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O Nascimento de Jesus em Belém
Leia Lucas 2.1-7
Nesta passagem, temos a história de um nascimento, o
nascimento do Filho encarnado de Deus, o Senhor Jesus Cristo.
O nascimento de cada criança é um evento maravillioso; traz à
existéncia uma alma que jamais morrerá. Mas, desde que há
mundo, jamais houve um nascimento tão maravilhoso quanto o
de Jesus.
Foi em si mesmo um milagre: Deus “foi manifestado na carne”
(1 Tm 3.16). São indizíveis as bénçãos que Ele trouxe ao
mundo: abriu aos homens a porta para a vida eterna.
Ao lermos estes texto aprendemos:
I - A época em que Jesus nasceu.
Foi quando Cesar Augusto, o primeiro imperador
romano,publicou um decreto “convocando toda a população do
império para recensear-se”.
Neste simples fato, sobressai a sabedoria de Deus. O cetro
estava praticamente apartando-se de Judá (Gn 49.10).
Os judeus estavam sob o domínio de um poder
estrangeiro. Estes estavam começando a reinar sobre eles. Já
não tinham um governo próprio, independente. A “plenitude
do tempo” chegara, para que o Messias aparecesse. “
desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu
beneplácito que propusera em Cristo, de fazer convergir
nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as
coisas, tanto as do céu como as da terra”; Efésios 1:9,10.
Neste contexto nasce Jesus.
A época era propícia para a introdução do evangelho.
Todo o mundo civilizado estava sendo governado por um
mesmo rei (Dn 2.40). Nada impediria que o pregador de uma
nova fé fosse de cidade em cidade e de país em país. Os
príncipes e sacerdotes do mundo gentio haviam sido pesados
na balança e achados em falta. Egito, Assíria, Babilônia,
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Pérsia, Grécia, Roma — todos tinham provado que o mundo
não conheceu a Deus pela sua própria sabedoria (1 Co 1.21)
“Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o
conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar
os que creem pela loucura da pregação” 1 Coríntios 1:21.
Os seus grandes generais e poetas, historiadores,
arquitetos e filósofos, os reinos do mundo, estavam perdidos
em negra idolatria.
Era mesmo o tempo certo de Deus intervir desde os céus e
enviar um Salvador eficaz. Tratava-se do tempo certo
para Jesus nascer (Rm 5.6). “Porque Cristo, quando nós
ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios”
Romanos 5:6
Firmemos sempre a nossa alma no fato confortador de que o
tempo está nas mãos de Deus (Sl 31.15) “Nas tuas mãos,
estão os meus dias; livra-me das mãos dos meus inimigos e
dos meus perseguidores”. Salmos 31:15. Ele sabe qual a
melhor ocasião para enviar socorro à sua igreja e nova
orientação ao mundo.
APLICAÇÃO: Tomemos cuidado, a fim de não darmos
lugar à ansiedade por causa do que acontece à nossa volta,
como se nós soubéssemos melhor do que o Rei do reis qual é
a melhor época para enviar alívio.
O mesmo Deus que agiu na história, é o mesmo que cuida de
mim e de você e continuará cuidando de nós. Mas, se
pensarmos que chegamos até onde chegamos foi porque
achamos que somos bons, mente brilhante... E qdo tivermos
que enfrentamos um desafio, com certeza iremos nos
perguntar: será que vamos conseguir, vamos dar conta? É
maior que minha capacidade!!! Porém, se voce tiver
consciencia que foi Deus que te abençoou até aqui, com
certeza vc vai descansar que este mesmo Deus continuará
cuidando de você.
II - Observemos, a seguir, o local onde nasceu Jesus – 4-6
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Não foi em Nazaré, na Galiléia, onde morava sua mãe. O profeta
Miquéias predissera que o evento seria em Belém (Mq 5.2)” E
tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares
de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são
desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”. Miquéias 5:2.
E assim foi. Jesus nasceu em Belém. A suprema providência
divina manifesta-se neste fato tão singelo.
Ele governa todas as coisas, no céu e na terra.
Ele inclina o coração dos reis para onde quer.
Ele determinou a época em que César Augusto
proclamaria o censo. E dirigiu todas as coisas de tal
forma que Maria foi obrigada a estar em Belém, quando
“aconteceu completarem-se-lhe os dias”.
O imperador arrogante e o seu subalterno Quirino nem
faziam idéia de que estavam sendo meros instrumentos nas
mãos do Deus de Israel,
E estavam tão somente fazendo que se cumprissem os
eternos propósitos do Rei dos reis! Nem podiam imaginar
que estavam ajudando a lançar as bases de um reino diante
do qual todos os impérios deste mundo haveriam de cair e
que a idolatria romana seria anulada.
O coração do crente deve sentir-se confortado ao
lembrar-se do governo providencial que o Senhor Jesus
exerce no mundo.
Um verdadeiro crente jamais deve sentir-se inquieto ou
assustado por causa da conduta dos juízes deste mundo.
Deve, sim, com os olhos da fé contemplar uma Mão que
supervisiona tudo o que eles fazem, fazendo tudo convergir
para o louvor e glória de Deus.
Deve considerar todo rei e potestade — César Augusto,
Quirino, Dário, Ciro, Senaqueribe — como criaturas que, a
despeito de todo o seu poder, nada podem fazer, a não ser o
que Deus permite e que há de cooperar com o cumprimento
da sua vontade. E, quando os poderosos deste mundo
puserem-se contra o Senhor, o crente deve confortar-se com
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estas palavras de Salomão: “O que está alto tem acima de si
outro mais alto” (Ec 5.8).
III - Por fim, observemos e circunstância em que Jesus
nasceu – vs 7
Não nasceu sob o teto da casa de sua mãe, e sim num
lugar estranho e numa manjedoura.
Quando Ele nasceu, não foi colocado em um berço
cuidadosamente preparado. Maria O deitou numa
manjedoura, porque “não havia lugar para eles na
hospedaria”.
Aqui vemos a graça e a condescendência de Jesus.
Se tivesse vindo salvar este mundo em majestade real,
rodeado pelos anjos do seu Pai, isso já teria sido um ato de
incrível misericórdia.
Se tivesse decidido morar num palácio, com poder e
autoridade, já teríamos razão suficiente para ficarmos
maravilliados.
Mas, fazer-se pobre como os mais pobres seres humanos e
simples como os mais simples, isso é amor que transcende
a nossa compreensão.
É amor indefinível e insondável.
Que nunca nos esqueçamos de que, por meio da sua
humilhação, Jesus adquiriu para nós um título de glória.
Por meio da sua vida de sofrimento, bem como da sua
morte, Ele conquistou para nós uma redenção eterna.
Durante toda a sua vida, foi pobre por amor a nós, desde o
momento do seu nascimento até à morte. E por sua pobreza
somos feitos ricos (2 Co 8.9).
Estejamos alerta, Ele nos ensinou a não desprezar os pobres
por causa da sua pobreza.
Deus não faz acepção de pessoas. Ele olha para o coração
e não para o bolso.
Uma casa simples, comida simples e cama dura não são
agradáveis à carne e ao sangue. Mas são a porção que o
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Senhor Jesus voluntariamente aceitou desde o dia da sua
entrada neste mundo.
A riqueza leva muito mais almas ao inferno do que a pobreza.
Quando o amor ao dinheiro começar a manifestar-se em nós,
pensemos na manjedoura de Belém e nAquele que nela foi
posto. Tal pensamento poderá livrar-nos de muitos males!
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