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Conceito de Práticas Pedagógicas - Forum I

Práticas pedagógicas são orientações para professores que articulam teoria e prática, melhorando o ensino e aprendizagem. Elas envolvem atividades observáveis que desenvolvem raciocínio e resolução de problemas. Práticas pedagógicas consideram contextos complexos e reflexão crítica, buscando transformação educacional.
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Conceito de Práticas Pedagógicas - Forum I

Práticas pedagógicas são orientações para professores que articulam teoria e prática, melhorando o ensino e aprendizagem. Elas envolvem atividades observáveis que desenvolvem raciocínio e resolução de problemas. Práticas pedagógicas consideram contextos complexos e reflexão crítica, buscando transformação educacional.
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Conceito de práticas pedagógicas

Práticas Pedagógicas é um conjunto de instrumentos de orientação pedagógica, que é usado pelos


professores durante a sua formação como um guião real e prático, trazendo para o professor
capacidades, competências e habilidades que poderão garantir qualidade no processo de ensino e
aprendizagem.

(MOREIRA, 2004) entende a prática pedagógica como a “atividade exclusivamente observável


e que gere uma atividade concreta, cujos resultados possam ser registrados, comprovados”. Os
cognitivistas entendem a prática pedagógica como a atividade que desenvolva o raciocínio do
educando e que o leve a resolver problemas.

Praticas pedagógicas como orientações pedagógicas

A Prática Pedagógica tem sua importância para a formação acadêmica, que articula entre a
teoria e a prática na construção do currículo ampliado que segundo o Coletivo de Autores (1992,
p.28), é “capaz de dar conta de uma reflexão pedagógica ampliada [...] tem como eixo a
constatação, a interpretação, a compreensão e a explicação da realidade social complexa e
contraditória”. A preparação do acadêmico no trabalho de campo busca situar o aluno na
complexidade da realidade em nível de observações da Prática Pedagógica que provém à
reflexão da práxis educativa.

Se tratando de práticas pedagógicas, Brito e Purificação (2008, p. 45) enfatizam que ”a direção
ao ensino e à aprendizagem é transmitida para os alunos pelo professor, que adquire o nível de
cultura necessário para o desempenho das suas atividades, através das práticas pedagógicas”.

Já Gottardi (2015, p. 113) acrescenta que “os professores tutores podem também oportunizar aos
alunos a aprendizagem colaborativa através de ações pedagógicas, estimulando-os a
estabelecerem ações interativas com os materiais didáticos e metodologias de ensino,
propiciando assim, a criação de comunidades de aprendizagem na busca de soluções para
problemas comuns. Com a colaboração e aprimoramento dos estudantes formando uma
comunidade que aprende junto” (CORTELAZZO, 2013, p. 135)
Princípios das práticas pedagógicas

a) As práticas pedagógicas organizam-se em torno de intencionalidades previamente


estabelecidas, e tais intencionalidades serão perseguidas ao longo do processo didático, de
formas e meios variados.

Na práxis, a intencionalidade rege os processos. Para a filosofia marxista, práxis é entendida


como a relação dialética entre homem e natureza, na qual o homem, ao transformar a natureza
com seu trabalho, transforma a si mesmo. Marx e Engels (1994, p. 14) afirmam, na oitava tese
sobre Feuerbach, “que toda vida social é essencialmente prática”.

Uma característica importante, analisada por Vásquez (1968), é o caráter finalista da práxis,


antecipador dos resultados que se quer atingir, e esse mesmo aspecto é enfatizado por Kosik
(1995, p. 221), ao afirmar que na práxis "a realidade humano-social se desvenda como o oposto
ao ser dado, isto é, como formadora e ao mesmo tempo forma específica do ser humano".

b) As práticas pedagógicas caminham por entre resistências e desistências; caminham numa


perspectiva dialética, pulsional, totalizante.

Quando o professor chega a um momento de produzir um ensino em sala de aula, muitas


circunstâncias estão presentes: desejos, formação, conhecimento do conteúdo, conhecimento das
técnicas didáticas, ambiente institucional, práticas de gestão, clima e perspectiva da equipe
pedagógica, organização espaço-temporal das atividades, infraestrutura, equipamentos,
quantidade de alunos, organização e interesse dos alunos, conhecimentos prévios, vivências,
experiências anteriores. Muitas dessas circunstâncias podem induzir a boa interação e bom
interesse e diálogo entre as variáveis do processo - aluno, professor e conhecimento -, vistas, na
perspectiva de Houssaye (1995), como o triângulo pedagógico.

Quando um professor é formado de modo não reflexivo, não dialógico, desconhecendo os


mecanismos e os movimentos da práxis, não saberá potencializar as circunstâncias que estão
postas à prática. Ele desistirá e replicará fazeres. O sujeito professor precisa ser dialogante,
crítico e reflexivo, bem como ter consciência das intencionalidades que presidem sua prática.
Esse entendimento está em par com a afirmativa de Imbert (2003, p. 27): "o movimento em
direção ao saber e à consciência do formador não é outro senão o movimento de apropriação de
si mesmo".

c) As práticas pedagógicas trabalham com e na historicidade; implicam tomadas de decisões, de


posições e se transformam pelas contradições

As práticas pedagógicas estruturam-se em mecanismos paralelos e divergentes de rupturas e


conservação. Enquanto diretrizes de políticas públicas consideram a prática pedagógica como
mero exercício reprodutor de fazeres e ações externos aos sujeitos. A prática não muda por
decretos ou por imposições; ela pode mudar se houver o envolvimento crítico e reflexivo dos
sujeitos da prática (Franco, 2006a). Sabe-se que a educação é uma prática social humana; é um
processo histórico, inconcluso, que emerge da dialeticidade entre homem, mundo, história e
circunstâncias. Sendo um processo histórico, a educação não poderá ser vivenciada por meio de
práticas que desconsideram sua especificidade. Os sujeitos sempre apresentam resistências para
lidar com imposições que não abrem espaço ao diálogo e à participação. Como alerta Freire
(1983, p. 27):

“Destaca-se a necessidade de considerar o caráter dialético das práticas pedagógicas, no


sentido de a subjetividade construir a realidade, que se modifica mediante a interpretação
coletiva. A educação permite sempre uma polissemia em sua função semiótica, ou seja, nunca
existe uma relação direta entre o significante observável e o significado. Assim, as práticas
pedagógicas serão, a cada momento, expressão do momento e das circunstâncias atuais e
sínteses provisórias que se organizam no processo de ensino”

CALDEIRA, A. M. S.; ZAIDAN, S. Prática pedagógica. In: OLIVEIRA, D. A.; DUARTE, A.


C.; VIEIRA, L. M. F. (Org.). Dicionário: trabalho, profissão e condição docente. Belo
Horizonte: Gestrado/UFMG, 2010. Disponível em: <http://www.gestrado.net.br/?pg=dicionario-
verbetes&id=328>.

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