Universidade do Estado de Santa Catarina

Centro de Educação Superior do Oeste

Curso de Engenharia Química

Relatório do experimento de Peneiramento 1

Gabriel Danieli 1 e Pedro Borati 2

RESUMO: Resumir o tema a ser trabalhado (geralmente uma frase); Apresentar o

objetivo e a metodologia adotada (simplificadamente) para obtenção dos dados
experimentais e para a solução do problema; Destacar os principais resultados
alcançados; Limite máximo 250 palavras.

1. INTRODUÇÃO

A separação mecânica de sólidos pode visar uma subdivisão da massa de um sólido

granular e a obtenção de frações relativamente homogêneas a partir de misturas contendo partículas
com diferentes tamanhos, cada uma delas mais uniformes em tamanho que a mistura original. É
uma operação mecânica que ocorre por separação através de uma superfície perfurada. É utilizado
para a determinação da porcentagem em peso que cada faixa especificada de tamanho de partículas
representa na massa total ensaiada
No peneiramento, existe uma separação, segundo o tamanho geométrico das partículas,
enquanto, que na classificação, a separação é realizada tomando-se como base na classificação, a
separação é realizada tomando-se como base a velocidade que os grãos atravessam um meio fluido.
Por se tratar de uma técnica antiga, os registros sobre peneiramento são vistos nas
descrições das técnicas de mineração por volta de 150 a.C. Naquele tempo, gregos e romanos
utilizavam as peneiras como prancha ou pele perfurada (SAMPAIO; SILVA, 2007).
O peneiramento é um dos métodos mais antigos na área de processamento mineral. Usado
para separação de tamanho de partículas na desidratação, concentração e outras combinações dessas
aplicações. Em escala laboratorial a faixa granulométrica compreende desde 37 até 10 micrometros.
A determinação das faixas de tamanho das partículas é feita por meio de uma série de aberturas de
peneiras que mantém entre si uma relação constante, podendo o processamento fino ser realizado a
seco ou a úmido (SAMPAIO, FRANÇA; BRAGA, 2007).
No processo de peneiramento um dos avanços foi padronizar as peneiras. Realizado pelo
professor alemão R. Von Rittinger, a razão da abertura de duas peneiras é constante e igual a √2 e a
razão da área igual a 2. Essa série de peneiras é conhecida com série de Tyler (SAMPAIO,
FRANÇA; BRAGA, 2007).
Nos ensaios para peneiramento, é essencial realizar adequadamente o preparo do material
pois a utilização de métodos de amostragem inadequados, irá comprometer na amostra a ser
utilizada e como consequência os resultados da pesquisa. (SAMPAIO; SILVA, 2007).
O tempo para realizar o peneiramento, depende das granulometrias sendo finas ou mais
grossas. Quando a granulometria é mais grossa requer um menor tempo, e as mais finas é essencial

1
Relatório apresentado como requisito parcial de avaliação da Disciplina de Laboratório de
Fenômeno de Transporte e Operações Unitárias A – Professora Heveline Enzweiler – Curso de
Engenharia Química
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um maior tempo de peneiramento, para que as partículas da amostra realizam o contato com as
aberturas da peneira. (SAMPAIO; SILVA, 2007).
Ensaio a seco no qual foi utilizado neste trabalho, é recomendado para granulometrias mais
grossas, o método começa pela seleção das peneiras a serem utilizadas. A amostra deve ser mais
seco possível para que a umidade não aglomere a amostra e mascare o resultado. As partículas
entram em contato com a tela e são expostas as aberturas várias vezes, para a eficiência do
peneiramento a seco é utilizado peneiras com telas mais longas, no quais são dimensionadas com
base em unidade de alimentação por área unitária. (SAMPAIO; SILVA, 2007).

2. METODOLOGIA
O conjunto de peneiras para o experimento foi selecionado de acordo com a preferência
dos autores, foram escolhidos 1 fundo e 5 peneiras da marca Bertel de abertura quadrada, de 1180,
1000, 850, 710, 250 micrometros, pesadas inicialmente separadas com o auxílio de uma balança
semi-analítica da marca Weblabor SP, organizadas da maior até a menor abertura com o fundo
fechado, conforme na Figura 1.

Figura 1 – Conjunto de peneiras escolhidas para a análise

Fonte: Autores, 2022.

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A amostra foi preparada a partir da mistura de diferentes farinhas, com o auxílio de um

Becker de 1 litro e uma colher de plástico, as farinhas utilizadas para a mistura foram, floco de
milho da marca Yoki, farinha de mandioca da marca Pinduca, erva mate da marca Materva e a
farinha de fubá da marca Vô Cide. Foi pesado a amostra com a balança semi-analítica para obter o
valor de 250 gramas e adicionado ao conjunto de peneiras previamente organizadas.
As peneiras foram levadas ao agitador de peneiras da marca Lucadema, mantendo a uma
velocidade da vibração de 8,5 por 15 minutos. Retirou-se as peneiras do agitador e pesou
separadamente com a massa da amostra em cada peneira e no fundo. Após limpou-se as peneiras e
fundo com o auxílio de um compressor de ar e se realizou o experimento em triplicata.
Calculou-se a massa retida (mR), pela diferença da massa total da peneira ou fundo com a
amostra (mt), pela massa inicial da peneira ou fundo (mi), como segue na Equação I.
mR =mt −mi (1)
Os resultados foram submetidos a uma análise granulométrica pelo cálculo da fração
mássica (xi), que é a divisão entre a massa retida (mR) pela massa total de amostra (mA), conforme
na Equação II.
m
x i= R (2)
mA
Precisou-se calcular o diâmetro médio de cada intervalo (D mi), para isto foi realizado uma
média aritmética do diâmetro anterior (Di-1) e diâmetro da peneira no intervalo (Di), como mostra na
Equação III.
( D i−1 + Di )
Dmi = (3)
2
Para o cálculo do diâmetro médio de Sauter (DS), utilizou-se 1 dividido pelo somatório de i
igual a 1 até n para a divisão da fração mássica (x i) pelo diâmetro médio de cada intervalo (D mi),
conforme a Equação IV.
1
DS = n
x (4)
∑ Di
i=1 mi

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nos experimentos de peneiramento é essencial ter o conhecimento sobre o tamanho das
amostras, para obter uma devida representatividade para que possam gerar resultados consistente
em todas as análises seguintes (SAMPAIO, 2007). Deste modo na Tabela A mostra a fração
mássica nos intervalos das peneiras, após passar pelo agitador de peneiras na velocidade de 8,5 por
15 minutos.

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Tabela A – Fração mássica retida em cada intervalo

Intervalo da Peneira Média ± DP
> 1,180 0,147 ± 0,003
1,180-1,000 0,466 ± 0,161
1,000-0,850 0,292 ± 0,161
0,850-0,710 0,037 ± 0,001
0,710-0,250 0,052 ± 0,002
< 0,250 0,006 ± 0,003
Legenda: Intervalo de peneiras com abertura em milímetros (mm) e média ± desvio padrão das frações mássicas em
triplicata.
Fonte: Autores, 2022.

Pode-se observar que houve um desvio padrão maior nos intervalos de 1,180-1,000 e 1,000-
0,850 milímetros, o que pode ser explicado por concentrar a maior parte da massa, se comparar com
o restante dos intervalos, podendo ocorrer uma pequena variação de massa entre as triplicatas já
ocasionando em um grande desvio padrão.
Outra explicação pode ser encontrada se analisar a escolha das peneiras, o qual apresenta
peneiras muito parecidas no topo do conjunto, dificultando a passagem da mistura de farinha e
assim o atrapalhando o agitador de fazer com que os grãos que estivessem por cima não passassem
para as outras peneiras. Segundo o professor alemão R. Von Rittinger a melhor sugestão aceita
pelos fabricantes de peneira é que a razão entre a abertura de duas peneiras sucessivas é constante e
igual a raiz quadrada de dois (SAMPAIO, 2007). O qual não ocorre no conjunto de peneiras
escolhidas.

Com as medidas feitas de cada amostra pode-se observar que as distribuições de cada intervalo variam
bastante, tendo tamanhos diferenciados em cada intervalo de determinadas peneiras, mostrando ser uma
amostra não uniforme, devido sua diferença considerável de partículas em relação ao tamanho. Também
apresentou diferenças nos pesos das amostras em cada procedimento, isso pode resultar de erros manuais
na elaboração do procedimento como, o manuseio da agitação, retirada da peneira de uma forma grosseira
fazendo com que caia amostras na próxima etapa do peneiramento, além de uma má limpeza nas peneiras
antes de uma possível duplicada do procedimento.

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Figura 2 – Fração mássica retida em função do intervalo de abertura das peneiras

50.000
45.000
40.000
35.000
Fração Mássica (%)

30.000
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
0.000
< 0,250 0,710-0,250 0,850-0,710 1,000-0,850 1,180-1,000 > 1,180
Intervalo de abertura da Malha (mm)

Fonte: Autores, 2022.

No Gráfico 2, é apresentada a distribuição mássica em porcentagem em função do intervalo de

abertura de malha para análise.
A distribuição cumulativa em porcentagem em função do intervalo de abertura de malha para
análise. Essa fração mássica cumulativa representa a fração mássica menor ou igual a abertura da faixa.
Portanto quando o valor cresce até o seu limite 100% o resultado é obtido

Figura 3 – Fração retida acumulada em função do intervalo de abertura das peneiras

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90.00
80.00
70.00
Distribução Mássica (%)

60.00
50.00
40.00
30.00
20.00
10.00
0.00
< 0,250 0,710-0,250 0,850-0,710 1,000-0,850 1,180-1,000 > 1,180
Intervalo de abertura da Malha (mm)

Fonte: Autores, 2022.

4. CONCLUSÃO

Apresentar com clareza e objetividade as deduções extraídas dos resultados obtidos ou

apontadas ao longo da discussão do tema. Reiterar os principais resultados.
A conclusão é um fechamento do trabalho, respondendo aos objetivos do estudo. Não é
permitida a inclusão de informações novas.
Lembrar dos objetivos da disciplina!

5. REFERÊNCIAS

SAMPAIO, João Alves; SILVA, Fernanda Arruda Nogueira Gomes da. Tratamento de minérios:
práticas laboratoriais. Capítulo 3 – análise granulométrica por peneiramento. 2007. Disponível em:
http://mineralis.cetem.gov.br/bitstream/cetem/1020/1/Cap%203%20Peneiramento.pdf. Acesso em:
29 de maio de 2022.

Todas as referências citadas devem ser listadas ao final do trabalho.

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Referências podem ser ordenadas conforme são citadas ao longo do trabalho ou em ordem
alfabética.

6. APÊNDICES

6.1 Material suplementar

Tabela B – Massa das peneiras com e sem amostra

Peneira (mm) Massa da Peneira [T1] Peneira + [T2] Peneira + [T3] Peneira +
(g) Amostra (g) Amostra (g) Amostra (g)
1,180 368,15 405,27 404,14 405,35
1,000 394,55 505,02 474,38 553,91
0,850 377,39 456,30 487,45 407,62
0,710 385,58 394,69 395,07 394,61
0,250 344,20 356,70 357,35 357,62
Fundo 327,95 329,94 329,76 328,44
Legenda: Peneira com abertura em milímetros (mm), e a massa das peneiras no início e em suas respectivas triplicatas
(T1, T2, T3) com as amostras em gramas (g).
Fonte: Autores, 2022.
Tabela C – Massa retida em cada intervalo
Intervalo da Peneira (mm) [T1] Amostra (g) [T2] Amostra (g) [T3] Amostra (g)
> 1,180 37,120 35,990 37,200
1,180-1,000 110,470 79,830 159,360
1,000-0,850 78,910 110,060 30,230
0,850-0,710 9,110 9,490 9,030
0,710-0,250 12,500 13,150 13,420
< 0,250 1,990 1,810 0,490
Total 250,100 250,330 249,730
Legenda: Intervalo de peneira com abertura em milímetros (mm), e a massa da amostra retida nos intervalos das
peneiras em suas respectivas triplicatas (T1, T2, T3) em gramas (g).
Fonte: Autores, 2022.

[opcional] Geralmente utilizado para apresentar dados experimentais adicionais.

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6.3 Problemas propostos

[obrigatório nos relatórios] Respostas aos problemas propostos nos roteiros dos
experimentos.

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