de comportamento. Quando uma pessoa


busca o aconselhamento, ela necessita de se desprender de atitudes e
pensamentos negativos, deturpados e até errados. Com o período do
aconselhamento estas atitudes vão se modificando, o aconselhando começa a
conhecer as suas limitações e fraquezas e a descobrir como lidar com elas.

► 4. Buscar Apoio

► Outro objetivo do aconselhamento é buscar apoio nos momentos de crise, conflitos


e tensões. Não importa em que área da vida da pessoa ela esteja fragilizada, este
é o momento de buscar encorajamento.

► A Bíblia afirma que precisamos “levar o fardo uns dos outros” (>>). E esta é uma
das maneiras de levarmos as pessoas a enfrentarem seus problemas com apoio e
amparo sincero de quem está aconselhando.
III – O Papel da Igreja no Aconselhamento

►O ser humano vive em constantes conflitos individuais e sociais, e a Igreja pela


sua estrutura e potencialidade tem uma capacidade grande de influenciar e orientar
nestes conflitos.

► O aconselhamento não depende somente do pastor, a Igreja como corpo de


Cristo também faz parte deste processo. Com membros e líderes capacitados a
dar apoio, orientação e encorajamento aos outros membros da Igreja.
Entretanto, este aconselhamento exige treinamento para quem está disposto a
fazer um aconselhamento eficaz.
IV – Características de um Conselheiro Cristão
► 1. Valorizar as Pessoas - É respeitar acima de tudo é saber que mesmo com problemas e
até pecados ela tem valor. Jesus mostrou isto quando estava com a mulher junto ao poço (...)
mesmo sem aprovar seu comportamento pecaminoso ele a amava e valorizava-a, respeitando
como pessoa, cuidando, conduzindo para uma mudança de comportamento sem deixar de se
preocupar com a pessoa que estava na sua frente.

► 2. Ser Verdadeiro - A sinceridade no momento de aconselhamento é de suma importância para


que o mesmo tenha êxito. Não significa menosprezar, ridicularizar, brigar ou ter um sentimento
de superioridade diante da pessoa que já está fragilizada e confusa com os seus problemas.
Mas significa ser franco, verdadeiro, levar a pessoa a compreender suas fraquezas, confrontar
seus problemas e reconhecer seus pecados, com muito amor, de forma que ela sinta
necessidade de enfrentar seus problemas e até mudar de comportamento em frente às atitudes
erradas.

► 3. Saber Ouvir - Muitas pessoas se dirigem ao aconselhamento porque necessitam serem


ouvidas verdadeiramente, eles sentem desejo de desabafar. Se o conselheiro não tiver esta
sensibilidade ao ouvir, poderá prejudicar seu aconselhamento, em alguns casos até totalmente.
Para isto é preciso evitar reagir com juízo de valor, desprezo e até apatia em frente aos
problemas de seu aconselhado. É preciso prestar atenção nos gestos, posturas, tom de voz, e
outras pistas não verbais para “ouvir” o que ele não conseguiu dizer com suas palavras.
Esperar com muita paciência e amor aqueles momentos de choro ou silêncio enquanto ele acha
forças para continuar. Continua...
► Saber Orientar - É função do conselheiro orientar a conversa, através de
perguntas breves ele poderá ajudar o aconselhando a sistematizar suas ideias e
conflitos, permitindo que o mesmo reflita sobre seus sentimentos e atitudes. Este
é o passo que leva à confrontação. É o momento em que o conselheiro, de
maneira suave e com amor, confronta as atitudes e comportamentos de forma a
mostrar os caminhos e as consequências de cada decisão. Isto é
aconselhamento, não é o conselheiro que tem de tomar as decisões na vida do
aconselhando, mas orientá-lo, mostrar as direções sem dizer que está é melhor
que aquela isto fará com que a pessoa que esteja buscando aconselhamento,
tome a responsabilidade de suas decisões para si, evitando que no futuro venha
cobrar do conselheiro as consequências das decisões que ele indicou.

► 5. Ter Princípios Cristãos - Deve ser uma pessoa praticante da palavra de Deus
e temente da Sua vontade. Deve ter um bom testemunho de vida, demonstrando
em cada aconselhamento as características do Fruto do Espírito como: amor,
gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e
domínio-próprio. Deve ter maturidade para não se envolver com os problemas
dos aconselhados, a ponto de achar que o problema é pessoal. Deve ser
imparcial, não tomando partido sobre os problemas, a não ser contra o pecado
ou o mal.
V – A Sexualidade do Conselheiro
►O momento do aconselhamento se torna vulnerável principalmente para quem está
se aconselhando. A pessoa chega com seus temores, frustrações e muita carência,
permitindo que ela se apoie emocionalmente em quem está próximo, a ponto de
confundir seus sentimentos. Gary Collins afirma:

►“O aconselhamento frequentemente envolve a discussão de detalhes íntimos que


jamais seriam tratados em outro lugar – especialmente entre um homem e uma
mulher que não são casados um com outro. Isto pode despertar sexualmente tanto o
conselheiro como o aconselhado. (...) A atração sexual por um aconselhado é coisa
comum e o conselheiro prudente deve esforçar-se ao máximo para exercer
autocontrole.”

► Neste sentido, o pastor ou conselheiro deve tomar alguns cuidados:


► 1. Evite Aconselhar Pessoas do Sexo Oposto - Este é o primeiro passo a fim
de evitar constrangimentos futuros. Isto ajuda principalmente porque é mais
fácil uma pessoa do mesmo sexo compreender sentimentos e frustrações que a
outra pessoa esteja passando.

► 2. Se Proteja - Ore, medite na palavra, pense nas consequências sociais,


profissionais e teológicas (o adultério é pecado).

► 3. Observe o Comportamento de Ambos - Preste atenção nas comunicações


não verbais, sorrisos, contatos físicos, olhares, expressões no rosto ou qualquer
outro tipo de intimidade.

► 4. Procure Impor Limites - a- Evite contato físico; b- Evite sentar-se muito


perto do aconselhando; c- Não prolongue o tempo de aconselhamento,
marcando horários fixos; d- E em último caso, havendo a demonstração de
apego excessivo de um dos lados, é necessário transferir o aconselhamento
para outra pessoa.
VI – A Ética no Aconselhamento
► A quebra de sigilo ético pode acontecer de várias maneiras:
1. Quando o conselheiro, a fim de “ajudar” no aconselhamento, pede ajuda de
oração a outras pessoas;
2. Quando de alguma forma deixa informações confidenciais por escrito em
qualquer lugar;
3. Quando ao buscar orientações como um supervisor, identifica com nome ou
dados o aconselhamento em questão;
4. E o mais comum, é quando o conselheiro usa os problemas que escutou como
ilustração em seus sermões.
5. A ética no aconselhamento também envolve questões como: falar de outro
conselheiro; como também falar dos problemas de outras pessoas ao
aconselhando, mesmo que seja como exemplo de sucesso no
aconselhamento.
Modelo de Aconselhamento
Comparação: Ψ PSICOLOGIA X ACONSELHAMENTO CRISTÃO

Psicologia Aconselhamento Pastoral


- Não orientador (como psicólogo a pessoa - Orientador. Vai ao centro da verdade
é como um espelho). Rebate os problemas bíblica. A base para a verdade que rege
levando a pessoa a achar sua própria todas as esferas de comportamento é a
resposta. Bíblia.
- Eu construo a minha personalidade. “As - Deus me constrói. (I Pe 2:5). Jesus é o
suas respostas estão em você mesmo.” cumprimento profético do “Eu sou”. As
respostas que precisamos estão em Jesus.
- Eu trabalho na minha personalidade. - Eu descanso em Deus (Sl 23)
- Eu defendo minha personalidade. - Deus é minha defesa e proteção.
- “Eu sou rei e eu reino” (Síndrome de - Importa que Ele (Jesus) cresça e eu
Nabucodonosor) diminua. (Jo 3:30)
- Sou vulnerável em face do acusador. A - Vencemos o acusador (Rm 8:37).
tentativa de suprimir a culpa só piora Obedecer à consciência provendo ajustes
nossa situação em relação a ataques necessários na nossa vida nos preserva em
demoníacos. perfeita paz e autoridade.
- O alvo é sentir bem. Amar os prazeres é - Chegar à obediência de Cristo. A
o princípio da falência da alma. felicidade é apenas um efeito colateral
desta motivação.

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