21-CV4 Educacao de Infancia
21-CV4 Educacao de Infancia
26 de Outubro, 2012
1
ÍNDICE
2
1. Introdução ao Registo da Qualificação
Código Nacional:
1
Neste documento, o termo ‘educação de infância’ está utilizado em paralelo com o termo ‘educação pré-escolar’,
referindo as actividades de estimulação e educação para as crianças desde 2 meses até aos 5 anos. O Ministério da
tutela (MMAS) utiliza o termo ‘educação pré-escolar’ para referir a essa faixa etária; contudo, no Decreto n.o 54/2009 de
8 de Setembro sobre o sistema de carreiras e remunerações, refere-se à educação de infância e aos educadores de
infância. Tendo isso em conta, optamos pelo uso dos ambos termos.
2 @OSISA 2007
3 Estatística da Educação, Aproveitamento escolar 2008; Ministério da Educação e Cultura 8.2009,
3
demostrou que, a maioria das crianças que participaram nos programas pré-escolares também
ingressaram na escola na idade certa (com 6 anos). Adicionalmente, no contexto onde a maioria da
população está em situação de pobreza absoluta, sobrevivendo apenas com o equivalente a $1.25
por dia, cerca de 44% de crianças menores de 5 anos de idade estão cronicamente desnutridas, e
48% da população adulta é analfabeta (dos quais mais de metade são mulheres), o papel da
educação de infância como mecanismo para protecção das crianças, sua preparação para a
escola, e sucesso escolar, torna-se essencial.
O sector de educação de infância é ainda um campo pouco desenvolvido em Moçambique. Os
maiores provedores de educação de infância são instituições privadas (à volta de 200 instituições
registadas no pais em 2010), e organizações não-governamentais que apoiam escolinhas
comunitárias (à volta de 700 escolinhas comunitárias é o número corrente estimado pelo Ministério
da Mulher e da Acção Social (MMAS)). Contudo, actualmente, os programas de educação pré-
escolar abrangem somente à volta de 66,000 crianças, que equivale a 4% de crianças de idade
pré-escolar no país4 (a taxa média para a região é de 12%, tratando-se da menor percentagem no
mundo (Garcia, Pence, & Evans, 2008).
A participação do governo neste sector até agora é limitada. O Ministério da Mulher e Acção Social,
que tutela a área de educação pré-escolar, possua 15 instituições de infância em todo o país.
Contudo, o seu papel também abrange a emissão de alvarás para abertura das instituições de
infância formais; formação e capacitação dos técnicos de educação de infância; e a supervisão de
todas as instituições de infância (públicas e privadas). Com a exiguidade de recursos, tem havido
constrangimentos na formação, capacitação, e supervisão. Ao mesmo tempo, o Ministério de
Educação tem previsto dentro do novo plano quinquenal, a incorporação no sistema de educação,
da educação pré-primária (focalizando num ano antes do início da escola). Esta acção expandirá o
papel do governo na educação de infância, garantindo o acesso a este nível de educação a um
grande número de crianças. Foi um avanço importante a aprovação em Julho 2012 da Estratégia
do Desenvolvimento Integrado da Criança em Idade Pré-escolar (DICIPE), estratégia essa que
contribuirá para todos os sectores que trabalhem em prol da criança, claramente discriminando as
linhas de acção de cada sector. Novas oportunidades também serão proporcionadas pelo
doadores que, a partir de 2013, irão investir em mais de 50 milhões de dólares na expansão da
educação de infância de qualidade no pais, sobretudo em zonas rurais, através do Ministério de
Educação e do Ministério da Mulher e da Acção Social. Uma grande parte dos fundos será dirigida
à formação dos recursos humanos necessários para a expansão, através das instituições de
formação públicas e privadas /não-governamentais. Neste contexto, a oferta das qualificações
médias em educação de infância permitirá responder a algumas das necessidades em pessoal
formado (tendo em conta que também serão necessárias as qualificações do nível básico para
animadores nas zonas rurais).
Investimento nos programas de formação de educadores permitirá o governo colocar pessoas
formadas e competentes a lidar com a criança em idade pré-escolar, preparando-a para ingressar
no ensino básico e contribuindo para a melhoria das taxas de ingresso, repetição e conclusão do
ensino primário no país. As pesquisas feitas na área de educação de infância indicam a falta de
pessoal qualificado para trabalhar como educadores de infância. Enquanto nas instituições públicas
90% de educadores passaram por algum tipo de formação profissional, o número reduzido dessas
instituições no país não permite à maioria das crianças beneficiar da presença de educadores com
formação. Nas instituições de infância privadas e nas escolinhas comunitárias, muitos educadores
possuem uma formação desactualizada (que não promove educação centrada na criança) ou
somente beneficiam das capacitações de curto prazo (Austral COWI (2010)). Ao mesmo tempo,
actualmente no país existem poucos programas de formação profissional de educadores de
4O universo de crianças em idade pré-escolar (ou seja menores de 5 anos de idade) no país é estimado em cerca
de 4.5 milhões.
4
infância. A última formação de técnicos de educação de infância de nível médio foi realizada pelo
MMAS há quase 20 anos atrás, na base dum currículo produzido ainda em 1975. Existem
actualmente 2 cursos de formação do nível médio de educação de infância; ambos são oferecidos
somente em Maputo e pelas instituições privadas (IMEP e ISMMA), o que não permite preparar o
número suficiente de educadores de infância no pais. Embora exista oferta dos cursos ao nível
superior em educação de infância (oferecidos pela UEM, a UP, e a Politécnica), esses cursos, pela
sua natureza, são académicos e não oferecem uma preparação para o trabalho profissional do
educador.
Esta qualificação está sendo proposta para responder às lacunas existentes, oferecendo um
programa de formação profissional baseado em competências para o educador de infância, com
vista a tornar esta qualificação acessível nas várias províncias do país, através da colaboração
com vários parceiros públicos e privados.
O educador de infância normalmente tem responsabilidade por um grupo de 15-25 crianças de
acordo com o diploma Ministerial 277/2010, de 30 de Dezembro. De igual modo, deve assegurar
um ambiente acolhedor e estimulante para as crianças, as diversas actividades pedagógicas, e os
processos de cuidados diários. O educador também é responsável pela planificação das
actividades e dos materiais necessários, pela avaliação regular do desenvolvimento das crianças, e
pelas interacções e colaboração eficaz da instituição com os pais. Ela/e deve ser capaz de oferecer
apoio adequado às crianças com necessidades especiais, e de fornecer todo apoio pedagógico e
cuidados necessários tanto para bebés na creche (crianças de 2 meses aos 2 anos) como para
crianças do jardim de infância (3 aos 5 anos). Finalmente, o educador de infância deve gerir o
trabalho dos seus assistentes e colaborar com outros colegas, com o director pedagógico e fazer a
gestão da instituição de maneira amigável e eficaz. Todas essas tarefas exigem uma preparação
prática e de qualidade, e esta qualificação foi elaborada para oferecer tal preparação.
Graduados com esta qualificação poderão trabalhar em qualquer instituição de infância no país,
principalmente como educadores de infância mas também como técnicos de educação de infância
nos serviços distritais e provinciais do MMAS/MINED, ou podem também ingressar no curso
Certificado Vocacional 5 de Educação de Infância, para obter a qualificação de gestor ou
supervisor de Educação de Infância de nível médio.
5
por distrito (esta contagem abrange instituições públicas, privadas, comunitárias, e religiosas).
Constata-se também a existência de distritos sem a presença de qualquer tipo de instituição de
infância.
A formação recebida pelos educadores é normalmente de curta duração (5 meses em média para
educadores em instituições privadas, e 1.8 anos para educadores públicos). Dos educadores que
receberam alguma formação, metade consideraram-na insuficiente. Esta opinião foi também
partilhada pelos Directores Provinciais e Distritais e pelos técnicos do MMAS. Enquanto uma parte
dos educadores de infância são abrangidos pelas capacitações anuais orientadas pelas Direcções
Provinciais da Mulher e da Acção Social, os dados do MMAS mostram que a maioria dessas
capacitações duram somente 1-2 semanas e os conteúdos e a qualidade das capacitações variam
significativamente entre as províncias. Assim, constitui uma prioridade promover a formação de
educadores de infância quer em instituições privadas quer públicas, estimulando assim o
reconhecimento e valorização desta importante profissão.
Nas escolinhas comunitárias apoiadas pelos parceiros não-governamentais, animadores recebem
normalmente uma capacitação básica, seguida por um processo de capacitação contínua ao longo
do seu trabalho. Embora seja pouco provável que os animadores beneficiem dum curso de
formação de educador de infância de 2 anos como esta qualificação está a prever5, os
coordenadores pedagógicos desses programas comunitários podem beneficiar desta qualificação
profissional de qualidade.
Ao mesmo tempo, os dados da pesquisa sugerem que a maioria dos educadores de infância, em
todos os tipos de instituições, é bastante experiente no seu trabalho, muitas vezes, com mais de 5
anos de experiência. Será importante ter em conta esta base de experiência prática, sobretudo no
contexto de aprendizagem, incentivando os educadores a recorrer às suas experiências relevantes
e relacioná-las com os novos conhecimentos.
Os resultados do estudo de Austral COWI mostram que há necessidade de melhorar a qualidade
da formação dos educadores de infância. Somente 5% dos educadores entrevistados ouviram ou
conheciam algo sobre “educação centrada na criança”. As observações qualitativas e as consultas
realizadas pelo Grupo Técnico confirmam que a maioria dos programas de educação de infância
no país realiza as suas actividades com base na pedagogia centrada no educador. Neste âmbito, o
novo curso de formação é de extrema importância, porque irá promover a adaptação à abordagem
centrada na criança, ajudando os educadores a desenvolver uma nova imagem da criança e do
seu papel como educador, e a dominar os métodos activos de ensino-aprendizagem. Os
conteúdos do curso também têm ligação directa com os conteúdos e métodos do novo Programa
Educativo para as crianças do 1o ao 5o ano, assegurando assim a formação de educadores que
são capazes de interpretar e implementar este programa.
Um indicador de educador de qualidade é a sua capacidade de proporcionar à criança um
ambiente rico em materiais estimulantes. O acesso livre da criança ao material e recursos
educativos e sua respectiva manipulação é de extrema importância para o desenvolvimento da
criança, e distingue os programas centrados na criança, doutros tipos de programas. A pesquisa
feita pelo Departamento da Criança no MMAS em 2008 em relação aos recursos pedagógicos em
uso nas instituições de infância no país, denuncia a falta de materiais básicos como blocos, bolas,
carrinhos, etc., na maior parte das instituições. Os livros infantis são quase inexistentes. Só uma
pequena parte das instituições visitadas produzem os seus recursos pedagógicos na base de
materiais reciclados ou de recursos locais. Quase metade dos educadores apontou a falta de
recursos pedagógicos. Estes dados foram também apontados pela Austral COWI como
5 As qualificaçõesções do nível básico (Nível 1 e 2) podem ser mais apropriadas para as funções, o nível de escolarização, e o nível de
remuneração comuns dos animadores de escolinhas comunitárias.
6
constrangimento no trabalho dos educadores. É neste âmbito que o curso de formação irá ajudar
os educadores a desenvolver capacidades de reaproveitar os recursos disponíveis à sua volta para
a produção de vários tipos de materiais para brincar e aprender.
Os educadores actuais estão interessados em participar numa formação sistemática, mas, ao
mesmo tempo, insistem que o modelo de formação seja flexível, permitindo-lhes participar na
formação de formadores ao longo do seu trabalho no tempo disponível. Em relação ao modelo de
formação, os directores provinciais e de serviços distritais repisaram que o sistema deve ser
descentralizado e oferecido no sistema “em serviço” para os educadores existentes.
Adicionalmente, a preocupação comum é de obter uma qualificação formal reconhecida no país,
que permitirá aos educadores receber uma remuneração condigna e continuar com os seus
estudos profissionais quando for necessário.
6 Algumas constatações adicionais dessa pesquisa, estão também integradas nas secções seguintes.
7
d) Preparar e desenvolver actividades dirigidas com crianças, especialmente nas áreas de
linguagem, matemática, conhecimento do mundo, e expressão plástica;
e) Acompanhar as crianças nas actividades livres no canto de materiais didáticos;
f) Comunicar e colaborar com as famílias, envolvendo-as em actividades da instituição, e
apoiando-as para lidar com comportamentos e necessidades especiais da criança;
g) Cuidar dos bebés e estimular o desenvolvimento deles.
Graduados com esta qualificação estarão habilitados a trabalhar como educadores em qualquer
instituição de infância, tais como instituições de governo, e instituições privadas e organizações
não-governamentais e comunitárias, incluindo centros de infância, jardins de infância, creches,
infantários, centros de acolhimento, e escolinhas comunitárias.
Esta qualificação pode ser proporcionada a tempo inteiro ou parcial para permitir que os
Estratégias
educadores em exercício, que tenham certos anos de experiência mas não possuem formação
de Ensino - técnica nessa área, possam inscrever-se nos módulos individuais se assim o desejarem e
aprendizagem completarem a qualificação como parte da sua formação contínua e processo de
e de profissionalização. O reconhecimento de aprendizagem anterior deve ser considerado para os que
Avaliação dos já trabalham como educadores de infância.
estudantes
O ensino à distância pode também ser outra importante alternativa de instrução. Está a ser levada
a cabo a produção dos guiões dos formadores (passo-a-passo) para cada módulo, como
estratégia de descentralização da oferta do curso de Maputo para as províncias e distritos.
Nesta qualificação se privilegia uma forte ligação entre teoria e prática, que está reforçada dentro
de cada módulo:
1. A teoria será abordada nas aulas, utilizando métodos de aprendizagem activa.
2. A prática será desenvolvida numa instituição da infância (formal ou não-formal) ou com um
grupo de crianças de idade pré-escolar, e incluirá actividades pedagógicas e outras práticas
em relação às crianças, seus pais, e os colegas.
3. A reflexão prosseguirá a prática, e será nestes momentos em que os formandos analisarão as
experiências obtidas através da prática, e consolidarão os conceitos apreendidos de cada
módulo.
O processo de ensino - aprendizagem baseia-se nos métodos activos e centrados no formando.
Esses métodos são essenciais para os profissionais pois, não só dominam os conceitos chaves da
formação, como também são capazes de utilizar o raciocínio crítico, a capacidade de resolução de
problemas, iniciativa, e criatividade no seu trabalho. O uso dos métodos activos de aprendizagem
8
também oferece aos formandos os modelos de ensino baseado no aluno, que os educadores
devem adoptar no seu trabalho com crianças.
Considerando as características do módulo e os objectivos a alcançar, devem ser privilegiados os
seguintes métodos de aprendizagem activa:
Reflexão contínua sobre a sua própria aprendizagem;
Consolidação de conteúdos através dos métodos visuais e dramas;
Debates e outras formas de discussões;
Reflexão sobre a sua própria infância e confrontação com trabalho pedagógico actual;
Pequenas pesquisas;
Trabalhos com exemplos concretos: simulações, estudos de caso;
Trabalho com filmes e fotos que demonstrem práticas pedagógicas centradas na criança e
educação inclusiva;
Observação directa das actividades de crianças e educadores;
Conceptualização e produção de recursos pedagógicos e uso simulado nas aulas.
Além disso, os formandos irão desenvolver, pelo menos, metade das actividades do curso em
pequenos grupos, para aprender a comunicar e colaborar com a equipa no seu local de trabalho.
Referências Garcia, M., Pence, A., & Evans,J.L. (Eds.) (2008). Africa’s future, Africa’s challenge: Early
childhood care and development in sub Saharan Africa. Washington, DC: World
Bank.
9
Austral Cowi. (2010). Estudo sobre as qualificações actuais e necessárias de educadores
de infância e de técnicos de acção social. [Relatório preliminar.] Maputo:
Moçambique.
Hohmann, M., & Weikart, D. (1997). Educar a criança. (High Scope Educational Research
Foundation) Fundação Calouste Gulbenkian
Instituto Superior Maria Mãe de África. (2009). Currículo deformação Técnico - Médio em
Educação de Infância.
Martinez, S., Naudeau, S.; and Pereira, V. (2011). The Promise of Preschool in Africa: A
Randomized Impact Evaluation of Early Childhood Development in Rural
Mozambique.
MICS (2009). Inquérito de Indicadores Múltiplos 2008. Sumário. INE, UNICEF.
Ministério da Educação. (2012). Estratégia do desenvolvimento integrado da criança em
idade pré-escolar (Dicipe) 2012-2021. Maputo: Moçambique.
Ministério da Mulher e da Acção Social. (em press). Programa educativo para crianças do
1º ao 5º ano.
Ministério da Mulher e da Acção Social. (2008). Relatório de resultados de levantamento
sobre uso de materiais pedagógicos no país.
Ministério da Saúde e Ministério da Educação (1975?). Curriculum de formação de Nível
Básico de Agentes de Puericultura e Educação de Infância.
Plano Quinquenal do Governo (2010-2014), Republica de Moçambique.
Relatório de Progresso por Sector do PAP (Educação) (2008), Republica de Mocambique.
Report on the Millennium Development Goals (MDG) – Mozambique. (2010). Ministry of
Planning and Development, Republic of Mozambique.
Save the Children (2008, 2010). [Estudo de base sobre desenvolvimento de crianças nas
comunidades com programa de DPI em Gaza.]
Save the Children (2010). [Mid-term evaluation of early literacy in preschool and primary
school in Save the Children – EMA schools in Gaza Province.]
UEM, Faculdade de Educação, Departamento de Psicologia e Ciências de Educação.
(2009). Currículo de Licenciatura em Desenvolvimento e Educação de Infância.
Universidade Politécnica. (2010). Currículo da formação de Licenciatura em Educação de
Infância.
USAID Moçambique. (2010). Currículo de Formação Profissional de Educadores de
Infância em Moçambique: Características-chave.
10
2. Informação para o Registo da Qualificação
Título da
Certificado Vocacional (4) em Educação de Infância - Educador de Infância
Qualificação:
Código Nacional:
Nível do
4 Créditos totais: 134
QNQP:
Progressão: Graduados com esta qualificação poderão trabalhar como educadores em instituições de infância, tais como
centros de infância, creches, infantários, centros de acolhimento e escolinhas comunitárias.
Regras de combinação de módulos
Módulos de habilidades essenciais: O candidato deve completar um mínimo de 20 créditos.
Módulos de habilidades vocacionais obrigatórios: O candidato deve completar um mínimo de 98 créditos.
Módulos de habilidades vocacionais opcionais: O candidato deve completar um mínimo de 0 créditos.
Experiência de trabalho: O candidato deve completar um mínimo de 16 créditos
Conteúdo da Qualificação
Módulos constantes nesta Qualificação
Código da
Número Número de
Unidade de
Código do Módulo Título do Módulo de Horas
Competência
Créditos Normativas
relacionada
Módulos de Habilidades Essenciais
11
respeitando técnicas e convenções da escrita
Total 20 200
12
Grupo (s) alvo Pontos de saída
Educador de infância capaz de: a) demonstrar um nível adequado de conhecimentos
Graduados com certificado vocacional
teóricos e técnicos na área de educação de infância para realização das suas
3 em Educação de Infância
tarefas, e resolver problemas típicos que surgirem ao longo do trabalho; b) utilizar um
amplo leque de habilidades em situações previsíveis e em algumas situações novas
que surgirem no trabalho na instituição de infância, seleccionando equipamentos e
métodos apropriados; e c) funcionar independentemente em contextos típicos na
instituição de infância, levando a cabo certas funções de supervisão de pequenas
equipas de trabalho.
Formas de instrução
Actividades práticas (observação de crianças, planificação, implementação, acompanhamento e avaliação de actividades)
numa instituição de infância ou num grupo comunitário /escolinha de crianças de idade pré-escolar, interligadas com as aulas
teóricas realizadas numa sala de aula. Aulas teóricas baseadas nos métodos de ensino -aprendizagem activos, incluindo os
estudos de caso, as simulações, os debates, entre outros.
Experiência de trabalho numa instituição de infância ou num grupo comunitário / escolinha.
Esta qualificação pode ser oferecida a tempo inteiro ou parcial para permitir que os educadores em exercício possam
inscrever-se em módulos individuais se assim o desejarem e completarem a qualificação como parte da sua formação
contínua e processo de profissionalização.
O ensino à distância pode também ser considerado como uma forma importante de instrução da qualificação. A produção e
distribuição dos guiões (passo-a-passo) para cada módulo (para os formadores e grupos de formandos), está a ser levada a
cabo como parte da estratégia para descentralizar a oferta do curso da província de Maputo para outras províncias e
distritos.
Requisitos de instrução
Salas de aula para trabalho em turma, em grupo e individual.
Centro de recursos pedagógicos com materiais relevantes organizados por áreas de aprendizagem
(linguagem, matemática, conhecimento do mundo, expressão plástica, expressão musical, etc.).
Instalações e Os materiais devem incluir diversos jogos didacticos, materiais de exercícios (pré-escrita, tarefas
Equipamento de quotidiano etc.), livros de contos produzidos pelos educadores, cartazes com temas relevantes,
fotos dos materiais e das actividades, entre outros.
Instituições de infância parceiras (1 instituição para 3-5 formandos) ou grupos comunitários /
escolinhas geridas pelos formandos (devem ser formados pelo grupo de 2-3 formandos).
13
Conjunto de materiais para processo de ensino-aprendizagem (quadro, computador, impressora,
etc.)
Consumíveis para processo de ensino-aprendizagem (papel, canetas, etc.)
Recursos materiais
Materiais para o centro de recursos que inclui “media” como computadores, projector, filmes; livros
e manuais; modelos de materiais didácticos, jogos e brinquedos; ferramentas e materiais de baixo
custo /reciclados para a produção de recursos como jogos e outros.
Guiões dos módulos para cada formador.
Formadores capacitados em modelo de formação profissional baseada em competências e em
Recursos humanos educação (de infância) centrada na criança.
Assistentes de formador capacitados para acompanhar os formandos nas tarefas de ensino -
aprendizagem e avaliação.
Um ano de instrução, 40 semanas divididas em dois semestres ou três trimestres, e com uma
Duração média de 35 horas por semana.
Outras formas possíveis de instrução negociáveis com os empregadores ou formandos
individualmente.
14
Investigar e resolver problemas
G económicos simples da vida pessoal 2
e da comunidade
Interpretar e produzir enunciados
G orais adequados a diferentes 2
contextos
Interpretar e produzir textos
escritos de carácter utilitário e
G informativo, tendo em conta um 2
plano e respeitando técnicas e
convenções da escrita
Descrever como a criança aprende e
se desenvolve, e observar as
VO
competências cognitivas, linguísticas,
5
e sensório-motoras nas crianças
Acompanhar actividades livres no
VO
canto /sala de material didáctico, e
observar as competências sócio-
8
morais e pessoais nas crianças
VO Aplicar Educação Inclusiva 7
Agir com base nos direitos,
VO
necessidades e deveres das crianças
7
VO Promover comportamento social
nas crianças
8
VO Analisar em equipa o
desenvolvimento da criança 6
e colaborar com a família
15
Semestre Título do Módulo
Módulos de habilidades essenciais
1 Definir objectivos para a vida
16
3. Unidades de Competencia Vocacionais Obrigatórios
Título da Unidade de Descrever como a criança aprende e se desenvolve, e observar as competências cognitivas,
Competência linguísticas, e sensório-motoras nas crianças
17
e cooperativos
Não são competentes ou capazes
18
intrínseca no desenvolvimento duma Em segundo lugar:
criança. Movimentação
d) Identifica o efeito de recompensas não Em terceiro lugar:
naturais e define o efeito da boa Necessidades do desenvolvimento e aprendizagem
interligação entre motivação intrínseca e (desenvolver as suas habilidades inatas através de
extrínseca no desenvolvimento da experiências concretas)
criança. Imitar
Experimentar duma maneira activa
Evidências Requeridas Fazer e analisar experiências
Evidência escrita:
Necessidades sociais
O formando resume, exemplifica, descreve e
Sentir-se aceite pelos outros
identifica a importância das necessidades das
crianças assim como a motivação intrínseca Sentir a pertença num grupo social /
no seu desenvolvimento, de acordo com os participar
critérios de desempenho a) até d). Agir em conjunto com outras crianças e ter
amigos
Cooperar com os adultos
Sentir a Integridade da própria pessoa
(manter dignidade própria…)
19
Aprendem com maior entusiasmo,
profundidade e rapidez
Envolvem-se mais com a instituição
Persistem em tarefas desafiadoras
Fixam metas pessoais
Demonstram os seus acertos e dificuldades
Planeiam as acções necessárias para viabilizar
seus objectivos
Avaliam adequadamente o seu progresso
Demonstram o sentimento de “sou capaz”
Demonstram vontade de aprender e trabalhar e
possuem auto-regulação
Vêem a própria actividade como a recompensa
20
Evidências Requeridas Competências linguísticas
Competências sensório-motoras
Evidência escrita:
O formando define, descreve, identifica e Competências cognitivas
exemplifica o conceito de desenvolvimento
integral da criança e respectivas Áreas pedagógicas:
competências, de acordo com os critérios de Área de desenvolvimento sensório-motor
desempenho a) até e). Área de matemática
Área de linguagem
Produto: Área de conhecimento de mundo
O formando apresenta e argumenta através Área de expressão plástica
duma ficha de autoavaliação as suas dúvidas Área de expressão musical
em relação aos aspectos principais do Área de formação moral e cívica
desenvolvimento holístico da criança.
Ligação entre áreas pedagógicas e competências
Os adultos preparam um ambiente estimulante
e actividades para a criança desenvolver as
suas competências
Dentro de uma área pedagógica a criança pode
desenvolver competências de vários grupos de
competências gerais
21
realizado entre os 0 aos 8 anos de idade
A estimulação da escrita emergente é
importante desde os 3 aos 8 anos de idade
22
Como fazer a auto-observação ao lidar com
situações de desafio:
1) Perceber quando sente tensão e que surgem
emoções fortes
2) Se possível, lidar com a tensão e agir de
acordo com o que aprendeu
3) Observar o que acontece na criança e em si
próprio ao agir dessa maneira
4) Tentar identificar o que está por detrás da sua
tensão e das emoções
23
Acompanhar actividades livres no canto/ sala de material didáctico e observar
as competências sócio-morais e pessoais nas crianças
Código: Nível do 4
QNQP:
Campo: Educação Sub Educação de infância
Campo:
Data de Registo: Data de Revisão do
Registo:
Elementos de Critérios de Desempenho Contextos de Aplicação
Competência
1. Identificar a) Identifica as principais actividades previstas Principais actividades e outras actividades possíveis
aspectos de para cada material didáctico e outras de diferentes graus de dificuldade:
organização e de actividades possíveis com diferentes graus de Exemplo: Um material que consiste em latas
processos de dificuldade com o mesmo material preenchendo numeradas e paus:
aprendizagem no as partes I e IV (1-3, a, b) da Ficha de material. Actividade principal com esse material:
canto/ sala de b) Nomeia as diferentes maneiras como uma Meter a quantidade de paus na lata que
material didáctico criança aprende com o material didáctico. corresponde ao número escrito na lata
c) Resume os aspectos da organização física do Outras actividades possíveis:
canto/ sala de material didáctico e descreve a Mesmo exercício mas colocar as latas sem ser
vantagem do uso de pequenas esteiras. em sequência
Esconder os números escritos nas latas e meter
Evidências Requeridas em cada lata uma outra quantidade de paus –
Evidência escrita: associar a cada lata uma placa com um número
O formando: escrito que corresponde à quantidade de paus
na lata
Nomeia as diferentes maneiras como uma
criança aprende com o material didáctico
Principais maneiras de aprender com o material:
Resume os aspectos da organização física do
Experimentar e descobrir sozinha
canto/ sala de material didáctico e descreve a
vantagem do uso de pequenas esteiras. Imitar uma outra criança/ adulto
Participar numa demonstração do educador
Produto:
Um pequeno grupo de formandos preenche partes Aspectos da organização física do canto/ sala de
de 5 Fichas de material de acordo com critério de material didáctico:
desempenho a), respectivamente um material por Espaço adequado
cada uma das seguintes áreas pedagogicas: Sítio calmo, que não seja onde as crianças
Exercícios de quotidiano passam para chegar a uma outra área de
Sensorial actividades
Linguagem Separado de outras áreas
Matemática Bem colocado ao lado da área biblioteca e /ou
Conhecimento do mundo. de descanso
24
Espaço suficiente para a criança se poder
movimentar dentro da área
Mobiliário adequado
Estantes abertas à altura da criança, sendo
assim acessíveis para cada criança
Poucas mesas e cadeiras deixando muito
espaço livre dentro do qual as crianças podem
organizar o seu lugar de trabalho
Esteiras pequenas, onde cada criança pode
utilizar o material que escolheu
2. Acompanhar e a) Resume as atitudes do educador nas Atitudes que o educador precisa para poder
orientar as actividades livres e assegura o cumprimento acompanhar crianças nas actividades livres:
crianças no canto/ de regras básicas na área de material
25
sala de material didáctico. Reconhece a criança como um ser com
didáctico b) Promove a aprendizagem por tentativa e erro características próprias
no canto/ sala de material didáctico, identifica Não molda a criança mas sim acompanha-a
o mecanismo de autocontrole do material, Tem confiança na vontade da criança de
explica o seu impacto e preenche as partes IV aprender e desenvolver-se
(1-3 d) da Ficha de material. Tem atitude positiva perante os erros
c) Identifica quando deve apoiar uma criança É paciente, calma e firme
fazendo uma demonstração do uso dum
material didáctico. Regras básicas no canto/ sala de material didáctico:
d) Realiza uma demonstração do uso do material Tirar um material de cada vez e arrumar no
didáctico de maneira que a criança seja capaz mesmo sítio onde tirou, antes de utilizar outro
de continuar em autonomia e preenche as Não correr e não gritar nesse canto/ sala
partes IV (1-3 c) da Ficha de material.
As restantes regras a aplicar, são as mesmas
e) Encoraja as crianças a usar os materiais de
das outras áreas de actividades livres:
diferentes maneiras e graus de dificuldade que
o Se quiser brincar com um material que
correspondem com às suas capacidades /
uma outra criança tem ou com a outra
níveis de desenvolvimento.
criança – deve pedir e respeitar a resposta
f) Lida com situações complexas ou de desafio
o Cuidar bem dos materiais
no canto/sala de material didáctico aplicando
o Não bater aos outros
também os critérios de como acompanhar
o Ter um número limitado de crianças no
crianças nas actividades livres não
canto/ na sala
especificadas em relação a esta área.
Passos de levar uma criança a cumprir regras:
Evidências Requeridas
Informar/ Lembrar da regra
Evidência escrita: Repetir
O formando... Avisar a consequência lógica
Resume as atitudes adequadas do educador Agir (implementar a consequência lógica)
nas actividades livres
Identifica o impacto do mecanismo de Promove aprendizagem por tentativa e erro:
autocontrole de erro inserido no material Não se foca nos erros das crianças mas sim no
didáctico. que elas conseguiram fazer
Não corrige o erro da criança, mas sim confia na
Demonstração real ou simulada: força da criança de encontrar o caminho certo
O formando... através do autocontrole de erro do material e
Acompanha e orienta as crianças no canto/sala através de vários exercícios com materiais de
de material didáctico de acordo com os temas semelhantes
critérios de desempenho a, b), c), e e f). Dá tempo para a criança por si própria descobrir
Demonstra a uma criança o uso dum material como atingir o objectivo do material
didáctico de maneira que a criança seja capaz
de continuar em autonomia. Exemplo dum mecanismo de autocontrole dum
material:
Produto: A criança deve identificar num grupo de 4 imagens a
Um pequeno grupo de formandos completa o imagem que não pertence ao grupo ao pôr um pico
preenchimento da parte IV (1-3, c ,d) das 5 Fichas em baixo desta imagem. Depois de pôr o pico, a
de material, respectivamente um material por cada criança pode virar a placa e verificar se em volta do
uma das seguintes áreas pedagógicas: seu pico encontra um círculo colorido (certo) ou não
Exercícios de quotidiano (falso).
Sensorial
Linguagem Impacto do mecanismo de autocontrole de erro
Matemática inserido num material:
Conhecimento do mundo. A criança não precisa do educador para saber se fez
bem ou não, pode identificar e corrigir o erro por si
própria. Isto facilita uma aprendizagem em
autonomia e por tentativa e erro
26
Quando se deve apoiar a criança ao fazer uma
demonstração:
Quando se verifica que a criança não consegue
descobrir o uso do material ao experimentar ou
ao imitar outras crianças
Quando se verifica que a criança não usa o
material de maneira correcta e assim não
poderá funcionar
Quando a criança já usou os materiais e o
educador conhece mais exercícios possíveis de
graus de dificuldade mais elevados, que a
criança não descobriu
27
Apoia as crianças de maneira a estimulá-las a
agir em autonomia
Estimula as crianças de forma adequada
Assegura o cumprimento de regras básicas
Avisa as crianças antes de iniciar uma outra
actividade
Competências pessoais:
28
Evidências Requeridas Mostrar entusiasmo em interagir nas diversas
áreas de actividades
Evidência escrita:
O formando... Ter iniciativa
Identifica competências sócio-morais que as Sentir-se capaz de realizar uma ideia
crianças podem desenvolver nas actividades Vontade de descobrir algo
livres num ambiente estimulante Tomar decisões
Identifica competências pessoais que as Colocar metas adequadas à sua capacidade
crianças podem desenvolver nas actividades Enfrentar obstáculos/ desafios e não desistir
livres num ambiente estimulante logo
Descreve a importância das competências Procurar uma solução para um problema
socio-morais e das competências pessoais no Ter uma ligação estreita entre pensar e agir
desenvolvimento das crianças. Procurar ajuda se precisar
Saber avaliar perigos
Produto: Aceitar os seus limites e conhecer as suas
O formando descreve no caderno de observação de capacidades
crianças... Aguentar momentos de frustração
Situações concretas que demonstram o
desenvolvimento de competências sócio- Caderno de observação das crianças:
morais nas actividades livres, orientando-se Existente em cada instituição (ou em cada grupo de
por uma lista de competências crianças), o caderno de capa dura que inclui os
Situações concretas que demonstram o nomes e reserva 5 pág. para cada criança. No início
desenvolvimento de competências pessoais contem a lista das competências que cada criança
nas actividades livres, orientando-se por uma pode desenvolver (da Ficha individual 1). Ao longo
lista de competências. do ano, os educadores devem anotar situações que
observaram numa dada criança em relação a
quaisquer competências alistadas na lista. Este
caderno serve como apoio para o preenchimento da
Ficha individual 1.
29
Aplicar Educação Inclusiva
30
Produto: Síndroma de Dawn
O formando em grupo preenche as partes I e II da
Ficha individual 2 na base da observação duma Aspectos do ambiente da instituição que
criança com necessidades especiais e a partir de uma podem afectar o comportamento da
conversa com os pais. criança com necessidades especiais
incluem:
Volume de barulho
Escadas ou outras barreiras físicas
que dificultam o movimento
Falta de acesso aos materiais
pedagógicos
Ambiente afectivo (falta de carinho,
atenção)
(Falta duma) estrutura clara /
organização do dia
Exercícios inadequados à
capacidade da criança
Nível elevado de competição
7O formando irá aprender a recolher a informação da família de maneira mais sistemática no Módulo 6: Analisar em equipa o
desenvolvimento da criança e colaborar com a família.
31
necessitar
Usa a língua (local) da família, se for
possível
2. Identificar a) Identifica, com colegas, as metas individuais da Ficha individual 2, Parte III
intervenções criança na base das Partes I e II da Ficha individual a) Metas individuais:
pedagógicas 2 e anota-as na Parte III a) da mesma. Para habilidades para vida diária
adequadas no b) Identifica, com colegas, os passos de (‘life-skills’)
contexto de aprendizagem necessários para atingir cada meta Para áreas pedagógicas
diferentes individual, e preenche Parte III b) da Ficha Para competências pessoais (de
necessidades individual 2. aprendizagem)
especiais c) Descreve com detalhe necessário as técnicas de
promoção do desenvolvimento no contexto dos b) Passos de aprendizagem:
principais tipos de necessidades especiais. Passos concretos necessários para
d) Identifica actividades com a criança, com a família atingir cada meta individual
e acções para melhorar o ambiente na instituição
para promover os passos de aprendizagem, e Técnicas de promoção do
preenche a Parte IV da Ficha individual 2. desenvolvimento das crianças com
necessidades especiais (exemplos):
Evidências Requeridas Perturbações de fala: exercício
Evidência escrita: muscular dos lábios e da língua
O formando descreve as técnicas de promoção do Ansiedade, medos: imaginação
desenvolvimento no contexto duma necessidade meditativa; séries de movimentos
especial física e duma necessidade especial de para poder aumentar a confiança na
aprendizagem. sua força fisica
Falta de atenção: Exercícios de
Produto: concentração
Os formandos preenchem, em grupos pequenos, as Dificuldades de movimento:
Partes III a) e b), e IV da Ficha individual 2 na base da Fortalecimento do equilíbrio e do
observação duma criança, e de acordo com critérios controle do corpo através do dispor
de desempenho a), b), e d). de equipamento para exercícios
fisicos
32
promovendo os passos de aprendizagem da Proporção (rácio) de crianças com
criança com necessidades especiais, descritos nas múltiplas necessidades especiais
Partes III b) e IV da Ficha individual 2. Proporção (rácio) de crianças com
f) Reflecte sobre o processo de desenvolvimento da necessidades especiais “ligeiras”
criança, actualizando a Ficha individual 2 Partes I a Proporção (rácio) de crianças,
IV. educadores, assistentes
Idade e nível de maturidade das
Evidências Requeridas crianças
Evidência escrita: Interesses e capacidades das
O formando... crianças
Explica os benefícios de actividades inclusivas e
como atingir estes benefícios, e os critérios Estimular o contacto entre crianças com e
principais para criação dos grupos de crianças sem necessidades especiais, através de:
com e sem necessidades especiais Jogos e actividades físicas em
Descreve as formas de estimular o contacto grupos heterogéneos completos e
com, e as formas de diferenciar o grau de em grupos pequenos
dificuldade das actividades para, as crianças Tarefas que destacam as
com necessidades especiais. capacidades da criança com
necessidades especiais
Demonstração real: Materiais pedagógicos que
O formando realiza uma actividade pedagógica com interessam as crianças e assim
um grupo que inclui criança/s com necessidades servem como uma “ponte” entre as
especiais de acordo com os critérios de desempenho diferentes crianças
b) a e). Ambiente positivo, pacífico e
tolerante
Produto: Ambiente físico que estimula
O formando apresenta as partes I a IV da Ficha interacção (ex., mesas grandes,
individual actualizadas na base da observação imagens interessantes, etc.)
continua duma criança. Aceitação e capacidade de ouvir
sentimentos individuais (também
sustos, dúvidas, etc.) e capacidade
de responder
33
Agir com base nos direitos, necessidades e deveres das crianças
Título da Unidade de
Competência
Agir com base nos direitos, necessidades e deveres das crianças
34
vulneráveis não são respeitadas. Exemplos de como implementar o direito à participação:
Participação activa em todos os momentos do dia
Demonstração real: Deixar a criança mesmo participar activamente em
O formando implementa no seu trabalho processos nos quais ainda não pode cuidar de si próprio
os direitos da criança à expressão, à (Ex.: alimentar-se)
participação e a brincar, e logo a seguir Participação de todas as crianças, independente da sua
da demonstração faz uma auto-avaliação origem ou de características específicas
do que até agora fez para tornar a “Ouvir” as contribuições (opiniões, ideias, sentimentos)
implementação destes direitos na sua das crianças e levá-las a sério integrando-as nos
instituição possível, as dificuldades nesse processos do dia
processo e o que ainda pretende fazer. Criar um ambiente que permite às crianças decidir entre
diferentes escolhas
Estar atento e presente, mas não manipular a criança na
sua actividade
Promover autonomia e responsabilidade na criança
mantendo ao mesmo tempo uma ligação emocional e
afectiva forte
Diferenciar responsabilidades do educador e
responsabilidades da criança
35
Consequências de não respeitar as necessidades duma
criança:
Atraso noutras etapas de desenvolvimento ou limitações no
desenvolvimento
Ex.: Se as necessidades da criança de experimentar
com todos os seus sentidos e de movimentar-se não
são satisfeitas, isto pode resultar em atraso no
desenvolvimento do cérebro da criança por falta de
experiências suficientes. Por isso a criança tem o direito
a todas as facilidades e oportunidades para se
desenvolver plenamente
Avanço demasiado rápido numa dada área a custa do
desenvolvimento em outras áreas
Ex.: Se a necessidade da criança a brincar livremente
não é satisfeita porque sempre é levada a escrever
números e letras, a criança vai ler e escrever mais
cedo, mas não vai desenvolver competências pessoais
e sociais suficientes. Por isso a necessidade de brincar
livremente torna-se um direito.
Permanência de necessidades infantis enquanto adulto →
problemas nas relações entre adultos
Ex.: Se a necessidade de amor e atenção duma criança
não são satisfeitas na infância, isto pode provocar
distúrbios na idade adulta (O adulto exige amor
incondicional como se ainda fosse criança). Por isso a
necessidade de amor torna-se um direito.
Crianças vulneráveis…
são crianças que não são respeitadas de uma forma
permanente nos seus direitos/ necessidades.
Exemplos
Criança que não têm espaço/ tempo para brincar
livremente e para movimentar-se
Crianças abusadas
Crianças mal tratadas emocionalmente
Crianças negligenciadas
Crianças órfãs
Crianças fugitivas
Crianças com necessidades especiais não tratadas
adequadamente
Sempre que um direito não é respeitado de forma permanente
tornando a criança vulnerável, a consequência é que essa
criança torna-se vulnerável também em outros direitos.
2. Reagir a) Identifica como a criança manifesta Como a criança manifesta as suas necessidades:
adequadamente as suas necessidades. Através da fala (ex. “Eu quero/ preciso…”)
às necessidades b) Distingue desejos e necessidades Através de uma acção (ex.: bater a mesa)
da criança substituintes das necessidades e Através de um comportamento (ex. ser apático)
indica como reagir adequadamente Através duma atitude (ex. ter interesse ou não)
em cada caso. Através da linguagem não-verbal (ex. mímica)
c) Identifica condições que devem ser
criadas para a criança satisfazer as Necessidades:
suas necessidades respondendo ao São necessidades básicas, necessidades de
mesmo tempo à diversidade das desenvolvimento e aprendizagem e necessidades sociais
necessidades numa instituição. (veja hierarquia das necessidades no modulo 1)
d) Cria um ambiente que permite à
36
criança satisfazer ela própria as suas Têm a função de servir ao desenvolvimento da criança/
necessidades ou a participar na sua são a força motriz do desenvolvimento da criança
satisfação e explica a importância Por isso ignorar estas necessidades pode criar problemas
disso. no desenvolvimento da criança
e) Ajuda a criança a satisfazer as suas
necessidades de forma adequada e Desejos:
explica a importância de agir desta Differem-se das necessidades uma vez que a falta da sua
maneira. satisfação não cria problemas no desenvolvimento duma
f) Nomeia como as crianças aprendem criança/ a sua satisfação não é indispensável para o seu
a respeitar as suas necessidades e desenvolvimento. Exemplos: “Quero sorvete.”
as das outras. A satisfação repetitiva de certos desejos pode criar
dependência (ex.: consumir açúcar, assistir televisão)
Evidências Requeridas
Necessidades substituintes:
Evidência escrita: São necessidades ou desejos que subsituem
O formando... necessidades que não são satisfeitas.
Distingue desejos e necessidades A falta de satisfação da necessidade substituída por esta
substituintes das necessidades e necessidade substituinte traz problemas no
indica como reagir em cada caso. desenvolvimento da criança
Identifica como a criança manifesta Exemplos:
as suas necessidades o Criança exige doces ou brinquedos para substituir a
Identifica condições que devem ser falta de amor
criadas para a satisfação das o Criança para de brincar e quer sempre escrever
necessidades das crianças letras e números para substituir a necessidade de ser
respondendo ao mesmo tempo à sua amada incondicionalmente (porque os pais apenas
diversidade numa instituição estão satisfeitos quando a criança “aprende bem”)
Explica a importância de criar um
ambiente que permite à criança Reagir adequadamente quando criança mostra uma
satisfarzer ela própria as suas necessidade ou desejo:
necessidades ou a participar na sua 1. Procurar identificar se se tratar duma necessidade, dum
satisfação desejo ou duma necessidade substituinte orientando-se
Explica a importância de criar um nas seguintes perguntas:
ambiente que permite a criança o “A permanente falta de satisfação daquilo que a
satisfazer as suas necessidades de criança quer pode criar problemas no desenvolvimento
forma adequada dela ou não?”/ “A satisfação daquilo que a criança quer
Nomeia como as crianças aprendem tem algo que pode contribuir para o desenvolvimento
a respeitar as suas necessidades e dela?”
as de outras crianças. o Por atrás daquilo que a criança quer haverá ou não
uma necessidade que não está sendo satisfeita?
Demonstração real ou simulada: 2. Se se tratar duma necessidade:
O formando responde às necessidades Respeitar agindo de acordo com o que aprenderão a
das crianças de acordo com os critérios seguir
de desempenho d) e e). 3. Se se tratar dum desejo:
pode satisfazer ou não dependendo da decisão do
(Todos os critérios de desempenho que adulto
não foram possíveis avaliar na Limitar se tiver potencialidade de criar dependência
demonstração real devem ser avaliadas 4. Se se tratar duma necessidade substituinte
numa demonstração simulada.) Limitar se tiver potencialidade de criar dependência
Procurar identificar a necessidade que não está
sendo satisfeita (a necessidade substituída)
Criar condições para esta necessidade seja satisfeita.
37
actividades e uma diversidade de materiais que permitem
o a satisfação das necessidades observadas nas
crianças
o que por escolha livre várias crianças podem
satisfazer uma variedade de necessidades diferentes
ao mesmo tempo
Desenvolver um sistema de organização dentro da
instituição
o Entre os educadores (ex. que cada educador fica
responsável por certa área)
o Regras que permitem que não haja confusão (ex.
limitar o números de crianças que podem entrar
numa área de actividades)
Materiais de diferentes níveis de dificuldade
Realizar uma variedade de actividades dirigidas que
incluem os seus diferentes interesses
38
de responsabilidade duma pessoa
A criança tem a necessidade/o direito a satisfazer as suas
necessidades por si própria
3. Identificar abuso a) Explica o mecanismo de auto- O mecanismo de auto-regulação duma criança pode ser
sexual na regulação duma criança, como ele comparado com o funcionamento duma célula que com ajuda
39
criança, explicar pode ser danificado e quais as do seu núcleo e da sua membrana semi-aberta sabe responder
como prevenir, e possíveis consequências dessa adequadamente às influências que vêm de fora (abrir ou
responder danificação. fechar-se quando for preciso)
adequadamente b) Identifica como ajudar a prevenir o Uma criança com este mecanismo em função:
à situação de abuso sexual da criança. Sabe distinguir entre o que é bom e o que não é para ela
abuso c) Identifica crianças abusadas através Mostra motivação intrínseca (abre-se) em relação às
de uma lista de sintomas coisas que podem servir ao seu desenvolvimento
manifestadas pela criança. Fecha-se perante aspectos prejudiciais a ela
d) Reage adequadamente quando Procura ajuda e orienta-se em pessoas de referência em
confrontado com a situação duma momentos onde não tem conhecimentos suficientes para
criança provavelmente sexualmente decidir se algo é bom ou é mau para a sua vida
abusada. Uma criança deste tipo é mais protegida perante o abuso
sexual!
Evidências Requeridas
O mecanismo de auto-regulação pode ser danificado:
Evidência escrita: Quando não respeitados/ feridos os limites físicos, psico-
O formando... emocionais e/ ou cognitivos duma criança
Explica o mecanismo de auto- Exemplos:
regulação, como ele pode ser Ferir limites físicos: lavar o corpo da criança duma
danificado e quais as possíveis maneira rápida e não respeitosa
consequências dessa danificação Ferir limite emocional: dizer à criança no hospital “ah, não
Identifica como ajudar prevenir o dói, não precisas gritar” quando ela for picada
abuso sexual Ferir limite cognitiva: ensinando a criança conteúdos dos
quais ainda não demonstrou interesse, maturidade ou
Demonstração simulada: capacidade
O formando...
Identifica através de uma lista de Consequências de danificar o mecanismo de auto-regulação:
sintomas uma criança Uma criança cujo mecanismo de auto-regulação está
provavelmente abusada estragado...
Reage adequadamente sendo Não sente o que lhe faz bem e o que lhe faz mal e fica
confrontado com uma criança dependente de outros neste assunto
provavelmente sexualmente Fica demasiado aberta ou demasiado fechada perante
abusada. influências de fora
Desenvolve uma relação extrema perante autoridades (ou
aceitação demasiada ou rebeldia perante autoridades)
Uma criança deste tipo fica demasiada frágil e assim vulnerável
perante o abuso sexual!
40
Comportamentos regressivos e/ou agressivos, sonolência
excessiva, perda ou excesso de apetite
Comportamentos sexuais inadequados para a idade ou
compulsivos,
Baixa auto-estima, insegurança, busca de isolamento e
auto - injúria
Insónia, pesadelos ou ansiedade ou depressão
Mentiras
Ataques de pânico
Dificuldade cognitiva ou de aprendizagem ou problemas
de atenção
Lesões, hematomas e outros ferimentos frequentes sem
uma explicação clara sobre a sua origem
Doenças sexualmente transmissíveis
Fugas de casa
Medo generalizado ou medo de adultos estranhos, no
escuro, de ficar sozinho e de ser deixado próximo ao
potencial agressor ou de certos lugares
Roubo ou pedir em demasiado
Tentativas de suicídio
Sem vínculo afectivo com os pais
Deve perceber que um tipo de abuso pode estar associado a
outros tipos de abuso.
41
Promover comportamento social nas crianças
Ficha individual 2:
Parte I: Observação:
Identificar os interesses, capacidades e dificuldades da
criança.
Parte II: Ambiente e o historial:
a) Identificar aspectos do ambiente da instituição que
podem reforçar ou agravar o comportamento da
42
criança
b) Identificar causas prováveis no historial da vida da
Evidências Requeridas criança e na situação familiar8.
(Parte III apenas se preenche em relação à crianças com
Evidência escrita: NEE - ver módulo 3)
O formando... Parte IV: Actividades para promover o desenvolvimento
Nomeia possíveis comportamentos da criança (para melhorar o ambiente institucional ou
desviantes familiar e para lidar com o comportamento da criança)
Identifica razões por detrás dum
comportamento desviante instantâneo Razões por detrás de comportamentos desviantes:
ou permanente Comportamentos desviantes não são causados pela
Exemplifica ambientes não adequados maldade da criança, mas sim tem uma razão por detrás
para o desenvolvimento duma criança que leva a criança a agir desta maneira
que provocam comportamentos Na maioria dos casos são:
desviantes Sinal de alarme sobre um ambiente não adequado
Exemplifica os dois tipos de imitação para o desenvolvimento da criança
de modelos de pessoas de referência Imitação directa ou oposta do modelo das pessoas
pelas crianças descreve o impacto da de referência (seguir um modelo)
imitação inversiva. Por vezes:
Doenças
Demonstração real: Mudanças na vida da criança
Os formandos, em pequenos grupos, Ex.: A criança ‘é nova na instituição de infância e
realizam um debate tipo “pro” e “contra” no chora por ficar isolada das suas pessoas de
qual um grupo argumenta a favor e um referência
outro contra o costume de chamar uma
criança com comportamento desviante Comportamentos desviantes instantâneos e
“criança chata”, trocando depois os papeis permanentes:
Dependendo da gravidade, cada um desses
Produto:
aspectos pode levar a criança a ter comportamentos
Os formandos, em pequenos grupos ou
desviantes:
individualmente, identificam na sua
o Instantâneos (só num momento/ num dia/
instituição de prática duas crianças com
de vez em quando)
comportamento desviante e preenchem,
o Permanentes (durante várias dias, meses
em relação a cada criança, a Parte I da
ou anos)
Ficha individual 2.
Crianças com comportamentos desviantes
permanentes são crianças vulneráveis.
8O formando irá aprender a recolher a informação da família de maneira mais sistemática no Módulo 6: Analisar em equipa o
desenvolvimento da criança e colaborar com a família.
43
Ex.: Crianças não permitidas a tomarem decisões por
si próprios, a agirem com autonomia
Falta de participação e de ser levado a sério
Ex.: Uma criança com necessidades especiais que
fica sempre ao lado e não é envolvida nas actividades
na instituição
Ex.: Ninguém ouve as ideias ou outras expressões da
criança.
Falta de condições para um desenvolvimento pleno
Ex.: Uma instituição de infância com pouco espaço no
pátio em relação ao número de crianças
Falta de tempo para movimentar-se, brincar e interagir
livremente com outras crianças
Ex.: As crianças apenas têm 15 min de actividades
livres durante a manhã.
Falta de estímulos no ambiente e falta de condições
que permitam às crianças experimentarem
Ex.: Crianças não encontram um lugar onde podem
experimentar os aviões que construíram e sobem
continuamente às mesas
Estimulação demasiada e inadequada
Ex.: música alta e sem intervalo, barulho de estrada,
assistência demasiada à televisão, assistência de
programas não adequados
44
2. Apoiar a) Fundamenta as atitudes adequadas Atitudes adequadas para lidar com crianças com
adequadamente a para lidar com crianças com comportamentos desviantes:
criança com comportamentos desviantes. Ver cada criança como uma pessoa boa
comportamento b) Nomeia os passos de como responder Reconhecer os comportamentos deles como sinal de
desviante adequadamente aos comportamentos alarme ou imitação das pessoas de referência
desviantes e explica porquê agir desta Mostrar uma atitude calma e de amor perante a
maneira. criança porque o que é mau é o comportamento e
c) Procura entender com colegas/ pais o não a criança
que no ambiente da criança pode estar
a causar o comportamento e acorda Passos de como responder adequadamente aos
com colegas/pais sobre como melhorar comportamentos desviantes:
o ambiente na instituição ou em casa e Limitar logo um comportamento que afecta
preenche as Partes II e IV da Ficha negativamente aos outros/aos objectos
individual 2. Procurar em equipa e com os pais entender o que no
d) Acorda com colegas/ pais sobre como ambiente da criança (na instituição, em casa) pode
reagir perante a criança duma maneira causar o comportamento
não manipulativa e preenche a Parte IV Acordar com colegas / pais sobre o que deve ser
da Ficha individual 2.9 feito para melhorar o ambiente na instituição e/ou em
e) Analisa a qualidade de conversas em casa
equipa ou com pais sobre uma criança Acordar com colegas/ pais sobre como reagir perante
com comportamento desviante. a criança duma maneira não manipulativa
f) Resume a função do choro e como lidar
Implementar na instituição o que foi decidido ou/ e
com crianças que choram.
acompanhar os pais nessa implementação
Contactar os serviços adequados se a causa é
Evidências Requeridas derivada de alguém próximo da criança e agir com
cuidado para não deixar a criança ainda mais
Evidência escrita:
vulnerável a situação
O formando...
Fundamenta as atitudes adequadas
Porquê agir desta maneira:
para lidar com crianças com
Como os comportamentos desviantes na maioria dos
comportamentos desviantes
casos são causados por um ambiente não adequado
Nomeia os passos de como para o desenvolvimento da criança e maus modelos das
responder adequadamente aos pessoas de referencia, a mudança do comportamento em
comportamentos desviantes e explica primeiro lugar exige melhorar o ambiente da criança (por
porquê agir desta maneira ex. na instituição e/ ou em casa) ou o comportamento da
Resume a função do choro e como pessoa de referencia ao invés de fazer um tratamento
lidar com crianças que choram. com a criança forcando-a a mostrar o comportamento
social desejado. A eliminação das causas do
Demonstração simulada: comportamento desviante leva a criança a parar o
O formando responde adequadamente aos mesmo.
comportamentos desviantes das crianças
de acordo com os critérios de desempenho Exemplos de maneiras não manipulativas de reagir
c) e d). perante crianças:
Ex 1: Criança hiperactiva
Demonstração real: Não dar remédios para acalmar a criança
Os formandos, em pequenos grupos,
Não se concentrar em treinar a criança para se
analisam a qualidade duma conversa em
mostrar um comportamento calma
equipa ou com pais sobre uma criança com
Permitir à criança a interagir livremente num
comportamento desviante.
ambiente estimulante com muito espaço e objectos a
explorar e não obrigá-la a participar em actividades
Produto:
que exigem muita concentração
Os formandos, em grupos pequenos,
preenchem as Partes II e IV da Ficha Levar a criança com firmeza a agir de acordo com as
regras estabelecidas na instituição
9Neste módulo as actividades serão realizadas apenas de forma simulada, contudo no módulo sobre famílias (Módulo 6) já serão realizadas
de forma real.
45
individual 2 na base dos critérios de Dar muita atenção e carinho a esta criança, não só
desempenho c) e d). em momentos de conflito
3. Ajudar a criança a a) Descreve a diferença entre regras e Exemplos de bons hábitos de comportamento social:
praticar bons bons hábitos de comportamento social Cumprimentar e despedir
hábitos de e como intervir em cada situação. Limpar o nariz de forma adequada
comportamento b) Justifica porquê o educador deve Fechar a porta/ carregar cadeiras em silêncio
social praticar as bons hábitos de Sentar-se de maneira correcta
comportamento social que quer que as Fechar a boca ao comer
crianças pratiquem.
c) Ajuda a criança de forma respeitosa a Diferença entre regras e bons hábitos de comportamento
praticar bons hábitos de social:
comportamento social. Regras são imprescindíveis para o convívio e não
podem ser quebradas de qualquer maneira. - O
educador deve intervir imediatamente.
Bons hábitos de comportamento social não são
imprescindíveis para o convívio. - Falta de bons
hábitos de comportamento social não exige uma
46
Evidências Requeridas intervenção imediata do educador.
Evidência escrita:
Porquê o educador deve praticar as bons hábitos que
O formando…
quer que as crianças pratiquem:
Descreve a diferença entre regras e Porque o ser/ o modelo do educador tem o maior impacto
bons hábitos de comportamento social na educação. (“O factor mais eficaz é como o educador
e a maneira adequada de intervir em é; em segundo lugar, o que faz; e, em terceiro, o que ele
cada situação diz.”- citação de Romano Guardini)
Justifica porque o educador deve
praticar os bons hábitos que ele quer Como ajudar a criança de forma respeitosa a praticar
que as crianças pratiquem. bons hábitos de comportamento social:
1. Não envergonhar e não corrigir o comportamento da
Demonstração real ou simulada: criança
O formando ajuda a criança de forma 2. Em vez disso convidar mais tarde (não no mesmo
respeitosa a praticar bons hábitos de momento) 3-5 crianças, incluindo essa criança, a
comportamento social. participar numa pequena demonstração.
3. Fazer demonstração do bom hábito de
comportamento social a esse pequeno grupo de
crianças
4. Deixar cada criança repetir/ imitar a demonstração
Se a criança continuar com o mesmo
comportamento – não corrigir, mas convida-la para
uma nova demonstração, num outro dia com outras
crianças
47
Analisar em equipa o desenvolvimento da criança e colaborar com a família
48
Caderno de observação das crianças:
Existente em cada instituição ou para cada grupo
de crianças, esse caderno de capa dura inclui os
nomes e reserva 5 páginas para cada criança. No
início contem a lista das competências que cada
criança pode desenvolver (copiado da Ficha
individual 1). Ao longo do ano, os educadores
podem anotar situações que observaram numa
dada criança em relação a quaisquer
competências alistadas na lista. Este caderno
serve como apoio para o preenchimento da Ficha
individual 1.
2. Comunicar com o pais a) Comunica com os pais de uma Comunica com os pais de uma maneira
sobre o maneira respeitosa e eficaz tomando respeitosa e eficaz tomando em consideração a
desenvolvimento da em consideração a sua cultura e sua cultura:
criança e acordar dinâmicas do género na família. O educador não deve ter preconceitos em
acções caso necessário b) Comunica com a família sobre o relação à origem cultural ou económica dos
desenvolvimento da criança na base pais e deve procurar perceber as razões por
da Ficha individual 1 e acorda acções detrás de comportamentos dos pais que
possíveis para apoiar caso poderá achar estranho
necessário. Quando o educador fala de maneira
c) Planifica como acompanhar os pais autoritária está a impor ao invés de consultar
na implementação das acções de e de envolver. Como consequência disso os
apoio à criança. pais não participam e não implementam as
acções ditadas. Falar como igual no
interesse da criança, procurar opinião,
acordar
Se os pais aceitam a opinião do educador
como certa e sem questionar, criar uma
relação próxima com os pais incentivando ao
mesmo tempo um a crítica construtiva numa
atitude humilde e de aprendizagem
Se os pais falam o que é esperado deles ao
invés de dar a sua opinião real, criar um
ambiente e um relacionamento que encoraja
os pais a terem coragem de dizer o que
pensam
49
Evidências requeridas Multiculturalismo - procurar perceber as
várias características culturais
Demonstração real ou simulada: O educador não deve ter preconceitos em
O formando comunica com a família sobre relação à origem cultural ou económica dos
o desenvolvimento da criança e acorda pais e deve procurar perceber as razões por
acções possíveis de acordo com os detrás de comportamentos dos pais, que
critérios de desempenho a) e b). poderá achar estranho
50
ambiente familiar está a causar o
comportamento desviante da criança Necessidades especiais (NEE) referem-se a:
e preenche a parte II da ficha Necessidades especiais físicas, auditivas,
individual 2. da visão, da fala /linguagem
d) Acorda com a família possíveis Necessidades especiais mentais
acções para apoiar a criança com Necessidades especiais da aprendizagem
comportamentos desviantes, Necessidades especiais sociais e
preenchendo a parte IV da ficha emocionais
individual 2. Necessidades especiais múltiplas
Autismo
Evidências requeridas Síndroma de Dawn
Demonstração real ou simulada:
O formando comunica com a família Exemplos de comportamentos desviantes:
sobre o desenvolvimento da criança e Choro constante
acorda acções possíveis de acordo Agressividade
com os critérios de desempenho dos Timidez
elementos 2 e 3. Dependência
O formando comunica com a família
sobre a sua criança com Acções gerais para apoiar a criança com
necessidades especiais ou comportamentos desviantes a acordar com os
comportamento desviante de acordo pais:
com os critérios de desempenho a) a O que fazer para melhorar o ambiente
d). familiar
Como reagir perante a criança de maneira
Produto: respeitosa e nao impositiva (sem impor a
O formando… sua vontade)
Preenche em pequeno grupo as Comportamentos desviantes na maioria dos
partes I, II, III e IV da Ficha individual casos são causados por um ambiente não
2 em relação a uma criança com NEE adequado para o desenvolvimento da criança e
Preenche em pequeno grupo as por isso em primeiro lugar exigem mudanças no
partes I, II e IV da Fcha individual 2 ambiente a volta da criança (por ex. na instituição
em relação a uma criança com e/ ou em casa) ao invés dum tratamento da
comportamento desviante. criança.
NOTA:
Para intervenções e conteúdos respectivos a
comportamentos desviantes consulte UC 5, nível
4: Promover comportamento social nas crianças.
Para intervenções e conteúdos respectivos a
necessidades especiais consulte UC3, nível 4:
Aplicar Educação Inclusiva.
51
Cuidar dos bebés (crianças de 2 meses até aos 2 anos de idade)
Código: Nível do 4
QNQP:
Campo: Educação Sub Campo: Educação de infância
Data de Registo: Data de Revisão do
Registo:
Elementos de Critérios de Desempenho Contextos de Aplicação
Competência
1. Observar os bebés a) Observa, na base de critérios definidos, como Momentos de processos diários:
em momentos de são realizados os momentos de processos Chegada e saída
processos diários e diários com os bebés. Asseio
analisar as suas b) Analisa as suas observações comparando Alimentação
observações diferentes práticas no cuidado dos bebés. Higiene
c) Descreve e identifica como acompanhar os Repouso
bebés nos processos diários com respeito,
segundo a Educação Centrada na Criança. Critérios de observação:
d) Observa o bebé para perceber as suas rotinas, Relação entre educador e bebé
ritmos e preferências. Interacção e comunicação entre
e) Observa os bebés identificando os seus sinais educador e bebé
e analisa o seu significado.
Participação do bebé nos processos
diários
Evidências Requeridas Comportamento do bebé (alegre, activo,
aberto ou não)
Evidência oral ou escrita:
Ambiente (adequadamente preparado
O formando descreve e identifica como
ou não)
acompanhar os bebés nos processos diários com
respeito, segundo a Educação Centrada na
Comparar diferentes práticas tem a ver com:
Criança.
Dizer, com base em suas palavras e com
exemplos concretos, o que se faz no cuidado
Produto:
dos bebés e até que ponto as diferentes
O formando...
praticas promovem ou não o desenvolvimento
Anota as suas observações em relação a cada dos bebés
momento de processos diários, e compara
diferentesr práticas observadas nas instituições
Acompanhar os bebés nos processos diários
em relação a cada critério de observação
com respeito:
Anota as suas observações em relação às
Criar relação amorosa, próxima, individual
rotinas, rítmos e preferências dum bebé
e respeitosa entre educador e bebé
Anota as suas observações em relação aos o Não agir com pressa
sinais de 3 bebés, analisando o significado dos o Respeitar o rítmo do bebé
mesmos.
52
o Tratar o corpo do bebé com
sensibilidade e respeito
o Dar atenção completa ao bebé que
estiver a cuidar de momento (não
fazer várias coisas ao mesmo
tempo)
o Escutar e responder atentamente
aos sinais, sons e palavras do bebé,
o Falar em voz suave
o Acompanhar cada acção com
palavras simples que descrevam o
que o educador/ o bebé está a fazer
Permitir a participação do bebé
o Respeitar os sinais que o bebé
emite, por ex. que quer parar de
comer, que quer fazer algo sozinho,
que precisa de água mais fria,
Prepara um ambiente adequado para cada
momento de processos diários:
o Lugar adequado
o Materiais adequados e suficientes
2. Ajudar os bebés a a) Comunica com o bebé com respeito e amor Comunicar com bebé com respeito inclui:
fazer a transição de no momento de chegada. Acompanhar a despedida dos pais com
casa para o centro e b) Nomeia duas formas de agir quando uma uma conversa alegre e divertida com o
do centro para a nova criança chora no momento de chegada. bebé
casa c) Comunica com os pais sobre como agir Usar sinais e palavras que transmitam
quando o bebé chora no momento de confiança para criança
chegada e porque agir desta maneira, e age Falar com voz normal
adequadamente nestas situações. Dar carinho antes e após qualquer acto
d) Estimula os pais a acompanharem o bebé até ou procedimento com o bebé
adaptar-se à instituição. Nunca pegar no bebé directamente da
e) Indica como prolongar o lar do bebé para a mãe/ pai, mas encorajar a mãe/ pai a
instituição. colocar o bebé no tapete e convidar a
f) Identifica como manter conversas à porta na mãe/o pai a ficar perto por um tempo. O
hora de saída e explica a sua importância. educador fica próximo para, se for
necessário, abaixar-se à altura da
53
Evidências Requeridas criança para acompanhá-la
Evidência escrita:
Duas formas de lidar com bebés que choram
O formando...
no momento de chegada nas primeiras
Nomeia duas formas de agir quando uma nova semanas:
criança chora muito no momento de chegada
Agir, de forma respeitosa, nos
Indica como prolongar o lar do bebé na momentos da chegada do bebé
instituição
Se os pais tiverem muito tempo:
Identifica como manter conversas à Estimulá-los a acompanhar o bebé até
porta na hora de saída e explica a sua ele adaptar-se à instituição
importância
Comunicar com os pais sobre como agir com
Demonstração real ou simulada: respeito quando o bebé chora no momento de
O formando: chegada:
Comunica com o bebé com respeito e Comunicar sobre a tristeza no processo
amor no momento de chegada de separação de ambos (criança assim
Comunica com os pais sobre como agir como a mãe)
quando a criança chora no momento da Comunicar aos pais sobre o perigo de
chegada e porque agir desta maneira deixar bruscamente o bebé
Reage adequadamente perante a criança Comunicar com os pais sobre a
que chora no momento da chegada importância de não fugir da creche sem
Estimula os pais a acompanharem o se despedir
bebé até se adaptar à instituição (A criança apenas se cala no
momento em que é enganada, mas
depois chora mais e perde a
confiança nos seus pais)
Comunicar sobre a importância de se
despedir com amor e clareza/ firmeza
o Com amor para a criança saber que
é amada, mesmo que os pais saiam
o Com clareza/ firmeza para não
dificultar o processo de separação
para o bebé
o Com clareza/firmeza para evitar que
o desespero da mãe/ pai afecte o
bebé
Comunicar com os pais sobre a
importância de terem confiança na
capacidade do educador de cuidar do
bebé
o A criança sente esta confiança dos
seus pais o que lhe ajuda a também
criar confiança na educadora
54
o Aceitar a expressão de dor em lugar
de limitar o choro
o Assumir a função de espelho -
descrever como a criança está a
sentir-se
o Ficar calma, presente e atenta
mesmo que o choro leve muito
tempo
o Não mentir, ameaçar ou prometer
algo ou envergonhar a criança para
acabar com o choro
55
3. Cuidar da a) Prepara um ambiente adequado para a Ambiente adequado para a alimentação:
alimentação dos alimentação dos bebés. Mesas/cadeiras à altura dos bebés que
bebés de forma b) Indica como dar alimentação de forma permitem o bebé mover-se e levantar-se
adequada saudável e segura. ou um outro lugar confortável (que
c) Comunica com os bebés durante a permite que o bebé fique encostado)
alimentação. Lugar limpo e fácil de limpar (ex.,
d) Define como promover autonomia nos bebés e tijoleiras do chão e das paredes)
como tratá-los com respeito, durante a Lugar calmo, distante das outras
alimentação, age adequadamente, e explica a actividades
importância de agir desta forma. Lugar para a mãe amamentar o bebé, se
puder
Evidências Requeridas
Evidência escrita: Alimentação de forma saudável e segura:
O formando... Alimentação que corresponde à faixa
Indica como dar alimentação de forma saudável etária dos bebés (sopas, purés e papas
e segura a partir dos 6 meses, alimentos para
Define como promover autonomia nos bebés e adultos a partir de 12 meses)
como tratar-lhes com respeito durante a Alimentação nutritiva
alimentação e explica a importância de agir Alimentos frescos/dentro do prazo de
desta forma. validade
Comidas preparadas em condições
Demonstração real ou simulada: higiénicas (utensílios e ambiente
O formando cuida da alimentação dos bebés de higiénicos assim como alimentos
acordo com os critérios de desempenho c) e d). processados dentro das normas de
Aspectos que não forem possíveis de observar higiene).
devem ser avaliados através duma demonstração Água fervida e arrefecida para os bebés
simulada. Não oferecer biberão a um bebé quando
estiver deitado
Produto: Coordenação entre a família e a
Os formandos, individualmente ou em grupos instituição na introdução de novos
pequenos, preparam um ambiente adequado para alimentos aos bebés
os processos de alimentação dos bebés e
entregam uma lista com propostas de como ainda Comunicar com os bebés durante a
melhorar este ambiente. alimentação:
Manter bebés acordados e alegres
durante a alimentação
Estimulá-los a comer com palavras
calmas e carinhosas
Descrever com palavras simples o que
acontece e o que a criança mostra como
sinais
Retirar o prato quando a criança não
quiser comer sem moralizar nem
envergonhar
56
(não quer comer mais, a comida é muito
quente, quer fazer algo sozinho)
Deixar o bebé fazer por si próprio tudo o
que já sabe fazer, permitindo um
desenvolvimento progressivo (pegar
biberão pegar colher, meter a colher na
boca, recolher comida com a colher e
meter na boca….) até o bebé comer
sozinho
Reconhecer o deixar cair da comida
como um processo normal para a
autonomia na alimentação do bebé
Usar pratos com desenhos para
estimular os bebés para estimular a
comerem com mais vontade
57
Produto: Comunicar com os bebés no momento de
Os formandos, individualmente ou em grupos asseio:
pequenos, preparam um ambiente adequado para Tornar os momentos de higiene em
os processos e higiene do bebé e entregam uma momentos agradáveis (desenvolvendo o
lista com as propostas de como ainda melhorar gosto pela higiene e pela água)
este ambiente. Acompanhar cada acção com palavras
simples que descrevem o que ele ou o
bebé está a fazer ou a sinalizar. Desta
forma:
o Dá segurança ao bebé sobre aquilo
que acontece com ela
o Cria uma relação íntima de forma
que a criança se sinta amada
o Permite o bebé criar uma boa
relação com o seu corpo
o Desenvolve a linguagem do bebé
(ao falar estimula-se, por ex. as
cordas vocais e o cérebro)
Comunicar de forma interactiva
respeitando a estrutura duma boa
comunicação (não interromper a fala do
bebé)
Desenvolve capacidades básicas de
comunicação (ouvir e falar)
Fazer jogos (com água, com partes de
corpo) e massagens suaves
Acarinhar o bebé e cantar canções
58
outras pessoas e seres vivos
o Contribuirá na prevenção do abuso
sexual de crianças
5. Cuidar do repouso a) Prepara um ambiente adequado para o Preparar ambiente adequado para o repouso:
dos bebés de forma repouso do bebé. Diminuir demasiados estímulos de luz (luz
adequada b) Acompanha o bebé no processo do repouso. natural, de preferência), usar cortinas etc.
c) Promove a autonomia e trata os bebés com Assegurar que a sala tenha pouco barulho,
respeito nos momentos de repouso. ex., não se reunir na sala de repouso do
bebé
Assegurar que a sala esteja bem ventilada
Cuidar para que as camas dos bebés
59
tenham, pelo menos, no mínimo 60 cm de
distância, para prevenir infecções
Evidências Requeridas Assegurar a lavagem regular dos lençóis e
a limpeza do espaço
Demonstração real:
O formando cuida do repouso do bebé de acordo Como acompanhar os bebés no momento de
com os critérios de desempenho b) e c). repouso:
Respeitar o rítmo biológico do bebé e o
Produto: jeito que ele tem de dormir (com uma
Os formandos, individualmente ou em grupos história, canção, carinho, silêncio, etc.)
pequenos, preparam um ambiente adequado para o Permitir que o bebé traga um brinquedo ou
repouso do bebé e entregam uma lista com objecto preferido para a creche que lhe
propostas sobre como ainda melhorar este conforta na hora de repouso
ambiente. Não prolongar o repouso do bebé em seu
benefício (para o educador também
descansar)
Dar carinho (não beijando) a uma criança
na sua cabeça e dizer palavras de conforto
quando ela tiver pesadelos ou problemas
de apanhar sono
Se for preciso, procurar outros meios que
ajudem o bebé a apanhar sono (ex.
carregar nos seus braços)
Não obrigar o bebé a dormir se não tiver
sono
60
Estimular o desenvolvimento dos bebés
Código: Nível do 4
QNQP:
Campo: Educação Sub Educação de infância
Campo:
Data de Registo: Data de Revisão do
Registo:
Elementos de Critérios de Desempenho Contextos de Aplicação
Competência
1. Explicar a a) Explica a importância de estimular o Importância de estimular o desenvolvimento dos bebés:
importância de desenvolvimento dos bebés. A estimulação cria bases para toda a aprendizagem
estimular o b) Resume o desenvolvimento padrão dos no futuro (aproveitando que o cérebro nesta idade é
desenvolvimento bebés. muito sensível e maleável)
dos bebés, c) Explica como é que os bebés aprendem. A estimulação reforça relacionamento agradável e
observar os bebés, d) Observa com atenção como os bebés no estável com os seus encarregados
e identificar como 1o e 2o ano agem em momentos A estimulação desperta interesse e motivação no
os bebés se diferentes, fazendo notas detalhadas. bebé para explorar e aprender mais
desenvolvem e e) Analisa e compara sistematicamente
aprendem as suas observações dos bebés com seus Características do desenvolvimento padrão dos bebés
conhecimentos de como os bebés se incluem:
desenvolvem e aprendem. Área sensório-motora:
De estar deitado até levantar a cabeça, rolar, sentar,
Evidências Requeridas gatinhar, ficar de pé, e andar
Dos movimentos grossos aos movimentos finos (dos
Evidência escrita:
dedos)
O formando...
De pegar com toda a mão até pegar com os dedos
Explica a importância de estimular o
desenvolvimento dos bebés Dos reflexos aos movimentos voluntários
Resume alguns princípios gerais e O tempo desperto aumenta gradualmente
passos concretos de como os bebés se Área cognitiva:
desenvolvem em pelo menos 2 áreas Predomina a aprendizagem sensorial/ através das
Explica em detalhe suficiente como é acções com objectos
que os bebes aprendem. Gradualmente desenvolve-se a memoria e outras
funções mentais (ter objectivo, focar atenção)
Produto: Gradualmente percebe a permanência de objectos e
O formando: pessoas
observa um bebé do 1º ano e um bebé do
2º ano, cada em dois contextos Área social:
diferentes, preenchendo com detalhe o Da aceitação espontânea de todos, até ao apego às
caderno de notas pessoas preferidas a volta dos 6 meses
Dos jogos solitários aos jogos paralelos e de imitação
61
Analisa e compara as suas observações Reconhecimento de si próprio, a volta dos 18 meses
com seus conhecimentos sobre Uso de adultos de confiança para referência social
desenvolvimento e aprendizagem dos (‘posso fazer algo ou não?’), a partir das 9 meses
bebés.
Área de linguagem:
Do escutar e imitar ao reproduzir os sons e as
palavras
Dos sons às sílabas, às ‘conversas inventadas’, às
palavras curtas, às frases curtas (sem regras
gramáticas)
Inicialmente predomina comunicação não-verbal
(olhar, mudar expressões da cara, chorar, rir,
apontar...)
2. Preparar um a) Descreve os critérios básicos de higiene e Critérios básicos de higiene e segurança na sala dos
ambiente físico segurança na sala dos bebés, e colabora bebes incluem:
seguro e estimulante na preparação adequada da sala. Sala limpada uma vez por dia no mínimo
para os bebés no b) Descreve os elementos que tornam a sala Sala tranquila, com baixa incidência de ruídos e de
interior e estimulante para os bebés do 1o ao 2o carros
acompanhá-los a ano. Espaço longe da qualquer poluição, bem arejado,
explorá-lo livremente c) Descreve os materiais de baixo custo que com paredes laváveis
estimulam o desenvolvimento dos bebés, As instalações eléctricas bem protegidas
e disponibiliza-os aos bebés. Portas móveis que impossibilitam a saída dos bebés
d) Descreve e produz, de acordo com da sua área de recreação
critérios de qualidade, brinquedos para
Chão sem buracos e nem muito escorregadio
estimular diferentes competências nos
Móveis seguros e bancadas bem fixas
bebés.
e) Acompanha os bebes nas suas Sem sacos plásticos ou papéis impermeáveis
brincadeiras de maneira sensível e cuida Os brinquedos são adequados e seguros, limpados
da sua segurança. diariamente
f) Dá recomendações aos pais sobre como
acompanhar os bebés nas brincadeiras. A sala estimulante para os bebés inclui:
Cores suaves nas paredes e nas mobílias
Evidências Requeridas Imagens, capulanas, e espelhos ao nível visual dos
bebés; fotos das famílias das crianças
Evidência escrita: Superfícies diferentes para crianças tocarem (chão
O formando descreve... de madeira, de tijolos, tapetes etc.)
Os critérios básicos de higiene e Móveis (objectos pendurados que se mexem) ao
segurança na sala dos bebés nível das crianças
Os elementos da sala estimulante para Área calma e área para os movimentos; ambas com
os bebés do 1o a 2o ano materiais adequados
Os materiais de baixo custo e os
62
brinquedos que estimulam o
desenvolvimento dos bebés. 2o ano: Áreas definidas para diferentes actividades
(com livros, com blocos e carrinhos, com bonecas e
Produto: casa etc.)
Os formandos em grupos de 3 preparam as
bases duma sala segura e estimulante para Materiais de baixo custo que estimulam o
os bebés... desenvolvimento dos bebés incluem:
Com pelo menos metade dos critérios de Objectos diferentes da cozinha, de plástico ou de
higiene e segurança cumpridos madeira (peneiras, copos, bacias, panelas,
Com pelo menos 4 tipos de materiais garrafas, colheres...)
diferentes de baixo custo Objectos pequenos de casa e de natureza, para
Com pelo menos 6 brinquedos produzidos encher e esvaziar os recipientes (tampas, molas,
para estimular diferentes competências conchas, sementes grandes). NOTA:o tamanho dos
nos bebés. objectos deve prevenir que os bebés os possam
Os formandos entregam uma lista de engolir ou aspirar.
propostas do que ainda falta / como poderiam Objectos que se fecham e se abrem de maneiras
tornar a sala mais estimulante e segura para diferentes (garrafas, carteiras, pastas, panelas etc.)
os bebés. Objectos para subir, descer, entrar por dentro
(almofadas duras, bacias grandes, caixas)
Demonstração real: Objectos que oferecem sensações diferentes
O formando acompanha os bebés nas suas (tapetes macios e rígidos; cubos de gelo; gelatina
brincadeiras livres de maneira sensível e de varias cores; papel fino para rasgar etc.)
cuida da sua segurança. 2o ano: roupa e assessórios antigos para ‘faz-de-
conta’
Demonstração simulada:
O formando dá recomendações aos pais Brinquedos para estimular várias competências dos
sobre como acompanhar os bebés nas bebés incluem:
brincadeiras. Brinquedos para empurrar e puxar (carrinhos,
comboios, etc.)
Jogos de causa e efeito (ex., jogo de martelar)
Jogos simples (quebra-cabeças de 2-3 peças;
jogos de encaixar; loto)
Objectos para jogos de imitação e ‘faz de conta’
(bonecas, animais, carrinhos, produtos...)
Livros com partes para tocar, com imagens grandes
e simples
Pirâmides, blocos e outros brinquedos para
construir
Bolas de vários materiais, cores, e tamanhos
Materiais para desenhar, pintar, modelar
63
Interpretar as acções e comunicações da criança
para com outros bebés
Conversar com bebés em frases curtas
Apoiar interacções entre os bebés
Avisar aos bebés quando está na hora de entrar
para dentro
Encorajar os bebés a ajudar a arrumar no fim
3. Proporcionar a) Proporciona materiais diversos para os Materiais diversos para os bebés no espaço exterior:
materiais e bebés no espaço exterior. Plantas
experiências b) Oferece uma variedade de experiências Superfícies diferentes (relva, areia, etc.)
estimulantes aos aos bebés no exterior. Areia, água, diversos recipientes
bebés no espaço c) Acompanha os bebés no exterior de Cesta com brinquedos de dentro
exterior maneira sensível e cuida da sua Vários objectos para subir, descer, entrar por
segurança. dentro (bacias grandes, caixas, pneus, troncos de
árvores, latas grandes, palhotas)
Evidências Requeridas Baloiços e escorregas para bebés
Produto: Carrinhos simples ou objectos que podem servir
Os formandos em grupos de 3 preparam pelo de carrinhos
menos 6 tipos diferentes de materiais no Giz e tintas para pintar no chão
exterior para os bebés.
Experiências para os bebés no exterior incluem:
Os formandos descrevem o que ainda falta / Observar a natureza (plantas, insectos)
como poderiam tornar o espaço exterior mais Recolher e brincar com objectos de natureza
estimulante para os bebés. Observar pessoas e carros fora
Brincar com areia e água
Demonstração real: Desenhar no chão
O formando proporciona 2 experiências Empurrar e puxar carrinhos etc.
diferentes aos bebés, acompanhá-los de Movimentar-se de diferentes formas e por cima de
maneira sensível e cuida da sua segurança. superfícies variadas (relva, areia etc.)
64
Evidências Requeridas
Actividades para estimular capacidades sensório-motoras
Evidência escrita: e cognitivas no 1o ano incluem:
O formando descreve as características das Movimentar-se para atingir e agarrar objectos; passar
actividades com bebés. objectos de uma mão para a outra
Virar-se e rolar-se; movimentar braços e pés
Demonstração real: Baloiçar e dançar com o bebé
O formando...
Gatinhar até um objecto; mudar de direcção,
Prepara e orienta 2 actividades (sensório- ultrapassar obstáculos
motora e cognitiva; linguagem e social),
Rolar a bola
com bebés do 1o ano de vida, respeitando
Começar a andar com e sem suportes, à volta de
as características de actividades para
obstáculos, em superfícies diferentes
esta faixa etária
Rasgar papel
Responde às questões de autoavaliação
em relação a cada das actividades. Fazer experiências com areia e plasticina
Rabiscar com lápis grosso; pintar com dedos ou
pincel grosso
Manipular objectos: encaixar, tirar, entregar, fechar e
abrir, juntar e separar, fazer torres
Tocar e explorar qualidades de objectos (frio e
quente; com várias superfícies etc.)
Fazer jogos de escondidas (esconder e encontrar
imagens, objectos etc.)
5. Realizar actividades a) Realiza actividades para estimular Actividades para estimular capacidades sensório-
estimulantes com os capacidades sensório-motoras e motoras e cognitivas no 2o ano de vida incluem:
bebés do 2o ano de cognitivas nos bebés do 2o ano de vida. Andar com e sem suportes, à volta de obstáculos, em
vida b) Realiza actividades para estimular superfícies diferentes
capacidades sociais e da linguagem dos Andar, correr, saltar, gatinhar, rastejar, e fazer outros
bebés do 2o ano de vida. movimentos (ex., imitando animais, pessoas a
c) Avalia o seu desempenho nas actividades trabalhar)
com bebés. Fazer danças simples; lançar bolas
d) Dá recomendações das actividades Modelar com areia e plasticina
simples para fazer com bebés em casa, Rabiscar com lápis grosso; pintar com dedos ou
aos pais. pincel grosso; rasgar e colar o papel
Construir e desmontar vários objectos
Continuar a explorar propriedades de objectos
(macio-duro; pesado-leve; liso-áspero etc.)
Evidências Requeridas
65
Fazer jogos simples com peças (jogos de encaixar,
Demonstração real ou simulada:
quebra-cabeça, loto)
O formando...
Fazer jogos de escondidas (esconder objectos,
Prepara e orienta 2 actividades (sensório-
pessoas)
motora /cognitiva, de linguagem, ou
social), e descreve a 3a actividade10, com Fazer jogos de imitação (de actividades de
bebés no 2o ano de vida, respeitando as adultos etc.)
características de actividades para esta
faixa etária. Actividades para estimular a linguagem no 2o ano de vida
incluem:
Responde às questões de autoavaliação
em relação a cada das 2 actividades. Fazer jogos de sons, sílabas e palavras (ouvir e
imitar sons de animais, de carros etc.)
Demonstração simulada: Ouvir e contar juntos histórias simples com
O formando dá recomendações das base de imagens
actividades simples para fazer com bebés em Fazer jogos com nomes de objectos (pedir para
casa, aos pais. encontrar ou dizer o nome do certo objecto, parte do
corpo etc.)
Cantar canções com gestos e movimentos
Fazer passeios e falar sobre as coisas no caminho
10 A terceira actividade refere-se ao tipo de actividade que não foi demonstrada (sensório-motora /cognitiva, de linguagem, ou social).
66
Promover actividades dirigidas com as crianças e os encontros de reflexão e planificação
Competências-chave de crianças:
Sensório-motoras, cognitivas, linguísticas, sócio-
morais, pessoais
67
Identificar passos lógicos para desenvolver
competências definidas significa identificar a
sequência de passos lógicos e cada vez mais
complexos, que a criança deve aprender, para
atingir essa competência
68
4. Materiais e local a utilizar
5. Tipo de organização das crianças (em pares,
em grupos etc.)
Auto-avaliação da prática:
1) Preparação
2) Participação das crianças
3) Dificuldades
4) Sucessos
3. Incluir as ideias das a) Argumenta sobre a importância de incluir É importante que as ideias das crianças sejam
crianças nas as ideias das crianças nas actividades incluídas nas actividades dirigidas, porque...
actividades dirigidas dirigidas. As actividades têm maior relevância para as
b) Anota acções e conversas significativas crianças, e assim serão mais motivadoras para
das crianças em vários momentos do dia elas
e identifica os interesses das crianças. O conhecimento da criança será captado;
c) Planifica novas actividades dirigidas a partir promove-se uma ligação dos conteúdos de
dos interesses das crianças. aprendizagem com o pré-saber da criança
d) Integra os interesses observados das As necessidades (e interesses) das crianças
crianças, nas actividades dirigidas já são a força motriz do seu desenvolvimento
planificadas. As crianças aprendem que as suas ideias têm
valor; aprendem a participar nas decisões
Evidências Requeridas relevantes para elas
Evidência escrita:
O formando argumenta sobre a importância de Acções e conversas significativas são aquelas que
incluir as ideias das crianças nas actividades são iniciadas pelas próprias crianças, e mostram os
dirigidas. interesses das crianças
Produto:
O formando…
Anota observações e conversas
significativas das crianças, e identifica os
interesses delas
Planifica duas actividades dirigidas a partir
dos interesses das crianças
Anota como irá integrar os interesses
observados nas crianças, nas 3
actividades dirigidas descritas no plano
semanal.
69
Evidências Requeridas Chamada
Actividades com calendário, tempo e horário
Evidência escrita: Partilha por parte das crianças sobre as suas
O formando descreve os objectivos e as experiências em casa
actividades típicas na hora do círculo. Anúncios dos educadores
Introdução ou revisão dalguns conceitos
Produto: de forma lúdica
Os formandos em pares preparam 2 materiais
da sua escolha para a hora do círculo. Actividades típicas da hora do círculo no final do dia:
Canções
Demonstração simulada: Partilha das crianças sobre as suas
Os formandos em pares preparam e realizam a experiências do dia
hora do círculo no início ou no final do dia,
Observações do educador sobre o dia
implementando pelo menos 4 actividades
Anúncios sobre próximas actividades;
diferentes.
mensagens para passar aos pais
Revisão de reflexão sobre alguns conceitos
de forma lúdica
70
semana
71
Promover actividades dirigidas de matemática com as crianças
Registo de Unidade de Competência
Título da Unidade de Promover actividades dirigidas de matemática com as crianças
Competência
72
Veja a proposta de competências matemáticas
específicas para educação de infância, no
Programa Educativo para crianças do 1º ao 5º
ano.
73
Arranjar números em sequência
Adicionar e diminuir (problemas
matemáticos)
74
2) Optar por actividades que interessem as
crianças
3) Oferecer materiais que interessem as
crianças
Evidências Requeridas
Demonstração real ou simulada:
O formando prepara os materiais e realiza 1
actividade dirigida de matemática, seguindo os
critérios de qualidade, diferenciando o grau de
dificuldade de acordo com as capacidades e
necessidades das crianças e avaliando a sua
prática no fim da actividade.
5. Promover a) Reflecte em equipa sobre situações de Situações de desafio são aquelas onde ou a
encontros desafio, de sucesso, e de descoberta, nas criança ou o próprio educador tiveram certas
semanais de crianças e nas actividades dirigidas de dificuldades ou reacções negativas.
reflexão e matemática, durante a semana recente.
planificação na b) Identifica objectivos para actividades seguintes Situações de sucesso e de descoberta são
área de de matemática. aquelas onde a criança ou o próprio educador
matemática como c) Planifica em equipa as actividades dirigidas de aprenderam ou conseguiram fazer algo de novo
base para a matemática para a semana seguinte na base para eles.
preparação do dos passos de planificação semanal.
plano semanal d) Debate activamente e com respeito as Objectivos para actividades seguintes
experiências e ideias dos colegas. identificam-se na base de:
e) Preenche as actividades de matemática na Aproveitamento das actividades
ficha do plano semanal, ordenando as pedagógicas realizadas anteriormente
actividades na sequência adequada e Progresso das crianças em relação às
nomeando os materiais necessários. competências chave
Plano trimestral / anual das actividades
Evidências Requeridas pedagógicas da instituição de infância
Interesses das crianças
Demonstração simulada:
O formando realiza em grupo uma reflexão e
Passos da planificação semanal das actividades
planificação semanal sobre actividades de
dirigidas:
matemática, seguindo os passos principais (ou de
1) Realizar uma chuva de ideias sobre as
acordo com os critérios de desempenho a) a d).
possíveis actividades dirigidas
2) Melhorar e /ou ampliar as ideias de
Produto:
actividades (na base dos critérios de
O formando apresenta a ficha de plano semanal
qualidade, objectivos relevantes e
onde são preenchidas com detalhe suficiente e na
competências da criança)
sequência adequada, 4 actividades de
3) Organizar as actividades em sequência
matemática.
lógica
4) Descrever as actividades desafiadores
passo-a-passo, para todos terem a
75
certeza de como as realizar
5) Preencher a ficha do plano semanal e
partilhá-la com os pais (pode ser feito por
um educador já fora do encontro)
76
Promover actividades dirigidas de conhecimento do mundo com as crianças
77
seus resultados)
Capacidade de explicar processos (de
crescimento, produção etc.)
Vocabulário temático
Noções de tempo e espaço
Auto-regulação e responsabilidade
Empatia e relações sociais
Capacidade de cuidar do meio ambiente
78
Prática de bons hábitos de higiene
Tarefas de limpeza da sala e do espaço exterior,
com componente educativo
Evidências Requeridas Experiências científicas e reflexão
Passeio para identificar os perigos e a limpeza
Evidência escrita: ou não dos espaços públicos
O formando...
Descreve conteúdos chave de Aspectos-chave da actividade dirigida incluem:
educação para a saúde 1. Objectivos e resultados a atingir (por parte da
Alista os métodos possíveis de criança – competências)
educação para a saúde, 2. Actividade passo a passo:
exemplificando 5 dos métodos. Motivação/Introdução
Demonstração
Produto: Acompanhamento
O formando planifica 3 actividades de Arrumação
educação para a saúde, com conteúdos e 3. Tempo necessário e seu uso
métodos diferentes, de acordo com critério 4. Materiais e local a utilizar
de desempenho c). 5. Tipo de organização das crianças (em pares, em
grupos etc.)
Demonstração real ou simulada:
O formando prepara os materiais e realiza 1 Critérios de qualidade da actividade dirigida incluem:
actividade de educação para a saúde, 1. Crianças a expressarem-se sobre o tema
avaliando a sua prática no fim da actividade. 2. Momentos para a criança se movimentar
3. Crianças a usarem os seus sentidos
4. Crianças a agirem
5. Educador a oferecer actividades com vários
graus de dificuldade
Através de materiais diferentes
Através de tarefas diferentes
Através de apoios diferentes
6. Educador a criar um bom ambiente para a
aprendizagem (sem barulho, interrupções
ou competição, e sempre encorajador etc.)
Autoavaliação do seu desempenho:
1) Preparação
2) Participação das crianças
3) Dificuldades
4) Sucessos
79
Evidências Requeridas Preservação do ambiente:
Limpar a praia, o campo preservando o
Evidência escrita: ambiente
O formando... Aprender a cuidar das árvores e plantas; regar
Descreve conteúdos de educação as plantas
ambiental Consumir produtos da natureza de maneira
Alista os métodos possíveis de sustentável
educação ambiental, exemplificando 5 Não poluir o ar, os rios, etc.
dos métodos.
Reciclagem, redução e reutilização:
Produto: Água, poupar, reutilizar
O formando planifica 3 actividades de Separar e reutilizar o lixo
educação ambiental, com conteúdos e Reciclar o material de desperdício: papel,
métodos diferentes, de acordo com critério cartões, frascos, garrafas, pacotes, caixas, etc.,
de desempenho c). em brinquedos e outros materiais
4. Promover a) Reflecte em equipa sobre situações de Situações de desafio são aquelas onde a criança ou o
encontros desafio, de sucesso, e de descoberta, próprio educador tiveram certas dificuldades ou
semanais de nas crianças e nas actividades dirigidas reacções negativas.
reflexão e de conhecimento do mundo, durante a
planificação na semana recente. Situações de sucesso e descoberta são aquelas onde a
área de b) Identifica objectivos para actividades criança ou o próprio educador aprenderam ou
conhecimento do seguintes do conhecimento do mundo. conseguiram fazer algo novo para eles.
mundo como c) Planifica em equipa as actividades
base para o dirigidas de conhecimento do mundo Objectivos para actividades seguintes identificam-se na
plano semanal para a semana seguinte na base dos base de:
passos de planificação semanal. Aproveitamento das actividades pedagógicas
d) Debate activamente e com respeito as realizadas anteriormente
experiências e ideias dos colegas. Progresso das crianças em relação às
e) Preenche as actividades de competências chave
conhecimento do mundo na ficha do Plano trimestral / anual das actividades
plano semanal, ordenando as
80
actividades na sequência adequada e pedagógicas da instituição de infância
nomeando os materiais necessários. Interesses das crianças
81
Promover actividades dirigidas de expressão plástica com as crianças
Titulo da Unidade
Promover actividades dirigidas de expressão plástica com as crianças
de Competência
Código: Nível do 4
QNQP:
Campo: Educação Sub Campo: Educação de infância
Data de Registo: Data de Revisão do Registo:
Elementos de Critérios de Desempenho Contextos de Aplicação
Competência
1. Descrever as a) Define o objectivo principal das O objectivo principal das actividades de expressão
competências actividades de expressão plástica. plástica é de permitir a criança expressar os seus
chave que a b) Resume as competências-chave que as sentimentos e pensamentos através de meios
criança desenvolve crianças desenvolvem nas actividades de plásticos e não o de atingir certos produtos.
na expressão expressão plástica.
plástica e a sua c) Descreve a importância das competências Competências-chave que as crianças desenvolvem
importância no desenvolvidas na expressão plástica para nas actividades de expressão plástica:
desenvolvimento o desenvolvimento da criança. Competências sócio-morais
da criança Ex: seguir regras; ter autonomia; sociabilidade
Evidências Requeridas Competências pessoais
Ex: autoconfiança; colocar-se uma meta
Evidência escrita:
adequada à sua capacidade; procurar
O formando…
caminhos para atingir as suas metas;
Define o objectivo principal da expressão
procurar soluções se tiver problemas;
plástica
auto-avaliar o seu trabalho; criatividade;
Resume as competências chave que as atenção e concentração
crianças desenvolvem nas actividades
Competências de motricidade fina
de expressão plástica
Ex.: saber cortar, colar, desenhar, modelar;
Descreve a importância das controlo motor; ligação vista-mão
competências desenvolvidas na
Competências cognitivas
expressão plástica para o
Ex. conhecimentos sobre formas, tamanhos,
desenvolvimento da criança.
quantidades, cores; imaginação
Competências linguísticas e de comunicação
Ex.: oralidade; formas de comunicação (ex.
como pedir algo); expressar-se sobre o que
faz/fez; expressar-se usando vários meios
82
através das diversas experiencias sensoriais
Permite a criança agir de forma integral e num
conjunto entre ideias e realização das ideias em
acção
Aumenta o auto estima da criança
Proporciona competências básicas para a
aprendizagem da escrita
Proporciona competências elementares para
profissões artesas e artísticas
2. Praticar várias a) Pratica várias técnicas de expressão Técnicas usadas em actividades dirigidas de
técnicas de plástica. expressão plástica incluem:
expressão plástica b) Nomeia dois tipos de actividades Desenho, pintura (com pincéis, dedos, mãos,
e descrever dirigidas de expressão plástica, fios, pauzinhos)
possíveis formas identificando como esses cumprem os Carimbagem (com as mãos, esponjas, rolhas,
de actividades critérios de qualidade e permitem a vegetais, frutos, balões, etc,) e estampagem (ex.
dirigidas de participação activa da criança. com areia)
expressão plástica c) Descreve como realizar uma actividade Rasgagem, machucagem, e recortes
dirigida do tipo ‘Exploração livre de um Colagem com recortes, objectos, arreia etc.
tema/ duma técnica comum’. (livres e seguindo padrões, ex. mandalas)
d) Descreve como realizar uma actividade Modelagem (areia e água, barro, plasticina,
dirigida do tipo ‘Produção de um produto massa de farinha, outros)
comum’. Dobragem
e) Resume os critérios sobre como Tecelagem (esteirinhas, cestas, cercas) e
acompanhar as crianças nas actividades enfiamento (de figuras na cartolina; no pano,
livres da expressão plástica que são etc.)
relevantes para as actividades dirigidas.
Trabalho com todo o tipo de materiais de
desperdício e da natureza
Evidências Requeridas Trabalhos simples com madeira (serrar,
Produto: descascar, martelar, produção de objectos
O formando produz 5 obras de artes plásticas simples)
utilizando uma nova técnica da expressão
plástica em cada obra. Dois tipos de actividades dirigidas de expressão
plástica:
Evidência escrita: Exploração livre de um tema/ duma técnica
O formando... comum
Nomeia e descreve 2 tipos de actividades Produção de um produto em conjunto
dirigidas de expressão plástica de acordo
com os critérios de desempenho b) a d) Critérios de qualidade da actividade dirigida:
Resume os critérios de como 1. Crianças a expressarem-se sobre o tema
acompanhar as crianças nas actividades 2. Momentos para a criança se movimentar
livres de expressão plástica que são 3. Crianças a usarem os seus sentidos
relevantes para actividades dirigidas. 4. Crianças a agirem
5. Educador a oferecer actividades de vários
graus de dificuldade:
Através de materiais diferentes
Através de tarefas diferentes
Através de apoios diferentes
6. Educador a criar um bom ambiente para a
aprendizagem (sem barulho, interrupções
ou competição, sendo encorajador etc.)
83
Estimular participação das crianças com as suas
diferentes capacidades e características
Estimular participação da criança com a sua
criatividade individual
Estimular a participação activa da criança na
angariação dos materiais primários para as suas
actividades, ex., ir procurar materiais na natureza
84
Critérios sobre como acompanhar as crianças na
expressão plástica relevantes para as actividades
dirigidas (ver modulo 8 do nível 3):
Permitir a escolha livre
o Se quer ou não participar na actividade
dirigida (depende da instituição)
o Do material a usar
o Do parceiro com quem trabalha ou se
trabalha sozinho
Permitir a interacção livre entre as crianças
Permitir aprendizagem por tentativa e erro e
focalizar-se em processos ao invés de resultados
o Não focar e corrigir o erro da criança
o Não dar primazia ao produto final
Encorajar o interesse e escolhas da criança
Distinguir crianças que precisam de ajuda das
que não precisam - é preciso apoiar quando:
o A criança pede ajuda
o A criança não é capaz de resolver um
problema sozinha e o demonstra
o A criança dá sinais de frustração
Apoiar a criança de uma maneira que as estimula
a agir em autonomia:
o Demonstrar ao invés de explicar
o Com passos pequenos e simples
o Acompanhar cada passo com palavras
simples que descrevem o que se faz
o Não fazer para a criança
o Se a criança não conseguir, repetir a
demonstração do passo difícil ou propor
uma actividade mais simples
Estimular a criança de forma adequada
o Encorajar a criança propondo actividades
mais avançadas
o Reconhecer a criatividade da criança
o Expor os trabalhos da criança
o Não comparar entre trabalhos de crianças
o Não louvar ou criticar em frente de outras
crianças
o Comentar os trabalhos de forma construtiva
estimulando a auto-avaliação pela criança
Guardar os trabalhos da criança
Avisar 10 minutos antes do fim da actividade
85
d) Prepara materiais de aprendizagem Diferenciar o grau de dificuldade:
necessários para a actividade de Através de materiais pedagógicos diferentes
expressão plástica. Através de tarefas diferentes
e) Realiza dois tipos de actividades Através de apoios diferentes
dirigidas de expressão plástica seguindo
os critérios de qualidade. Como incluir ideias das crianças nas actividades
f) Realiza a auto-avaliação do seu dirigidas:
desempenho no fim da actividade e 1) Escolher temas que interessem as crianças
descreve o que irá adoptar ou fazer 2) Optar por actividades que interessem as
diferente, nas próximas actividades. crianças
3) Oferecer materiais que interessem as crianças
Evidências Requeridas
Materiais para actividades de expressão plástica
Produto:
podem incluir:
O formando planifica por escrito, em grupo
Todos os tipos de papel: branco, castanho,
pequeno, uma actividade dirigida do tipo
papel reciclado fino e grosso, tecidos,
‘Exploração livre de um tema ou de uma
madeiras, paredes, chão para pintar, cartões,
técnica comum’ e uma do tipo ‘Produção de
caixas, papelões, jornais, revistas
um produto em conjunto’ com base nos
critérios de qualidade e nos interesses Água, giz, carvão, lápis, pincel e tintas naturais
observados nas crianças, identificando as ou comerciais
formas de diferenciar o grau de dificuldade e Cola natural ou comercial
as formas de incluir as ideias das crianças. Tesoura de bicos redondos
Cordas, restos de lãs, linhas e fios
Demonstração simulada: Objectos para estampar e desenhar por cima
O formando: Massa de modelar
Prepara os materiais e realiza uma Para enfiar: bases para enfiar, cordas
actividade dirigida de expressão plástica Para tecelagem: palha, fios
do tipo ‘Exploração livre de um tema ou Ferramentas para trabalho com madeira
de uma técnica comum’ seguindo os Outros materiais de desperdício
critérios de qualidade e os passos de Outros materiais de natureza
planificação
Prepara os materiais e realiza uma Auto-avaliação do seu desempenho inclui:
actividade dirigida do tipo ‘Produção de 1) Preparação
um produto em conjunto’ seguindo os 2) Participação das crianças
critérios de qualidade e os passos de 3) Dificuldades
planificação 4) Sucessos
Autoavalia o seu desempenho no fim de
cada actividade e descreve o que irá
adoptar ou fazer diferente, nas próximas
actividades.
86
Promover actividades dirigidas de linguagem e literacia com as crianças
87
Nomear o que se vê em livros, na sala, em
casa, ao ar livre
Comentar o que sentem ao ler livros, em novas
experiências, quando algo inesperado acontece
Falarem/contarem e ditarem ao educador sobre
o que escreveram, rabiscaram, desenharam,
pintaram fazendo livrinhos com esse material
Ler livros com as crianças
Rotular tudo o que for rotulável na sala e ou na
instituição
As crianças a lerem livros sozinhas e com
outras crianças ou adultos
Expôr as crianças à escrita e leitura na vida real
(lista de compras, receitas culinárias, consulta
da lista telefónica, ler jornais e revistas, livros...)
As crianças a terem acesso a material de
escrita para garatujar, desenhar, pintar
escrever como quizerem e fazerem os seus
livrinhos
2. Realizar actividades a) Descreve e explica os objectivos das Objectivos das actividades de pré-escrita na
dirigidas de pré- actividades de pré-escrita na educação de educação de infância são principalmente:
escrita e autoavaliar a infância, e relaciona-os a situações Despertar a curiosidade e o interesse
sua prática pedagógicas negativas em relação às Proporcionar um ambiente estimulante
crenças e práticas familiares comuns no Demonstrar as práticas de pré-escrita
ensino da escrita. Ajudar as crianças a criarem as bases
b) Identifica as diferentes formas de escrita necessárias para o início da escrita
emergente por parte da criança e de como
encorajá-la a escrever à sua própria Situações pedagógicas negativas - Crenças e
maneira. práticas familiares em relação ao ensino da pré-
c) Planifica e realiza actividades dirigidas de escrita podem incluir:
pré-escrita ou de invenção de ortografia Aprender a escrever é a tarefa mais
com base nos aspectos-chave e nos importante de educação de infância
critérios de qualidade duma actividade A criança deve desde o início aprender a
dirigida, arquivando os trabalhos no escrever como um adulto
portefólio. A escrita emergente da criança deve ser
d) Produz e providencia uma boa diversidade corrigida
de materiais para estimular o interesse pela A criança só pode aprender a escrever
a escrita. seguindo o exemplo do adulto
e) Autoavalia o seu desempenho no fim da
As diferentes formas de escrita emergente
actividade e descreve o que irá adoptar ou
incluem escrita não convencional e original por
fazer diferente, nas próximas actividades.
parte da criança que escreve de maneiras não
reconhecidas convencionalmente (ex., com
desenhos, partes de letras, garatujas, riscos,
letras ou partes de palavras em espelho ou de
pernas para o ar, etc.)
88
Evidências Requeridas Aspectos-chave da actividade dirigida incluem:
1. Objectivos e resultados a atingir (por
Evidência escrita:
parte da criança – competências)
O formando...
2. Actividade passo a passo:
Descreve e explica os objectivos de
Motivação/Introdução
actividades de pré-escrita e relaciona-os
com situações pedagógicas negativas Demonstração
relativamente às crenças e práticas Acompanhamento
comuns Arrumação
Identifica diferentes formas de escrita 3. Tempo necessário e seu uso
emergente por parte da criança e como 4. Materiais e local a utilizar
encorajá-la a escrever à sua própria 5. Tipo de organização das crianças (em
maneira. pares, em grupos etc.)
89
3. Realizar actividades a) Descreve e explica os objectivos de Objectivos de actividades de pré-leitura na
dirigidas de pré-leitura actividades de pré-leitura na educação de educação de infância são principalmente:
e autoavaliar a sua infância e a ligação entre a aprendizagem Despertar a curiosidade e interesse pela
prática da leitura e a da escrita na criança. leitura
b) Descreve as abordagens para a criação de Proporcionar um ambiente estimulante
hábitos de leitura através da partilha e Demonstrar as práticas de pré-leitura
criação de livros, fantasias, entre outros. Ajudar as crianças a criar as bases
c) Planifica e realiza actividades dirigidas que necessárias para o inicio da leitura
despertam as crianças para o som e para a
relação som/símbolo(letra), com base nos Ligação entre a aprendizagem da leitura e a da
aspectos chave e nos critérios de qualidade, escrita na criança: A criança aprende a ler:
duma actividade dirigida. Quando é imersa num ambiente de leitura-
d) Planifica e realiza actividades dirigidas com escrita
histórias com base nos aspectos chave e Quando escreve ou lê por iniciativa própria
nos critérios de qualidade, duma actividade Ao escrever/ler ou ao ver alguém a
dirigida. escrever/ler, a criança...
e) Autoavalia o seu desempenho no fim da Aprende que as palavras podem ser
actividade e descreve o que irá adoptar ou escritas e lidas
fazer diferente, nas próximas actividades. Aprende que se escrevem e lêem da
esquerda para a direita
Presta atenção às formas das letras e à
composição das palavras
Evidências Requeridas Mais tarde ‘aproveita’ esses
conhecimentos para ler/escrever
Evidência escrita:
O formando... Criação de hábitos de leitura acontece através de:
Descreve e explica os objectivos das Leitura individual pela criança
actividades de pré-leitura, a ligação entre a Leitura para o grupo
aprendizagem da leitura e da escrita Discussão dos livros (partilha do que sabem e
Descreve e as abordagens para a criação construção dos novos conhecimentos)
de hábitos de leitura nas crianças Produção de livrinhos
Produto: Encenação das histórias ouvidas ou criadas
O formando... pelas crianças
Constrói um livro de contos ou outro da sua Actividades que despertam as crianças para o som
preferência e verifica a reacção das incluem: adivinhar e imitar sons, lengalengas,
crianças ao ler trava-línguas, rimas, procurar palavras que
Planifica duas actividades dirigidas com comecam com o mesmo som
sons ou sons/letras, e duas actividades
com histórias com base nos critérios de
desempenho c) e d). Actividades que ensinam a ligação entre o símbolo
e o som da letra, e promovem a divisão silábica,
Demonstração real ou simulada: são por exemplo, escolher objectos/imagens que
O formando... começam com certa letra, juntar letras com
Realiza uma actividade dirigida com os palavras que começam com essas letras, saltar
sons, de ligação da letra com o som, ou de duma letra (consoante) para as vogais, dizendo
divisão silábica avaliando a sua prática no cada sílaba e explorar as capacidades sensoriais
fim da actividade da criança para concretizar o abstracto do símbolo
Realiza uma actividade dirigida com
histórias avaliando a sua prática no fim. Actividades dirigidas com histórias incluem ler a
história de maneira interactiva, levantando
questões, predizendo o que vai acontecer a seguir,
comparando com algo na sua vida, criar ou mudar
a história ou partes dela, fazer actividades na base
da história, com desenhos, jogos, passeios, etc.
90
4. Estimular a criança a a) Descreve e explica a importância da criança Importância da criança criar, ditar, ler e utilizar as
criar, ditar, ler e criar, ditar, ler e representar as suas suas histórias, mensagens, e outros textos
representar as suas histórias, mensagens, e outros textos escritos:
histórias, mensagens escritos. Valoriza as ideias e a criatividade da
ou outros textos b) Estimula as crianças ditar suas histórias, criança
escritos mensagens, listas, ou pensamentos e anota Reforça a ligação entre palavra dita, escrita,
os ditados delas. e lida
c) Lê, para as crianças, e estimula-as a ‘ler’ as
histórias, mensagens, e outros textos Anota as histórias, mensagens, listas ou
ditados por elas, reforçando a ligação entre pensamentos ditados pelas crianças
a leitura e escrita. individualmente ou em grupo sempre na presença
d) Encoraja as crianças a representar as suas das crianças e deixando-as ilustrar o que ditaram,
histórias, mensagens e outros textos. podendo ser utilizado em vários momentos
e) Expõe os ditados escritos nas paredes, importantes do dia como a hora do círculo
encorajando as crianças a “lê-los” de vez
em quando e guarda/arquiva os ditados Representar as suas histórias:
escritos da criança no portefólio. Visualmente através duma ilustração ou de
recorte e colagem
Evidências Requeridas Através de faz-de-conta, jogo de papéis ou
dramatização
Evidência escrita:
O formando...
Descreve e explica a importância da
criança criar, ditar, ler e representar suas
histórias e outros textos, e as formas de
como estimular a realização dessas
actividades pelas crianças.
Demonstração real ou simulada:
O formando desenvolve duas formas de
estimular a criança a ditar, ler, e representar
vários textos, que abrangem os critérios b), c) e
d).
Produto:
O formando expõe trabalhos com escrita ditada
ou criada pelas crianças, nas paredes da sala, e
arquiva outros - no portefólio da criança.
5. Utilizar com a) Explica a importância de usar a língua Língua materna (L1) é a base para todo o
sensibilidade a língua materna (L1) na interacção com as desenvolvimento da criança, incluindo a
materna e a língua crianças. aprendizagem de outras línguas porque baseada
nacional, nas b) Fala e ensina na língua materna para no conhecimento e experiências das crianças e da
interacções com as promover o desenvolvimento harmonioso sua comunidade
crianças da criança.
Efeitos negativos de apenas usar a L2 no ensino
c) Introduz a língua nacional (L2) no pré-
pré-escolar: impede ou limita a participação plena
escolar através de técnicas didácticas de
da criança por não se basear no seu
educação bilingue aproveitando o período
conhecimento linguístico-cultural
chave de aquisição da linguagem.
Técnicas didácticas na educação bilingue podem
Evidências Requeridas conter materiais e promovem a utilização de
palavras chave em ambas as línguas, ex.:
Evidência escrita:
Nomear tudo o que vê no ambiente, na
O formando justifica a importância da língua
sala, em livros, etc. em L1 e depois em L2
materna na educação bilingue.
Contar histórias em língua materna e
depois em L2, com apoio de imagens e
Demonstração real ou simulada:
gestos, chamando pais e outros familiares
O formando...
91
Utiliza a língua materna das crianças nas para virem contar uma história
interacções e actividades com crianças Usar canções como meio educativo para L2
Implementa pelo menos 3 técnicas de Associar certas acções diárias com as
educação bilingue nas actividades com frases em L2
crianças. Não misturar as 2 línguas na mesma frase
Usar escrita na sala em língua materna e
em L2
Utilizar cartazes de matemática,
conhecimento do mundo e outros que
através das imagens promovam a
aprendizagem de palavras e frases em
ambas as línguas
Utilizar jogos de memória de imagens com
palavras em ambas as línguas
Utilizar puzzles de sequência com palavras
em ambas as línguas
Período chave de aquisição da linguagem vai dos
0 aos 5 anos.
6. Promover encontros a) Reflecte em equipa sobre situações de Situações de desafio são aquelas onde ou a
semanais de reflexão desafio e de sucesso/descoberta nas criança ou o próprio educador tiveram certas
e planificação na área actividades de linguagem e literacia dificuldades ou reacções negativas
de linguagem e realizadas durante a semana.
Situações de sucesso e descoberta são aquelas
literacia como base b) Identifica objectivos para actividades
onde a criança ou o próprio educador aprenderam
para o plano semanal pedagógicas seguintes de linguagem e
ou conseguiram fazer algo novo para eles
literacia.
c) Planifica em equipa as actividades dirigidas Objectivos e técnicas para actividades
de linguagem e literacia para a semana pedagógicas seguintes identificam-se na base de:
seguinte na base dos passos de Aproveitamento das actividades
planificação semanal. pedagógicas realizadas anteriormente
d) Debate activamente e com respeito, as Progresso das crianças em relação às
experiências e ideias de actividades de competências chave
linguagem e literacia para atingir os Plano trimestral e plano anual das
objectivos. actividades pedagógicas da instituição de
e) Preenche o plano semanal ordenando as infância
actividades dirigidas na sequência Interesses das crianças
adequada e nomeando os materiais Sugestões dos pais
pedagógicos necessários.
Passos da planificação semanal das actividades
dirigidas:
1) Realizar uma chuva de ideias sobre as
2) possíveis actividades dirigidas
Evidências Requeridas 3) Melhorar e /ou ampliar as ideias de
actividades (na base dos critérios de
Demonstração simulada: qualidade, objectivos relevantes e
O formando realiza em grupo uma reflexão e competências da criança)
planificação semanal sobre actividades de 4) Organizar as actividades em sequência
linguagem e literacia, seguindo os passos lógica
principais (ou de acordo com os critérios de 5) Descrever as actividades desafiadores
desempenho a) a d). passo-a-passo, para todos terem a certeza
de como as realizar
Produto: 6) Preencher a ficha do plano semanal e
O formando apresenta a ficha de plano semanal partilhá-la com os pais (pode ser feito por
onde são preenchidas com detalhe suficiente e um educador já fora do encontro)
na sequência adequada 4 actividades de
linguagem/ literacia. O plano semanal contém:
92
Sequência das actividades
Materiais necessários para cada actividade
Alguns conteúdos da hora do circulo e
materiais para actividades livres
Sequência adequada das actividades dirigidas
orienta-se por:
Sequência lógica das competências chave
atingidas
Aumento do grau de complexidade
Exigências de concentração (nível alto é
melhor para a 1ª actividade do dia)
Explorar um conteúdo com mais
envolvimento motor antes da exploração
mais abstracta
Disponibilidade dos materiais pedagógicos
(no caso duma instituição com mais do que
um grupo)
93
4. Experiência de trabalho
Título da Unidade de Levar a cabo uma experiência de trabalho numa instituição de infância
Competência:
Elementos de
Critérios de Desempenho Contextos de Aplicação
Competência
1. Preparar uma a) Faz autoavaliação das qualidades e Qualidades e habilidades são:
experiência de habilidades requeridas para o trabalho de Pessoais
trabalho (estágio) educador de infância, e define as metas Interpessoais
pessoais para o estágio baseando-se na
lista de verificação das competências O formando deve definir 2 metas pessoais para o
atingidas do nível 4. estágio baseando-se na seguinte lista:
b) Prepara-se para realizar com qualidade Lista de verificação de competências atingidas no
as tarefas definidas para o estágio dentro nível 4:
do curso. Explica como a criança aprende e se
c) Encontra-se com o responsável da desenvolve
instituição de infância e concorda sobre Acompanha as actividades livres das
os objectivos, as actividades e a monitoria crianças no canto de materiais didácticos
do estágio. Respeita as necessidades, deveres e
direitos da criança
Evidências Requeridas Aplica a Educação Inclusiva
Produto: Observa as competências da criança e
O formando define as qualidades e comunica com as famílias
habilidades através de uma autoavaliação, Cuida dos bebés
estabelece pelo menos 2 metas pessoais Estimula o desenvolvimento dos bebés
realísticas para o estágio, e descreve acções Realiza actividades dirigidas com as
específicas dentro das tarefas definidas para crianças (de matemática, de conhecimento
o estágio. de mundo, de expressão plástica, de
linguagem e literacia.)
Desempenho no local de trabalho:
O formando confirma os resultados
pretendidos e os objectivos, assim como os
94
procedimentos relativos ao estágio com o 3 tarefas definidas para o estágio que devem ser
responsável da instituição de infância. realizadas com qualidade:
1) Promover e participar nos encontros
semanais de planificação e de reflexão
comunicando e colaborando
respeitosamente com os colegas.
2) Realizar actividades dirigidas
3) Preparar portefólios de crianças
95
Evidências Requeridas 4. Crianças a agirem
5. Educador a oferecer actividades com vários
Desempenho no local de trabalho:
graus de dificuldade:
O formando...
Através de materiais diferentes
Leva a cabo as tarefas planificadas
Através de tarefas diferentes
durante a experiência no trabalho na
instituição de infância Através de apoios diferentes
6. Educador a criar um bom ambiente para a
Promove e participa com qualidade em
aprendizagem (sem barulho, interrupções ou
pelo menos 2 encontros de reflexão e
competição, e sempre encorajador, etc.)
planificação
Planifica e realiza actividades dirigidas de Métodos activos principais nas actividades
acordo com os critérios de qualidade e dirigidas incluem:
utilizando métodos activos Jogos (ex.: de adivinha, de contagem, de
Faz autoavaliação do decorrer das agrupar e ordenar…)
actividades dirigidas e identificando Actividades na base de histórias(ex.:
aspectos para melhorar. dramatizações, desenhos, histórias com
bonecas, etc.)
Produto: Actividades de produção e experiências (ex.:
O formando prepara o portefólio duma produção artística; experiências científicas;
criança de acordo com os critérios exigidos. experiencias sensoriais)
Passeios e visitas (ex.: visita à clinica
veterinária ou ao mercado)
Actividades com mapas, diagramas, fichas
(ex.: agrupar alimentos bons e alimentos
‘maus’)
Resolução de problemas (ex.: problemas
inventados que incluem noções de
matemática)
Actividades de movimentos (ex.: saltar a
forma duma letra pintado no chão)
3. Rever a contribuição a) Reexamina a autoavaliação inicial em Rever o seu progresso pode incluir:
do conhecimento e termos de pontos fortes e fracos e revê o Identificar e admitir os seus pontos fracos,
habilidades ganhas seu progresso rumo às metas pessoais e
96
para o seu próprio aos objectivos definidos para o estágio. suas próprias dificuldades, erros
desenvolvimento b) Comenta de forma crítica o relatório do (fraquezas)
pessoal e profissional supervisor. Identificar os seus lados fortes e sucessos
c) Revê o valor da aprendizagem ganha, em (forças) atingidos
relação a metas pessoais e profissionais Analisar razões para as suas dificuldades
futuras. Deixar cada pessoa exprimir a sua
opinião, e ajudar e chegar a um acordo
Evidências Requeridas
Produto
O formando…
Reexamina a sua autoavaliação inicial e
identifica as forças e as fraquezas ainda
existentes rumo às metas pessoais e às
tarefas definidas para o estágio
Critica o relatório do supervisor
Revê o valor da aprendizagem ganha e
define algumas metas pessoais e
profissionais futuras.
97
aprendeu
2) observar o que acontece na criança e em si
próprio ao agir de dada maneira
3) tentar identificar o que está por detrás da
sua tensão e das emoções
98
5. Módulos Vocacionais Obrigatórios
Data da validação:
Nível do QNQP: 4
Número de créditos: 5
99
Resultado de aprendizagem 1: Exemplificar a importância de focar
nos processos e não nos resultados
de aprendizagem
Critérios de desempenho:
(a) Resume os princípios da prática pedagógica e relaciona-os com as
suas percepções sobre a criança.
(b) Resume porquê e como focalizar-se nos processos e não nos
resultados de aprendizagem.
(c) Exemplifica como promover processos de aprendizagem na
instituição de infância.
Contextos de aplicação:
Princípios de prática pedagógica:
Estimular a criança (por parte do adulto e por parte do
ambiente preparado em volta)
Respeitar e deixar a crianças expressarem as
necessidades da criança
Deixar a criança ter escolha livre num ambiente
estimulante e seguro
Deixar as crianças terem a Interacção livre entre elas
Levar a criança a ter participação activa em todas as
actividades
Orientar o uso e experimentação de objectos por parte da
criança
Promover a ludicidade
Evitar comparação e competição entre as crianças
Ter o enfoque nos processos e não nos resultados
100
actividades. Isso pode resultar na ausência de desenvolvimento das
competências sociais e de aprendizagem nas crianças
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando...
Resume porquê e como focar nos processos e não nos
resultados de aprendizagem
Exemplifica como promover processos de aprendizagem na
instituição de infância.
Produto
O formando resume os princípios da prática pedagógica utilizando
exemplos concretos na instituição de infância e relaciona-os com as
suas percepções sobre a criança.
Critérios de desempenho:
(a) Resume a hierarquia das necessidades e como respeitá-la no
trabalho pedagógico.
(b) Exemplifica as necessidades como força motriz do desenvolvimento
da criança e descreve a sua consequência no trabalho do educador.
101
(c) Descreve o efeito da motivação intrínseca no desenvolvimento
duma criança.
(d) Identifica o efeito de recompensas não naturais e define o efeito da
boa interligação entre motivação intrínseca e extrínseca no
desenvolvimento da criança.
Contextos de aplicação:
Necessidades e a sua hierarquia:
Em primeiro lugar:
Necessidades básicas
Alimentação e repouso
Amor (apego, atenção, e carinho)
Protecção e segurança
Em segundo lugar:
Movimentação
Em terceiro lugar:
Necessidades do desenvolvimento e aprendizagem
(desenvolver as suas habilidades inatas através de experiências
concretas)
Imitar
Experimentar duma maneira activa
Fazer e analisar experiências
Necessidades sociais
Sentir-se aceite pelos outros
Sentir a pertença num grupo social / participar
Agir em conjunto com outras crianças e ter amigos
Cooperar com os adultos
Sentir a Integridade da própria pessoa (manter dignidade
própria…)
102
Efeito (importância) da motivação intrínseca:
Crianças que são permitidas agir na base de motivação intrínseca
desenvolvem as seguintes competências:
Aprendem com maior entusiasmo, profundidade e rapidez
Envolvem-se mais com a instituição
Persistem em tarefas desafiadoras
Fixam metas pessoais
Demonstram os seus acertos e dificuldades
Planeiam as acções necessárias para viabilizar seus
objectivos
Avaliam adequadamente o seu progresso
Demonstram o sentimento de ‘sou capaz’
Demonstram vontade de aprender e trabalhar e possuem
auto-regulação
Vêem a própria actividade como a recompensa
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando resume, exemplifica, descreve e identifica a
importância das necessidades das crianças assim como a
motivação intrínseca no seu desenvolvimento, de acordo com os
critérios de desempenho a) até d).
Critérios de desempenho:
(a) Define o conceito de desenvolvimento holístico e integral da
criança.
(b) Define o conceito competências e nomeia as competências gerais a
desenvolver pela criança.
103
(c) Descreve a ligação entre áreas pedagógicas e competências e
identifica competências que uma criança pode desenvolver nas
várias áreas pedagógicas.
(d) Identifica como a auto-estima e o ambiente preparado promovem /
afectam o desenvolvimento das várias competências nas crianças.
(e) Exemplifica a importância das fases sensíveis no desenvolvimento
da criança.
(f) Apresenta e discute as dúvidas em relação aos aspectos principais
do desenvolvimento holístico e integral da criança.
Contextos de aplicação:
Desenvolvimento holístico e integral:
O desenvolvimento da criança acontece como um todo e não
em partes e por isso é holístico
É um processo contínuo de crescimento físico e maturidade
física, mental e afectiva e por isso é integral
Engloba áreas de desenvolvimnento da criança que se
interligam e pelo processo de aprendizagem as habilidades
inatas transformam e são manifestas em competências
Áreas pedagógicas:
Área de desenvolvimento psicomotor
Área de matemática
Área de linguagem
Área de conhecimento de mundo
Área de expressão plástica
Área de expressão musical
Área de formação moral e cívica
104
Como a auto-estima promove / afecta o desenvolvimento das
competências nas crianças:
A auto-estima é a força motriz que leva a criança a querer
experimentar, aceitar ser estimulada, socializar, expressar, portanto
é primordial para desencadear o desenvolvimento das várias
competências nas crianças
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando define, descreve, identifica e exemplifica o conceito de
desenvolvimento integral da criança e respectivas competências, de
acordo com os critérios de desempenho a) até e).
Produto
O formando apresenta e argumenta através duma ficha de
autoavaliação as suas dúvidas em relação aos aspectos principais
do desenvolvimento holístico da criança.
Critérios de desempenho:
(a) Descreve como utilizar a Ficha individual 1 para a observação das
competências das crianças e explica a importância de analisá-las
pelo nível de maturidade e não pela idade da criança.
(b) Observa as competências cognitivas nas crianças tomando notas
no caderno de observação.
(c) Observa as competências linguísticas da criança tomando notas no
caderno de observação.
(d) Observa as competências sensório-motores nas crianças tomando
notas no caderno de observação.
105
(e) Resume como e porquê fazer a auto-observação em situações de
desafio que vivencia durante a implementação da EICC.
Contextos de aplicação:
Ficha individual 1:
Consiste duma tabela com várias competências concretas
agrupadas em relação às competências gerais
O educador pode analisar o nível de maturidade do
desenvolvimento dessas competências da criança onde se
sinaliza se desenvolveu pouco ou totalmente
Baseia-se na premissa de que o desenvolvimento é um
processo individual (cada criança se desenvolve no seu ritmo
e de acordo com as suas características e interesses
individuais) O desenvolvimento das competências não é
analisado na base da idade mas pelo nível de maturidade
Não existe uma ficha para cada ano, mas sim para crianças
do 1o e 2o ano, e para crianças de 3-5 anos de idade
Situações de desafio:
Situações durante a implementação nas quais os formandos sentiu
tensão ou emoções fortes (como medo, insegurança, raiva etc.)
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando...
Descreve como utilizar a Ficha individual 1 para a observação
das competências e explica a importância de analisá-las pelo
nível de maturidade e não pela idade da criança
Resume como e porque fazer auto-observacao em situações
de desafio que vivencia durante a implementação da EICC.
106
Produto
O formando anota no caderno de observação das crianças as
situações concretas observadas que demonstram as competências
cognitivas, linguísticas e sensório-motoras nas crianças.
INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR
Esta parte da especificação do módulo deve ser considerada como um guia de apoio
e nenhuma das secções é obrigatória.
Justificação do módulo
Este módulo é essencial, porque apoia cada educador numa instituição de infância
em desenvolver conhecimentos básicos sobre como a criança aprende e se
desenvolve e promove exercícios que levam os formandos a saberem exemplificar,
descrever e observar conceitos importantes sobre o processo de desenvolvimento
na criança e respectivas competências a desenvolver, assim como o processo de
aprendizagem e o que as motiva a aprender. Este módulo dá continuidade aos
conhecimentos adquiridos dos módulos 2 e 14 do nível 3, e continua a abrir um
espaço de reflexão e argumentação sobre as percepções pessoais sobre a
aprendizagem e desenvolvimento da criança e método de ensino centrado na
criança. Espera-se que neste módulo pela aquisição de novos conhecimentos, a
percepção dos formandos sobre a criança ganhe novos significados contribuindo
para uma melhor prática do educador no espaço educativo. Além disso, este módulo
serve como base de ligação para grande parte dos módulos do nível 4.
108
necessidades pode promover nas crianças. Depois devem apresentar e debater
sobre os resultados na turma, chegando no fim à conclusão sobre que
consequências este princípio (necessidades como força motriz) tem para o trabalho
do formador.
110
É importante ressalvar que no tempo de prática das aulas, se possivel é
aconselhável fazer uma ou duas visitas a insituições de infância para dois momentos
distintos de observação directa – uma para observar as competências gerais da
criança e verificar como as áreas pedagógicas estimulam a aquisição de
competências e outro momento para observar como o ambiente preparado contribui
para o desenvolvimento das várias competências nas crianças.
111
O formando é capaz de resumir como e porquê fazer a auto-observação em
situações de desafio que vivencia durante a implementação da EICC (ex. para
melhor compreender a si e à criança e saber agir correctamente perante a criança).
Para isso os formandos devem primeiro observar o formador ou um educador a
fazer a auto-observaçao em relação a uma situação de desafio durante a
implementação da EICC. Devem debater sobre a importância de tal auto-observação
e partilhar as suas próprias experiências de avaliar-se em diferentes situações,
reflectindo como essas experiências foram úteis para eles. Finalmente devem utilizar
chuva de ideias para recolher as boas práticas de fazer a auto-observaçao,
anotando numa lista no quadro.
Resultado de Aprendizagem 1
Teste escrito com perguntas de curtas respostas sobre o porquê e como focar nos
processos e não nos resultados de aprendizagem, e sobre exemplos de como
promover processos de aprendizagem na instituição de infância.
Resultado de Aprendizagem 2
Teste escrito de um texto com espaços para a inclusão de palavras chave sobre o
efeito da boa interligação entre motivação intrínseca e extrínseca no
desenvolvimento da criança; teste de perguntas abertas sobre exemplos das
necessidades como força motriz do desenvolvimento da criança, a sua
consequência no trabalho do educador; teste escrito de respostas curtas sobre o
efeito da motivação intrínseca no desenvolvimento duma criança e a hierarquia das
necessidades e como respeitá-la no trabalho pedagógico; teste de frases
verdadeiras e falsas sobre o efeito de recompensas não naturais.
Resultado de Aprendizagem 3
Teste escrito com perguntas de curtas respostas 1) sobre o conceito de
desenvolvimento holístico e integrado11 da criança, 2) sobre o conceito de
competências na criança e os grupos principais de competências a desenvolver pela
11 Integrado ou integral
112
criança; e 3) sobre a ligação entre áreas pedagógicas e competências. Teste escrito
de respostas abertas sobre os exemplos da importância das fases sensíveis no
desenvolvimento da criança; teste de múltiplas respostas sobre as competências
que uma criança pode desenvolver nas várias áreas pedagógicas e sobre como a
auto-estima e o ambiente preparado promovem / afectam o desenvolvimento das
várias competências nas crianças. Para facilitar a organização do tempo é
necessário juntar os vários testes num só momento.
Resultado de Aprendizagem 4
Teste escrito de perguntas de respostas curtas sobre como utilizar a Ficha individual
1 para a observação das competências; teste de perguntas abertas 1) sobre a
importância de analisar as competências da criança pelo nível de maturidade e não
pela idade e 2) sobre como e porquê fazer auto-observação em situações de desafio
que vivenciam durante a implementação da EICC.
Necessidades Especiais
Para evitar que os formandos com necessidades especiais sejam prejudicados,
podem ser produzidas as evidências requeridas modificadas para a certificação
destes candidatos por uma escola ou Centro de ensino. Contudo, para a
modificação ocorrer, ela não deve diluir a qualidade das especificações do módulo.
Em todos os casos todas as modificações estão sujeitas à aprovação pelo PIREP.
Referências
1. Hohmann, M., & Weikart, D. (1997). Educar a criança. Fundação Calouste
Gulbenkian: Lisboa.
2. http://www.maternal-and-early-years.org.uk/developmental-milestones
3. MMAS (2011). Programa Educativo para crianças do 1º ao 5º ano
4. Associação Mwana (2012). Cadernetas da criança e dos encarregados de
educação da Escola da Associação Mwana.
5. Duarte, S. &all (2008) – FDC. Consultoria de apoio pedagógico para a
“Janela de Esperança”
6. Juul. J. (2002). Sua criança competente. Osasco: Editora Novo Século.
7. Ministério da Educação – SEOP – Portugal (1982). Texto de Apoio para o
ensino secundário – A Psicologia como ciência
8. Wild, R. (2007). Educar para Ser. Herder: Barcelona.
9. Wild, R. (2003). Calidad de Vida. Educacion y Respeto para el Crecimiento
Interior de Ninos y Adolescentes. Herder: Barcelona.
10. Wild, R. (2006). Libertad y Limites: Amor y Respeito. Herder: Barcelona.
11. http://pt.wikipedia.org/wiki/Teorema_do_impulso
12. http://pt.wikipedia.org/wiki/Necessidade_(psicologia)
113
Glossário
2. Força motriz
Da mesma forma que as necessidades condicionam o desenvolvimento e a
aprendizagem, a força motriz tem um papel fundamental também na vida e
experiencias das criancas.
Ludwig von Mises realça que “A acção é a vontade posta em funcionamento,
transformada em força motriz; é procurar alcançar fins e objetivos; é a
significativa resposta do ego aos estímulos e às condições do seu meio
ambiente; é o ajustamento consciente ao estado do universo que lhe
determina a vida”. Se a força motriz é o princípio da nossa acção então toda o
ambiente pedagógico deve perceber o que faz a criança aprender para o educador
poder melhor ensinar. Por isso a aprendizagem é individual e depende da vontade
da criança – ou seja da sua força motriz.
12 Carver, C. S. & Scheier, M. F. (2000) Perspectives on personality. Boston: Allyn and Bacon
114
INFORMAÇÃO GERAL DO MÓDULO
Código do módulo: MO
Data da validação:
Nível do QNQP: 4
Número de créditos: 8
115
Resultado de aprendizagem 1: Identificar aspectos de organização e
de processos de aprendizagem no
canto/ sala de material didáctico
Critérios de desempenho:
(a) Identifica as principais actividades previstas para cada material
didáctico e outras actividades possíveis com diferentes graus de
dificuldade com o mesmo material preenchendo as partes I e IV
(1-3, a, b) da Ficha de material.
(b) Nomeia as diferentes maneiras como uma criança aprende com o
material didáctico.
(c) Resume os aspectos da organização física do canto/ sala de
material didáctico e descreve a vantagem do uso de pequenas
esteiras.
Contextos de aplicação:
Principais actividades e outras actividades possíveis de diferentes
graus de dificuldade:
Exemplo: Um material que consiste em latas numeradas e paus:
Actividade principal com esse material:
Meter a quantidade de paus na lata que corresponde ao
número escrito na lata
Outras actividades possíveis:
Mesmo exercício mas colocar as latas sem ser em sequência
Esconder os números escritos nas latas e meter em cada lata
uma outra quantidade de paus – associar a cada lata uma
placa com um número escrito que corresponde à quantidade
de paus na lata
116
Mobiliário adequado
Estantes abertas e à altura da criança, sendo assim acessíveis
para cada criança
Poucas mesas e cadeiras deixando muito espaço livre dentro
do qual as crianças podem organizar o seu lugar de trabalho
Esteiras pequenas, onde cada criança pode utilizar o material
que escolheu
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando...
Nomeia as diferentes maneiras como uma criança aprende com
o material didáctico
Resume os aspectos da organização física do canto/ sala de
material didáctico e descreve a vantagem do uso de pequenas
esteiras.
Produto
Um pequeno grupo de formandos preenche partes de 5 Fichas de
material de acordo com critério de desempenho a), respectivamente
um material por cada uma das seguintes áreas:
De exercícios de quotidiano
Sensorial
De linguagem
De matemática
De conhecimento do mundo.
117
Resultado de aprendizagem 2: Acompanhar e orientar as crianças
no canto/ sala de material didáctico
Critérios de desempenho:
(a) Resume as atitudes do educador nas actividades livres e assegura
o cumprimento de regras básicas na área de material didáctico.
(b) Promove a aprendizagem por tentativa e erro no canto/ sala de
material didáctico, identifica o mecanismo de autocontrole do
material, explica o seu impacto e preenche as partes IV (1-3 d) da
Ficha de material.
(c) Identifica quando deve apoiar uma criança fazendo uma
demonstração do uso dum material didáctico.
(d) Realiza uma demonstração do uso do material didáctico de maneira
que a criança seja capaz de continuar em autonomia e preenche as
partes IV (1-3 c) da Ficha de material.
(e) Encoraja as crianças a usar os materiais de diferentes maneiras e
graus de dificuldade que correspondem com as suas capacidades /
níveis de desenvolvimento.
(f) Lida com situações complexas ou de desafio no canto/sala de
material didáctico aplicando também os critérios de como
acompanhar crianças nas actividades livres não especificadas em
relação a esta área.
Contextos de aplicação:
Atitudes que o educador precisa para poder acompanhar
crianças nas actividades livres:
Reconhece a criança como um ser com características
próprias
Não molda a criança mas sim acompanha-a
Tem confiança na vontade da criança de aprender e
desenvolver-se
Tem atitude positiva perante os erros
É paciente, calma e firme
118
Agir (implementar a consequência lógica)
Promove aprendizagem por tentativa e erro:
Não se foca nos erros das crianças mas sim no que elas
conseguiram fazer
Não corrige o erro da criança, mas sim confia na força da
criança de encontrar o caminho certo através do autocontrole
de erro do material e através de vários exercícios com
materiais de temas semelhantes
Dá tempo para a criança por si própria descobrir como atingir o
objectivo do material
119
Fazendo uma demonstração enquanto as outras crianças
precisam de ajuda
Fazendo uma demonstração ao mesmo tempo que surge um
conflito entre outras crianças
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando...
Resume as atitudes adequadas do educador nas actividades
livres
Identifica o impacto do mecanismo de autocontrole de erro
inserido no material didáctico.
120
Demonstração real ou simulada:
O formando...
Acompanha e orienta as crianças no canto/sala de material
didáctico de acordo com os critérios de desempenho a, b), c), e
e f)
Demonstra a uma criança o uso dum material didáctico de
maneira que a criança seja capaz de continuar em autonomia
Produto
Um pequeno grupo de formandos completa o preenchimento da
parte IV (1-3, c ,d) das 5 Fichas de material, respectivamente um
material por cada uma das seguintes áreas pedagógicas:
Exercícios de quotidiano
Sensorial
Linguagem
Matemática
Conhecimento do mundo.
Critérios de desempenho:
(a) Identifica competências sócio-morais que as crianças podem
desenvolver através da escolha e interacção livre nas AL num
ambiente estimulante.
(b) Identifica competências pessoais que as crianças podem
desenvolver através da escolha e interacção livre nas AL num
ambiente estimulante.
(c) Observa as competências sócio-morais das crianças e toma
anotações no caderno de observação das crianças.
(d) Observa as competências pessoais das crianças e toma anotações
no caderno de observação das crianças.
(e) Descreve a importância das competências sócio-morais e das
competências pessoais no desenvolvimento da criança.
Contextos de aplicação:
Competências sócio-morais:
Respeitar as suas necessidades, intenções e gostos
Respeitar as necessidades, intenções e gostos dos outros
Colocar-se na posição duma outra criança
Negociar/procurer soluções satisfactórias para todos
Saber brincar sozinha
Saber brincar com outros
Não seguir apenas as ideias das outras mas sim ter iniciativa
própria
Não querer fazer algo apenas da sua ideia mas sim também
participar em jogos de ideias de outros
121
Partilhar
Ajudar
Competências pessoais:
Mostrar entusiasmo em interagir nas diversas áreas de
actividades
Ter iniciativa
Sentir-se capaz de realizar uma ideia
Vontade de descobrir algo
Tomar decisões
Colocar metas adequadas à sua capacidade
Enfrentar obstáculos/ desafios e não desistir logo
Procurar uma solução para um problema
Ter uma ligação estreita entre pensar e agir
Procurar ajuda se precisar
Saber avaliar perigos
Aceitar os seus limites e conhecer as suas capacidades
Aguentar momentos de frustração
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando...
Identifica competências sócio-morais que as crianças podem
desenvolver nas actividades livres num ambiente estimulante
Identifica competências pessoais que as crianças podem
desenvolver nas actividades livres num ambiente estimulante
Descreve a importância das competências socio-morais e das
competências pessoais no desenvolvimento das crianças.
Produto
O formando descreve no caderno de observação de crianças...
122
Situações concretas que demonstram o desenvolvimento de
competências sócio-morais nas actividades livres, orientando-
se por uma lista de competências
Situações concretas que demonstram o desenvolvimento de
competências pessoais nas actividades livres, orientando-se
por uma lista de competências.
INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR
Esta parte da especificação do módulo deve ser considerada como um guia de apoio
e nenhuma das secções é obrigatória.
Justificação do módulo
Este módulo é importante porque cada educador deve saber acompanhar crianças
nas actividades livres no canto/ sala de material didáctico o que exige habilidades
profissionais mais complexas e mais específicas do que o acompanhamento de
crianças nas actividades livres em geral. A importância deste módulo resulta
também do facto que o trabalho com materiais didácticos nas actividades livres para
a maioria das instituições de infância é um aspecto novo, mas muito importante para
permitir a criança aprender duma maneira activa.
123
formador da actividade principal e de actividades adicionais de um material. A seguir
devem, em pequenos grupos, circular por 5 materiais diferentes e identificar as
actividades principais e adicionais para cada um dos 5 materiais. Devem apresentar
e debater na turma. Depois de receber uma explicação pelo formador devem, em
pequenos grupos, preencher as respectivas partes duma ficha em relação a cada
material.
O formando sabe nomear as diferentes maneiras como uma criança aprende com o
material didáctico (experimentar e descobrir sozinha, imitar uma outra criança/
adulto, participar numa demonstração do educador). Para isso os formandos devem
apresentar ideias a partir da sua imaginação e, se ainda for preciso, identificar outras
maneiras ao analisar simulações apresentadas pelo formador.
O formando é capaz de identificar quando deve apoiar uma criança fazendo uma
demonstração do uso dum material didáctico. Para isso os formandos devem, em
pequenos grupos, identificar em exercício escrito situações em que o educador deve
apoiar a criança e situações onde o educador não deve apoiar a criança. Devem
apresentar os seus resultados e debater, se for preciso usando simulações, sobre
todas as situações em relação às quais não houve concordância tentando chegar a
uma solução comum. Devem auto-avaliar o seu trabalho através duma solução
escrita, afixada ao contrário e clarificar com o formador dúvidas ou questões em
aberto. Finalmente devem resumir os critérios importantes.
126
Abordagem na geração das evidências de avaliação
A avaliação neste módulo ira focalizar-se 1) na avaliação dos conhecimentos
básicos sobre como acompanhar crianças no canto/ sala de material didáctico e
sobre como identificar competências sociais e pessoais de crianças e a sua
importância; 2) na avaliação das habilidades práticas de acompanhar crianças nas
actividades livres no canto/ sala de material didáctico em forma duma demonstração
e em forma de produtos; e 3) na avaliação das habilidades práticas de observar as
competências sociais e pessoais das crianças nas actividades livres tomando notas
no caderno de observação.
Resultado de Aprendizagem 1
Teste escrito com perguntas de curtas respostas sobre as diferentes maneiras como
uma criança aprende com o material didáctico e os aspectos da organização física
do canto/ sala de material didáctico; teste escrito de perguntas abertas sobre a
vantagem do uso de pequenas esteiras
Produto feito em pequeno grupo que inclui 5 Fichas de material preenchidas nas
partes I e IV (1-3, a, b), respectivamente um material por cada uma das seguintes
áreas:
De exercícios de quotidiano
Sensorial
De linguagem
De matemática
De conhecimento do mundo.
Resultado de Aprendizagem 2
Teste escrito com perguntas de curtas respostas sobre as atitudes adequadas do
educador nas actividades livres; teste escrito de frases falsas e verdadeiras sobre o
impacto do mecanismo de autocontrole de erro inserido no material didáctico.
Resultado de Aprendizagem 3
Teste escrito de associação de situações descritas e competências sócio-morais e
pessoais que as crianças podem desenvolver nas actividades livres num ambiente
estimulante; teste escrito de perguntas abertas sobre a importância das
competências socio-morais e das competências pessoais no desenvolvimento das
crianças.
127
Produto que inclui 1) o caderno de observação na qual o formando descreveu, em
relação a diferentes crianças, situações concretas que demonstram o
desenvolvimento de competências sócio-morais que elas desenvolvem durante as
actividades livres; 2) o caderno de observação na qual o formando descreveu, em
relação a diferentes crianças, situações concretas que demonstram o
desenvolvimento de competências pessoais que elas desenvolvem durante as
actividades livres.
Referências
1. Hainstock, E.G., & Havis, L. (1997). Teaching Montessory in the home: The
preschool years. Plume: Upd Sub publishing.
2. Hohmann, M. & David Weikart. (1979). A criança em acção (2. Edição).
Fundação Calouste Gulbenkian: Lisboa.
3. Hohmann, M, & David Weikart. (1997). Educar a criança. (High Scope
Educational Research Foundation). Fundação Calouste Gulbenkian: Lisboa.
4. Lagoa, Vera. Estudo do sistema Montessori. São Paulo, edições Loyola, 1981
5. Wild, R. (2007). Educar para Ser. Herder: Barcelona.
6. Wild, R. (2003). Calidad de Vida. Educacion y Respeto para el Crecimiento
Interior de Ninos y Adolescentes. Herder: Barcelona.
7. Wild, R. (2006). Libertad y Limites: Amor y Respeito. Herder: Barcelona.
128
INFORMAÇÃO GERAL DO MÓDULO
Título do módulo:
Aplicar Educação Inclusiva (EI)
Código do módulo:
Data da validação:
Nível do QNQP: 4
Número de créditos: 7
129
Resultado de aprendizagem 1: Descrever as diferentes necessidades
especiais e identificar as causas do
comportamento da criança
Critérios de desempenho:
(a) Resume a importância da participação das crianças com necessidades
especiais, as definições básicas utilizadas na EI e os objectivos principais
da EI.
(b) Descreve os principais tipos de necessidades especiais e as suas
manifestações.
(c) Observa necessidades, capacidades, e interesses da criança com
necessidade especial, e preenche Parte I da Ficha individual 2.
(d) Identifica, junto com colegas, os aspectos do ambiente da instituição de
infância que podem agravar ou apoiar o comportamento da criança com
necessidade especial, e preenche Parte II a) da Ficha individual 2.
(e) Recolhe informação sobre o historial e a situação familiar da criança,
numa conversa respeitosa com os pais, e preenche Parte II b) da Ficha
individual 2.
Contextos de aplicação:
Importância da participação das crianças com necessidades especiais:
Permite o desenvolvimento do potencial da criança
Através de métodos da EI promove a aprendizagem de todas as
crianças
É fundamento da tolerância
130
Escadas ou outras barreiras físicas que dificultam o movimento
Falta de acesso aos materiais pedagógicos
Ambiente afectivo (falta de carinho, atenção)
(Falta duma) estrutura clara / organização do dia
Exercícios inadequados à capacidade da criança
Nível elevado de competição
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando...
Descreve a importância da participação, as definições básicas e os
objectivos principais da EI
Descreve os principais tipos de necessidades especiais e as suas
manifestações.
Demonstração simulada
O formando realiza conversa respeitosa com os pais, recolhendo
informação necessária sobre o historial e a situação familiar da criança
com certa necessidade especial.
Produto
O formando em grupo preenche as partes I e II da Ficha individual 2 na
base da observação duma criança com necessidades especiais e a partir
de uma conversa simulada com os pais.
13O formando irá aprender a recolher a informação da família de maneira mais sistemática no Módulo 6: Analisar o
desenvolvimento da criança e colaborar com a família.
131
Resultado de aprendizagem 2: Identificar intervenções
pedagógicas adequadas no
contexto de diferentes
necessidades especiais
Critérios de desempenho:
(a) Identifica, com colegas, as metas individuais da criança na base das
Partes I e II da Ficha individual 2 e anota-as na Parte III a) da mesma.
(b) Identifica, com colegas, os passos de aprendizagem necessários para
atingir cada meta individual, e preenche Parte III b) da Ficha individual 2.
(c) Descreve com detalhe necessário as técnicas de promoção do
desenvolvimento no contexto dos principais tipos de necessidades
especiais.
(d) Identifica actividades com a criança, com a família e acções para melhorar
o ambiente na instituição para promover os passos de aprendizagem, e
preenche a Parte IV da Ficha individual 2.
Contextos de aplicação:
Ficha individual 2, Parte III
a) Metas individuais:
Para habilidades para vida diária (‘life-skills’)
Para áreas pedagógicas
Para competências pessoais (de aprendizagem)
b) Passos de aprendizagem:
Passos concretos necessários para atingir cada meta individual
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando descreve as técnicas de promoção do desenvolvimento no
contexto duma necessidade especial física e duma necessidade especial
de aprendizagem.
Produto
Os formandos preenchem, em grupos pequenos, as Partes III a) e b), e IV
da Ficha individual 2 na base da observação duma criança, e de acordo
com critérios de desempenho a), b), e d).
132
Resultado de aprendizagem 3: Aplicar intervenções pedagógicas
adequadas no contexto da EI
Critérios de desempenho:
(a) Explica os benefícios de actividades inclusivas para todas as crianças e
como atingir estes benefícios.
(b) Apresenta e aplica os critérios principais para a criação de grupos de
crianças com e sem necessidades especiais.
(c) Descreve e aplica as formas de estimular o contacto entre crianças com e
sem necessidades especiais.
(d) Descreve e aplica as formas de diferenciar o grau de dificuldade das
actividades pedagógicas, para crianças com várias capacidades.
(e) Realiza actividades em grupos pequenos, promovendo os passos de
aprendizagem da criança com necessidades especiais, descritos nas
Partes III b) e IV da Ficha individual 2.
(f) Reflecte sobre o processo de desenvolvimento da criança, actualizando a
Ficha individual 2 Partes I a IV.
Contextos de aplicação:
Benefícios de actividades inclusivas para todas as crianças:
Aprendizagem social (ex.: respeitar cada criança tal como é)
Exercício de apoiar e receber apoio
Conhecimento das suas capacidades e necessidades
Cria uma visão mais ampla sobre os conteúdos de aprendizagem
133
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando...
Explica os benefícios de actividades inclusivas e como atingir estes
benefícios, os critérios principais para criação dos grupos de crianças
com e sem necessidades especiais, e as formas de diferenciar o grau
de dificuldade das actividades para as crianças com necessidades
especiais
Descreve as formas de estimular o contacto com as crianças com
necessidades especiais.
Demonstração real
O formando realiza uma actividade pedagógica com um grupo que inclui
criança/s com necessidades especiais de acordo com os critérios de
desempenho b) a e).
Produto
O formando apresenta as partes I a IV da Ficha individual 2 actualizadas
na base da observação continua duma criança.
INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR
Esta parte da especificação do módulo deve ser considerada como um guião de apoio e
nenhuma das secções é obrigatória.
Justificação do módulo
Este módulo é importante porque transmite as bases para a implementação da Educação
Inclusiva. Com estes conhecimentos, o educador é capaz de lidar com todas as crianças
e promover o seu desenvolvimento independentemente de quaisquer necessidades
especiais que existam no grupo. O módulo cria as bases para o educador poder realizar
actividades com um grupo heterogéneo, diferenciando o grau da dificuldade de acordo
com as capacidades e necessidades de cada uma das crianças. O módulo é essencial
porque possibilita a educação para todos e disponibiliza instrumentos ao educador para
planificar e realizar intervenções pedagógicas para diferentes necessidades especiais.
134
(revisão do Módulo 3, Nível 3) e completá-los com apoio do formador. A seguir, devem
fazer um jogo de cartões com tarefa de separar frases verdadeiras e falsas sobre a EI.
135
repetir o processo com as outras fichas individuais (com partes I e II preenchidas) em
grupos pequenos, preencher as Partes III a) e b) na base na informação recolhida, e
apresentá-las ao grupo grande.
136
O formando é capaz de realizar actividades em grupos pequenos (com diferentes
crianças), promovendo os passos de aprendizagem da criança com necessidades
especiais, descritos nas Partes III b) e IV da Ficha individual 2. Para tal, os formandos
devem ler a Parte III b) e IV de algumas fichas individuais preenchidas, e fazer uma chuva
de ideias sobre as formas de promover estes passos de aprendizagem em actividades de
grupos pequenos. Depois, devem simular as actividades e reflectir sobre as mesmas. A
seguir, devem realizar as actividades em situações reais nas instituições de infância.
Resultado de Aprendizagem 1
Teste escrito com perguntas de resposta curta sobre a importância da participação, as
definições básicas e os objectivos principais da EI. Teste escrito com perguntas de
associação entre os principais tipos de necessidades especiais e as suas manifestações.
Resultado de Aprendizagem 2
Teste escrito com perguntas de respostas abertas sobre as técnicas de promoção do
desenvolvimento da criança de acordo com uma descrição dada duma necessidade
especial física e duma necessidade especial de aprendizagem.
Resultado de Aprendizagem 3
Teste escrito que contem uma explicação satisfatória sobre os benefícios de actividades
inclusivas e como atingir estes benefícios, e os critérios principais para a criação dos
grupos de crianças com e sem necessidades especiais.
137
Teste escrito com perguntas de respostas curtas sobre as formas de estimular o contacto
entre crianças com e sem necessidades especiais. Teste escrito que inclui uma descrição
satisfatória sobre as formas de diferenciar o grau de dificuldade duma dada actividade
pedagógica.
Produto avaliado através duma ficha de verificação, e constituindo pela ficha individual 2
completa actualizada na base da observação contínua duma criança.
Necessidades Especiais
Em certos casos, evidências requeridas modificadas podem ser produzidas por uma
escola ou Centro de ensino para certificação de candidatos com necessidades especiais.
Contudo, se a modificação ocorrer, ela não deve diluir a qualidade das especificações do
módulo. Em todos os casos as modificações devem ser sujeitas à aprovação pelo PIREP.
Referências
1. Ministério da Mulher e da Acção Social. [in press]. Programa Educativo para
crianças do 1o ao 5o ano. Maputo, Moçambique.
2. Werner, D. (2009). Disabled Village Children. Localizado no
http://hesperian.org/books-and-resources/ no 8 de Outubro de 2012.
3. Pierangelo, R. (2004). The Special Educators Survival Guide. John Wiley & Sons: San
Francisco, CA.
138
INFORMAÇÃO GERAL DO MÓDULO
Código do módulo: MO
Data da validação:
Nível do QNQP: 4
Número de créditos: 7
A conclusão com êxito de todos os módulos do certificado
vocacional 3 em educação de infância (em especial do
módulo ‘Promover uma interacção respeitosa com e entre as
crianças’). Adicionalmente, a conclusão com êxito do
Requisitos de inscrição módulo do certificado vocacional 4 ‘Descrever como a
no módulo: criança aprende e se desenvolve, e observar as
competências cognitivas, linguísticas, e sensório-motoras
nas crianças’.
139
Resultado de aprendizagem 1: Implementar os direitos da criança e
descrever a sua ligação com as
necessidades e deveres da criança
Critérios de desempenho:
(a) Nomeia direitos da criança.
(b) Implementa no seu trabalho os direitos da criança à expressão, à
participação, a brincar e à educação.
(c) Define a ligação entre os direitos da criança, as suas necessidades
e os seus deveres.
(d) Exemplifica as consequências de não respeitar as necessidades da
criança.
(e) Define o conceito “crianças vulneráveis” e exemplifica de que
maneira os direitos delas não são respeitadas.
Contextos de aplicação:
Direitos da criança
à amor, segurança e compreensão
à saúde, alimentação, moradia e assistência médica adequadas
à protecção
a todas as facilidades e oportunidades para se desenvolver
plenamente, com liberdade e dignidade.
de brincar
à educação
à participação
à expressão
a cuidados especiais para a criança física ou mentalmente
deficiente
a ser protegida contra qualquer tipo de preconceito, seja de
raça, religião ou posição social
141
Permanência de necessidades infantis enquanto adulto →
problemas nas relações entre adultos
Ex.: Se a necessidade de amor e atenção duma criança não são
satisfeitas na infância, isto pode provocar distúrbios na idade
adulta (O adulto exige amor incondicional como se ainda fosse
criança). Por isso a necessidade de amor torna-se um direito.
Crianças vulneráveis…
são crianças que não são respeitadas de uma forma permanente
nos seus direitos/ necessidades.
Exemplos
Criança que não têm espaço/ tempo para brincar livremente e
para movimentar-se
Crianças abusadas
Crianças mal tratadas emocionalmente
Crianças negligenciadas
Crianças órfãs
Crianças fugitivas
Crianças com necessidades especiais não tratadas
adequadamente
Sempre que um direito não é respeitado de forma permanente
tornando a criança vulnerável, a consequência é que essa criança
torna-se vulnerável também em outros direitos.
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando...
Nomeia direitos da criança
Identifica como implementar o direito da criança à educação
Descreve e exemplifica a ligação entre os direitos, as
necessidades e os deveres da criança
Exemplifica as consequências de não respeitar as necessidades
da criança
Define o conceito “crianças vulneráveis“ e exemplifica de que
maneira os direitos das crianças vulneráveis não são
respeitadas.
Demonstração real
O formando implementa no seu trabalho os direitos da criança à
expressão, à participação e a brincar, e logo a seguir da
demonstração faz uma auto-avaliação do que até agora fez para
tornar a implementação destes direitos na sua instituição possível,
as dificuldades nesse processo e o que ainda pretende fazer.
Critérios de desempenho:
(a) Identifica como a criança manifesta as suas necessidades.
142
(b) Distingue desejos e necessidades substituintes das necessidades
e indica como reagir adequadamente em cada caso.
(c) Identifica condições que devem ser criadas para a criança
satisfazer as suas necessidades respondendo ao mesmo tempo à
diversidade das necessidades numa instituição.
(d) Cria um ambiente que permite à criança satisfazer ela própria as
suas necessidades ou a participar na sua satisfação e explica a
importância disso.
(e) Ajuda a criança a satisfazer as suas necessidades de forma
adequada e explica a importância de agir desta maneira.
(f) Nomeia como as crianças aprendem a respeitar as suas
necessidades e as das outras.
Contextos de aplicação:
Como a criança manifesta as suas necessidades:
Através da fala (ex. “Eu quero/ preciso…”)
Através de uma acção (ex.: bater a mesa)
Através de um comportamento (ex. ser apático)
Através duma atitude (ex. ter interesse ou não)
Através da linguagem não-verbal (ex. mímica)
Necessidades:
São necessidades básicas, necessidades de desenvolvimento e
aprendizagem e necessidades sociais (veja hierarquia das
necessidades no modulo 1)
Têm a função de servir ao desenvolvimento da criança/ são a
força motriz do desenvolvimento da criança
Por isso ignorar estas necessidades pode criar problemas no
desenvolvimento da criança
Desejos:
Differem-se das necessidades uma vez que a falta da sua
satisfação não cria problemas no desenvolvimento duma
criança/ a sua satisfação não é indispensável para o seu
desenvolvimento. Exemplos: “Quero sorvete.”
A satisfação repetitiva de certos desejos pode criar dependência
(ex.: consumir açúcar, assistir televisão)
Necessidades substituintes:
São necessidades ou desejos que subsituem necessidades que
não são satisfeitas.
A falta de satisfação da necessidade substituída por esta
necessidade substituinte traz problemas no desenvolvimento da
criança
Exemplos:
o Criança exige doces ou brinquedos para substituir a falta de
amor
o Criança para de brincar e quer sempre escrever letras e
números para substituir a necessidade de ser amada
incondicionalmente (porque os pais apenas estão satisfeitos
quando a criança “aprende bem”)
143
Reagir adequadamente quando criança mostra uma necessidade ou
desejo:
1. Procurar identificar se se tratar duma necessidade, dum
desejo ou duma necessidade substituinte orientando-se nas
seguintes perguntas:
o A permanente falta de satisfação daquilo que a criança quer
pode criar problemas no desenvolvimento dela ou não?/ A
satisfação daquilo que a criança quer tem algo que pode
contribuir para o desenvolvimento dela?
o Por atrás daquilo que a criança quer haverá ou não uma
necessidade que não está sendo satisfeita?
2. Se se tratar duma necessidade: Respeitar agindo de acordo
com o que aprenderão a seguir
3. Se se tratar dum desejo:
pode satisfazer ou não dependendo da decisão do adulto
Limitar se tiver potencialidade de criar dependência
4. Se se tratar duma necessidade substituinte
Limitar se tiver potencialidade de criar dependência
Procurar identificar a necessidade que não está sendo
satisfeita (a necessidade substituída)
Criar condições para esta necessidade seja satisfeita.
144
maneira a estimular a criança a agir em autonomia e de acordo
com as suas capacidades
O educador permite e exige à criança a assumir a
responsabilidade relacionada com a sua necessidade (=
deveres relacionados com os seus direitos)
145
A criança aprende a desenvolver a sua força de vontade (sentir
e entender as suas necessidades - o que quer e o que não
quer)
A criança aprende a ter opções
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando...
Distingue desejos e necessidades substituintes das
necessidades e indica como reagir em cada caso.
Identifica como a criança manifesta as suas necessidades
Identifica condições que devem ser criadas para a satisfação
das necessidades das crianças respondendo ao mesmo tempo
à sua diversidade numa instituição
Explica a importância de criar um ambiente que permite à
criança satisfarzer ela própria as suas necessidades ou a
participar na sua satisfação
Explica a importância de criar um ambiente que permite a
criança satisfazer as suas necessidades de forma adequada
Nomeia como as crianças aprendem a respeitar as suas
necessidades e as de outras crianças.
Critérios de desempenho:
(a) Explica o mecanismo de auto-regulação duma criança, como ele
pode ser danificado e quais as possíveis consequências dessa
danificação.
146
(b) Explica como ajudar a prevenir o abuso sexual.
(c) Identifica crianças abusadas através de uma lista de sintomas
manifestadas pela criança.
(d) Reage adequadamente quando confrontado com a situação duma
criança provavelmente sexualmente abusada.
Contextos de aplicação:
O mecanismo de auto-regulação duma criança pode ser comparado
com o funcionamento duma célula que com ajuda do seu núcleo e
da sua membrana semi-aberta sabe responder adequadamente às
influências que vêm de fora (abrir ou fechar-se quando for preciso)
Uma criança com este mecanismo em função:
Sabe distinguir entre o que é bom e o que não é para ela
Mostra motivação intrínseca (abre-se) em relação às coisas que
podem servir ao seu desenvolvimento
Fecha-se perante aspectos prejudiciais a ela
Procura ajuda e orienta-se em pessoas de referência em
momentos onde não tem conhecimentos suficientes para decidir
se algo é bom ou é mau para a sua vida
Uma criança deste tipo é mais protegida perante o abuso
sexual!
147
Apoiar a criança a colocar limites para si mesma e para as
outras expressando-se com linguagem pessoal
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando...
Explica o mecanismo de auto-regulação, como ele pode ser
danificado e quais as possíveis consequências dessa
danificação
148
Identifica como ajudar prevenir o abuso sexual
Demonstração simulada
O formando...
Identifica através de uma lista de sintomas uma criança
provavelmente abusada
Reage adequadamente sendo confrontado com uma criança
provavelmente sexualmente abusada.
INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR
Esta parte da especificação do módulo deve ser considerada como um guia de apoio
e nenhuma das secções é obrigatória.
Justificação do módulo
Este módulo é importante porque os educadores devem saber respeitar e lidar com
os direitos e necessidades das crianças que no desenvolvimento delas jogam um
papel fundamental. Baseando-se no módulo 1 no qual aprenderam a importância
das necessidades no desenvolvimento duma criança, este modulo ajuda a perceber
a ligação entre os direitos, necessidades e deveres das crianças e o conceito
crianças vulneráveis e ensina aos formandos a implementar os direitos no trabalho
com crianças. O módulo também é importante pelo facto de que muitos adultos ou
não respeitam as necessidades das crianças ou não sabem como lidar de forma
adequada com elas caindo no outro extremo de permitir tudo e de qualquer maneira.
Com este módulo os formandos podem aprender lidar de forma adequada e
respeitosa com as necessidades das crianças. Além disso o módulo responde ao
problema de um tipo de situação especialmente grave que é a das crianças
vulneráveis (crianças cujos direitos não são respeitados): o abuso sexual de
crianças. Os formandos vão desenvolver competências básicas sobre como
identificar estas crianças, como ajudar a prevenir o abuso e como lidar com uma
criança provavelmente abusada.
O formando sabe definir o conceito “crianças vulneráveis” (crianças que não são
respeitadas de uma forma permanente nos seus direitos/ necessidades) e sabe
exemplificar de que maneira os direitos delas não são respeitadas. Para isso os
formandos devem dar propostas sobre como eles definiriam o conceito para a seguir
um formador dar a definição correcta. Em pequenos grupos devem analisar cada
grupo um caso especifico de uma certa criança vulnerável e identificar de que
maneira os direitos dela não são respeitadas. Devem apresentar e debater o
resultado na turma.
O formando é capaz de identificar condições que devem ser criadas para a criança
satisfazer as suas necessidades respondendo ao mesmo tempo à diversidade das
necessidades numa instituição (ambiente estimulante com várias áreas de
actividades e uma diversidade de materiais, sistema de boa organização dentro da
150
instituição, materiais de diferentes níveis de dificuldade, variedade de actividades
dirigidas que incluem os diferentes interesses das crianças). Para isso os formandos
primeiro devem anotar em cartões as suas preocupações em relação a questão de
como lidar com a diversidade das necessidades numa instituição e organizá-los na
parede juntando preocupações semelhantes. A seguir devem em pequenos grupos
elaborar ideias sobre como lidar com estas preocupações/ com a diversidade das
necessidades devendo para isso recorrer aos seus conhecimentos adquiridos em
vários módulos do nível 3. Depois disso devem apresentar e debater as suas ideias
na turma criando em conjunto uma lista de critérios a ser confrontada com uma
solução disponível. Finalmente devem debater sobre a questão de o que fazer para
garantir que a criança satisfaça as suas necessidades assegurando ao mesmo
tempo uma aprendizagem baseada na sua motivação intrínseca ao invés de fazer o
que o adulto quer que ela aprenda (os critérios em cima mencionadas mais: não
realizar actividades ou demonstrar o uso dum material didáctico antes de a criança
demonstrar a necessidade e o interesse).
O formando sabe criar um ambiente que permite à criança satisfazer ela própria as
suas necessidades ou a participar na sua satisfação e sabe explicar a importância
disso. Para isso os formandos devem reagir a duas simulações do formador nas
quais ele apresenta de cada vez uma criança que demonstra uma necessidade. As
simulações devem ser de tal maneira concebidas que sugerem aos formandos a
satisfação das necessidades da criança como reacção. A seguir devem analisar as
reacções dos colegas e finalmente devem ser confrontados com a explicação do
formador na qual ele sublinha que não é tarefa do educador de satisfazer todas as
necessidades das crianças mas sim de criar condições para ela satisfazê-las por si
própria. Com base nestas explicações os formandos devem dar propostas sobre
como agir adequadamente nas situações anteriormente simuladas e anotar os
aspectos importantes. A seguir os formandos devem analisar o impacto das duas
diferentes formas de agir perante a criança no desenvolvimento dela. Da mesma
maneira devem analisar situações nas quais crianças apresentam necessidades que
ainda não podem satisfazer por si próprios (ex. o bebe de estar vestida) identificando
de que maneira pelo menos podem participar na sua satisfação.
151
Finalmente os formandos devem implementar na sua instituição de prática de lidar
com as necessidades das crianças de acordo com o que aprenderam nas aulas.
Depois da metade do tempo da implementação devem realizar uma reflexão para
debater sobre as suas experiências e sobre dúvidas/ questões que ficaram em
aberto. Devem aproveitar dos resultados da reflexão para ainda melhorar o seu
trabalho na segunda parte da implementação.
O formando é capaz de explicar como ajudar a prevenir o abuso sexual (ex., criar
um relacionamento respeitoso com a criança, respeitar os gostos de cada criança e
ajudar a desenvolver a força de vontade delas, etc.). Para isso os formandos devem
em pequenos grupos elaborar ideias sobre como ajudar prevenir o abuso sexual
baseando-se no que aprenderam sobre o mecanismo de auto-regulação e anotando
as suas ideias num máximo de 4 cartões (por grupo). Devem apresentar e organizar
as ideias na parede (juntando ideias semelhantes em grupos) e autocontrolar e
reflectir sobre o seu trabalho baseando-se numa solução disponível.
152
módulo pode ser feita de forma integrada, onde se privilegia a avaliação dos
resultados como um conjunto ao invés de resultados separados. Sempre que
possível, os formandos devem fazer autoavaliação das suas demonstrações, antes
da avaliação feita pelo formador.
Resultado de Aprendizagem 1
Teste escrito com perguntas de curtas respostas sobre os direitos da criança e o
conceito “crianças vulneráveis“; teste de associação da descrição duma criança
vulnerável e dos direitos não respeitados nelas; teste de perguntas abertas sobre a
ligação entre os direitos, as necessidades e os deveres da criança e sobre as
consequências para a criança quando não se respeitam as necessidades dela.
Resultado de Aprendizagem 2
Teste escrito de identificação de maneiras de a criança manifestar as suas
necessidades em situações descritas ou ilustradas; teste escrito com perguntas de
curtas respostas sobre as maneiras de a criança manifestar as suas necessidades e
sobre como reagir em caso de desejos, necessidades substituintes e em caso de
necessidades; teste escrito de associação de situações descritas e desejos,
necessidades substituintes e necessidade manifestadas nestas situações, teste com
partes em branco a preencher sobre como criar condições para a satisfação das
necessidades das crianças respondendo ao mesmo tempo à sua diversidade numa
instituição; teste com frases falsas e verdadeiras sobre como as crianças aprendem
a respeitar as suas necessidades e as de outras crianças
Resultado de Aprendizagem 3
Teste de identificação de aspectos sobre como ajudar prevenir o abuso sexual em
situações descritas; teste de perguntas abertas sobre o mecanismo de auto-
regulação, como ele pode ser danificado e quais as possíveis consequências dessa
danificação
Necessidades Especiais
Em certos casos, evidências requeridas modificadas podem ser produzidas por uma
escola ou Centro de ensino para certificação de candidatos com necessidades
especiais. Contudo, se a modificação ocorrer, ela não deve diluir a qualidade das
153
especificações do módulo. Em todos os casos as modificações devem ser sujeitas à
aprovação pelo PIREP.
Referências
1. DeVries, R., & Zan, B. (1998). A ética na educação infantil: O ambiente sócio-
moral na escola. Porto Alegre: Artes Medicas.
2. Ferreira , H.M. (2011). Violência sexual contra crianças e adolescentes. Artmed.
3. Juul. J. (2002). Sua criança competente. Osasco: Editora Novo Século.
4. Ministério da Mulher e da Acção Social, Republica de Moçambique. (2011).
Programa Educativo para crianças do 1º ao 5º ano. Maputo, Moçambique.
5. Soares, L.D. (2009). Os direitos das crianças. Civilização Editora.
6. Wild, R. (2007). Educar para Ser. Herder: Barcelona.
7. Wild, R. (2003). Calidad de Vida. Educacion y Respeto para el Crecimiento
Interior de Ninos y Adolescentes. Herder: Barcelona.
8. Wild, R. (2006). Libertad y Limites: Amor y Respeito. Herder: Barcelona.
154
INFORMAÇÃO GERAL DO MÓDULO
Título do módulo:
Promover comportamento social nas crianças
Código do módulo: MO
Data da validação:
Nível do QNQP: 4
Número de créditos: 8
A conclusão com êxito de todos os módulos do certificado
vocacional 3 em educação de infância (em especial do
módulo ‘Lidar com crianças que choram, conflitos entre
crianças e crianças com comportamentos desviantes’) e do
Requisitos de inscrição seguinte módulo do certificado vocacional 4 em educação
no módulo: de infância: ‘Agir com base nos direitos, necessidades e
deveres das crianças’.
155
Resultado de aprendizagem 1: Reflectir sobre a situação de crianças
com comportamento desviante e
exemplificar razões por detrás desse
comportamento
Critérios de desempenho:
(a) Reflecte sobre o costume de chamar às crianças “crianças chatas”.
(b) Ao observar as crianças nos vários processos e actividades
identifica crianças com comportamentos desviantes e preenche a
Parte I da Ficha individual 2.
(c) Identifica razões por detrás dum comportamento desviante
instantâneo ou permanente.
(d) Exemplifica ambientes não adequados para o desenvolvimento
duma criança que provocam comportamentos desviantes.
(e) Exemplifica os dois tipos de imitação de modelos de pessoas de
referência pelas crianças descreve o impacto da imitação inversiva.
Contextos de aplicação:
Possíveis comportamentos desviantes:
Crianças
tristes e chorando
tímidas (que brincam sozinhas; que não falam; que são
passivas)
agitadas
agressivas (batem; tiram coisas; estragam material)
que dependem demais dos outros (crianças / educador)
com tiques (mordem as suas unhas, balanceiam
permanentemente o corpo de um lado para o outro)
sem apetite
com comportamento de adultos ou demasiado infantil
que fazem muito xixi durante o dia
que exigem permanente atenção
sem vínculo afectivo com os pais
com um conhecimento sexual bizarro
que fogem de casa ou da instituição
Cuidado: Não se fala dum comportamento desviante quando a
criança por vezes quebra uma regra ou tem um conflito com uma
outra criança. Esse tipo de situações faz parte da vida e de
aprendizagem.
Ficha individual 2:
Parte I: Observação:
Identificar os interesses, capacidades e dificuldades da criança.
Parte II: Ambiente e o historial:
a) Identificar aspectos do ambiente da instituição que podem
reforçar ou agravar o comportamento da criança
b) Identificar causas prováveis no historial da vida da criança e na
situação familiar14.
14O formando irá aprender colaborar com a família de maneira real mais sistemática no Módulo 6: Analisar o
desenvolvimento da criança e colaborar com a família.
156
(Parte III apenas se preenche em relação à crianças com NEE - ver
módulo 3)
Parte IV: Actividades para promover o desenvolvimento da criança
(para melhorar o ambiente institucional ou familiar e para lidar com o
comportamento da criança)
157
Ex.: As crianças apenas têm 15 min de actividades livres
durante a manhã
Falta de estímulos no ambiente e falta de condições que
permitam às crianças experimentarem
Ex.: Crianças não encontram um lugar onde podem
experimentar os aviões que construíram e sobem
continuamente às mesas
Estimulação demasiada e inadequada
Ex.: música alta e sem intervalo, barulho de estrada, assistência
demasiada à televisão, assistência de programas não
adequados
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando...
Nomeia possíveis comportamentos desviantes
Identifica razões por detrás dum comportamento desviante
instantâneo ou permanente
Exemplifica ambientes não adequados para o desenvolvimento
duma criança que provocam comportamentos desviantes
Exemplifica os dois tipos de imitação de modelos de pessoas de
referência pelas crianças descreve o impacto da imitação
inversiva.
Demonstração real
Os formandos, em pequenos grupos, realizam um debate tipo “pro”
e “contra” no qual um grupo argumenta a favor e um outro contra o
costume de chamar uma criança com comportamento desviante
“criança chata”, trocando depois os papeis.
Produto
Os formandos, em pequenos grupos ou individualmente, identificam
na sua instituição de prática duas crianças com comportamento
desviante e preenchem, em relação a cada criança, a Parte I da
Ficha individual 2.
158
Resultado de aprendizagem 2: Apoiar adequadamente a criança
com comportamento desviante
Critérios de desempenho:
(a) Fundamenta as atitudes adequadas para lidar com crianças com
comportamentos desviantes.
(b) Nomeia os passos de como responder adequadamente aos
comportamentos desviantes e explica porquê agir desta maneira.
(c) Procura entender com colegas/ pais o que no ambiente da criança
pode estar a causar o comportamento e acorda com colegas/pais
sobre como melhorar o ambiente na instituição ou em casa e
preenche as Partes II e IV da Ficha individual 2.
(d) Acorda com colegas/ pais sobre como reagir perante a criança duma
maneira respeitosa e não impositiva e preenche a Parte IV da Ficha
individual 2.15
(e) Analisa a qualidade de conversas em equipa ou com pais sobre uma
criança com comportamento desviante.
(f) Resume a função do choro e como lidar com crianças que choram.
Contextos de aplicação:
Atitudes adequadas para lidar com crianças com comportamentos
desviantes:
Ver cada criança como uma pessoa boa
Reconhecer os comportamentos deles como sinal de alarme, ou
imitação das pessoas de referência
Mostrar uma atitude calma e de amor perante a criança porque
o que é mau é o comportamento e não a criança
15Neste módulo os encontros com os pais serão realizadas apenas de forma simulada, contudo
no módulo sobre famílias (Módulo 6) já serão realizadas de forma real.
159
do comportamento em primeiro lugar exige melhorar o ambiente da
criança (por ex. na instituição e/ ou em casa) ou o comportamento
da pessoa de referencia ao invés de fazer um tratamento com a
criança forcando-a a mostrar o comportamento social desejado. A
eliminação das causas do comportamento desviante leva a criança a
parar o mesmo.
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando...
Fundamenta as atitudes adequadas para lidar com crianças
com comportamentos desviantes
160
Nomeia os passos de como responder adequadamente aos
comportamentos desviantes e explica porquê agir desta maneira
Resume a função do choro e como lidar com crianças que
choram.
Demonstração simulada
O formando responde adequadamente aos comportamentos
desviantes das crianças de acordo com os critérios de desempenho
c) e d).
Demonstração real
Os formandos, em pequenos grupos, analisam a qualidade duma
conversa em equipa ou com pais sobre uma criança com
comportamento desviante.
Produto
Os formandos, em grupos pequenos, preenchem as Partes II, e IV
da Ficha individual 2 na base dos critérios de desempenho c) e d).
Critérios de desempenho:
(a) Descreve a diferença entre regras e bons hábitos de comportamento
social e como intervir em cada situação.
(b) Justifica porquê o educador deve praticar os bons hábitos de
comportamento social que quer que as crianças pratiquem.
(c) Ajuda a criança de forma respeitosa a praticar bons hábitos de
comportamento social.
Contextos de aplicação:
Exemplos de bons hábitos de comportamento social:
Cumprimentar e despedir
Limpar o nariz de forma adequada
Fechar a porta/ carregar cadeiras em silêncio
Sentar-se de maneira correcta
Fechar a boca ao comer
161
Porquê o educador deve praticar as bons hábitos que quer que as
crianças pratiquem:
Porque o ser/ o modelo do educador tem o maior impacto na
educação. (“O factor mais eficaz é como o educador é; em segundo
lugar, o que faz; e, em terceiro, o que ele diz.”- citação de Romano
Guardini)
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando…
Descreve a diferença entre regras e bons hábitos de
comportamento social e a maneira adequada de intervir em
cada situação
Justifica porque o educador deve praticar os bons hábitos que
ele quer que as crianças pratiquem.
INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR
Esta parte da especificação do módulo deve ser considerada como um guia de apoio
e nenhuma das secções é obrigatória.
Justificação do módulo
Este módulo é importante porque em cada instituição tem crianças com
comportamentos desviantes e um educador deve ser capaz de lidar adequadamente
com estas crianças. Em primeiro lugar o módulo dá a oportunidade de reflectir sobre
o costume de ver crianças com comportamentos desviantes como “crianças chatas”
e de perceber que os comportamentos desviantes na verdade não são causados
162
pela maldade da criança, mas sim tem uma razão por detrás. Os formandos
aprendem a analisar em equipa ou com os pais as causas dum comportamento
desviante e a acordar sobre acções adequadas para ajudar a criança. Ao invés de
concentra-se em tratamentos da criança podem perceber o quão importante é e
sobretudo o melhoramento do ambiente em volta da criança para esta poder mudar
o seu comportamento desviante.
Além disso os formandos aprendem neste módulo a ajudar a criança a praticar bons
hábitos de comportamentos social. A sociedade acha muito importante a criança
desenvolver esses hábitos e os formandos aprendem neste módulo maneiras mais
respeitosas de ajudar a criança a desenvolver os hábitos desejados.
163
individualmente ou em pequenos grupos devem fazer observações na sua família ou
famílias vizinhas ou na instituição da sua pratica sobre aspectos no ambiente da
criança que não são adequados para o seu desenvolvimento. A seguir, em
pequenos grupos, devem reflectir e escrever respectivamente um novo exemplo em
papéis que circulam na turma, cada um representando a falta de satisfação de uma
necessidade duma criança. Na turma devem debater sobre alguns dos exemplos. A
seguir devem novamente cada um lembrar-se da sua infância e identificar a razão
por detrás de um comportamento desviante seu ligado a um ambiente não
adequado. Alguns podem apresentar as suas reflexões na turma.
Finalmente devem fazer uma reflexão sobre todos os aspectos que aprenderam
debatendo dúvidas e questões que tenham ficado em aberto.
O formando é capaz de acordar com colegas/ pais sobre como reagir perante a
criança duma maneira respeitosa e não impositiva. Ele sabe preencher a parte IV c)
da Ficha individual 2.16 Para isso os formandos primeiro devem assistir duas
simulações nas quais o formador reage perante a) uma criança dependente e b)
uma criança hiperactiva duma maneira impositiva e devem debater sobre o impacto
desta maneira de agir. A seguir devem assistir simulações nas quais o formador
reage de maneira respeitosa perante as mesmas crianças e debater sobre elas.
Orientando-se nestes modelos devem, em pequenos grupos, simular a continuação
de um encontro já feito anteriormente em equipa para em conjunto acordar sobre
como agir perante a criança de maneira respeitosa/ não impositiva. Na turma devem
debater sobre o resultado dos encontros.
O formando sabe resumir a função do choro (em geral: expressar a sua dor e aliviar-
se da mesma - direito da criança!; do choro “não adequado à situação”: expressar
dores internalizadas no passado e aliviar-se das mesmas - processo de curar-se)
e como lidar com crianças que choram Para isso os formandos primeiro devem
resumir através dum debate o que aprenderam no nível 3 sobre a função do choro.
A seguir devem simular como reagir perante uma criança que chora usando para o
efeito um exemplo anteriormente tratado, devendo analisar se a reacção é adequada
ou não aos critérios que aprenderam no nível 3 sobre como reagir perante crianças
que choram. Na base dos critérios relembrados devem simular como agir de
maneira adequada em mais situações igualmente tratados anteriormente nas quais
uma criança chora.
NOTA: Este critério é importante por duas razões: A primeira porque o choro pode
acontecer quando uma criança com comportamento desviante é confrontada com
regras por cumprir. A segunda razão é quando o choro é em si o comportamento
16Neste módulo as actividades serão realizadas apenas de forma simulada, contudo no módulo
sobre famílias (Módulo 6) já serão realizadas de forma real.
165
desviante. E de recomendar que este critério de desempenho seja abordado logo
que uma situação favorável se apresentar durante os debates ou simulações.
17 Os encontros em equipa para a implementação podem ser realizados na sala de aula ou nas
instituições de prática. Estes encontros podem ser reais caso o pequeno grupo de formandos
trabalha juntos na mesma instituição com as mesmas crianças. Em caso de formandos estarem
sozinhos nas instituições de prática, estes deverão se juntar e fazer encontros simulados.
166
Finalmente devem implementar o que aprenderam na sua instituição de prática.
Depois da implementação devem reflectir sobre as suas experiencias e duvidas/
questões que ficaram em aberto.
Resultado de Aprendizagem 1
Teste escrito com perguntas de curta resposta sobre possíveis comportamentos
desviantes e comportamentos desviantes instantâneos e permanentes; teste de
frases verdadeiras e falsas sobre razões por detrás dum comportamento desviante
instantâneo ou permanente; Teste de perguntas abertas sobre exemplos de
ambientes não adequados para o desenvolvimento duma criança que provocam
comportamentos desviantes e sobre exemplos de dois tipos de imitação de modelos
de pessoas de referência pelas crianças e sobre o impacto da imitação inversiva.
Resultado de Aprendizagem 2
Teste escrito com perguntas de curtas respostas sobre os passos de como
responder adequadamente aos comportamentos desviantes; teste de preencher
partes em branco dum texto sobre a função do choro e como lidar com crianças que
choram, Teste de perguntas abertas sobre as atitudes adequadas para lidar com
crianças com comportamentos desviantes e a importância de agir de acordo aos
passos adequados de lidar com comportamentos desviantes.
Produto feitio em pequeno grupo que inclui uma das fichas individual 2 que já foi
preenchida na sua parte I agora também preenchida nas suas partes II, e IV na base
dos critérios de desempenho c) e d).
167
Resultado de Aprendizagem 3
Teste escrito de perguntas abertas sobre a diferença entre regras e bons hábitos de
comportamento social e a maneira adequada de intervir em cada situação e sobre
porque o educador deve praticar os bons hábitos que ele quer que as crianças
pratiquem.
Necessidades Especiais
Em certos casos, evidências requeridas modificadas podem ser produzidas por uma
escola ou Centro de ensino para certificação de candidatos com necessidades
especiais. Contudo, se a modificação ocorrer, ela não deve diluir a qualidade das
especificações do módulo. Em todos os casos as modificações devem ser sujeitas à
aprovação pelo PIREP.
Referências
1. DeVries, R., Zan, B. (1998). A ética na educação infantil: O ambiente sócio-
moral na escola. Porto Alegre: Artes Medicas.
2. Juul. J. (2002). Sua criança competente. Osasco: Editora Novo Século.
3. Lagoa, Vera. Estudo do sistema Montessori. São Paulo, edições Loyola, 1981
4. Ministério da Mulher e da Acção Social, Republica de Moçambique. (2011).
Programa Educativo para crianças do 1º ao 5º ano. Maputo, Moçambique.
5. Wild, R. (2007). Educar para Ser. Herder: Barcelona.
6. Wild, R. (2003). Calidad de Vida. Educacion y Respeto para el Crecimiento
Interior de Ninos y Adolescentes. Herder: Barcelona.
7. Wild, R. (2006). Libertad y Limites: Amor y Respeito. Herder: Barcelona.
168
INFORMAÇÃO GERAL DO MÓDULO
Data da validação:
Nível do QNQP: 4
Número de créditos: 6
A conclusão com êxito de todos os módulos do
certificado vocacional 3 em educação de infância
em especial do módulo ‘Comunicar e colaborar
com a família’ e dos seguintes módulos do
certificado vocacional 4 em educação de infância:
‘Descrever como a criança aprende e se
Requisitos de desenvolve, e observar as competências
inscrição no módulo: cognitivas, linguísticas, e sensório-motoras nas
crianças’, ‘Acompanhar actividades livres no canto
/sala de material didáctico, e observar as
competências sócio-morais e pessoais nas
crianças’, ‘Aplicar Educação Inclusiva’ e
‘Promover comportamento social nas crianças’.
169
Resultado de aprendizagem 1: Realizar reuniões de análise do
desenvolvimento da criança
Critérios de desempenho:
Contextos de aplicação:
A importância de se reunir em equipa para analisar o
desenvolvimento da criança:
Visão mais complexa e completa do desenvolvimento da
criança
Mais áreas/ momentos observados: ‘Mais olhos vêem mais’
Outras perspectivas e interpretações
170
Procurar e aceitar a solução melhor em conjunto e na base das
contribuições de todos ao invés de ficar fixado na sua opinião
Conhecer o seu papel e contribuição no processo de consulta:
inovador; visionário; operacionalizador; clarificador; resumidor;
conclusivo, etc.
Reconhecer as capacidades únicas dos colegas de forma a
maximizar as sinergias do trabalho de equipa
Evidências requeridas:
Evidência oral
O formando explica a importância de se reunir em equipa para
analisar o desenvolvimento da criança.
Produto
Os formandos, na reunião em equipa, preenchem a Ficha individual
1 em relação a uma criança.
Critérios de desempenho:
(a) Comunica com os pais de uma maneira respeitosa e eficaz
tomando em consideração a sua cultura e dinâmicas do género na
família.
(b) Comunica com a família sobre o desenvolvimento da criança na
base da Ficha individual 1 e acorda acções possíveis para apoiar
caso necessário.
(c) Planifica como acompanhar os pais na implementação das acções
de apoio à criança.
Contextos de aplicação:
Comunica com os pais de uma maneira respeitosa e eficaz tomando
em consideração a sua cultura e dinâmicas do género:
Quando o educador fala de maneira autoritária está a impor ao
invés de consultar e de envolver. Como consequência disso os
pais não participam e não implementam as acções ditadas.
Falar como igual no interesse da criança, procurar opinião,
acordar
Se os pais aceitam a opinião do educador como certa e sem
questionar, criar uma relação próxima com os pais incentivando
ao mesmo tempo um a crítica construtiva numa atitude humilde
e de aprendizagem
171
Se os pais falam o que é esperado deles ao invés de dar a sua
opinião real, criar um ambiente e um relacionamento que
encoraja os pais a terem coragem de dizer o que pensam
Multiculturalismo - procurar perceber as várias características
culturais
O educador não deve ter preconceitos em relação à origem
cultural ou económica dos pais e deve procurar perceber as
razões por detrás de comportamentos dos pais, que poderá
achar estranho
Evidências requeridas:
Demonstração real ou simulada
O formando comunica com a família sobre o desenvolvimento da
criança e acorda acções possíveis de acordo com os critérios de
desempenho a) a b).
Produto
Os formandos com base nas várias situações alistadas, escrevem
como pretendem acompanhar os pais na implementação das
acções de apoio à criança tomando as características da situação
em consideração.
172
Resultado de aprendizagem 3: Comunicar com a família para
identificar a origem ou as causas
duma necessidade especial ou dum
comportamento desviante duma
criança e acordar acções para apoiar
a criança
Critérios de desempenho:
(a) Comunica com os pais para em conjunto identificarem a origem ou
possíveis causas das necessidades especiais da criança e preenche
a parte II da Ficha individual 2.
(b) Acorda com a família acções possíveis para apoiar a criança com
necessidades especiais, preenchendo as partes III e IV da Ficha
individual 2.
(c) Comunica com os pais para em conjunto identificarem o que no
ambiente familiar está a causar o comportamento desviante da
criança, preenchendo a parte II da Ficha individual 2
(d) Acorda com a família possíveis acções para apoiar a criança com
comportamentos desviantes, preenchendo a parte IV da Ficha
individual 2.
Contextos de aplicação:
Ficha individual 2:
Parte I: Observação da criança
Parte II: Aspectos no ambiente institucional ou familiar que causam
ou agravam o comportamento/ necessidades especiais da criança
Parte III (apenas para crianças com NEE): Metas individuais e
passos de aprendizagem
Parte IV: Actividades para promover o desenvolvimento da criança/
os passos de aprendizagem
173
Comportamentos desviantes na maioria dos casos são causados por
um ambiente não adequado para o desenvolvimento da criança e por
isso em primeiro lugar exigem mudanças no ambiente a volta da
criança (por ex. na instituição e/ ou em casa) ao invés dum
tratamento da criança.
NOTA:
Para intervenções e conteúdos respectivos a comportamentos
desviantes consulte UC 4, nível 4: Promover comportamento social
nas crianças.
Para intervenções e conteúdos respectivos a necessidades
especiais consulte UC3, nível 4: Aplicar Educação Inclusiva.
Evidências requeridas:
Demonstração real
O formando comunica com a família de uma maneira respeitosa e
eficaz, considerando as dinâmicas do género e de cultura, sobre o
desenvolvimento da criança e acorda acções possíveis de acordo
com os critérios de desempenho (a) a (d).
Produto
O formando…
Preenche em pequeno grupo as partes I, II, III, IV da Ficha
individual 2 em relação a uma criança com NEE
Preenche em pequeno grupo as partes I, II e IV da Ficha
individual 2 em relação a uma criança com comportamento
desviante.
INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR
Esta parte da especificação do módulo deve ser considerada como um guia de apoio
e nenhuma das secções é obrigatória.
Justificação do módulo
Este módulo é importante porque a instituição terá uma análise mais complexa e
completa do desenvolvimento das crianças se tiverem educadores capacitados a,
em consulta dinâmica e harmoniosa, partilharem as suas perspectivas e
interpretações dos seus vários momentos com dada criança. Também muito
importante é depois saberem comunicar esta análise aos pais, conhecer e perceber
a criança em conjunto e acordar possíveis acções caso necessário.
174
Para poder atingir sucessos sustentáveis no processo de aprendizagem é essencial
que um educador colabore e se relacione, com a família. Como seguimento do
módulo de comunicar e colaborar com a família no nível 3, este módulo ajuda o
educador a comunicar com os pais de uma maneira respeitosa e eficaz tomando em
consideração a sua cultura e dinâmicas do género.
175
os formandos primeiro devem receber uma explicação do formador sobre a
importância de uma conversa ser eficaz (para não só falar e concordar mas depois
não implementar decisões acordadas por não ter havido verdadeira comunicação) e
respeitoso (para por ex. não falar com uma atitude que coloca os pais na posição de
ignorantes). Depois devem fazer uma chuva de ideias sobre aspectos a) do género e
b) da cultura que podem influenciar a conversa e que por isso devem ser tomados
em consideração na comunicação. A seguir os formandos devem realizar em turma
simulações sobre de que maneira estes aspectos identificados podem levar a
comunicação a não ser eficaz ou respeitosa. Em pequenos grupos devem elaborar
propostas sobre como lidar com estes aspectos de maneira de garantir uma
conversa eficaz e respeitosa. Finalmente devem debater em turma com base em
simulações apresentadas pelos pequenos grupos.
176
Resultado de aprendizagem 3. (Nº de horas estimado: 20 horas)
O formando sabe comunicar com os pais para em conjunto identificarem a origem ou
possíveis causas das necessidades especiais da criança e de preencher a parte II
da Ficha individual 2. O formando é capaz de, mais tarde, acordar com a família
acções possíveis para apoiar a criança com necessidades especiais, preenchendo
as partes III e IV da Ficha individual 2. O formando sabe comunicar com os pais para
em conjunto identificarem o que no ambiente familiar está a causar o
comportamento desviante da criança e preencher a parte II da Ficha individual 2.
Adicionalmente o formando é capaz de acordar com a família possíveis acções para
apoiar a criança com comportamentos desviantes, preenchendo a parte IV da Ficha
individual 2.
Para atingir todas estas competências os formandos primeiro devem resumir o que
aprenderam sobre como fazer os encontros com os pais sobre uma criança com
necessidades especiais. Depois, em grupos pequenos, devem simular uma
conversa com os pais sobre uma criança com necessidades especiais. Nesta
simulação 3 grupos devem trabalhar juntos de maneira a assumir os papéis de
educadores, de pais e de observadores. Os ‘observadores’ devem observar se a
“equipa dos educadores” comunica com os pais de forma respeitosa e eficaz, e se
segue de forma adequada os passos da conversa e do preenchimento da Ficha
individual 2 durante a conversa. Depois de os educadores, pais e observadores em
conjunto terem analisado a conversa e o preenchimento da ficha devem debater na
turma sobre dúvidas e questões em aberto e sobre observações interessantes que o
formador anotou durante as simulações. A seguir os formandos devem resumir o
que aprenderam sobre como fazer os encontros com os pais sobre uma criança com
comportamentos desviantes, a importância de seguir estes passos e como acordar
sobre maneiras não impositivas de apoiar uma criança.
Depois devem seguir os mesmos passos em relação a uma criança com
comportamento desviante trocando os papéis nas simulações. Todas as simulações
dos encontros devem ser feitas com crianças fictícias usando informações
previamente preparadas em cartões separados a serem distribuídos para cada
participante, onde cada cartão contém aspectos específicos do comportamento da
criança ou da situação da família.
177
Métodos e instrumentos de avaliação
Resultado de Aprendizagem 1
Teste oral de pergunta aberta sobre a importância de se reunir em equipa para
analisar o desenvolvimento da criança.
Resultado de Aprendizagem 2
Demonstração real ou simulada avaliada através duma lista de verificação onde os
formandos 1) comunicam com os pais de uma maneira respeitosa e eficaz tomando
em consideração a sua cultura e as suas dinâmicas de género e 2) comunicam com
a família sobre o desenvolvimento da criança na base da Ficha individual 1 e
acordam acções possíveis para apoiar caso necessário.
Resultado de Aprendizagem 3
Demonstração simulada avaliada através de uma lista de verificação onde os
formandos comunicam com a família sobre o desenvolvimento da criança com
necessidades especiais e da criança com comportamentos desviantes e acordam
acções possíveis de acordo com os critérios de desempenho (a) a (d).
Produto feito em pequeno grupo e constituído por uma Ficha individual 2 preenchida
nas partes I, II, III, IV em relação a uma criança com NEE e uma outra ficha
individual 2 preenchida nas partes I, II e IV em relação a uma criança com
comportamento desviante.
Necessidades Especiais
Para evitar que os formandos com necessidades especiais sejam prejudicados,
podem ser produzidas por uma escola ou Centro de ensino as evidências requeridas
modificadas para a certificação destes candidatos. Contudo, para a modificação
ocorrer, ela não deve diluir a qualidade das especificações do módulo. Em todos os
casos todas as modificações estão sujeitas à aprovação pelo PIREP.
Referências
1. Meyer, D.J. (2004). Pais de crianças especiais. Books do Brasil São Paulo.
2. Ministério da Mulher e da Acção Social, Republica de Moçambique. (2011).
Programa Educativo para crianças do 1º ao 5º ano. Maputo, Moçambique.
3. UNESCO. (2011). Módulo de Educação Parental. Maputo, Moçambique. [Não
publicado].
178
INFORMAÇÃO GERAL DO MÓDULO
Código do módulo: MO
Data da validação:
Nível do QNQP: 4
Número de créditos: 10
179
Observar os bebés em momentos de processos
Resultado de aprendizagem 1: diários e analisar as suas observações
Critérios de desempenho:
(a) Observa, na base de critérios definidos, como são realizados os momentos de
processos diários com os bebés.
(b) Analisa as suas observações comparando diferentes práticas no cuidado dos
bebés.
(c) Descreve e identifica como acompanhar os bebés nos processos diários com
respeito, segundo a Educação Centrada na Criança
(d) Observa o bebé para perceber as suas rotinas, ritmos e preferências.
(e) Observa os bebés identificando os seus sinais e analisa o seu significado.
Contextos de aplicação:
Momentos de processos diários:
Chegada e saída
Asseio
Alimentação
Higiene
Repouso
Critérios de observação:
Relação entre educador e bebé
Interacção e comunicação entre educador e bebé
Participação do bebé nos processos diários
Comportamento do bebé (alegre, activo, aberto ou não)
Ambiente (adequadamente preparado ou não)
Comparar diferentes práticas nos cuidados dos bebés tem a ver com:
Dizer, com base em suas palavras e com exemplos concretos, o que se faz no
cuidado dos bebés e analisar até que ponto as diferentes práticas promovem ou
não o desenvolvimento dos bebés
180
Possíveis sinais de um bebé:
Bebé a chorar*
Bebé a fazer expressões de desconforto
Bebé a pegar uma parte do seu corpo
Bebé passivo e retraído ou mesmo apático
Bebé a sonecar
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando descreve e identifica como acompanhar os bebés nos processos
diários com respeito, segundo a Educação Centrada na Criança.
Produto
O formando...
Anota as suas observações em relação a cada momento de processos diários,
e compara diferentes práticas observadas nas instituições em relação a cada
critério de observação
Anota as suas observações em relação às rotinas, rítmos e preferências dum
bebé
Anota as suas observações em relação aos sinais de 3 bebés, analisando o
significado dos mesmos.
Critérios de desempenho:
(a) Comunica com o bebé com respeito e amor no momento de chegada.
(b) Nomeia duas formas de agir quando uma nova criança chora no momento de
chegada.
(c) Comunica com os pais sobre como agir quando o bebé chora no momento de
chegada e porque agir desta maneira, e age adequadamente nestas
situações.
(d) Estimula os pais a acompanharem o bebé até adaptar-se à instituição.
(e) Indica como prolongar o lar do bebé para a instituição.
(f) Identifica como manter conversas à porta na hora de saída e explica a sua
importância.
Contextos de aplicação:
Comunicar com bebé com respeito inclui:
Acompanhar a despedida dos pais com uma conversa alegre e
divertida com o bebé
181
Usar sinais e palavras que transmitam confiança para criança
Falar com voz normal
Dar carinho antes e após qualquer acto ou procedimento com o
bebé
Nunca pegar no bebé directamente da mãe/pai, mas encorajar a
mãe/ pai a colocar o bebé no tapete e convidar a mãe/pai a ficar
perto por um tempo. O educador também fica próximo para, se
for necessário, abaixar-se à altura da criança para acompanhá-
la.
182
Estimular os pais a acompanharem o bebé na fase inicial até
adaptar-se:
Comunicar sobre a tristeza no processo de separação de ambos
(criança assim como a mãe)
Comunicar sobre como se comportar como mãe/ pai na creche
de forma a ajudar o bebé a adaptar-se:
o Ficar no mesmo lugar ao invés de andar atrás do bebé
o Receber e acarinhar o bebé sempre quando vem ter com
mãe/ pai
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando...
Nomeia duas formas de agir quando uma nova criança chora muito
no momento de chegada
Indica como prolongar o lar do bebé na instituição
Identifica como manter conversas à porta na hora de saída e
explica a sua importância.
183
Cuidar da alimentação dos bebés de forma
Resultado de aprendizagem 3: adequada
Critérios de desempenho:
(a) Prepara um ambiente adequado para a alimentação dos bebés.
(b) Indica como dar alimentação de forma saudável e segura.
(c) Comunica com os bebés durante a alimentação.
(d) Define como promover autonomia nos bebés e como tratá-los com
respeito, durante a alimentação, age adequadamente, e explica a
importância de agir desta forma.
Contextos de aplicação:
Ambiente adequado para a alimentação:
Mesas/cadeiras à altura dos bebés que permitem o bebé mover-se e
levantar-se ou um outro lugar confortável (que permite que o bebé
fique encostado)
Lugar limpo e fácil de limpar (ex., tijoleiras do chão e das paredes)
Lugar calmo, distante das outras actividades
Lugar para a mãe amamentar o bebé, se puder
184
colher, meter a colher na boca, recolher comida com a colher e
meter na boca….) até o bebé comer sozinho
Reconhecer o deixar cair da comida como um processo normal para
a autonomia na alimentação do bebé
Usar pratos com desenhos para estimular os bebés a comerem com
mais vontade
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando...
Indica como dar alimentação de forma saudável e segura
Define como promover autonomia nos bebés e como tratar-lhes com
respeito durante a alimentação e explica a importância de agir desta
forma.
Produto
Os formandos, individualmente ou em grupos pequenos, preparam um
ambiente adequado para os processos de alimentação dos bebés e
entregam uma lista com propostas de como ainda melhorar este
ambiente.
Critérios de desempenho:
(a) Prepara um ambiente adequado para processos de higiene do bebé.
(b) Define como comunicar e comunica com bebés nos momentos de
asseio e explica a importância de agir desta forma.
(c) Define como tratar e trata os bebés com respeito nos momentos de
asseio e explica a importância de agir desta forma.
(d) Promove autonomia no bebé para ele ser o agente activo nos
momentos de asseio.
185
Contextos de aplicação:
Ambiente adequado para processos de higiene do bebé:
O educador sempre limpo, com unhas cortadas, sem anéis com
saliência, perfumes fortes e com as mãos lavadas regularmente
Lugar para trocar fraldas/usar penico, limpar o bebé e/ tratar dele
antes e depois de tomar banho:
o Sítio calmo e seguro (para bebé não cair, mas com algo, se
possível, para o bebé segurar e levantar-se no asseio) e
separado das outras áreas
o Se for possível, considerar a altura dos educadores para terem
acesso confortável ao bebé
o Com todos os utensílios e as roupas do bebé de fácil acesso
ao educador
o Estojo com utensílios adequados (pedaços de algodão, panos,
toalha), pessoal e bem conservado
o Perto duma torneira ou outra fonte da água
o Com imagens atraentes nas paredes
o Fácil de limpar (ex., tijoleiras do chão e das paredes)
186
Através destes aspectos:
A criança terá boas relações com outras pessoas e seres vivos
Contribuirá na prevenção do abuso sexual de crianças
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando…
Define como comunicar com os bebés no momento de higiene e
explica a importância de agir desta forma
Define como tratar o bebé com respeito nos momentos de asseio e
explica a importância de agir desta forma.
Produto
Os formandos, individualmente ou em grupos pequenos, preparam
um ambiente adequado para os processos e higiene do bebé e
entregam uma lista com as propostas de como ainda melhorar este
ambiente
Critérios de desempenho:
(a) Prepara um ambiente adequado para o repouso do bebé.
(b) Acompanha o bebé no processo do repouso.
(c) Promove a autonomia e trata os bebés com respeito nos momentos
de repouso.
187
Contextos de aplicação:
Preparar ambiente adequado para o repouso inclui:
Diminuir demasiados estímulos de luz (luz natural, de
preferência), usar cortinas etc.
Assegurar que a sala tenha pouco barulho, ex., não se reunir na
sala de repouso do bebé
Assegurar que a sala esteja bem ventilada
Cuidar para que as camas dos bebés tenham, pelo menos, no
mínimo 60 cm de distância, para prevenir infecções
Assegurar a lavagem regular dos lençóis e a limpeza do espaço
Evidências requeridas:
Demonstração real
O formando cuida do repouso do bebé de acordo com os critérios de
desempenho b) e c).
Produto
Os formandos, individualmente ou em grupos pequenos, preparam
um ambiente adequado para o repouso do bebé e entregam uma lista
com propostas sobre como ainda melhorar este ambiente.
188
INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR
Justificação do módulo
Este módulo é um dos dois módulos deste curso dedicados especificamente aos
cuidados e práticas educativas com bebés. O módulo traz nova dinâmica às práticas
do cuidado aos bebés nas instituições, focando essas nos próprios bebés (de acordo
com a Educação Centrada na Criança). O módulo irá ajudar aos formandos a
traduzir aquilo que aprendem sobre como os bebés se desenvolvem, em acções
diárias com os bebés na instituição de infância.
189
O formando consegue analisar as suas observações comparando as diferentes
práticas no cuidado dos bebés. Para isso, os formandos primeiro devem,
individualmente, analisar e organizar as suas observações de maneira a identificar
as práticas que promovem e as que impedem, o desenvolvimento harmonioso dos
bebés. A seguir, um formando deve apresentar na turma as suas observações e a
sua análise em relação a um momento de processos diários. Na turma devem
debater sobre este momento de processos diários na base das contribuições dos
colegas sobre o mesmo momento. Devem continuar da mesma maneira com outros
momentos de processo diários.
O formando sabe apresentar duas formas de agir quando uma nova criança chora
no momento de chegada. O formando também é capaz de comunicar com os pais
sobre como agir quando o bebé chora no momento de chegada. Adicionalmente, o
formando sabe estimular os pais a acompanharem o bebé até adaptar-se à
instituição.
Para atingir todas estas competências, os formandos, primeiro, devem simular ou
descrever várias maneiras habituais de reagir quando uma nova criança chora no
momento de chegada e analisar o impacto de cada maneira (ex. despedida brusca,
fugir, mentir etc.). A seguir, devem receber uma explicação do educador sobre a
190
existência de duas formas mais adequadas de agir neste momento de desafio e
devem debater, na base da análise anterior, sobre os critérios de agir de forma
respeitosa no momento da chegada, revendo-os, no fim, na base duma lista
fornecida pelo formador. Depois, devem simular, em pequenos grupos, conversas
com pais sobre como agir de forma respeitosa no momento de chegada. Sempre
devem colaborar em 2 pequenos grupos, sendo um a simular e outro a assistir e a
analisar a conversa na base dos critérios que aprenderam. Depois, uns pequenos
grupos de formandos devem simular para todos a situação da chegada e o
“‘educador’ deve agir adequadamente perante o ‘bebé’ que chora muito e perante a
sua ‘mãe’. Em conjunto, devem analisar as acções do educador na base dos
critérios que aprenderam. A seguir, devem procurar na turma uma ideia sobre uma
segunda forma de agir (estimular os pais a acompanhar o bebé até ele se adaptar à
instituição) e debater sobre a sua vantagem e os critérios. Finalmente devem simular
conversas com os pais em relação à esta segunda forma aplicando os mesmos
métodos como nas simulações da primeira forma.
O formando sabe indicar como prolongar o lar do bebé para a instituição. Para isso,
os formandos devem organizar-se em pares e indicar, pelo menos, 3 maneiras de
prolongar o lar do bebé para a Instituição e apresentar na turma para se fazer
análise. Os formandos devem comparar o seu trabalho com uma solução disponível
e debater sobre as dúvidas/ questões em aberto.
191
durante a alimentação e depois fazer simulação ou ver filme que mostra uma boa
comunicação analisando as diferenças e os seus impactos nos bebés.
O formando sabe definir como promover autonomia nos bebés e como tratá-los com
respeito, durante a alimentação, consegue agir adequadamente, e explicar a
importância de agir desta forma. Para isso, os formandos devem, em pequenos
grupos, analisar diferentes situações que estão descritas em cartões e escrever,
com base nelas, uma lista das formas que promovem e que não promovem a
autonomia nos bebés durante a alimentação. Devem analisar as apresentações dos
colegas e melhorar a sua lista. A seguir, devem simular, em grupos pequenos, as
formas adequadas de promover a autonomia nos bebés, com o apoio de formador.
Mais tarde, devem debater a importância de o educador agir na base das
observações anteriormente descritas assim como as suas duvidas/ questões.
192
Finalmente, devem implementar na sua instituição de prática, tudo o que
aprenderam sobre como cuidar do bebé nos momentos de higiene. Depois da
implementação, devem realizar uma reflexão para debater sobre as suas
experiências e dúvidas/ questões em aberto.
Resultado de Aprendizagem 1
Teste escrito com perguntas de respostas curtas e teste com frases verdadeiras e
falsas sobre como acompanhar os bebés nos processos diários com respeito e
segundo a Educação Centrada na Criança.
193
anotações de observações do formando em relação às rotinas, ritmos e preferências
dum bebé; 3) anotações de observações do formando em relação aos sinais de 3
bebés e as análises do significado dos mesmos.
Resultado de Aprendizagem 2
Teste escrito com perguntas de respostas curtas sobre duas formas de agir quando
uma nova criança chora muito no momento de chegada; teste de múltiplas respostas
sobre como prolongar o lar do bebé na instituição de infância; teste de frases tipo
verdadeiro e falso sobre como manter conversa à porta na hora de saída; teste
escrito de perguntas abertas sobre a importância de manter conversas à porta na
hora de saída.
Resultado de Aprendizagem 3
Teste escrito com perguntas de respostas curtas sobre como dar alimentação de
forma saudável e segura; teste de frases falsas e verdadeiras sobre como promover
a autonomia nos bebés e como tratar-lhes com respeito durante a alimentação; teste
de perguntas abertas sobre a importância de o educador agir desta forma.
Resultado de Aprendizagem 4
Teste escrito com perguntas de respostas curtas sobre como tratar o bebé com
respeito e como comunicar com o bebé nos momentos de asseio; teste de perguntas
abertas sobre a importância de comunicar com e de tratar o bebé com respeito nos
momentos de asseio.
Resultado de Aprendizagem 5
Demonstração real ou simulada através de uma lista de verificação sobre 1) como
acompanhar o bebé no processo do repouso e 2) como promover a autonomia e
tratar os bebés com respeito nos momentos de repouso.
Referências
1. Gerber, M. (2004). Como lograr que mi bebe tenga confinca en si mismo.
Mexico
2. Majoros, M., Tardos, A., & Falk, J. (2002). Comer y dormir. Barcelona
3. Post, J., & Hohmann, M. (2007). Educação de bebés em infantários (3a edição).
Portugal, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
4. Silvestre, D. D. (2005). Manual para cuidadores de crianças em creches.
Berçários, Materiais e Pré-escolares. Fundamentos para a qualidade em saúde,
segurança, higiene e educação. Brazil, São Paulo: Editora Vozes.
DVD:
Vamos, J. (2002). Bathing the baby. Concern, Empathy and Acquired Gestures.
Hungria: Instituto Pikler.
195
INFORMAÇÃO GERAL DO MÓDULO
Código do módulo: MO
Data da validação:
Nível do QNQP: 4
Número de créditos: 9
A conclusão com êxito dos módulos ‘Agir com base nos
Requisitos de inscrição direitos, necessidades e deveres das crianças’ e, ‘Cuidar
no módulo: dos bebés’.
196
Resultado de aprendizagem 1: Explicar a importância de estimular o
desenvolvimento dos bebes, observar
os bebés, e identificar como os bebés
se desenvolvem e aprendem
Critérios de desempenho:
(a) Explica a importância de estimular o desenvolvimento dos bebés.
(b) Resume o desenvolvimento padrão dos bebés.
(c) Explica como é que os bebés aprendem.
(d) Observa com atenção como os bebés no 1o e 2o ano agem em
momentos diferentes, fazendo notas detalhadas.
(e) Analisa e compara sistematicamente as suas observações dos
bebés com seus conhecimentos de como os bebés se desenvolvem
e aprendem.
Contextos de aplicação:
Importância de estimular o desenvolvimento dos bebés:
A estimulação cria bases para toda a aprendizagem no futuro
(aproveitando que o cérebro nesta idade é muito sensível e
maleável)
A estimulação reforça relacionamento agradável e estável com
os seus encarregados
A estimulação desperta interesse e motivação no bebé para
explorar e aprender mais
Área cognitiva:
Predomina a aprendizagem sensorial/ através das acções com
objectos
Gradualmente desenvolve-se a memoria e outras funções
mentais (ter objectivo, focar atenção)
Gradualmente percebe a permanência de objectos e pessoas
Área social:
Reconhecimento de si próprio, a volta dos 18 meses
Da aceitação espontânea de todos, até ao apego às pessoas
preferidas a volta dos 6 meses
Dos jogos solitários aos jogos paralelos e de imitação
Uso de adultos de confiança para referência social (‘posso
fazer algo ou não?’), a partir das 9 meses
197
Área de linguagem:
Do escutar e imitar ao reproduzir os sons e as palavras
Dos sons às sílabas, às ‘conversas inventadas’, às palavras
curtas, às frases curtas (sem regras gramáticas)
Inicialmente predomina comunicação não-verbal (olhar, mudar
expressões da cara, chorar, rir, apontar...)
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando...
Explica a importância de estimular o desenvolvimento dos bebés
Resume alguns princípios gerais e passos concretos de como os
bebés se desenvolvem em pelo menos 2 áreas
Explica em detalhe suficiente como é que os bebes aprendem.
Produto
O formando...
Observa um bebé do 1º ano e um bebé do 2º ano, cada em dois
contextos diferentes, preenchendo com detalhe o caderno de notas
Analisa e compara as suas observações com seus conhecimentos
sobre desenvolvimento e aprendizagem dos bebés.
Critérios de desempenho:
(a) Descreve os critérios básicos de higiene e segurança na sala dos
bebés e colabora na preparação adequada da sala.
(b) Descreve os elementos que tornam a sala estimulante para os bebés
do 1o ao 2o ano.
(c) Descreve os materiais de baixo custo que estimulam o
desenvolvimento dos bebés, e disponibiliza-os aos bebés.
198
(d) Descreve e produz, de acordo com critérios de qualidade,
brinquedos para estimular diferentes competências nos bebés.
(e) Acompanha os bebes nas suas brincadeiras de maneira sensível e
cuida da sua segurança.
(f) Dá recomendações aos pais sobre como acompanhar os bebés nas
brincadeiras.
Contextos de aplicação:
Critérios básicos de higiene e segurança na sala dos bebés incluem:
Sala limpa uma vez por dia no mínimo
Sala tranquila, com baixa incidência de ruídos e de carros
Espaço longe da qualquer poluição, bem arejado, com paredes
laváveis
As instalações eléctricas bem protegidas
Portas móveis que impossibilitam a saída dos bebés da sua área
de recreação
Chão sem buracos e não escorregadio
Móveis seguros e bancadas bem fixas
Sem sacos plásticos ou papéis impermeáveis
Brinquedos seguros (não muito pequenos, sem partes afinadas,
e limpos diariamente
199
Brinquedos para estimular várias competências dos bebés incluem:
Brinquedos para empurrar e puxar (carrinhos, comboios, etc.)
Jogos de causa e efeito (ex., jogo de martelar)
Jogos simples (quebra-cabeças de 2-3 peças; jogos de encaixar;
loto)
Objectos para jogos de imitação e ‘faz de conta’ (bonecas,
animais, carrinhos, produtos...)
Livros com partes para tocar, com imagens grandes e simples
Pirâmides, blocos e outros brinquedos para construir
Bolas de vários materiais, cores, e tamanhos
Materiais para desenhar, pintar, modelar
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando descreve...
Os critérios básicos de higiene e segurança na sala dos bebés
Os elementos da sala estimulante para os bebés do 1o a 2o ano
Os materiais de baixo custo e os brinquedos que estimulam o
desenvolvimento dos bebés.
Produto
Os formandos em grupos de 3 preparam as bases duma sala
estimulante para os bebés...
Com pelo menos metade dos critérios de higiene e segurança
cumpridos
Com pelo menos 4 tipos de materiais diferentes de baixo custo
Com pelo menos 6 brinquedos produzidos para estimular diferentes
competências nos bebés
200
Demonstração real
O formando acompanha os bebés nas suas brincadeiras livres de
maneira sensível e cuida da sua segurança.
Demonstração simulada
O formando dá recomendações aos pais sobre como acompanhar os
bebés nas brincadeiras deles.
Critérios de desempenho:
(a) Proporciona materiais diversos para os bebés no espaço exterior.
(b) Oferece uma variedade de experiências aos bebés no exterior.
(c) Acompanha os bebés no exterior de maneira sensível e cuida da sua
segurança.
Contextos de aplicação:
Materiais diversos para os bebés no espaço exterior:
Plantas
Superfícies diferentes (relva, areia, ‘caminho sensorial’ etc.)
Areia, água, e diversos recipientes para areia e água
Cesta com brinquedos de dentro
Vários objectos para subir, descer, entrar por dentro (bacias
grandes, caixas, pneus, troncos de árvores, latas grandes,
palhotas)
Baloiços e escorregas para bebés
Carrinhos simples ou objectos que podem servir de carrinhos
Giz e tintas para pintar no chão
201
Evidências requeridas:
Produto
Os formandos em grupos de 3 preparam pelo menos 6 tipos
diferentes de materiais no exterior para os bebés.
Critérios de desempenho:
Contextos de aplicação:
Características de actividades com os bebés:
Com 2-4 bebés
De curta duração (3-10 min); as próprias crianças decidem sobre o
fim das actividades
Podem ser repetidas durante o dia
Realizadas quando as crianças estão acordadas, activas e bem
dispostas
Parar a actividade quando as crianças mostrarem cansaço
Enfoque na exploração dos materiais e na interacção
Educador a falar de maneira clara e simples, repetindo frases
curtas
202
Começar a andar com e sem suportes, à volta de obstáculos, em
superfícies diferentes
Rasgar papel
Fazer experiências com areia e plasticina
Rabiscar com lápis grosso; pintar com dedos ou pincel grosso
Manipular objectos: encaixar, tirar, entregar, fechar e abrir, juntar e
separar, fazer torres
Tocar e explorar qualidades de objectos (frio e quente; com
várias superfícies etc.)
Fazer jogos de escondidas (esconder e encontrar imagens,
objectos etc.)
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando descreve e explica as características das actividades
com bebés.
Demonstração real
O formando...
Prepara e orienta 2 actividades (sensório-motora e cognitiva;
linguagem e social), com bebés do 1o ano de vida, respeitando as
características de actividades para esta faixa etária
Responde às questões de auto-avaliação em relação a cada das
actividades.
Critérios de desempenho:
(a) Realiza actividades para estimular capacidades sensório-motoras e
cognitivas nos bebés do 2o ano de vida.
(b) Realiza actividades para estimular capacidades sociais e da
linguagem dos bebés do 2o ano de vida.
203
(c) Avalia o seu desempenho nas actividades com bebés.
(d) Dá recomendações das actividades simples para fazer com bebés em
casa, aos pais.
Contextos de aplicação:
Actividades para estimular capacidades sensório-motoras e cognitivas
no 2o ano de vida incluem:
Andar com e sem suportes, à volta de obstáculos, em superfícies
diferentes
Andar, correr, saltar, gatinhar, rastejar, e fazer outros movimentos
(ex., imitando animais, pessoas a trabalhar)
Fazer danças simples; lançar bolas
Modelar com areia e plasticina
Rabiscar com lápis grosso; pintar com dedos ou pincel grosso;
rasgar e colar o papel
Construir e desmontar vários objectos
Continuar a explorar propriedades de objectos (macio-duro;
pesado-leve; liso-áspero etc.)
Fazer jogos simples com peças (jogos de encaixar, quebra-cabeça,
loto)
Fazer jogos de escondidas (esconder objectos, pessoas)
Fazer jogos de imitação (de actividades de adultos etc.)
Evidências requeridas:
Demonstração real ou simulada
O formando...
Prepara e orienta 2 actividades (sensório-motora /cognitiva, de
linguagem, ou social), e descreve a 3a actividade18, com bebés no 2o
ano de vida, respeitando as características de actividades para esta
faixa etária
Responde às questões de auto-avaliação em relação a cada das 2
actividades.
18 A terceira actividade refere-se ao tipo de actividade que não foi demonstrada (sensório-motora /cognitiva, de
linguagem, ou social).
204
Demonstração simulada
O formando dá recomendações das actividades simples para fazer com
bebés em casa, aos pais.
INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR
Esta parte da especificação do módulo deve ser considerada como um guia de apoio
e nenhuma das secções é obrigatória.
Justificação do módulo
Este módulo é um dos dois módulos neste curso dedicados especificamente aos
cuidados e práticas educativas com bebés. Analise dos cursos de formação em
educação de infância existente no pais mostra que esses se focalizam
principalmente nas crianças entre 3 e 5 anos. Os estudantes costumam estudar os
processos de desenvolvimento das crianças desde o nascimento, mas não
aprofundam as práticas que ajudam as crianças pequenas a desenvolverem-se
harmoniosamente na família ou na instituição de infância. Neste âmbito, os 2
módulos deste curso – ‘Cuidar dos bebés’ e ‘Estimular o desenvolvimento dos
bebés’, irão ajudar os formandos a transformar aquilo que aprendem sobre como os
bebés se desenvolvem, em acções diárias com os bebés na instituição de infância.
205
Logo no início do módulo, o formador deve pedir aos formandos para visitar as salas
dos bebés nos seus locais de prática e observar tanto as condições de higiene e
segurança, como o ambiente estimulante nessas salas, fazendo notas para si. Essas
notas serão utilizadas nas actividades do módulo.
206
Resultado de aprendizagem 2. (Nº de horas estimado: 23 horas)
O formando é capaz de descrever os critérios básicos de higiene e segurança na
sala dos bebés, e colaborar na preparação adequada da sala. Para isso os
formandos devem fazer uma chuva de ideias sobre os critérios de higiene e
segurança na sala dos bebés com base nas suas observações das salas no inicio do
módulo. Devem anotar as ideias no papel gigante, e a seguir analisar as fotos ou
desenhos que demostram presença ou falta desses critérios, acrescentando os
pontos na lista. Os formandos cujo local de prática é comum devem reflectir sobre as
salas dos bebés que observaram, e fazer o plano sobre como poderiam melhorar a
segurança e higiene nessas salas, partilhando o seu plano no fim com toda turma.
A seguir, com base nos critérios de qualidade revistos com o formador, e usando
alguns modelos como inspiração, cada membro do grupo pequeno deve produzir 2
brinquedos diferentes para bebés. Devem assegurar que os brinquedos não se
repetem no grupo. O formador deve fornecer o material tais como recipientes
plásticos, cartão, cordas, tintas, restos de tecidos, recortes, tesouras, marcadores,
fita-cola e outros materiais para produção. No fim devem fazer uma exposição dos
brinquedos produzidos; depois de todos observarem o material exposto, os próprios
formandos, com base nos critérios de qualidade, devem escolher os melhores
brinquedos, e convidar os seus autores para apresentarem-los à turma.
207
Resultado de aprendizagem 3. (Nº de horas estimado: 18 horas)
O formando é capaz de proporcionar materiais diversos e oferecer uma variedade de
experiências aos bebés no espaço exterior. Para isso, os formandos devem primeiro
identificar porque é que as experiências no exterior são importantes para os bebés,
e a seguir debater porque é que em muitos casos os bebés não são levados para o
espaço exterior. Devem depois em grupos desenhar a sua proposta de espaço
exterior para os bebés, que é seguro e estimulante (oferece varias experiências). A
seguir, com base nas imagens e modelos de materiais disponibilizados pelo
formador, devem melhorar os seus desenhos. Finalmente, devem partilhar e
melhorar ainda mais as suas propostas na base do feedback dos colegas e do
formador.
Finalmente, nos seus locais de prática, devem ajudar melhorar o espaço exterior que
os bebés usam, e acompanhar os bebés nas actividades livres nesse respectivo
espaço.
208
Resultado 5, isso é, implementar actividades (dirigidas) com os bebés do 2o ano.
Caso se no centro não há bebés do 1o ano, o formando pode focalizar a prática nas
actividades com os bebés do 2o ano; em caso de 2 grupos estiver presentes, deve
dividir o tempo igualmente entre as duas faixas etárias.
Finalmente, devem voltar para sala de aula para reflectir sobre aquilo que
observaram e implementaram neste módulo.
Resultado de Aprendizagem 1
Teste escrito que inclui uma explicação satisfatória 1) sobre a importância de
estimular o desenvolvimento dos bebés; 2) sobre as formas de como os bebés
aprendem. Teste escrito de respostas curtas onde os formandos alistam alguns
princípios gerais e passos concretos sobre como os bebés se desenvolvem em 2
áreas diferentes.
209
Resultado de Aprendizagem 2
Teste escrito de curtas respostas sobre os critérios básicos de higiene e segurança
na sala dos bebés, os elementos da sala estimulante para os bebés do 1o a 2o ano,
e sobre os materiais de baixo custo e os brinquedos que estimulam o
desenvolvimento dos bebés.
Resultado de Aprendizagem 3
Produto preparado pelos formandos em grupos de 3 e constituído por pelo menos 6
tipos de materiais diferentes no exterior para os bebés. O produto será avaliado
através duma ficha de verificação. Após apresentação do produto, os formandos
devem descrever o que ainda falta no espaço exterior / como poderiam tornar o
espaço exterior mais estimulante para os bebés.
Resultado de Aprendizagem 4
Teste escrito de respostas abertas onde o formando 1) alista características das
actividades com bebés e 2) explica resumidamente o fundamento de cada uma das
características.
Resultado de Aprendizagem 5
Demonstração real ou simulada avaliada através de uma ficha de verificação, onde o
formando prepara e orienta 2 actividades (sensório-motora /cognitiva, de linguagem,
ou social), e descreve a 3a actividade20, com bebés no 2o ano de vida, respeitando as
características de actividades para esta faixa etária, e responde às questões de
auto-avaliação em relação as 2 actividades preparadas. Demonstração simulada
avaliada através de uma ficha de verificação, onde o formando dá sugestões aos
pais sobre como realizar actividades simples com os bebés em casa.
20 A terceira actividade refere-se ao tipo de actividade que não foi demonstrada (sensório-motora /cognitiva, de
linguagem, ou social).
210
Necessidades Especiais
Para evitar que formandos com necessidades especiais sejam prejudicados as
evidências requeridas modificadas podem ser produzidas por uma escola ou Centro
de ensino para a certificação desses candidatos. Contudo, se a modificação ocorrer,
ela não deve diluir a qualidade das especificações do módulo. Em todos os casos as
modificações devem ser sujeitas à aprovação pelo PIREP.
Referências
1. Ministério da Mulher e da Acção Social. [in press]. Programa Educativo para
crianças do 1o ao 5o ano. Maputo, Moçambique.
2. Post, J., & Hohmann, M. (2007). Educação de bebés em infantários (3a edição).
Portugal, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
3. Eliot, L. (1999). What’s going on in there? How the brain and mind develop in
the first five years of life. New York, NY: Bantam Books.
211
INFORMAÇÃO GERAL DO MÓDULO
212
Resultado de aprendizagem 1: Rever as características das
actividades dirigidas e livres, e, propôr
os objectivos específicos para
actividades dirigidas na base da
competência alvo
Critérios de desempenho:
(a) Revê os objectivos e as características principais de actividades
dirigidas e livres.
(b) Revê as competências-chave das crianças, identificando como as
mesmas são promovidas em várias actividades dirigidas.
(c) Identifica os passos lógicos para promover competências definidas.
(d) Propõe os objectivos específicos para uma actividade dirigida na
base de uma dada competência-chave.
Contextos de aplicação:
Objectivos de actividades dirigidas:
Promover a aprendizagem das competências e conteúdos
definidos
Promover a atenção às instruções e ao modelo de educador nas
crianças
Promover a capacidade das crianças de aprender em grupo
Competências-chave de crianças:
Sensório-motoras, cognitivas, linguísticas, sócio-morais, pessoais
213
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando...
Identifica os objectivos e características de actividades livres e
dirigidas
Identifica competências das crianças promovidas em exemplos de
actividades dirigidas concretas.
Produto escrito
O formando identifica, pelo menos, 3 passos para desenvolver cada
uma das 2 diferentes competências, e propõe os objectivos
específicos para 2 actividades dirigidas.
Critérios de desempenho:
(a) Nomeia e exemplifica os critérios de qualidade duma actividade
dirigida.
(b) Nomeia e exemplifica os métodos activos para actividades dirigidas.
(c) Planifica aspectos-chave das actividades dirigidas, orientando-se
nos critérios de qualidade.
(d) Realiza actividades dirigidas na base dos critérios de qualidade e
com métodos activos.
(e) Auto-avalia a sua prática e identifica como melhorar as próximas
actividades dirigidas.
Contextos de aplicação:
Critérios de qualidade da actividade dirigida incluem:
1. Crianças a expressarem-se sobre o tema
2. Momentos para a criança se movimentar
3. Crianças a usarem os seus sentidos
4. Crianças a agirem
5. Educador a oferecer actividades com vários graus de
dificuldade
Através de materiais diferentes
Através de tarefas diferentes
Através de apoios diferentes
6. Educador a criar um bom ambiente para a aprendizagem (sem
barulho, interrupções ou competição, e sempre encorajador...)
Auto-avaliação da prática:
1) Preparação
2) Participação das crianças
3) Dificuldades
4) Sucessos
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando...
Nomeia todos os critérios de qualidade de actividade dirigida, e
exemplifica 3 desses critérios
Nomeia a maioria dos métodos activos principais de actividade
dirigida, e exemplifica 3 desses métodos.
Produto
O formando apresenta a planificação dos aspectos-chave de duas
actividades dirigidas, baseada nos critérios de qualidade e nos
métodos activos.
Demonstração simulada
O formando...
Realiza uma actividade dirigida na base dos critérios de
qualidade
Auto-avalia o seu desempenho no fim da actividade e descreve o
que irá adoptar ou fazer de forma diferente, nas próximas
actividades.
215
Resultado de aprendizagem 3: Incluir as ideias das crianças nas
actividades dirigidas
Critérios de desempenho:
(a) Argumenta sobre a importância de incluir as ideias das crianças
nas actividades dirigidas.
(b) Anota acções e conversas significativas das crianças em vários
momentos do dia e identifica os interesses das crianças.
(c) Planifica novas actividades dirigidas a partir dos interesses das
crianças.
(d) Integra os interesses observados das crianças, nas actividades
dirigidas já planificadas.
Contextos de aplicação:
É importante que as ideias das crianças sejam incluídas nas
actividades dirigidas, porque...
As actividades têm maior relevância para as crianças, e assim
serão mais motivadoras para elas
O conhecimento da criança será captado; promove-se uma
ligação dos conteúdos de aprendizagem com o pré-saber da
criança
As necessidades (e interesses) das crianças são a força motriz
do seu desenvolvimento
As crianças aprendem que as suas ideias têm valor; aprendem a
participar nas decisões relevantes para elas
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando argumenta sobre a importância de incluir as ideias das
crianças nas actividades dirigidas.
Produto
O formando…
Anota observações e conversas significativas das crianças, e
identifica os interesses delas
Planifica duas actividades dirigidas a partir dos interesses das
crianças
Anota como irá integrar os interesses observados nas crianças,
nas 3 actividades dirigidas descritas no plano semanal.
216
Resultado de aprendizagem 4: Preparar e realizar a hora do círculo
com as crianças
Critérios de desempenho:
(a) Descreve os objectivos e as actividades típicas da hora do círculo.
(b) Prepara os materiais básicos para a hora do círculo.
(c) Prepara e realiza a hora do círculo no início do dia.
(d) Prepara e realiza a hora do círculo no fim do dia.
Contextos de aplicação:
Objectivos da hora do círculo:
Encorajar as crianças a falar livremente
Promover nas crianças a capacidade de escutar com atenção
Promover a ligação entre a vida em casa e no centro infantil
Introduzir ou reforçar os conhecimentos nas áreas de
aprendizagem
Reflectir sobre assuntos actuais
Ampliar o sentido de pertença de grupo e as capacidades
sociais
217
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando descreve os objectivos e as actividades típicas na hora
do círculo.
Produto
Os formandos em pares preparam 2 materiais da sua escolha para
a hora do círculo.
Demonstração simulada
Os formandos em pares preparam e realizam a hora do círculo no
início ou no final do dia, implementando pelo menos 4 actividades
diferentes.
Critérios de desempenho:
(a) Descreve a importância, os aspectos, e as formas possíveis de
organização, dos encontros de reflexão e de planificação.
(b) Reflecte em equipa sobre situações de desafio, de sucesso, e de
descoberta, nas crianças e nas actividades dirigidas e livres,
durante a semana recente.
(c) Planifica em equipa as actividades dirigidas para a semana seguinte
na base dos passos de planificação semanal.
(d) Planifica como melhorar o ambiente para as actividades livres na
base da análise da semana recente.
(e) Debate activamente e com respeito as experiências e ideias dos
colegas.
(f) Preenche a ficha do plano semanal com atenção e detalhe
suficiente.
Contextos de aplicação:
Importância de encontro de reflexão e planificação:
Assegura que os educadores respondem os interesses,
capacidades, e necessidades correntes das crianças
Promove capacidades de observação e análise nos educadores
Promove a comunicação e colaboração entre os educadores
Facilita a comunicação com as famílias
Treina os educadores a planificar duma maneira prática e
flexível
218
Formas possíveis de organização das reuniões:
Realizar 2 encontros semanais: um encontro de reflexão e um
encontro de planificação
Realizar um único encontro de reflexão e planificação de
duração mais longa, durante a semana
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando descreve a importância, os aspectos, e as formas de
organização de encontros de reflexão e de planificação.
Demonstração simulada
O formando realiza em grupo uma reflexão e planificação semanal,
seguindo os passos principais (ou de acordo com os critérios de
desempenho b) a e).
Produto
O formando apresenta a ficha do plano semanal preenchida com
detalhe suficiente.
219
INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR
Esta parte da especificação do módulo deve ser considerada como um guia de apoio
e nenhuma das secções é obrigatória.
Justificação do módulo
Este módulo é importante, porque actividades dirigidas são actividades importantes
para a aprendizagem de conteúdos definidos e predominam nas instituições de
infância neste momento. Infelizmente, muitas vezes são realizadas seguindo um
único método: 1) educador mostra e explica; 2) crianças cada por sua vez repetem o
que o educador disse ou respondem as questões de educador. As crianças podem
passar 30 minutos ou mais sentadas nas cadeiras, sem contacto com nenhum
material didáctico. Estes métodos não correspondem às características de
aprendizagem das crianças, e não promovem interesse nas crianças em aprender
mais.
O dado módulo pretende quebrar essas práticas comuns em uso nas actividades
dirigidas, oferecendo novas abordagens e métodos. Nomeadamente, os formandos
irão aprender definir os objectivos relevantes e cada vez mais complexos para as
crianças; utilizar uma diversidade dos métodos activos, materiais, e locais nas
actividades dirigidas; e planificar actividades dirigidas duma forma reflexiva. A nova
abordagem de planificação elaborada neste módulo preparará os educadores a
1) planificar em conjunto e assim beneficiar de ideias dos colegas, e 2) usar suas
observações e experiências com as crianças como uma fonte importante de
informação para adaptar as actividades dirigidas às necessidades, interesses, e
capacidades das crianças.
Para isso, os formandos em grupos devem fazer uma chuva de ideias sobre os
critérios de qualidade duma actividade dirigida, e a seguir completar ou rectificar as
suas ideias na base de 1-2 filmes ou simulações que mostram actividades dirigidas
de boa qualidade. Devem a seguir comparar as suas listas dos critérios com a lista
do formador, completando o que ainda falta. Finalmente, em grupos, devem dar 2
exemplos diferentes para ilustrar cada critério, e a seguir partilhar o seu trabalho
com todo grupo. O formador deve ainda preparar 2-3 exemplos de actividades
dirigidas e pedir aos voluntários para demonstrar, como promovessem a participação
de crianças com diferentes capacidades e necessidades nessa actividade, variando
os materiais, as tarefas, ou o apoio que estão a dar às ‘crianças’. Finalmente, os
formandos devem reflectir sobre a sua infância, nomeadamente, 1) em que
situações sentiram-se com muita vontade e interesse a aprender, e ao contrario, 2)
quando foi muito difícil para eles de concentrar-se e de estudar. Devem construir
juntos no quadro as características dum bom ambiente de aprendizagem (ex.,
espaço sem muito barulho e com boa luz; crianças a ter tempo para descansar e
brincar; ambiente encorajador, sem competição, etc.)
221
Devem seguir os mesmos passos como descrito encima em relação aos métodos
activos, mas devem somente lembrar dos métodos que observaram nos filmes ou
simulaçoes, em vez de ve-los de novo.
Finalmente, devem planificar por escrito e realizar pelo menos 5 actividades dirigidas
na instituição, autoavaliando cada vez o seu desempenho.
Para isso, os formandos devem assistir um filme ou uma simulação, e anotar acções
e temas de conversas das crianças que indicam aquilo que interessa as crianças e
partilhar o que descobriram. Em grupos pequenos devem planificar uma actividade
dirigida que se baseia em alguns interesses identificados. Devem apresentar os
planos em plenário, recebendo o feedback dos colegas. Como próximo passo, cada
grupo deve receber uma cópia dum plano semanal preenchido, e identificar como
222
incluir os interesses observados nas crianças, neste plano. Os grupos devem
apresentar o seu trabalho e receber o feedback dos colegas. O formador deve
resumir a importância de incluir os interesses das crianças nas actividades e solicitar
as ideias dos formandos sobre como isso pode ser feito no dia-a-dia na instituição
de infância.
Finalmente, nos seus locais de prática, devem observar e anotar os interesses das
crianças, e planificar, pelo menos, 3 novas actividades dirigidas na base desses
interesses, assim como sugerir, por escrito, as mudanças nas 3 actividades já
planificadas para semana seguinte, na base dos interesses observados nas
crianças.
Para isso, os formandos devem partilhar as suas experiências com a hora do círculo
e identificar em conjunto os objectivos e actividades típicas da hora do círculo. A
seguir, o formador deve simular uma hora do círculo, e pedir aos formandos para
identificar mais objectivos e actividades típicas da hora do círculo, até construir uma
lista mais completa.
Para isso, os formandos devem primeiro anotar em grupos e partilhar as suas ideias
sobre o que é um encontro de reflexão e planificação, e porque é importante. A
seguir, devem assistir um filme ou simulação do encontro de reflexão e planificação,
e adicionar novas ideias nas suas notas. O formador deve resumir a importância e
os aspectos-chave desse encontro, e discutir as formas possíveis de organização
dos encontros, solicitando as experiências e as ideias dos formandos e clarificando
dúvidas e questões.
A seguir, devem assistir o mesmo filme ou simulação que viram antes, identificando
os passos e as boas práticas durante o encontro. Devem analisar as suas notas
sobre o filme, discutindo também as razões possíveis porque alguns passos eram
saltados ou alterados.
224
Noutra sessão (no dia seguinte) devem praticar mais uma vez a realizacão em
grupos pequenos das simulações dos encontros de reflexão e planificação,
analisando as a seguir.
Devem voltar para o centro de formação e reflectir, com apoio do formador, sobre
todas as experiências de implementação que tiveram neste módulo.
Resultado de Aprendizagem 1
Teste escrito de associação entre actividades livres e dirigidas e seus objectivos e
características; teste prático onde o formando deve identificar as competências das
crianças promovidas através de de várias actividades dirigidas.
Produto escrito avaliado com base duma ficha de verificação, onde o formando
identifica, pelo menos, 3 passos para desenvolver cada uma das 2 competências
definidas, e propõe os objectivos específicos para 2 actividades dirigidas.
Resultado de Aprendizagem 2
Teste escrito de respostas curtas sobre os critérios de qualidade de actividade
dirigida e dos métodos activos em uso nas actividades dirigidas; teste de respostas
abertas sobre os exemplos dalguns critérios de qualidade e de alguns métodos
activos.
Resultado de Aprendizagem 3
Teste escrito de respostas abertas onde o formando argumenta sobre a importância
de incluir as ideias das crianças nas actividades dirigidas.
225
Produto escrito constituído por 1) notas de observações e conversas significativas
das crianças seguidas pela lista dos interesses das crianças identificados nesses
momentos; 2) fichas preenchidas de planificação de 2 actividades dirigidas
elaboradas a partir dos interesses identificados nas crianças; 3) ficha do plano
semanal com apontamentos de como integrar os interesses observados nas
crianças, em 3 actividades dirigidas descritas no plano. O produto será avaliado
através duma ficha de verificação.
Resultado de Aprendizagem 4
Teste escrito de respostas curtas sobre os objectivos e as actividades típicas na
hora do círculo.
Produto produzido em pares, constituído por 2 materiais da sua escolha para a hora
do círculo, e avaliado através duma ficha de verificação.
Resultado de Aprendizagem 5
Teste escrito de respostas curtas sobre a importância, os aspectos, e as formas de
organização de encontros de reflexão e de planificação.
Necessidades Especiais
Para evitar que formandos com necessidades especiais sejam prejudicados, as
evidências requeridas modificadas podem ser produzidas por uma escola ou Centro
de ensino para a certificação destes candidatos. Contudo, se a modificação ocorrer,
ela não deve diluir a qualidade das especificações do módulo. Em todos os casos as
modificações devem ser sujeitas à aprovação pelo PIREP.
Referências
1. Hohmann, M., & Weikart, D. (1997). Educar a criança. Portugal, Lisboa:
Fundação Calouste Gulbenkian.
2. Ministério da Mulher e da Acção Social. [in press]. Programa Educativo para
crianças do 1o ao 5o ano. Maputo, Moçambique.
226
INFORMAÇÃO GERAL DO MÓDULO
Código do módulo: -
Data da validação: -
Nível do QNQP: 4
Número de créditos: 7
A conclusão com êxito dos seguintes módulos do
certificado vocacional 4 em educação de infância: ‘Aplicar
Requisitos de inscrição
Educação Inclusiva’ e ‘Promover actividades dirigidas
no módulo: com as crianças e os encontros de reflexão e
planificação’.
227
Descrever as noções matemáticas, as
competências chave e a importância do
Resultado de aprendizagem 1: desenvolvimento dos conceitos matemáticos na
criança
Critérios de desempenho:
(a) Descreve as noções matemáticas na educação de infância, ligando-as a
aspectos na vida diária da criança.
(b) Resume as competências-chave que as actividades de matemática
desenvolvem na criança.
(c) Descreve a importância das competências de matemática para o
desenvolvimento global da criança.
Contextos de aplicação:
Noções matemáticas incluem:
Propriedades dos objectos: forma, cor, tamanho, peso, sabor,
temperatura, entre outros
Espaço / posições (longe, perto; em cima, em baixo, entre, etc.),
direcções (para trás para a frente, …), e distâncias
Tempo (antes – agora – depois; ontem - hoje – amanhã, etc.)
Quantidades (muito, pouco, metade, dobro, mais, menos...) e,
números e medidas
Acções para nomear (identificar), comparar, classificar (agrupar),
ordenar, e sequenciar
Competências-chave ligadas a:
Primeiras etapas do raciocínio matemático: descobrir, observar,
classificar e reflectir para resolver
Comparação de formas, tamanhos, cores, e outras propriedades
Capacidades de classificar e sequenciar
Noções de tempo e espaço (posições, distâncias, direcções e
lateralidade)
Noções básicas de quantidades e números, medidas /medição / medir
não-tradicionais
228
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando...
Descreve noções matemáticas dando exemplos da vida diária da
criança
Resume competências chaves que as actividades de matemática
desenvolvem na criança e descreve a sua importância para o
desenvolvimento global da criança.
Critérios de desempenho:
(a) Descreve como as crianças aprendem as propriedades de objectos (através de
processos para nomear, comparar, classificar, ordenar, e sequenciar) e
exemplifica actividades possíveis.
(b) Descreve como as crianças desenvolvem as noções de espaço e tempo e
exemplifica actividades possíveis.
(c) Descreve e exemplifica como as crianças desenvolvem as noções de quantidades
e números e exemplifica actividades possíveis.
Contextos de aplicação:
Classificar, ordenar e sequenciar:
Classificar: é incluir um objecto num determinado conjunto, tendo em
conta determinadas propriedades
Ordenar: é relacionar diferentes qualidades de objectos, no espaço e no
tempo
Sequenciar: é ser capaz de referir os elementos da sequência, de modo
a que se reconheça um precedente e um sucessor, sequência: do
tempo, dos dias da semana, números naturais, com objectos, cores e
formas, etc.
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando descreve e exemplifica como as crianças...
Aprendem propriedades de objectos
Desenvolvem noções de tempo e espaço
Desenvolvem noções de números e quantidades.
Critérios de desempenho:
(a) Identifica objectivos da actividade dirigida na base das competências
chaves da matemática e as competências já desenvolvidas nas crianças.
(b) Planifica a actividade dirigida com os seus aspectos chave e na base dos
critérios de qualidade de actividades dirigidas.
(c) Prepara e produz materiais de aprendizagem de matemática necessários
para a actividade dirigida.
(d) Identifica formas de diferenciar o grau de dificuldade da actividade dirigida.
(e) Identifica como incluir ideias das crianças na actividade dirigida de matemática.
Contextos de aplicação:
Aspectos-chave da actividade dirigida incluem:
1. Objectivos e resultados a atingir (por parte da criança – competências)
2. Actividade passo a passo:
Motivação/Introdução
Demonstração
Acompanhamento
Arrumação
3. Tempo necessário e seu uso
4. Materiais e local a utilizar
5. Tipo de organização das crianças (em pares, em grupos etc.)
Evidências requeridas:
Produto
O formando apresenta...
A planificação de duas actividades dirigidas, seguindo os critérios de
qualidade e descrevendo os aspectos chaves e as formas concretas
de diferenciar o grau de dificuldade da actividade
Exemplos de pelo menos 2 formas como incluir os interesses da
criança nas actividades dirigidas planificadas
Os materiais pedagógicos necessários para as actividades dirigidas
planificadas.
Critérios de desempenho:
(a) Realiza actividades dirigidas de matemática, seguindo os critérios de
qualidade.
(b) Diferencia na implementação, o grau de dificuldade de acordo com as
capacidades e necessidades das crianças.
(c) Realiza a auto-avaliação do seu desempenho no fim da actividade
e descreve o que irá adoptar ou fazer diferente, nas próximas actividades.
Contextos de aplicação:
Auto-avaliação do seu desempenho inclui:
1) Preparação
2) Participação das crianças
3) Dificuldades
4) Sucessos
Evidências requeridas:
Demonstração real ou simulada
O formando prepara os materiais e realiza 1 actividade dirigida de
matemática, seguindo os critérios de qualidade, diferenciando o grau de
231
dificuldade de acordo com as capacidades e necessidades das crianças
e avaliando a sua prática no fim da actividade.
Critérios de desempenho:
(a) Reflecte em equipa sobre situações de desafio, de sucesso, e de
descoberta, nas crianças e nas actividades dirigidas de matemática,
durante a semana recente.
(b) Identifica objectivos para actividades seguintes de matemática.
(c) Planifica em equipa as actividades dirigidas de matemática para a semana
seguinte na base dos passos de planificação semanal.
(d) Debate activamente e com respeito as experiências e ideias dos colegas.
(e) Preenche as actividades de matemática na ficha do plano semanal,
ordenando as actividades na sequência adequada e nomeando os
materiais necessários.
Contextos de aplicação:
Situações de desafio são aquelas onde ou a criança ou o próprio educador
tiveram certas dificuldades ou reacções negativas.
232
Sequência adequada das actividades dirigidas orienta-se por:
Sequência lógica das competências chave atingidas
Aumento do grau de complexidade
Exigências de concentração (nível alto melhor para a 1ª actividade do
dia)
Exploração sensório-motora antes da aprendizagem mais abstracta
Disponibilidade dos materiais pedagógicos (onde os materiais são
partilhados entre os grupos)
Evidências requeridas:
Demonstração simulada
O formando realiza em grupo uma reflexão e planificação semanal sobre
actividades de matemática, seguindo os passos principais (ou de acordo
com os critérios de desempenho a) a d).
Produto
O formando apresenta a ficha de plano semanal onde são preenchidas
com detalhe suficiente e na sequência adequada, 4 actividades de
matemática.
INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR
Esta parte da especificação do módulo deve ser considerada como um guia de apoio
e nenhuma das secções é obrigatória.
Justificação do módulo
Este módulo é importante porque exercita as competências dos formandos de
planificar e realizar actividades dirigidas de matemática baseadas nos métodos de
EICC. É o primeiro módulo, depois da introdução das bases de planificação e
realização de actividades dirigidas que concretiza a sua implementação na área de
matemática. Os formandos aprofundam as suas competências no contexto de
actividades dirigidas (ex: planificar, reflectir, diferenciar o grau de dificuldade). Além
disso vão conhecer uma variedade de actividades dirigidas de matemática possíveis
e de carácter lúdico que promovem o gosto pela matemática, a criatividade e a
percepção dos métodos de EICC. Isso é fundamental porque muitas vezes os
métodos utilizados em actividades dirigidas nas instituições de infância não são
adequados (não promovem educação inclusiva e centrada na criança) e é
necessário conhecer formas alternativas para as mesmas.
Para isso os formandos devem primeiro realizar uma chuva de ideias sobre
experiências importantes para a criança na aprendizagem de propriedades de
objectos e sobre possíveis formas desta aprendizagem. A seguir os formandos
devem assistir simulações (ou filmes) sobre possíveis actividades dirigidas que
promovem esta aprendizagem. Eles devem analisar se as actividades observadas
cumprem os critérios de qualidade e sugerir com criatividade as variações possíveis
das actividades (para ter uma diversidade maior de ideias de actividades dirigidas).
Os formandos em pequenos grupos devem propor e simular novas actividades
dirigidas para aprender as propriedades de objectos com base noutros métodos,
analisar a sua qualidade e elaborar uma lista de exemplos extras de actividades
dirigidas adequadas. O mesmo método é utilizado para os outros dois conceitos de
matemática (noções de espaço e tempo, e noções de quantidade de números).
Para isso os formandos primeiro devem recolher os aspectos principais para a auto-
avaliação duma actividade dirigida, anotar e reflectir sobre os mesmos. A seguir
cada formando deve levar ao planos de actividades dirigidas de matemática (feitas
no contexto do resultado de aprendizagem 3) para a sua instituição de infância. Na
instituição de infância ele em primeiro lugar deve observar as capacidades e
necessidades das crianças dos grupos onde vai realizar a actividade e planificar na
base disso as formas de diferenciar o grau de dificuldade nas actividades
planificadas. A seguir ele deve preparar e produzir os materiais necessários para as
actividades dirigidas que vai realizar. Antes da realização de cada actividade o
formando deve rever os critérios de qualidade duma actividade. Ele deve realizar
235
pelo menos 5 actividades dirigidas seguidas por uma auto-reflexão escrita onde
deve anotar a reflexão sobre os aspectos principais e descrever o que irá adoptar ou
fazer de diferente nas próximas actividades. Finalmente, no centro de formação, os
formandos devem apresentar as suas experiências e alguns formandos voluntários
devem contar sobre as suas auto-reflexões.
236
nas demonstrações, o formando deve fazer auto-avaliação antes de o formador
partilhar os seus comentários de avaliação.
Resultado de Aprendizagem 1
Teste escrito com perguntas de respostas curtas sobre noções matemáticas com
uma breve descrição dum exemplo da vida diária da criança para cada uma das
noções matemáticas. Teste escrito com perguntas de curta resposta onde o
formando deve nomear as competências chaves que as actividades de matemática
desenvolvem na criança e dar uma breve descrição da sua importância para o
desenvolvimento global da criança. Os dois testes escritos devem ser realizados em
conjunto para facilitar a execução da avaliação.
Resultado de Aprendizagem 2
Teste escrito de associação entre as noções matemáticas (nomeadamente,
propriedades de objectos, noções de tempo e espaço, noções de números e
quantidades) e algumas formas de como essas podem ser aprendidas pela criança;
teste de respostas abertas onde os formandos descrevem para cada noção de
matemática, os exemplos adicionais de como essa pode ser aprendida pela criança.
Resultado de Aprendizagem 3
Produto avaliado através duma lista de verificação e constituído pelas partes 1)
planificações de duas actividades dirigidas passo-a-passo incluindo as formas
concretas de diferenciar o grau de dificuldade das actividades; 2) exemplos
concretos de pelo menos 2 formas de incluir os interesses da criança nas duas
actividades dirigidas planificadas; e 3) materiais pedagógicos necessários para as
duas actividades dirigidas planificadas.
Resultado de Aprendizagem 4
Demonstração real avaliada através duma lista de verificação, onde o formando,
realiza uma actividade dirigida de matemática de qualidade, apresenta os materiais
necessários e preparados por ele e avalia a sua prática no fim da actividade.
Resultado de Aprendizagem 5
Demonstração simulada feita em grupos de cinco e avaliada através duma ficha de
verificação, onde os formandos realizam uma reflexão e planificação semanal sobre
actividades de matemática.
Produto avaliado através duma ficha de verificação e constituído por uma ficha de
plano semanal preenchida com 4 actividades dirigidas de matemática.
Necessidades Especiais
Em certos casos, evidências requeridas modificadas podem ser produzidas por uma
escola ou Centro de ensino para certificação de candidatos com necessidades
especiais. Contudo, se a modificação ocorrer, ela não deve diluir a qualidade das
especificações do módulo. Em todos os casos as modificações devem ser sujeitas à
aprovação pelo PIREP.
237
Referências
1. De Carvalho, D. L. (1998). Metodologia do Ensino da Matematica. DF, Brasilia
2. Hohmann, M, & Weikart, D. (1997). Educar a criança. (High Scope Educational
Research Foundation). Fundação Calouste Gulbenkian: Lisboa.
3. Hohmann, M., & Weikart, D. (1979) A Criança em Acção (2ª Edição). Fundação
Calouste Gulbenkian: Lisboa.
4. Ministério da Mulher e da Acção Social. [in press]. Programa Educativo para
crianças do 1o ao 5o ano. Maputo, Moçambique.
5. Porquet, M. (1978) A matemática natural no ensino infantil - técnicas de
educação. Editorial Estampa: Lisboa.
Glossário
Competencias-chave – competências principais a desenvolver nas áreas de
aprendizagem (padrões uniformizados para a orientação em documentos e
regulamentos oficiais)
238
INFORMAÇÃO GERAL DO MÓDULO
Código do módulo: MO
Data da validação:
Nível do QNQP: 4
Número de créditos: 6
239
Resultado de aprendizagem 1: Descrever os conteúdos, as
competências chave e os métodos a
utilizar para o conhecimento do
mundo pela criança
Critérios de desempenho:
(a) Descreve e ordena os conteúdos sobre o conhecimento do mundo
na educação de infância, ligando-os a assuntos na vida diária da
criança.
(b) Resume as competências chave que as actividades de
conhecimento do mundo desenvolvem na criança.
(c) Exemplifica alguns dos métodos a utilizar no desenvolvimento do
conhecimento do mundo pela criança.
(d) Exemplifica como incluir ideias das crianças nas actividades
dirigidas de conhecimento do mundo.
Contextos de aplicação:
Conteúdos possíveis de conhecimento do mundo
Meio circundante – ao redor da criança:
Centro infantil ou escolinha, família, escola, loja ou mercado
Objectos e materiais do quotidiano
Caminhos, estradas, carros
Natureza ao redor; cuidados do meio ambiente
Tempo
Actividades e profissões comuns (no centro/escolinha; na família
e na comunidade)
Higiene, alimentação, repouso, perigos
Meios de comunicação na comunidade
Tradições e culturas na família, comunidade
À volta do mundo:
Localidades (cidades, aldeias); países
A natureza: Animais e plantas
Tempo
Meios de transporte
Actividades e profissões
Meios de comunicação
Alimentação, roupa, tradições e culturas de outros países
240
Auto-regulação e responsabilidade
Empatia e relações sociais
Capacidade de cuidar do meio ambiente
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando...
Descreve e ordena os conteúdos sobre o conhecimento do
mundo segundo critérios de proximidade da vida diária da
criança
Alista as competências chave que as actividades de
conhecimento do mundo desenvolvem na criança
Exemplifica dois métodos diferentes para abordar um conceito
sobre o conhecimento do mundo pela criança
Exemplifica como incluir as ideias das crianças, nas actividades
de conhecimento do mundo.
Critérios de desempenho:
(a) Descreve os possíveis conteúdos de educação para a saúde.
(b) Nomeia e exemplifica os métodos e técnicas de educação para a
saúde.
(c) Planifica e realiza actividades dirigidas de educação para a saúde,
com base nos aspectos chave e nos critérios de qualidade, duma
actividade dirigida.
(d) Realiza a autoavaliação do seu desempenho no fim da actividade e
descreve o que irá adoptar ou fazer diferente, nas próximas
actividades.
241
Contextos de aplicação:
Conteúdos possíveis de educação para a saúde:
Esquema corporal, o corpo e seus órgãos principais; como
funciona o corpo
Como se contraem doenças comuns e como se proteger delas
(acções de higiene, o repouso)
Bases duma alimentação saudável
Importância da água potável
242
6. Educador a criar um bom ambiente para a aprendizagem (sem
barulho, interrupções ou competição, e sempre encorajador
etc.)
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando...
Descreve conteúdos chave de educação para a saúde
Alista os métodos possíveis de educação para a saúde,
exemplificando 5 dos métodos.
Produto
O formando planifica 3 actividades de educação para a saúde, com
conteúdos e métodos diferentes, de acordo com critério de
desempenho c).
Critérios de desempenho:
(a) Descreve os possíveis conteúdos de actividades que promovem a
educação ambiental.
(b) Nomeia e exemplifica os métodos e técnicas principais para a
educação ambiental.
(c) Planifica e realiza actividades dirigidas de educação ambiental, com
base nos aspectos chave e nos critérios de qualidade, duma
actividade dirigida.
(d) Realiza a autoavaliação do seu desempenho no fim da actividade e
descreve o que irá adoptar ou fazer diferente, nas próximas
actividades.
Contextos de aplicação:
Conteúdos possíveis de educação ambiental
Ambiente natural:
Animais domésticos e selvagens
Alterações físicas e climatéricas
O sol e os astros
243
A terra, as árvores, as plantas, as flores e a sua utilização, areia,
pedras, terra, barro, rios, mares...
Importância da água:
Sem água e sem ar não há vida nem sustentabilidade
A água é o elemento fundamental para a existência da vida na
Terra e dela dependem todos os seres vivos para sobreviver
Preservação do ambiente:
Limpar a praia, o campo preservando o ambiente
Aprender a cuidar das árvores e plantas; regar as plantas
Consumir produtos da natureza de maneira sustentável
Não poluir o ar, os rios, etc.
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando...
Descreve conteúdos de educação ambiental
Alista os métodos possíveis de educação ambiental,
exemplificando 5 dos métodos.
Produto
O formando planifica 3 actividades de educação ambiental, com
conteúdos e métodos diferentes, de acordo com critério de
desempenho c).
244
Demonstração simulada ou real
O formando prepara os materiais e realiza 1 actividade de educação
ambiental, avaliando a sua prática no fim da actividade.
Critérios de desempenho:
(a) Reflecte em equipa sobre situações de desafio, de sucesso, e de
descoberta, nas crianças e nas actividades dirigidas de
conhecimento do mundo, durante a semana recente.
(b) Identifica objectivos para actividades seguintes do conhecimento do
mundo.
(c) Planifica em equipa as actividades dirigidas de conhecimento do
mundo para a semana seguinte na base dos passos de planificação
semanal.
(d) Debate activamente e com respeito as experiências e ideias dos
colegas.
(e) Preenche as actividades de conhecimento do mundo na ficha do
plano semanal, ordenando as actividades na sequência adequada e
nomeando os materiais necessários.
Contextos de aplicação:
Situações de desafio são aquelas onde a criança ou o próprio
educador tiveram certas dificuldades ou reacções negativas.
245
O plano semanal contem:
Sequência das actividades
Materiais necessários para cada actividade
Alguns conteúdos da hora do círculo e materiais para actividades
livres
Evidências requeridas:
Demonstração simulada
O formando realiza em grupo uma reflexão e planificação semanal
sobre actividades de conhecimento do mundo, seguindo os passos
principais (ou de acordo com os critérios de desempenho a) a d).
Produto
O formando apresenta a ficha de plano semanal onde são
preenchidas com detalhe suficiente e na sequência adequada, 4
actividades de conhecimento do mundo.
INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR
Esta parte da especificação do módulo deve ser considerada como um guia de apoio
e nenhuma das secções é obrigatória.
Justificação do módulo
Este módulo é o primeiro dedicado às actividades de conhecimento do mundo pelas
crianças. Cada educador duma instituição de infância deve ser capaz de interagir
com as crianças e promover o desenvolvimento de competências e atitudes
positivas em relação ao conhecimento do mundo, à saúde e ao meio ambiente que
nos rodeia. Neste módulo os formandos aprenderão a identificar conteúdos,
métodos e competências chave a desenvolver e ainda a preparar materiais e
experiências que estimulem as crianças a se apropriarem do conhecimento partindo
sempre do nível em que estão e tendo em consideração os seus interesses de modo
a que aprendam a aprender com alegria.
246
Orientações sobre o conteúdo e contexto de aprendizagem
O processo de ensino-aprendizagem deste módulo deve ser activo, reflexivo e
centrado no formando dando ao formando sempre tempo e possibilidade para
apresentar dúvidas e perguntas abertas.
No início de cada tema (resultado de aprendizagem) deste módulo o formador
prepara um resumo sobre os resultados que se espera que os formandos vão atingir
e afixa-o na parede fazendo um pequeno debate sobre o que os formandos acham
que está incluído em cada subtema e registando as contribuições. No fim de cada
tema o formador afixa o resultado do primeiro debate e em conjunto com os
formandos acrescenta o que foi aprendido ao longo do processo e arquiva no
portefólio da turma.
No início do módulo o formador deve ainda avisar os formandos que, quando forem
praticar nas instituições infantis, devem, desde o início, registar as suas observações
sobre situações de desafio, de sucesso e de descoberta nas actividades de
conhecimento do mundo. Se houver formandos que já estão a trabalhar em centros
infantis o formador, pede-lhes que façam listas dessas mesmas situações de acordo
com a sua experiência de trabalho.
Para isso os formandos devem dividir-se em dois grandes grupos e devem, nos
respectivos grupos, fazer uma chuva de ideias (um grupo sobre os conteúdos de
conhecimento do mundo, e o outro sobre as competências chave que essas
actividades promovem) e registar em papel grande a ser afixado na parede ou
escrever no quadro. Em plenário (turma) os dois grupos apresentam o seu trabalho
aos colegas e recebem mais contribuições dos colegas do outro grupo, com a
supervisão do formador, para garantir a diversidade de ideias. Depois, todos em
pequenos grupos, ordenam os conteúdos sobre o conhecimento do mundo que
identificaram de acordo com critérios de proximidade à vida diária das crianças,
concordando em plenário sobre a lista final.
248
Resultado de aprendizagem 3. (Nº de horas estimado: 19 horas)
O formando é capaz de descrever os possíveis conteúdos de actividades que
promovem a educação ambiental. Para isso os formandos divididos em dois grupos
devem fazer chuva de ideias dos conteúdos de educação ambiental, e registar no
quadro ou em papel grande para afixar na parede. Depois, em plenário, cada grupo
analisa o trabalho dos seus colegas questionando, pedindo clarificações e sugerindo
outros conteúdos. No fim compara-se o resultado obtido com a listagem do formador
e faz-se o registo final do debate em plenário.
Situações de
descoberta
Resultado de Aprendizagem 1
Teste escrito onde os formandos elaboram uma lista que descreve e ordena os
conteúdos sobre o conhecimento do mundo seguindo critérios de proximidade da
vida diária da criança; elaboram uma lista sobre as competências chave que as
actividades de conhecimento do mundo desenvolvem na criança. Teste de respostas
abertas sobre as opções dadas de métodos diferentes para abordar o mesmo
conceito de desenvolvimento do mundo e respondem a uma pergunta de resposta
curta dando um exemplo sobre como incluir as ideias das crianças nas actividades
de conhecimento do mundo.
Resultado de Aprendizagem 2 e 3
Teste escrito de respostas curtas onde os formandos descrevem os conteúdos de
educação para a saúde e de educação ambiental;
Teste escrito de respostas curtas onde os formandos elaboram uma lista dos
métodos de educação para a saúde e de educação ambiental; e de respostas
abertas onde os formandos dão exemplos de como usar 5 métodos de cada tema
(educação para a saúde e educação ambiental).
Produto avaliado através duma ficha de verificação, que consiste dos planos de 3
actividades de educação para a saúde e de 3 actividades de educação ambiental
251
com conteúdos e métodos diferentes e de acordo com os aspectos chave e os
critérios de qualidade das actividades dirigidas.
Produto avaliado através duma ficha de verificação, constituído por uma ficha de
plano semanal onde são preenchidas com detalhe e na sequência adequada 4
actividades de conhecimento do mundo.
Necessidades Especiais
Para evitar que os formandos com necessidades especiais sejam prejudicados,
podem ser produzidas por uma escola ou Centro de ensino as evidências requeridas
modificadas para a certificação destes candidatos. Contudo, para a modificação
ocorrer, ela não deve diluir a qualidade das especificações do módulo. Em todos os
casos todas as modificações estão sujeitas à aprovação pelo PIREP.
Referências
1. Ministério da Mulher e da Acção Social. [in press]. Programa Educativo para
crianças do 1o ao 5o ano. Maputo, Moçambique.
2. Hohmann, M, & David Weikart. (1997). Educar a criança. (High Scope
Educational Research Foundation). Fundação Calouste Gulbenkian: Lisboa.
3. Pam Schiller e Joan Rossano (1990). Guia Curricular – 500 actividades
curriculares apropriadas à educação das crianças. Instituto Piaget, Horizontes
Pedagógicos, Portugal, 1996.
4. Fundação Victor Civita, Editora Abril e Abril S.A. (Retirado do internet no dia de
16 de Outubro 2012):
http://educarparacrescer.abril.com.br/casa-da-ciencia/
http://educarparacrescer.abril.com.br/blog/isto-da-certo/2011/03/21/7-
experiencias-com-agua-para-fazer-em-casa/
252
INFORMAÇÃO GERAL DO MÓDULO
Código do módulo: MO
Data da validação:
Nível do QNQP: 4
Número de créditos: 6
A conclusão com êxito de todos os módulos do
certificado vocacional 3 em educação de infância (em
especial do módulo ‘Acompanhar crianças nas
Requisitos de inscrição actividades livres’). A conclusão com êxito dos
no módulo: seguintes módulos do nível 4: ‘Aplicar Educação
Inclusiva’ e ‘Promover actividades dirigidas com as
crianças e os encontros de reflexão e planificação”.
253
Descrever as competências chave que a
criança desenvolve na expressão plástica
Resultado de aprendizagem 1: e a sua importância no desenvolvimento
da criança
Critérios de desempenho:
(a) Define o objectivo principal das actividades de expressão
plástica.
(b) Resume as competências chave que as crianças desenvolvem
nas actividades de expressão plástica.
(c) Descreve a importância das competências desenvolvidas na
expressão plástica para o desenvolvimento da criança.
Contextos de aplicação:
O objectivo principal das actividades de expressão plástica é de
permitir a criança expressar os seus sentimentos e pensamentos
através de meios plásticos e não o de atingir certos produtos.
254
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando…
Define o objectivo principal da expressão plástica
Resume as competências chave que as crianças desenvolvem
nas actividades de expressão plástica
Descreve a importância das competências desenvolvidas na
expressão plástica para o desenvolvimento da criança.
Critérios de desempenho:
(a) Pratica várias técnicas de expressão plástica.
(b) Nomeia dois tipos de actividades dirigidas de expressão plástica
identificando como esses cumprem os critérios de qualidade e
permitem a participação activa da criança.
(c) Descreve como realizar uma actividade dirigida do tipo ‘Exploração
livre de um tema/ duma técnica comum’.
(d) Descreve como realizar uma actividade dirigida do tipo ‘Produção de
um produto comum’.
(e) Resume os critérios sobre como acompanhar as crianças nas
actividades livres da expressão plástica que são relevantes para as
actividades dirigidas.
Contextos de aplicação:
Técnicas usadas em actividades dirigidas de expressão plástica
incluem:
Desenho, pintura (com pincéis, dedos, mãos, fios, pauzinhos)
Carimbagem (com as mãos, esponjas, rolhas, vegetais, frutos,
balões, etc,) e estampagem (ex. com areia)
Rasgagem, machucagem, e recortes
Colagem com recortes, objectos, arreia etc. (livre e seguindo
padrões, ex. mandalas)
Modelagem (areia e água, barro, plasticina, massa de farinha,
outros)
Dobragem
Tecelagem (esteirinhas, cestas, cercas) e enfiamento (de figuras
na cartolina; no pano, etc.)
Trabalho com todo o tipo de materiais de desperdício e da
natureza
Trabalhos simples com madeira (serrar, descascar, martelar,
produção de objectos simples)
255
Critérios de qualidade da actividade dirigida:
1. Crianças a expressarem-se sobre o tema
2. Momentos para a criança se movimentar
3. Crianças a usarem os seus sentidos
4. Crianças a agirem
5. Educador a oferecer actividades de vários graus de dificuldade:
Através de materiais diferentes
Através de tarefas diferentes
Através de apoios diferentes
6. Educador a criar um bom ambiente para a aprendizagem (sem
barulho, interrupções ou competição, sendo encorajador etc.)
256
o Em momentos de confusão parar e consultar em grupo de
forma construtiva e positiva
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando...
Nomeia e descreve 2 tipos de actividades dirigidas de expressão
plástica de acordo com os critérios de desempenho b) a d)
Resume os critérios de como acompanhar as crianças nas
actividades livres de expressão plástica que são relevantes para
actividades dirigidas.
Produto
O formando produz 5 obras de artes plásticas utilizando uma nova
técnica da expressão plástica em cada obra.
257
Planificar, preparar, realizar e avaliar
Resultado de aprendizagem 3: actividades dirigidas de expressão plástica
Critérios de desempenho:
(a) Planifica a actividade dirigida de expressão plástica com os seus
aspectos-chave, na base dos critérios de qualidade e de interesses
observados nas crianças.
(b) Identifica formas de diferenciar o grau de dificuldade da actividade
dirigida para permitir a participação de criança com diferentes
capacidades.
(c) Identifica como as crianças nesta actividade podem participar com
criatividade e com as suas ideias.
(d) Prepara materiais de aprendizagem necessários para a actividade
dirigida de expressão plástica.
(e) Realiza dois tipos de actividades dirigidas de expressão plástica
seguindo os critérios de qualidade.
(f) Realiza a auto-avaliação do seu desempenho no fim da actividade e
descreve o que irá adoptar ou fazer diferente, nas próximas
actividades.
Contextos de aplicação:
Aspectos-chave da planificação duma actividade dirigida:
1. Objectivo/s
2. Actividade passo a passo:
Motivação/ Introdução
Demonstração
Acompanhamento
3. Materiais e local
4. Tempo e seu uso
5. Organização das crianças
258
Para enfiar: bases para enfiar, cordas
Para tecelagem: palha, fios
Ferramentas para trabalho com madeira
Outros materiais de desperdício
Outros materiais de natureza
Evidências requeridas:
Produto
O formando planifica por escrito, em grupo pequeno, uma actividade
dirigida do tipo ‘Exploração livre de um tema ou de uma técnica comum’
e uma do tipo ‘Produção de um produto em conjunto’ com base nos
critérios de qualidade e nos interesses observados nas crianças,
identificando as formas de diferenciar o grau de dificuldade e as formas
de incluir as ideias das crianças.
Demonstração simulada
O formando...
Prepara os materiais e realiza uma actividade dirigida de expressão
plástica do tipo ‘Exploração livre de um tema ou de uma técnica
comum’ seguindo os critérios de qualidade e os passos de
planificação
Prepara os materiais e realiza uma actividade dirigida do tipo
‘Produção de um produto em conjunto’ seguindo os critérios de
qualidade e os passos de planificação
Auto-avalia o seu desempenho no fim de cada actividade e descreve
o que irá adoptar ou fazer diferente, nas próximas actividades.
INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR
Justificação do módulo
Este módulo tem como objectivo desenvolver os conhecimentos e habilidades que
permitam aos formandos promover actividades dirigidas de expressão plástica com
as crianças. Considerando que o objectivo principal da expressão plástica é de
permitir à criança expressar os seus sentimentos e pensamentos através de meios
não verbais, é essencial que cada educador de uma instituição de infância seja
capaz de reconhecer a importância de artes plásticas na expressão e no
259
desenvolvimento da criança e de planificar actividades dirigidas que permitam que
as crianças se expressem desta forma e desenvolvam competências chave. Na
prática acontece frequentemente que os educadores não desenvolvem diversas
actividades de expressão plástica por falta de conhecimento de técnicas e materiais
adequados, ou por causa de medo que as crianças ‘irão se sujar’. Para ultrapassar
esses obstáculos, neste módulo o formando praticará várias técnicas de expressão
plástica e aprenderá a planificar, preparar, realizar e avaliar actividades dirigidas de
expressão plástica de diferentes tipos.
Resultado de Aprendizagem 1
Teste de associação de situações descritas onde o formando tem de identificar as
competências que a criança desenvolve nessas mesmas situações. Teste escrito
de pergunta curta sobre o objectivo de actividades de expressão plástica, e de
perguntas abertas sobre a importância das competências desenvolvidas na
expressão plástica para o desenvolvimento da criança.
262
Resultado de Aprendizagem 2
Teste escrito de curtas respostas sobre dois tipos de actividades dirigidas de
expressão plástica identificando como esses cumprem os critérios de qualidade e
permitem a participação activa da criança; teste de múltiplas respostas sobre os
critérios de como acompanhar as crianças nas actividades livres de expressão
plástica que são relevantes para actividades dirigidas; teste de perguntas abertas
sobre como realizar uma actividade dirigida do tipo ‘Exploração livre de um tema/
duma técnica comum’ e sobre como realizar uma actividade dirigida do tipo
‘Produção de um produto comum’.
Produto constituído por 5 obras de expressão plástica, cada um feito usando uma
técnica diferente, a serem avaliadas consoante a técnica utilizada.
Resultado de Aprendizagem 3
Demonstração simulada avaliada com uma lista de verificação onde o formando a)
prepara os materiais e realiza uma actividade dirigida de expressão plástica do tipo
‘Exploração livre de um tema ou de uma técnica comum’ seguindo os critérios de
qualidade e os passos de planificação; b) prepara os materiais e realiza uma
actividade dirigida de expressão plástica do tipo ‘Produção de um produto em
conjunto’ seguindo os critérios de qualidade e os passos de planificação; e c) auto-
avalia o seu desempenho no fim de cada actividade e descreve o que irá adoptar ou
fazer diferente, nas próximas actividades.
Produto constituído por duas actividades dirigidas planificadas pelo formando, uma
do tipo ‘Exploração livre de um tema ou de uma técnica comum’ e outra do tipo
‘Produção de um produto em conjunto’ com base nos critérios de qualidade e nos
interesses observados nas crianças, identificando as formas de diferenciar o grau
de dificuldade e as formas de incluir as ideias das crianças.
Necessidades Especiais
Para evitar que os formandos, com necessidades especiais sejam prejudicados,
podem ser produzidas por uma escola ou Centro de ensino as evidências
requeridas modificadas para a certificação destes candidatos. Contudo, para a
modificação ocorrer, ela não deve diluir a qualidade das especificações do módulo.
Em todos os casos todas as modificações estão sujeitas à aprovação pelo PIREP.
Referências
1. Santos, A.S.(2008). Mediações Arteducacionais. Lisboa: Fundacao Calouste
Gulbenkian.
2. Ministério da Mulher e da Acção Social, Republica de Moçambique. (2011).
Livro de Recursos de Educador. Parte do Programa Educativo para crianças
do 1º ao 5º ano. [Não publicado.]
3. Sousa, A. (2003). Educação Pela Arte e Artes na Educação. Horizontes
Pedagógicos: Lisboa, Instituto Piaget.
4. http://ticposgraduacao.wordpress.com/a-importancia-das-
expressoes/expressao-musical-2/
263
INFORMAÇÃO GERAL DO MÓDULO
264
Resultado de aprendizagem 1: Resumir algumas competências de
linguagem e literacia e a sua
importância para o desenvolvimento
da criança
Critérios de desempenho:
(a) Descreve algumas competências de linguagem e literacia (escrita e
leitura) que ocorrem na sequência do desenvolvimento da criança.
(b) Resume a importância de algumas competências de linguagem e
literacia para o desenvolvimento da criança.
(c) Exemplifica alguns dos métodos a utilizar para estimular a criança a
aprender a falar, ‘escrever’, ‘ler’ e ‘ditar’.
(d) Exemplifica como incluir ideias das crianças nas actividades dirigidas
de linguagem e literacia.
Contextos de aplicação:
Competências de linguagem e literacia (competências emergentes
de escrita e leitura) envolvem:
Capacidades narrativas
Capacidades de ouvir e participar
Capacidades analíticas e de resolução de problemas
Capacidades emocionais e sociais
Capacidades de discriminação visual e auditiva
Lateralidade
Capacidades motoras finas
As diferentes idades revelam diferentes competências que podem
variar com o grau de estimulação que a criança recebe
265
Expôr as crianças à escrita e leitura na vida real (lista de
compras, receitas culinárias, consulta da lista telefónica, ler
jornais e revistas, livros...)
As crianças a terem acesso a material de escrita para garatujar,
desenhar, pintar escrever como quizerem e fazerem os seus
livrinhos
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando:
Descreve, exemplifica e resume competências de linguagem e
literacia e sua importância para o desenvolvimento da criança, de
acordo com os critérios de desempenho a) a b)
Exemplifica pelo menos 2 métodos a utilizar para estimular a
criança a falar, escrever, ler e contar
Exemplifica como incluir as ideias das crianças, nas actividades
de linguagem e literacia.
Critérios de desempenho:
(a) Descreve e explica os objectivos das actividades de pré-escrita na
educação de infância, e relaciona-os a situações pedagógicas
negativas em relação às crenças e práticas familiares comuns no
ensino da escrita.
(b) Identifica as diferentes formas de escrita emergente por parte da
criança e de como encorajá-la a escrever à sua própria maneira.
(c) Planifica e realiza actividades dirigidas de pré-escrita ou de
invenção de ortografia com base nos aspectos chave e nos
critérios de qualidade duma actividade dirigida, arquivando os
trabalhos no portefólio.
(d) Produz e providencia uma boa diversidade de materiais para
estimular o interesse pela escrita.
(e) Autoavalia o seu desempenho no fim da actividade e descreve o
que irá adoptar ou fazer diferente, nas próximas actividades.
Contextos de aplicação:
Objectivos das actividades de pré-escrita na educação de infância
são principalmente:
Despertar a curiosidade e o interesse
Proporcionar um ambiente estimulante
Demonstrar as práticas de pré-escrita
266
Ajudar as crianças a criarem as bases necessárias para o início
da escrita
Situações pedagógicas negativas - Crenças e práticas familiares em
relação ao ensino da pré-escrita podem incluir:
Aprender a escrever é a tarefa mais importante de educação
de infância
A criança deve desde o início aprender a escrever como um
adulto
A escrita emergente da criança deve ser corrigida
A criança só pode aprender a escrever seguindo o exemplo do
adulto
As diferentes formas de escrita emergente incluem escrita não
convencional e original por parte da criança que escreve de
maneiras não reconhecidas convencionalmente (ex., com desenhos,
partes de letras, garatujas, riscos, letras ou partes de palavras em
espelho ou de pernas para o ar, etc.)
Actividades dirigidas de escrita ou de invenção de ortografia podem
incluir escrita em qualquer superfície, mesmo as pouco
convencionais; com diversos tipos de instrumentos, tracejar, saltar
ou andar sobre letras desenhadas, completar partes de letras entre
outras
267
Guardar o portefólio de diferentes maneiras, ex.: mapas ou
gavetas para cada criança, pasta grande com parte para cada
criança, portefólio com análise do progresso
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando...
Descreve e explica os objectivos de actividades de pré-escrita e
relaciona-os com situações pedagógicas negativas
relativamente às crenças e práticas comuns
Identifica diferentes formas de escrita emergente por parte da
criança e como encorajá-la a escrever à sua própria maneira.
Produto
O formando...
Produz ou recolhe pelo menos 2 tipos de materiais diferentes
para actividades das crianças com a escrita e descreve outros
tipos de materiais que estimulam o interesse pela escrita nas
crianças
Planifica 2 actividades dirigidas de pré-escrita de acordo com o
critério de desempenho c)
Recolhe e organiza exemplos de escrita emergente da criança
para o portefólio.
Critérios de desempenho:
(a) Descreve e explica os objectivos de actividades de pré-leitura na
educação de infância e a ligação entre a aprendizagem da leitura e a
da escrita na criança.
268
(b) Descreve as abordagens para a criação de hábitos de leitura através
da partilha e criação de livros, fantasias, entre outros.
(c) Planifica e realiza actividades dirigidas que despertam as crianças
para o som e para a relação som/símbolo(letra), com base nos
aspectos chave e nos critérios de qualidade, duma actividade dirigida.
(d) Planifica e realiza actividades dirigidas com histórias com base nos
aspectos chave e nos critérios de qualidade, duma actividade dirigida.
(e) Autoavalia o seu desempenho no fim da actividade e descreve o que
irá adoptar ou fazer diferente, nas próximas actividades.
Contextos de aplicação:
Objectivos de actividades de pré-leitura na educação de infância são
principalmente:
Despertar a curiosidade e interesse pela leitura
Proporcionar um ambiente estimulante
Demonstrar as práticas de pré-leitura
Ajudar as crianças a criar as bases necessárias para o inicio da leitura
269
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando...
Descreve e explica os objectivos das actividades de pré-leitura, a
ligação entre a aprendizagem da leitura e da escrita
Descreve as abordagens para a criação de hábitos de leitura nas
crianças.
Produto
O formando...
Planifica duas actividades dirigidas com sons ou sons/letras, e duas
actividades com histórias com base nos critérios de desempenho c)
e d).
Critérios de desempenho:
(a) Descreve e explica a importância da criança criar, ditar, ler e
representar as suas histórias, mensagens, e outros textos escritos.
(b) Estimula as crianças ditar suas histórias, mensagens, listas, ou
pensamentos e anota os ditados delas.
(c) Lê, para as crianças, e estimula-as a ‘ler’ as histórias, mensagens, e
outros textos ditados por elas, reforçando a ligação entre a leitura e
escrita.
(d) Encoraja as crianças a representar as suas histórias, mensagens e
outros textos.
(e) Expõe os ditados escritos nas paredes, encorajando as crianças a
“lê-los” de vez em quando e arquiva os ditados escritos da criança
no portefólio.
Contextos de aplicação:
Importância da criança criar, ditar, ler e utilizar as suas histórias,
mensagens, e outros textos escritos:
Valoriza as ideias e a criatividade da criança
Reforça a ligação entre palavra dita, escrita, e lida
270
crianças e deixando-as ilustrar o que ditaram, podendo ser utilizado em
vários momentos importantes do dia como a hora do círculo
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando descreve e explica a importância da criança criar, ditar, ler
e representar suas histórias e outros textos.
Produto
O formando expõe trabalhos com escrita ditada ou criada pelas
crianças, nas paredes da sala, e arquiva outros - no portefólio da
criança.
Critérios de desempenho:
(a) Explica a importância de usar a língua materna (L1) na interacção
com as crianças.
(b) Fala e ensina na língua materna para promover o desenvolvimento
harmonioso da criança.
(c) Introduz a língua nacional (L2) no pré-escolar através de técnicas
didácticas de educação bilingue aproveitando o período chave de
aquisição da linguagem.
Contextos de aplicação:
Língua materna (L1) é a base para todo o desenvolvimento da criança,
incluindo a aprendizagem de outras línguas porque baseada no
conhecimento e experiências das crianças e da sua comunidade
Efeitos negativos de apenas usar a L2 no ensino pré-escolar: impede
ou limita a participação plena da criança por não se basear no seu
conhecimento linguístico-cultural
271
Contar histórias em língua materna e depois em L2, com apoio de
imagens e gestos, chamando pais ou outros familiares para virem
contar uma história
Usar canções como meio educativo para L2
Associar certas acções diárias com as frases em L2
Não misturar as 2 línguas na mesma frase
Usar escrita na sala em língua materna e em L2
Utilizar cartazes de matemática, conhecimento do mundo e outros
que através das imagens promovam a aprendizagem de palavras e
frases em ambas as línguas
Utilizar jogos de memória de imagens com palavras em ambas as
línguas
Utilizar puzzles de sequência com palavras em ambas as línguas
Evidências requeridas:
Evidência escrita
O formando justifica a importância da língua materna na educação
bilingue.
Critérios de desempenho:
(a) Reflecte em equipa sobre situações de desafio e de sucesso/
descoberta nas actividades de linguagem e literacia realizadas
durante a semana.
(b) Identifica objectivos para actividades pedagógicas seguintes de
linguagem e literacia.
(c) Planifica em equipa as actividades dirigidas de linguagem e literacia
para a semana seguinte na base dos passos de planificação
semanal.
(d) Debate activamente e com respeito, as experiências e ideias de
actividades de linguagem e literacia para atingir os objectivos.
(e) Preenche o plano semanal ordenando as actividades dirigidas na
sequência adequada e nomeando os materiais pedagógicos
necessários.
272
Contextos de aplicação:
Situações de desafio são aquelas onde ou a criança ou o próprio
educador tiveram certas dificuldades ou reacções negativas
Evidências requeridas:
Demonstração simulada
O formando realiza em grupo uma reflexão e planificação semanal
sobre actividades de linguagem e literacia, seguindo os passos
principais (ou de acordo com os critérios de desempenho a) a d).
273
Produto
O formando apresenta a ficha de plano semanal onde são preenchidas
com detalhe suficiente e na sequência adequada 4 actividades de
linguagem/ literacia.
______________________________________________________________
INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR
Esta parte da especificação do módulo deve ser considerada como um guia de apoio
e nenhuma das secções é obrigatória.
Justificação do módulo
Este módulo é o primeiro dedicado à literacia (competências emergentes de leitura e
escrita) nas crianças. As crianças nascem curiosas, tudo é alvo de pesquisa, de
experimentação e dessas actividades - todas as crianças retiram alegria e se nós
não as impedirmos a leitura e a escrita também vão seguir esse caminho. No pré-
escolar não nos concentramos na leitura e escrita por si próprias. Cada educador
duma instituição de infância deve ser capaz de interagir com as crianças e promover
o desenvolvimento de competências e atitudes positivas em relação ao
desenvolvimento da linguagem (oral e escrita) que são a ferramenta base de
comunicação e participação. Para isso devem sempre partir e responder às
interrogações das crianças e deixá-las experimentar, comparar, aprender. Neste
módulo os formandos aprenderão a identificar conteúdos, métodos e competências
chave da linguagem e literacia a desenvolver e ainda a preparar materiais e
experiências que estimulem as crianças a se apropriarem do conhecimento partindo
sempre do nível em que estão e tendo em consideração os seus interesses de modo
a que aprendam a aprender com alegria.
No início de cada assunto deste módulo o formador deve preparar um resumo sobre
os resultados que se espera que os formandos vão atingir e afixa-o na parede
fazendo um pequeno debate sobre o que os formandos acham que está incluído em
cada subtema e registando as suas contribuições. No fim de cada tema o formador
afixa o resultado do primeiro debate e em conjunto com os formandos acrescenta o
que foi aprendido ao longo do processo e arquiva no portefólio da turma.
O formador deve ainda avisar os formandos que, quando forem praticar nas
instituições de infância, devem, desde o início, registar as suas observações sobre
situações de desafio, de sucesso e de descoberta nas actividades de linguagem e
literacia. Se houver formandos que já estão a trabalhar em centros de infância o
formador pede-lhes para fazerem listas dessas mesmas situações de acordo com a
sua experiência de trabalho. Também devem observar actividades dirigidas e livres
de pré-leitura e pré-escrita na instituição de prática registando tudo o que vêem que
pensem ser importante para os temas que vão ser abordados neste módulo, na base
274
duma lista fornecida pelo formador e recolhendo os exemplos de escrita emergente
das crianças e anotações de textos ditados pelas crianças.
Por último o formador deve arquivar todo o material produzido ou recolhido ao longo
deste módulo no portefólio da turma que servirá para a reflexão final sobre como
decorreu o módulo e também como exemplos para futuras formações.
O formando consegue exemplificar como incluir ideias das crianças nas actividades
dirigidas de linguagem e literacia. Para isso os formandos devem fazer um debate
do estilo “pró e contra” em que um grupo dá sugestões e defende a inclusão de
ideias das crianças nas actividades dirigidas e o outro grupo defende que isso não é
possível para assim recordarem o que aprenderam sobre inclusão das ideias das
crianças no módulo sobre actividades dirigidas. Terminado o debate os formandos
devem, em pequenos grupos, preparar uma actividade dirigida que contenha
actividades, temas ou materiais que incluam o interesse das crianças (cada grupo
escolhe uma das três possibilidades). Devem apresentar os planos ao formador, e
melhorar na base do feedback recebido.
275
Para isso os formandos devem observar actividades dirigidas e livres de pré-escrita
na instituição de prática registando tudo o que vêem que pensem ser importante
para os assuntos que vão ser abordados neste resultado de aprendizagem e
recolhendo os exemplos de pré-escrita das crianças. Depois, já no centro de
formação e divididos em dois grupos, devem fazer uma chuva de ideias sobre os
dois assuntos (um por grupo), nomeadamente, sobre 1) os objectivos das
actividades de pré-escrita na educação de infância, e as situações pedagógicas
negativas em relação às crenças e práticas familiares comuns no ensino da escrita;
e, 2) as diferentes formas de escrita emergente por parte da criança e como
encorajá-la a escrever à sua própria maneira. Devem apontar os resultados em
papel grande para colocar na parede da sala de formação ou escrever no quadro.
Em plenário devem apresentar o resultado e receber as contribuições dos colegas
do outro grupo e do formador para garantir uma boa exploração do tema. Depois da
discussão do primeiro assunto, o formador deve oferecer filmes ou simulações que
mostram mais objectivos e práticas comuns nas actividades de pré-escrita, e
convidar os formandos a analisá-las, completando as suas notas. O mesmo deve
ser feito em relação à escrita emergente – o formador deve proporcionar exemplos
adicionais da escrita emergente para os formandos analisarem e discutirem, e
completarem as suas notas sobre este assunto.
Para isso os formandos em pequenos grupos devem debater que tipo de actividades
podem fazer para despertar as crianças para o som e para a relação som/letra.
Depois, em pequenos grupos, cada formando deve planificar 2 actividades dirigidas
uma de sons e uma de sons/letras de acordo com os aspectos chave e os critérios
de qualidade, duma actividade dirigida, depois trocar os planos de actividades e
comentar sobre os planos dos colegas. Cada grupo deve eleger os melhores planos
e melhorá-los na base dos comentários feitos. No final, os 3 grupos seleccionados
pelo formador devem simular uma actividade de som e uma de som/letra à turma,
277
autoavaliar o seu desempenho, descrever o que irá adoptar ou fazer diferente nas
próximas actividades, receber o feedback dos colegas e do formador.
Cada formando no seu pequeno grupo deve planificar duas actividades dirigidas
com histórias, de acordo com os aspectos chave e os critérios de qualidade, duma
actividade dirigida. A seguir os formandos no grupo devem trocar os planos de
actividades e comentar sobre os planos dos colegas. Cada formando deve melhorar
os seus planos na base dos comentários feitos e depois devem escolher os
melhores planos. No final, os 3 grupos seleccionados pelo formador devem simular
uma actividade com histórias à turma, autoavaliar o seu desempenho, descrever o
que irão adoptar ou fazer diferente nas próximas actividades, receber o feedback
dos colegas e do formador.
Criar
278
consegue ler para as crianças, e estimulá-lasa ‘ler’ elas próprias as histórias,
mensagens, e outros textos ditados por elas, reforçando a ligação entre a leitura e
escrita. O formando também é capaz de encorajar as crianças a representar as suas
histórias, mensagens e outros textos.
Para isso os formandos devem assistir a 2-3 exemplos (em forma de filmes,
simulações do formador, ou exemplos escritos) do formador a estimular as crianças
a ditar algo, a anotar os textos deles, a estimulá-las a ler o que foi escrito, e a
representar as suas ideias, histórias etc. Devem analisar os exemplos em grupos,
com base numa ficha disponibilizada pelo formador, identificando as acções
concretas do formador e as reacções das crianças. Em plenário, devem ainda propôr
e simular outras formas de estimular as crianças a ditar, ler, e representar as suas
mensagens e outros textos, chegando a uma lista de boas práticas para cada uma
dessas actividades.
280
Para isso os formandos, em plenário, devem primeiro rever (do módulo de
actividades dirigidas) o que significa debater activamente e com respeito as
experiências e ideias dos outros no encontro de reflexão e planificação. A seguir os
formandos, em pequenos grupos, devem identificar objectivos para as actividades
de linguagem e literacia da semana seguinte, com base na reflexão feita e no plano
trimestral inventado pelo formador. Devem partilhar e justificar os objectivos perante
os outros grupos.
Resultado de Aprendizagem 1
Teste escrito com perguntas de resposta curta sobre pelo menos 5 competências de
linguagem e literacia e sobre a importância das competências de linguagem para o
desenvolvimento da criança.
Teste escrito com perguntas de resposta aberta sobre os exemplos de pelo menos 2
métodos a utilizar para estimular a criança a falar, ler, escrever e contar histórias; e,
281
sobre os exemplos de como incluir as ideias das crianças nas actividades de
linguagem e literacia.
Resultado de Aprendizagem 2
Teste escrito de respostas abertas sobre os objectivos das actividades de pré-
escrita; teste de associação entre os objectivos das actividades de pré-escrita e as
situações pedagógicas negativas que contradizem esses objectivos. Teste escrito
com frases verdadeiras e falsas sobre as diferentes formas de escrita emergente
das crianças; teste escrito com perguntas de resposta curta sobre como encorajar a
criança a escrever à sua própria maneira.
Produto avaliado através duma ficha de verificação, que consiste de 1) pelo menos 2
tipos de materiais diferentes para actividades das crianças com a escrita produzidos
ou recolhidos pelo formando, acompanhados por uma descrição sobre os outros
tipos de materiais que estimulam o interesse pela escrita nas crianças; 2) planos de
2 actividades dirigidas de pré-escrita de acordo com o critério de desempenho c); e
3) pelo menos 4 exemplos de escrita emergente duma criança organizados num
portefólio da criança.
Resultado de Aprendizagem 3
Teste escrito de respostas abertas sobre os objectivos das actividades de pré-
leitura, a ligação entre a aprendizagem da leitura e da escrita, e as abordagens para
a criação de hábitos de leitura e partilha.
Resultado de Aprendizagem 4
Teste escrito de respostas abertas sobre a importância da criança criar, ditar, ler e
representar as suas histórias e outros textos.
Produto avaliado através duma ficha de verificação, constituído por 1) trabalhos com
escrita ditada ou criada pelas crianças expostos nas paredes da sala de actividades;
2) outros trabalhos devidamente organizados no portefólio duma criança. A primeira
parte do produto pode ser preparado em conjunto pelos 2-3 formandos que
estagíam no mesmo centro de prática.
Resultado de Aprendizagem 5
Teste escrito de pergunta aberta sobre a importância da língua materna na
educação bilingue.
282
Demonstração real ou simulada, avaliada através duma ficha de verificação, onde o
formando utiliza a língua materna das crianças nas interacções e actividades com
crianças e implementa pelo menos 3 técnicas de educação bilingue nas actividades
com crianças.
Resultado de Aprendizagem 6
Produto avaliado através duma ficha de verificação, que consiste duma ficha de
plano semanal onde são preenchidas com detalhe suficiente e na sequência
adequada 4 actividades de linguagem/ literacia.
Necessidades Especiais
Para evitar que os formandos com necessidades especiais sejam prejudicados,
podem ser produzidas por uma escola ou Centro de ensino as evidências requeridas
modificadas para a certificação destes candidatos. Contudo, para a modificação
ocorrer, ela não deve diluir a qualidade das especificações do módulo. Em todos os
casos todas as modificações estão sujeitas à aprovação pelo PIREP.
Referências
1. Ministério da Mulher e da Acção Social. [in press]. Programa Educativo para
crianças do 1o ao 5o ano. Maputo, Moçambique.
2. Hohmann, M, & Weikart,D. (1997). Educar a criança. (High Scope Educational
Research Foundation). Fundação Calouste Gulbenkian: Lisboa.
3. Schiller, P., & Rossano, J. (1990). Guia Curricular – 500 actividades curriculares
apropriadas à educação das crianças. Instituto Piaget, Horizontes Pedagógicos,
Portugal, 1996.
4. Waddington, Clotilde e Neves, Angelina. (2007). As Sandálias – Fala Coração!
Nº 6. Livro para crianças dos 5 aos 6 anos. Coopimagem. Maputo,
Moçambique.
5. Fundação Victor Civita, Editora Abril e Abril S.A. (16 de Outubro 2012)
http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/incentivar-leitura-624840.shtml
283
6. Módulo de Experiência de Trabalho
Código do módulo: MO
Data da validação:
Nível do QNQP: 4
Número de créditos: 16
284
Resultado de aprendizagem 1: Preparar uma experiência de trabalho
(estágio)
Critérios de desempenho:
(a) Faz autoavaliação das qualidades e habilidades requeridas para o
trabalho de educador de infância, e define as metas pessoais para o
estágio baseando-se na lista de verificação das competências
atingidas do nível 4.
(b) Prepara-se para realizar com qualidade as tarefas definidas para o
estágio dentro do curso.
(c) Encontra-se com o responsável da instituição de infância e
concorda sobre os objectivos, as actividades e a monitoria do
estágio.
Contextos de aplicação:
Qualidades e habilidades são:
Pessoais
Interpessoais
Evidências requeridas:
Produto
O formando define as qualidades e habilidades através de uma
autoavaliação, estabelece pelo menos 2 metas pessoais realísticas
para o estágio, e descreve acções específicas dentro das tarefas
definidas para o estágio.
285
Desempenho no local de trabalho
O formando confirma os resultados pretendidos e os objectivos,
assim como os procedimentos relativos ao estágio com o
responsável da instituição de infância.
Critérios de desempenho:
(a) Leva a cabo as responsabilidades alocadas de uma forma
profissional, aproximando cada vez mais as competências atingidas
no Nível 4.
(b) Realiza as metas pessoais para o estágio.
(c) Promove os encontros semanais de reflexão e planificação na
instituição de infância.
(d) Planifica e realiza as actividades dirigidas com base nos aspectos-
chave e de acordo com os critérios de qualidade e usando métodos
activos.
(e) Faz a autoavaliação da implementação das actividades dirigidas e
identifica aspectos para melhorar.
(f) Prepara os portefólios de trabalhos das crianças.
Contextos de aplicação:
Promover encontros de reflexão e planificação através de:
Propostas ao director da instituição de infância
Convites à equipa para participar em novas formas de
colaboração
Implementação dalgumas ou de todas as partes dos encontros
286
Aspectos-chave para planificar uma actividade dirigida incluem:
Objectivos e resultados a atingir (por parte da criança)
Actividade passo a passo (motivação/introdução;
demonstração; acompanhamento)
Tempo necessário
Materiais e local a utilizar
Tipo de organização das crianças
287
Evidências requeridas:
Desempenho no local de trabalho
O formando...
Leva a cabo as tarefas planificadas durante a experiência no
trabalho na instituição de infância
Promove e participa com qualidade em pelo menos 2
encontros de reflexão e planificação
Planifica e realiza actividades dirigidas de acordo com os
critérios de qualidade e utilizando métodos activos
Faz autoavaliação do decorrer das actividades dirigidas
identificando aspectos para melhorar.
Produto
O formando prepara o portefólio duma criança de acordo com os
critérios exigidos.
Critérios de desempenho:
(a) Reexamina a autoavaliação inicial em termos de pontos fortes e
fracos e revê o seu progresso rumo às metas pessoais e aos
objectivos definidos para o estágio.
(b) Comenta de forma crítica o relatório do supervisor.
(c) Revê o valor da aprendizagem ganha, em relação a metas pessoais
e profissionais futuras.
Contextos de aplicação:
Rever o seu progresso pode incluir:
Identificar e admitir os seus pontos fracos, suas próprias
dificuldades, erros (fraquezas)
Identificar os seus lados fortes e sucessos (forças) atingidos
Analisar razões para as suas dificuldades
Deixar cada pessoa exprimir a sua opinião, e ajudar e chegar
a um acordo
Evidências requeridas:
Produto
O formando…
Reexamina a sua autoavaliação inicial e identifica as forças e
as fraquezas ainda existentes rumo às metas pessoais e às
tarefas definidas para o estágio
Critica o relatório do supervisor
Revê o valor da aprendizagem ganha e define algumas metas
pessoais e profissionais futuras.
288
Resultado de aprendizagem 4: Reflectir criticamente sobre as suas
experiências, conhecimentos, e
percepções adquiridas ao longo do
curso
Critérios de desempenho:
(a) Reflecte criticamente sobre as suas experiências e as situações de
desafio que vivenciou durante a implementação da EICC ao longo
do curso.
(b) Reflecte sobre a sua aprendizagem e suas dúvidas em relação a
novos conhecimentos adquiridos durante o curso.
(c) Reflecte sobre o seu processo de aprendizagem em relação às
suas percepções sobre a criança.
Contextos de aplicação:
Aspectos da EICC (Educação Inclusiva e Centrada na Criança) que
implementou durante o curso:
Trabalhar com as crianças na base de percepções sobre a
criança, atitudes, métodos e princípios de prática pedagógica
da EICC
Promover uma interacção respeitosa com e entre as crianças
e agir com base nos direitos e necessidades das crianças
Promover a Educação inclusiva
Promover comportamento social nas crianças e lidar com
comportamentos desviantes
Preparar um ambiente estimulante para actividades livres
Acompanhar crianças nas actividades livres em geral, na
oficina de expressão plástica, no parque infantil e na sala de
material didáctico
Realizar os processos diários
Realizar actividades dirigidas nas áreas de música e drama,
linguagem, conhecimento do mundo, matemática e expressão
plástica
Cuidar dos bebés e estimular o seu desenvolvimento
Realizar em equipa encontros de reflexão e planificação
Colaborar com a família
Situações de desafio:
Situações durante a implementação nas quais o formando sentiu
tensão ou emoções fortes (como medo, insegurança, raiva etc.)
289
Possui características que são diferentes das do adulto
Quer aprender e desenvolver-se
Actor do seu próprio desenvolvimento
Individual e integrado
Social e cooperativo desde o nascimento
Necessidades como força motriz do seu desenvolvimento
Evidências requeridas:
Demonstração real (na sala de aulas)
O formando reflecte criticamente sobre as suas experiências e
situações de desafio que vivenciou durante a implementação da
EICC ao longo do curso.
Produto
O formando entrega um trabalho por escrito onde…
Apresenta e argumenta sobre as suas dúvidas em relação aos
conhecimentos adquiridos durante o curso sobre a EICC
Argumenta sobre as suas percepções actuais sobre a criança,
apresentando as mudanças que sofreu a partir do contacto
com os conhecimentos sobre o desenvolvimento da criança,
assim como as dúvidas que surgiram deste processo.
INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR
Esta parte da especificação do módulo deve ser considerada como um guia de apoio
e nenhuma das secções é obrigatória.
Justificação do módulo
Este módulo é essencial, porque apoia o formando a aperfeiçoar as suas
competências pessoais e produtivas através das tarefas alocadas e as metas
pessoais para o estágio. O formando aprende também a saber preparar uma
experiência de trabalho na forma de estágio. Tendo os seus objectivos delineados
(pelas tarefas e metas pessoais),o formando implementa de forma intensiva como
planificar e realizar com qualidade as atrefas alocadas assim como as metas
pessoais para o estágio de acordo com a abordagem de educação inclusiva e
centrada na criança (EICC) e a rever periódicamente a contribuição do
conhecimento e habilidades ganhas para o seu próprio desenvolvimento pessoal e
profissional. De forma sistemática o formando contribui pela sua reflexão crítica
sobre as suas experiências, conhecimentos e percepções adquiridas ao longo do
curso, treinando assim uma reflexão regular que é essencial para o desempenho do
educador. Espera-se que neste módulo pela aquisição de novos conhecimentos e da
reflexão ao longo do curso de nível 4, a percepção sobre a criança ganhe novos
significados contribuindo para uma melhor prática do educador no espaço educativo.
Além disso, este módulo é requisito para o nível 5 e em geral, neste âmbito, o
290
módulo pretende não só ir ao encontro das necessidades técnicas de
implementação relativas ao nível 4 mas também de aprofundar e melhorar as
competências gerais de educador de infância.
Duma forma geral a distribuição do tempo do módulo é para (1) o tempo na sala de
aulas na preparação da implementação e na reflexão da implementação, (2) o tempo
para a implementação na instituição de infância.
291
Devem ainda reflectir individualmente e debater sobre as experiências dos encontros
semanais realizados nas instituições de infância e como ultrapassar os desafios
encontrados. Depois devem fazer uma chuva de ideias recolhendo as formas
possíveis de promover estes encontros na sua instituição de prática, e simular
alguns aspectos dos encontros onde ainda têm dificuldades.
Finalmente os formandos devem realizar uma chuva de ideias sobre a utilidade dos
portefólios para as crianças e quais os passos iniciais para a recolha de materiais
(ex: anotar nome, data e descrição breve nos trabalhos das crianças), para criar o
hábito – caso seja novo – de a instituição elaborar os portefólios. A seguir uns
formandos voluntários devem simular a utilização dum dossier ou uma caixa onde
colocam organizadamente e ordenadamente os trabalhos colectados das crianças.
O formador deve sublinhar que os formandos devem escolher exemplos concretos
de trabalhos realizados pela criança que exemplifiquem o progresso das várias
competências adquiridas pela criança no processo de ensino/aprendizagem
promovido pelo formando.
292
das actividades dirigidas realizadas e identifica aspectos para melhorar; e 6)
preparar os portefólios de trabalhos das crianças.
Os formandos devem discutir primeiro através dum exemplo a forma como podem
comentar de forma crítica e aberta sobre qualquer comentário sobre o seu
desempenho. Na base desta discussão devem fazer o mesmo exercício agora com
alguns pontos no relatório do seu supervisor e apresentar as suas críticas ao seu
colega sentado ao lado. Os formandos devem produzir um esboço do relatório e
depois o próprio relatório, e o formador deve rever e criticar construtivamente tanto o
esboço como o relatório final. No fim, os formandos devem partilhar as suas
experiências durante a ET em grande grupo, identificando e discutindo as novas
aprendizagens que tiveram, os desafios que enfrentaram, e como lidaram com os
mesmos.
Resultado de Aprendizagem 1
Produto escrito, avaliado através duma lista de verificação onde o formando define
as qualidades e habilidades através de uma autoavaliação; estabelece pelo menos 2
metas pessoais realísticas para o estágio, e descreve acções específicas dentro das
tarefas definidas para o estágio.
Resultado de Aprendizagem 2
Desempenho no local de trabalho avaliado através de várias fichas de verificação,
onde o formando realiza as suas responsabilidades com qualidade, promove suas 2
metas pessoais, promove pelo menos 2 encontros de reflexão e planificação com os
outros colegas durante a experiência de trabalho na instituição de infância, e
planifica, realiza, e auto-avalia actividades dirigidas realizadas.
Além disso, o formando irá apresentar o diário que estava a preencher durante o
estágio, onde 1) estão descritas as acções e actividades que realizou; e 2) está
anotado como algumas dessas acções e actividades contribuíram para atingir as
metas pessoais e gerais do estágio. O diário será avaliado através de uma lista de
verificação.
Produto avaliado através duma ficha der verificação em que o formando prepara o
portefólio duma criança de acordo com os critérios exigidos.
294
Resultado de Aprendizagem 3
Produto em forma do relatório do Estágio de Trabalho, avaliado através duma ficha
de verificação, em que o formando 1) reexamina a sua autoavaliação inicial e
identifica as forças (progresso) e as fraquezas (regressão) ainda existentes rumo às
metas pessoais e às tarefas definidas para o estágio; 2) critica o relatório do
supervisor e 3) revê o valor da aprendizagem ganha e define algumas metas
pessoais e profissionais futuras.
Resultado de Aprendizagem 4
Demonstração real, dentro da sala de aula, avaliada através duma ficha de
verificação onde os formandos reflectem criticamente sobre as suas experiências e
situações de desafio que vivenciaram durante a implementação da EICC ao longo
do curso.
Necessidades Especiais
Para evitar que os formandos com necessidades especiais sejam prejudicados,
podem ser produzidas as evidências requeridas modificadas para a certificação
destes candidatos por uma escola ou Centro de ensino. Contudo, para a
modificação ocorrer, ela não deve diluir a qualidade das especificações do módulo.
Em todos os casos todas as modificações estão sujeitas à aprovação pelo PIREP.
Referências
1. Hohmann, M., & Weikart, D. (1997). Educar a criança. Fundação Calouste
Gulbenkian: Lisboa.
2. Ministério da Educação – SEOP – Portugal (1982). Texto de Apoio para o
ensino secundário – A Psicologia como ciência
Glossário
1. Metas pessoais – as metas pessoais dão a conhecer claramente quais são os
marcos (balizas) que se quer obter em acções préviamente determinadas.
Estas metas reflectem a finalidade ou o alvo da acção que se quer realizar.
Com as metas torna-se fácil monitorar ou medir o resultado dos objectivos.
295
caminho escolhido de acção e mostrar se está perto ou longe do que se
planeou e qual o desvio que se fez desse plano. Ao monitorar, dá-se conselhos
e sugestões sobre se deve manter a acção ou se deve realizar uma mudança
específica para regular a acção e atingir os resultados previstos.
Fontes:
1. http://pt.wikipedia.org/wiki/Monitoria
2. Moçambique Editora (2001) Diccionário Universal da Língua Portuguesa.
296
7. Equipa técnica
Elaboração:
Svetlana Karuskina-Drivdale – Consultora em Educação de Infância (líder do grupo)
Suzana Duarte - Consultora em Educação de Infância
Gesine Grosse Ruse - Associação Nhapupwe
Kordula Mulhanga – UP
Clotilde Waddington – Centro Infantil Xi Coração
Camilo Bernardo – UP
Raquel Silvestre – USTM
Revisão:
Felix Mulhanga - UP
Coordenador do Projecto:
Chiara Gargano, FORSSAS Project - Fortalecimento dos Sistemas de Saúde e Acção Social
Deloitte Consulting LLP Maputo, Mozambique
297