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Lógica Matemática

O documento discute a lógica matemática, definindo-a como o estudo do raciocínio e das leis do pensamento. A lógica teve início com Aristóteles e evoluiu para a lógica matemática no século XIX, quando passou a ser vista como um cálculo matemático. A lógica matemática estuda proposições, valores lógicos, tabelas-verdade e conectivos lógicos como conjunção, disjunção e condicional.

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Lógica Matemática

O documento discute a lógica matemática, definindo-a como o estudo do raciocínio e das leis do pensamento. A lógica teve início com Aristóteles e evoluiu para a lógica matemática no século XIX, quando passou a ser vista como um cálculo matemático. A lógica matemática estuda proposições, valores lógicos, tabelas-verdade e conectivos lógicos como conjunção, disjunção e condicional.

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LÓGICA MATEMÁTICA

PROFESSOR : JOSE FABIANO DE ARAUJO OLVIERA

[email protected]

Percebemos pelas definições apresentadas que a Lógica estuda as leis


gerais do pensamento e as diferentes maneiras de aplicar corretamente essas leis na
investigação da verdade. Em outras palavras, posso dizer que a Lógica é a ciência
dos argumentos, ou seja, ela trata das conclusões a que chegamos a partir das
evidências que as sustentam. De maneira mais geral, é possível dizer que a Lógica é
“o estudo do raciocínio” (D’OTAVIANO; FEITOSA, 2003).

A Lógica teve seu início com Aristóteles, no século IV a.C., como uma ciência
dedicada ao estudo dos atos do pensamento a partir de sua estrutura ou forma lógica,
sem levar em consideração qualquer conteúdo material (FONTES, 2008). Em termos
mais simples, diz formas de raciocínio através das quais seria possível a obtenção de
novos conhecimentos a partir de conhecimentos já existentes e que fossem
considerados verdadeiros. É o chamado método dedutivo ou, simplesmente, dedução.
A maior revolução sofrida pela lógica ocorreu em meados do século XIX, quando
estudiosos como Boole converteu a lógica em álgebra. Tendo a matemática como
modelo, eles formalizaram uma linguagem simbólica para expressar o pensamento
lógico. Foi o surgimento da lógica matemática ou simbólica. A partir de então a lógica
passa a ser vista como cálculo matemático o que revolucionou o mundo com estas
mudanças e abriu novos horizontes para o desenvolvimento lógica matemática o que
permitiu determinar o valor lógico de uma expressão na lógica proposicional; Verificar
se argumento sentencial é válido; Manipular tabelas-verdade; Verificar se uma
sentença é tautologia1, contradição ou contingência; Utilizar a lógica de predicados
para representar sentenças; Determinar o valor lógico de alguma interpretação de
uma expressão na lógica de predicados; Utilizar o método dedutivo para demonstrar
a validade de argumentos na lógica proposicional e na lógica de predicados.

O conceito de preposição é o primeiro conceito que é preciso dominar para


compreender as estruturas das sentenças. E preposição e o conjunto de palavras ou
símbolos que exprimem um pensamento de sentido completo.

Ex: a) 7 é um número primo b) João Pessoa é a capital da Paraíba

As proposições constituem o alicerce das estruturas fundamentais da


Lógica Matemática, que, por sua vez, é fundamentada em dois princípios básicos (ou
axiomas) (ALENCAR FILHO, 2002):

1º) PRINCÍPIO DA NÃO-CONTRADIÇÃO: uma proposição não pode ser


verdadeira e falsa ao mesmo tempo.

1Tautologia (do grego ταυτολογία) é uma fórmula proposicional que é verdadeira para todas as
possíveis valorações de suas variáveis proposicionais
2º) PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: Toda proposição ou é verdadeira ou é
falsa, isto é ,verifica-se sempre um desses casos e nunca um terceiro.

Além desses princípios básicos, podemos afirmar que toda proposição, por
ser uma oração, possui sujeito e predicado, além de sempre ser uma oração
declarativa (IEZZI; MURAKAMI, 1993).

Exemplos 1.1: Proposições Considere as seguintes orações:

a) Cinco é menor que oito.

b) Como é o seu nome?

c) Ai, que susto!

d) Sete menos três.

e) Vá dormir.

A frase (a) é uma proposição, pois é possível definir que ela é verdadeira.
As frases (b) e (c) não podem ser avaliadas como verdadeira ou falsa, portanto não
são proposições. Note que a frase (b) é uma pergunta e a frase (c) é uma exclamação.
Quanto à frase (d), nota-se que ela não possui predicado, por isso ela também não
constitui uma proposição. A frase (e) também não assume nenhum valor lógico e,
portanto, não é uma proposição. Uma proposição ou sentença é qualquer oração que
pode ser avaliada como verdadeira ou falsa.

O valor lógico de uma proposição está diretamente associado ao resultado


de sua avaliação como verdadeira ou falsa. Neste caso, dizemos que o valor lógico
verdade (V) está associado às proposições verdadeiras, assim como o valor falsidade
(F) está vinculado às proposições falsas.

Exemplo 1.2 – Valores Lógicos das Proposições Considere as seguintes proposições:

a: O Brasil é dividido em cinco regiões.

b: Santos Dumont é o pai da Informática.

O valor lógico da proposição (a) é a verdade (V) e o valor lógico da proposição (b) é a
falsidade (F).

As representações simbólicas destes valores são respectivamente: V(a) = V e V(b) =


F.

Lembre-se: Pelos princípios da não contradição e do terceiro excluído, toda


proposição possui UM, e apenas UM, dos valores lógicos (V ou F).

As proposições são ditas proposições simples ou atômicas, quando não é


possível decompô-las em proposições mais simples. Existem, ainda, proposições
mais complexas, chamadas de proposições compostas ou moleculares, formadas por
duas ou mais proposições simples ligadas por meio de conectivos lógicos(ALENCAR
FILHO, 2002). São cinco os conectivos lógicos: E – OU – NÃO – SE ENTÃO – SE, E
SOMENTE SE que são muitos usados nos exercícios e aplicações envolvendo lógica
matemática.

Operações e Operadores Lógicos Operação Operador Símbolo

Negação NÃO ¬ ou ~

O valor lógico de uma preposição pode ser representado no exemplo abaixo:

p ~p
V F
F V

Conjunção E ^

Chama-se conjunção de duas preposições p e q a preposição representada


por p e q, cujo valor lógico é a verdade (V) quando as preposições p e q são ambas
verdadeiras e a falsidade (F) nos demais casos.

Ex1 :

p q p^q
V V V
V F F
F V F
F F F

Ex 2: p: A neve é branca (V)

q: 2 é menor que 5 (V)

logo V(p) ^ V(q) = V ^ V = V

Disjunção OU ν

Chama-se conjunção de duas preposições p e q a preposição representada


por p ou q, cujo valor lógico é a verdade (V) quando ao menos uma das preposições
p e q é verdadeira e a falsidade (F) quando as preposições p e q são ambas falsas.
Ex1 :

p q pνq
V V V
V F V
F V V
F F F

Ex 2: p: Paris é a capital da França (V)


q: 9 – 4 = 5 (V)

logo V(p) ν V(q) = V ν V = V

Condicional SE ENTÃO →

A proposição condicional “se p então q” é uma proposição composta que só


admite valor lógico falso no caso em que a proposição p é verdadeira e a proposição
q é falsa, sendo verdade nos demais casos. Ex 1:

p q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V

Ex 2: p: O mês de maio tem 31 dias (V)

q: A terra é plana (F)

logo V(p → q) = V(p) → V(q) = V → F = F

Disjunção OU Bicondicional SE, E SOMENTE SE ↔ .

Chama-se preposição bicondicional uma preposição representada por p se e


semente se q cujo valor lógico é verdade (V) quando p e q são ambas verdadeiras ou
ambas falsas e a falsidade (F) nos demais casos.

Ex 1:

p q p↔ q
V V V
V F F
F V F
F F V

Ex 2: p: Roma fica na Europa (V)

q: A neve é branca (V)

p ↔ q : Roma fica na Europa se e somente se a neve é branca (V)

logo V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = V ↔ V = V

Tabela verdade de uma proposição composta

Então, com o emprego das tabelas verdade das operações lógicas


fundamentais é possível construir a tabela verdade esta que mostrará exatamente os
casos em que a proposição composta será verdadeira (V) ou falsa (F), admitindo-se,
como é sabido, que o seu valor lógico só depende dos valores lógicos das proposições
simples componentes.

O número de linhas da tabela verdade de uma proposição composta


depende do número de proposições simples que a integram, sendo dado pelo
seguinte teorema. A tabela-verdade de uma proposição composta, com n proposições
simples componentes, contém 2 elevado a n linhas.

Para se construir a tabela-verdade de uma proposição composta dada,


procede-se da seguinte maneira:

a) determina-se o número de linhas da tabela- verdade que se quer construir;

b) observa-se a precedência entre os conectivos, isto é, determina-se a forma das


proposições que ocorrem no problema;

c) aplicam-se as definições das operações lógicas que o problema exigir.

Ex1:

Forma-se em 1° lugar o par de colunas correspondente as duas


proposições simples componentes p e q. Em seguida forma-se a coluna para ~q.
Depois forma-se a coluna para p ^ ~q. Afinal, forma-se a coluna relativa aos valores
lógicos da proposição composta dada.

p q ~q p ^ ~q ~(p ^ ~q)
V V F F V
V F V V F
F V F F V
F F V F V

Observa-se que a proposição P( p,q ) Associa-se a cada um dos elementos


do conjunto U = { VV, VF, FV, FF } um único elemento do conjunto {V,F } isto é, P (
p,q) outra coisa não é que uma função de V em { V,F } :P ( p,q) : V →{ V, F }. Cujo a
representação gráfica por um diagrama sagital é a seguinte
Segundo ALENCAR FILHO, 2002 “ Chama-se tautologia toda preposição
composta cuja ultima coluna da sua tabela-verdade encerra somente a letra V
(Verdade).” Portanto aplica-se os operadores com conectivos e obtém na ultima
coluna a verdade.

Ex 1:

p p→q

V V

F V

Ex 2:

p q p→q p → (q → q)

V V V V

V F V V

F V F V

F F V V

Segundo ALENCAR FILHO, 2002 “ Chama-se contradição toda preposição


composta cuja ultima coluna da sua tabela-verdade encerra somente a letra F
(Falsidade).”

Ex1:
p q (¬ p  q) p  (¬ p  q)

V V F F

V F F F

F V F F

F F V F

Segundo ALENCAR FILHO,2002 “ Chama-se contingência toda


preposição composta em cuja ultima coluna da sua tabela-verdade figuram as letras
V e F cada uma pelo menos uma vez.”
Ex 1:
p q ¬p q→ ¬ q p  ( q→ ¬ q )

V V F F F

V F F V V

F V V V V

F F V V V

BIBLIOGRAFIA

Alencar Filho, Edgard de, 1913.Iniciação a lógica matemática/ Edgard de Alencar


Filho – São Paulo: Nobel,2002.

FERREIRA, Jaime Campos.Elementos de Lógica Matemática e Teoria dos


Conjuntos.Lisboa: Departamento de Matemática do Instituto Superior Técnico, 2001.

PINTO, José Sousa. Tópicos de Matemática Discreta. Universidade de Aveiro,1999

Castrucci,B. Introdução a lógica.São Paulo:Editora Nobel S/A,1990

NOTARE, Márcia Rodrigues. Matemática Discreta. Caxias do Sul: Universidadede


Caxias do Sul, 2003

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