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Psicologia Geral Novata

O documento discute a evolução do objeto de estudo da psicologia ao longo da história. Começa definindo psicologia e seu objeto de estudo como o comportamento e processos mentais dos indivíduos. Explora como Wilhelm Wundt, os condutistas, gestaltistas e psicanalistas contribuíram para o desenvolvimento da psicologia e ampliaram seu objeto de estudo. Conclui que a compreensão do comportamento humano continuou a evoluir ao longo do tempo.
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Psicologia Geral Novata

O documento discute a evolução do objeto de estudo da psicologia ao longo da história. Começa definindo psicologia e seu objeto de estudo como o comportamento e processos mentais dos indivíduos. Explora como Wilhelm Wundt, os condutistas, gestaltistas e psicanalistas contribuíram para o desenvolvimento da psicologia e ampliaram seu objeto de estudo. Conclui que a compreensão do comportamento humano continuou a evoluir ao longo do tempo.
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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Tema do Trabalho:
O OBJECTO DE ESTUDO DA PSICOLOGIA, DESENVOLVIDO AO LONGO DA
HISTÓRIA HUMANA

Docente: Nome e Código do Estudante:


Eduardo Alberto Timóteo Estrela Elias Mopinba
708211129

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Disciplina: Psicologia Geral
Ano de Frequência: 1º Ano

MILANGE, MAIO DE 2022


Folha de Feedback
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
Subtotal
máxima tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais
 Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução  Descrição dos
1.0
objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos gerais Formatação paragrafo, 1.0
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência das
Referências
edição em citações citações/referências 4.0
Bibliográficas
e bibliografia bibliográficas

ii
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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iii
Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 1

1.1. Objectivos .................................................................................................................... 2

1.1.1. Geral ..................................................................................................................... 2

1.1.2. Específicos ............................................................................................................ 2

1.2. Metodologia ................................................................................................................. 2

2. Objecto de estudo da Psicologia.......................................................................................... 3

2.1. Conceito de Psicologia ................................................................................................. 3

2.2. Objecto de estudo da Psicologia .................................................................................. 4

3. O objecto de estudo da Psicologia: Desenvolvido ao longo da História Humana .............. 5

1.1. Evolução do objecto de estudo da psicologia .............................................................. 6

3.1. Wilhelm Wundt ............................................................................................................ 7

3.2. Condutistas ou comportamentalista ............................................................................. 7

3.3. Gestaltistas ................................................................................................................... 8

3.4. Psicanalistas ................................................................................................................. 9

4. Conclusão .......................................................................................................................... 10

Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 11

iv
1. Introdução
A Psicologia é a ciência que estuda o comportamento e os processos mentais dos indivíduos.
Dizer que a psicologia é uma ciência significa que ela é regida pelas mesmas leis do método
científico as quais regem as outras ciências: ela procura um conhecimento objectivo, baseado
em factos empíricos. Pelo seu objecto de estudo a psicologia desempenha o papel de elo entre
as ciências sócias, como a sociologia e a antropologia, as ciências naturais, como a biologia, e
áreas científicas mais recentes como as ciências cognitivas e as ciências da saúde.
Comportamento é a actividade observável dos organismos na sua busca de adaptação ao meio
em que vivem.

Dizer que o indivíduo é a unidade básica de estudo da psicologia significa dizer que, mesmo
ao estudar grupos, o indivíduo permanece o centro de atenção, ao contrário, por exemplo, da
sociologia, que estuda a sociedade como um conjunto. Os processos mentais são a maneira
como a mente humana funciona, pensar, planear, tirar conclusões, fantasiar e sonhar. O
comportamento humano não pode ser compreendido sem que se compreendam esses
processos mentais, já que eles são a sua base.

Identificar o objecto de estudo da Psicologia, desenvolvido ao longo da história humana, é o


principal objectivo deste trabalho, ao desenvolver o tem tomaremos como referencias a
explicação da evolução dos trabalhos de Wilhelm Wundt, da teoria Condutistas ou
comportamentalista, gestaltistas e os psicanalistas. Para alcançar o objectivo proposto,
debruçaremos sobre varias ideias defendidas por diferentes correntes ou escolas acima
mencionados na Evolução do objecto de estudo da psicologia.

O presente trabalho obedecera a seguinte estrutura: capa; Folha de Feedback; Folha para
recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor; índice; introdução; objectivos;
metodologia; análise e discussão (desenvolvimento); considerações finais (conclusão); e
referencias bibliográficas.

1
1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
 Falar do objecto de estudo da Psicologia, desenvolvido ao longo da história humana.

1.1.2. Específicos
 Definir o conceito de psicologia;
 Explicar a razão da diversidade de objectos de estudos da psicologia, desenvolvido ao
longo da história humana;
 Descrever a teoria de condutistas ou comportamentalista, gestaltistas e os
psicanalistas.

1.2.Metodologia
O presente trabalho foi realizado com base nas normas de produção e publicação de trabalhos
científicos usados na Universidade Católica de Moçambique. Entretanto, para o
desenvolvimento do tema recorreu-se a leitura de várias obras literárias, artigos científicos,
referências bibliográficas, manuais e revistas científicas que abordam assuntos relacionados
com o tema em questão. Como não basta-se, recorreu-se ao uso da internet como um meio
alternativo para a busca dos conteúdos a serem abordados no nosso trabalho.

2
2. Objecto de estudo da Psicologia
2.1. Conceito de Psicologia
Actualmente, a psicologia é definida como sendo ciência do comportamento e da actividade
mental. Esta definição encerra em si a dualidade de objecto da psicologia, ou seja, o estudo do
comportamento e da actividade mental, ponto de vista que é até hoje assumido por grande
maioria de psicólogos e que nos parece mais racional. De acordo com Davidoff (1980),
refere-se que:

Por comportamento se entende aqui como sendo todos os actos observáveis no


indivíduo ou no animal incluindo a linguagem e por actividade mental entende-se todo
o desencadeamento de processos mentais tais como: a atenção, a percepção, a
memória, o pensamento e outros. A questão da definição do seu objecto de estudo
torna-se muito difícil quando comparado com outras ciências e a compreensão do seu
objecto de estudo depende da forma como as pessoas que estão ocupadas com esta
ciência concebem o mundo (p. 48).

A dificuldade na delimitação do objecto de estudo da psicologia reside no facto de que desde


há muito tempo os fenómenos que se relacionam com a inteligência humana sempre foram
considerados fenómenos particulares. É, de facto, evidente que a percepção, por exemplo, que
você tem de uma esferográfica poderá ser diferente da do seu colega ou uma outra pessoa
qualquer. É certo também, que a percepção que nós temos sobre um objecto muita das vezes
não tem nada a ver com o próprio objecto.

Por exemplo, o desejo que você tem de ir ao futebol não possui nenhuma ligação com o
próprio jogo de futebol. Por vezes, podemos desejar ir ao futebol para ver a nossa equipa a
ganhar e acontecer exactamente o contrário. Pouco a pouco com a nossa experiência vão se
formando as noções sobre as diferentes classes de fenómenos. Myers, (2000) afirma que:

Esses fenómenos geralmente relacionam-se com o nosso estado psíquico ou


descrevem propriedades de um processo. O desejo de ir ao futebol, por exemplo, é
manifestação de um estado. A particularidade destes estados ou processos está em que
eles se relacionam com o mundo interior do indivíduo e são diferentes dos objectos
que o rodeiam e estão ligados ao campo da vida espiritual ao contrário dos objectos e
fenómenos reais (p. 36).

Conforme os autores acima citados, refere-se que fenómenos agrupados pela denominação de
pensamento, vontade, memória, sentimento, percepção, etc., formam aquilo que nós
3
designamos por psique, o mundo interior do indivíduo, a sua vida espiritual. De acordo com
Chicote & Huó (2007):

Do ponto de vista etimológico, isto é, do surgimento da palavra psicologia, ela vem do


grego psyche que significa alma, sopro ou espírito e da palavra logo que significa
razão, conhecimento, ou estudo. Estas duas palavras deram origem àquilo que nós
designamos de psicologia (p. 10).

Portanto, a palavra psicologia significava estudo ou conhecimento da alma. Ao longo do


tempo, a palavra psicologia foi tendo vários significados de acordo com o período e
concepções doutrinárias da época. Assim sendo, as definições da psicologia foram várias,
algumas das quais tinham um carácter eminentemente subjectivo. Por exemplo, alguns
entendidos definiam a psicologia como sendo ciência da mente, da consciência, e da
experiência consciente.

2.2. Objecto de estudo da Psicologia


A origem da Psicologia, ainda ligada aos estudos da Filosofia, pode ser localizada no quinto e
quarto séculos A.C., principalmente com as ideias de filósofos gregos como Sócrates, Platão e
Aristóteles, que levantaram hipóteses (e ideias) sobre o funcionamento da alma ou mente
humana. De acordo com Pereira (2007), refere-se que:

Essas e outras reflexões sobre a mente humana foram reformuladas e complementadas


por uma nova ciência, surgida muitos séculos depois, no século XIX, a Psicologia. A
Psicologia Científica foi construída a partir de métodos e princípios teóricos que
podiam ser aplicáveis ao estudo e tratamento de diversos aspectos da vida humana.
Nesse momento, a Psicologia apareceu atrelada, principalmente, à Biologia (p. 48).

Embora tendo nascido dentro da Filosofia, desenvolveu-se para se constituir em uma ciência,
com objecto de conhecimento e métodos próprios. Enquanto tal, de início passou a se
relacionar intimamente com a Biologia, sob carácter interdisciplinar que se expandiu através
de uma relação muito próxima também com as ciências sociais e exactas. Ainda segundo o
autor acima citado:

Exemplo maior disso é que a Psicologia buscou apoio na Estatística e na Matemática.


Mais recentemente cresceu a interacção da Psicologia com outras ciências,
principalmente com a Neurociência, a Linguística e a Informática, aumentando sua

4
interdisciplinaridade e actuação em campos como a Psicobiologia, a
Psicofarmacologia, a Inteligência Artificial e a Psiconeurolinguística (p. 49).

Outra característica bastante marcante da Psicologia é sua multiplicidade de enfoques,


correntes teóricas, paradigmas e metodologias específicas, que apresentam, muitas vezes,
grandes divergências entre si.

Conforme o autor acima citado, actualmente a Psicologia é considerada uma ciência da área
social ou humana que tem como objecto de estudo a subjectividade humana, através dos
processos mentais, sentimentos, pensamentos, razão, inconsciente e o comportamento humano
e animal. Essa diversidade de objectos exige, também, abordagens e métodos de pesquisa
específicos, tanto quantitativos quanto qualitativos (Pereira, 2007).

Assim, podemos afirmar que, a Psicologia é a ciência dos fenómenos psíquicos e do


comportamento. Entende-se por comportamento uma estrutura vivencial interna que se
manifesta na conduta.

3. O objecto de estudo da Psicologia: Desenvolvido ao longo da História Humana


No meio científico diz-se que a Psicologia é uma ciência com um longo passado, mas com
uma história curta. Penna (2004) afirma que, esta afirmação faz sentido quando consideramos
dois grandes momentos na sua história: o momento filosófico-especulativo e o científico. O
primeiro tem sua origem no pensamento grego e se estende até o final do século XIX ou
princípio do XX, período considerado como marco do surgimento da Psicologia Científica, o
segundo momento.

Conforme o autor anteriormente citado, refere-se que a origem da Psicologia, considerada


inicialmente como parte da Filosofia, ou Filosofia Mental, pode ser localizada no quarto e
quinto séculos A.C. com os filósofos gregos Sócrates, Platão e Aristóteles, que levantaram
questionamentos e reflexões sobre o funcionamento da mente. Penna (2004) afirma ainda que:

O conhecimento produzido pela Psicologia, até então, era predominantemente


especulativo. Foi Charles Darwin (1809-1882), fundador da moderna doutrina
genética e da hereditariedade, quem contribuiu com o método de observação e
experiência. Com sua obra A Origem das Espécies (1859), Darwin influenciou de
modo revolucionário quase todos os domínios da ciência (p. 57).

5
Wilhelm Wundt (1832 – 1920) é considerado o idealizador da Psicologia como ciência, pois
fundou em 1879, o primeiro laboratório experimental de Psicologia, na universidade de
Leipzig, na Alemanha, sendo este o marco histórico da Psicologia como ciência. Dedicou-se a
investigar os processos elementares da consciência (experiência imediata), além das
experiências sensoriais, através do método da introspecção analítica. De acordo com Chicote
& Huó (2007):

O método propunha que o psicólogo se concentrasse em seus próprios movimentos


psíquicos internos tentando descobrir e relacionar as estruturas que revelassem a
consciência. Este método transformou-se num movimento conhecido como
Estruturalismo, que apresentava limitações claras, pois a introspecção é um processo
obscuro e exclui automaticamente do estudo as experiências de crianças e animais,
pois estes não podem ser treinados convenientemente (p. 22).

Outra ciência que contribuiu para o desenvolvimento da Psicologia Científica foi a


Psiquiatria, surgida a partir da medicina e, com sua origem moderna, datada em 1793 com o
médico Filipe Pinel. A Psiquiatria trouxe uma série de ideias e metodologias para o campo da
Psicologia, principalmente à Psicologia Clínica e Psicopatologia, por estas tratarem e lidarem
com doenças mentais.

1.1.Evolução do objecto de estudo da psicologia


a) Leis e mecanismos do psiquismo: para as leis e mecanismos do psiquismo o objecto
de estudo da psicologia são os fenómenos psicológicos. (Alípio & Vale, 2015, p. 18).
b) Comportamento e Processos Mentais Objecto: a psicologia estuda os fenómenos ou
factos (processos mentais) que não são exteriormente observáveis tais como o
pensamento, o raciocínio, o sonho, o sono, a percepção, sensações, as atitudes,
compreensão, memorização. (teoria comportamental) (Alípio & Vale, 2015, p. 18).
c) Consciência (A partir de 1879) Início do período experimental e científico:
Estrutura da consciência. Fundado o primeiro laboratório de Psicologia em 1879 por
Wilhelm Wundt (Alípio & Vale, 2015, p. 19).
d) Alma/Espírito (Antes de 1879) Período pré-científico: Parte imaterial e imortal do
ser humano, inclui o pensamento, os sentimentos de amor e ódio, a irracionalidade, o
desejo, a sensação e percepção (Alípio & Vale, 2015, p. 19).

6
3.1.Wilhelm Wundt
Embora o termo psicologia que significa estudo da alma esteve em uso desde o século 16, a
sua utilização moderna surgiu no século 19, quando os filósofos, os fisiologistas e médicos
aplicaram o método científico para estudar a mente. De acordo com Ventura (2020), refere-se
que, o passo fundamental para isso foi a aceitação de que a vida mental consciente estava
ligada a processos biológicos no corpo, uma consequência da teoria da evolução de Darwin.
Isto implicou que os mesmos métodos utilizados no campo das ciências naturais podem ser
usadas para estudar os fenómenos mentais.

Ainda Segundo o autora acima citado, a abordagem de Wundt ficou conhecida


como estruturalismo porque ele usou métodos experimentais para encontrar os blocos básicos
de construção (estruturas) de pensamento e investigar como eles interagiam. Para fazer isso,
ele estudou sensação e percepção, observações de objectos, imagens e eventos dos
participantes em partes constituintes da mesma forma que um anatomista iria estudar um
corpo tentando encontrar suas partes constituintes e como elas interagem.

Chicote & Huó (2007) diz que, embora Inaugurada por Wundt, somente o seu seguidor
Edward Titchner (1867- 1927) usa o termo estruturalismo pela primeira vez para diferenciá-lo
do funcionalismo. O estruturalismo define como objecto de estudo da psicologia “os estados
elementares da consciência, mas vistos como estruturas do SNC. O método de observação de
Titchner, assim como o de Wundt, é o introspeccionismo, e os conhecimentos psicológicos
produzidos são eminentemente experimentais, isto é, produzidos a partir do laboratório.

3.2.Condutistas ou comportamentalista
O Behaviorismo pode ser compreendido como uma tendência teórica também conhecida
como comportamentalismo, teoria do comportamento ou análise experimental do
comportamento humano e suas manifestações em diferentes condições e diferentes sujeitos.
De acordo com Myers (2000), refere-se que:

O primeiro a empregar o termo behaviorismo foi o americano John B. Watson (1878-


1958) num artigo de 1913, intitulado Psicologia como os behavioristas a vêem, onde
defendia a ideia de que a Psicologia era como um ramo objectivo e experimental das
ciências naturais, tendo como finalidade prever e controlar o comportamento de
qualquer indivíduo. Para ele, o objecto de estudo da Psicologia deveria ser o
comportamento que pudesse ser observável, mensurável e que pudesse ser reproduzido
em diferentes condições e com diferentes sujeitos (p. 67).
7
Para ele, estas características eram importantes para que a Psicologia alcançasse o status de
ciência. Os estudos de Watson tiveram como base o conceito de condicionamento clássico,
desenvolvidos por Ivan Pavlov (1849-1936), quando de sua pesquisa realizada com cães.

Segundo Bock (1999, cit. em Myers, 2000), o Behaviorismo dedicou-se ao estudo do


comportamento na relação que este mantém com o meio onde ocorre. Como o conceito de
meio e de comportamento são bastante amplos, os psicólogos, defensores da teoria, chegaram
aos conceitos de estímulo e resposta (S – R, que são abreviaturas dos termos latinos Stimŭlus
e Rēspōnsiō. Estímulo e resposta seriam, desta maneira as unidades básicas da descrição e o
ponto de partida para uma ciência do comportamento.

3.3.Gestaltistas
A Psicologia da forma, Psicologia da Gestalt, Gestaltismo ou simplesmente Gestalt é uma
teoria da psicologia que considera os fenómenos psicológicos como um conjunto autónomo,
indivisível e articulado na sua configuração, organização e lei interna. A teoria foi criada
pelos psicólogos alemães Max Wertheimer (1880-1943), Wolfgang Köhler (1887-1967) e
Kurt Koffka (1886-1940), nos princípios do século XX, mais precisamente em 1912.
Estes trabalhos foram uma continuação dos trabalhos de Christian Von Ehrenfels (1859-
1932), psicólogo austríaco, precursor desta escola do pensamento (Ventura, 2020).

Ehrenfels lançou em 1890 as bases da Psicologia da Gesalt. Sua primeira constatação foi a
divisão de duas espécies de “qualidades da forma: as sensíveis, próprias do objecto, e as
formais, próprias da nossa concepção. São as primeiras agrupadas de acordo com as últimas
que formam o conjunto e possibilitam a percepção. A partir destas ideias e da oposição às
concepções de Wilhelm Wundt (1832-1920), considerado o fundador da psicologia moderna e
experimental, Wertheimer, Kohler e Kofka começaram um trabalho dentro da Universidade
de Frankfurt (Ventura, 2020).

A Psicologia da Gestalt é um movimento que atua na área da teoria da forma. Ela propõe que
o cérebro humano tende automaticamente a desmembrar a imagem em diferentes partes,
organizá-las de acordo com semelhanças de forma, tamanho, cor, textura etc., que por sua vez
serão reagrupadas de novo num conjunto gráfico que possibilita a compreensão do significado
exposto. O princípio básico da teoria gestaltista é que o inteiro é interpretado de maneira
diferente que a soma de suas partes. Esta premissa levou ao descobrimento de diferentes
fenómenos que ocorrem durante o processo da percepção (Ventura, 2020).

8
Wertheimer pôde provar, experimentalmente, que diferentes formas de organização
perceptiva são percebidas de forma organizada e com significado distinto por cada pessoa.
Basearam nisso a ideia de que o conhecimento do mundo se obtém através de elementos que
por si só constituem formas organizadas. Por exemplo: uma cadeira é mais do que quatro
pernas, um assento e um encosto. Uma cadeira é tudo isso, mas é mais que isso: está presente
na nossa mente como um símbolo de algo distinto de seus elementos (Ventura, 2020).

3.4.Psicanalistas
A teoria psicanalítica teve a sua origem com Sigmund Freud (1856 – 1939), médico austríaco,
a partir de seu trabalho clínico com pacientes que sofriam de doenças mentais. Segundo
Myers (2000), o termo Psicanálise é usado para referir-se a uma teoria, a um método de
investigação e a uma prática profissional. A teoria psicanalítica caracteriza-se por um
conjunto de conhecimentos sistematizados sobre o funcionamento da vida psíquica.

Como método de investigação, a Psicanálise não se fundamenta em dados observáveis e


quantificáveis e sim sobre a realidade psíquica, ou a subjectividade, que constitui o seu
objecto de pesquisa. Enquanto prática profissional, ela é uma forma de tratamento psicológico
(a análise), que visa à cura pela palavra ou o autoconhecimento. Myers (2000) afirma ainda
que, refere-se que:

A teoria psicanalítica pode ser considerada como um conjunto de hipóteses a respeito


do funcionamento e desenvolvimento do psiquismo humano, revelando tanto o
funcionamento mental normal como o funcionamento patológico. A Psicanálise tem
sido criticada pela ênfase que dá às patologias, porém é importante que se diga que
também os seus seguidores teorizam sobre a normalidade, apesar de basear seus
estudos no tratamento das doenças psíquicas (75).

Um dos principais pressupostos da Psicanálise é o princípio do determinismo psíquico que


preconiza que cada evento psíquico é determinado por aqueles que o precederam. Assim, o
que somos na vida adulta, nossa maneira de nos relacionarmos afectivamente, tratarmos os
amigos, filhos ou pessoas significativas, a profissão que escolhemos, tudo depende da nossa
história e dos conteúdos infantis, em especial. Ainda que os fenómenos mentais adultos não
pareçam ter conexão com o passado, a conexão existe.

9
4. Conclusão
Conclui-se que, a psicologia é definida como sendo ciência do comportamento e da actividade
mental. Esta definição encerra em si a dualidade de objecto da psicologia, ou seja, o estudo do
comportamento e da actividade mental, ponto de vista que é até hoje assumido por grande
maioria de psicólogos e que nos parece mais racional. A dificuldade na delimitação do objecto
de estudo da psicologia reside no facto de que desde há muito tempo os fenómenos que se
relacionam com a inteligência humana sempre foram considerados fenómenos particulares.

Do ponto de vista etimológico, isto é, do surgimento da palavra psicologia, ela vem do grego
psyche que significa alma, sopro ou espírito e da palavra logo que significa razão,
conhecimento, ou estudo. Estas duas palavras deram origem àquilo que nós designamos de
psicologia. Actualmente a Psicologia é considerada uma ciência da área social ou humana que
tem como objecto de estudo a subjectividade humana, através dos processos mentais,
sentimentos, pensamentos, razão, inconsciente e o comportamento humano e animal. Essa
diversidade de objectos exige, também, abordagens e métodos de pesquisa específicos, tanto
quantitativos quanto qualitativos

10
Referências Bibliográficas
Alípio, Jaime da Costa; & Vale, Manuel Magiricão. (2015). Psicologia Geral. Universidade
Pedagógica: Ensino à Distância. Nampula – Moçambique.

Chicote, L. L.; Abacar, M. & Huó, S. S. (2007). Psicologia Geral – Módulos para Cursos de
Bacharelato Semi-Presencial. Autores e UP-Nampula, Depto. Ciências Pedagógicas.
Nampula, Universidade Pedagógica.

Davidoff, L. (1980). Introdução à Psicologia (3ª edição). São Paulo: Mcgraw-Hill.

Myers, D. (2000). Introdução à psicologia geral. São Paulo: Técnicos e Científicos.

Penna, Antonio G. (2004). Introdução à psicologia do século XX. Rio de Janeiro: Imago.

Pereira, Marcos Emanoel. (2007). História da Psicologia. Linha de tempo das ideias
psicológicas.

Ventura, Dalia. (2020). A curiosa origem do mito de que a alma humana pesa 21
gramas. BBC News Mundo.

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