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René Descartes - Trabalho de Filo

O documento descreve o racionalismo de Descartes. Ele acreditava que a razão é a única fonte de conhecimento verdadeiro e usou o método da dúvida para questionar tudo exceto a certeza de que "penso, logo existo". Descartes também provou a existência de Deus para garantir a validade dos conhecimentos racionais, já que um deus enganador poderia colocar em dúvida tudo o que a razão descobre.

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Beatriz Santos
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René Descartes - Trabalho de Filo

O documento descreve o racionalismo de Descartes. Ele acreditava que a razão é a única fonte de conhecimento verdadeiro e usou o método da dúvida para questionar tudo exceto a certeza de que "penso, logo existo". Descartes também provou a existência de Deus para garantir a validade dos conhecimentos racionais, já que um deus enganador poderia colocar em dúvida tudo o que a razão descobre.

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Beatriz Escalhorda Santos

Racionalismo:

O que é o Racionalismo (tese)?

Doutrina filosófica que defende que a razão é o fundamento de todo o conhecimento possível.

Os racionalistas:

→ Acreditam que só a razão pode levar a um conhecimento rigoroso e seguro;


→ Desvalorizam os sentidos e a experiência devido à sua falta de rigor;
→ Possuem uma visão otimista da razão, dado que acreditam que a mesma possibilita o
conhecimento humano.
→ Afirmam-nos que tal conhecimento, que é à priori, é universal, porque é sempre
verdadeiro, em toda a parte e em todos os seres humanos, e necessário, porque assim
o tem de ser, caso contrário entraríamos em contradição lógica.

1º Argumento – O racionalismo Cartesiano de Descartes:

Tese de Descartes:

Influenciou o pensamento de sua época ao defender que os sujeitos eram seres racionais,
capazes de alcançar o conhecimento verdadeiro e que, por isso, não eram simples prezas do
destino divino. É considerado o fundador do racionalismo moderno.

Descartes apresenta-nos um modelo racionalista para o conhecimento, no qual refere que a


razão possui ideias inatas, sendo estas claras e distintas, postas por Deus no espírito do Homem.
Esta sua corrente acaba por explicar algumas ideias muito controversas na filosofia, como por
exemplo, a existência de Deus, explicada por Descartes pela razão. Através da dedução é
possível chegar ao verdadeiro conhecimento da realidade. Este tipo de racionalismo é
denominado de racionalismo cartesiano ou inatista.

«Não é suficiente ter o espírito bom, mas o principal é aplicá-lo bem».

«Toda a filosofia é como uma árvore, cujas raízes são a metafísica, o tronco é a física e os ramos
que saem do tronco são todas as outras ciências, que se reduzem a três principais, a saber, a
medicina, a mecânica e a moral».

«Não devemos pensar que as verdades eternas dependem do entendimento humano (...) mas
apenas da vontade de Deus que, como soberano legislador, as ordenou e estabeleceu para toda
a eternidade».
René Descartes
Beatriz Escalhorda Santos

Método Dedutivo:

O racionalismo de Descartes utiliza o método dedutivo, ou seja, um método que utiliza o


raciocínio lógico, o que nos permite alcançar novas conclusões ou proposições a partir de teses
consideradas verdadeiras.

Exemplo:

Se A é igual a B Usamos a lógica


E se B é igual a C, (por dedução)
Então, A é igual a C

Este método tem por base as seguintes regras:

1. A evidência – nunca aceitar qualquer coisa como totalmente verdadeira caso deixem
dúvidas;
2. A análise – simplificar cada problema para que fosse possível resolvê-lo mais facilmente;
3. A síntese – estabelecer uma ordem crescente de complexidade, permitindo o alcance
do conhecimento mais complexo;
4. A enumeração – revisão geral e completa para a certificação de que nada era omitido.

Estas regras permitem guiar a razão, orientando de uma forma correta, as operações
fundamentais do espírito, ou seja, a intuição e a dedução.

→ A intuição é a apreensão direta e imediata de noções simples, evidentes e indubitáveis.


→ Já a dedução é o encadeamento das intuições, para que através dos princípios evidentes
de pudesse cegar as consequências necessárias.

Dentro do método cartesiano, destaca-se a dúvida, algo de grande importância, visto que é
através dela que é possível negar tudo aquilo que levanta alguma suspeita de incerteza, exceto
às verdades que estão ligadas com a fé e com o sobrenatural que não estão sujeitas a esta.

O pressuposto racional dele foi o seguinte:

Tudo o que acredito vem da razão?

Se não, então vou ter de acreditar naquilo que é racional,

Logo duvidaria de tudo o que acreditava ser conhecimento e iria começar do início este
processo.
Beatriz Escalhorda Santos

A dúvida é justificada por :

1. Preconceitos e juízos precipitados formulados na infância;


2. O caráter enganador dos sentidos;
3. Não existir um critério que permita distinguir o sonho da vigília;
4. A existência de um deus enganador ou um génio maligno que engana no que toca à
verdade, levando a que estejamos sempre a ser enganados a respeito da verdade, das
demonstrações matemáticas e da existência das coisas.

Dúvida características:

→ Metódica;
→ Temporária;
→ Exagerada;
→ Universal;
→ Radical;
→ Catártica – visto que liberta o espírito dos erros que o podem perturbar ao longo do
processo de indagação da verdade;
→ Procura impedir a razão de considerar verdadeiros conhecimentos que não merecem
esse nome.

A dúvida irá conduzir a uma verdade incontestável . Esta é um ato de pensamento e não
pode acontecer sem a existência de um autor. Se há dúvida, há pensamento.

“Penso, logo, existo” (Cogito ergo sum), surge neste pressuposto.

“Penso, logo, existo” :

→ A dúvida irá conduzir a razão a uma primeira verdade incontestável.


→ Mesmo que se duvide ao máximo, não se pode duvidar da existência daquele que
duvida.
→ A dúvida é um ato do pensamento e não pode acontecer sem um autor.
→ Chegamos então à primeira verdade: «penso, logo, existo» (cogito ergo sum).
→ Toda a mente humana sabe de forma clara e distinta que, para duvidar, tem de
existir.
→ A verdade, para Descartes, deve obedecer aos critérios da clareza e distinção.
→ A verdade «eu penso, logo, existo» é uma evidência. Trata-se de um conhecimento
claro e distinto que irá servir de modelo para todas as verdades que a razão possa
alcançar.
→ Este tipo de conhecimento deve-se exclusivamente ao exercício da razão e não dos
sentidos.
→ Descartes mostrou que a razão, só por si, é capaz de produzir conhecimentos
verdadeiros, pois ela alcançou uma verdade inquestionável.
→ Mas apesar da razão ter chegado ao conhecimento verdadeiro, ainda não está
excluída a hipótese do Deus enganador.
Beatriz Escalhorda Santos

→ Descartes considera fundamental demonstrar a existência de Deus, um Deus que


traga segurança e seja garantia das verdades.

A existência de Deus:

→ Descartes considera que termos a perceção que existimos não chega para a
fundamentação do conhecimento.
→ Para Descartes, é essencial descobrir a causa de o nosso pensamento funcionar
como funciona e explicar a causa da existência do sujeito pensante.
→ Parte das ideias que estão presentes no sujeito para provar a existência de Deus.
→ As ideias que qualquer indivíduo possui são de três tipos: adventícias, factícias e
inatas.
→ Uma das ideias inatas que todos nós temos na mente é a ideia de perfeição. É esta
ideia que Descartes vai usar como ponto de partida para as provas da existência de
Deus.

Provas da existência de Deus:

Descartes apresenta três provas:

1ª prova: sendo Deus perfeito, tem de existir. Não é possível conceber Deus como perfeição
e não existente.

2ª prova: a causa da ideia de perfeito não pode ser o ser pensante porque este é imperfeito.
A ideia de perfeição só pode ter sido criada por algo perfeito, Deus.

3ª prova: o ser pensante não pode ter sido o criador de si próprio, pois se tivesse sido ter-
se-ia criado perfeito. Só a perfeição divina pode ter sido a criadora dor ser imperfeito e finito
que é o homem e de toda a realidade.

A importância de Deus no sistema cartesiano e a questão dos erros do ser humano:

→ Deus, sendo perfeito, não pode ser enganador. Enquanto perfeição, Deus é garantia
da verdade das nossas ideias claras e distintas (por exemplo: 2+2=4 ou «penso, logo,
existo»).
→ Se Deus é perfeito e criador do homem e da realidade, então é também o criador
das verdades incontestáveis e o fundamento da certeza.
→ Segundo Descartes, é Deus que garante a adequação entre o pensamento evidente
(verdadeiro) e a realidade, conferindo assim validade ao conhecimento.
→ Deus é a perfeição, ou seja, é o bem, a virtude, a eternidade, logo, não poderá ser o
autor do mal nem responsável pelos nossos erros.
→ Se Deus não existisse e não fosse perfeito, não teríamos a garantia da verdade dos
conhecimentos produzidos pela razão, nem teríamos a garantia de que um
pensamento claro e distinto corresponde a uma evidência, isto é, a uma verdade
incontestável. Se Deus não é enganador, então as nossas evidências racionais são
absolutamente verdadeiras.
Beatriz Escalhorda Santos

→ Se Deus não existisse, para Descartes, seria «o caos» e nunca poderíamos ter a
garantia do funcionamento coerente da nossa razão nem ter noção de como se
tornou possível a nossa existência.
→ Os erros do ser humano resultam de um uso descontrolado da vontade, quando
esta se sobrepõe à razão.
→ Erramos quando usamos mal a nossa liberdade e quando aceitamos como evidentes
afirmações que o não são, logo, Deus não é responsável pelos nossos erros mas é
garantia das verdades alcançadas pela razão humana.

Ideias de Descartes - Resumidas:

→ Utilizando a Dúvida Metódica (duvidar de tudo que não seja uma certeza
inquestionável) Descartes buscou alcançar, através do exercício racional, verdades
indubitáveis.
→ Defendia que a razão era a única capaz de chegar ao conhecimento da realidade, a
partir de pensamentos lógicos e dedutivos e independente da experiência .
→ Defendeu que as ideias claras e distintas, descobertas em nossa mente através da
dúvida metódica, são verdadeiras, pois Deus não daria ao homem uma razão que o
enganasse sistematicamente.
→ Para Descartes, jamais devemos admitir uma coisa como verdadeira a não ser que ela
seja evidentemente verdadeira.
→ Para Descartes quando buscamos as ideias claras e distintas devemos abandonar todo
conteúdo ou conhecimento derivados da perceção provenientes dos nossos sentidos,
como cheiros, sons, etc.
→ Ele defende que a razão contém ideias inatas que são prévias à toda experiência e que
são essas ideias que devem guiar o nosso conhecimento.

https://pt.slideshare.net/felipespinho/teorias-do-conhecimento

http://www.resumos.net/filosofia.html

http://fil11.blogspot.com/2008/02/descartes-e-o-racionalismo.html

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