DARWIN 2021
Estudo sobre Interpretação de Texto
1) A civilização “pós-moderna” culminou em um progresso inegável, que não foi percebido
antecipadamente, em sua inteireza. Ao mesmo tempo, sob o “mau uso” da ciência, da tecnologia e
da capacidade de invenção nos precipitou na miséria moral inexorável. Os que condenam a ciência,
a tecnologia e a invenção criativa por essa miséria ignoram os desafios que explodiram com o
capitalismo monopolista de sua terceira fase.
Em páginas secas premonitórias, E. Mandel1 apontara tais riscos. O “livre jogo do mercado” (que
não é e nunca foi “livre”) rasgou o ventre das vítimas: milhões de seres humanos nos países ricos e
uma carrada maior de milhões nos países pobres. O centro acabou fabricando a sua periferia
intrínseca e apossou-se, como não sucedeu nem sob o regime colonial direto, das outras periferias
externas, que abrangem quase todo o “resto do mundo”.
1: Ernest Ezra Mandel (1923-1995): economista e militante político belga.
O emprego de aspas em uma dada expressão pode servir, inclusive, para indicar que ela
I. foi utilizada pelo autor com algum tipo de restrição;
II. pertence ao jargão de uma determinada área do conhecimento;
III. contém sentido pejorativo, não assumido pelo autor.
Considere as seguintes ocorrências de emprego de aspas presentes no texto:
A. “pós-moderna” (L. 1);
B. “mau uso” (L. 2);
C. “livre jogo do mercado” (L.6);
D. “livre” (L. 7);
E. “resto do mundo” (L. 9).
As modalidades I, II e III de uso de aspas, elencadas acima, verificam-se, respectivamente,
em
a) A, C e E . b) B, C e D c) C, D e E
d) A, B e E e) B, D e A
2) “Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda, “um romancista que
colecionava desafetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil”. Assim era José de
Alencar (1829-1877), o conhecido autor de O guarani e Iracema, tido como o pai do romance no
Brasil.
Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas nativistas, indianistas e históricos, ele foi
também folhetinista, diretor de jornal, autor de peças de teatro, advogado, deputado federal e até
ministro da Justiça. Para ajudar na descoberta das múltiplas facetas desse personagem do século
XIX, parte de seu acervo inédito será digitalizada.
História Viva, n.° 99, 2011.
Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alencar e da futura digitalização
de sua obra, depreende-se que
a) a digitalização dos textos é importante para que os leitores possam compreender seus
romances.
b) o conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante porque deixou uma vasta obra literária
com temática atemporal.
c) a divulgação das obras de José de Alencar, por meio da digitalização, demonstra sua
importância para a história do Brasil Imperial.
d) a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na preservação da memória
linguística e da identidade nacional.
e) o grande romancista José de Alencar é importante porque se destacou por sua temática
indianista.
3)A substituição do haver por ter em construções existenciais, no português do Brasil, corresponde
a um dos processos mais característicos da história da língua portuguesa, paralelo ao que já
ocorrera em relação à aplicação do domínio de ter na área semântica de “posse”, no final da fase
arcaica.
Mattos e Silva (2001:136) analisa as vitórias de ter sobre haver e discute a emergência de ter
existencial, tomando por base a obra pedagógica de João de Barros. Em textos escritos nos anos
quarenta e cinquenta do século XVI, encontram-se evidências, embora raras, tanto de ter
“existencial”, não mencionado pelos clássicos estudos de sintaxe histórica, quanto de haver como
verbo existencial com concordância, lembrado por Ivo Castro, e anotado como “novidade” no século
XVIII por Said Ali.
Como se vê, nada é categórico e um purismo estreito só revela um conhecimento deficiente da
língua. Há mais perguntas que respostas. Pode-se conceber uma norma única e prescritiva? É
válido confundir o bom uso e a norma com a própria língua e dessa forma fazer uma avaliação
crítica e hierarquizante de outros usos e, através deles, dos usuários? Substitui-se uma norma por
outra?
CALLOU, D. A propósito de norma, correção e preconceito linguístico: do presente para o passado,
In: Cadernos de Letras da UFF, n.° 36, 2008. Disponível em: www.uff.br. Acesso em: 26 fev. 2012
(adaptado).
Para a autora, a substituição de “haver” por “ter” em diferentes contextos evidencia que
a) o estabelecimento de uma norma prescinde de uma pesquisa histórica.
b) os estudo clássicos de sintaxe histórica enfatizam a variação e a mudança na língua.
c) a avaliação crítica e hierarquizante dos usos da língua fundamenta a definição da norma.
d) a adoção de uma única norma revela uma atitude adequada para os estudos linguísticos.
e) os comportamentos puristas são prejudiciais à compreensão da constituição linguística.
4) "Em um mundo marcado por conflitos em diferentes regiões, as operações de manutenção da
paz das Nações Unidas são a expressão mais visível do compromisso solidário da comunidade
internacional com a promoção da paz e da segurança.
Embora não estejam expressamente mencionadas na Carta da ONU, elas funcionam como
instrumento para assegurar a presença dessa organização em áreas conflagradas, de modo a
incentivar as partes em conflito a superar suas disputas por meio pacífico – razão pela qual não
devem ser vistas como forma de intervenção armada."
Acesso em: 26.08.2016. Adaptado.
Historicamente, o Brasil envia soldados para participar de operações de paz. Em 2004, foi criada
pelo Conselho de Segurança da ONU a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti
(Minustah).
De acordo com o texto, essa missão foi criada para
a) restabelecer a segurança e normalidade institucional do Haiti após sucessivos episódios de
turbulência política e de violência, que marcaram esse país no início do século XXI.
b) atacar os garimpos ilegais de diamantes no interior do Haiti, que usavam mão de obra infantil nas
minas onde esse minério é encontrado.
c) combater o narcotráfico comandado pelo Cartel de Medelin, que a partir do Haiti distribuía drogas
para todos os países da América Latina.
d) acabar com os problemas ambientais crônicos no Haiti, pois esse país era o principal
responsável pela poluição ambiental no Caribe.
e) extinguir a rede de trabalho escravo existente no Haiti, que utilizava esse tipo de mão de obra
nas plantações de soja e trigo.
5) Leia o texto para responder às questões.
O labirinto dos manuais
Há alguns meses troquei meu celular. Um modelo lindo, pequeno, prático. Segundo a vendedora,
era capaz de tudo e mais um pouco. Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia para
telefonar. Abri o manual, entusiasmado. “Agora eu aprendo”, decidi, folheando as 49 páginas. Já na
primeira, tentei executar as funções. Duas horas depois, eu estava prestes a roer o aparelho. O
manual tentava prever todas as possibilidades. Virou um labirinto de instruções!
Na semana seguinte, tentei baixar o som da campainha. Só aumentava. Buscava o vibracall, não
achava. Era só alguém me chamar e todo mundo em torno saía correndo, pensando que era o
alarme de incêndio! Quem me salvou foi um motorista de táxi.
— Manual só confunde – disse didaticamente. – Dá uma de curioso.
Insisti e finalmente descobri que estava no vibracall há meses! O único problema é que agora não
consigo botar a campainha de volta!
Atualmente, estou de computador novo. Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. Comprei um livro.
Na capa, a promessa: “Rápido e fácil” – um guia prático, simples e colorido! Resolvi: “Vou seguir
cada instrução, página por página. Do que adianta ter um supercomputador se não sei usá-lo?”.
Quando cheguei à página 20, minha cabeça latejava. O livro tem 342! Cada vez que olho, dá
vontade de chorar! Não seria melhor gastar o tempo relendo Guerra e Paz*?
Tudo foi criado para simplificar. Mas até o microndas ficou difícil. A não ser que eu queira fazer
pipoca, que possui sua tecla própria. Mas não posso me alimentar só de pipoca! Ainda se
emagrecesse... E o fax com secretária eletrônica? O anterior era simples. Eu apertava um botão e
apagava as mensagens. O atual exige que eu toque em um, depois em outro para confirmar, e de
novo no primeiro! Outro dia, a luzinha estava piscando. Tentei ouvir a mensagem. A secretária
disparou todas as mensagens, desde o início do ano!
Eu sei que para a garotada que está aí tudo parece muito simples. Mas o mundo é para todos, não
é? Talvez alguém dê aulas para entender manuais! Ou o jeito seria aprender só aquilo de que
tenho realmente necessidade, e não usar todas as funções. É o que a maioria das pessoas acaba
fazendo!
(Walcyr Carrasco, Veja SP, 19.09.2007. Adaptado)
* Livro do escritor russo Liev Tolstói. Com mais de mil páginas e centenas de personagens, é
considerada uma das maiores obras da história da literatura.
Pelos comentários feitos pelo narrador, pode-se concluir corretamente que
a) a leitura de obras-primas da literatura é atividade mais produtiva do que utilizar celulares e
computadores.
b) os manuais cujas diversas instruções os usuários não conseguem compreender e pôr em prática
são improdutivos.
c) a vendedora foi convincente, pois o narrador comprou o celular, embora duvidasse das
qualidades prometidas pelo aparelho.
d) o manual sobre computadores, ao contrário de outros do gênero, cumpria a promessa assumida
nos dizeres impressos na capa.
e) os jovens deveriam ensinar computação aos mais velhos, pois, dessa forma, estes últimos
entenderiam as funções básicas do equipamento.
6) Analise as afirmações sobre trechos do texto e assinale a correta.
a) Em – Há alguns meses, troquei meu celular. –, o verbo haver indica tempo decorrido e pode ser
substituído, corretamente, por Fazem.
b) Em – Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia para telefonar. –, o termo em
destaque expressa a ideia de exclusão.
c) Em – Virou um labirinto de instruções! –, o termo em destaque foi empregado em sentido
figurado, indicando confusão, incompreensibilidade.
d) Em – Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. –, o termo em destaque pode ser substituído,
corretamente e sem alteração do sentido do texto, por limitada.
e) Em – Mas não posso me alimentar só de pipoca! –, a conjunção em destaque expressa a ideia
de comparação.
7) A essência da teoria democrática é a supressão de qualquer imposição de classe, fundada no
postulado ou na crença de que os conflitos e problemas humanos – econômicos, políticos, ou
sociais – são solucionáveis pela educação, isto é, pela cooperação voluntária, mobilizada pela
opinião pública esclarecida. Está claro que essa opinião pública terá de ser formada à luz dos
melhores conhecimentos existentes e, assim, a pesquisa científica nos campos das ciências
naturais e das chamadas ciências sociais deverá se fazer a mais ampla, a mais vigorosa, a mais
livre, e a difusão desses conhecimentos, a mais completa, a mais imparcial e em termos que os
tornem acessíveis a todos.
(Anísio Teixeira, Educação é um direito. Adaptado.)
No trecho “chamadas ciências sociais”, o emprego do termo “chamadas” indica que o autor
a) vê, nas “ciências sociais”, uma panaceia, não uma análise crítica da sociedade.
b) considera utópicos os objetivos dessas ciências.
c) prefere a denominação “teoria social” à denominação “ciências sociais”.
d) discorda dos pressupostos teóricos dessas ciências.
e) utiliza com reserva a denominação “ciências sociais”.
8)
Ao relacionar o problema da seca à inclusão digital, essa charge faz uma crítica a respeito da
a) dificuldade na distribuição de computadores nas áreas rurais.
b) capacidade das tecnologias em aproximar realidades distantes.
c) possibilidade de uso do computador como solução de problemas sociais.
d) ausência de políticas públicas para o acesso da população a computadores.
e) escolha das prioridades no atendimento às reais necessidades da população.
9)
A internet proporcionou o surgimento de novos paradigmas sociais e impulsionou a modificação de
outros já estabelecidos nas esferas da comunicação e da informação. A principal consequência
criticada na tirinha sobre esse processo é a
a) criação de memes.
b) ampliação da blogosfera.
c) supremacia das ideias cibernéticas.
d) comercialização de pontos de vista.
e) banalização do comércio eletrônico.
10)
A conversa entre Mafalda e seus amigos
A) revela a real dificuldade de entendimento entre posições que pareciam convergir.
B) desvaloriza a diversidade social e cultural e a capacidade de entendimento e respeito entre as
pessoas.
C) expressa o predomínio de uma forma de pensar e a possibilidade de entendimento entre
posições divergentes.
D) ilustra a possibilidade de entendimento e de respeito entre as pessoas a partir do debate político
de ideias.
E) mostra a preponderância do ponto de vista masculino nas discussões políticas para superar
divergências.
11)
Mafalda, apesar de ser uma criança, já apresenta certo entendimento sobre as principais questões
que afligem a sociedade
Sobre os efeitos de humor da tirinha, pode-se afirmar, exceto:
a) Mafalda emprega o mesmo valor semântico para o vocábulo “indicador” no primeiro e no último
quadrinho.
b) Mafalda não sabe a importância do dedo indicador.
c) A expressão “dedo indicador” é utilizada de maneira metafórica pelo autor da tirinha.
d) Mafalda ainda não sabe exatamente o significado da expressão “indicador de desemprego”
e) Apesar de ser uma criança, Mafalda já percebe as injustas relações de trabalho estabelecidas
entre patrões e operários.
12)
13)
14)
15) Leandro Aparecido Ferreira, o MC Fioti, compôs em 2017 a música Bum bum tam tam, que
gerou, em nove meses, 480 milhões de visualizações no Youtube. É o funk brasileiro mais ouvido
na história do site. A partir de uma gravação da flauta que achou na internet, MC Fioti fez tudo
sozinho: compôs, cantou e produziu em uma noite só, “Comecei a pesquisar alguns tipos de flauta,
coisas antigas. E nisso eu achei a “flautinha do Sebantian Bach”, conta. A descoberta foi por acaso:
Fioti não sabia quem era o música alemão e não sabe tocar o instrumento.
A “flauta envolvente” da música é um trecho da Partida em lá menor, escrita pelo alemão Johann
Sebastian Bach por volta de 1723.
Disponível em: https//g1.globo.com. Acesso em: 8 jun. 2018. [adaptado]
A incorporação de um trecho da obra para a flauta solo de Johann Sebastian Bach na música
do MC Fioti demonstra:
A. influência permanente da cultura eurocêntrica nas produções musicais brasileiras
B. homenagem aos referenciais estéticos que deram origem às produções da música popular
C. necessidade de divulgar a música de concerto nos meios populares nas periferias das
grandes cidades
D. utilização desintencional de uma música excessivamente distante da realidade cultural dos
jovens brasileiros
E. inter-relação de elementos culturais vindos de realidades distintas na construção de uma
nova proposta musical", dizia a questão.
16)TEXTO I
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol
É peroba-do-campo, é o nó da madeira
Caingá, candeia, é o matita-pereira
TOM JOBIM. Águas de março. O Tom de Jobim e o tal de João Bosco (disco de bolso). Salvador:
Zen Produtora, 1972 (fragmento).
TEXTO II
A inspiração súbita e certeira do compositor serve ainda de exemplo do lema antigo: nada vem do
nada. Para ninguém, nem mesmo para Tom Jobim. Duas fontes são razoavelmente conhecidas. A
primeira é o poema O caçador de esmeraldas, do mestre parnasiano Olavo Bilac: “Foi em março,
ao findar da chuva, quase à entrada/ do outono, quando a terra em sede requeimada/ bebera
longamente as águas da estação […]”. E a outra é um ponto de macumba, gravado com sucesso
por J. B. Carvalho, do Conjunto Tupi: “É pau, é pedra, é seixo miúdo, roda a baiana por cima de
tudo”.
Combinar Olavo Bilac e macumba já seria bom; mas o que se vê em Águas de março vai muito
além: tudo se transforma numa outra coisa e numa outra música, que recompõem o mundo para
nós.
NESTROVSKI, A, O samba mais bonito do mundo. In: Três canções de Tom Jobim. São Paulo:
Cosac Naify, 2004
Ao situar a composição no panorama cultural brasileiro, o Texto II destaca o(a)
A. diálogo que a letra da canção estabelece com diferentes tradições da cultura nacional.
B. singularidade com que o compositor converte referências eruditas em populares.
C. caráter inovador com que o compositor concebe o processo de criação artística.
D. relativização que a letra da canção promove na concepção tradicional de originalidade.
E. o resgate que a letra da canção promove de obras pouco conhecidas pelo público no país.
17) Hino à Bandeira
Em teu seio formoso retratas
Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul.
Contemplando o teu vulto sagrado,
Compreendemos o nosso dever,
E o Brasil por seus filhos amado,
Poderoso e feliz há de ser!
Sobre a imensa Nação Brasileira,
Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre sagrada bandeira
Pavilhão da justiça e do amor!
BILAC, O.: BRAGA, F. Disponível em: www2.planalto.gov.br. Acesso em: 10 dez. 2017 (fragmento).
No Hino à Bandeira, a descrição é um recurso utilizado para exaltar o símbolo nacional na
medida em que
A. remete a um momento futuro.
B. promove a união dos cidadãos.
C. valoriza os seus elementos.
D. emprega termos religiosos.
E. recorre à sua história.
18. Carnavália
Repique tocou
O surdo escutou E o meu corasamborim
Cuíca gemeu, será que era meu, quando ela passou por mim?
[...]
(ANTUNES, A.; BROWN, C.; MONTE, M.)
No terceiro verso, o vocábulo “corasamborim”, que é a junção coração + samba + tamborim, refere-
se, ao mesmo tempo, a elementos que compõem uma escola de samba e à situação emocional em
que se encontra o autor da mensagem, com o coração no ritmo da percussão.
Essa palavra corresponde a um(a):
A. estrangeirismo, uso de elementos linguísticos originados em outras línguas e
representativos de outras culturas.
B. neologismo, criação de novos itens linguísticos, pelos mecanismos que o sistema da língua
disponibiliza.
C. gíria, que compõe uma linguagem originada em determinado grupo social e que pode vir a
se disseminar em uma comunidade mais ampla.
D. regionalismo, por ser palavra característica de determinada área geográfica.
E. termo técnico, dado que designa elemento de área específica de atividade.
19) O rap constitui-se em uma expressão artística por meio da qual os MCs relatam poeticamente a
condição social em que vivem e retratam suas experiências cotidianas.
(SOUZA, J.; FIALHO, V. M.; ARALDI, J. Hip hop: da rua para a escola)
O “relato poético” é uma característica fundamental desse gênero musical, em que o:
A. MC canta de forma melodiosa as letras, que retratam a complexa realidade em que se
encontra.
B. rap se limita a usar sons eletrônicos nas músicas, que seriam responsáveis por retratar a
realidade da periferia.
C. rap se caracteriza pela proximidade das notas na melodia, em que a letra é mais recitada do
que cantada, como em uma poesia.
D. MC canta enquanto outros músicos o acompanham com instrumentos, tais como o
contrabaixo elétrico e o teclado.
E. MC canta poemas amplamente conhecidos, fundamentando sua atuação na memorização
de suas letras.
20)
21a)Blog é concebido como um espaço onde o blogueiro é livre para expressar e discutir o que
quiser na atividade da sua escrita, com a escolha de imagens e sons que compõem o todo do texto
veiculado pela internet, por meio dos posts. Assim, essa ferramenta deixa de ter como única função
a exposição de vida e/ou rotina de alguém — como em um diário pessoal —, função para qual
serviu inicialmenate e que o popularizou, permitindo também que seja um espaço para a discussão
de ideias, trocas e divulgação de informações.
A produção dos blogs requer uma relação de troca, que acaba unindo pessoas em torno de um
ponto de interesse comum. A força dos blogs está em possibilitar que qualquer pessoa, sem
nenhum conhecimento técnico, publique suas ideias e opiniões na web e que milhões de outras
pessoas publiquem comentários sobre o que foi escrito, criando um grande debate aberto a todos.
LOPES, B. O. A linguagem dos blogs e as redes sociais. Disponível em: www.fateczl.edu.br. Acesso em: 29 abr. 2013
(adaptado).
De acordo com o texto, o blog ultrapassou sua função inicial e vem se destacando como
a) estratégia para estimular relações de amizade.
b) espaço para exposição de opiniões e circulação de ideias.
c) gênero discursivo substituto dos tradicionais diários pessoais.
d) ferramenta para aperfeiçoamento da comunicação virtual escrita.
e) recurso para incentivar a ajuda mútua e a divulgação da rotina diária.
21b)
Cartaz afixado nas bibliotecas centrais e setoriais da Universidade Federal de Goiás (UFG), 2011.
Considerando-se a finalidade comunicativa comum do gênero e o contexto específico do
Sistema de Biblioteca da UFG, esse cartaz tem função predominantemente
a) socializadora, contribuindo para a popularização da arte.
b) sedutora, considerando a leitura como uma obra de arte.
c) estética, propiciando uma apreciação despretensiosa da obra.
d) educativa, orientando o comportamento de usuários de um serviço.
e) contemplativa, evidenciando a importância de artistas internacionais.
22)
23)
Na comparação entre os textos, conclui-se que as regras do Estatuto do Idoso
a)apresentam vantagens em relação às de outros países.
b)são ignoradas pelas famílias responsáveis por idosos.
c) alteram a qualidade de vida das pessoas com mais de 60 anos.
d) precisam ser revistas em razão do envelhecimento da população.
e) contrastam com as condições de vida proporcionadas pelo País.
24)Na semana passada, os alunos do colégio do meu filho se mobilizaram, através do Twitter, para
não comprarem na cantina da escola naquele dia, pois acharam o preço do pão de queijo abusivo.
São adolescentes. Quase senhores das novas tecnologias, transitam nas redes sociais, varrem o
mundo através dos teclados dos celulares, iPads e se organizam para fazer um movimento pacífico
de não comprar lanches por um dia. Foi parar na TV e em muitas páginas da internet. GOMES, A.
A revolução silenciosa e o impacto na sociedade das redes sociais.
Disponível em: www.hsm.com.br. Acesso em: 31 jul. 2012.
O texto aborda a temática das tecnologias da informação e comunicação, especificamente o
uso de redes sociais. Muito se debate acerca dos benefícios e malefícios do uso desses
recursos e, nesse sentido, o texto
A) aborda a discriminação que as redes sociais sofrem de outros meios de comunicação.
B) mostra que as reivindicações feitas nas redes sociais não têm impacto fora da internet.
C )expõe a possibilidade de as redes sociais favorecerem comportamentos e manifestações
violentos dos adolescentes que nelas se relacionam.
D) trata as redes sociais como modo de agregar e empoderar grupos de pessoas, que se unem em
prol de causas próprias ou de mudanças sociais.
E) evidencia que as redes sociais são usadas inadequadamente pelos adolescentes, que, imaturos,
não utilizam a ferramenta como forma de mudança social.
25)Farejador de Plágio: uma ferramenta contra a cópia ilegal
No mundo acadêmico ou nos veículos de comunicação, as cópias ilegais podem surgir de diversas
maneiras, sendo integrais, parciais ou paráfrases. Para ajudar a combater esse crime, o professor
Maximiliano Zambonatto Pezzin desenvolveu junto com os seus alunos o programa Farejador de
Plágio. O programa é capaz de detectar: trechos contínuos e fragmentados, frases soltas, partes de
textos reorganizadas, frases reescritas, mudanças na ordem dos períodos e erros fonéticos e
sintáticos. Mas o programa funciona? Considerando o texto como uma sequência de palavras, a
ferramenta analisa e busca trecho por trecho nos sites de busca, assim como um professor
desconfiado de um aluno faria. A diferença é que o programa permite que se pesquise em vários
buscadores, gerando assim muito mais resultados.
Segundo o texto, a ferramenta Farejador de Plágio alcança seu objetivo por meio da
A) seleção de cópias integrais.
B )busca em sites especializados.
C) simulação da atividade docente.
D) comparação de padrões estruturais.
E) identificação de sequência de fonemas