0% acharam este documento útil (0 voto)
222 visualizações189 páginas

Hidráulica dos Solos para Engenheiros

O documento descreve o cronograma de um módulo sobre hidráulica dos solos de um curso de especialização em engenharia geotécnica. O módulo abordará tópicos como equação de Bernoulli, lei de Darcy, condutividade hidráulica dos solos, equação da continuidade de Laplace e redes de fluxo. As atividades incluem aulas expositivas, resolução de exercícios e uma avaliação no último dia.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
222 visualizações189 páginas

Hidráulica dos Solos para Engenheiros

O documento descreve o cronograma de um módulo sobre hidráulica dos solos de um curso de especialização em engenharia geotécnica. O módulo abordará tópicos como equação de Bernoulli, lei de Darcy, condutividade hidráulica dos solos, equação da continuidade de Laplace e redes de fluxo. As atividades incluem aulas expositivas, resolução de exercícios e uma avaliação no último dia.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 189

CURSO: ESPECIALIZAÇÃO EM

ENGENHARIA GEOTÉCNICA

TEMA DO MÓDULO: HIDRÁULICA DOS SOLOS


CRONOGRAMA DO MÓDULO
Dia Horário Atividades
Sexta- 26/02/2016 18:00 – 20:00 Equação de Bernoulli; Lei de Darcy; Condutividade
Feira Hidráulica; Determinação da Condutividade Hidráulica dos
Solos; Variação Direcional da Permeabilidade; Condutividade
Hidráulica em Solos Estratificados; Ensaios de Campo.
20:00 - 20:30 Intervalo
20:30 - 22:00 Resolução de exercícios
Sábado 27/02/2016 08:00 - 10:00 Equação da Continuidade de Laplace; Redes de Fluxo;
Cálculo da Percolação; Redes de Fluxo em Solos Isotrópico
e Anisotrópicos
10:00 - 10:30 Intervalo
10:30 - 12:00 Resolução de exercícios
14:00 - 15:30 Subpressão sob Estruturas Hidráulicas; Solução Matemática
do Problema de Percolação
15:30 - 16:00 Intervalo
16:00 - 18:00 Uso do Método do Elementos Finitos em Problema de Fluxo;
Rebaixamento Temporário de Aquíferos;
Domingo 28/02/2016 08:00 – 12:00 Avaliação
1. INTRODUÇÃO
 Hidráulica dos solos: aborda o escoamento da água nos solos e
implicações em obras de engenharia;

 A água pode ser considerada incompressível e sem resistência


ao cisalhamento. Exerce pressões nos poros do solo (podem
levar um maciço ao colapso);

 A água ocupa maior parte ou a totalidade dos vazios do solo. Se


desloca devido a diferenças de potenciais;

 Estudo de percolação: Cálculo de vazões (água que se infiltra


em escavações), análise de recalques, estudos de estabilidade,
dimensionamentos de sistemas de drenagem, etc.
1. INTRODUÇÃO
 Consequência do fluxo de água nos solos
1. INTRODUÇÃO
 Consequência do fluxo de água nos solos

BARRAGEM CAMARÁ – PB, 2004


1. INTRODUÇÃO
 Consequência do fluxo de água nos solos

Barragem Algodões - PI
1. INTRODUÇÃO
 Consequência do fluxo de água nos solos
1. INTRODUÇÃO
 Consequência do fluxo de água nos solos
1. INTRODUÇÃO
 Soluções de engenharia para problemas de fluxo de água nos solos
Exemplo 01: Fluxo em barragens
• Filtros drenantes,
• Cortinas impermeáveis
1. INTRODUÇÃO
 Soluções de engenharia para problemas de fluxo de água nos solos
Exemplo 02: Fluxo em estrutura de contenção
• Drenos
1. INTRODUÇÃO
 Soluções de engenharia para problemas de fluxo de água nos solos

Exemplo 03: Rebaixamento do lençol freático

• Ponteiras
Filtrantes
1. INTRODUÇÃO
 Soluções de engenharia para problemas de fluxo de água nos solos

Exemplo 04: Trincheira de Infiltração


1. INTRODUÇÃO

QUESTÕES:
Fluxo em barragens:
1) Vazões através do aterro e da fundação?
2) Dimensionamento do sistema de drenagem interno?
3) Seleção do material para o sistema de drenagem?
4) Gradientes e pressões no aterro e na fundação?

Rebaixamento do lençol freático:


1) Poços ou Ponteiras?
2) Número de poços ou ponteiras?
1. INTRODUÇÃO

QUESTÕES:
Estrutura de contenção:
1) Seleção do material para o sistema de drenagem?
2) Dimensões do sistema de drenagem?

Determinação da Permeabilidade dos solos:


1) Ensaios de Campo?
2) Ensaios de laboratório?
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
2.1 CICLO HIDROLÓGICO
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
2.2 COMPOSIÇÃO DA ÁGUA NOS SOLOS
Água adsorvida:envolta na partícula sólida por forças de adsorção;

Água capilar: acima do lençol de água devido à capilaridade.

Água livre: Abaixo do nível freático podendo percolar sob o efeito da gravidade.
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
2.3 FLUXO DE ÁGUA NOS SOLOS

 Solo é um material permeável  os vazios


são interconectados e independente da
compacidade a água percola por entre os
grãos

 O fluxo se dá em um trajeto sinuoso;

 Em Geotecnia se considera que o fluxo de


A para B se dá em linha reta e com
velocidade constante.
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
2.3.1 CONCEITO DE CARGA
Para o estudo do movimento de água é necessário conhecer seu ESTADO DE ENERGIA,
ou seja, seu POTENCIAL. O movimento de água pode ser estudado como a resultante de
uma diferença de potencial, tomado sempre em relação a um referencial.

Qualquer partícula de água em repouso ou em movimento possui uma determinada


quantidade de energia, a qual pode ser subdividida em 3 componentes:

 Energia de Elevação (ou potencial) – Ee = m.g.z  igual ao trabalho cedido para se


elevar uma partícula de água de uma determinada cota de referência para outra
cota.
 Energia de pressão – Ep = 𝑝. 𝑉  igual ao trabalho cedido para alterar a pressão
de um valor de referência (patm) para outro valor (p-pressão, V – volume).

𝑚𝑣 2
 Energia cinética – Ec = igual ao trabalho cedido para variar a velocidade da
2
partícula de um valor de referência (v=0) para outro valor .
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
2.3.1 CONCEITO DE CARGA
𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎
Define-se carga como: 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎(ℎ) =
𝑃𝑒𝑠𝑜

𝑚.𝑔.𝑧
𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑙𝑒𝑣𝑎çã𝑜 𝑜𝑢 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑎𝑙𝑡𝑖𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 𝑜𝑢 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜 → ℎ𝑒 = =z
𝑚.𝑔

𝑝.𝑉 𝑝 𝑢
𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑜𝑢 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑝𝑖𝑒𝑧𝑜𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 → ℎ𝑝 = = =
𝛾𝑤 .𝑉 𝛾𝑤 𝛾𝑤

𝑚𝑣 2 𝑣2
𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑐𝑖𝑛é𝑡𝑖𝑐𝑎 𝑜𝑢 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 → ℎ𝑐 = =
2𝑚. 𝑔 2𝑔

𝑢 𝑣2
ℎ = ℎ𝑒 + ℎ 𝑝 + ℎ𝑐 = 𝑧 + +
𝛾𝑤 2𝑔
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
2.3.2 TEOREMA DE BERNOULLI
Escoamento de líquidos (regime laminar ou turbulento) em dutos ou canais a céu
aberto;
“Ao longo de qualquer linha de escoamento, a energia total H é constante e igual a
𝑢 𝑣2
soma das energias de elevação (he=Z), piezométrica (hp=𝛾 ) e cinética (hc= 2𝑔) a
𝑤
correspondente perda de carga (∆H) por atrito nas paredes do duto”

𝑢 𝑣2
𝐻=𝑧+ + + ∆H
𝛾𝑤 2𝑔

Onde:
• zi= energia de posição ou potencial;
• pi= energia de pressão;
• w= densidade do fluido;
• νi=velocidade do fluido;
• g= aceleração da gravidade
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
2.3.2 TEOREMA DE BERNOULLI
Se aplica ao fluxo de água através do solo (energia ou carga total de um ponto no
fluido);

𝑢 𝑣2
𝐻=𝑧+ +
𝛾𝑤 2𝑔

• Conceito de carga: energia por unidade de massa* (ML/M=L);


• Em condutos fechados e canais abertos se considera a carga cinética;
• Carga total (H) = carga cinética + carga de pressão + carga de posição;
• Em solos: Velocidade de fluxo << velocidade crítica (fluxo laminar);
• Em solos a carga cinética é desprezível em relação à carga piezométrica (v=0,01m/s
 ν2/2g~0 e sendo h=p/𝛾𝑤 ):
𝑢
𝐻=𝑧+
𝛾𝑤
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES Teorema de Bernoulli (cont.)
 Para que ocorra movimento da água entre dois pontos A e B é necessário que
haja diferença de carga total entre dois pontos:
hpA > hpB
∆H zA > zB

hpA
H A  z A  hp A
hpB H B  z B  hp B

H  H A  H B
ZA ZB
P.R.

Sendo z a carga altimétrica e hp=u/w, a carga piezométrica (u = poro-pressão).

 Diagrama de cargas:

 Representação das variações de cargas com a profundidade;


 Qualquer nível pode ser tomado como referencial;
 hp, H e z podem ser negativos;
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES Teorema de Bernoulli (cont.)

Fig. Meio poroso em equilíbrio


2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES Teorema de Bernoulli (cont.)

Exemplo 01: copo d’água (v=0)


A
• Há movimentação de água?

hp vA = vB = 0
L
• Há variação de energia?
B
Z=he L
Ref. MESMA CARGA TOTAL

Ponto A:

zA = L e hp=0  HA = zA+ hp = L
HA=HB  Não há fluxo!
Ponto B:

zB = L e hp=L – L  HB = zB+ hp = L
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES Teorema de Bernoulli (cont.)

Exemplo 02:
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
2.3.4 CAPILARIDADE

 O movimento da água nos solos se dá essencialmente devido a força da


gravidade, porém está sujeita a diversas outras forças, quais sejam, força
moleculares e tesões superficiais que resultam em águas livre, capilar e
adsorvidas.

 Tensão superficial da água → comportamento


diferenciado na superfície de contato com o ar →
orientação das moléculas

 Tensão superficial da água a 20ºC → 0,073Nm/m²


2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
2.3.4 CAPILARIDADE

 Superfície de contato líquido-água → as forças químicas de adesão geram


uma curvatura na superfície livre da água que depende do tipo de material e
do grau de limpeza;

Superfície curva →ocorre uma diferença de pressão entre as superfícies


interna e externa da água que é equilibrada pela resultante da tensão
superficial
 Tubos capilares → quando um tubo é colocado em contato com a superfície da água
livre, forma-se uma superfície curva a partir do contato água-tubo;
 A água sobe pelo tubo até que seja estabelecido o equilíbrio de pressões interna e
externa à superfície;
 Altura de ascensão capilar → calculada do peso da água na coluna do tubo capilar e a
resultante da tensão superficial
Peso de água num tubo com
diâmetro D e altura capilar hc:
a
Fc x cosa
Fc x sena
Ts
 Considerando a tensão superficial
Ts atuando em toda a superficie de
contato água-tubo, a força resultante é
igual a:
Para o equilíbrio P=Fc.Cos a:

Qdo atinge o equilíbrio (max. Ascensão) a=1.


2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
2.3.4 CAPILARIDADE

Considerando: Ts= 0,073Nm/m² (20ºC):

• Para D=1mm → hc=3cm;

• Para D=0,1mm → hc=30cm;

• Para D=0,01mm→ hc=3m.

 Para fins prático:

0,306
hcmáx  (D em cm)
D
Sinfonamento
Ascensão capilar

N.A.

impermeável
Núcleo
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
2.3.5 REGIME DE ESCOAMENTO NOS SOLOS

• Reynolds (1883) verificou que o escoamento pode ser


de dois tipos: LAMINAR (sob certas condições) e
TURBULENTO.
• Escoamento LAMINAR - ocorre com uma trajetória
retilínea. Caso contrário, é dito TURBULENTO.
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Experiência de Reynolds (1883)

(a) (b)

Reynolds variou o diâmetro “D” e o comprimento “L” do conduto e a diferença de nível


“h” entre os reservatórios, medindo a velocidade de escoamento “v”. Os resultados
constam na Fig.(b), onde estão plotados, o gradiente hidráulico “i = h/l” versus a
velocidade de escoamento “v”. Verifica-se que há uma velocidade crítica “vc” abaixo da
qual o regime é laminar, havendo proporcionalidade entre o gradiente hidráulico e a
velocidade de fluxo. Para velocidades acima de “vc” a relação não é linear e o regime de
escoamento é turbulento
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Experiência de Reynolds (1883)
Ainda segundo Reynolds, o valor de “vc” é relacionado
teoricamente com as demais grandezas intervenientes através da
equação:

Re = Vc . D . γ / μ . g
onde:
• Re = número de Reynolds, adimensional e igual a 200;
• vc = velocidade crítica;
• D = diâmetro do conduto;
• γ = peso específico do fluído;
• μ = viscosidade do fluído;
• g = aceleração da gravidade.
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Experiência de Reynolds (1883)
• Substituindo na equação anterior os valores
correspondentes à água a 20°C, obtém-se o valor de “vc”
(em m/s) em função do diâmetro do conduto “D” (em
metros):
Vc = 28 x 10-4 / D

• Nos solos, o diâmetro dos poros pode ser tomado como


inferior a 5mm. Levando este valor à equação anterior,
obtém-se vc = 0,56m/s, que é uma velocidade muito
elevada.
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Experiência de Reynolds (1883)

• De fato, a percolação da água nos solos se dá a


velocidades muito inferiores à crítica, concluindo-se
daí que a percolação ocorre em regime laminar.

• Como conseqüência imediata haverá, segundo


estudos de Reynolds, proporcionalidade entre
velocidade de escoamento e gradiente hidráulico.
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Experiência de Reynolds (1883)

• Como conseqüência imediata, segundo estudos de


Reynolds, haverá proporcionalidade entre velocidade
de escoamento e gradiente hidráulico. Denominado o
coeficiente de proporcionalidade entre “v” e “i” de
permeabilidade ou condutibilidade hidráulica “k”,
vem:

• v = k . i (também conhecida como Lei de Darcy)


2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
2.3.6 LEI DE DARCY
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
2.3.6 LEI DE DARCY
 Experiência de Darcy (1850): utilizou permeâmetros para determinar a estudar as
propriedades do fluxo de água através de um filtro de areia;
Os níveis de água foram mantidos constantes;
 Variou o comprimento L e a pressão da água no topo e fundo do solo
 Mediu a taxa de fluxo que atravessou a amostra

Experiência de Darcy (Lambe e


Whitman, 1969)
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
2.3.6 LEI DE DARCY

 Darcy encontrou uma proporcionalidade entre Q e (H3-H4)/L:

(H3  H 4 )
Qk A
L

 Sendo Q a vazão e A a área da seção transversal.

O gradiente hidráulico é definido:

( H 3  H 4 ) h
i 
L L
Ou:

Q  kiA
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
2.3.6 LEI DE DARCY

A lei de Darcy estabelece que a velocidade aparente de percolação é


proporcional ao gradiente hidráulico:

  ki
“A velocidade de percolação v (definida pela razão Q/A) é diretamente
proporcional ao gradiente hidráulico. A constante de proporcionalidade é o
coeficiente de permeabilidade do solo ou a condutividade hidráulica”

A permeabilidade é a propriedade que o solo apresenta de permitir o


escoamento da água através dele, sendo o grau de permeabilidade
expresso pelo “coeficiente de permeabilidade”.
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
2.3.6 LEI DE DARCY

O conhecimento do valor da permeabilidade é muito


importante em algumas obras de engenharia,
principalmente, na estimativa da vazão que percolará
através do maciço e da fundação de barragens de terra, em
obras de drenagem, rebaixamento do nível d’água,
adensamento, etc.
 Velocidade de Darcy → Velocidade aparente de percolação

 Velocidade real de percolação → É a velocidade com que a água percola pelos vazios
do solo (Av<A)

Q  A.  Ap . p Q   . A  v.( Av  As )  Av . p
A  Av  As

v.( Av  AS ) v.( Av  AS ).L v.( Av .L  AS .L)


vp   vp   vp 
Av Av .L Av .L
  Vv  
1    
v.(Vv  VS )   Vs   1 e  v
vp   v p  v.  v p  v.   vp 
Vv   Vv    e  n
   
  Vs  
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
2.3.6 LEI DE DARCY

Validade da Lei de Darcy;

 Fluxo laminar: há uma relação linear entre o gradiente hidráulico e


velocidade de escoamento (as trajetórias das partículas não se “cruzam”);

 Válida para uma gama de solos (velocidade de percolação < velocidade


crítica), situando-se em praticamente todos os problemas de engenharia civil;

Exceção: alguns pedregulhos (K>10-1 cm/s).


2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
2.3.6 LEI DE DARCY
Exercício 01
Um canal e um rio correm paralelamente, tal como indicado na figura abaixo.
Considerando-se as indicações nele contidas e sabendo-se que o coeficiente
de permeabilidade da areia é 6,5 x 10-3cm/s, pede-se calcular a perda de
água do canal, por infiltração, em cm3/s/km.
Solução:

Q  A.k .i  V  A.k .i.t


t  1s
k  6,5  10 3 cm / s
h 532  512
i   2  10 1
L 100
A  1,50  1000  1500m 2  15  106 cm 2

V  (15  106 cm 2 )  (6,5 10 3 cm / s )  (2  10 1 )  (1s )


V  19,5  103 cm3 / s / km
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
2.3.7 COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE

Valores típicos de coeficiente de permeabilidade


Grau de permeabilidade k (cm/s) Tipo de solo
Alta >10-1 pedregulhos
Média 10-1 a 10-3 areias
Baixa 10-3 a 10-5 siltes e areias siltosa. e argilosas
Muito Baixa 10-5 a 10-7 argilas siltosas e arenosas
Baixíssima <10-7 argilas plásticas

 Valores representativos de ordens de grandeza


 O que determina o coeficiente de permeabilidade são os finos do solo

Segundo Casagrande:
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Fatores que afetam a permeabilidade

Segundo Taylor (1948):


 e 3
k  D2 w C
 1 e

D – Diâmetro de uma esfera equivalente ao tamanho dos grãos do solo


w=peso específico do líquido
= viscosidade do líquido
C – coeficiente de forma

 Equação mostra que k é função do quadrado do diâmetro das partículas;

 Permite estudar a influência que o estado do solo e do líquido exercem na


permeabilidade;
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Fatores que afetam a permeabilidade

 Fatores devido ao fluido


a) Peso específico (w) e viscosidade ()

A permeabilidade depende do peso específico e da viscosidade do líquido.


Ambas propriedades variam com a temperatura (principalmente a viscosidade)

b) Temperatura

A mudança na temperatura modifica a viscosidade do fluido. Os resultados


devem ser obtidos para uma temperatura de referência (20ºC) ou com correção
de temperatura. Quanto maior a temperatura, menor a viscosidade do
fluido e maior o k.
 kt= o valor de k para a temperatura do ensaio;
k 20  kT T  kT Cv 20= viscosidade da água a 20ºC;
 20 T= viscosidade da água na temperatura do ensaio;
Cv= Relação entre as viscosidades.
T
k 20  kT  kT Cv
 20
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Fatores que afetam a permeabilidade

 Fatores devido ao solo

a) Granulometria

A permeabilidade varia em função do diâmetro médio das partículas. Ex:

k  100 Defet
2

 Equação de Hazen (válida para areias uniformes com CU<5):

Sendo Defet = D10 (em cm)

 A influência do tamanho das partículas é maior em areias e siltes


onde os grãos são equidimensionais.
Equação de Hazen e dados relacionando o coeficiente
de permeabilidade e o diâmetro do grão de solos
granulares
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Fatores que afetam a permeabilidade

b) índice de vazios
De acordo com a fórmula de Taylor (1948), teremos para um mesmo
solo com diferentes índices de vazios:
3
e1
k1 (1  e1 )
 3
k2 e2
(1  e2 )

 a relação k x e3/(1+e) é linear para areias;


 Para argilas há uma relação linear entre e x log K (independente do material);
 k aumenta com para índices de vazios maiores.
Relações entre o índice de vazios e a permeabilidade
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Fatores que afetam a permeabilidade

c) Composição mineralógica

 É importante para o caso de argilas


(montmorilonita de potássio, caulinita, atapulgita,
etc);

Para um mesmo índice de vazios, a caulinita é


mais permeável que a montmorilonita

 Areias possuem grãos de quartzo e a influência


da mineralogia é pequena.
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Fatores que afetam a permeabilidade
d) Influência do grau de saturação

 k (solo não saturado) < k (solo saturado);

Ar nos vazios constituem um obstáculo ao fluxo de água.

Terzaghi Lecture
e) Estrutura (“fabric”) e anisotropia

 Combinação das forças de atração e repulsão entre as partículas resulta na estrutura do


solo;

 A estrutura tem grande influência em solos argilosos, sendo o fator de maior influência
em argilas compactadas;

 A permeabilidade depende quantidade de vazios e da disposição relativa dos grãos.ex:


2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Fatores que afetam a permeabilidade

 Solos residuais apresentam permeabilidade maiores em função da presença


de macroporos;

Solos compactados com o mesmo índice de vazios, mas com diferentes


umidade de compactação apresentam permeabilidades diferentes (Pinto, 2000):
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Fatores que afetam a permeabilidade
Anisotropia:

 Permeabilidades diferentes com as direções (ex: vertical e horizontal);

Geralmente kh ≠ Kv: Solos sedimentares e compactados – kh >kv (5 a 15 vezes maior);

Solos compactados: por serem formados em camadas de pequenas espessuras;

Solos sedimentares: devido ao processo de deposição, que deixa lentes de


materiais diferentes;

Solos residuais jovens de rochas sedimentares e metamórficas: Devido à


estratificação ou xistosidade da rocha que permanece no solo;
 2.3.8 PERMEABILIDADE PARALELA A ESTRATIFICAÇÃO
A carga aplicada é
A L B constante, ou seja, a
mesma em 1, 2 e 3.
𝐻 = 𝐻1 = 𝐻2 =𝐻3
Solo
1 A1
e1 k1

Solo k2

Solo 3
Solo 2
A2

Solo 1
Fluxo 2

L
e2

Solo
3 k3 A3
e3
8. Heterogeneidade

2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
2.3.8 PERMEABILIDADE PARALELA A ESTRATIFICAÇÃO

𝑄 = 𝑄1 + 𝑄2 +𝑄3 e 𝐻 = 𝐻1 = 𝐻2 =𝐻3
L 𝐻1 𝐻2
1 𝑄 = 𝑘1 × × (𝑒1 × 1)+𝑘2 × × 𝑒2 × 1 +
𝐿 𝐿
𝐻3 𝐻
Solo 1 𝑘1 𝑘3 × × 𝑒3 × 1 = 𝑘ℎ𝑒𝑞 × 𝐿 × 𝐴
𝐿
e1 H1
Qh Solo 2 𝑘2 𝑘ℎ𝑒𝑞 × 𝐴1 + 𝐴2 + 𝐴3 = 𝑘1 × 𝑒1 + 𝑘2 × 𝑒2 +
e e2
H2 𝑘3 × 𝑒3
Solo 3 𝑘3
e3 𝑘ℎ𝑒𝑞 × 𝑒1 + 𝑒2 + 𝑒3 = 𝑘1 × 𝑒1 + 𝑘2 × 𝑒2 +
H3
𝑘3 × 𝑒3

De modo geral
𝑘ℎ𝑒𝑞 × 𝑒1 + 𝑒2 + 𝑒3 + ⋯ + 𝑒𝑛 = 𝑘1 × 𝑒1 + 𝑘2 × 𝑒2 + 𝑘3 × 𝑒3 + ⋯ + 𝑘𝑛 × 𝑒3

𝑘ℎ𝑒𝑞 × 𝑒𝑛 = 𝑘𝑛 × 𝑒𝑛 𝑛 𝑒𝑛
𝑘ℎ𝑒𝑞 =
𝑛 𝑛 𝑛 𝑘𝑛 × 𝑒𝑛
 2.3.9 PERMEABILIDADE PERPENDICULAR A ESTRATIFICAÇÃO

Fluxo
A VAZÃO É AMESMA
EM 1, 2 e 3.
Q= 𝑄1 = 𝑄2 =𝑄3
A L B
A=L x 1,00

Solo 1
e1 k1
Solo 1
Solo 2 k2 e Solo 2
e2
Solo 3

Solo 3
e3
k3
8. Heterogeneidade

2.3.9 PERMEABILIDADE PERPENDICULAR A ESTRATIFICAÇÃO

Qv 𝑄 = 𝑄1 = 𝑄2 = 𝑄3 𝐻 ≠ 𝐻1 ≠ 𝐻2 ≠ 𝐻3

1 Fluxo L
A= 𝐴1 = 𝐴2 = 𝐴3 𝐻 = 𝐻1 + 𝐻2 + 𝐻3
Solo 1 𝑘1
e1 𝑄2 × 𝑒2
H1 𝐻
Solo 2 𝑘2
Q= 𝑘 × ×𝐴 𝐻2 =
𝑘 2 × 𝐴2
e2 𝑒
e
H2 𝑄×𝑒 𝑄1 × 𝑒1
Solo 3 𝑘3 H= 𝐻1 =
𝑘1 × 𝐴1
e3 𝑘×𝐴
H3 𝑄3 × 𝑒3
𝐻3 =
𝑘 3 × 𝐴3
𝑄1 ×𝑒1 𝑄2 ×𝑒2 𝑄3 ×𝑒3 𝑄× 𝑒1 +𝑒2 +𝑒3
𝐻= + + =
𝑘1 ×𝐴1 𝑘2 ×𝐴2 𝑘3 ×𝐴3 𝑘𝑉𝑒𝑞 ×𝐴

𝑒1 𝑒1 𝑒1 𝑒1 +𝑒2 +𝑒3
+ + = , de modo geral: 𝑛 𝑒𝑛
𝑘1 𝑘1 𝑘1 𝑘𝑉𝑒𝑞 𝑘𝑉𝑒𝑞 = 𝑒𝑛
𝑒1 𝑒 𝑒 𝑒 𝑒 +𝑒 +𝑒 𝑒 𝑛 𝑒𝑛 𝑛𝑘
+ 1+ 1 + ⋯ + 𝑛 = 1 2 3 → 𝑛 𝑛 = 𝑛
𝑘1 𝑘1 𝑘1 𝑘𝑛 𝑘𝑉𝑒𝑞 𝑘𝑛 𝑘𝑉𝑒𝑞
Exercício 02:
A figura Mostra a camada de solo em um tubo com seção transversal de 100mm x
100mm. Água é alimentada para manter uma diferença de carga constante de 300mm
ao longo da amostra. As condutividade hidráulica dos solos na direção do fluxo que
passa por eles são as seguintes:

300mm
Solo K (cm/s)
A 10-2
B 3 X 10-3
C 4,9 X 10-4
A B C

150mm 150mm 150mm

Determinar a vazão que passa através das amostras, em cm3/h.


Solução:

keq 
 l i

l

 l  l1  l2  l3
  K i

K K K
 i  1 2 3

l1  l2  l3 450
  
l1 l2 l3 150 150 150
  2
 3

K1 K 2 K 3 10 3 10 4,9 10  4
 0,001213cm / s  1,2 10 3 cm / s
 300 
Q  A.k .i  (10 10)  0,001213  
 450 
Q  0,0809cm3 / s  291,24cm3 / h
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
2.3.10 FORÇA DE PERCOLAÇÃO

A água transmite parte de sua energia (carga hidráulica) ao meio poroso por
atrito viscoso. Esta ação da água é chamada de força de percolação.

É uma força de massa, como o peso próprio do material (com direção e


sentido do gradiente hidráulico)

 A força de percolação pode provocar:

- Alteração no estado de tensões efetivas, podendo levar à condição de areia


movediça;

- Erosão interna, quando as partículas finas são arrastadas, podendo


provocar a formação de tubos (“piping”).
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
2.3.10 FORÇA DE PERCOLAÇÃO
ℎ𝑒 = 0
Z2 𝐻𝐴 = 𝐿 + 𝑍1 + 𝑍2 =
ℎ𝑝 = 𝐿 + 𝑍1 + 𝑍2
Z1
ℎ𝑒 = 𝐿
𝐻𝐵 = 𝐿 + 𝑍1 =
L ℎ𝑝 = 𝑍1
Ref.
∆H = 𝐻𝐴 - 𝐻𝐵 = 𝑍2

A 𝐹𝐵 = 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 × Á𝑟𝑒𝑎 = 𝑢𝐵 × 𝐴 = (ℎ𝑃𝐵 𝛾𝑤 ) × 𝐴

L W W=𝑉 × 𝛾𝑠𝑎𝑡 = (𝐴𝐿) × 𝛾𝑠𝑎𝑡

𝐹𝐴 = 𝑢𝐴 × 𝐴 = (ℎ𝑃𝐴 𝛾𝑤 ) × 𝐴
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
2.3.10 FORÇA DE PERCOLAÇÃO
 Equilíbrio de Forças:
𝑅 = 𝐹𝐵 + 𝑊 − 𝐹𝐴
𝑅 = 𝑍1 𝛾𝑤 𝐴 + 𝛾𝑠𝑎𝑡 𝐴𝐿 − (𝐿 + 𝑍1 + 𝑍2 ) 𝛾𝑤 𝐴

𝑅 = 𝑍1 𝛾𝑤 𝐴 + 𝛾𝑠𝑢𝑏 𝐴𝐿 + 𝛾𝑤 𝐴𝐿 − (𝐿 𝛾𝑤 𝐴+𝑍1 𝛾𝑤 𝐴 + 𝑍2 𝛾𝑤 𝐴)
𝑅 = 𝛾𝑠𝑢𝑏 𝐴𝐿 − 𝑍2 𝛾𝑤 𝐴 𝑜𝑢 𝑅 = 𝛾𝑠𝑢𝑏 𝐴𝐿 − ∆𝐻𝛾𝑤 𝐴

Força solo Força de percolação

𝐹𝑝 ∆𝐻𝛾𝑤 𝐴 ∆𝐻𝛾𝑤 𝐴 ∆𝐻𝛾𝑤


𝐹𝑝 = ∆𝐻𝛾𝑤 𝐴 → = = = = 𝑖 × 𝛾𝑤 → 𝒋 = 𝒊 × 𝜸𝒘
𝑉 𝑉 𝐴𝐿 𝐿

Força de percolação por


unidade de volume
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
2.3.10 FORÇA DE PERCOLAÇÃO

Se R = 0  Instabilidade
𝛾𝑠𝑢𝑏 𝐴𝐿 − ∆𝐻𝛾𝑤 𝐴 = 0 → 𝛾𝑠𝑢𝑏 𝐴𝐿 = ∆𝐻𝛾𝑤 𝐴 → 𝛾𝑠𝑢𝑏 𝐿 = ∆𝐻𝛾𝑤

∆𝐻 𝛾𝑠𝑢𝑏
𝑖𝑐𝑟𝑖𝑡 = =
𝐿 𝛾𝑤

Fluxo Ascendente:

Se i ≥ icrit  instabilidade hidráulica (liquefação)


i < icrit  estabilidade hidráulica
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
2.3.10 FORÇA DE PERCOLAÇÃO

 O QUE ACONTECE COM AS TENSÕES EFETIVAS?

  ( z1 w   sat L)  ( L  z1  z 2 ) w
Z2
  z1 w   sat L  L w  z1 w  z 2 w
Z1
  z1 w   sub L   w L  L w  z1 w  z 2 w
L
   sub L  z 2 w
Ref.
   sub L  H w
 H 
  L sub  L  w
 L 
  L sub  Li w
  L( sub  J )
∆𝐻 𝛾𝑠𝑢𝑏
𝑆𝑒 𝜎 = 0 → 𝛾𝑠𝑢𝑏 𝐿 − 𝛾𝑤 ∆𝐻 = 0 → 𝛾𝑠𝑢𝑏 𝐿 = 𝛾𝑤 ∆𝐻 → = = 𝑔𝑟𝑎𝑑𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑐𝑟𝑖𝑡𝑖𝑐𝑜
𝐿 𝛾𝑤

 Gradiente crítico: ocorre quando a tensão efetiva torna-se nula. Em areias a


resistência é proporcional à tensão efetiva e quando esta se anula o solo perde
toda a resistência, ficando em um estado como areia movediça.

 O gradiente crítico é na ordem de 1,0 e ocorre somente em fluxo ascendente.


Esta condição ocorre principalmente em areias finas. Em areias grossas e
pedregulhos, por exemplo, o peso das partículas impedem a movimentação
pela força de percolação.


 Sempre que o fluxo é ascendente é fundamental verificar os gradientes (i) e
compará-los com icrit para checar a possibilidade de instabilidade hidráulica

𝑖 𝑖
𝑖𝑐𝑟𝑖𝑡
𝐹𝑆 =
𝑖
 Erosão Regressiva
(Pinping)
Curiosidade
Exemplo de ruptura de barragens de terra por piping
o Barragem de Algodões, Piauí, 2009.
Exemplo de ruptura de barragens de terra por piping
o Barragem de Teton (EUA), 1975
Proteção contra o “piping”
- Facilitar a saída da água
- reduzir a velocidade de percolação

N.A. N.A.

Dreno de pé Dreno tipo chaminé

N.A. N.A.

Dreno horizontal Tapete impermeável


Poço de alívio
Cut-off
3. DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE
PERMEABILIDADE DOS SOLOS

Permeabilidade

No laboratório No campo Correlações

Métodos indiretos:
Métodos diretos: Ensaio de Ensaios de
-Ens. Adensamento
Permeametros bombeamento infiltração
- Ens. capilaridade
3.1 Métodos diretos
3.1.1 Permeâmetro de carga constante

 Amostra saturada;
Repetição da experiência de Darcy;
Durante do ensaio é mantida a carga constante;
Mede-se o volume de água (V) percolada em um determinado tempo;
Indicado para solos mais permeáveis (solos com k baixo pode demorar muito
tempo para percolar água).

Q QL VL
h = cte k  
iA Ah Aht

V
A
3.1 Métodos diretos
3.1. 2. Permeâmetro de carga variável Por continuidade

Indicado para solos mais finos (siltosos ou pouco Qsolo  Qbureta


argilosos); k.i.A  v.a
A perda de carga varia durante o ensaio;
Mede-se a descida da água no tubo (área a); h  dh  kA dh
 Dedução da fórmula: Lei de Darcy e conservação k A   a dt  t a
da energia. L  dt  L ht
t h
kA 1 1
dh
L t0 h h t
dh
dt   a
2

aL h
a k  2,3 log 1
At h2
a = área interna do tubo de carga (bureta) (cm²)
A= área seção transversal da amostra(cm²);
L=altura do corpo de prova (cm)
A h1= distância do nível inicial ao reservatório (cm)
h2 = distância do nível final ao reservatório
inferior (cm);
t =intervalo de tempo de h1 para h2.
Exercício 03:

V
Solução:
Exercício 04:
Solução:

aL h
K 20  2,3. .log o .Fc
At hf
3.2 Métodos indiretos e correlações
1. Ensaio de adensamento

pode-se calcular o coeficiente de permeabilidade para cada estágio de


carregamento (curva log k x e)

cv av
k w cv = coeficiente de adensamento (obtido da curva recalque
1 e x tempo – Método de Casagrande ou Taylor)
av = coeficiente de compressibilidade;

e e = índice de vazios.
av  
 '

 Correlações: Fórmula de Hazen


Exercício 05:
Determinar o coeficiente de permeabilidade para o material representado
pela curva granulométrica da figura abaixo.

100

90

80
Porcentagem que passa (%)

70

60

50

40

30

20

10

0
0,01 0,1 1 10 100
Diâmetro dos Grãos (mm)
Solução:
100
90
80
Porcentagem que passa (%)
70
60
50
40
30
20
10
0
0,01 0,1 1 10 100
Diâmetro dos Grãos (mm)
𝐷10 = 𝐷𝑒𝑓 = 0,25 𝑚𝑚
k (cm / s )  100 Def ; Def  cm
2
𝐷60 = 0,7 𝑚𝑚
𝐷60 0,7
k  100 Def  100  0,0252 
2
𝐶𝑢 = = = 2,8 < 5 (𝑜𝑘!)
𝐷10 0,25
0,0625cm / s  6,25  10  2 cm / s
3.3 Campo:
3.3.1 Ensaio de infiltração
 Validos para aquíferos livres;

Realizados em furos de sondagem ou piezômetros;

 Pode ser realizado em conjunto com o SPT;

Carga constante ou carga variável; Acima do N.A.

 Consiste em perfurar um comprimento L abaixo da cota do


revestimento (enche-lo de água, mantendo por pelo menos
10 minutos – carga constante);
h
 Pode ser feito acima ou abaixo do NA (carga constante);

 Pode ser feitos em várias profundidades (perfil de


permeabilidade);

 Baixo custo.
Abaixo do N.A.
3.3 Campo:
3.3.1 Ensaio de infiltração
 Carga constante (furo de sondagem)

Procedimento:

1ª Etapa: Saturação:
 Preenchimento do tubo de revestimento com água
(mantendo por pelo menos 10 minutos, sem realizar
nenhuma medida
 Mantém-se o nível constante. Alimentado
continuamente (proveta);

2ª Etapa (Após a saturação):


 Mede-se o volume de água que se injeta, para
manter o nível constante.
 Fazer leitura a cada minuto, durante 10 min.

 Calcula-se a permeabilidade do solo (fórmula);

Q
k  F
L.P
3.3 Campo:
3.3.1 Ensaio de infiltração

 Exemplo (Diâmetro do furo de 2”1/2 ou 4’’) utiliza-se a seguinte fórmula:

Q
k  F
L.P

 F obtido de gráficos (função de L e D)


 Q vazão em litros por minuto
 L comprimento de escavação abaixo do revestimento (em m)
 p pressão da água dentro do tubo (em kgf/cm² e igual a h/10, h em m)
3.3 Campo:
3.3.1 Ensaio de infiltração - Carga constante

Gráfico para obtenção do fator F (Alonso, 1998)


Ensaio de infiltração em furo de
sondagem (Alonso, 1998)
Gráfico para obtenção do fator F (=C2), usados para qualquer diâmetro D da perfuração
3.3 Campo:
3.3.2 Ensaio de bombeamento

Fig. Disposição em
planta para ensaio
de bombemento

 Consiste em um poço central, no qual se instala uma bomba de recalque submersa dotada
de hidrômetro para medir vazão (água retirada);

 Dispõe-se de linhas com piezômetros para medir o rebaixamento do lenço freático ou da


carga piezométrica;

 Inicialmente retira-se água do poço (tomando-se esse horário como tempo zero);

 Anota Tempo, Variação do N.A. ou da altura piezométrica e o volume de água retirado do


poço, até baixamento constante (níveis de água nos piezômetros se estabilizem (regime
permanente);
3.3 Campo:
3.3.2 Ensaio de bombeamento
Recomenda-se a elabora dos seguintes gráficos, para afim de observar a estabilização
do N.A. no poço e as vazões correspondentes, necessárias para manter o rebaixamento
constante.
3.3 Campo:
3.3.2 Ensaio de bombeamento – aquífero livre

 Válida a hipótese de Dupuit: i= cte em um vertical e é igual à inclinação da superfície livre:

dh dh q r2
i  cte  
dL dr k ln
 (h2  h1 ) r1
2 2
3.3 Campo:
3.3.2 Ensaio de bombeamento – aquífero confinado

q r2
k ln
2L(h2  h1 ) r1
Exercício 05:
Em um “ensaio de bombeamento” foram obtidos os seguintes elementos (figura abaixo):
- descarga do poço filtrante 5,5 m3/h;
- altura dos níveis de água nos poços-testemunhas, situados a 10 e 20 m do PCO filtrante,
respectivamente 6,10 e 7,35 m.
Qual o coeficiente de permeabilidade do solo?
Solução:
q=5,5m3/h=0,00153 m3/s
r1=10m
r2=20m
h1=6,10m
h2=7,35m

q r2
k ln ou
 (h2 2  h12 ) r1

r2
q
k  2,3 2 log10
r1
 (h2  h1 )
2
4. EQUAÇÃO GERAL DO FLUXO EM MEIOS POROSOS
 Considerando o elemento tri-dimensional:

A equação da continuidade é dada por:


4. EQUAÇÃO GERAL DO FLUXO EM MEIOS POROSOS
4. EQUAÇÃO GERAL DO FLUXO EM MEIOS POROSOS
4. EQUAÇÃO GERAL DO FLUXO EM MEIOS POROSOS
4. EQUAÇÃO GERAL DO FLUXO EM MEIOS POROSOS
4. EQUAÇÃO GERAL DO FLUXO EM MEIOS POROSOS

 A equação de Laplace descreve matematicamente muitos fenômenos


físicos e entre eles o fluxo de água através do solo;

 A equação acima representa um fluxo bidimensional em um solo


isotrópico com relação à permeabilidade;
4. EQUAÇÃO GERAL DO FLUXO EM MEIOS POROSOS

 O efeito da anisotropia pode ser considerado através de artifícios


matemáticos;

 A solução da equação de Laplace é composta por dois grupos de funções


que podem ser representados, dentro do domínio do fluxo, por duas
famílias de curvas ortogonais entre si, que satisfazem as condições de
contorno.
4. EQUAÇÃO GERAL DO FLUXO EM MEIOS POROSOS
Linhas de
fluxo

Linhas
equipotenciais

 Vazão, gradiente, poropressão


EXEMPLOS DE REDES DE FLUXO
EXEMPLOS DE REDES DE FLUXO
REDE DE FLUXO
 Elementos obtidos da rede de fluxo: Vazão total, poro-pressões, gradientes
hidráulicos, velocidades aparentes e vazões localizadas;
 Canais de fluxo: trecho compreendido entre duas linhas de fluxo. A vazão
em cada canal de fluxo é constante e igual para todos os canais (∆q);
 Perda de carga entre duas equipotenciais: queda de potencial (∆h);
REDE DE FLUXO
ELEMENTOS OBTIDOS NA REDE DE FLUXOS
a) vazão:
ELEMENTOS OBTIDOS NA REDE DE FLUXOS
REDE DE FLUXO

Vantagens:
a) Uma solução é sempre possível de ser obtida;
b) Não requer nenhum equipamento;
c) Ajuda a desenvolver a compreensão do problema de fluxo.

Procedimento:
a) Identificar o domínio do fluxo;
b) Escolher o número de canais de fluxo e traçar as linhas de fluxo;
c) Escolher a relação b/l (em geral trabalhar com 1);
d) Desenhar as equipotenciais obedecendo: b/l=1;
e) A interseção de 90º entre as linhas de fluxo e as equipotenciais.
ALGUMAS RECOMENDAÇÕES PARA O TRAÇADO
DA REDE DE FLUXO (CASAGRANDE)

1) Estudar a aparência das redes de fluxo através de casos conhecidos;


2) 4 ou 5 canais de fluxo são em geral suficiente na primeira tentativa;
3) Observar a aparência geral da rede. Não tentar ajustar os detalhes até que toda rede
esteja aproximadamente correta;
4) Há regiões na rede nas quais as linhas de fluxo devem ser aproximadamente retas e
paralelas; os canais de fluxo devem ter a mesma largura e os quadrados são
uniformes. Inicia-se o traçado da rede por esta região para facilitar a solução;
5) A rede de fluxo em áreas confinadas, limitada por contornos paralelos, é simétrica,
consistindo em curvas de forma elíptica;
6) Notar que as condições de contorno podem introduzir certas peculiaridades a rede
de fluxo.
EXERCÍCIO 07 (ORTIGÃO, 2007):

Para a cortina de estacas prancha apresenta abaixo determinar as pressões


de água na cortina, a vazão que percola e o gradiente de saída. A
permeabilidade do terreno é 5. 10−7 m/s.
Exercício 08 (Ortigão, 2007):
Para a rede de fluxo na fundação da barragem de concreto de gravidade da fig.
abaixo, obter o diagrama de subpressões e calcular a vazão e o gradiente de
saída (este elemento da rede de fluxo possui 3,5 metros de comprimento). A
permeabilidade da fundação é de 5 × 10-9 m/s.
Solução:

Observação: para o cálculo do gradiente, escolhe o elemento mais desfavorável,


que é o menor elemento entre os ponto de saída junto ao pé da barragem
EXERCÍCIO 09:

Fig. Croqui da seção transversal


Solução:
DETERMINAÇÃO DA LINHA DE FLUXO SUPERIO
EFEITO DA ANISOTROPIA NA REDE DE FLUXO
 PERCOLAÇÃO ATRAVÉS DA FRONTEIRA DE SOLOS COM PERMEABILIDADES DIFERENTES
EXERCÍCIO 10:

Calcule a quantidade de água que escoa através da barragem indicada na


figura.
𝐾𝑦
𝑋′ =𝑥×
𝐾𝑥
Seção Transformada
Seção Transformada
Seção Transformada
MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS - MEF
ANÁLISE DE FLUXO CONFINADO

Barragem de terra – Malha de elementos finitos


Poropressões calculadas
MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS - MEF
ANÁLISE DE FLUXO CONFINADO
5. REBAIXAMENTO TEMPORÁRIO DE AQÜÍFEROS
A construção de edifícios, barragens, túneis, etc. normalmente requer
escavações abaixo do lençol freático. Tais escavações podem exigir tanto
uma drenagem, como um rebaixamento do lençol freático. São vários os
métodos para eliminar a água existente no subsolo.
5. REBAIXAMENTO TEMPORÁRIO DE AQÜÍFEROS
 Rebaixamento de aquíferos → Impõe uma diminuição das pressões
neutras no solo e aumento das tensões efetivas → podem causar
recalques indesejáveis (argilas moles e areias fofas)
5. REBAIXAMENTO TEMPORÁRIO DE AQÜÍFEROS

 Projeto de rebaixamento:
1. Estudo de recalques das estruturas;
2. Identificação do tipo de Aquífero;
3. Espessura da camada que contribui para o fluxo;
4. Valor do coeficiente de permeabilidade.
5. REBAIXAMENTO TEMPORÁRIO DE AQÜÍFEROS
5.1 Bombeamento direto:

É o mais simples de todos. Consiste na coleta da água de valetas,


executadas no fundo da escavação, que são ligadas a um ou vários poços,
onde a água é acumulada (quando atinge um determinado volume é
recalcada para fora da zona de trabalho).

Bombeamento direto (Alonso, 1998)


5. REBAIXAMENTO TEMPORÁRIO DE AQÜÍFEROS
5.1 Bombeamento direto:
5. REBAIXAMENTO TEMPORÁRIO DE AQÜÍFEROS
 INCONVENIENTES DO BOMBEAMENTO DIRETO

 Em escavações suportadas por cortinas a força de percolação pode causar


perda de suporte (gradiente hidráulico elevado) e até a paralisação dos
trabalhos (ruptura);

 No bombeamento é importante verificar se não há carreamento de


partículas para fora (provoca recalques em estruturas vizinhas à escavação);

 No caso de haver carreamento, melhorar o sistema de captação de água


dispondo-se de filtros ou drenos sub-horizontais profundos;

 Situações utilizadas (uso econômico)→ há uma camada permeável de pouca


espessura em relação à profundidade da escavação, repousando sobre um
extrato impermável (da ordem de 10−8 cm/s).
5. REBAIXAMENTO TEMPORÁRIO DE AQÜÍFEROS
5. REBAIXAMENTO TEMPORÁRIO DE AQÜÍFEROS
5.2 Ponteiras filtrantes (“well points”):
 Nesse sistema, são perfurados poços com diâmetro variando entre
10 cm e 15 cm e instaladas ponteiras conectadas a um coletor que
se liga a um sistema de bombas;
5. REBAIXAMENTO TEMPORÁRIO DE AQÜÍFEROS
5.2 Ponteiras filtrantes (“well points”):
 O sistema dispõe ao longo da periferia da área a ser rebaixada, um tubo
coletor (D=4”), dotado de tomadas de água com espaçamento de 0,5 a 3 m.
Nestas tomadas de água se ligam ponteiras drenantes (tubos de PVC
perfurados)

 No Brasil, as ponteiras mais utilizadas têm entre 3,8 cm e 5,8 cm de


diâmetro e de 0,3 m a 1,0 m de comprimento feitas de tubos de aço
galvanizado ou PVC perfurados e envoltos por tela filtrante.

 A simplicidade e o baixo custo proporcionado por um sistema de ponteiras


são as principais vantagens desse sistema que é também indicado para solos
estratificados. No entanto, mesmo nas melhores condições - solos
permeáveis e ao nível do mar - , consegue-se um rebaixamento de, no
máximo, 7,0 m. Em solos menos permeáveis o limite do sistema são 5,0 m
de rebaixamento.
5. REBAIXAMENTO TEMPORÁRIO DE AQÜÍFEROS
5.2 Ponteiras filtrantes (“well points”):
 A água extraída do solo pelas ponteiras é conduzida pelo tubo coletor para
uma câmara de vácuo, para onde é recalcada para fora da obra;

 Limitações → Permite rebaixar o nível de água entre 4 a 5 metros de


profundidade. Para alcançar profundidades maiores que esta é necessário
instalar ponteiras em diferentes profundidades
5. REBAIXAMENTO TEMPORÁRIO DE AQÜÍFEROS
5.3 Rebaixamento de poços profundo
 Tipos: com injetores e com bombas de recalque submersas
5.3.1 Bombeamento com injetores
São executados poços de 25 a 30 cm de diâmetro e até 40 m de profundidade, no
interior do qual se instalam os injetores. O espaçamento entre os poços é de 4 a 8
metros.
5. REBAIXAMENTO TEMPORÁRIO DE AQÜÍFEROS
5.3 Rebaixamento de poços profundo
 Tipos: com injetores e com bombas de recalque submersas
5.3.1 Bombeamento com injetores

São executados poços de 25 a 30 cm de


diâmetro e até 40 m de profundidade, no
interior do qual se instalam os injetores. O
espaçamento entre os poços é de 4 a 8
metros.
5.3.1 Bombeamento com injetores
Principio de Funcionamento:

o A água é injetada por bomba centrífuga


(através de tubulação horizontal) sob alta
pressão (7 a 10 atm) até um bico injetor
instalado no fundo do poço
o A água injetada atravessa o bico de Venturi
do injetor e é acrescida pela água que é
aspirada do solo até a superfície, subindo
por um outro tubo (de retorno) de
diâmetro levemente superior que o de
injeção
o A água oriunda dos tubos de retorno é
conduzida para reservatório
o As pressões de retorno da água são da
ordem de grandeza de 10% das pressões de
injeção e o nível de água na caixa é mantido
constante
Água de injeção e água do subsolo
Q1 + Q2

Bico de injeção

Água de subsolo – Q2

Água de injeção – Q1

Água de subsolo – Q2
Ligação nos tubos Vista externa Vista interna
5. REBAIXAMENTO TEMPORÁRIO DE AQÜÍFEROS
5.3 Rebaixamento de poços profundo
5.3.2 Bombeamento com bomba submersa de eixo vertica

 Empregado em casos que se necessita de uma maior vazão por poço ou maiores
profundidades;

 Utiliza-se bombas submersíveis dentro de um tubo-filtro;

 Acionamento/desligamento da bomba → Feito automaticamente por eletrodos


ligados ao motor da mesma que são acionados pelo contato com a água;

 As bombas utilizadas → Tipo turbina, 10cm de diâmetro mínimo, dotada de vários


rotores, com tubo-filtro com diâmetro interno na ordem a 20 cm;

 Diâmetro dos poços recomendados → 40 a 60 cm


5. REBAIXAMENTO TEMPORÁRIO DE AQÜÍFEROS
EXERCÍCIO 11:
Determinar o número de poços filtrantes necessários para realizar o
rebaixamento do nível d’água, com vistas à execução de uma escavação com as
indicações dadas na figura.
Solução:
 Vazão total do Sistema
6. FILTRO DE PROTEÇÃO
EXERCÍCIO 12:
A figura abaixo apresenta a curva granulométrica do solo de empréstimo
para construção da barragem de terra com dreno horizontal. Pede-se:
especificar a faixa granulométrica do material do dreno horizontal
utilizando o critério de filtro de Terzaghi.
Solução:

Você também pode gostar