Concordância Verbal
Regras para sujeito simples
1. Sujeito coletivo
Nesta situação, o verbo fica sempre no singular.
Exemplo:
A multidão ultrapassou o limite.
Por outro lado, se o coletivo estiver especificado, o verbo pode ser
conjugado no singular ou no plural.
Exemplo:
A multidão de fãs ultrapassou o limite.
A multidão de fãs ultrapassaram o limite.
2. Coletivos partitivo
O verbo pode ser usado no singular ou no plural em coletivos
partitivos, tais como "a maioria de", "a maior parte de", "grande
número de".
Exemplo:
Grande número dos presentes se retirou.
Grande número dos presentes se retiraram.
3. Expressões "mais de", "menos de", "cerca de"
Nestes casos, o verbo concorda com o numeral.
Exemplo:
Mais de uma mulher quis trocar as mercadorias.
Mais de duas pessoas chegaram antes do horário.
Nos casos em que “mais de” é repetido indicando reciprocidade, o
verbo vai para o plural.
Exemplo:
Mais de uma professora se abraçaram.
4. Nomes próprios
Com nomes próprios, a concordância deve ser feita considerando a
presença ou não de artigos.
Exemplo:
Os Estados Unidos influenciam o mundo.
Estados Unidos influencia o mundo.
5. Pronome relativo "que"
O verbo deve concordar com o antecedente do pronome “que”.
Exemplo:
Fui eu que levei.
Foste tu que levaste.
Foi ele que levou.
6. Pronome relativo "quem"
O verbo pode ser conjugado na terceira pessoa do singular ou pode
concordar com o antecedente do pronome "quem".
Exemplo:
Fui eu quem afirmou.
Fui eu quem afirmei.
7. Expressão "um dos que"
Este é mais um dos casos em que tanto o verbo pode ser
conjugado no singular como no plural.
Exemplo:
Ele foi um dos que mais contribuiu.
Ele foi um dos que mais contribuíram.
Regras para sujeito composto
1. Sujeitos formados por sinônimos
O verbo tanto pode ir para o plural, como pode ficar no singular e
concordar com o núcleo mais próximo.
Exemplo:
Preguiça e lentidão destacaram aquela gerência.
Preguiça e lentidão destacou aquela gerência.
2. Sujeito formado por palavras em graduação e enumeração
Este é mais um caso em que tanto o verbo pode flexionar para o
plural, como também pode concordar com o núcleo mais próximo.
Exemplo:
Um mês, um ano, uma década de poder não supriu a saúde.
Um mês, um ano, uma década de poder não supriram a saúde.
3. Sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes
Nesta situação, o verbo vai para o plural e concorda com a pessoa,
por ordem de prioridade.
Exemplo:
Eu, tu e Cássio só chegaremos ao fim da noite.
(eu, 1.ª pessoa + tu, 2.ª pessoa + ele, 3.ª pessoa), ou seja, a 1.ª
pessoa do singular tem prioridade e, no plural, ela equivale a nós,
ou seja, "nós chegaremos".
Jair e eu conseguimos comprar um apartamento.
(eu, 1.ª pessoa + Jair, 3.ª pessoa). Aqui também é a 1.ª pessoa do
singular que tem prioridade. No plural, ela equivale a nós, ou seja,
"nós conseguimos".
4. Sujeitos ligados por "ou"
Os verbos ligados pela partícula "ou" vão para o plural quando a
ação verbal estiver se referindo a todos os elementos do sujeito.
Exemplo:
Doces ou chocolate desagradam ao menino.
Quando a partícula “ou” é utilizada como retificação, o verbo
concorda com o último elemento.
Exemplo:
A menina ou as meninas esqueceram muitos acessórios.
Mas, quando a ação verbal é aplicada a apenas um dos elementos,
o verbo permanece no singular.
Exemplo:
Laís ou Elisa ganhará mais tempo.
5. Sujeitos ligados por "nem"
Quando os sujeitos são ligados por "nem", o verbo vai para o plural.
Exemplo:
Nem chuva nem frio são bem recebidos.
6. Sujeitos ligados por "com"
Quando semelhante à ligação "e", o verbo vai para o plural.
Exemplo:
O ator com seus convidados chegaram às 6 horas.
Mas, quando "com" representar “em companhia de”, o verbo
concorda com o antecedente e o segmento "com" é grafado entre
vírgulas:
Exemplo:
O pintor, com todos os auxiliares, resolveu mudar a data da
exposição.
7. Sujeitos ligados por "não só, mas também", "tanto, quanto",
"não só, como"
Nesses casos, o verbo vai para o plural ou concorda com o núcleo
mais próximo.
Exemplo:
Tanto Rafael como Marina participaram da mostra.
Tanto Rafael como Marina participou da mostra.
8. Partícula "se"
No caso em que a palavra "se" é índice de indeterminação do
sujeito, o verbo deve ser conjugado na 3.ª pessoa do singular.
Exemplo:
Confia-se em todos.
No caso em que a palavra "se" é partícula apassivadora, o verbo
deve ser conjugado concordando com o sujeito da oração.
Exemplo:
Construiu-se uma igreja.
Construíram-se novas igrejas.
9. Verbos impessoais
Os verbos impessoais sempre são conjugados na 3.ª pessoa do
singular.
Exemplo:
Havia muitos copos naquela mesa.
Houve dois meses sem mudanças.
Veja também: Verbo Haver
10. Sujeito seguido por "tudo", "nada", "ninguém", "nenhum",
"cada um"
Neste caso, o verbo fica no singular.
Exemplo:
Amélia, Camila, Pedro, ninguém o convenceu de mudar a opinião.
11. Sujeitos ligados por "como", "assim como", "bem como"
O verbo é conjugado no plural.
Exemplo:
O trabalho, assim como a confiança, fizeram dela uma mulher
forte.
12. Locuções "é muito", "é pouco", "é mais de", "é menos de"
Nestes casos, em que as locuções indicam preço, peso e
quantidade, o verbo fica sempre no singular.
Exemplo:
Três vezes é muito.
13. Verbos "dar", "soar" e "bater" + hora(s)
O verbo sempre concorda com o sujeito.
Exemplos:
Deu uma hora que espero.
Soaram duas horas.
14. Indicações de datas
O verbo deve concordar com a indicação numérica da data.
Exemplo:
Hoje são 2 de maio.
Mas o verbo também pode concordar com a palavra dia.
Exemplo:
Hoje é dia 2 de maio.
15. Verbos no infinitivo
15.1 Infinitivo impessoal
Verbos no infinitivo não devem ser flexionados nas seguintes
situações:
a) quando têm valor de substantivo.
Exemplo: Comer é o melhor que há.
b) quando têm valor imperativo.
Exemplo: Vá dormir!
c) quando são os verbos principais de uma locução verbal.
Exemplo: Íamos sair quando você chegou.
d) quando são regidos por preposição.
Exemplo: Começamos a cantar.
15.2 Infinitivo pessoal
Verbos no infinitivo devem ser flexionados quando os sujeitos são
diferentes e queremos defini-los.
Exemplo:
Comprei a pizza para eles comerem.
Concordância Nominal
Concordância nominal é a relação que se estabelece entre as
classes de palavras (nomes).
É o que faz com que substantivos concordem com pronomes,
numerais e adjetivos, entre outros.
Exemplo:
Estas três obras maravilhosas estavam esquecidas na biblioteca.
Neste caso, pronome, numeral e adjetivo concordam com o
substantivo "obras". "Estas" e não "estes" obras, pronome que está
no plural, já que a oração refere que são três e não apenas uma
obra maravilhosa.
E por que "maravilhosas" e não "maravilhoso"? Porque o
substantivo está no plural e é feminino, ou seja, tudo muito bem
combinado.
Regras de Concordância Nominal
1. Adjetivo e um substantivo
O adjetivo deve concordar em gênero e número com o substantivo.
Exemplo:
Que pintura bonita!
1.1. Quando há mais do que um substantivo, o adjetivo deve
concordar com aquele que está mais próximo.
Exemplo:
Que bonita pintura e poema!
Mas, se os substantivos forem nomes próprios, o adjetivo deve ficar
no plural.
Exemplo:
Debaixo dos Caracóis dos seus Cabelos é uma composição
dos grandes Roberto Carlos e Erasmo Carlos em
homenagem à Caetano Veloso.
1.2. Quando há mais do que um substantivo, e o adjetivo vem
depois dos substantivos, deve concordar com aquele que está
mais próximo ou com todos eles.
Exemplos:
Que pintura e poema bonito!
Que poema e pintura bonita!
Que pintura e poema bonitos!
Que poema e pintura bonitos!
2. Substantivo e mais do que um adjetivo
Quando um substantivo é caracterizado por mais do que um
adjetivo, a concordância pode ser feita das seguintes formas:
2.1. Colocando o artigo antes do último adjetivo.
Exemplo:
Adoro a comida italiana e a chinesa.
2.2. Colocando o substantivo e o artigo que o antecede no plural.
Exemplo:
Adoro as comidas italiana e chinesa.
3. Números ordinais
3.1. Nos casos em que há número ordinais antes do substantivo,
o substantivo pode ser usado tanto no singular como no plural.
Exemplos:
A segunda e a terceira casa.
A segunda e a terceira casas.
3.2. Nos casos em que há número ordinais depois do
substantivo, o substantivo deve ser usado no plural.
Exemplo:
As casas segunda e terceira.
4. Expressões
4.1. Anexo
A palavra "anexo" deve concordar em gênero e número com o
substantivo.
Exemplos:
Segue anexo o recibo.
Segue anexa a fatura.
Mas, a expressão "em anexo" não varia.
Exemplo:
Segue em anexo a fatura.
4.2. Bastante(s)
4.2.1. Quando tem a função de adjetivo, a palavra "bastante" deve
concordar em gênero e número com o substantivo.
Exemplo:
Recebemos bastantes telefonemas.
4.2.2. Quando tem a função de advérbio, a palavra "bastante" não
varia.
Exemplo:
Eles cantam bastante bem.
4.3. Meio
4.3.1. Quando tem a função de adjetivo, a palavra "meio" deve
concordar em gênero e número com o substantivo.
Exemplos:
Atrasado, tomou meio copo de leite e saiu correndo.
Atrasado, tomou meia xícara de leite e saiu correndo.
4.3.2. Quando tem a função de advérbio, a palavra "meio" não
varia.
Exemplo:
Ele é meio maluco.
Ela é meio maluca.
4.4. Menos
A palavra "menos" não varia.
Exemplos:
Hoje, tenho menos alunos.
Hoje, tenho menos alunas.
4.5. É proibido, é bom, é necessário
4.1. As expressões "é proibido, é bom, é necessário" não variam, a
não ser que sejam acompanhadas por determinantes que as
modifiquem.
Exemplos:
É proibido entrada.
É proibida a entrada.
Verdura é bom.
A verdura é boa.
Paciência é necessário.
A paciência é necessária.
Flexão Verbal – Mapa Mental
Flexão Nominal – Mapa Mental
Regência Nominal
Regência Nominal é a maneira de um nome (substantivo, adjetivo
e advérbio) relacionar-se com seus complementos.
Em geral, a relação entre o nome e o seu complemento é
estabelecida por preposição. Portanto, é justamente
o conhecimento da preposição o que há de mais importante
na regência nominal.
Exemplos
Confira abaixo alguns exemplos e frases com regência nominal:
Exemplo de regência de alguns nomes:
Amor
Tenha “amor a” seus livros.
Meu “amor pelos” animais me conforta.
Cultivemos o “amor da” família.
O amor “para com” a Pátria.
Ansioso
Olhos “ansiosos de” novas paisagens.
Estava “ansioso por” vê-la.
Estou “ansioso para” ler o livro.
Exemplos de nomes transitivos e suas respectivas
preposições:
Acessível a
Exemplo: Isto é acessível a todos.
Acostumado a, com
Exemplos:
Estou acostumado a comer pouco.
Estamos acostumados com as novas ferramentas.
Afável com, para com
Exemplos:
Ele é afável com sua filha.
O professor tem sido afável para com seus alunos.
Agradável a
Exemplo: Sou agradável a ti.
Alheio a, de
Exemplos:
Ele vive alheio a tudo.
João está alheio de carinho fraternal.
Apto a, para
Exemplos:
Estou apto a trabalhar.
Joana está apta para desenvolver suas funções.
Aversão a, por
Exemplos:
Ele tem aversão a pessoas.
Paula tem aversão por itens supérfluos.
Benefício a
Exemplo: Pilates é um grande benefício à saúde.
Capacidade de, para
Exemplos:
Laura tem excepcional capacidade de comunicação.
Joaquim tem capacidade para o trabalho.
Capaz de, para
Exemplos:
Ele é capaz de tudo.
A empresa é capaz para trabalhar com projetos.
Compatível com
Exemplo: Seu computador é compatível com este.
Contrário a
Exemplo: Esse modo de vida é contrário à saúde.
Curioso de, por
Exemplos:
Luís é curioso de tudo.
Vitória é curiosa por natureza
Descontente com
Exemplo: Estamos descontentes com nosso sistema político.
Essencial para
Exemplo: Esse livro é essencial para aprender matemática.
Fanático por
Exemplo: Ele é fanático por histórias em quadrinhos.
Imune a, de
Exemplos:
O Brasil não ficou imune à crise econômica.
Estamos imunes de pagar os impostos.
Inofensivo a, para
Exemplos:
O vírus é inofensivo a seres humanos
Os danos que sofreu são inofensivos para sua saúde.
Junto a, de
Exemplos:
Comprei a casa junto a sua.
Estava junto de miguel, quando aconteceu o acidente.
Livre de
Exemplo: Este sabonete está livre de parabenos.
Simpatia a, por
Exemplo:
José tem simpatia as causas populares.
Tenho muito simpatia por Ana.
Tendência a, para
Viviana tem tendência à mentira.
As meninas tem tendência para a moda.
União com, de, entre
A união com Regina foi fracassada.
Na reação química, ocorreu uma união de substâncias.
A união entre eles é muito bonita.
Regência Verbal
Regência verbal é a parte da língua que se ocupa da relação entre
os verbos e os termos que se seguem a eles e completam o seu
sentido.
Os verbos são os termos regentes, enquanto os objetos (direto e
indireto) e adjuntos adverbiais são os termos regidos.
Nos exemplos acima, morar é um verbo transitivo indireto, pois
exige a preposição em (morar em algum lugar).
No segundo exemplo, implicar é um verbo transitivo direto, pois
não exige preposição (implicar algo, e não implicar em algo).
No terceiro exemplo, ir exige a preposição a, o que faz dele um
verbo transitivo indireto.
Na forma padrão, a oração “Isso implica em mudança de horário”
não está correta.
Vamos ver exemplos de alguns verbos e entender como eles são
regidos. Alguns, conforme o seu significado, podem ter mais do que
uma forma de regência.
1. Assistir
a) com o sentido de ver exige preposição:
Que tal assistirmos ao filme?
b) com o sentido de dar assistência não exige preposição:
Sempre assistiu pessoas mais velhas.
c) com o sentido de pertencer exige preposição:
Assiste aos prejudicados o direito de indenização.
No último quadrinho Calvin fala corretamente "assistir ao vídeo"
2. Chegar
O verbo chegar é regido pela preposição “a”:
Chegamos ao local indicado no mapa.
Essa é a forma padrão. No entanto, é comum observarmos o uso
da preposição “em” nas conversas informais, cujo estilo é
coloquial: Chegamos no local indicado no mapa.
3. Custar
a) com o sentido de ser custoso exige preposição:
Aquela decisão custou ao filho.
b) com o sentido de valor não exige preposição:
Aquela casa custou caro.
4. Obedecer
O verbo obedecer é transitivo indireto, logo, exige preposição:
Obedeça ao pai!
Na linguagem informal, entretanto, ele é usado como verbo
transitivo direto: Obedeça o pai!
5. Proceder
a) com o sentido de fundamento é verbo intransitivo:
Essa sua desconfiança não procede.
b) com o sentido de origem exige preposição:
Essa sua desconfiança procede de situações passadas.
6. Visar
a) com o sentido de objetivo exige preposição:
Visamos ao sucesso.
Na variante coloquial, encontramos o verbo sendo utilizado sem
preposição, ou seja, como verbo transitivo direto: Visamos
o sucesso.
b) com o sentido de mirar não exige preposição:
O policial visou o bandido à distância.
7. Esquecer
O verbo esquecer é transitivo direto, logo não exige preposição:
Esqueci o meu material.
No entanto, na forma pronominal, deve ser usado com
preposição: Esqueci-me do meu material.
8. Querer
a) com o sentido de desejar não exige preposição:
Quero ficar aqui.
b) com o sentido de estimar exige preposição:
Queria muito aos seus amigos.
9. Aspirar
a) com o sentido de respirar ou absorver não exige preposição:
Aspirou todo o escritório.
b) com o sentido de pretender exige preposição:
Aspirou ao cargo de ministro.
10. Informar
O verbo é transitivo direto e indireto, assim ele exige um
complemento sem e outro com preposição:
Informei o acontecimento aos professores.
11. Ir
O verbo ir é regido pela preposição “a”:
Vou à biblioteca.
12. Implicar
a) com o sentido de consequência, o verbo implicar é transitivo
direto, logo não exige preposição:
O seu pedido implicará um novo orçamento.
b) com o sentido de embirrar, é transitivo indireto, logo exige
preposição:
Implica com tudo!
13. Morar
O verbo morar é regido pela preposição “em”:
Mora no fim da rua.
14. Namorar
O verbo namorar é transitivo direto, apesar de as pessoas o usarem
sempre seguido de preposição:
Namorou Maria durante anos.
"Namorou com Maria durante anos" não é gramaticalmente aceito.
15. Preferir
O verbo preferir é transitivo direto e indireto. Assim:
Prefiro carne a peixe.
16. Simpatizar
O verbo simpatizar é transitivo indireto e exige a preposição "com":
Simpatiza com os mais velhinhos.
17. Chamar
a) com o sentido de convocar não exige complemento com
preposição:
Chama o Pedro!
b) com o sentido de apelidar exige complementos com e sem
preposição:
Chamou ao João de Mauricinho.
Chamou João de Mauricinho.
Chamou ao João Mauricinho.
Chamou João Mauricinho.
18. Pagar
a) quando informamos o que pagamos o complemento não tem
preposição:
Paga o sorvete?
b) quando informamos a quem pagamos o complemento exige
preposição:
Paga o sorvete ao dono do bar.
Superlativo absoluto
Há dois tipos de superlativo absoluto:
Superlativo absoluto analítico - é acompanhado por um
advérbio. Exemplo: Ele é demasiadamente atencioso.
Superlativo absoluto sintético - é acompanhado por um sufixo,
geralmente -íssimo. Exemplo: Ele é atenciosíssimo.
No caso dos adjetivos terminados em consoante, basta acrescentar
o sufixo -íssimo: útil - utilíssimo, leal - lealíssimo.
No caso dos adjetivos terminados em vogal, a vogal é retirada para
dar lugar ao sufixo: pequeno - pequeníssimo, linda - lindíssima.
No entanto, há muitas formas irregulares. Confira a lista abaixo.
Formas irregulares do superlativo absoluto sintético
ágil agílimo ou agilíssimo
agradável agradabilíssimo
amargo amaríssimo
amável amabilíssimo
amigo amicíssimo
antigo antiquíssimo
áspero aspérrimo
audaz audacíssimo
bom boníssimo ou ótimo
célebre celebérrimo
cruel crudelíssimo
difícil dificílimo
doce dulcíssimo ou docíssimo
eficaz eficacíssimo
fácil facílimo
feliz felicíssimo
fiel fidelíssimo
Formas irregulares do superlativo absoluto sintético
frágil fragílimo
frio frigidíssimo ou friíssimo
grande máximo
humilde humílimo
infame infamérrimo
inimigo inimicíssimo
íntegro integérrimo
jovem juvenilíssimo
livre libérrimo
magro macérrimo ou magríssimo
manso mansuetíssimo
mau péssimo
miúdo minutíssimo
negro nigérrimo ou negríssimo
pequeno mínimo
pessoal personalíssimo
pobre paupérrimo ou pobríssimo
possível possibilíssimo
pródigo prodigalíssimo
público publicíssimo
sábio sapientíssimo
sagrado sacratíssimo
semelhante simílimo
terrível terribilíssimo
Lista de Locuções Adjetivas
Confira abaixo uma lista com as locuções adjetivas e os adjetivos
correspondentes:
Locução Adjetiva Adjetivo Correspondente
de abdômen abdominal
de abelha apícola
de abutre vulturino
de águia aquilino
de alma anímico
de aluno discente
de anjo angelical
de ano anual
de aranha aracnídeo
de asno asinino
de astro sideral
de baço esplênico
de bispo episcopal
de boca bucal, oral
de bode hircino
de boi bovino
de bronze brônzeo ou êneo
de cabelo capilar
de cabra caprino
de campo rural ou campestre
de cão canino
de carneiro arietino
de cavalo equino, cavalar ou hípico
de chumbo plúmbeo
de chuva pluvial ou chuvoso
de cidade urbano
de cinza cinéreo
de criança infantil ou pueril
de cobre cúprico
de coelho cunicular
de couro coriáceo
de decoração decorativo
de dedo digital
de dia diário
de diamante diamantino ou adamantino
de elefante elefantino
de enxofre sulfúrico
de escola escolar
de esmeralda esmeraldino
de estômago estomacal ou gástrico
de estrela estrelar
de fábrica fabril
de face facial
de falcão falconídeo
de farinha farináceo
de fera feroz ou ferino
de frente dianteiro
de fogo ígneo
de gafanhoto acrídeo
de gado pecuário
de ganso anserino
de garganta gutural
de gato felino
de gelo glacial
de gesso gípseo
de governo governamental
de guerra bélico
de hoje hodierno
de homem humano
de ilha insular
de intestino celíaco ou entérico
de inverno invernal ou hibernal
de junho junino
de lago lacustre
de laringe laríngeo
de leão leonino
de lebre leporino
de lobo lupino
de lua lunar ou selênico
de macaco macacal, símio ou simiesco
de madeira lígneo
de mãe materno ou maternal
de manhã matutino
de marfim ebóreo ou ebúrneo
de mês mensal
de mestre magistral
de monge monacal
de mundo mundial
de neve níveo ou nival
de nuca occipital
de olhos ocular
de orelha auricular
de ouro áureo, dourado
de ovelha ovino
de pai paternal
de paixão passional
de pâncreas pancreático
de páscoa pascal
de pato anserino
de peixe písceo ou ictíaco
de pombo columbino
de porco suíno
de prata argênteo ou argírico
de professor docente
de quadril ciático
de raposa vulpino
de rim renal
de rio fluvial
de serpente ofídico
de sol solar
de sonho onírico
de tarde vespertino
de terra terreno, terrestre ou telúrico
de trás traseiro
de urso ursino
de vaca vacum
de velho senil
de vento eólico
de verão estival
de vidro vítreo ou hialino
de virilha inguinal
de visão ótico ou óptico
Classificação
As locuções adverbiais podem ser classificadas em:
Locução adverbial de lugar: a distância, à distância de, de
longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em
volta, por aqui.
Locução adverbial de tempo: às vezes, à tarde, à noite, de
manhã, de repente, às vezes, de vez em quando, de quando
em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos,
hoje em dia.
Locução adverbial de modo: de cor, em vão, em geral, de
soslaio, frente a frente, de viva voz.
Locução adverbial de quantidade: em excesso, de todo, de
muito, por completo.
Locução adverbial de afirmação: sem dúvida, de fato, por
certo, com certeza.
Locução adverbial de negação: de modo algum, de forma
alguma, de jeito nenhum, de forma nenhuma.
Locução adverbial de intensidade: de muito, de pouco, de
todo, em excesso.
Locução adverbial de dúvida: com certeza, quem sabe, por
certo.
Locução adverbial de inclusão: além disso.
Curiosidades
Há também os advérbios que exprimem exclusão (só,
somente, salvo, exclusivamente, apenas), inclusão (também,
inclusivamente, ainda, mesmo, até) e ordem (ultimamente,
depois, primeiramente).
Os Advérbios Interrogativos são utilizados nas interrogações
diretas e indiretas relacionados com as circunstâncias de
modo, tempo, lugar e causa. São eles: quando, como, onde,
aonde, donde e por que.
As locuções adverbiais são duas ou mais palavras que
exercem a função de advérbio, por exemplo, às pressas,
passo a passo, de longe, hoje em dia, de vez em quando,
dentre outras.
Exemplos de frases com verbo transitivo direto
O aposentado compra livros usados.
Os clientes aguardam a sua vez.
Os vegetarianos comem ovos.
Os adolescentes amam pizza.
As crianças pulam corda.
Falei o que era preciso.
Informei as consequências.
O barulho incomoda os pacientes.
A menina abraçou o cão.
O jovem justificou a sua atitude.
Lista de verbos transitivos diretos
abraçar
beber
criar
decifrar
educar
fazer
gastar
honrar
impedir
justificar
lamentar
machucar
negligenciar
observar
produzir
querer
reparar
sanar
tampar
untar
vaiar
xingar
Objeto direto preposicionado
Apesar de o uso da preposição não ser obrigatório, ela pode
ocorrer. Nesse caso, o complemento do verbo transitivo é chamado
de objeto direto preposicionado:
Cumpri com a promessa.
Apesar de o complemento (a promessa) estar ligado ao verbo
transitivo (cumpri) através da preposição “com”, ele é objeto direto.
Isso porque a preposição está sendo utilizada apenas para dar mais
realce à oração, afinal é correto dizer “Cumpri a promessa.”.
Os verbos transitivos que se ligam aos seus complementos através
de preposição obrigatória são verbos transitivos indiretos.
Lista de verbos intransitivos
Verbos Exemplos
Adormecer Finalmente, adormeceu!
Andar Ela anda.
Brincar Brincou a tarde toda.
Cair Caiu.
Casar Casou ontem.
Chegar Cheguei!
Chorar Chorava convulsivamente.
Comparecer Talvez compareça.
Lista de verbos intransitivos
Deitar Deitaram-se?
Dormir Durmo.
Errar Nós erramos.
Escorregar Escorreguei ali.
Explodir O botijão de gás explodiu.
Ir Você vai?
Levantar Levantou e saiu.
Morar Mora no exterior.
Morrer Não morreu!
Nascer Nasceu forte e saudável.
Sentar Sentaram.
Sofrer Sofreu até o fim.
Sumir Como assim sumiram?
Viver Vive sozinha.
Voltar Volta!
Lista dos Verbos de Ligação
Confira abaixo uma lista dos verbos de ligação, seguida de
exemplos:
Estado Circunstancial
Estar. Exemplo: Estou exausta!
Parecer. Exemplo: Ela parece feliz com os resultados.
Andar. Exemplo: Desde aquele episódio, andamos sempre
contentes.
Estado Permanente
Ser. Exemplo: Eles são capazes de finalizar tudo até
amanhã?
Viver. Exemplo: Vivem doentes.
Mudança de Estado
Ficar. Exemplo: Fico feliz com a notícia!
Tornar-se. Exemplo: Ela se tornou um exemplo de vida.
Virar. Exemplo: Depois de tudo, virou um santo...
Continuidade do Estado
Permanecer. Exemplo: Ele permaneceu calado.
Continuar. Exemplo: Ela continuou atenta ao trabalho.
Classificação dos Verbos
A classificação dos verbos em intransitivo, transitivo e verbo de
ligação é feita mediante o seu contexto.
Isso porque o mesmo verbo pode ser classificado de formas
distintas, conforme verificamos nos exemplos a seguir:
Desde aquele episódio, andamos sempre contentes. (verbo
de ligação, pois expressa um estado, que é o fato de se sentir
contente)
Andamos o quarteirão todo atrás do nosso gato e não o
encontramos. (verbo intransitivo, pois expressa a ação de
procurar o gato)
Ela vive cansada. (verbo de ligação, pois expressa um
estado, que é o fato de se sentir constantemente cansada)
Ela vive no Japão. (verbo intransitivo, pois expressa a ação
de residir no Japão)
Predicativo do Sujeito
O predicativo do sujeito é a característica que define ou modifica o
sujeito.
Ele é chamado de predicativo porque faz parte do predicado, mas
não acrescenta nada ao verbo e, sim, ao sujeito.
Exemplo:
Ambos continuam doentes.
Sujeito: Ambos
Predicado: continuam doentes
Verbo de Ligação: continuam
Predicativo do Sujeito: doentes
Geralmente, o predicativo do sujeito é constituído por
um substantivo, um adjetivo ou um pronome. Há casos, porém, em
que o predicativo é formado por preposição.
Exemplos:
O João é dos nossos! (dos nossos é o predicativo do sujeito)
Aqueles bolos são de chocolate. (de chocolate é o predicativo
do sujeito)
Dica
Para não errar na hora de classificar um verbo, lembre-se:
Uma vez que o predicativo do sujeito modifica o sujeito, ele vem
sempre acompanhado (ainda que esteja oculto) de um verbo de
ligação.
Exemplo:
O amor é paciente, a paixão (é) a impaciência.
O que não pode acontecer é um verbo de ligação sem predicativo,
pois sem ele o verbo deixa de ter a função de ligar, de ligação, logo
deixa de ser verbo de ligação.
Tipos de Textos
1. Texto Narrativo
A marca fundamental do texto narrativo é a existência de um
enredo, no qual são desenvolvidas as ações das personagens,
marcadas pelo tempo e pelo espaço.
Assim, a narração engloba o que chamamos de 5 elementos da
narrativa:
1. Enredo: designa a história da narrativa. Dependendo de como
a trama é contada, ele é classificado em dois tipos: enredo
linear (sequência cronológica) e enredo não linear (não
possui uma sequência cronológica).
2. Narrador: também chamado de foco narrativo, representa a
"voz do texto", ou seja, determina quem está contando a
história. Os tipos de narrador são: narrador observador (não
faz parte da história, sendo somente um observador),
narrador personagem (faz parte da história) e narrador
onisciente (conhece todos os detalhes da narração).
3. Personagens: são aqueles que fazem parte da história e
podem ser: personagens principais (protagonista e
antagonista) ou personagens secundárias (adjuvante ou
coadjuvante).
4. Tempo: marca o momento em que a trama está sendo
desenvolvida. Ele é dividido em dois tipos: tempo cronológico
e tempo psicológico.
5. Espaço: representa o local (ou locais) onde se desenvolve a
história e que pode ser: físico, psicológico ou social.
Estrutura dos textos narrativos
Os textos narrativos possui uma estrutura básica: apresentação,
desenvolvimento, clímax e desfecho.
Apresentação: trata-se da introdução do texto, onde são
apresentadas algumas de suas principais características
como o tempo, o espaço e as personagem que fazem parte
da trama.
Desenvolvimento: designa a maior parte do texto, onde são
desenvolvidas as ações das personagens numa sequência
de acontecimentos.
Clímax: representa a parte mais emocionante, surpreendente
e tensa da narrativa.
Desfecho: é a parte final da trama, determinada pelo
arremate de toda a história. Nela, é revelada o destino das
personagens.
Alguns exemplos de textos narrativos
Conto
Fábula
Romance
Novela
Crônica
2. Texto Descritivo
O texto descritivo é um tipo de texto que apresenta a descrição de
algo, seja de uma pessoa, um objeto, um local, etc.
Alguns recursos linguísticos relevantes na estruturação dos textos
descritivos são: a utilização de adjetivos, verbos de ligações,
metáforas e comparações.
Estrutura dos textos descritivos
De forma geral, os textos descritivos seguem a estrutura básica:
Introdução: apresentação sobre o que (ou quem) será
descrito.
desenvolvimento: realização da descrição (objetiva ou
subjetiva) de algo.
conclusão: término da descrição.
Tipos de textos descritivos
A descrição é classificada de 2 formas:
1. Descrição objetiva: descrição realista ou denotativa sobre
algo sem que haja algum juízo de valor.
2. Descrição subjetiva: descrição que envolve as impressões
pessoais do autor e, por isso, apresenta o sentido conotativo
da linguagem.
Alguns exemplos de textos descritivos
Diário
Relatos
Biografia
Notícia
Cardápio
3. Texto Dissertativo
O texto dissertativo busca defender uma ideia e, logo, é baseado na
argumentação e no desenvolvimento de um tema. Geralmente, os
textos dissertativos-argumentativos, além de serem opinativos,
buscam persuadir o leitor.
Estrutura dos textos dissertativos
A estrutura dos textos dissertativos é dividida em três partes
fundamentais:
1. Introdução: também chamada de tese, essa é uma pequena
parte do texto que apresenta a ideia, o tema ou assunto
principal que será dissertado.
2. Desenvolvimento: também chamada de antítese (ou anti
tese), é a maior parte do texto em que é apresentado os
argumentos contra e a favor sobre o tema.
3. Conclusão: também chamada de nova tese, essa parte
sugere uma nova ideia, que pode ser uma solução sobre o
tema exposto.
Tipos de textos dissertativos
Os textos dissertativos são classificados de duas maneiras:
1. Dissertativo-expositivo: foco na exposição de alguma ideia,
fato, tema ou assunto. Nesse caso, não há a intenção de
persuadir o leitor.
2. Dissertativo-argumentativo: a persuasão é o principal ponto
dessa categoria de textos dissertativos. Assim, o uso de
argumentações e contra argumentações são fundamentais.
Alguns exemplos de textos dissertativos
Resenha
Artigo
Ensaio
Monografia
Editorial
4. Texto Expositivo
O texto expositivo pretende apresentar um tema a partir de recursos
como a conceituação, a definição, a descrição, a comparação, a
informação e enumeração. Dessa forma, o objetivo central do
emissor é explanar, discutir e explicar sobre um determinado
assunto.
Tipos de textos expositivos
Os textos expositivos são classificados em dois tipos:
1. Texto informativo-expositivo: tem como objetivo a
transmissão de informações, sem que haja juízo de valor.
2. Texto expositivo-argumentativo: foca na exposição de tema
com defesa de opinião.
Alguns exemplos de textos expositivos
Seminários
Entrevistas
Palestras
Enciclopédia
Verbete de dicionário
5. Texto Injuntivo
O texto Injuntivo ou instrucional está pautado na explicação e no
método para a realização de algo.
Assim, um dos recursos linguísticos marcantes desse tipo de texto é
a utilização dos verbos no imperativo, de modo a indicar uma
"ordem".
Exemplos de textos injuntivos
Regulamento
Propaganda
Receita culinária
Bula de remédio
Manual de instruções