Estilos de Gestão de Conflitos
Estilos de Gestão de Conflitos
Maria R. M. Chauchane
Universidade Licungo
Quelimane
2021
Juliasse Floriano Castiano
Maria R. M. Chauchane
Universidade Licungo
Quelimane
2021
Índice Pág.
Introdução................................................................................................................................................3
Objectivo..................................................................................................................................................4
Objectivo geral.........................................................................................................................................4
Metodologia.............................................................................................................................................4
1.Conceito de Conflito.............................................................................................................................5
1.1.Tipos de Conflitos..............................................................................................................................5
1.2.Factores que Desencadeiam os Conflitos............................................................................................5
2. Estilos de gestão de conflitos................................................................................................................6
Cinco (5) estilos de gestão de conflitos....................................................................................................7
Estilo competitivo....................................................................................................................................7
Estilo de evitamento.................................................................................................................................7
Estilo de compromisso.............................................................................................................................7
Estilo de acomodação...............................................................................................................................7
Estilo de colaboração................................................................................................................................8
2.1.1. Abordagem dicotómica...................................................................................................................8
2.1.2. Abordagem de Putnam e Wilson....................................................................................................8
2.1.3. Abordagem Bidimensional.............................................................................................................8
2.1.4. Modelo de Rahim e Bonoma (1979)...............................................................................................9
2.1.5. Abordagem de Rubin, Pruit e Kim (1994)....................................................................................10
2.2. Factores que influenciam os estilos de gestão de conflitos..............................................................10
Conclusão...............................................................................................................................................12
Referências bibliográfica........................................................................................................................13
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Introdução
Neste presente trabalho, iremos abordar sobre os estilos de gestão de conflitos. Chiavenato
(1998), diz que quando os conflitos são ignorados, parcialmente resolvidos ou mal solucionados
geram uma pendência entre os envolvidos podendo afectar de imediato ou em longo prazo o
desempenho da organização. Os conflitos, se mal administrados trazem graves consequências à
organização, um conflito mal gerenciado traz consigo desperdício de tempo, colocação do bem-
estar pessoal acima dos objectivos da organização, incompatibilidade entre as partes envolvidas,
interferência nas metas e objectivos do “rival”, hostilidade, visão distorcida do membro ou grupo
em relação ao outro, considerando-se como virtuoso e aos outros como inimigos a serem
vencidos, gera muitas vezes ódio entre os envolvidos dificultando cada vez mais a comunicação e
entrosamento entre os envolvidos, diminuindo cada vez mais as chances de um entendimento.
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Objectivo
Objectivo geral
Analisar os estilos de gestão de conflitos
Objectivo específico
Metodologia
LAKATOS & MARCONI (2003) afirmam que, método é o conjunto das actividades sistemáticas e
racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objectivo - conhecimentos
válidos e verdadeiros -, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as
decisões do cientista.
Para a realização do presente trabalho foi preciso uma consulta bibliográfica e materiais digitais.
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1.Conceito de Conflito
Robbins (2004) ensina que o conflito é a execução intencional de esforços de A com intuito de
impedir através de acções contrarias os esforços de B, impedindo assim a consecução de suas
tarefas ou metas.
O conflito é definido por Dubrim (2006), como sendo um choque de personalidade entre duas
pessoas, baseado em diferenças de atributos, preferências, idade, raça, etnia, interesses, valores e
estilos que leva a oposição ou resistência podendo acarretar a elevação de alguma tensão.
O conflito pode ser funcional ou disfuncional. O funcional esta relacionado a tarefa e ao processo
e o disfuncional ao relacionamento. Os conflitos funcionais são bons e apoiam os objectivos do
grupo, melhorando seu desempenho de uma forma construtiva para a organização, os
disfuncionais são os que atrapalham o bom desenvolvimento do grupo, de forma destrutiva tanto
para o grupo quanto para os objectivos da organização.
1.1.Tipos de Conflitos
Robbins (2003) revela que pesquisas apontam três tipos de conflitos: os de relacionamento, os de
tarefa e os de processo. O conflito de relacionamento é causado pela diferença pessoal entre os
integrantes e é muitas vezes considerado um conflito disfuncional, o conflito de tarefas envolve
os objectivos do trabalho e o de processos que emergem da execução do trabalho.
Existem vários estilos de resolução de conflitos, podendo assumir um carácter mais estrutural,
presente na realidade organizacional enfatizando mecanismos de integração e de diferenciação,
que segundo Rahim (2002) a organização poderá beneficiar com a alteração da intensidade
(redução ou potencialização) dos conflitos mais do que com a sua resolução, ou de carácter mais
comportamental, tendo como objectivo a resolução, sendo que serão sempre de situações
divergentes entre uma ou mais partes numa relação de interdependência (Cunha & Leitão, 2011).
Estilo competitivo
Vamos começar pelo estilo competitivo, que reflecte a assertividade para impor os seus próprios
interesses. É um estilo que é mais usado quando as situações são prioritárias, de maneira rápida e
decisiva, que se tornam necessárias e imprescindíveis para uma das partes. Neste estilo o foco é
ganhar, pois não há solução que beneficie ambas as partes.
Estilo de evitamento
No estilo de evitamento assume-se uma postura que não é assertiva nem cooperativa, como o
nome já sugere, há uma fuga ou até mesmo negação do conflito. Neste estilo, as partes, ou uma
das partes, adia o máximo possível o confronto e pode ser útil quando o assunto é corriqueiro, ou
quando percebemos que aquela “batalha” não vale a pena, ou, até mesmo, quando irá causar um
desentendimento que pode ser desagradável e dispendioso. Basicamente, neste estilo o indivíduo
“fecha-se em copas”.
Estilo de compromisso
O estilo de compromisso tem algumas partes do estilo da assertividade e do de cooperação, é
parecido com o de cooperação, mas implica que ambos abdiquem de algo. Neste estilo ambas as
partes são importantes, ambos têm igualdade de poderes, ambos querem diminuir as diferenças
ou querem uma solução temporária, sem que a questão de tempo seja uma variável. No estilo de
compromisso há uma procura pela realização parcial do objetivo em prol do fim do conflito, aqui
tem de haver “jogo de cintura”.
Estilo de acomodação
O estilo de acomodação retrata um alto grau de cooperação, neste caso pode funcionar melhor
quando as pessoas reconhecem que estão erradas, quando o assunto é mais importante para um
dos lados do que para o outro, quando se pretende construir relações sociais que podem vir a ser
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úteis em outras situações ou quando o importante é manter a harmonia. Como o nome já sugere,
neste estilo “vai-se estando”, ou seja, uma das partes abre mão dos seus objectivos.
Estilo de colaboração
Por fim, o estilo de colaboração, que pode ser o mais completo, pois reflecte um alto grau de
cooperação e assertividade. Quando o assunto é importante para ambas as partes este é o estilo
mais indicado, utiliza-se a negociação para que cheguem a um consenso e a uma solução onde
todos saem a ganhar. O objectivo deste estilo é que, em conjunto, encontrem uma solução que
seja boa para as duas partes.
interesse, como fator determinante da interação das partes. As abordagens de Thomas e Rahim
são semelhantes (Cunha & Leitão, 2011).
Evitamento - baixa preocupação consigo e com os outros, tenta evitar o conflito, pode
adiar o assunto até ao momento mais apropriado ou a pessoa pode retirar-se do cenário de
ameaçador.
Acomodação - baixa preocupação consigo próprio e elevada preocupação com os outros,
tanta minimizar as diferenças e focar o esforço na resolução do problema nos pontos
comuns às partes a fim de satisfazer a outra parte tem como objectivo a coexistência
pacífica e o reconhecimento de interesses comuns, existe um elemento de generosidade,
bondade e obediência relativamente á outra parte.
Integração - elevada preocupação com os outros e consigo próprio, muito útil quando
estamos perante problemas complexos, implica assertividade e colaboração entre as
partes, troca de informação. O foco deste estilo é a resolução de problemas, sendo este o
mais eficaz na resolução de conflitos. Está patente o ganhar/ganhar no qual os assuntos
são discutidos e resolvidos para beneficio de ambas as partes. É alcançada através da
confrontação dos assuntos e da vontade dos envolvidos em reconhecer o que está errado e
que merece atenção. É utilizada quando o interesse de ambos os lados é importante.
Inacção, quando existe um baixo interesse pelos resultados de ambas as partes (Cunha &
Leitão, 2011).
Diferenças individuais como género, idade, crenças valores experiencia ou mesmo personalidade
têm uma influência muito marcada no estilo adotado de lidar com o conflito (McIntyre, 2007).
Em estudos recentes demonstram um grande impacto da personalidade na adoção dos vários
estilos de resolução de conflitos.
Cunha (2003), num estudo exploratório com um total de 128 sujeitos de vários contextos sociais,
demonstrou existirem diferenças significativas nas variáveis idade, profissão, tempo de
experiência e tipo de negociador, embora os resultados não demonstrando diferenças com base no
género. Neste estudo, apesar das mulheres partilharem da mesma opinião que os homens, foi
evidenciada alguma diferença referente ao estilo de resolução do conflito.
Conclusão
Depois de um estudo minucioso sobre o tema foi possível reter conhecimentos sobre o mesmo, e
podemos constatar que Obviamente, é importante perceber que não há uma pessoa que resolva
(sempre) todos os conflitos usando apenas um estilo de gestão de conflitos, a organização é feita
de pessoas e para cada situação que surge é preciso avaliar e usar competências como a
negociação, a comunicação e a assertividade para encontrar soluções.
De afirmar que é um grande prazer fazer trabalho desta natureza e com tema de extrema
importância como a que acabamos de tratar pois, todos temas de estudo necessitam sempre que o
estudante esteja dotado de conhecimentos sobre a matéria e consiga transmitir em apreço no
campo académico.
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Referências bibliográfica
Psiquilíbrios. Braga Anastasi, A. (1977). Testes Psicológicos. São paulo: EPU Cunha, P. (2003).
Algumas reflexões sobre eficácia em negociação: Resultados de um estudo Experimental. IV
Congresso Português de Sociologia Cunha, P., Rego, A., Cunha, R. & Cabral Cardoso, C. (2004).
Cunha, P. & Leitão, S. (2011). Gestão Construtiva de Conflitos. Porto: Universidade Fernando
Pessoa.
Chiavenato, I. (2004). Recursos Humanos: O Capital Humano das Organizações.(8ª Ed.). São
Paulo: Atlas.