100%(1)100% acharam este documento útil (1 voto) 401 visualizações62 páginasO Mundo Das Orquídeas - Ed. 10 - Abril2022
O Mundo das Orquídeas.
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L XS
Exposicao de flores em a
Joinville e Americana, >.
show de Laelia purpurata,
catalogo com 20 espécies,
orquidario de Amparo e
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Impresso am jancite do 2000,
Cattleya intermedia oo
Roberto Ciolin}
Rodriguesia verusta
Temos certeza que a revista O MUNDO DAS
ORQUIDEAS tem colaborado para estimular os novos
orquids ilos, ja imbuidos da crescente possibilidade de
cultivar e estudar as orquideas como elas realmente
merecem.
Diversos novos laboratdrios estao sendo inaugurados, colo-
cando cada vez mais ao alcance dos amantes das orquideas
os mais belos exemplares e, ao mesmo tempo, eliminando
de vez a necessidade de coletar-se plantas nas matas. A re-
sponsabilidade de todos na preservagao dos habitats 6 algo
que sentimos estar crescendo, 0 que nos alegra e estimula
a colaborar. Vamos dar oportunidade para os orquidéfilos do
novo milénio também conhecé-los.
Nao podemos deixar de prestar nossa homenagem ao
querido Padre Gonzales, cujo trabalho em prol das orquideas,
ao longo dos anos, permitiu-nos conhecer mais sobre elas. Ele
nos deixa saudades e uma obra que deve ser lida por todas
as geragées de orquidofilos.
Neste comego de ano, desejamos a nossos leitores e colab-
oradores um ano muito feliz e que se motivem cada vez mais
a realizar agées voltadas ao cultivo e ao estudo de nossas
orquideas.
Waldyr Fochi Endsfeldz »
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MASDEVALLIA
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orquidéfilas 66‘Masdevallia
infracta tipo,
cuttivada
‘em Dracena
(hospedeiro
vivo)"
APLANTA
Trat@sS@ de Uma pequena
orquidga, de forma Vegetal
simplesjeide flores muito cu-
riosas. Aplanta aparece como
uma toliesirinha, com folhas
oblongas, pecioloafinado e um
quase mintisculo pseudobulbo,
que se confunde com o rizoma.
Dos brotos - um, dois ou mais
-, que aparecem apés 0 devido
desenvolvimento, surgem as
flores, que nesta espécie se apre-
sentam com segmentos florais
praticamente fundidos, em forma,
mais comumente, de uma meio
esfera e trés longas e finas pon-
tas, sendo uma superior e duas
inferiores - sao as extremidades
das sépalas.
Pela falta de reserva alimentar
em seus pseudobulbos e por todo
0 seu sistema vegetativo, essa
planta dé preferéncia a lugares
menos luminosos, nao resiste
luz direta e nem a altas temper-
aturas. E uma orquidea que, nas
matas, surge em altitudes de 300
metros para cima, até cerca de mil
metros. Gosta muito de ambiente
umido e, a qualquer sinal de seca,
folhas, que logo caem, enfraque-
cendo a planta.
Ja foi encontrada Masdevallia
infracta em galhos, principal-
mente em galhos mais finos
de drvores médias, a beira de
sombra. A coloragao das plan-
tas, neste caso, sempre é de
um verde mais carregado ou
escuro. Ocorrem também em lo-
cais menos timidos, mas sempre
em terreno que recebe o sol da
manha. As plantas podem surgir
isoladas e, mais comumente,
em agrupamentos. Quando elas
aparecem em lugares mais se-
‘cos Ou mesmo onde o terreno
Masdevallia
infracta
& mais arenoso, apresentando
maior facilidade de evaporagao
da agua do solo, a coloragao
é mais tendente ao verde-
amarelado.
(OCULTIVO
O cultive deve imitar a na-
tureza [By inelUsive; pode ser
feito emlocais de poulcalumino-
sidade Jem pequenos focos de
madeira dua de preferéncia
rugosa e/60m fegas diatias, ou.
em yasos, com. 1/3 de xaxim
desfiado e 2/3 de pedrinhas
ou outro material de drenagem
perfeita. E importante, também,
observar a umidade, que deve
ser quase constante.MASDEVAULVAY INERAG TA
‘Masdevaliia infracta tipo, cullivada em colts.
ers
As flgfes surgem sempre ni-
cas, engimando uma longa e fina
haste. A eploragao das mesmas
varia désde 6 braneo até o mar-
rom, quase) prete. Considera-se
como tig@ (Padrae, pois aparece
‘em maior quantidade) a flor de cor
marrom, sendo que esta tonalidade
apresenta uma variagao bastante
grande, indo do marrom- claro ao
escuro, uniforme. Por vezes sur-
gem manchas mais escuras, bem
diferenciadas, no centro interno da
fior, oferecendo contrastes interes-
santes e que, as vezes, passam
por variedades. Inclusive flores
que se apresentam com um
colorido avermelhado, fugindo
inteiramente ao marrom tipico.
Outras surgem como subtipos,
na forma, pois abrem-se, saindo
da semi-esfera para uma apre-
sentagao préxima da plana (6 a
flor aberta, conhecida como var-
_iedade espiritosantense) e ainda
“Pcom as amareladas ou amarelas
6
(var. aurantiaca), ou as roxas
de haste curta (var. curtipis), ou
quase pretas. Estas, inclusive,
com modificagao na forma da flor
- mais esguias ou afinadas.
Para o colecionador, mais
propriamente o que se inter-
essa por mini ou microrquidea,
a Masdevallia infracta da grande
retomno, devido a sua capacidade
de coloridos sui generis. O subtipo
ou variedade amarelada permite
uma gama muito grande, indo do
amarelo-ouro (puro) até nuances
amarronadas ou avermelhadas
- principalmente na parte central
interna da flor. J4 0 subtipo ou
variedade arroxeada, divide-se
em exemplares de haste curta
(var. curtipis) e a plantas com
haste longa. As quase pretas
so muito bonitas e diferentes. E
um colorido intermedidrio entre
© marrom-escuro e 0 preto-real.
Nao se trata de flor préxima ao
tipo (marrom). E bem diferente e
ndo pode haver confusdo.
As albinas séo muito raras.
Elas podem aparecer de um
branco puro, total, ou brancas,
mas com as pontas amarelas
ou, ainda, brancas com o centro
azul suave (amoeno), ou mesmo
com tonalidade mais escura, até
tendéncias para 0 arroxeado
(amethistina). Todas as flores al-
binas referidas so oriundas das
plantas tipo, ou seja, das marrons,
comuns. Ja foi observado um
‘Masdevalliainfracta var. alba.
exemplar albino, nascido entre as
amareladas, que era de uma cor
creme-esbranquigada, comple-
tamente diferente das albinas
anteriormente citadas.
Com a destruicao das matas
- 0 Espirito Santo atualmente
tem uma cobertura de
matas inferior @ 5% de seu
territorio~ a tendencia ede
desaparecimento vertiginoso
das chamadas microrquideas,
pois muitas delas nao
apresentam resultados
financeiros compensadores
para produco em laboratério.
Cabe aos orquidofilos cultiva-
las e preservé-las da extingSo.
Masdevalla)
infracta, sub. tipo
curtiois.
() RICO DE FREITAS, MACHADO
ENGENHEIRO AGRONOMO E
PROPRIETARIO DA FLORABELA
CAIXA POSTAL 01-0841 - CEP 29001-970
ViTORIA-ES.Cattleya intermedia suave "Sérgio Englert
Catteya intermedia no habitat
TEXTO E FOTOS SERGIO INAGIO ENGLERT (*)
principalmente do Rio Grande do Sul e Santa Catarina
mas também corre no litoral do Rio de Janeiro e de
‘Sao Paulo.
Foi levada pela primeira vez para o Reino Unido, em 1824,
para o Jardim Botanico de Glasgow, na Escécia, pelo capitao
Graham, do Royal Packet Service, a pedido do sr. Harrison,
morador do Rio de Janeiro. Foi registrada com o nome in-
termedia pois a sua flor tem um tamanho intermediario entre
as Cattleyas
Asua variabilidade de colorido e de forma é muito grande,
existindo flores totalmente albas até rubras, de cor escura,
passando por cores suaves, caeruleas (azul-celeste) @ roxo-
violetas.
No sul do Rio Grande do Sul esta espécie cresce prin-
cipalmente na Corticeira do Banhado (Erithryna crista-
galli), em banhados ao longo da Lagoa dos Patos e até
a reserva ecolégica do Banhado do Taim, a pouco mais
de 100 quilémetros da fronteira com 0 Uruguai. Ocorre
também em figueiras, no chao arenoso, a beira da praia
das lagoas, em rochas graniticas e em butiazeiros (Butia
capitata),
As variedades de Cattleya intermedia podem ser clas-
sificadas pela forma do colorido. Assim é que temos as
orlatas, que apresentam uma orla colorida ao redor do tubo
Ee. espécie é nativa dos estados do sul -TTLEYA INTERMEDIA
do labelo, ou marginatas, com
uma margem colorida mais
larga e profunda. Temos as
peloriadas ou flameas, em
que as pétalas tentam imitar 0
labelo na sua largura e forma,
podendo ser coloridas ou nao.
Podemos classificar as
flores da Cattleya intermedia
pelo colorido do labelo e, en-
tre estas, as mais comuns sao
as cores vinho, roxo-violeta,
suave, ametista, e também
pela distribuicao homogénea
do colorido nas pétalas e
sépalas, como concolor, cae-
rulea (azulada), lildsina, alba,
rubra e sangiiinea.
© cultivo da Cattleya inter-
media exige bastante umidade
do ar, muito sol da manha e
boa ventilagao. O substrato que
tem dado melhor resultado é a
easca de pinus misturada com.
musgo ou Saibro de granito &.
com casca de pinus finamente
moida. Pode ser cultivada
‘com sucesso amarrada a uma
Arvore nativa como figueira,
corticeira ou ipé. Para estimular
a formagao de botdes florais, a
Cattleya intermedia necesita
de um periodo frio, de duas a
trés semanas, com tempera-tu-
ra abaixo de 15 graus centigra-
dos a noite.
(JSERGIO INACIO
ENGLERT
ENGENHEIRO
AGRONOMO E
PROPRIETARIO DA
RICSEL ORQUIDEAS &
BROMELIAS
TEL. (OXX51) 248-5009
WWW.RICSEL.COM.BR
Catteya intermedia orlataGasitene ISIE IIEIN AS
Catteya intermedia tipo10
CATTLEYA INTERMEDIA
PRINCIPAL HABITAT DAS CATTLEYAS IN-
TERMEDIAS E SEU PROCESSO EVOLUTI-
VO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Catteya intermedia em Corticeira do Banhado no habitat
POR OTTO G. GEORG
FOTOS: ANSELMO M. HOFF
m grande parte do territério gaticho sao
EE erento as C. intermedia. Porém no
municipio de Rio Grande, extremo sul do
Estado, no lugar denominado Taim - hoje reserva
ecolégica -, existem diversas lagoas nas quais
formou-se uma area pantanosa de regular exten-
‘so. A vegetacdo é predominantemente as nossas
conhecidas corticeiras, arvores apropriadas para a
germinagao da espécie, ja que sua casca é rugosa,
facilitando, assim, a proliferacao.
Toda essa regiao foi, sem divida, o paraiso das
C. intermedia. Infelizmente, hoje todo o sistema
ecolégico da regiao encontra-se alterado em fungao
do cultivo do arroz, cultura que exige abundancia de
gua, modificando, em conseqiiéncia, grande parte
do meio ambiente.
E interessante frisar que apés 0 Taim, em diregao
ao Uruguai, inclusive depois da divisa, existem
diversos locais semelhantes (banhados extensos
com grande quantidade de corticeiras), sem ne-
nhum vestigio de plantas. Nao se sabe qual o fator
ecolégico que concorre para que a intermedia nao
seja encontrada em outros locais daquele trecho.
E sabido que a flor das intermedias tem, em geral,
segmentos estreitos, mormente as pétalas. Porém,
algumas poucas plantas dao flores de relativa lar-
gura. Agrande questao é conhecer o fator biolégico
que concorre para que a C. intermedia apresente
tantas mutagdes. Sao justamente as plantas que
se afastaram do tipo padrdo, degenerando-se ou
aperfeigoando-se, que tém sido nosso principal
alvo. Para a nossa felicidade, conseguimos juntar
aproximadamente 15 plantas que consideramos
excepcionais como matrizes. A tipo, denominada
como “Figueirinha’, e uma amethistina “Anselmo” -
ambaé foram achadas por Anselmo M. Hoff, A partir
destes e de outros achados conseguimos o grande
melhoramento genético das intermedias. A nosso
ver, todas essas variedades caminham para um s6
objetivo: perfeigao. Por tudo isso o desenvolvimento
da orquidicultura entre nés vem se fazendo nestes
Ultimos anos em um ritmo verdadeiramente impres-
sionante, surgindo plantas que jamais imaginavamos
atingir.
Catteya intermedia flameaClonacao de orquideas: do
laboratorio‘a comercializagao
POR PROF. DR. GILBERTO B. KERBAUY (*)
esquisas
desenvolvidas
com orquideas
nas diferentes areas do
conhecimento cienti-
fico tem colaborado.
substancialmente‘para
o avango da botfnica,
nestes tltimos.cem
anos. Dentre elas, duas
certamente destacam-
se pela importancia,
ambas relacionadas
& area da reprodugao
sexuada e assexvada:
Sementes de
orquideas foram as
primeiras a serem ger
minadas in vitro, numa.
mistura asséptica de
sais minerais, saca-
rose e na auséncia do
fungo simbionte. Lewis
Knudson (1921), 0 pes-
quisador responsavel
pela descoberta deste
processo, denominou-o
de germinacao assim-
bidtica. A despeito da
importancia até os dias
presentes da germina-
40 assimbiética, foi
todavia, a clonagao de
uma orquidea que deu
inicio, em 1964, a hoje
denominada biotec-
nologia vegetal. Neste
ano, Georges Morel,
na Franga, anunciou a
possibilidade de clonar-
se uma orquidea a
partir de um pequeno.
fragmento (explante)
isolado de broto em
crescimento de Cym-
bidium. More! observou
© aparecimento de
mindsculas estruturas
verdes e arfédonda-
das sobre o expiante,
semelhantes aquelas
normalmente formadas
nos estagios iniciais da
germinagao de semen-
tes de orquideas, os
denominados protocor-
mos. Morel cunhou-os
por isto de estruturas
semelnantes a proto-
cormos (“protocorm-
like-bodies’, PLBs).
Protocorméide seria o
termo correspondente
em nossa lingua. A
partir desta descobe-
rta, outros géneros de
orquideas passaram
também ser clonados
por Morel, bem como
em outros laborat6rios
de pesquisa, princi-
palmente nos Estados
Unidos. No Brasil, a pri-
meira experiéncia bem
sucedida de clonagao
de orquidea in vitro (em
escala comercial) ocor-
reu por volta de 1975,
como conseqiiéncia
de estudos conduzidos
no Departamento de
Botdnica do Instituto de
Biociéncias da Univer-
sidade de Sao Paulo
- USP,
0 termo clonagem
Laelia purpurata camea,
Cary
Beets
eel
‘0u clonacdo, hoje em
dia ja incorporado ao
cotidiano das pessoas,
significa a formacao de
individuos genetica-
mente idénticos a partir
de células ou frag-
mentos de uma deter-
minada matriz (ger-
moplasma). O termo
deriva etmologicamente
do grego “klén” que
quer dizer broto. A
técnica da clonagem
de plantas in vitro tem
sido mais comumente
denominada de micro-
propagacao, devido ao
‘emprego de porcdes de
tecidos (explantes) mui-
to pequenos ou mes-
mo, em alguns casos,
de células individuais,
para o estabelecimento
deste proceso.
Nao existe apenas uma
razo para tanto. Pelo
contrario, estas so
varias e bem justifica-
das como se vera a
seguir:
|-Manutengao de
um genoma seleciona-
do (uniformidade): este
6, sem divida, o objeti-
vo final quando se mul-
tiplica assexuadamente
qualquer organismo,
seja ele vegetal, animal
ou microorganismos
|| Rapidez de
propagagao: no
caso especifico das
aiorquideas, este pard:
metro é de fundame
importancia. As plant
orquiddceas, embora
herbaceas, apresentam
quase como regra um
desenvolvimento relati-
vamente lento. A obten-
‘go de uma boa muda
por divisdo pode levar,
dependendo da espé-
cie, de dois a quatro
anos. Entretanto, neste
mesmo intervalo, por
meio da micropropa:
40, podem ser obtidas|
milhares de “c6pias”\
a partir de um ihico,
broto.
lil -Plantas hib-
ridas: dada a enorme
possibilidade de
‘cruzamentos intere>
specificos (ex. Cat- /
tleya labiata x C. gut-
tata) e intergenéricos
(ex. Brassavola x |
Sophronitis x Laelia
x Cattleya) na familia \
Orquidacea, existe
hoje no mercado uma
enorme e crescente
quantidade de plantas
hibridas, envolvendo
praticamente todas as
espécies taxonomica-
mente afins.
Embora boa parte
destes hibridos sejam
ferteis, 0 elevado grau
Foto ustrativa da uniformidade
‘genética obida em plantas de
eple. Mildred Rivers “Orehidgiade
clonadas in vito
12
de heterozigose des-
tas.plantas resulta em
descendentes muito
diferentes entre si (seg-
regagao genética), com
baixissimo nivel de
uniformidade nos seus
aspectos morfolégicos
(florais e vegetativos) e
fisiolégicos (época de
floracao, vigor etc).
\\V -Plantas estéreis:
algumas matrizes
podem ser poftadoras
de alteragoes gené-
ticas pfonunciadas
nos seus genomas,
tornando-se assim
estéreis e incapazes
de produzir sementes
férteis. Um bom numero
de hibridos apresenta
esta caracteristica.
Cattleya walkeriana ‘Fetice
fespécime com baissimo grau!
se feridade
Um exemplo da flora
orquidacea brasileira
portadora desta de-
ficiéncia 6 a Cattleya
walkeriana ‘Feiticeira’,
Conforme tem-se veri-
ficado, dentre os muitos
cruzamentos realizados
com esta planta, ape-
nas um deles originou
sementes férteis, assim
mesmo em baixissima
freqliéncia. Neste caso,
a limitagao reprodutiva
parece decorrer de
alteragSes no numero
cromossémico.
\V -Atributos mor-
foldgicos e fisiolégi-
cos: certos atributos,
encontrados em algu-
mas plantas, devido
a dificuldade de sua,
estabilizagdo por inet
médio da reprodugao
sexuada, S40 manlidos )
praticamente as ex-
pensas da reprodug4o
vegetativa. Para.eteito
de ilustragao pode
riam ser mencionad,
dentre outros: numert
de flores, coloracao,
durabilidade, textura,
forma, tamanho, com-
primento e resistencia
da haste floral, tamanho.
© vigor da planta, época
de floracdo, resistencia
a pragas e a doencas,
etc.
Vi - Eliminagéio de
patégenos: algumas
matrizes mais valiosas,
dada a continua multi-
plicagao por divisdo a
que so submetidas,
acabam sendo infecta-
das por virus, bactérias
ou fungos, tornando-se
irreversivelmente en-
fraquecidas e com baixa
produggo. Neste caso, a
utilizagao de explantes
sensivelmente reduzidos
(por volta de 0,1 mm de
tamanho), pode gerar
in vitro plantas livres de
patégenos. Todavia, a
simples clonago nao
€ garantia de elimina-
cdo de virus ou outros
agentes causadores de
doenga. E indispensavel
a realizagdo de testes
rigorosos em laboratorio
para verificar a presenca
‘ou auséncia de patége-
nos nas plantas obtidas.
Dada a necessidade
de divis6es celulares no
estabelecimento in vitro
das culturas de plantas,
¢ diante da impos-
sibilidade de indugao
de proliferacao celular
em células maduras
(adultas) de orquideas,
a micropropagacao
destas plantas s6 é
possivél por meio do
‘emprego de tecidos
possuidores de cé-
lulas em proliferagao
mitética, as chamadas
células meristematicas,
localizadas geralmente
nos apices de brotos,
raizes e gemas laterais
das plantas (tecidos
meristematicos).
Quando porgdes
bastante pequenas
destes drgdos sao
isolados e inoculados
em um meio de cultura
‘Brotd de Cattleya em desen-
volvimento utizado no esiabe-
/ lecimento da meropropagagse
(geralmente no estado
liquido, ou seja, sem
agar), as células meri-
stematicas presentes
podem alterar suasCLONAGAO DE ORQUIDEAS
rotas normais de desen-
volvimento, originando
apés certo tempo os
protocormdides (PLBS)..
‘A indugao destas
estruturas representa,
via de regra, uma das
fases criticas da mi-
cropropagagao. A fase
subseqiiente, ou seja, a
multiplicagao dos PLBs,
6 quase sempre menos
limitante ao processo,
tendo em vista a rela-
tiva facilidade com que {| _
estas estruturas se Tul .
tiplicam, originandé no- |
vos PLBs. Dependendo
da espécieedaad- |
equacdo das condiges
de cultura, 6 possivel
obter-se milhares de
PLBs em apenas um
ano, a partiride urn,
nico explante. Cada
PLB origina uma ou até.
varias plantinhas.
Experimentos con-
duzidos em nosso
laboratério nestes
evento no reino vegetal,
‘© mesmo vem sendo
estudado em nosso lab-
oratério sob 0 enfoque
anatémico, fisiolégico,
bioquimico e, mais
recentemente também,
com as ferramentas de
biologia molecular.
Uma vez alcangada
a quantidade desejada
de plantulas, estas so
transferidas para meios,
de cultura indutores dav
formagdo de raizes,
nos quais as plantas)
] completa o desen-
| volvimento. Obtidoo |
| tamanho desejado, as
plantinhas sdo retiradas
dos frascos, lavadas
com agua corrente,
plantadas em vasos co-
Pietivos 6 mantidas sob
condigdes favoraveis de
luminosidade, tempera-
tura e umidade relativa
do ar. Todo 0 processo,
Ultimos quase 20 anos,
mostraram de forma
pioneira que também
Ralzes de Calasetum sp
fzadas na meropropagagao
ttrnta dias apse 9 ncaa.
3;mostrando a presence
So" spend cada”
fexplante radar. Panta
Se Catasatum pleatum so-
feoonada para a resistencia
30 oe conada e partir do
Spice radu.
tal capacidade, embora
com elevado grau de
recalcitrancia. Todavia,
foi no grupo Catasetine-
ae (sem excegao) que a
conversao direta in vitro
de um dpice radicular
em PLB, mostrou 0
potencial maximo de
regeneracao. Dada a
extrema raridade deste
Protocommsides (PLB) de
Oneidum vaneosum “Balin®
proierandsemmeta de cura
Feuido: A presenga do gemas
pode ser doservada.
08 apices radiculares
de algumas orquideas
podem originar PLBs.
Raizes de Oncidium e
Cattleya apresentaram
Plantae micsopropagadas de
Cattleya eldorado com boa
massa de folas e ralzes,
prontas para o plantio em
Naso ealetvo,
}
desde a explantagao do
pice meristematico até
© plantio em casa de
vegetacao, leva cerca
de dois anos.
| *Meios de Cultura
Os meios de cul-
tura designados para
clonagao de qualquer
‘Vegetal sao constitui-
dos, basicamente, por
uma mistura de sais
minerais (macro e micro
nutrientes), uma fonte
de energia e esqueletos
carbénicos (agicares) €
Por dois horménios veg-
etais pertencentes a0
grupo das citocininas e
auxinas. Ea proporcdo
relativa entre fitorménios
que determina aum $6,
tempo a manutengao.
das divisées celulares
€ as mudangas na rota
de desenvolvimento das
células meristematicas,
induzindo-as a uma
reprogramagao génico-
bioquimico-fisiologica
que levara a formagao
de PLBs. Trata-se de
um processo extrema-
mente complexo e ainda
Pouco'conhecido da
ciéncia. O,balango entre
ambos fitorménios varia
conforme a espécie
vegetal, afase de micro-
propagagdo, o tempo de
Cultivo in vitro etc Além
isto, de forma ainda
bastante empirica, é co-
mum a pratica da adigao
ao meio de cultura de
outras substancias to
diversas como vitami-
nas, aminoacidos, uréia,
mioinositol, peptonaetc. O “mistério” dos
meios para orquideas
outras plantas reflete.
to somente 0 pro-
fundo desconhecimento
(ainda) do homem
sobre eventos basicos
controladores do de-
senvolvimento vegetal.
Tal limitagao, quando
considerada juntamente
com as peculiaridades
de cada espécie, hibrido
‘ou mesmo uma planta
de orquidea em particu)
lar, explicaria, ane J
parcialmente, a fantasti
ca quantidade demeios
de cultura, descritos na
literatura.
Algumas dificuldades
tm sido encontradas
na clonagao in vitro de
orquideas e de outras
plantas. Destacaremos
apenas duas delas.
Algumas espécies tem
apresentado, de forma
rotineira, uma certa
recalcitrancia ao esta-
belecimento da cultura
in vitro, podendo-se
destacar dentre estas,
a titulo de exemplo,
{és plantas brasileiras:
‘Sophronitis coccinea
CCatteya velutina; espécie brasieia
sefptesstente ao estabelecimento ca
‘Gonagaoin vito.
14
(tipo), Laelia jongheana
e Cattleya velltina
Uma outra limitagao
que ver preocupando
técnicos de labo-
ratério e o mercado de
orquideas ja ha bas-
tante tempo, tem sido
a ocorréncia de alter-
ages genéticas duran-
te 0 proceso de micro-
propagacao, levando
formagao de individuos
com caractefisticas
florais e/ou vegetativas
diferentes daquela da
planta matriz clonada,
‘0s chamados soma-
clones. Na maioria das
vezes, essas alterades
genéticas resultam do
uso incorreto de pro-
cedimentos basicos de
micropropagacao por
parte do laboratério.
‘Outro fator além deste
est ligado as proprias
caracteristicas da
planta clonada. Plantas
cofio. Phalaenopsis
e Dendrobium (grupo
nobile), témapresenta-
do uma certa tendéncia
a variago clonal in vi-
tro. O desenvolvimento
nesses tiltimos anos de
procedimentos adequa-
dos para a clonacao
dessas plantas tem
permitido, felizmente, a
obtengao de produtos
clonados com elevado
grau de fidelidade
genética. E interessante
destacar, todavia, que
algumas alteragbes
genéticas relaciona-
das a duplicagao do
niimero cromossémico.
basico da planta tem
levado, nao raramente,
& formacdo de plantas
polipldides in vitro (3n,
4n), na maioria das vez-
es com caracteristicas
florais superiores as.da
planta matriz utilizada.
Cattloya actandize; planta
polipidide onginada durante o
rogesso de micropropagacao)
No Brasil, a em-
presa Floralia - RJ foi
a responsdvel pela i
troducdo das primeiras
orquideas clonadas em
laboratorio, produzidas
por “Vacherot &Lecou-
fle’, na Franga. Durante
dez longos anos esta
‘empresa francesa
manteve 0 monopélio.
mundial deste conheci
mento tecnolégico. Vari-
os hibridos e espécies
brasileiras de orquideas
foram enviadas pela
“Floralia” para o servico
de clonagao, na Franga.
Aprimeira em-
presa nacional a obter
‘sucesso na clonacao de
orquideas in vitro foi a
Equilab, de Campinas
- SP.Ademar Manarini,
seu proprietario e
orquidsfilo, sempre
em busca de desafios,
conseguiu, em fins de
1979, transformar seu
sonho em realidade.
Sem se dar conta,
Manarini, por meio da
micropropagagao de
orquideas, introduziu no
Brasil e na América do
Sul, 0 primeiro labo-
ratério de biotecnologia
) de plantas. Dava-se ini-
cio, em nosso pais, ao
processo de “democra-
tizagdo" das orquideas
raras e dispendiosas.
Na area de flores cor-
tadas e de plantas de
orquideas em vasos,
iniciou-se a necesséria
melhoria da quali-
dade e uniformidade,
parametros esses de
valor inestimayel nesse
mercado altamente
competitivo em termos
nacionais e globais,
aliados, concomitante-
mente, a redugao de
custos e pregos.
CCtivo de Phalaenopsis
clone
rontos para com-
ferciaizagae
() PROFESSOR
TITULAR DO
DEPARTAMENTO
DE BOTANICA DO
INSTITUTO DE
BIOCIENCIAS DA
UNIVERSIDADE DE
SAO PAULO - USP.Estufa de sua casa em Vinhedo - colegao com mais de mil exemplares
AM
POR ROSELY RIBEIRO
NESTA EDIGAO TRAZEMOS UMA ENTREVISTA ESPECIAL. 0 MUNDO DAS ORQUIDEAS
CONVERSOU COM WALDYR FOCHI ENDSFELDZ NA SUA CASA EM VINHEDO, ONDE MORA HA
DOIS ANOS E MEIO. O SR. WALDYR FALA UM POUCO DE SUA VIDA E DE SUAS VIAGENS POR MAIS
DE 300 MIL KM PELO BRASIL, EM BUSCA DE HABITATS DE ORQUIDEAS, SEMPRE COM O INTUITO
DE CONHECE-LAS MELHOR E PRESERVA-LAS. NAO PODERIAMOS DEIXAR DE DESTACAR A SUA
DEDICAGAO E OS MAIS DE 50 ANOS DE TRABALHO EM PROL DAS ORQUIDEAS.
© MUNDO DAS ORQUIDEAS
+ Como as orquideas entraram
na sua vida?
Waldyr Fochi Endsfeldz -
Perdi minha mae quando tinha
quatro anos de idade e fui criado
por uma tia, em Sao Paulo. Meu
pai foi morar com minha avé, em
Petrépolis. A casa dela tinha 5 mil
metros de terreno de mata virgem,
um casarao de 28 comodos dentro
de um bosque. Era um paraiso de
orquideas. E aconteceu da minha
avé criar um rapaz que coletava
plantas nas matas e vendia na
estacdo de Petrépolis. Eu tive
pequeno contato com ele, mas
comecei a me interessar pelas
orquideas.
OMUNDO DAS ORQUIDEAS -
Eo senhor ia muito aPetrépolis?
WFE - Meu pai prometeu que
toda vez que eu passasse de ano
na escola em Sao Paulo, ele me
levaria para passar trés meses de
férias na casa de minha avé, em
Petrépolis. A partir dos sete anos
de idade, por doze anos seguidos,
eu passei todas as férias Ia.
© MUNDO DAS ORQUIDEAS
- O seu pai também gostava de
orquideas?
WFE - Apesar de nao conhecer
nada sobre orquideas, ele gostava
de flores. Ele trabalhava no al-
moxarifado do Hotel Quitandinha,
em Petropolis. Num determinado
ano, quando eu tinha uns 15 anos
de idade, houve uma grande ex-
Posigao la e meu pai comprouuma
Miltonia regnelli e me deu de pre-
sente -e eu tenho a planta até hoje!
Isso foi um incentivo que tive para
me interessar pelas orquideas.
Nessa época eu também nao sabia
nada. Nem replantar, nem nome
nenhum de planta.
© MUNDO DAS ORQUIDEAS
-E quando 0 senhor comegou a
estudar as plantas?
WFE - Em 1942, quando eu
completei 17 anos, comecei a
procurar saber o nome das plan-
tas, comecei a querer saber como
@ que se plantava direito. E meet
15Entrevista
Sr. Waldyr @ sua esposa, dona Maria Ignez: um dos homenageados na festa de
‘comemoragao dos 25 anos da AOSP
interessei ainda mais pelo estudo
das orquideas depois que iniciei
uma colegao de selos. O tema era
orquideas. As colegdes modernas,
cada uma tem um tema. Entao
fiz a minha colegdo de selos de
orquideas e cheguei a ter todos
0s emitidos no mundo: Quer dizer,
a minha era a melhor colecao
do Brasil, sem duvida. Eu tenho
quatro medalhas interna-cionais,
inclusive medalha de ouro. Deps
vendi porque, como sai em média
340 délares por més de novidades
‘em selos, eu nao tinha condigso,
‘como aposentado, de acompanhar.
E sea ccolecdo nao fosse completa,
ndo teria valor. A minha colegao
foi vendida por um amigo meu, na
Franga. Eu vendi bem, até. Com
ela eu acabei a minha casa aqui
‘em Vinhedo. Eu curti essa colegao
de selos por mais de 40 anos.
Os selos me despertaram o
interesse em conhecer melhor
as orquideas e desde entdo me
dedico a estudé-las. Meus estudos
so baseados principalmente em
livros estrangeiros. Eu conseguia
um grande numero de artigos
japoneses e em inglés, e pedia
para amigos traduzirem para eu
poder estudar. A literatura no
Brasil, sobre orquideas, 6 muito
pobre. Prati-camente nés tivemos
*trés botdnicos que eu considero
16
essenciais - Barbosa Rodrigues; F.
C. Hoehne, que fez a ICONOGRA-
FIA, @ Guido Pabst, nos ultimos
anos, com quem tive um contato
bastante intenso. Eu ia a casa dele
e ficdvamos até de madrugada
conversando sobre plantas.
‘0 MUNDO DAS ORQUIDEAS
Oinicio dos seus estudos coin:
cide com o inicio de sua colecao
de orquideas?
WFE - Sim. Nessa época ¢ que
eu julgo 0 inicio de minha colegao.
Havia um pedicuro que vendia
plantas em flor vindas do norte,
na Rua Sao Bento, no centro da
cidade de Sao Paulo. Era curioso
que ele colocava as plantas de
cabega para baixo, pendu-radas
em uma porta. Eu ia la e conheci
orquidéfilos, até hoje meus ami-
gos. Um deles 6 0 Virgilio Peres,
que acabou me levando para
a Sociedade Bandeirante de
Orquideas - SBO. Eu fiquei 40
anos na Sociedade - de 1957
a 1997. Durante muitos anos
fui secretario. Nessa época
© Virgilio era o presidente.
Fui dois anos presidente da
SBO. Depois fiquei como di-
retor- tecnico, porque os dois
diretores- técnicos faleceram
e eu os substitu, Falavam Sophronitis coccinea var. borboleta: variedade
molho porque agora 6 a tua vez!"
(isos). Alids, foram trés diretores
que faleceram: Rodolfo Richter,
pesquisador da Amazonia, o dr.
Souza Grota, que era médico, ¢
depois o Franklin Dias Vieira. Eu
substitul os trés.
© MUNDO DAS ORQUIDEAS
-Falando em Sociedades Orqui-
défilas, na sua opiniao, qual 0
Papel delas para a orquidofilia?
WFE - Eu acho que é funda-
mental a existéncia de sociedades.
Eu sempre procurei colaborar para
incrementar a criagéo de socie-
dades orquidofilas. Praticamente
a primeira cidade que eu quis criar
uma sociedade foi na minha terra,
Piragununga. Fiz forga, comecei a
fazer reunides para apresentacao
de plantas, para a turma se inter-
essar e acabaram fundando uma
soviedade; que existe até-hoje
Depois outra no Vale do Paraiba, a
Sovap, que é muito conhecida. Fui
eu também que incrementei. Fui
umas cinco ou seis vezes, levando
plantas. Depois, no litoral norte,
em Caraguatatuba, também fiz
forga para fundar uma sociedade.
E, por tiltimo uma sociedade aqui
em Vinhedo - a CAO-ViVa Clube
dos Amigos da Org}
(Vinhedo e Valinhos). Ela comegou
com uns cursos mas a turma ficou
tao entusiasmada que acabou
virando uma sociedade.
io
para mim: “Pée a barba de redescoberta, em 1971Entrevista
© MUNDO DAS ORQUIDEAS
- Além do seu trabalho para a
orquidofilia, 0 senhor também
trabalhava em empresas. Como
© senhor conciliava as duas
coisas?
WFE - Trabalhei 45 anos, sendo
30 em uma firma e 15 em outra. Sé
parei porque a empresa - 0 Comind
fechou. Sendo teria continuado
mais um pouco. E olha que eu
trabalhava mesmo. Em época de
safra a gente chegava a trabalhar
16 horas por dia. Eu trabalhava
nos armazéns gerais, De uma em-
presa fui gerente (Bandeirantes) e
do Comind fui diretor. Na primeira
firma em que comecei a trabalhar,
a minha fungao era servir café
nas mesas dos funciondrios. Dois
anos depois - eu estava estudando
contabilidade na Alvares Pen-
teado - fechei 0 balango da firma.
Viajava.aos sébados, domingos ¢
feriados. A gente chegava a viajar
trés vezes por més para Minas.
Tinha uma turma que era fanditica
mesmo - eu ligava para trés ami-
gos orquidéfilos que moravam em
Vitoria, no Espirito Santo, para
combinar uma excursao, ¢ nés nos
encontrava-mos direto em Minas
Gerais. E na época era bem mais
dificil. Eu gastei trés Variants nisso.
Aprimeira Variant eu andei 245 mil
quilémetros. Nao é brincadeira,
no.
© MUNDO DAS ORQUIDEAS
- E como eram essas viagens?
WFE - Eu calculo que as minhas
excursdes foram mais nas décadas
de 1970 e 80. Justamente porque
eu era bem mais mogo. Eu tinha
40 anos. Eu sé no conhego o Nor-
deste eo Amazonas. No Nordeste
eu ful até o Morro do Chapéu, em
Pernambuco. Nesse tempo todo eu
estudei muito as orquideas, viajei
mais de 300 mil quild-metros pelo
Brasil. Conhego mais de cem habi-
tats de orquideas.
Nesses habitats estu-
dei profundamente as
plantas, porque eu
media a altitude, a
direcéo do ventos, a
tempe-ratura ambien-
te e todo 0 ecossiste-
ma onde vivia aquela
planta. Em algumas
plantas fazia-mos a
fecundagao manual
para formar capsulas
para aumentar o
numero de plantas
no habitat.
OMUNDO DAS ORQUIDEAS -
Durante essas viagens, quantas
espécies de orquideas o senhor
descobriu?
WFE - Sou descobridor de
trés espécies e redescobridor de
uma, A Sophronitis. coccinea var.
borboleta foi descoberta em 1909
em Piedade, mas depois a planta
morreu e a variedade foi perdida.
Em 1974, em uma excurséio que
fiz & Serra de Caraguatatuba, me
deparei com uma planta com trés
flores. Sé que era uma variedade.
‘Aminha nao 6 vermelha escarlate
como era a primeira. E meio cor
de péssego com faixas bem ama-
relas, flameadas de amarelo, bem
distinta. A primeira descoberta foi
na Serra de Lenheiros, em Minas
Gerais, foi a Laelia endsfeldzii,
em 1971. Na mesma época, em
uma excursao com o sr.
Ernesto Angerer e sua
esposa, sra. Regina, a0
Morro do Caraga - MG,
encontrei uma orquidea
que era diferente (L. re-
ginae). Levamos, entao,
ao Pabst. Foi ele que
sugeriu 0 nome da sra.
Regina, ja que eu eo Er-
nesto ja tinhamos plan-
tas com nossos nomes
‘Alguns exemplares de sua colegao, na sua antiga casa.
F ph 80, 108 COS
de Sao Paulo
( prof. Waldyr em reunido da CAO-Viva
ea sra. Regina estava presente
quando a planta foi descoberta.
‘A Sophronitis cernua mineira var.
endsfeldzii, eu encontrei em Ex-
trema - MG, proximo a divisa com
S80 Paulo.
© MUNDO DAS ORQUIDEAS
+ © senhor sempre teve uma
vida/muita ativa, participando
de eventos, escrevendo e en-
sinando. Conte-nos um pouco
sobre essas experiéncias.
WFE - Eu sou co-autor de
quatro livros editados no Japao.
O primeiro foi quando a AOSP
completou 10 anos, ela fez um
livro sobre orquideas no Japao.
O livro tem umas 500 fotografias
e 300 e poucas sdo minhas. Eu
cooperei bastante. Escrevi no jor-
nal Folha da Tarde, de Sao Paulo,
durante seis anos, em uma coluna
semanal. Nessa coluna eu fiz mais
17Entrevista
de 300 artigos sobre orquideas. Fiz
um video com 0 CPT, que é uma
entidade da Escola Superior Agri-
cola de Vigosa - MG. Eles quiseram
fazer um video sobre orquideas
@ eu os ajudei. Fiz primeiro um
manual para que eles pudessem
ter mais informagdes, para depois
elaborar 0 video. Ja participei
também de palestras por todo o
Brasil, principalmente em socie-
dades orquidéfilas. Participei do
famoso 3°. Congresso Ecolégico do
Embu, em 1953, quando dei a idéia
- copiando outros paises do Brasil
no permitir mais a exportago de
plantas tiradas do mato, mas s6 as
que fossem feitas em laboratério,
e mais tarde se tornou lei. Depois
de todos esses anos eu acho que
tenho um pouquinho de cabedal
para ensinar aos outros. Fui 0 pio-
neiro em dar aulas de orquideas
em SP, no Orquidario Morumby.
Eu gue invente! dar aulas)e até
hoje eles continuam. As primeiras
turmas foram ha 20 anos, com
apresentagao das plantas e cultivo
Eu sempre gostei de transmitir tudo
que eu sei para os outros, acho fun-
damental transmitir conheoimentos
e experiéncias.
© MUNDO DAS ORQUIDEAS
= © que de mais importante a
corquidofilia Ihe proporcionou?
WFE - O mais importante que a
orquidofiia propiciou para mim foi
© circulo de amizades. Uma coisa
que eu sempre usei em minha vida
é nao fazer politica. Nao fazendo
politica, eu tenho livre acesso a
‘qualquer lugar e com bastante en-
tusiasmo, até. Outra coisa que eu
acho é que a orquidofilia me propi-
ciou foi ser fotdgrafo, ser alpinista
- na Bahia, na Serra do Sincora,
1nés levamos aqueles cravos e, com
martelo, pregavamos, para amarrar
as cordas e subir no morro.
18
© MUNDO DAS ORQUIDEAS
- Essas amizades que o senhor
mencionou ajudam também
ha troca de informacées sobre
orquideas, uma forma de atual-
izago?
WFE - Eu acredito que em
orquidofilia vocé nao pode ficar
parado. Justamente esses conta-
tos que eu tenho, esses amigos,
as visitas a exposigoes, me per-
mitem me atualizar. Falo também
com os grandes conhecedores de
orquideas e que sabem das novi-
dades. Também tenho acompanha-
do.as mudancas de nomenciatura.
Agente tem que estar atualizado.
© MUNDO DAS ORQUIDEAS
- E sobre preservagao, qual é 0
posicionamento do senhor?
WFE - Eu sou contra a coleta
de orquideas no mato. Precisamos
contribuir para a preservagao das
‘especies. Eu agora estou justa-
mente com um contato bom com
algumas pessoas para ajudar no
que for possivel, no repovoamento
de habitats que foram liquidados.
Isso eu pretendo fazer. Eu preten-
deria ainda encontrar uma planta
que esté extinta, mas talvez pode
ser ainda encontrada nas matas da
Cia Melhoramentos, em Franco da
Rocha (SP). Mas eu jd nao tenho
mais condigées fisicas para fazer
excursdes de uma semana no mato
Sr. Waldyr na Serra do
Fa: mais de 300
mil quildmetros percor-
Fidos pelo Brasil
a fim de procurar a planta. Depois
eu vou orientar 0 pessoal da ViVa
para ver se fazem a excursdo. Ai
poderemos continuar a fazer re-
descobertas de plantas que foram
extintas. A Laelia tenebrosa é outra
que nao existe mais na natureza.
A bidloga Sandra Takebayashi
esté reproduzindo, em laboratério,
uma grande quantidade desta para
mim, porque eu vou mandar para
os habitats, 4 no Espirito Santo.
Meus amigos de lé vao colocé-las
nos habitats. E valido.
O MUNDO DAS ORQUIDEAS
- 0 que o senhor diria para
quem esta comecando a culti-
var orquideas?
WFE - O principiante deve
procurar um curso ou frequen-
tar uma sociedade, justamente
para ele aprender certas coisas,
certas diferengas de cultura de
uma planta para outra para que
ele cultive bem e ai ele vai poder
cultivar sem problema. Aconselho
© principiante a comegar direito,
no comprar refugos nem comprar
colegées antigas muitas vezes
contaminadas por doengas. Nao é
esse 0 caminho. Precisa lembrar
que uma planta ruim de forma, d&
0 mesmo trabalho que uma planta
excepcional. Por que nao cultivar
as excepcionais ou as que estdo
em extingso?
Habitat da C. elongataBifrenaria atropurpurea
ee eo Re Re ee
eee te eee mms ec)
Crete Tole mesure iinte Meerut C me
Ce Re ek Reo Om ed
Cee UC Rens OR let Re Esko Ui ease
Ce Rees
tee Ren eee een
Pe ue Ree Rd
Be ee Ree cee CR
See eS
eee eee Ce nc
Toe Benen ree co
Peete MUR ee occ nC EteTCE Beer]
(ex. Stenocoryne
racemosa)
een aaa ko Lena)
Ree ee
da Serra do Mar. Planta com
et ene
e enrugados, com 4 centimetros
de altura e uma sé folha, no
Peco ee ete
Ce UH OM US ECE Ulesc een
com superficie vincada e aspera.
Re eee ene ee
Cee Men tcu terol eT
eae eee
CEC lun te eeRCie See
SCE e rey
PL oR OL Rua Reel
Cee unr tnesurry
Rue ce)
TesBulbophyllum ypanemense
ee RTC RS CCR oS
altas montanhas das serras do Brasil Central,
See ee Rn
Ce ee ue eos
Rizoma redondo, no qual, a cada 5 a 10 centi-
metros, nasce um pseudobulbo facetado e piloso,
[> RO erent mere ony
rr
CONC RR eee Rec ree
Ce ECR ems
altura, portando de quinze a trinta flores. Flor de
Dee ee ene CSc
Pee ee eam eee MC eee
ECS me Rear tiem
CORI Ee_=Espécies=
Bulbophyllum rupicolum
eI ee tec en ees
eet et eet eee eee eee ey
Oe RO Ree Rena cen
comprimento, coriéceas ¢ lineares. Hastes florais
Poe ue Reena eRe
mento, portando até 20 flores, que se apresentam
Cree et Me Eek Rl
Des oe ee oe
PO oe tC
cee NICE!fer Te eee
eee ea Me i a
centimetros de altura, agregados e fusiformes. Folhas levemente
See ee eee eR een eR
Pet Ree See Ree ee
florais arqueados, com trés a seis flores. Flor de 8 centimetros de dia-
eee eee ee ee ge econ Reuse
Dee Cee Mee COR ec eer gt add
eta eeforte meer)
eer eae iscetcnt sectt ae
Oe eee ten eek CMe
a eeece Cesc meme scat emt icy
De ee ee Oe oe
Deas ee eae te ed
Te cre eMC eC ccd
ee Ree ae ee a
sépalas verdes, densamente pintalgadas de purpura.
Labelo camnoso, de cor verde, com bordas purpuras.
elise Aue R Lee
rs)Cyrtopodium
andersonii
Cee ee eee CRS
vegeta em quase todo o Brasil, em
Perea ue ee Roy
ete eae Cem ce Oe a
metros de altura, fusiformes, com
PU eum CCU)
ee ct eee es oan
Re ee Re Ee eee)
ee meee tee a
Dl reKe ee Lote t od eg Leo)
Pe Ramee Rested
eee Oe eee
amarelo-esverdeadas. Labelo mais
amarelo. Floresce na primavera.ee ns OYa\ol So
Cyrtopodium eugen:
aero eRe Ie ea ee
dobulbos de até eu eee Le aes
Se Ree meen Cone)
Oem eee eR Caco Rot EMO
ee oe ue eet ed
de comprimento, de cor verde-acinzentado. Perde
See ee cate een
CTR ee CRU Rese
fale oe Meroe Rel Ms el omen itd
Se Cec ec
Deemer cog
nee ie Mg ene}|
ra)
Cyrtopodium gigas
eC ee RCC Re
err CM-L ook Meo] Cold
See ee Coe Ce Rn!
Pe Re eee ee a cet oar)
ee ae cee eee
See EO ee OEE Ce cn ected
STURM CeCe Rca Sea ee
até 1 metro de altura, com até 120 flores. Flor de
SEE Cue cee eco
PEO Ce CnC Ce a
Cree RR aes eo
cuePe ele
Lelie TS
ee rR AO a
pseudobulbos ovdides, de 5 centimetros de
altura, portando folhas lineares e estreitas,
Cede eee Ue ase
Re Cer mee ue ER
centimetros de altura, sustentando de oito a
Cera eng a Te set ee
Deer et een cena cs
Pete Om mee eee
Tee Re eco
ee Mem UCR MUR
central, densamente colorido de purpura
neue ae eee
eset eae!
ee =a] oY=\ol (aPa e Eee)
eee eC ae Nu Cees)
een ee Reuters
bos periformes e oblongos, com 5 centimet-
Peter nek toe oases
Cece ome eRe al ed
Cee ue Rm cect
Hastes florais finas, de 70 centimetros de
altura, com quinze a vinte flores. Flor de
5 centimetros de diametro, com pétalas e
RES eae Cea ee
Frc LAU ie ol elle oe sel eee
Cee ee Lene acc)
Sera!ee =a] oY=\ol (a
Laelia esalqueana
eee a ee Mu RRC Re
Pe sec ee eR nN
Ce et eee ee Ce ec
Deer eugene Mone mee as
Tee Ree ee
Pes ee mee nee nun
St Re eo ae Re Cu
Pee ee cece
TeesMaxillaria picta
Espécie que vegeta em quase todo o Brasil, principalmente nas serras
litoraneas, sobre arvores, detritos vegetais ou barrancos de terra. Pseu-
Ce eS eee eg eet eee Ce eee
tando duas folhas liguladas e obtusas, de 25 centimetros de comprimento.
eee oc ee ee ue eee eee ect set er
Come ehs kee bcc) Mater Rec iueeek ek ction
Ce eee ee eRe eee een
seu lado exterior (pintas mais agrupadas do que de outras espécies do
Ferner em ed
curto, ligulado, de cor branca, com base interior purpura-escuro. Floresce
Pere eee_=Espécies=
Maxillaria ubatubana
Pree eee eC CCC eae)
Cee ee a Rea a ee end
eee ECR eee he oa ence eae
Pe eee Rn nC
Cee ott keen Rg een te
Ce tee eee eee ee eee sed
Cu ed Ce ce ee an
lado interior. Labelo curto, de cor branca, lébulo central meio voltado
eeeMiltonia kayasimae
Espécie epifita da Serra do Mar paulista,
ee tea eee ee
eRe nee ee Rolie d
ere CU CORO nS
St Se tet ne Be
Clete st eas ree erry
Fee ee eee
metros de comprimento. Inflorescéncias
de 30 centimetros de altura, um pouco
ramificadas e com até quinze flores. Flor
PERK ue eck eee meena ca
eee eee ee eae
eee a eee
Pee ae Reset cee ken Seon ed
eae eee mc ete
Ee ee Re eens
SDC eeR Ae oaBee = OYa\o aso
Coy eae Me ge) STL)
Cee aR eS Ce i ee
eee emai mC Rest eC ees od
eee mot eee eee eRe
De kee ee UM Red
See eu aun eet Reet ea
Inflorescéncias de 50 centimetros de comprimento, flexiveis €
Ce een ee eer Cee aT at ae
Pen ete une
Bee ee ec aoa
da mesma cor. As pétalas so grandes, do tamanho do labelo,
dando a impressao de ter trés labelos. Floresce na primavera.Cola med elu
Seer eT Ceci RRC Runes
eee ere Me eet te
Cee eee Mn Tei
Cees eee eRe ae
De ERK Cee meee
Deere ce ta eee
Cee een ee Le Ue
Cena eu Coram)
Peat aN ete ce cee
Pees tsuneo te aeome tee ess
eeeee iceBee = OYa\o aso
Oncidium warmingii
eet ee ee eect Econ
PTO B SL Ee e-em Pate)
metros. Planta de crescimento rebelde, com caule-rizoma
free Ra eC eRe eke ae ed
um pseudobulbo e raizes. Pseudobulbo fusiforme, alonga-
Cee en eee eee ee een
portando duas folhas finas e lanceoladas, de 15 centimet-
ros de comprimento, de cor verde-claro. Inflorescéncias de
Fe CMe ee ear
eek ent eee er Gee oe
eee eee CR tee cet Mee nner
Com Rede Ma ce nncel Ur eee ae ee og
Rees ee ee Onc
ee ee eo eek
Pe MgO eee ene ee
CP Mace eee ere en
OAM ete Coe Rue
flores. Flor de 0,5 centimetro de diémetro, com pétalas
Ce eae oe Reed
DO eee_ _==Espécies=
Re (Ter Be 1d
eee ee Cee Raed
Re eae cee ee ace ec
CO eee ats OM Rei reed
altura, tendo uma sé folha. Folha de 12 centimetros
Cee Ret ce Tue CRC no
Reta eeeeee
COE et ost eee Uc
Seen este oe eee
centimetro de diametro, com segmentos compridos,
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39Por Roberto A. Kautsky
HISTORIA DA CATTLEYA SCHILLERIANA
DE TRES LABELOS “MEMORIA
ROBERTO KAUTSKY”
m uma certa época recebi
E um lote de schillerianas
vindo das proximidades da
cidade de Domingos Martins, no
Espirito Santo. As plantas foram
instaladas em dracenas.
Ha mais de duas décadas floriu
aC. schilleriana de trés labelos.
Trata-se de um caso de mutagao
gsnetica\com caracteres ja fixa-
dos.
Em 28 de abril de 1969, enviei
uma foto colorida dela ao dr. Fritz
Dungs, que desejava conhecé-la.
Posteriormente, por tratar-se de
uma preciosidade, resolvi trans-
plantar a dracena com ela e as
demais orquideas nela existentes,
para mais perto de casa, a fim de
observé-la melhor. Ali ela floriu
varias vezes.
Notei depois que a transfer-
éncia nao Ihe fez bem, ainda que
nao tenha descoberto o motivo,
pois as outras que ficaram, con-
tinuam vicejando no mesmo local,
até hoje.
Em 1971, tive a honra de rece-
ber a visita do dr. Gustav Schoser,
diretor do Palmengarten, de O sr. Bomba mostrou-se interessado, disse
Frankfurt, e do sr. Gerhard Bomba, jardineiro que iria pensar no caso e que, posteriormente,
de uma cervejaria na Alemanha, que tiveram la da Alemanha, voltaria ao assunto. E 0
a oportunidade de vé-la. tempo foi-se passando.UM CAUSO
Receoso de que o pior poderia acontecer
planta, numa de minhas viagens ao Rio de Ja-
neiro, pedi ao dr. Fritz Dungs que mostrasse
a foto dela ao sr. Rolf Altenburg, da Floralia, e
perguntasse se ele ndo desejaria meristema-
la. Porém, fiz duas exigéncias: que recebesse
‘o nome de *Meméria Roberto Kautsky" (meu
pai, a quem devo o gosto pelas orquideas)
e que nos fossem enviados, posteriormente,
alguns seedlings dela.
Porém, na ocasiao, chegou ao nosso con-
hecimento que o sr. Altenburg havia acabado
de adquirir uma warner tipo, por 1 milhao de
cruzeiros, daquela época
O dr. Dungs sugeriu, entdo, que nao de-
veriamos cedé-la de graga e sim, cobrar 0
equivalente a mil marcos. Outra, por tratar-se
de uma orquidea muito importante, e a unica
no mundo e, a fim de recuperar em parte o
Capital qué eu vinha gastando com 0 trabalho
de pesquisas. Todavia, o sr. Altenburg ndo se
decidiu.
Enquanto isso, notei que a planta estava
definhando. Com medo de perder essa pre-
ciosidade, mandei-a, por intermédio do dr.
Dungs (quando foi a Alemanha, em principios
de 1970, levar o material para imprimir 0 livro
“Orchidaceae Brasilienses") ao Palmengarten
de Frankfurt, com 0 intuito de salvé-la, e nas
seguintes condigSes: que fosse meristemada;
que recebesse o nome de meu pai e que o
pagamento ficasse para ser combinado poste-
riormente.
Em junho de 1972, o st. Gerhard Bomba
escreveu-me, mandando-me fotos dela, la na
‘Alemanha, envasada em isopor picado (em
vez de xaxim, 0 que nao funcionou), onde
chegou a brotar e a lancar raizes novas. Mas
depois comegou a apodrecer de tras para a
frente, naturalmente, pelo excesso de hor-
ménio, fertiizantes e falta de luminosidade
(ol), pois na Alemanha ocorrem cerca de seis
meses de inverno.
Respondi-Ihe, em setembro do mesmo
ano, dizendo que fizesse tudo para salvé-la
que nao se preocupasse com o paga-
mento.
Eles também, com medo de perdé-
la, enviaram-na para 0 orquidério
Vacherot&Lecoufle, em Paris, que era 0
“papa” da meristemagem no mundo.
O orquidario Vacherot escreveu ao
Palmengarten dizendo que, em face das
precarias condigées em que a planta ld
chegou, nao foi possivel salvé-la
Portanto, fizemos o possivel para evitar
0 seu desaparecimento. A nés, agora, s6
resta como recordagdo a foto dela, que os
drs. Dungs e Pabst publicaram na revista
“Die Orchidee” (pg. 233, dezembro de
1973) 0 artigo que.escreyeram a respeito
dela, cujo teor é o seguinte: "Estes acha-
dos so to raros que podemos dizer com
toda calma, uma vez num século. Porém
© que adianta o descobrimento ou achado
se nao existir um espirito interessado e
atencioso para reconhecer a verdadeira
importéncia’.
Depois saiu publicada a pagina 197 do
livro “Orchidaceae Brasilienses”, editado na
Alemanha, no ano de 1975.
Posteriormente, saiu publicada no livro
“Native Orchids of Brasil", editado no Japao,
no ano de 1977, s6 que com o nome C.
schofieldiana labeloide, em face de uma
informagao dada erroneamente ao co-orga-
nizador do livro.
Finalmente, ela foi publicada também a
pagina 124 da revista “Orchid Digest", nos
Estados Unidos, em 1989.
Com as publicagdes acima, ela ficou
conhecida como a unica no mundo todo, e
etemizada.ee
24 amigo Ae ae
PASTOR ALENAO a
[ie eatoaet
demais!
Pte
Sir
Bote ta
Conheea as caracte
das principals
Com Bichos em Casa - Pastor
Alemao e Gatos, vocé fica por
dentro de todas as
caracteristicas do seu animal
CSc OC Ce
mais facil cuidar do
FTV od ColnePadre José Gonzales Raposo
e a natureza
POR ROSELY RIBEIRO
Padre José Gonzales Raposo, destacado
orquidéfilo e orquidélogo, faleceu aos 94
anos, em Batatais, Estado de Sao Paulo,
no dia 11 de novembro de 1999. Foi sepultado em
Rio Claro - SP, onde passou a maior parte de sua
vida missionéria.
Nascido em Cafizo, provincia de Zamora, na
Espanha, em 19 de marco de 1905, o Pe. Gonzales
tinha: 68. anos de ordenagao sacerdolal-e 76 anos
de profissdo religiosa. Entrou para o seminario da
Congregagio dos Claretianos, em Segovia, em
1918, aos 13 anos de idade.
Chegou ao Brasil em outubro de 1931, notabi-
lizando-se como professor da Sagrada Escritura
- tendo publicado diversas obras -, além do ensino
das linguas latina e grega. Durante muitos anos
exerceu a tarefa de formador, sobretudo a de Mes-
tre de Novigos.
Autodidata, Pe. Gonzales destacou-se no estudo
das orquideas e tornou-se um renomado especialista
no assunto, ganhando notoriedade internacional.
Publicou trés livros (veja quadro) e muitos artigos em
revistas especializadas. Recebeu muitos prémios
condecoragées de associagoes de orquidéfilos. Ele
dizia que “evangelizava através das flores’.
‘Sempre sorridente, acolhia a todos com uma pa-
lavra amiga e encorajadora e, na vida comunitaria,
sempre se destacou pela delicadeza no trato, pelo
respeito ao outro, pelo espirito fraterno e acolhedor,
sendo um exemplo de vida espiritual perfeita.
‘Além das obras escritas, 0 Padre deixou se-
guidores que puderam aprender consigo o amor e
a ciéncia das orquideas, tendo dado uma colabo-
ragao inestimavel aos homens e 4 natureza.
Um exemplo de
amor aos homens
A Obra de Padre Gonzales
0 Pe. Gonzales teve uma série de obras reli-
giosas publicadas. Mas também foi autor de trés
importantes livros sobre orquideas. As suas obras
unem a erudicao do especialista a sensibilidade
@ ao amor pela natureza, tornando-se acessiveis
tanto para especialistas quanto ao publico em geral.
‘Sua primeira obra ja apresentava a preocupagao
em levar informagao ao maior numero possivel de
orquidsfilos. A segunda, publicada em 1993, visava
aesclarecer a nomenciatura das orquideas. O lan-
gamento mais recente, de 1999, ¢ um dicionario
etimoldgico a servico dos orquidéfilos. Nele, o Pe.
Gonzales explica a etimologia, orienta a pronuincia
e aponta a grafia correta de cada nome cientifico.
Seu conhecimento e seu talento com as linguas
grega e latina puderam ser Uteis a seus alunos mas
foram fundamentais no estudo e na compreensao
das orquideas pelos orquidéfilos brasileiros, com
{rs trabalhos de real valor.
43Padre José Gonzales Raposo
A Etimologia a Servigo dos Orquid6filos
Vol. | - Sao Paulo, Ed, Ave Maria, 168 paginas
Questdes Praticas de Nomenclatura de Orquideas
S80 Paulo, Ed. Ave Maria, 1993, 79 paginas
Dicionario Etimolégico das Orquideas do Brasil -
a etimologia a servico dos orquidéfilos - 1998
So Paulo, Ed, Ave Maria, 1999, 256 paginas
Informagées:
Editora Ave Maria
Rua Martim Francisco, 414
0126-000 - Sao Paulo - SP
Tel. (Oxxt1) 826-6111
44Preservacgao
EQUIPE TRABALHA NA RECUPERACGAO
DE 15 MIL ORQUIDEAS EM AMPARO
Orquidério “Dr. Paulino
Recch", de Amparo,
parte integrante do
Parque Ecolégico de Amparo,
foi inaugurado em 1974, apds a
‘aquisigao pela prefeitura de cerca
de 15 mil vasos de orquideas da
colegao do médico e pesquisa-
dor falecido, Paulino Recch. As
plantas do orquidério acabaram
por ser atacadas por pragas e
doengas, deixando a colegao em
uma situagao critica.
Uma equipe, formada por
membros da Associacao Brasilei-
ra de Orquidélogos - ABO, junta-
mente com a coordenadora do
Parque, Adriana Poltronieri, os
funcionarios do Orquidario e a
Engenheira Agronoma Patricia
feito Carlos Piffer durante aula de polinizago manual
POR ROSELY RIBEIRO
ESFORGO DE RECUPERACAO MOSTRA COMO E
IMPORTANTE A PRESERVACAO DE ORQUIDEAS
NAO SO EM HABITATS
Cintra Camargo, vem desenvol-
vendo um profundo trabalho de
recuperagao das plantas doentes.
‘ABO comegou a realizar
reunides mensais no Orquidario
a partir de outubro de 1997,
quando comegou a recuperacao
das orquideas que apresenta-
vam aspecto fito-sanitario ruim,
Além do trabalho desenvolvido
regular-mente, a equipe pretende
fortalecer essa atividade por meio
da visita de especialistas vindos
‘de Sao Paulo, além de desenvol-
ver a recuperacdo das plantas
baseada em rigorosas andlises
de laboratério, As andlises so
feitas a partir de amostras envia-
das para os laboratérios, ja que
aintengdo nao é simplesmente a
utilizagdo de defensivos de forma
massifi-cada, mas 0 ataque as
doengas de forma direta. Uma
técnica utilizada, além do envio
das plantas atingidas, é a coleta
de amostras de insetos, os quais
também sao analisados.
A intengao do trabalho vai
ai Mando de Canoes
além da recuperagao da colegio.
O objetivo - de longo prazo - ¢
multiplicar e plantar um grande
numero de orquideas nativas -
polinizadas e floridas - em érvores
do Parque Ecoldgico e das pracas
da cidade.
Para alavancar esse propésito,
a equipe responsdvel pelo trab-
alho realizou, ha seis meses, uma
reuniio em praca publica, com a
presenga do prefeito de Amparo,
Carlos Piffer. Na ocasiao foram.
ensinadas técnicas de poliniza-
a0 manual de orquideas, que
posteriormente foram replantadas
em arvores. Desde entao 0 gov-
erno municipal aderiu mais efeti-
vamente ao projeto, apoiando-o e
objetivando transfor-mar Amparo
na ‘cidade das orquideas".
O Parque Ecolégico, com
26 mil metros quadrados, tem
um conjunto de atividades liga-
das & preservagao, & educagao
ambien-tal e a reciclagem, além
de contar com um observatério
astroné-mico. A equipe deseja
Equipe da ABO no orquidario de Amparo
45ainda utilizar kits de reprodugao
doados pela ABO para formar
laboratérios caseiros de micro-
EXPOSIGAO HOMENAGEIA O MEDICO E ORQUIDOFILO
QUE DEU ORIGEM AO ORQUIDARIO RIO DE AMPARO
46
propagagdo, com o propésito de
dar atendi-mento a criangas de
muitos colégios que freqiientam o
Parque e que podem se encantar
com a forga das orquideas, que
mesmo doentes, continuam a
florir.
De acordo com Darly Machado
de Campos, presidente da ABO,
“Amparo tem potencial para a
formagdo de um centro de divul-
gacao de cultura de orquideas.
Para isso, tem-se trabalhado na
infra-estrutura de modo que se
crie uma escola de cultura de
orquideas”. Além disso, a ABO
esta formando um banco de ger-
moplasma de orquideas nativas
no préprio Parque. “A intengdo
€ criar um laboratério de fitopa-
tologia de orquideas ¢ também
classificar todas as plantas do
Orquidario’, declara o sr. Darly.
‘Comunidade participa na preservagso
ide orquideas:
médico Paulino Mozer
Recch, nascido em
Amparo, em 1886, foi
homenageado com a | Exposi¢o
“Dr. Paulino Mozer Recch’, real-
izada no Parque Ecolégico Mu-
nicipal de Amparo, no tiltimo més
de novembro. Paulino Recch,
falecido em 1970, teve em sua
vida uma série de atividades
além do exercicio da medicina.
Em 1918 foi pioneiro no plan-
tio de eucaliptos no Brasil, junto
com 0 botanico Navarro de An-
drade. Dedicou-se também ao
estudo de borboletas, besouros
€ outros insetos. Em 1927, deu
inicio a pesquisa sobre o plantio
de uvas e, dois anos depois,
comegou a.desenvolver a Arte
Recth (Uso de cores dé cipd
para decoracao artesanal de va-
‘0s, méveis e outros utensilios).
Foi a partir de 1912 que Pau-
lino Rech, junto com sua irma
Rosa, comegou sua colecao de
orquideas. No ano seguinte a
colego ja contava com varieda-
des em hibridagao, representan-
do um significativo aumento no
numero de suas plantas.
Neste mesmo ano Recch in-
stalou sua primeira estu-fa e
deu inicio a contatos por cor-
respondéncia com orquidéfilos
da Inglaterra - em especial com
o cientista Frederico C, Hoehne,
espe-cialista em botanica e
‘orquidofilia e autor de diversas
obras no género. Foi Paulino
Recch o primeiro brasileiro a
multiplicar orquideas por semen-
tes, além de criar nume-rosos
hibridos.
Sua colegao era de tao
grande quantidade, qualidade e
variedade, que gerava a curiosi-
dade de muitos orquidéfilos.
Um exemplo disso foi uma ex-
cursao realizada por membros
da Sociedade Bandeirante de
Orquideas - SBO, em 1949, para
conhecer seu orquidério, dirigido
nessa época pelo proprio Recch
€ por sua irma, Dona Amalia.
De acordo com um dos visi-
tantes, 0 prof. Jodo S. Decker,
sécio-honorario da SBO, “os
visitantes esperavam muito; mas
© que viam, era muito, muito
mais. Milhares e milhares de
orquideas ocupa-vam as me-
sas abaixo de vastos ripados;
milhares de outras achavam-se
suspensas em ganchos...e to-
das eram sadias e vicosas. Nao
se viam plantas adoentadas ou
em mau estado cultural; todas.
apresentavam o caracteristico
crescimento ereto, peculiar as
orquideas das estufas europé-
ias ou america-nas" (Revista
Brasileira de Orquideas - Ano
1- No. 6 - maio-julho de 1949).
Aeexposigao foi apoiada pela
Prefeitura de Amparo, Fundo
Social de Solidariedade e Casa
de Cultura, além de outros
colaboradores e contou com
fotografias, artefatos feitos com
Arte Recch, objetos de uso do
médico e reprodugao de reporta-
gens sobre a vida e obra do
orquidéfilo.
Cerca de 300 pessoas visi-
taram 0 local e, de acordo com
a coordenadora da exposiga0,
Patricia Cintra Camargo, “é
muito importante verificar que
algumas pessoas, que nem
mesmo conheciam a obra do
Dr. Paulino, puderam aprender
muito sobre a historia da propria
cidade”.Exposicao de Americana
reline expositores de 38
cidades
POR ROSELY RIBEIRO
FOTOS: WALDYR F. ENDSFELDZ
29A. EDICAO DA EXPOSICAO DO CIRCULO
AMERICANENSE E VISITADA POR 50 MIL PESSOAS
Circulo Americanense de
Orquidéfilos promoveu
no ultimo més de outubro a
29°. edigdo da “Exposigao Naci
nal de Orquideas de Americana’.
Foram trés dias de exposigao e 0
evento pode ser considerado um
sucesso. Calcula-se que cerca
de 50 mil pessoas apreciaram as
belas plantas expostas,
‘A exemplo de muitas outras
entidades orquiddfilas, 0 Cir-
culo realiza suas exposiges em
shopping centers. Esta ocorreu
no Tivoli Shopping. A opgao por
este tipo de local vem se tornando
uma tendéncia, ja que os shop-
ping oferecem atributos como
diver-sidade de publico, estacio-
namento facil, seguranga, grande
circulagao de pessoas e também
um grande numero de jovens que
0 freqiientam, possibilitando
despertar o interesse desse pi-
Exposicoes —
blico para a orquidofilia. Partici-
param da exposigao 38 cidades
de varios estados do pais, como
‘So Paulo, Rio de Janeiro, Minas
Gerais, Goids, entre outros.
‘Além de admirar as 1.800
orquideas expostas, 0 publico
pode também comprar plantas
€ acess6rios necessarios para 0
cultivo, na area de vendas, que
contava com as principais em-
presas de comércio de orquideas
do pais.
Exposigao de Americana -
‘SP: cerca de 1.800 plantas
By expostas
Com 29 anos de ex-
isténcia, 0 Circulo Amer-
icanense de Or-quidé-
filos conta atual-mente
com 58 asso-ciados. O
presidente e fundador
da sociedade, sr. Luiz
Nadir Juliato, acaba de
ser reeleito para mais um biénio
~ 2000/2001. As principais metas
da nova gestao sao a construgao
de uma sede social e a divulgacao
da orquidofilia junto as escolas.
No ano de 1999 a sociedade
parlicipou de 32 exposicdes em
todo o pais. Para tanto e para
realizar a exposigao da cidade,
0 Circulo recebe 0 apoio do
Orquidério Quinta do Lago, de
Petrépolis - RJ
Plantas premiadas durante a exposies0
Juizes do Circulo Americanense e da CAOB pre-
miaram as melhores plantas nas categorias:
1. Melhor Planta Exética - Arpophyllum giganteum
2. Melhor Espécie Estrangeira -C. mossiae semi-alba
3. Melhor Hibrido - Ble, Malworth
4, Melhor Microrquidea - Octomeria sp
5. Melhor Espécie Botdnica - Oncidium esphacelatum
6. Melhor Espécie Nacional - C. violaceaExposicoes
48
Joinville reine t
beleza em sua 6
das Flores
POR ROSELY RIBEIRO
EXPOSIGAO DA
DESTAQUE AS
ORQUIDEAS
E CONTA COM
VARIOS EVENTOS
PARALELOS
s imigrantes europeus
que fundaram Joinville,
em margo de 1851,
trouxeram jna bagagem muitas
tradig6es, entre elas o amor pelas
flores. O solo e 0 clima propicios
da regiao fizeram com que cada
morador cultivasse seu jardim,
‘com muitas flores, numa pratica
que se mantém até hoje
As orquideas sempre tiveram
um lugar especial nesses jardins
e, em 1936, um grupo de orquidé-
filos decidiu expor suas orquideas
para os amigos. Foi entao criada
a Exposigo de Flores e Artes -
EFA, que promoveu a 1*. Festa
das Flores. Mais tarde denomi-
nada Agremiago Joinvi-lense de
‘Amadores de Orquideas - AJAO,
aentidade continuou realizando a
festa, com 0 apoio da Prefeitura
de Joinville.
Em todos esses anos a festa
foi interrompida apenas nos anos
de 1941 e 1942, em conseqiiéncia
da 2*. Guerra Mundial. O sucesso
transformou-a em uma das mais
importantes festas do calendario
._turistico do sul do pais.
Festa das Flores: importante evento do calendério turistico do sul do Brasil
Realizada no ultimo més de
novembro, nos pavilhdes da Ex-
poville, a "Festa das Flores” com-
pletou a 61°. edieao) Um inienso
Jardim, com miltiplas espécies
de flores e plantas ornamentais,
formou o ambiente para ressal-
tar as mais belas orquideas. O
Jardim segue a rigor um projeto
paisagistico. Para esta edicao, o
tema foi “Joinville, @ Purpurata do
século XX" - em homenagem a
Laelia purpurata, flor simbolo de
Santa Catarina, encontrada com
freqiiéncia nas matas proximas
ao litoral.
O projeto permitiu aos visitantes
uma viagem no tempo, mostrando
a festa em duas faces: a do passa-
do, resgatando a historia da cidade
e doevento, ¢a do presente, tendo
como objetivo principal a preserva-
do do meio ambiente para uma
melhor qualidade de vida
‘Além da exposi¢ao, a Festa
reuniu uma série de eventos para-
lelos, como Exposigaio de Selos e
Moedas Antigas, Concurso Bon-
ecas Vivas, Exposi¢ao de Fotogra-
fias sobre 0 tema flores, Espago
Cultural, Programa para Criangas
e Idosos, Feira Prolar, Mercado de
Flores, entre outros,
Quem n&o péde iraté a Expo
ville, também teve a oportunidade
de participar da Festa, gragas
mostra didatca e & exposicao de
orquideas itinerante. A*Festa das
Flores vai as Fabricas” foi acom-
panhada por uma banda tipica
e pela Rainha da Festa, propor-
cionando aos operarios alegres
momentos de descontragao. Da
mesma forma foi a “Festa das
Flores vai ao Shopping’, com a
participagao das Bonecas Vivas.
Em sua 61°. edigao, a Festa
das Flores reuniu um piiblico de
mais de 100 mil pessoas, que
puderam contemplar a beleza das
flores de Joinville € perpetuar a
tradigao da “Cidade das Flores" .
A realizagao da Festa é uma
parceria entre a Companhia de
Promogao Turistica de Joinville
- Promotur, Prefeitura Municipal
e Agremiagao Joinvilense de
Amadores de Orquideas - AJAO,
além da ativa participagao da co-
munidade,_ Exposigoes
Show de Laelia purpurata
em S40 Paulo
POR ROSELY RIBEIRO
FOTOS: JOSE ROBERTO HEISE
Sociedade Bandeiran-
A te de Orquideas-SBO,
uma das mais tra-
icionais entidades orquidéfilas
do pais, promoveu na noite do
dia 07 de dezembro tiltimo, um
verdadeiro show para os ol-
hos. Dezenasdemaravilhosas TEs purpuraia
Laelias purpuratas puderam ——_flamea"Do Lazaro”
ser apreciadas pelo publico no Alexandre Schimpf -
“To. Show de Laelia purpurata’. _grande campea
Aproveitando a época de flora- .
Gao dessa belissimaespécie,a Clube Austriaco &
$BO, hd 7 anos, decidiu fazer Pagar uma taxa de
um evento especial destacando) 915 \reals, queda di+
as diversas varie-dades de ello ao jantar ¢ as
purpurata. bebidas.
Associados e convidados | Fundada em
participam da festa levando 1946, a SBO conta
suas plantas para serom ex- hoje com 180 a850- 1 aot purpurata venosa
postas e julgadas por juizes da Clados que se reU- séraio Gutfreund
SBO edeoutras Associagdes, "em todas as ter-
os quais escolhem a melhor @S-feiras no saléo
planta da exposigao e pre- 4a Igreja Anglicana,
miam tam-bém as melhores NO bairro de Santo
dentro de cada variedade. Ama-ro. Na segunda
Nesta edigao da exposicao terga-feira do més
foram inscritas 89 plantas. ha uma reuniao es-
Nao se trata de uma ex- Pecial, com jantar e
posig&o tradicional. O evento é _Palestras dos dire-
um verdadeiro encontro de con. tores-técnicos. A in-
frateizacao dos amantes das _Slituig&o @ presidida
orquideas. Além da exposicao atualmente pelo sr.
ha também um jantar e um Antonio Jayme R. oy purpurata tipo estrela mercedes ester n° 1
animado sorteio de plantas e Machado. Jorge lwashita
brindes. Cerca de cem pessoas Todo més de
parliciparam do evento, queéo Margo a entidade edigdo deste evento ja estd
Unico nesses moldes realizado Promove também o “Show marcada - 11 de margo, um
no Brasil. de Cattleya labiata’, que ¢ 0 sébado -, mantendo-se aidé-
Para participar basta com- _simbolo da Sociedade. Para ia de confraternizacao, com a
pa-recer no dia do evento ao 0 €N0 2000 a data para a 6° realizagao de um almogo.mene
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aTeiecenienyConsultas
Gostaria de parabenizé-lo pelo
excelente trabalho editorial que é O
MUNDO DAS ORQUIDEAS. As fo-
tos sdo de primeirissima qualidade e
{do esclarecedoras que ja consegui
identificar muitas de minhas plantas.
Gostaria de saber 0 que fazer com
as lesmas no quintal de minha casa
= no muito grande e tem um periodo
de meio dia de sol. Elas atacam
minhas plantas. Algumas maiores
atravessam uma area ripada onde
estéo pendurados alguns Dendro-
biuns @ as menores circulam pelos
muros, paredes e janelas. Tenho re-
ceio que transmitam alguma doenga
a minha familia.
Augusto Rogério Pasqueto
‘S40 Bernardo do Campo - SP
‘Apareceu ha pouco tempo um
excelente lesmicida importado, com
© qual obtive muito bom resultado.
Coloqueomesmo, queé granulado,
‘emum tipo de saleiro, com bastante
furos e espalhe pequena quanti-
dade por toda a area atacada pelas
lesmas. Cuidado com o produto. E
t6xico mas muito bom. Podera ser
adquirido com o senhor Wu Ke Chia
(Adubos Welli - Sd Paulo - SP),
cujo enderego consta na secao
de Comerciantes e Vendedores de
Orquideas no Brasil, desta Revista
tee
E com grande prazer que Ihes
envio esta carta. Sou estudante de
Agronomia na Universidade Es-
tadual de Santa Cruz, tenho minhas
plantas ha cinco anos e as minhas
Cattleya intermedia, forbesii, tigrina
Laelia purpurata apresentam uma
irregularidade na época da floracao:
0s botdes, ainda quando pequenos,
ja comecam a abrir-se, inclusive,
muitas vezes, até dentro da espata
‘Aflor fica pequena, pois nao chega
a crescer e muitas se apresentam
sem labelo ou sem uma sépala.
Wcostaria de saber o porqué desta
54
anomalia. Em breve the enviarei
fotos de habitats de minha regio
para publicacao na revista.
Jackson Ferreira Souza
Canavieiras - BA
© que esta acontecendo com
suas plantas é resultante da pouca
umidade e excesso de calor no local
onde elas estéo. Procure ventilar
bemas plantas e manter o ambiente
mais Umido. As plantas, quando vo
florit, devem ter menos luminosi-
dade e bastante umidade para que
seus botées crescam normalmente.
Procure ter plantas da sua regiao
para ter sucesso na cultura. Plantas
com falta de labelo ou peas florais
muitas vezes tém defeitos genéticos
(verifique se acontece na mesma
planta - se positivo, descarte-a).
‘Aguardo suas fotografias.
oe
‘Admiro os artigos da revista
e venho expor o seguinte: tenho
dificuldades em classificar uma
Miltonia ou um Oncidium, como
também uma Vanda, Costumo olhar
as flores em revistas e até examino
as plantas e flores com uma lupa.
E mesmo assim é dificil. Cultivo-as
ha doze anos. Sugiro que pub-
liquem uma descrigao simples para
neéfitos, apontando as diferengas
basicas entre elas ou caracteristicas
peculiares de cada uma. Cultivo
minhas plantas em Sao Borja, clima
muito quente. Nesta primavera abriu
pela primeira vez uma Kattleya Wer-
rier identiicada por meio da revista
e consulta a um colecionador. Foi
uma luta para encontrar o lugar
ideal para ela, mas finalmente floriu,
‘Sao os seus artigos e as revistas a
minha biblia na qual me guio para
bem cultivé-las.
Eunice Andrade Guimaraes
Séo Borja - RS
Agradego os elogios a revista,
Quanto a sua dificuldade em clas-
sificar as plantas meu conselho
que néo tente classificé-las, ainda
mais plantas de géneros com muita
afinidade. Com 57 anos de orquido-
fia eu consigo classificar um bom
numero delas , mas muitas de nos-
sas espécies nao consigo classificar.
As plantas s4o classificadas pelas
partes anatémicas da flor e muitas
vezes somente por diferenga no
numero de polinea ou na verificagao
das diferencas entre curvatura de
coluna ou diferengas nos Iébulos
dos labelos isso é possivel. Portan-
to, por meio de fotografias torna-se
praticamiente impossivel classificar
com exatidao uma planta. Uma
dica importante: cuidado sempre
com a nomenclatura das plantas,
0s nomes sao dificeis, mas nao
impossiveis de serem escritos ¢
memorizados.
Sete
© que me levou a escrever foi
a preocupagao de onde plantar as
minhas orquideas. Cultivo-as hé
seis anos e sempre as plantei em
vasos de barro, mas comecei a
planté-fas em vasos de xaxim como
experiéncia. Percebi que muitas
Caltleyas e Laclias melhoraram e
desenvolveram-se muito melhor. Na
cidade onde moro, Linhares - ES,
cidade litoranea, ao nivel do mar, a
evaporagao é muito alta, com muita
perda de agua. Gostaria de saber
sua opinido a respeito da questo.
Sou estudante de Agronomia do
Centro Agrope-cuario da Univer-
sidade Federal do Espirito Santo.
Johnnes Neitzel Lemke
Alegre - ES
‘Acho ideal o cultivo em vasos de
barro pela facilidade na época da
troca dos substratos. Tenho certeza
que inutilizaré a maior parte das
ralzes quando do replante de uma
planta. No mais, acho muito bomConsultas
também 0 cultivo no vaso de xaxim.
Vocé 6 quem deve escolher.
+e
Venho por meio desta pedir al-
gumas informagSes a respeito das
orquideas, pois estou iniciando o
seu cultivo. Favor res-ponder as
seguintes perguntas:
1. Onde se encontra a capsula
de sementes?
2. Onde o fungo micorriza est
localizado?
3. Como poderei fazer mudas
para outros vasos?
4. O que devo usar no vaso:
terra ou xaxim?
5. Como conseguir uma cépsula
e fazer semeadura?
6. As orquideas gostam de Agua
s6 de 15 em 15 dias?
7. Qual o livro ou revista que
possa dar informag6es detalhadas?
8. O'st. vende esses livros ou,
revistas? Quanto custam?
Gostaria de ter estas respostas
para que possa entrar no mundo
das orquideas.
Waldyr Rodrigues
Santos - SP
Vamos as suas respostas, muito
‘embora muitas delas ja foram dadas
em nossas edigées anteriores:
1. Depois de fecundada, o ovario
da flor comega a intumescer-se
@ a formar uma capsula. Ela esta
localizada no pedunculo, na parte
traseira da flor.
2. Nanatureza o micorizza esta
nos troncos das arvores, no material
decomposto ou ainda nas raizes da
planta que hospeda a cépsula de
‘sementes.
3. Por divisdo de plantas
cada trés ou quatro pseudobulbos,
cortando o rizoma e fazendo 0
transplante da muda.
4. Para plantas epifitas, sempre
xaxim, nunca terra.
5. Aprenda a bem cultivar as
plantas para depois tentar semed-
las, Semeadura é muito dificil e
demora anos para se ver resultado.
6. O ideal nas regas é molhar
intensamente a planta e deixar se-
car o substrato para depois regar
novamente.
7. Eu recomendo a nossa revista.
‘Adquira os niimeros atrasados.
8. Nao vendo livros nem revis-
tas. Se tiver interesse em adquirir
os nimeros atrasados entre em
contato direto com a Editora (vide
pagina 63).
—
Gostaria de parabenizé-lo pelo
magnifico trabalho que vem reali-
zando com a magnifica revista na
qual podemos encontrar preciosas
informagoes praticas sobre o cul-
tivo de orquideas. Recentemente
adquiri uma planta de um viveirista
da minha cidade, que disse ser
uma espécie conhecida como “José
Ribeiro da Ilha”. E uma planta com
pseudobulbos de 6 centimetros de
altura, com estrias bem marcadas e
raizes finas. Folhas largas, lanceo-
ladas, finas e de cor verde-claro,
com nervuras salientes. Nao con-
hego as flores pois ainda néo flor.
viveirista disse aparecerem ca-
chos com flores marrons. Gostaria
de saber que planta é esta.
Edson R. G. Leite
‘Araraquara - SP
Agradego os elogios a nossa
revista, Nao conhego nenhuma
planta espécie ou hibrido com
esse nome. Impossivel, assim por
sua descrigao, saber que planta 6,
pois ndo se sabe nem o nome do
género.
+e
\Venho por meio desta solicitar
quais as caracteristicas da Cattle-
ya walkeriana var. alba “Perfect
Charm’, pois estou com muito
receio de comprar gato por lebre
Henrique T. de Oliveira
apetininga - SP
Tem toda razio de duvidar dessa
planta. Na minha opiniao, ela é um
hibrido talvez de uma C. dolosa x C
walkeriana. Como deve saber, a C
dolosa 6 um hibrido primério entre
aC. walkeriana e a C. loddigesi
Repare nessa planta que ela nao
tem nenhuma caracteristica de
C. walkeriana, com pseudobulbos
curtos @ atarracados, mas porte
mais alto e mais esguio, parecendo
mesmo ter descendéncia da C.
loddigesii.
ee
INTERCAMBIO DE PLANTAS
Duas leitoras mineiras desejam
trocar divis6es de plantas e as-
Suntos ligados 8 -ecologia. Seus
enderegos:
Maria das Gragas Gomes Quinto
Praga Antonio Augusto Pessoa,
29 - CEP 35,953-000 - Conceigao
de Piracicaba - MG
Sander Martins Pessoa
Praga Antonio Augusto Pessoa,
13 - CEP 35.953-000 - Conceigao
de Piracicaba - MG
——___ eee
ron Ua mae ens
Devido ao enorme volume
de correspondéncias recebi-
das, pedimos aos nossos leito-
res um pouco de paciéncia no
aguardo das respostas. Todas
serdo respondidas.
As consultas deverao ser
enderecadas para:
Waldyr Fochi Endsfeldz
R. Ricardo Junco, 447
Jardim Panorama
1280-000 - Vinhedo - SP
Tel.: (OXX19) 876-6815, a partir
de 26/03/2000:
(OXx19) 3876-6815Consuttas
Gostaria de sugerir paraa revista
uma Seco de Trocas como existe
ade Consultas. Lendo as consultas
da edigdo n. 7, gostaria de obter 0
enderego do sr. Ivo Dziedicz - Rio
Branco - AC, pois pretendo visitar
essa cidade e seria uma forma de
conhecer um novo orquidéfilo.
Hicham El Awar
Av. Paulista, 2006
Correspond
Carta recebida do Nicleo de
Orquidéfilos de Guaxupé - MG
Gostariamos de agradecer pela
excelente reportagem, publicada na
revista no. 7, sobre a nossa 47a.
Exposigao de Orquideas, ocorrida
em julho de 1999. A reportagem;
‘emtom descontraido e com étimas
fotos das orquideas premiadas,
teve muito boa repercussdo em
nossa cidade, onde todos ficaram
encan-tados por nossa festa ter
sido citada em uma revista tao con-
ceituada e de grande circulagao e
aceitacao como é O MUNDO DAS:
ORQUIDEAS.
‘Sdo pessoas como vocé e sua
equipe que levam téo a sério a
orquidofilia brasileira, que fazem
com que nés, pretensos orquidé-
filos, nao desanimemos da nossa
jorada e continuemos a luta de
divulgagdo destas maravilho-
sas “meninas” que so nossas
orquideas,
Nés do Nucleo de Orqui-defilos
de Guaxupé, agrade-cemos 0
carinho especial e esperamos
poder contar com a sua colabo-
fagao e, sobretudo, com sua in-
60. andar
sala 608 - CEP 0130-200
‘S40 Paulo - SP
prezado leitor poder veri-
ficar que a partir desta edigao ja
estamos publicando enderecos
de orquidéfilos que desejam
fazer intercdmbio de plantas ou
informagées. Estamos enviando
estimavel amizade.
‘Ao ensejo, apresentamos
nossa cordiais saudacées.
Carmélia de Mello Chueiri
Presidente do Nuicleo
—+-o-
Carta recebida do Orquidario
Rioclarense - Rio Claro - SP
Substancia e Textura
“Jé faz alguns anos que nos
deparamos com a mesma con-
fusdo: ‘Vooé jé viu a textura que
tem essa flor?’ diz 0 colecionador,
tocando a flor com os dedos para
realgar a ‘grossura’ das flores. E
realmente uma grande confusio,
mas vamos acabar com isso
agora mesmo.
Textura - é 0 brilho que a flor
emana, o cintilar das cores que
analisamos e nao encontramos
quando a flor é armada e/ou pren-
sada. A texlura some ou é amas-
sada quando a flor é ‘maquiada’
para as exposigdes. E 0 juiz, que
ndo presta atengdo a textura, é
um mau juiz.
Substancia - esta sim é a
© seu enderego completo para
o sr. Ivo Dziedicz para que ele
entre contato direto com o sen-
hor. Nao fomecemos o enderego
por nao termos autorizagao dos
Ieitores para publicagao de seus
enderecos.
‘grossura' da flor, palpavel, que
se sente na ponta dos dedos. E
a flor ‘dura’, que quase sempre
6 erroneamente chamada de
tetraploide.
‘Acho que desta vez acabamos
com a duvida.”
Cesar Wenzel
oo
E com satisfagéo que recebe-
mos carta da recém constituida
Associagao da Cattleya walkeriana
- ACW, de Belo Horizonte - MG,
informando que desde o dia 8
de novembro de 1999 estao em
atividade, propondo-se a desen-
volver trabalhos voltados ao forta-
lecimento da cultura, divulgagao
preservagdo da espécie,
Para associar-se ou maiores
informagées:
ASSOCIAGAO DA CATTLEYA
WALKERIANA
RUA DELGADO ALVARO.
LOUREIRO, 80- PALMARES
CEP 31160-650
BELO HORIZONTE - MG
ia OrquidéfilaNotas Orquiclcfilas’ iia
Calendario de Exposig6es
NAO FO! POSSIVEL PUBLICAR O CALEN-
DARIO DE EXPOSICOES, POIS ATE A DATA
DO FECHAMENTO DESTA EDICAO O CALEN-
DARIO DA CAOB PARA O ANO 2000, AINDA
NAO ESTAVA FECHADO.
Nossos cumprimentos ao amigo Prof. Dr. Gilberto B. Ker-
bauy pela recente nomeacdo para o cargo de vice-diretor
do Instituto de Biociéncia da Universidade de Sao Paulo
- USP. Parabéns.
ABO promove demonstragées de
semeadura de orquideas em colégio
estadual
‘Apés ter participado da 11*, Exposigao Florestal de
Guaxupé - MG, realizada entre os dias 16 e 19 de setembro,
fazendo demonstragoes sobre meio de cultura e semeadura
de orquideas, para um puiblico composto por criangas de 5°.
2 8°. série, a Associagao Brasileira de Orquiddlogos - ABO foi
convidada pelo Colégio Estadual “Dr. Benedito Leite Ribeiro”
a repetir as demonstracdes.
colégio deu inicio, por meio da professora Edna Nacca-
ratto, ao ensino do cultivo de orquideas para os alunos de 5*
4 8°. séries. Iniciou-se, também, a formagao de um banco
de germoplasma de orquideas brasileiras. Paralelamente,
realizou-se o replantio de orquideas nas arvores do pateo da
escola. Como apoio, a ABO enviaré ao colégio diversas plan-
tas nativas, além de jé ter doado a dois colégios de Guaxupé
kits de reprodugaio para semeadura in vitro.
‘Aprofessora Edna Naccaratto
utlizando o kit de semeadura doado
pela ABO
‘Alunos durante demonstracao de
semeadura de orquideas
LIVROS
ORQUIDEAS - Manual Pratico
de Reproducao
Darly Machado de Campos
Editora Expresso e Cultura
Em seu segundo livro, o dr.
Darly apresenta informagées
praticas sobre réproducao
de orquideas, abordando as
técnicas de reprodugao por
corte, por sementes e por
meristema. No capitulo em
que trata da reproducao por
sementes, coloca em de-
staque os métodos simbidticos
@ assimbidticos de semeadura.
‘A obra apresenta, ainda, dife-
rentes substratos e técnicas
para o plantio de orquideas.
O livro é totalmente ilustrado
com fotografias que permitem
a melhor compreensao dos
temas abordados.
Informagoes:
Darly Machado de Campos
R. Bardo de Paranapanema,
531 - Apto. 31
13026-010 - Bosque - Campi-
nas - SP
Fone: (0x19) 294-8995
57