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Apostila Diabetes

Este documento discute o diabetes mellitus, especificamente distinguindo entre diabetes tipo 1 e tipo 2. Resume que o diabetes tipo 1 é caracterizado por destruição das células beta pancreáticas que produzem insulina, levando a deficiência absoluta de insulina. Já o diabetes tipo 2 é caracterizado por resistência à insulina e deficiência relativa de insulina. Discute também as causas, sintomas e tratamentos dos dois tipos de diabetes.

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Apostila Diabetes

Este documento discute o diabetes mellitus, especificamente distinguindo entre diabetes tipo 1 e tipo 2. Resume que o diabetes tipo 1 é caracterizado por destruição das células beta pancreáticas que produzem insulina, levando a deficiência absoluta de insulina. Já o diabetes tipo 2 é caracterizado por resistência à insulina e deficiência relativa de insulina. Discute também as causas, sintomas e tratamentos dos dois tipos de diabetes.

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Prof.

Fernanda Osso
DIABETES MELLITUS [email protected]

O Diabetes Melito (DM) é caracterizado por um defeito Ainda dentro da classificação de DM tipo 1 existem dois
na ação e/ou secreção da insulina, resultando em elevação tipos, o DM imunomediado, que como o próprio nome já
dos níveis de glicose plasmáticos (hiperglicemia). sugere, leva a destruição das células beta pancreáticas por
A insulina é um hormônio produzido e secretado pelas um processo auto-imune, através de anticorpos. O segundo
células beta pancreáticas, que desempenha papel tipo, bem menos comum, é o DM idiopático que não tem
fundamental no transporte de glicose através da membrana etiologia conhecida.
celular (Fig 1), além de ser necessária para o uso e A etiologia do DM imunomediado envolve predisposição
armazenamento de outros combustíveis corpóreos. genética do indivíduo à destruição das células beta por
Insulina anticorpos. Uma hipótese aceita é de que existam condições
Glicose
que desencadeiem esta reação imunológica, são elas:
infecção viral, agentes químicos tóxicos ou outras doenças.

(Krause 18) É importante destacar que ocorre com maior


Receptor de insulina frequência nas pessoas com o diabetes tipo 1, duas doenças
imunomediadas: a doença celíaca e a doença autoimune da
tireoide. Esta última acomete 17% a 30% das pessoas com
diabetes tipo 1 ao passo que a doença celíaca ocorre em 1%
a 16% dos indivíduos comparado a 0,3% a 1% da população
em geral. Em crianças, logo depois do diagnóstico do
diabetes tipo 1, devem ser avaliadas para a doença
celíaca.

Freqüentemente, após feito o diagnóstico do DM e


correção da glicemia, acidose metabólica e cetoacidose, o
paciente passa por uma fase conhecida como lua – de –
mel. Nesta fase, as necessidades de insulina exógena se
reduzem drasticamente por até 1 ano, porém após 8 a 10
Fig. 1: é necessário que a insulina se ligue ao seu receptor anos de início clínico da doença, a perda de células beta é
na célula para estimular a translocação do transportador de completa e a deficiência de insulina absoluta, tornando-se
glicose (GLUT 4) para a membrana celular, para que a inevitável o aumento da insulina exógena.
glicose entre na célula. A Fig. 2 abaixo representa um desenho esquemático das
causas e conseqüências do DM tipo 1.
PREVALÊNCIA E INCIDÊNCIA
Subst.
A prevalência de DM é maior em mexicanos, latino- Infecção tóxicas Outras
americanos e negros não hispânicos. Observa-se também viral doenças
um aumento da prevalência em populações que migraram
para locais mais urbanizados.
Entre os índios Pima do Arizona, a adoção de um estilo DM imunomediada
DM Idiopática
de vida “ocidental” (dieta rica em gordura + sedentarismo) (anticorpos)
teve como conseqüência um aumento dramático na taxa de
DM tipo 2, chegando a atingir 55% dos adultos com mais de
35 anos.
A incidência do DM varia de acordo com o grupo etário, DM tipo 1
sendo maior quanto maior for a idade. Estima-se que em
2025 ela possa afetar 300 milhões de pessoas.

CLASSIFICAÇÃO DO DM SINTOMAS
Hiperglicemia
Poliúria
O DM pode ser classificado em tipo 1 e tipo 2, conforme Polidipsia
descrito abaixo. Vale lembrar que os números que
classificam o DM devem ser arábicos e nunca algarismo Perda de peso
romano. importante
Distúrbios eletrolíticos
Cetoacidose
 DM tipo 1 ( minoria dos casos – 5 a 10%) Doenças macro e
microvasculares

Caracteriza-se por destruição das células beta


pancreáticas (responsáveis pela produção de insulina), Fig. 2: Causas e sintomas do DM tipo 1
levando a uma deficiência absoluta de insulina.
É importante frisar, que a velocidade de destruição das
células beta é bastante variável entre indivíduos, sendo
normalmente mais rápida em bebês e crianças e mais lenta
O diabético tipo 1 é dependente de insulina exógena para em adultos.
prevenir cetoacidose e óbito

1
A influência da Nutrição na prevenção e/ou indução do
DM tipo 1 (Dan 2017) Idade
Sabe-se que a autoimunidade desenvolvida pelos pacientes avançada
Ingestão Obesidade
diabéticos do tipo 1 contra as suas células Beta está calórica
excessiva (pp abdominal)
relacionada à gatilhos ambientais, conforme já citado. Nesse
contexto, alguns estudos investigam o papel que Fatores
determinados alimentos poderiam exercer nesse sentido. genéticos sedentarismo
Até o momento, as proteínas do trigo, soja e leite estão
sendo estudadas, mas não há nada conclusivo. A teoria
mais comprovada até o momento é que a exposição precoce DM tipo 2
ao leite de vaca nas crianças, aumentam a probabilidade de
DM tipo 1 nas que são suscetíveis. Não há nenhum
consenso ou determinação da ADA para dieta preventiva
para DM tipo 1.

 DM tipo 2 ( maioria dos casos – 90 a 95%) SINTOMAS


Caracteriza-se por resistência à insulina e deficiência (Podem ou não ocorrer)
relativa (e não absoluta) de insulina. Os níveis de insulina
endógenos podem ser baixos, normais ou elevados, no
entanto, devido à resistência à sua ação, mesmo em níveis Hiperglicemia
elevados, a insulina não consegue exercer sua função Polidispsia
adequadamente. Acredita-se que 2 defeitos possíveis Poliúria
influenciam o surgimento do DM tipo 2, são eles: Polifagia
Perda de peso
1. Com a resistência à insulina, ocorre
aumento da produção hepática de glicose,
levando à hiperglicemia de jejum
Fig. 3: Fatores etiológicos e sintomas do DM tipo 2

2. A resistência à insulina também gera elevação da Na tabela a seguir, estão resumidas as principais
lipólise com conseqüente elevação de ácidos diferenças entre o DM tipo 1 e 2 encontradas nos autores
graxos livres na corrente sanguínea. Estes por sua Dan e Krause.
vez irão piorar a resistência à insulina
Tab.1: Principais diferenças entre DM 1 e 2
Todos estes defeitos em conjunto levam à hiperglicemia. característica DM tipo 1 DM tipo 2
< 30 (Krause) > 30 (Krause)
Os portadores de DM tipo 2 ao contrário do que se Idade* < 40 (Dan) > 40 (Dan)
observa na tipo 1, podem ou não apresentarem os sintomas Abrupto lento
clássicos de DM mau controlado (poliúria, polidipsia, Inicio
polifagia e perda de peso) e também em oposto ao que <10% > 90%
% de casos
ocorre nos indivíduos com DM tipo 1, NÃO são propensos a
Baixa ou Diminuída, normal ou
desenvolver cetoacidose, salvo em condições de estresse, Secreção da insulina inexistente aumentada, porém
onde a insulina exógena pode ser necessária para controlar ineficaz
a hiperglicemia por ele gerada. Mais suscetíveis a macro
e microvasculares
(Krause)
Embora no DM tipo 2 a insulina exógena não seja Sem comentário
necessária para sobrevivência, ± 40% necessitam dela para Complicações* dos autores Mais suscetível a
controle adequado da glicemia. macrovasculares (Dan)
*itens divergentes nos autores
A prevalência de DM 2 é sempre crescente à medida que
aumenta a circunferência abdominal, indicativa de gordura (Krause) embora o DM2 afete adultos após 30anos, tem
visceral. (Dan 2009) ocorrido com frequencia em adultos jovens e crianças,
devido ao crescimento da obesidade.
A etiologia do DM tipo 2 permanece obscura, mas
sabe-se que tanto fatores genéticos e ambientais, quanto
fatores de risco são importantes(Fig.3). OUTROS TIPOS DE DM
Correspondem a 1 – 2% de todos os casos diagnosticados
de DM e são eles:

 Associado á síndromes genéticas


 Drogas
 Infecções
 Outras doenças
 Da Desnutrição:acomete jovens entre 10 e 40 anos com
histórico de desnutrição calórico-proteica. São
usualmente SINTOMÁTICOS e NÃO susceptíveis à
cetoacidose, mas dependem de insulina na maioria dos
casos. Duas formas desse tipo de DM estão descritas:
2
1. Diabetes pancreático por deficiência de *glicemia medida a qualquer hora do dia sem considerar o
proteína: este tipo é caracterizado por tempo decorrido da última refeição.
fibrose pancreática
2. diabetes pancreático fibrocalculoso: Cada critério diagnóstico, na ausência de hiperglicemia
conjuga fibrose com calcificação inequívoca, deve ser confirmado no DIA SEGUINTE da
pancreática realização do teste.
Induzido por estresse: Sabe-se que em condições de LEMBRETE!
estresse orgânico como cirurgias, ocorre elevação dos Fase de Lua-de-Mel: Fenômeno que ocorre frequentemente
homônios contra-reguladores (glucagon, adrenalina e após o diagnóstico e correção da hiperglicemia do DM 1,
cortisol), que antagonizam a ação da insulina. Desta forma, onde as quantidades necessárias de insulina exógena para
o indivíduo torna-se resistente à insulina, ocorre aumento da controle glicêmico se reduzem drasticamente por até 1 ano.
produção hepática de glicose e redução da captação
periférica, fatores que em conjunto, geram hiperglicemia.
Triagem em adultos: todos os adultos que estão com
 Diabetes autoimune latente do adulto – DALA ( 2013): sobrepeso (IMC > 25 kg/m2 ) e que têm um ou mais fatores
Frequentemente confundido com DM2, trata-se de um de risco adicionais listados abaixo . Naqueles sem esses
tipo de diabetes de indivíduos mais velhos, dependente fatores de risco, a avaliação deve começar aos 45 anos.
de insulina, com progressão LENTA
Se o teste for normal repetir a cada 3 anos, salvo nas
HOMEOSTASIA DEFICIENTE DE GLICOSE situações a seguir, onde o intervalo entre os testes e a idade
podem ser menores.
(PRÉ DIABETES)
 indivíduo que apresentou  mulheres c/ história de dar
É definida por duas categorias, glicose deficiente do TDG ou GDJ no último a luz a feto macrossômico
jejum (GDJ) e tolerância deficiente à glicose (TDG), teste ou DM gestacional.
conforme mostra a tabela 2.  presença de  pacientes com SOP,
Apesar de nenhuma delas ser considerada doença, complicações acantose nigricans
sabe-se que ambas são fator de risco para diabetes e compatíveis com DM  uso de medicação
doenças cardiovasculares futuras.  obesos ou sobrepeso hiperglicemiante
(IMC > 25) (corticóides, tiazídicos e
Tab. 2: Diagnóstico de Homeostasia deficiente de glicose  hipertensos (PA > beta-bloqueadores)
Diagnóstico critérios(mg/dl) 140/90)  HbA1C > 5,7%
 dislipidêmicos(trigliceríde  História de DCV
GDJ Glicemia de jejum ≥ 100 e < 126 o >250 e/ou HDLc <35)  Etnia de risco:
 parentesco em 1º c/ afroamericanos, latinos,
TDG TTOG* ≥ 140 e <200 diabético americanos, asiático
HbA1C americano e das ilhas do
alterada 5,7% a 6,4% Pacífico

NORMAL Glicemia de jejum < 100


TTOG* < 140  Triagem em crianças e adolescentes (krause): devem
HbA1C 4 a 5,6% ser triados os com IMC >p85 para idade que apresentem
2 dos seguintes fatores de risco:
*TTOG = teste de tolerância oral à glicose, onde a glicemia é
medida 2h após administração de 75g de glicose oral.  Historia familiar de DM tipo 2 em 1º ou 2º grau

ATENÇÃO: indivíduos com TDG apresentam > risco de


 Pertencentes à etnia de risco
aterosclerose comparados à população normal. Há períodos  Sinais de resistência à insulina (acantose
alternados de hipo e hiperglicemia. nigricans, HAS, dislipidemia ou sd. de ovários
policísticos (SOP) ou pouca massa corporal
para a idade gestacional)
CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO E TRIAGEM  História materna de diabetes ou DMG durante
DO DM (Krause) a gestação da criança
 Diagnóstico: Apesar de haver 3 testes diagnósticos
possíveis (Tab.3), o preferido é a glicemia de jejum (GJ) A triagem deve se iniciar a partir dos 10 anos ou inicio da
puberdade e realizada a cada 3 anos.

Tab.3: Testes diagnósticos para DM (mg/dl) CONSIDERAÇÕES SOBRE A INSULINA


Diagnóstico critérios

GJ ≥ 126 (preferido) Como já previamente discutido, a insulina exerce papel


chave no metabolismo não só de carboidratos, mas de
Diabetes HbA1C > 6,5% lipídeos e proteínas, e um controle ótimo do diabético,
significa normalizar o metabolismo dos macronutrientes. A
insulina possui ação anabólica, anticatabólica e de
Glicemia casual* ≥ 200 + sintomas clássicos transporte, porém é antagonizada pelos chamados
hormônios contra-reguladores (catecolaminas, glucagon,
TTOG > 200 cortisol e hormônio do crescimento). As ações que a insulina
3
exerce no metabolismo de cada macronutriente estão TRATAMENTO DO DM
descritas abaixo.

 ação anticatabólica  ação anabólica  ação de Como todo tratamento de uma doença crônica, o
transporte tratamento do DM requer um conjunto de medidas de caráter
vitalício, são elas:
 Carboidratos:  diminui degradação de glicogênio  Monitoração da glicemia
facilita conversão de glicose em  Terapia Nutricional
glicogênio no fígado e músculo  Terapia medicamentosa
 ativa translocação do GLUT 4 no  Plano de exercícios físicos
músculo e tec. Adiposo
 Lipídios:  inibe lipólise, prevenindo  cetonas Estas medidas conjuntamente, objetivam proporcionar ao
 estimula lipogênese, facilitando a paciente diabético o melhor controle glicêmico possível, já
conversão de piruvato em ácidos graxos livres que estudos demonstraram conclusivamente que níveis
 ativa LPL, estimulando transporte de TG elevados de glicose sanguínea causam complicações a
longo prazo tanto no DM tipo 2 quanto no DM tipo 1,
para o tec. Adiposo
incluindo retinopatia, neuropatia e nefropatia. Além das
 Proteínas:  inibe degradação e gliconeogênese
complicações vasculares citadas, a elevação da glicemia a
 estimula síntese
níveis > 200mg/dl, também acarreta desordens imunológicas
 reduz aminoácidos no sangue quando tais como:
glicose está 
 Maior risco de infecções nosocomiais (hospitalares) por
fungos e leveduras
 Aumento de infecções de cateter
TERAPIA NUTRICIONAL PARA PRÉ-DIABETES  Redução da função fagocitária
(Krause) (Dan)

Enfatizam a importância do estilo de vida para redução (Krause ) considera como terapia de 1ª escolha a terapia
do risco de desenvolver DM 2. As medidas incluem: nutricional + atividade física

MEDIDAS ADOTADAS NO TRATAMENTO DO DM


 Redução de 5 a 7% (Krause 13) ou 7% (Krause 18)
do peso inicial com recomendação de 60 min/dia
 Monitoração da glicemia
de ativ física Esta medida é fundamental sendo realizada de 2 formas ,
uma diária e outra a longo prazo, conforme descrito abaixo:
 Para melhora cardiorespiratoria recomenda-se 30
min/dia de ativ. Física moderada 1. automonitoração da glicose sanguínea (AMGS): Como o
próprio nome já sugere, na AMGS o próprio indivíduo avalia
 Aumento do consumo de cereais integrais melhora sua glicemia com utilização de equipamento próprio. Esta
sensibilidade à insulina independente do efeito no monitoração visa o estabelecimento de objetivos alvo de
peso. glicemia (Tab. 4), e a freqüência com que vai ser realizada
dependerá do tipo do DM e terapia global.
 Intervenção nutricional CARDIOPROTETORA
DM tipo 1  testar glicemia 4x/dia (antes de cada refeição e
na hora de dormir)
 15 a 45g (1 a 3 doses) por dia de álcool associa-se DM tipo 2  testar glicemia de 1 – 4x/dia, mas apenas 3 – 4
com redução de DM2, DAC e AVCs, entretanto dias/semana
NÃO se recomenda o consumo para quem não
tem o hábito de beber. Os resultados devem ser anotados em um diário e valores
de glicemia >240mg/dl requerem a realização do teste para
 Cirurgia bariátrica pode reduzir a incidência de DM detecção de cetonúria. Níveis elevados de glicemia +
em obesos, por promover redução da glicemia cetonúria persistente significa necessidade de ajuste de
insulina. Como no DM tipo 2 a cetose não é comum, só há
rapidamente, antes da redução significativa de necessidade do teste de cetonúria em presença de doença
peso. Este efeito pode estar relacionado ao desvio séria.
de nutrientes do TGI após a cirurgia ou pela
alteração no mecanismo de sinalização do 2.Hemoglobina glicosilada (HbA1C): Consegue monitorar a
intestino para ilhotas pancreáticas, músculos, glicemia de longo prazo, já que é capaz de avaliar a glicemia
gordura, fígado e outros órgãos (krause 2013). que o indivíduo manteve nas semanas ou meses antes do
exame. Por este motivo, fornece o melhor índice disponível
!!ATENÇÃO!! Alimentação do estilo mediterrâneo para controle total do DM. A utilização da hemoglobina para
avaliação da glicemia de longo prazo, baseia-se no fato de
(altas concentrações de ácidos graxos
que ao ser exposta a altas concentrações de glicose no
monoinsaturados, como o azeite, alta ingestão de plasma, a hemoglobina se liga à glicose por uma reação não
alimentos baseados em vegetais, legumes, frutas e enzimática, permanecendo ligadas por semanas ou meses.
nozes, quantidades moderadas de peixe e vinho e a Isto significa que caso o diabético tenha tido episódios de
baixa ingestão de carne vermelha e processada e hipeglicemia, a HbA1C dele estará acima da faixa de
laticínios integrais) foi associada à baixa incidência de normalidade.
diabetes. (Krause 2013) O teste deve ser feito 2x/ano nos pacientes
(Krause 2018) que estão com controle glicêmico estável e dentro das
metas. Já para os pacientes que não estão cumprindo as

4
metas ou que mudaram o tratamento, deve realizar o teste - melhora da saúde geral através da nutrição ótima e
trimestralmente. estímulo à prática de atividade física
Além dos objetivos já citados, é importante se preocupar
1% de mudança da HbA1C = mudança de 28-29mg/dl de com o controle metabólico do diabético sob TN, o que
glicemia significa evitar a hiperglicemia, hiperinsulinemia e
hipertrigliceridemia, trazendo benefícios para o indivíduo
como: (Dan)

Tab. 4: Metas de controle glicêmico  perfusão sanguínea  da viscosidade sanguínea


NORMAL META  agregação plaquetária  adesão endotelial
 catecolaminas  estresse oxidativo
Glicose em jejum/  função de leucócitos  quimiotaxia
pré-prandial < 100 90 – 130 (Krause)  infecção  cicatrização
70–130 (ADA 12)
Glicose pos Tab. 5: Metas de Níveis lipídicos para adultos em mg/dl
prandial de pico <140 < 180 Dado bioquímico meta
(1-2h apos < 160 (Dan 17) Colesterol <200
alimentação)

Hb A1c < 6% < 7% (Krause + Dan 17) LDL-c < 100


< 6,5% (Dan 09) Ou < 70 c/ DCV prévia (Dan 17)

(Krause 18) Objetivos menos rigorosos de HbA1C (< 8%), HDL-c
podem ser apropriados para os indivíduos com Homens > 45
complicações avançadas macro/microvasculares, história de mulheres > 55
hipoglicemia grave ou outras condições de comorbidades
extensas. Triglicerídeos <150

(Projeto diretrizes 2011)
A meta de pressão arterial é < 140 por < 90 (Krause 18)
Metas de glicemia: < 130 por < 90 (Dan 17)

Pacientes hospitalizados: entre 100 mg/dL e 180mg/ A meta de IMC : 20 – 25 (Dan 2009)
pacientes de CTI: mais próximo possível de 110 mg/dL.
 Estratégias para TN no DM
 Terapia Nutricional (TN)
A ADA enfatiza a importância do cuidado nutricional DM tipo 1
individualizado, pois já que nenhum regime insulínico - integrar a terapia insulínica com os exercícios habituais
funciona para todos, nenhuma dieta pode ser prescrita - alimentação em horários sincronizado com ação da insulina
igualmente para todos. Portanto, é recomendado uma - ajustar dose de insulina à quantidade de alimentos
prescrição baseada em perfis metabólicos e metas de habitualmente ingeridos
tratamento e não simplesmente baseado em percentuais de - ensinar ao paciente como administrar insulina para lanches
VET. A Chemin leva em consideração ainda a medicação que não façam parte do seu plano
em uso, atividade física e nível socioeconômico. - injeções múltiplas de insulina ou o uso de bomba infusora,
(Krause 2013) A ADA recomenda que a TN seja confere maior flexibilidade de quando e o que ingerir (Krause
disponibilizada por um nutricionista, em série inicial de 3 a 4 e Chemin), entretanto pode gerar ganho de peso (Chemin).
encontros com 45 a 90min cada um, compreendidos em 3 a - em adolescentes, especialmente no estirão do
6 meses. crescimento, a hiperglicemia será controlada às custas de
insulina e não de restrição alimentar, pois não se pode
Apesar do cuidado nutricional individualizado ser muito oferecer menos do que o mínimo para o crescimento e
importante e recomendado pela ADA, a educação nutricional desenvolvimento normais. a cada 3 meses (Krause)
com familiares e grupos de apoio (palestras, oficinas)
resultam em uma redução de HbA1C de 0,5 a 2%
(Dan 2017) DM tipo 2
 Objetivos da TN no DM (Krause, Dan, Cuppari e - apoio psicológico, exercícios físicos e mudança de hábitos
Chemin) alimentares
- manutenção da glicemia o mais próximo do normal - perda de peso moderada, da ordem de 5 a 7%(Chemin) ou
- conseguir níveis lipídicos ótimos (ver tab.5) 5 a 10% (Dan 2009) . Outras recomendações são (4,5 a 9kg
- prover calorias adequadas (para manutenção de peso – Krause 2013 ; 5 a 9kg – Cuppari; 2 a 8kg (Dan 2017) e
razoável para adultos, para crescimento de crianças e perda de 0,5 a 1kg/semana – Dan 2009) melhora a
adolescentes e para atingir resultados satisfatórios em sensibilidade à insulina e controle do DM, reduz dislipidemia
gestantes e lactantes e Hipertensão, mesmo sem atingir um peso desejável. Esta
- manutenção de níveis pressóricos que reduzam redução é ainda mais benéfica quando ocorre no início do
complicações macro e microvasculares diagnóstico.
- prevenção e tratamento de complicações agudas e a - (Krause 2018) Não aborda quantitativamente a oferta
longo prazo calórica. A recomendação é aumentar a atividade física e
5
fazer restrição moderada de calorias. Destaca que só a
perda de peso em si pode não estar associada à melhor - a sacarose apresenta índice glicêmico 40% menor que a
controle glicêmico, mas sim a Mudança de estilo de vida. glicose.
Ressalta a importância de intervenção
CARDIOPROTETORA. - (Krause + Chemin) as respostas glicêmicas dependem de
- restrição calórica de 250 a 500kcal da ingestão média fatores como quantidade de CHO, estrutura do açúcar,
diária tem efeito regulador na glicemia independente de natureza do amido, métodos de cocção, processamento,
qualquer efeito na perda de peso. A Chemin recomenda teor de fibras e demais macronutrientes nos alimentos.
ainda alto consumo de fibras e alguma restrição de sal para
esses pacientes (Chemin). - (Krause + Cuppari) Não há evidencias suficientes para
recomendar dietas com baixo índice glicêmico como
- Pacientes Obesos diabéticos : Redução de 500 a estratégia primária no planejamento alimentar do diabético
1000Kcal do VET diário previsto ( promove perda de 0,5 a
1Kg/sem) ou utilizar de 20 a 25 Kcal/kg/dia (Dan) - (Chemin) Atenção que a autora faz duas afirmações
totalmente opostas!! Em um parágrafo diz “não há
- pacientes hospitalizados: 25 a 35kcal/kg/dia (proj diretrizes) evidencias convincentes de benefícios do uso de índice
glicêmico em termos de controle metabólico” e em seguida
- diabéticos com IMC de 27 + riscos ou problemas de saúde diz “ A utilização do índice glicemico tem se associado a
ou IMC > 30 com ou sem riscos, que não atingem controle benefícios tanto na prevenção como no controle do DM”
metabólico com dieta, podem precisar de hipoglicemiantes
ou insulina.
Contagem de carboidratos (Dan)
- a cirurgia bariátrica está indicada para IMC > 35kg/m2,
especialmente se o diabetes ou as comorbidades Focada na ingestão de carboidratos em horas específicas do
associadas forem difíceis de controlar com estilo de vida e dia.
farmacoterapia. (Krause 2018)
OBS:
Dietas muito hipocalóricas (< 800 kcal) NÃO têm se 100% do CHO ingerido  convertido em glicose entre 15
mostrado efetivas na manutenção da perda de peso, pois min a 2 h.
estão associadas a ganho de peso após suspensão da dieta 35 a 60% das proteínas ingeridas  convertidas em glicose
(Chemin). em 3 a 4 h
10% das gorduras ingeridas  convertidas em glicose em 5
h ou mais.
 Considerações sobre os nutrientes no DM
Contagem de equivalentes de carboidratos
Carboidratos
1 porção = 15g de carboidratos = 1 equivalente
- a recomendação de carboidratos para diabéticos se
assemelha à de indivíduos não diabéticos: Os vegetais só são contabilizados se forem ingeridas mais
de 3 porções.
 100 – 300g/dia. (Dan 2009)
 45 a 60% do VET (Dan 2017) Contagem de gramas de carboidratos

Quantidades inferiores a 130 não são recomendadas, pois Soma-se cada grama de CHO do alimento. Necessidade de
podem gerar cetose! informações de rótulos e tabelas de referência.
Atenção! As fibras, apesar de pertencerem ao grupo de
 Dietas da moda, muito restritivas em carboidratos carboidratos, não são absorvidas como os demais. Quando
ou calorias, bem como jejum intermitente e dieta o alimento possuir 5 ou + g de fibras por porção, deve-se
cetogênica são totalmente desaconselháveis para subtrair este valor do total de gramas de carboidratos.
diabéticos (cuppari 2019)
Adoçantes nutritivos ou naturais (calóricos)
- Segundo ADA não há evidencia científica para restrição de
sacarose como parte total de carboidrato da dieta, podendo (Krause)
ela substituir outros carboidratos da dieta grama por grama, - sucos de frutas concentrados, mel, melaço, dextrose,
pois o mais importante é a quantidade de carboidratos e não maltose e xarope de milho NÃO apresentam vantagens
o tipo (Krause + Chemin + Dan). significativas sobre a sacarose.
- sorbitol, manitol e xilitol apesar de menos calóricos do que
- Segundo a Comunidade Européia, a oferta de sacarose outros carboidratos (2kcal/g x 4kcal/g), as evidências são
deve ser <10%VET ou < 25g de sacarose + frutose/dia escassas para sugerir que isto possa contribuir para redução
do VET. Além disto o consumo excessivo gera desconforto
Considerações sobre índice glicêmico gástrico e diarréia.

- a frutose tem um índice glicemico < sacarose e amido,


porém, seu uso como adoçante não é recomendado em Aspartame, sacarina e ciclamato são sensíveis ao calor e
função de seu uso excessivo (20% VET – Krause ou 12% portanto inúteis para cocção
VET - Dan 17) causar efeitos adversos sobre colesterol e
LDLc. O consumo de frutas e hortaliças que contenha Alimentos Diet e Light (Chemin)
naturalmente frutose NÃO deve ser restrito.
- Diet: são alimentos cuja composição atende às exigências
- a frutose tem índice glicêmico 5x menor que a glicose. de doenças específicas. Nesses casos estão incluídas dietas
6
com restrição de açúcar, mas também de sal, gorduras Gordura saturada
totais, colesterol, proteínas, glúten etc. Assim, não significa - recomenda-se < 10% VET para todos os DM
que podem ser sempre ingeridas por diabéticos. - se LDL-c for > 100, deve-se reduzir para < 7% VET

- Light: caracterizado por apresentar redução de no mínimo colesterol


25% em um ou mais ingredientes, não sendo também - recomenda-se < 300mg/dia
permitido sempre para diabéticos, já que esse ingrediente - se LDL-c for > 100, deve-se reduzir para < 200mg/dia
pode ou não ser o açúcar.
Diferente da Chemin que modifica a recomendação de
Fibras colesterol e saturada de acordo com o LDL-col, o Dan 2017
- úteis no tratamento de transtornos gastrointestinais e cita tanto as recomendações da ADA, quanto da SBD, que
câncer de cólon diferem, conforme abaixo:
- 20g/dia já mostram redução moderada de colesterol e
LDLc se em conjunto com uma dieta de no mínimo 50% Gordura saturada
carboidrato. ADA = <10%
- (Krause) apesar das fibras solúveis serem capazes de SBD = < 7%
reduzir a absorção de glicose no intestino delgado, esse
efeito na glicemia é insignificante. Ingestão de elevada Colesterol
quantidade (> 50g/dia) é necessária para que os efeitos Recomendações divergem entre 200 e 300mg/dia
apareçam. Com quantidades inferiores os efeitos são
controversos. Ácido graxo trans
ADA = mínimo possível
-(Chemin) as fibras solúveis apresentam efeitos benéficos na SBD < 1% do VET
glicemia e metabolismo lipídico. Já as insolúveis agem na
saúde intestinal, saciedade e consequentemente controle de gordura monoinsaturada
peso.
- melhoram tolerância à glicose por reduzirem resistência à
Recomendações: insulina
- 25 a 30g/dia de solúvel + insolúvel com destaque para - dietas ricas em monoinsaturados foi capaz de reduzir
solúvel (Chemin + Cuppari) LDL-c de forma semelhante à dietas ricas em carboidratos, e
ambas não apresentaram efeitos prejudiciais sobre os
- 25 g de fibras para as mulheres adultas e 38 g para triglicerídeos. Portanto a escolha de uma ou outra irá
homens adultos (Krause 18) depender da necessidade ou não de perda de peso,
conforme abaixo:
- 14g/1000kcal, sendo 5 a 10g de fibra solúvel por dia além
de metade de todos os grãos ingeridos na forma 1. pessoas que precisam perder peso: ingestão
integral.(Dan 17) menor de energia, baixo teor de gordura e
moderada em carboidratos

2. pessoas que não precisam perder peso: usar


Fitoesteróis alto teor de gordura monoinsaturada

(Dan 2017) Bloqueiam a absorção intestinal de colesterol gordura poliinsaturada (Dan 2017)
dietético e biliar. Consumo de 2g  LDL em 10%. -Recomenda 2 porções de peixe rico em w-3 por semana

Proteínas Suplementação de w-3:


- De acordo com a SBD suplemento de W-3 sendo 500mg
Não há evidências de que as necessidades protéicas de para prevenção primária e 1000mg para secundária de DCV
indivíduos diabéticos não complicados sejam diferentes, podem ser usados para tratamento de hipertrigliceridemia.
portanto recomenda-se:
- ADA não recomenda suplementação
- 10 a 20% (Krause 13)
- 15 a 20% (Krause 2018)
Gemas de ovo (Dan 2009)
contêm 200 a 250 mg de colesterol por unidade. A ATP III
A ingestão superior a 20% do VET não é recomendada. sugere apenas 2 gemas/semana.

- Proteínas vegetais têm efeitos renais significativamente Suplementos alimentar (Krause 2013)
diferentes do que as animais, sendo esta última apontada O ácido alfalipóico (ALA), um antioxindante, se administrado
como determinante na progressão da doença renal. venoso ou oral apresenta melhora nos sintomas da
neuropatia.
Lipídios

Álcool
(Dan 2017) No estado de jejum, o álcool pode provocar hipoglicemia em
20 a 35% do VET (IOM) pacientes que usam insulina (segundo Dan 2009 também
Individualizada (ADA) nos usuário de hipoglicemiante oral), pois além de não poder
Não ultrapassar 30% (SBD) ser convertido em glicose, ainda inibe a gliconeogênese.
Portanto, caso haja consumo alcoólico deve ser feito
(Chemin) SEMPRE COM ALIMENTOS!
7
Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD)
Jejum + insulina + álcool = hipoglicemia
!!Atenção!! Observe que a recomendação de fibras está de
A dose máxima permitida para usuário de insulina é de 2 2g/dia, quando o correto é 20g/dia.Trata-se de erro de
doses para homem e 1 dose para mulher (1 dose = 360 ml digitação mas está assim na tabela do Dan 17.
[Chemins = 330ml] de cerveja; 150 [Chemins = 140] de vinho
e 45[Chemins = 40] de destilados que correspondem à 15g Resumo das recomendações Cuppari (2019)
de álcool), caso não haja hipertrigliceridemia, já que esta
condição é proibitiva para o consumo alcoólico. Para incluir o
álcool no cálculo da dieta, o mesmo deve substituir a
gordura na seguinte equivalência:

1 bebida alcoólica = 2 quantidades de gordura

!!ATENÇÃO!! Krause 2018 não faz mais diferenciação entre


homens e mulheres. A quantidade é 15 a 30g de álcool para
ambos.

Sódio

(Dan)
As recomendações para diabéticos são as mesmas da
população em geral, ou seja, < 2.400 mg/dia de sódio.

- no caso de HAS leve a moderada: máximo de 2.400 mg/dia


- no caso de HAS + nefropatia: máximo de 2000 mg/dia

(Chemin)
Ingestão de 1.400mg de sódio ou 6.000mg de sal (atenção:
isto está errado, já que 6.000mg de sal são 2.400mg de
sódio e não 1.400mg como diz a autora

Vitaminas e minerais
Se a dieta alimentar for adequada, não se justifica a  Nutrição Enteral e Parenteral no DM (Dan + projeto
suplementação de vitaminas e minerais em diabéticos, pois diretrizes 2011)
seu benefício reserva-se apenas aos pacientes em risco de
deficiência, como os que apresentam glicosúria e cuidados Nutrição Enteral
intensivos. (Dan)
Os micronutrientes mais comentados no paciente Sabe-se que aproximadamente 30% a 40% dos
diabético são cromo e magnésio, por seus conhecidos diabéticos apresenta gastroparesia diabética, devido à
efeitos na melhora do controle glicêmico. Entretanto, no caso hiperglicemia causar degeneração das células nervosas do
do cromo, esse efeito só é observado quando a plexo mioentérico e conseqüente hipomotilidade.
suplementação é feita na presença de carência desse Mesmo com essa alteração da motilidade gástrica, a
mineral. Já no caso do magnésio, a reposição pode ser nutrição enteral é a via de escolha para pacientes
necessária nos pacientes com controle glicêmico precário e hiperglicêmicos que necessitem de terapia Nutricional. O
os que usam diuréticos, devido aos seu efeito de melhorar a posicionamento da sonda deve ser pós-pilórico ou jejunal e a
sensibilidade à insulina, especialmente no DM tipo 2. dieta polimérica, isosmolar. Segundo Dan, iniciar com baixa
infusão e aumentar gradativamente 10 a 20 ml/h a cada 12
Resumo das características da dieta (Dan 2017) horas.

(projeto diretrizes 2011)


 Pode-se utilizar as formulações-padrão, em que os
carboidratos preencham 50% do VET, ou
especializadas, onde os carboidratos contribuem com
33% a 40% do VCT

 Os ácidos graxos monoinsaturados devem ser os


lipídeos preferencialmente utilizados nas formulações
enterais

 O uso de fibras nas formulações enterais deve ser


encorajado, por todas as vantagens que seu uso
implica. Porém, os benefícios sobre o controle glicêmico
ocorrem somente com altas quantidades ingeridas
(cerca de 50 g/dia)

8
Nutrição Parenteral
Dose de insulina: DM tipo 1= 0,5 a 1UI/kg/dia
(Dan) DM tipo 2= 0,5 a 1,2 UI/kg/dia
 As indicações da NPT para o diabético não diferem
daquelas para população em geral. A manutenção da 1 a 1,5 unidades de insulina cobrem 10g de carboidrato
glicemia entre 100 e 200mg/dl é importante para evitar (Krause)
risco de infecção e hipoglicemia.
 Limitar a glicose da formulação parenteral a 1 unidade de insulina rápida ou ultrarrápida = 15g de CHO
aproximadamente 200g no primeiro dia de terapia. (Dan)

O uso de insulina se faz necessário na maioria dos


diabéticos em NPT e esta pode ser administrada além das Hipoglicemiantes orais
formas tradicionais, diretamente na bolsa/frasco de NPT. Ao
ser adicionada direto na bolsa/frasco de NPT, a Podem ser utilizados isolados ou em combinação para
disponibilidade de insulina torna-se variável devido à normalizar a glicemia de pacientes com DM tipo 2. A
interferência de vários fatores como material da bolsa/frasco, METFORMINA é o agente farmacológico inicial de escolha
temperatura, tipo de aminoácidos etc. Por este motivo, para o diabetes tipo 2, tanto em adição à orientação sobre o
recomenda-se que a dose seja ajustada através do controle estilo de vida e apoio para a perda de peso e atividade física
freqüente de glicemia. quanto quando os esforços para o estilo de vida
isoladamente não alcançaram ou mantiveram os objetivos
(Projeto Diretrizes 2011) glicêmicos.

 A principal fonte de carboidrato é glicose/dextrose e a Na tabela 07 (próxima página) seguem os hipoglicemiantes


infusão deve ser de no máximo 4mg/kg/min apresentados na Krause 2018
 A inclusão de emulsões lipídicas, na taxa de
aproximadamente 0,11g/kg/h é recomendada Considerações sobre os hipoglicemiantes:
 Emulsões lipídicas mistas (poliinsaturados + Metformina – um raro efeito colateral é a acidose lática, que
monoinsaturados) são superiores pelos efeitos pode matar. É mais comum de ocorrer em usuários de
benéficos dos monoinsaturados no perfil lipídico. álcool, disfunção renal ou hepática. Além disso podem
causar desconforto gastrointestinal e perda leve de peso.
 Terapia Medicamentosa
Sulfoniluréias – promovem ganho de peso e potencial para
hipoglicemia devido a longa meia-vida.
Insulina
A insulina utilizada no tratamento do DM pode ser de
Tiazolidinedionas – reduzem triglicerídeos e aumentam HDL,
origem animal (pâncreas de bovinos e suínos) ou humana.
porém podem causar edema e ganho de peso
Saber sua origem tem importância,pois a insulina humana
principalmente se em conjunto com a insulina, não sendo
apresenta mais rápida absorção, pico mais precoce e menor
por esse motivo indicadas para ICC avançada.
duração do que as animais, além de ter a vantagem de
produzir menos anticorpos.
Considerações sobre efeito dos medicamentos no perfil
lipídico:
Ela pode ser classificada nas categorias abaixo:
- A insulina reduz a hipertrigliceridemia e aumenta HDL
- as sulfoniluréias, metformina e acarbose reduz a
hipertrigliceridemia
- as glitazonas também reduzem hipertrigliceridemia mas
podem elevar LDL e lipoproteína a.

efeito comum a todos: reduz triglicerídeos

 Plano de Exercícios
O exercício auxilia na melhora da sensibilidade à insulina,
reduz fatores de risco cardiovasculares, controla o peso e
saúde mental e devido às diretrizes os diabéticos podem se
exercitar com segurança. Os efeitos dos exercícios serão
diferentes em diabéticos tipo 1 e 2, conforme descrito
abaixo.

DM tipo 1: A insulinemia antes e após o exercício é uma


importante variável. Se o nível de insulina estiver muito alto
pode potencializar a hipoglicemia devido à maior captação
pelo músculo exercitado. Em oposto, se os níveis de insulina
forem baixos (diabéticos hipoinsulinizados) ocorre 
gliconeogênese e produção de corpos cetônicos.

DM tipo2: o exercício pode melhorar o controle glicêmico, já


que aumenta a sensibilidade à insulina, gerando uma maior
utilização de glicose por tecidos periféricos por até 48h após
9
o exercício. O exercício reduz cerca de 10 a 20% os valores
de HbA1C, além de reduzir os triglicerídeos e a pressão
arterial. Entretanto os efeitos nos níveis de HDL – c não são
claros.

Adicional de carboidratos para usuários de insulina


- adicionar 15g de carboidratos para cada 30 –
60min de atividade
- um lanche é necessário se a glicemia antes do
exercício for < 100mg/dl
- exercícios moderados por menos de 30 min
raramente requerem ajustes.
- a ingestão de carboidratos após 40 a 60 min do
exercício também auxilia na prevenção da hipoglicemia
- oferecer bebidas com até 6% de carboidratos é
interessante pois apresentam rápido esvaziamento gástrico
(semelhante à água)

Ajustes de Insulina
- Na prática de atividade física moderada a
extenuante por mais de 45 min, deve-se fazer uma redução
aguda de insulina d ordem de 1 – 2U.
- Além dessas reduções agudas, um plano de
condicionamento físico a longo prazo acaba reduzindo em
15 a 20% a quantidade usual de insulina necessária

(Krause )
 O exercício de 50 a 80% do Vo2max , 3 a 4 x/sem, de 30
a 60 min pode melhorar HbA1C em 10% do nível inicial.

 A ADA recomenda 150 min/semana de ativ física


aeróbica moderada (50 a 70% da freq. Cardíaca
máxima) ou 90 min/semana de atividade intensa (> 70%
da freq. Cardíaca máxima) para melhor controle
glicêmico, redução de peso e prevenção de DCV.

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Tabela 07: Hipoglicemiantes orais usados no Diabetes tipo 2
(Krause 2018)

11
Hipoglicemia leve – glicemia entre 50 e 70mg/gl (sintomas
Problemas potenciais com exercícios: autônomos): tremor + sudorese + palpitação + fome

- Hipoglicemia: mais comum após o exercício, pela Hipoglicemia grave – glicemia < 50mg/dl (sintomas
necessidade de reposição de glicogênio hepático e muscular neuroglicopênicos): cefaléia + confusão mental +
incoordenação motora + visão borrada + ira + convulsões
- Hiperglicemia: pode ocorrer em exercícios de alta podendo chegar ao coma.
intensidade que estimulama liberação dos hormônios contra-
reguladores (ação hiperglicemiante). As principais causas da hipoglicemia incluem:
- excesso de insulina ou - refeições omitidas,
- No caso de DCV preexistente o exercício pode precipitar hipoglicemiantes orais inadequadas ou atrasadas
arritmias, isquemias ou infarto do miocárdio
- falta de sincronização entre - aumento de exercícios ou
- Na Presença de neuropatia periférica, o risco de lesão dos horários da insulina e exercícios não planejados
pés, tecido mole e articulações é maior. Deve-se utilizar refeições
calçado de alta qualidade
- terapia intensiva com - ingestão de álcool sem
- A pressão arterial pode se elevar mais em diabéticos do insulina alimento
que em não diabéticos. Se a pressão SISTÓLICA for > 180 a
200mmHg, o exercício não deve ser iniciado.(krause ) Tratamento:
(Krauses)
Se a glicemia for < 70mg/dl tratar com 15 g de carboidrato,
COMPLICAÇÕES AGUDAS que equivale a:
Síndrome Hiperosmolar Hiperglicêmica Não Cetótica
(krause 13)
(SHHNC) - 3 tabletes de glicose ou;
Caracterizada por uma glicemia extremamente alta, podendo
- suco de frutas ou refrigerantes NÃO DIET(118,29 a
variar de 600 a 2000mg/dl (média de 1000mg/dl), ausência 177,44ml ) ou;
ou pouca cetona e desidratação profunda. Apesar de rara, - 1 colher de sopa de açúcar ou mel ou;
esta condição pode ocorrer em idosos com DM tipo 2. Estes - 6 bolachas salgadas
pacientes não fazem cetose, pois possuem insulina
suficiente para evitar a lipólise exagerada e conseqüente
(Krause 18)
produção excessiva de corpos cetônicos.
- 113 a 170 gramas de suco de fruta ou refrigerante não
dietético;
SHHNC = DM tipo 2
- 170 gramas (1/2 lata) de refrigerante não dietético;
- 227 gramas (1 copo) de bebida energética não dietética)
Tratamento: hidratação + pequenas doses de insulina para
controlar a hiperglicemia Deve-se esperar 15 min e reavaliar a glicemia. Caso esteja
ainda < 70mg/dl, repetir a conduta acima quantas vezes for
Cetoacidose diabética (CAD)
necessário para normalizar a glicemia.
Complicação reversível, mas se não tratada pode levar ao
(Chemin) Ao contrário da Krause, não especifica como deve
coma e óbito. A CAD é sempre o resultado de insulina
ser feito o tratameto da hipoglicemia, diz apenas que a
inadequada para utilização de glicose, gerando níveis muito
resposta inicial ao TTO aparece em 10 a 20 min e que a
altos de glicemia (>250mg/dl, mas em geral < 600mg/dl) e glicemia deve ser reavaliada em 60 min.
cetonas na urina. Como os tecidos não conseguem captar a
glicose, os lipídios passam a ser a fonte energética principal. Tratamento com formas líquidas ou sólidas de glicose não
Com isso, ocorre intensa lipólise e cetogênese, tendo como faz diferença (Krause).
conseqüência a acidose, que resulta deste aumento da
produção e redução da utilização dos corpos cetônicos
Efeito Somogyi x Fenômeno do amanhecer(ou Dawn ou
(ácido acetoacético e 3-beta-hidroxibutírico). Os sintomas da madrugada)
incluem poliúria, polidipsia, hiperventilação, desidratação,
odor de frutas e fadiga. Doenças agudas aparentemente Ambos são caracterizados por hiperglicemia matinal,
simples (gripe, resfriados, vomito, diarréias) se não porém os mecanismos para que ocorra a hiperglicemia são
adequadamente tratadas, podem gerar CAD. É uma diferentes. O efeito somogyi (hiperglicemia de rebote) ocorre
complicação muito mais comum em DM tipo 1, mas pode quando se administra uma dose excessiva de insulina de
acontecer em pacientes DM tipo 2 sob estresse orgânico.
ação intermediária antes do jantar, que gera uma
hipoglicemia durante a madrugada. Em resposta a esta
CAD = deficiência de insulina (DM tipo 1 ) hipoglicemia, ocorre elevação dos hormônios
hiperglicemiantes contra-reguladores, fazendo com que o
Tratamento: insulina + reposição hidroeletrolítica indivíduo tenha hiperglicemia matinal.
+monitoração médica. Durante a fase aguda a ingestão oral Em oposto ao efeito somogyi, o fenômeno do amanhecer
de cerca de 150 – 200g de carboidrato/dia previne ocorre devido a uma dose insuficiente de insulina antes de
cetoacidose por inanição. dormir, que não consegue abranger o período do amanhecer
(4 às 8 horas da manhã), quando naturalmente, em
Hipoglicemia indivíduos sadios ou diabéticos, ocorre o pico do hormônio
Ocorre como efeito colateral comum da terapia com insulina.
de crescimento (determinado pelo ciclo circadiano) e dos
Os sintomas experimentados pelos pacientes variam de outros hormônios contra-reguladores. Sendo assim, com
acordo com a gravidade da hipoglicemia.

12
aumento dos hormônios hiperglicemiantes e sem a insulina Mais de 80% dos pacientes diabéticos têm alguma
para controlar, o indivíduo faz hiperglicemia matinal. formade retinopatia 15 anos após o diagnóstico, sendo ela
uma importante causa de cegueira entre adultos.
Tratamento e prevenção do fenômeno do amanhecer: Foi demonstrado que o tratamento intensivo com
administrar insulina de ação intermediária ou de longa insulina, que consigam reduzir os níveis médios de glicemia
duração antes de dormir,assim ela atingirá o pico justamente para quase normais, previnem ou melhoram a retinopatia.
no horário de elevação dos hormônios contra-reguladores.
DM tipo 1: exame ocular anual 5 anos após o diagnóstico
COMPLICAÇÕES A LONGO PRAZO DM tipo 2: exame ocular anual
(DOENÇAS MACRO + MICROVASCULARES)
Os hormônios da puberdade aceleram a retinopatia
DOENÇAS MACROVASCULARES
Nefropatia
Doença Cardíaca Coronária, Doença Vascular Periférica
e Doença Cerebrovascular Mais de 20% dos diabéticos tem nefropatia após 10 a 15
anos de doença, podendo esta progredir para doença renal
São as mais comuns, tendem a acontecer em idade mais de estágio final (mais comum no DM 1), onde será
precoce e serem mais graves em diabéticos, que inclusive necessária diálise e transplante.
apresentam um risco para seu desenvolvimento de 2 a 4x A evidência clínica mais precoce de nefropatia é o
maior que não diabéticos . Vale ressaltar que no DM tipo 2, aparecimento de microalbuminúria (>30mg/dia ou TFG = 20
as LDL são menores e mais leves, sendo portanto mais microgramas/min). Caso não haja intervenção, pode evoluir
aterogênicas, mesmo sem aumento significativo de seus para macroalbuminúria ( > 300mg/dia ou TFG = 200). Deve-
níveis séricos. se realizar anualmente o teste de albuminúria para DM tipo 1
Em oposto ao que se observa na população não 5 anos após o diagnóstico e imediatamente após o
diabética, as mulheres diabéticas morrem mais de diagnóstico no tipo 2.
cardiopatias do que os homens diabéticos. Embora a doença não possa ser curada, sua progressão
pode ser lentificada com algumas medidas como controle
Dislipidemias glicêmico e da pressão arterial. Os antihipertensivos
inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) são
O tratamento das dislipidemias envolve um melhor controle capazes de reduzir a taxa de filtração glomerular,
glicêmico, perda de peso gradual e moderada, menor lentificando a lesão renal. Por este motivo, são
ingestão de gorduras saturadas e colesterol e aumento de recomendados como tratamento primário em todos os
atividade física. diabéticos tipo 1 hipertensos ou não. No caso de DM tipo 2
As medidas de tratamento devem ser norteadas conforme com hipertensão a droga de escolha são os bloqueadores
abaixo: dos receptores de angiotensina. A outra medida seria o
controle da ingestão protéica conforme abaixo:
LDL col entre 100 e 130mg/dl = mudanças no estilo de vida
LDLcol > 130mg/dl = iniciar estatina (inibidor da HMGcoA
redutase) (Krause )
HDL col < 40 = iniciar ácido fíbrico (fenobibrato) ADA EBNPG recomenda ingestão < 1g/kg/peso/dia para
nefropatia diabética, sendo que 0,7g/kg está associada à
A aspirina deve ser usada em todo adulto diabético com hipoalbuminemia e 0,9g/kg não está. (ADA,2008)
doença macrovascular.
Alguns estudos exploram os benefícios da utilização de
Terapia Nutricional nas dislipidemias proteína vegetal ao invés de animal (Chemin).
 Se triglicerídeos forem> 1000mg/dl deve-se restringir
todos os tipos de gordura, exceto óleo de peixe, já que o O beneficio da PTN vegetal frente à animal ainda é
W-3 exerce efeito benéfico na redução dos triglicerídeos inconclusivo (Krause )
Hipertensão
Neuropatia
O tratamento deve ser vigoroso e o objetivo é P.A <
140/90mmHg. Para atingir esse valor pode-se adotar A neuropatia se apresenta nos dois tipos de DM e é fruto da
medidas como restrição de sódio para 2400mg (6g de sal), lesão dos nervos pela hiperglicemia. Pode afetar o sistema
redução de peso e restrição de álcool. Atenção que Chemin nervoso periférico (neuropatia periférica), afetando
também recomenda 6.000mg de sal, mas diz erroneamente principalmente pés e mãos, e sistema nervoso autônomo
que isto equivale a 1.400mg de sódio. afetando sistemas e orgãos com descrito abaixo.
Pacientes com P.A de até 139 x 89mmHg devem ser - sistema cardiovascular: menor resposta aos impulsos
tratados apenas com terapia nutricional por um máximo de 3 nervosos cardíacos levando à cardiopatia isquêmica (Infarto)
meses. Valores de P.A maiores já necessitam de indolor.
intervenção medicamentosa.
- função sexual: a manifestação mais comum é a impotência
em homens.
DOENÇAS MICROVASCULARES
- trato gastrointestinal: pode se manifestar em esôfago
Retinopatia (náusea e esofagite), estômago (gastroparesia) e intestinos
(perda de nutrientes, diarréia e constipação), podendo
provocar efeitos prejudiciais no controle glicêmico.
13
Tratamento: refeições pequenas e freqüentes, pobres em desses fatores, existem outras condições particulares dos
fibras e gorduras. A insulina deve ser ajustada considerando idosos que favorecem o DM, tais como: maior adiposidade,
a absorção de glicose atrasada pela gastroparesia. redução da atividade física, medicações múltiplas, genética
e doenças coexistentes.
Devido à preocupação com a desnutrição (mais
CIRURGIA E DM prevalente do que a obesidade em idosos), deve-se propiciar
(Dan) uma dieta que seja capaz de preencher suas necessidades.
Após uma cirurgia em um paciente diabético, pode ser Segundo à ADA , pessoas com DM residindo em clínicas de
difícil controlar a glicemia em função de estímulos cuidados a longo prazo, podem se dar bem com a mesma
hiperglicemiantes presentes, como o uso de soluções de dieta servida aos demais residentes.
dextrose intravenosa e a elevação dos hormônios Um suplemento multivitamínico diário para os idosos
contrareguladores gerada pelo estresse cirúgico. pode ser apropriado e recomenda-se no mínimo 1200mg de
Os pacientes devem receber aproximadamente 200g de cálcio e 15 microgramas ou 600UI de Vit A/ dia.
carboidratos/dia, distribuídos de maneira uniforme ao longo
do dia, a fim de evitar a cetose de inanição que é gerada no
jejum. HIPOGLICEMIA NÃO DIABÉTICA (este
Se for necessária a nutrição enteral, a tolerância pode assunto existe apenas na Krause)
aumentar com velocidade de infusão constante, e as
fórmulas específicas para DM podem ser benéficas. É definida pela presença de três características que
compõem a tríade de Whipple (glicemia baixa + sintomas
DM EM CRIANÇAS de hipoglicemia + melhora dos sintomas pela correção da
hipoglicemia).
A base para um plano alimentar em crianças diabéticas é
a avaliação nutricional que deve compreender Se a hipoglicemia for a causa dos sintomas, eles
antropometria, história alimentar, exames bioquímicos e desaparecem 10 a 15 min após uma refeição.
avaliação dos sentimentos e preocupações da família.
Crianças recém diagnosticadas com DM tipo 1, podem As síndromes hipoglicêmicas são classicamente
se apresentar com perda de peso e fome, e por esse motivo, divididas em hipoglicemia pós-prandial (reativa) e
um dos objetivos nutricionais principais nesta criança é hipoglicemia do jejum (privação alimentar)
manutenção de crescimento e desenvolvimento normais.
Para tal, a estaura e peso devem ser registrados em gráficos  HIPOGLICEMIA PÓS PRANDIAL
de crescimento a cada 3 a 6 meses.
As possíveis causas para ganho excessivo ou precário Caracterizada por glicemia abaixo dos níveis normais 2 a 5h
de peso devem ser avaliadas. após a refeição. Pode ser dividida em 2 tipos principais e
outras causas menos comuns (síndromes raras), conforme
Ganho precário de Ganho excessivo de descrito abaixo:
peso peso
- mau controle glicêmico - ingestão calórica  Hiperinsulinismo alimentar: É o tipo mais comum, sendo
- insulina inadequada excessiva observado em pacientes submetidos à gastrectomia. Nada
- super restrição de calorias - superTTO de mais é do que a síndrome de Dumping.
hipoglicemia
causas Ñ realcionadas ao TTO - superinsulinização  Hipoglicemia Reativa Idiopática: Condição rara, causada
- anormalidades na tireóide - pouca ativ. Física por um aumento da sensibilidade à insulina (secreção
- síndrome de má absorção - hipotireoidismo permanece normal) associado à redução da sensibilidade ao
TTO = tratamento glucagon, o que induz hipoglicemia pós-prandial tardia.

DM EM ADOLESCENTES  Síndromes Raras: intolerância hereditária à frutose,


galactosemia, sensibilidade à leucina.
Assim como nas crianças, o plano alimentar dos
adolescentes diabéticos inicia-se com a avaliação  HIPOGLICEMIA DO JEJUM
nutricional, sendo os objetivos de glicemia, determinados em Pode ocorrer em resposta a um jejum superior a 8 horas,
conjunto com o jovem e a família, para que sejam realistas. entretanto geralmente está relacionada a uma doença de
A maioria dos educadores pediátricos recomenda que se base séria como as alterações hormonais descritas abaixo:
inicie com um plano mais preciso para que aos poucos ele
se torne mais flexível e não o contrário. Hipopituitarismo => menor estímulo para liberação de
Deve-se estar atento aos níveis lipídicos destes jovens, corticóides e catecolaminas (hormônios hiperglicemiantes)
já que apresentam maior risco de doenças cardiovasculares
quando comparados à indivíduos da mesma idade e sexo. Insuficiência adrenal => não há produção de cortisol
(homônio hiperglicemiante)
Deve-se seguir as recomendações do NCEP para crianças e
adolescentes. Deficiência de catecolaminas e glucagon => ambos são
hormônios hiperglicemiantes, logo sua ausência favorece a
hipoglicemia
DM EM IDOSOS
Insulinoma e outros tumores pancreáticos => o insulinoma é
A prevalência de DM e Tolerância deficiente à glicose um tumor pancreático que produz elevadas quantidades de
(TDG) em idosos é maior e acredita-se que isto se deva, em insulina, favorecendo com isso, a hipoglicemia.
grande parte, à resistência insulínica + redução da síntese
de insulina que ocorrem naturalmente nos idosos. Além

14
Doença hepática adquirida => Apesar de não ser uma causa (C) Evitar o consumo de bebidas e alimentos contendo
hormonal, também é uma importante causa de hipoglicemia, cafeína
pois o fígado doente tem menor capacidade de armazenar (D) Diminuir a ingestão de gorduras
glicogênio e fazer gliconeogênese. (E) Não há necessidade de restringir o consumo de
álcool
Hipoglicemia < 60 mg/dl = sintomas clássicos de
hipoglicemia 4) Sobre os efeitos da insulina no metabolismo dos
carboidratos, é incorreto afirmar:
Hipoglicemia < 50 mg/dl = deficiência da função cerebral (A) diminui a degradação e liberação de glicose
proveniente de glicogênio no fígado
(B) facilita a conversão de glicose em glicogênio
Tab. 9: Diretrizes para prevenção dos sintomas (C) ativa o sistema de transporte de glicose no músculo
hipoglicêmicos (D) ativa o sistema de transporte de glicose nas células
RECOMENDAÇÃO EXPLICAÇÃO adiposas
Ingerir 5 -6 pequenas Estabilização dos níveis de (E) aumenta a degradação e liberação de glicose
refeições/dia glicose ao longo do dia proveniente de glicogênio no fígado
Refeições muito concentradas em
Distribuir a ingestão de CHO geram pico de glicemia 5) Sobre os efeitos da insulina no metabolismo dos
carboidratos ao longo do seguido de excesso de liberação lipídeos no diabético, é incorreto afirmar:
dia e evitar alimentos de insulina, causando
concentrados em hipoglicemia (hipoglicemia de (A) inibe a lipólise
carboidratos(refrigerantes, rebote) (B) previne a excessiva produção de cetonas e
xaropes, balas, doces etc) cetoacidose
A cafeína pode causar os (C) facilita a conversão de piruvato em ácidos graxos
Evitar bebidas e mesmos sintomas da livres
alimentos com cafeína hipoglicemia (D) ativa a lipoproteína lípase
(E) não estimula a lipogênese
Evitar consumo de álcool O álcool inibe a gliconeogênese
6) Uma paciente recém diagnosticada com Diabetes
Reduzir ingestão de Dietas hiperlipídicas causam Mellitus tipo 2 pergunta sobre o manejo dietético de sua
gorduras resistência insulínica doença. Qual das afirmativas a seguir constitui um bom
conselho?
(A) restrição de carboidratos e dieta com altas
EXERCÍCIOS quantidades de proteína
(B) Evitar a ingestão de sacarose
(C) Ingestão menor que 7% de gordura saturada
1) A American Diabetic Association recomenda que, (D) A ingestão calórica deve ser bem consistente de
com relação à ingestão de CHO, a terapia nutricional de um dia para o outro
portadores de DM tipo 2 seja baseada na quantidade (E) Preferir proteínas de origem animal dado seu valor
total de CHO consumido e não na fonte deste CHO. biológico
Equivale a uma fonte de CHO, uma porção de um
alimento que apresenta uma quantidade, em gramas, de 7) No tratamento do indivíduo diabético é correto
CHO igual a: afirmar que:
(A) 15 (A) A insulina de curta duração, como a regular, tem
(B) 20 sua duração entre 3 a 6h e pico entre 2 a 3h
(C) 25 respectivamente
(D) 30 (B) As sulfoniuréias de segunda geração não devem
(E) 35 ser administradas junto às refeições
(C) O fracionamento das refeições não se correlaciona
2) Quanto aos ajustes de CHO para os exercícios de com o período inicial de atuação da insulina NPH e
duração e intensidade moderadas, ou seja de 30 a seu tempo de efeito máximo
60 minutos em adultos, é incorreto afirmar que: (D) A biguanida deve ser administrada junto à refeição
pois aumenta a produção de glicose hepática
(A) exercícios moderados por menos de 30 min (E) O fracionamento dietético deve ser planejado
raramente requerem ajustes diferentemente para insulina lenta e NPH, devido
(B) quando a glicemia é < 100 mg/dl, não é necessário ao tempo diferente de atuação
ajuste
(C) quando a glicemia é de 100 a 180 mg/dl, o ajuste é 8) O Diabetes Melito é uma doença crônica que
de 10 a 15g de CHO/hora requer mudança no estilo de vida do paciente para
(D) quando a glicemia é de 180 a 300 mg/dl, o ajuste é prevenção de complicações decorrentes da
desnecessário doença. Dentre as alternativas que se seguem,
uma complicação a longo prazo do Diabetes Melito
3) Não é considerada diretriz para prevenção dos é a:
sintomas hipoglicêmicos:
(A) sensação de desmaios
(A) Consumir pequenas refeições com lanches (B) perda de peso corporal
intercalados (C) hiperglicemia pós-prandial
(B) Distribuir a ingestão de carboidratos ao longo do (D) hipertensão arterial sistêmica
dia (E) hipoglicemia em jejum

15
9) O aumento da glicose sanguínea pode ser adiposo e muscular) está convertido em estado
indicativo de Diabetes Melito. Em indivíduos saudáveis catabólico
a glicemia máxima de jejum considerada normal, em (B) A cetoacidose diabética é mais comum em
mg/dl é de: diabéticos do tipo 2
(A) 110 (C) A síndrome de desidratação hiperglicêmica
(B) 109 caracteriza-se por desidratação, hiperglicemia e
(C) 126 conseqüentemente cetoacidose diabética
(D) 140 (D) A cetoacidose está intimamente relacionada à
(E) 200 reguladores como o cortisol
(E) Na cetoacidose diabética é comum a ocorrência da
10) Os edulcorantes são substancias orgânicas não lipólise e da glicólise
glicídicas capazes de conferir sabor doce aos alimentos
e podem ser classificados em naturais e artificiais.
Assinale a opção que apresenta somente edulcorantes 15) As manifestações fisiopatológicas do Diabetes
naturais: Mellitus estão intimamente ligadas à ineficiência
(A) aspartame, ciclamato e sacarina insulínica. Observando-se as ações da insulina,
(B) acessulfame-K, esteviosídeos e aspartame algumas conseqüências da sua ineficiência são:
(C) manitol, frutose e acessulfame-K
(D) esteviosídeos, sorbitol e manitol I – diminuição da glicemia
(E) ciclamato, sorbitol e frutose II – diminuição dos aminoácidos no sangue
III – lise de triglicerídeos com liberação de ácidos
11) O efeito do álcool sobre a glicemia de indivíduos graxos e glicerol
diabéticos depende de alguns fatores. A ingestão
em jejum, de doses controladas de bebida (A) apenas o item II é verdadeiro
alcoólica, por pacientes que necessitam de insulina (B) apenas os itens I e III são verdadeiros
resulta em: (C) os itens I, II e III são verdadeiros
(D) apenas os itens I e II são verdadeiros
(A) hiperglicemia (E) apenas o III é verdadeiro
(B) hipoglicemia
(C) glicemia normal 16) Na terapia nutricional do Diabetes Mellitus tipo 2,
(D) hipertrigliceridemia com alterações do perfil lipídico, não deve ser
(E) hiperinsulinemia recomendado

12) As seguintes afirmativas sobre o tratamento do (A) para pacientes com LDL – c acima da taxa
Diabetes Mellitus tipo 1 (DM-1) estão corretas, normal, a gordura saturada deve representar
exceto: menos de 7% do VET
(B) para pacientes com LDL – c acima da taxa
(A) uma das metas da dietoterapia no portador de DM- normal, o consumo diário de colesterol deve
1 é a manutenção da glicemia o mais próximo do ser menor que 200mg
normal, através do balanceamento entre dieta, (C) para pacientes com triglicerídeos acima do
medicação e atividade física valor normal, a ingestão de gordura saturada
(B) o exercício físico auxilia no tratamento do DM-1, não deve ser superior a 10% do VET
pois diminui a gliconeogênese, aumenta a (D) para pacientes com triglicerídeos acima do
utilização muscular de glicose, reduz produção de valor normal, sugere-se um aumento da
corpos cetônicos e melhora a glicemia ingestão de gordura monoinsaturada
(C) A recomendação de proteína para o indivíduo (E) para estes pacientes, a gordura poliinsaturada
diabético é bem superior à do individuo sadio de ocorrência natural necessitam ser
(D) O aporte de lipídeos deve representar 80-90% do reduzidas
VET junto com os carboidratos, e o consumo de
colesterol deve ser inferior a 300mg/dl como forma 17) A hipoglicemia é um efeito colateral da terapia com
de prevenir dislipidemias insulina, embora também possa ocorrem em
(E) A sacarose não tem restrição pacientes que utilizam hipoglicemiantes orais. O
tratamento imediato para condições de glicemia <
13) A Diabetes melito é um distúrbio metabólico em que 70mg/dl é:
está prejudicada, em grau variável, a capacidade
de metabolização de glicídios, surgindo em (A) administrar imediatamente uma solução de
conseqüência, EXCETO: glicose intravenosa
(A) Hiperglicemia. (B) ingerir imediatamente um copo de água com 2
(B) Glicosúria. colheres de sopa de açúcar
(C) Poliúria. (C) ingerir 15g de sacarose, exclusivamente,
(D) Distúrbios do metabolismo de lipídios. devido à facilidade de absorção
(E) Na ocorrência da nefropatia diabética há diminuição, (D) ingerir 15g de carboidrato que corresponde a 1
no início, do ritmo de filtração glomerular. copo de suco de fruta
(E) ingerir qualquer quantidade de carboidrato
14) Em relação à cetoacidose diabética é correto para evitar os efeitos da hipoglicemia
afirmar:

(A) A cetoacidose é uma condição em que o 18) Em um paciente com Diabetes Mellitus há 3 anos,
metabolismo em três tecidos importantes (hepático, com 48 anos de idade, IMC> 30, a conduta
dietoterápica mais recomendada é:
16
(A) 110 – 125 mg%
(A) hiperproteica, normoglicídica e normocalórica (B) ≤ 126 mg%
(B) hiperproteica, hiperglicidica e hipercalórica (C) < 140 mg%
(C) hiperproteica, normoglicidica e normocalórica (D) > 200mg%
(D) normoproteica, hipoglicidica e hiperlipidica (E) 140 - 200mg%
(E) normoproteica, normoglicidica e hipocalórica
25) O DM tipo 1 caracteriza-se por:

19) Sobre as vantagens de altas ingestões de fibras (A) obesidade


para indivíduos com diabetes, não é correto afirmar: (B) início após os 30 anos de idade
(C) dependência de insulina exógena
(A) torna a digestão e absorção dos nutrientes (D) células beta intactas
mais lenta (E) níveis elevados de insulina endógena
(B) diminui a glicose plasmática pós-prandial
(C) aumenta a sensibilidade dos tecidos à insulina 26) O primeiro achado da presença de nefropatia
(D) diminui a liberação de homonios contra- diabética é:
reguladores (A) glicosúria
(E) diminui a saciedade entre as refeições (B) microalbuminúria
(C) albuminúria
20) A fibra dietética solúvel demonstra melhora no (D) cetonúria
controle da glicose sanguínea do diabético quando: (E) hematúria

(A) aumentar a diurese 27) Para um paciente com diagnóstico de DM tipo 2 há


(B) diminuir o tempo de trânsito intestinal 4 anos, com 52 anos, IMC > 30, não é objetivo da
(C) aumentar o esvaziamento gástrico conduta dietoterápica:
(D) retardar a absorção de glicose
(E) diminuir a ingestão hídrica (A) reduzir a ingestão calórica
(B) aumentar a ingestão protéica
21) Na vida do diabético, o tratamento dietético e a (C) manter normais os lipídios séricos e pressão
orientação alimentar bem conduzidos e adequados arterial
à situações específicas de cada paciente, são (D) manter a glicemia
essenciais para se alcançar os objetivos do (E) reduzir a ingestão de gordura saturada e
tratamento dietético, que são: colesterol
(A) restaurar e conservar o estado nutricional,
com manutenção ou obtenção do peso ideal, 28) Na terapia dietética aplicada à indivíduos
proporcionar o crescimento normal de crianças diabéticos, os fatores que afetam a resposta
e adolescentes glicêmica ao alimento são:
(B) Evitar variações amplas de glicemia (A) velocidade de ingestão e componentes do alimento
(C) Formar hábitos dietéticos que sejam úteis para (B) métodos de cozimento e processamento, e glicemia
toda vida, em especial para crianças e jovens do indivíduo
(D) Todas as alternativas estão corretas (C) métodos de cozimento e processamento, e
doenças associadas ao diabetes
22) O paciente portador de diabetes mellitus tratado (D) componentes do alimento e glicemia do indivíduo
com hipoglicemiante oral ou insulina não deve (E) hidrólise gástrica e doenças associadas ao diabetes
ingerir bebidas alcoólicas devido ao risco de:
29) Dentre as vantagens de altas ingestões de fibra na
(A) hipoglicemia terapia dietética aplicada à diabéticos, temos, com
(B) hiperglicemia exceção de:
(C) cetose (A) a digestão e absorção lenta dos nutrientes
(D) hiperglicemia de rebote (B) o aumento da sensibilidade dos tecidos à insulina
(E) cetoacidose (C) a atenuação da produção hepática de glicose
(D) a diminuição do colesterol sérico
23) PJ, 56 anos com diagnóstico de DM tipo 2. (E) a alteração da fármaco-cinética de certas drogas
Segundo o inquérito alimentar, a paciente consome
10g de fibra total /dia, considerado abaixo do valor 30) Quanto ao DM tipo 1, é correto afirmar que:
recomendado para diabéticos. Para elaboração do (A) as pessoas afetadas são magras, tem início
plano alimentar será recomendado (g/dia): abrupto de sintomas, normalmente antes dos 30
anos e são dependentes de insulina exógena para
(A) 20 a 35 prevenir cetoacidose e óbito
(B) 25 a 30 (B) as pessoas afetadas geralmente são obesas e com
(C) 30 a 35 mais de 30 anos ao diagnóstico
(D) 22 a 28 (C) os indivíduos podem necessitar de insulina para o
(E) 18 a 25 controle glicêmico
(D) os níveis de insulina endógenos podem ser
24) Um dos diagnósticos de DM é o teste de tolerância normais, deprimidos ou elevados, mas são
oral á glicose ou curva glicemica. São considerados inadequados para superar a resistência insulínica
indivíduos com tolerância deficiente à glicose os concomitante
que apresentam valores de glicemia após 2h de (E) é um estagio metabólico de deficiência na
ingestão de glicose de: homeostase da glicose, com tolerância à glicose

17
deficiente e valores de glicemia de jejum (D) Os itens I e II são verdadeiros
intermediários, entre 100 e 126mg% (E) Os itens I e III são verdadeiros

31) Quanto à terapia nutricional do DM tipo 2, é correto 36) No tratamento dietético para portadores de DM é
afirmar que o(a): incorreto afirmar que:
(A) As evidências científicas sobre o uso da sacarose
(A) o álcool consumido com alimento contribui para não justificam sua restrição
gerar hiperglicemia (B) Não há necessidade de suplementação de
(B) utilização de grandes quantidades de frutose está vitaminas e minerais se a alimentação for adequada
associada a efeito adverso sobre os níveis de (C) Para os indivíduos diabéticos e hipertensos, a
colesterol sanguíneo restrição de sódio deve ser menor que 3000mg/ dia
(C) reução de gorduras saturadas para menos que 30% (D) O consumo de fibra solúvel pode reduzir lipídios
do total de calorias é recomendado sanguíneos
(D) a recomendação de sódio para pacientes diabéticos (E) a recomendação de PTN é em torno de 10 a 20%
com HAS e nefropatia é de 2400 a 3000mg/dia do VET, exceto nas nefropatias
(E) a recomendação para a ingestão de fibras
dietéticas é de 40 a 50g/dia 37) A relação da quantidade de carboidratos e
unidades de insulina, precisa ser considerada no
32) Quanto à cetoacidose diabética, é correto afirmar tratamento nutricional de diabéticos em uso de
que: insulina. Normalmente, 1 unidade de insulina
metaboliza a seguinte quantidade de carboidrato
(A) é o resultado da insulina inadequada para utilização em gramas:
de glicose
(B) é caracterizada por níveis reduzidos de glicose (A) 10
sanguínea (B) 15
(C) ocorre diminuição da produção e aumento da (C) 20
utilização de ácido acetoacético e ácido 3 – beta- (D) 25
hidroxibutírico (E) 30
(D) seu tratamento inclui apenas a reposição de
líquidos 38) São sintomas secundários ao Diabetes Mellitus:
(E) não está associada à acidose (A) poliúria e anorexia
(B) polifagia e sudorese noturna
33) Todo diabético deve ser orientado sobre as (C) sudorese intensa e anorexia
complicações degenerativas que podem ocorrer (D) poliúria e polifagia
com o não tratamento, sendo a complicação mais (E) anorexia e polifagia
frequente:
39) O tratamento com insulina é importante para o otimo
(A) cálculos renais controle do diabetes devido ao seu efeito anticatabólico
(B) osteomalácea e anabólico. As ações desse hormônio sobre as vias
(C) retinopatia metabólicas lipidicas, lipólise, cetoacidose e lipogênese
(D) hipotensão são, respectivamente:
(E) infecções pulmonares
(A) inibir, evitar e estimular
34) No DM, a dieta é parte essencial para um bom (B) aumentar, evitar e inibir
equilíbrio metabólico, sendo o cálculo do VCT (C) aumentar, estimular e inibir
realizado basicamente de acordo com: (D) inibir, estimular e estimular

(A) IMC, medicações, taxas bioquímicas e atividade 40) A cetoacidose diabética, uma complicação que
física ameaça a vida, ocorre por distúrbios no metabolismo de
(B) Tipo e horário de medicações, peso e hábitos carboidratos, proteínas e gorduras. Os sintomas que a
alimentares caracterizam são:
(C) Peso, condições econômicas e sociais, taxas
bioquímicas (A) sudorese, palpitação e tremor
(D) Atividade física, apetite, peso, condições (B) hipoglicemia, poliúria e polidipsia
econômicas (C) desidratação, hiperventilação e fadiga
(E) Apetite, hábitos alimentares e altura (D) hiperglicemia, visão embaçada e neuroglicopenia

35) O DM tipo 2 surge em decorrência de defeitos no 41) Considere im paciente diabético tipo 1, com glicose
mecanismo de ação da insulina. São conseqüência sanguínea de 160 mg/dl, que realizará um exercício de
da ineficiência da insulina: intensidade moderada durante uma hora. O ajuste
adicional, em gramas, do carboidrato da dieta deverá
I- Aumento da glicemia ser de:
II- Hidrólise de triglicerídeo e liberação de ac.
Graxos (A) 15
III- Diminuição de aminoácidos séricos (B) 25
(C) 45
Julgue as assertivas: (D) 50
(A) todos os itens são verdadeiros
(B) apenas o I é verdadeiro 42) A glicose plasmática de jejum e a glicose plasmática
(C) apenas o III é verdadeiro 2 horas após o teste oral de tolerância à glicose
18
(TOTG), podem ser usados para diagnosticar Diabetes
Mellitus. A alternativa que indica um diagnóstico de (B) Glicose plasmática pré-prandial: 90 – 130 mg/dl,
diabetes é: hemoglobina glicosilada: < 7% e triglicerídios: < 150
mg/ dl
(A) glicemia 2 horas após TTOG > 190 mg/dl
(B) glicemia 2 horas após TTOG > 165 mg/dl (C) Glicose plasmática pré- prandial: 70 – 100 mg/dl,
(C) glicemia de jejum > 110 mg/dl colesterol total: < 200 mg/dl e colesterol LDL: < 130
(D) glicemia de jejum > 126 mg/dl mg/dl

43) A hipoglicemia é um efeito colateral comum da (E) Glicose plasmática pré- prandial: 90 – 130
terapia com insulina em pacientes diabéticos. Em mg/dl, hemoglobina glicosilada: < 7% e
conseqüência dela podem ocorrer: colesterol LDL: < 130 mg/dl

(A) tremor e coma 48) Assinale a afirmação incorreta :


(B) poliúria e sudorese
(C) diurese osmótica e convulsão (A) A anemia da Insuficiência Renal Crônica é causada,
(D) falta de coordenação e polidipsia parcialmente, por incapacidade dos rins para produzir
eritropoietina.
44) O controle do Diabetes Mellitus deve ser avaliado (B) No cuidado nutricional da Doença Celíaca devem ser
individualmente através de automonitorização da glicose excluídos da dieta trigo, centeio, cevada e aveia.
sanguinea e medida das cetonas na urina. O controle (C) Um etilista crônico, portador de cirrose hepática com
glicêmico a longo prazo é refletido pelo seguinte diagnóstico de desnutrição secundária, apresenta com
exame: freqüência carência de Vitamina B12, tiamina, ácido fólico e
ascórbico.
(A) glicemia de jejum (D) São inúmeros os problemas relacionados à alimentação
(B) glicemia pós-prandial e à nutrição inadequadas. No Brasil, estudos evidenciaram
(C) hemoglobina glicosilada um quadro preocupante em relação à deficiência de vitamina
(D) teste de tolerância à glicose A, iodo e ferro.
(E) dosagem das acetonas na urina de 24 horas (E) O Diabetes Mellitus tipo I é um estágio metabólico de
homeostase deficiente da glicose com tolerância deficiente
45) Jenifer é estudante tem 11 anos e mora na da glicose e valores de glicose de jejum intermediários entre
mangueira com sua família. Compareceu ao 100 e 126 mg/dl.
ambulatório do hospital próximo à sua casa, levada pela
sua mãe. Na consulta com o pediatra referiu que há 49) É consenso que a substituição de parte dos carboidratos
uma semana vem apresentando poliidipsia , perda por gorduras monoinsaturadas da dieta do paciente
ponderal e polifagia. Ao exame foi constatado glicemia diabético tipo 2 pode trazer benefícios. Aponte quais são
de 526mg/dl, sendo internada com o diagnóstico de eles:
Diabetes Mellitus 1 e iniciando insulinoterapia.
(A) Melhora o controle glicêmico, não influencia os níveis de
Nesse momento da interação, a terapia nutricional deve TG, HDL e não aumenta o LDL;
consistir de dieta: (B) Não influencia o controle glicêmico, os níveis de TG,
HDL e não aumenta o LDL;
(A) com o mínimo de calorias para o crescimento e (C) Melhora o controle glicêmico, aumenta os níveis de TG,
desenvolvimento normais HDL e não aumenta o LDL;
(B) com calorias adequadas para restaurar o peso (D) Melhora o controle glicêmico, os níveis de TG, HDL e
corpóreo aumenta o LDL;
(C) com baixo índice glicêmico e reposição de líquidos (E) Melhora o controle glicêmico, os níveis de TG, HDL e
(D) zero com reposição de líquidos e eletrólitos não aumenta o LDL.

46) João Carlos 50 anos, professor universitário é 50) Como complicações agudas da Diabetes Mellitus,
portador de Diabetes Mellitus tipo 2 há 10 anos, faz uso podemos identificar:
regular de sulfoniluréia como parte de seu tratamento, e (A) a rápida formação de polióis e hiperglicemia;
apresentou nos últimos três meses sete episódios de (B) dislipidemia e hipertensão arterial;
hipoglicemia.Com o objetivo de evitar o aparecimento (C) glicosilação de proteínas e rápida formação de polióis;
de sintomas de hipoglicemia o nutricionista deve (D) cetoacidose diabética e fenômeno Dawn;
recomendar ao João que: (E) hiperglicemia e doenças microvasculares.
(A) evite a ingestão de alimento antes de dormir
(B) evite alimentos contendo cafeína 51) São edulcorantes naturais
(C) aumente a ingestão de lipídios :
(D) aumente a ingestão de doces (A) sorbitol e manitol.
(B) aspartame e ciclamato.
47) A equipe multidisciplinar que acompanha o João (C) esteviosídeo e acesulfame K.
Carlos solicita a realização freqüente de exames (D) sucralose e sacarina.
laboratoriais com o objetivo avaliar seu metabolismo (E) acesulfame L e aspartame.
glicídio e lipídico. Para o controle glicêmico e do perfil
lipídico de indivíduos com diabetes, as metas 52) Na prevenção de doenças cardiovasculares para
estabelecidas pela Associação Americana de Diabetes diabéticos, uma das recomendações nutricionais de ingestão
(ADA) são: alimentar é de
(A) Glicose plasmática pré-prandial: 70 – 100 mg/dl, (A) gordura até 30% do total calórico com menos de 10% de
colesterol total: < 200 mg/dl e triglicerídios: < 150 mg/dl ácidos graxos saturados.
19
(B) 10 g de fibra/1000 Kilocalorias/dia. 59) Para paciente com diabetes mellitus tipo 1, eutrófico e
(C) reduzir o consumo de colesterol a 400 mg/dia. perda de peso intensa, a conduta nutricional deve incluir
(D) escolher carboidratos de maior índice glicêmico, não dieta do tipo:
ultrapassando 30% das Kilocalorias totais.
(E) consumir até 12% do total calórico sob a forma de (A) normocalórica, hipoproteica, normoglicídica e
açúcares simples. normolipídica;
(B) hipercalórica, normoproteica, hipoglicídica e
53) Dentre as causas comuns de hipoglicemia, não se inclui: normolipídica;
(C) hipocalórica, hiperproteica, hipoglicídica e hipolipídica;
(A) menor ingestão de álcool com alimentos (D) hipocalórica, normoproteica, normoglicídica e
(B) ingestão alimentar inadequada hipolipídica;
(C) horários inadequados de insulina em relação à ingestão (E) normocalórica, normoproteica, normoglicídica e
alimentar normolipídica.
(D) excesso de insulina ou de medicações orais
(E) duração prolongada ou aumento na intensidade dos 60) Dentre os adoçantes naturais e artificiais marque a
exercícios opção que apresenta apenas edulcorantes sem valor
calórico:
54) Dentre as ações da insulina sobre o metabolismo é
correto afirmar que: (A) Sorbitol e sucralose
(B) Manitol e aspartame
(A) diminui a degradação e liberação de glicose proveniente (C) Aspartame e sorbitol
de glicogênio hepático (D) Sorbitol e ciclamato
(B) dificulta a conversão de piruvato em ácidos graxos (E) Acessulfame-k e sucralose
livres, estimulando a lipogênese
(C) estimula a lipólise e inibe a lipoproteína lípase
(D) inibe o transporte de glicose no músculo e células
adiposas 61) Para os indivíduos diabéticos, com LDL-col maior ou
(E) estimula a degradação e aumenta a gliconeogênese igual a 100mg/dl, recomenda-se a ingestão de:

(A) Gorduras saturadas < 7% do VET e colesterol <


55) O paciente diabético tem prevalência aumentada para 200mg/dia
fatores de risco cardiovascular, como: (B) Gorduras saturadas < 7% do VET e colesterol <
300mg/dia
(A) Hipertensão, coagulação diminuída, disfunção dos (C) Gorduras poliinsaturadas até 20% do VET e colesterol <
macrófagos 200mg/dia
(B) Disfunção dos leucócitos, susceptibilidade à oxidação, (D) Gorduras monoinsaturadas até 10% do VET e colesterol
agregação plaquetária até 300mg/dia
(C) Insulina sérica elevada, fibrinogênio diminuído,
disfunção das HDL 62) Os fitosteróis são extratos vegetais naturais encontrados
(D) Obesidade, tabagismo, fator de von Willebrand em sementes de girassol e grãos de soja. Estudos mostram
diminuído que, quando ingeridos regularmente, os fitosteróis podem
causar:
56) No que se refere ao metabolismo dos carboidratos, a (A) aumento do LDL-c e do HDL-c.
insulina estimula reações como: (B) aumento do HDL-c sem interferência no LDL-c.
a) glicólise e lipólise. (C) diminuição do LDL-c e do HDL-c.
b) glicogênese e lipogênese. (D) diminuição do LDL-c e aumento do HDL-c.
c) glicólise, glicogênese e lipogênese. (E) diminuição do LDL-c sem interferência no HDL-c.
d) neoglicogênese, síntese protéica e lipólise.
e) glicólise e lipogênese. 63) A terapia nutricional de pacientes com diabetes mellitus
tipo 2 deve considerar a seguinte recomendação:
57) O diabetes mellitus é caracterizado por hiperglicemia
crônicadecorrente da baixa ou ausência de produção de (A) consumo de fibra de 35 g por dia para reduzir a absorção
insulina pelo pâncreas. Dentre os sintomas da hiperglicemia de glicose no intestino.
pode-se citar: (B) utilização da frutose como edulcorante na dieta, pois ela
produz uma menor elevação da glicemia do que a sacarose.
(A) polifagia e ganho de peso; (C) ingestão de gordura saturada menor do que 7% das
(B) hipofagia e poliúria; calorias diárias para todos os pacientes.
(C) polidipsia e perda de peso; (D) ingestão de dietas com 1,2 g de proteína por kg de peso
(D) náuseas e fadiga; por dia para todos os pacientes.
(E) vômitos e sudorese freqüente (E) ingestão de sódio semelhante à recomendada para a
população geral, exceto aos pacientes com outras doenças.
58) O diagnóstico do diabetes mellitus é feito quando a
glicemia de jejum e a pós-prandial forem, respectivamente: 64) Um indivíduo do sexo masculino, fumante, com 50 anos
de idade que apresenta obesidade abdominal e diabetes
(A) maior que 126 mg/dl e maior que 180 mg/dl; mellitus deve ser aconselhado a manter os níveis de LDL-
(B) maior que 110 mg/dl e maior que 200 mg/dl; colesterol, em mg/dl, abaixo de:
(C) maior que 126 mg/dl e maior que 200 mg/dl; (A) 100
(D) maior que 110 mg/dl e maior que 180 mg/dl; (B) 110
(E) maior que 100 mg/dl e maior que 200 mg/dl. (C) 130
(D) 150
20
(E) 160
(A) microalbuminúria.
65) Em relação ao DM assinale a alternativa correta: (B) macroalbuminúria.
(C) declínio na taxa de filtração glomerular.
(A)No DM II a elevação de colesterol se deve à elevação de (D) cetonas na urina.
VLDL
(B)No DM I a falta de controle da doença pode levar a 72) Sobre as características dos edulcorantes, assinale a
hiperglicemia severa, que induz a diurese osmótica, alternativa correta
elevando o risco de desidratação
(C)Para um paciente diabético com nefropatia, a (A) O aspartame é um edulcorante artificial, não nutritivo e
recomendação protéica deve ser a menor possível, cerca de estável sob altas temperaturas, podendo assim ser indicado
0,3g kg/dia, para não sobrecarregar a função renal. para preparações destinadas à cocção.
(D)Os pacientes diabéticos devem consumir uma ceia rica (B) O acesulfame-K é um edulcorante natural, nutritivo e
em carboidratos simples para evitar hipoglicemia noturna com sabor amargo em altas temperaturas.
(E) No DM I a carência parcial de insulina leva ao (C) A sucralose é um edulcorante artificial, não nutritivo e
desenvolvimento de um quadro hiperglicêmico, que é sem sabor residual.
atenuado pela redução da produção hepática de glicose, (D) O esteviosídeo é um edulcorante natural, nutritivo,
pelas vias de gliconeogênese. estável sob altas temperaturas e extraído da planta stevia
rebandiana.

66) Dentre as diretrizes para prevenção dos sintomas 73) Paciente com 35 anos com diagnóstico de diabetes
hipoglicêmicos, pode-se citar: mellitus tipo 2, em tratamento com hipoglicemiante oral,
procura o ambulatório de nutrição com queixa de picos
(A)consumir alimentos com grande quantidade de hiperglicêmicos. Após avaliação nutricional, recebeu
carboidratos diagnóstico de sobrepeso. A conduta nutricional
(B)ingerir 2 a 3 grandes refeições para estabilizar glicose considerando a densidade energética e a distribuição de
sanguínea macronutrientes deve ser:
(C)restringir o consumo de bebida alcoólica a 4 -5 drinques e
não mais do que 3x na semana a) hipocalórica, normoproteica, hipolipídica e hipoglicídica
(D)Consumir pequenas refeições, com lanches intercalados b) normocalórica, hiperproteica, normolipídica e hipoglicídica
entre elas e à hora de dormir. c) hipocalórica, normoproteica, normolipídica e
(E)Não restringir a ingestão de gorduras, pois uma dieta normoglicídica
hipolipídica aumenta a resistência à insulina. d) normocalórica, normoproteica, normolipídica e
hipoglicídica
67) Os tópicos de educação nutricional para o
autotratamento do paciente diabético visam: 74) A terapia nutricional é parte fundamental da dietoterapia
no diabetes mellitus. Assinale a afirmativa CORRETA quanto
(A)à proibição do consumo de refeições fora de casa, em à terapia nutricional recomendada para pacientes portadores
restaurantes ou fast-foods de diabetes tipo 2:
(B)ao respeito aos horários e aos volumes das refeições
independente de exercícios físicos ou atividades de rotina (A) A restrição energética, lipídica e de fibras auxiliam na
(C)ao incentivo ao habito de leitura dos rótulos dos produtos manutenção da glicemia normal
(D)ao uso de adoçantes dietéticos quando o indivíduo (B) A restrição energética, para promover perda de peso,
apresentar hiperglicemia tem-se mostrado ineficiente para reduzir a glicemia e a
(E)à proibição do consumo de álcool hipertensão.
(C) Dieta adequada para manutenção da glicemia normal e
68) Os valores de glicose plasmática de jejum e casual colesterol restrito até 700mg/dia.
sugestivos de DM são, em mg/ml, respectivamente: (D) Restrição energética moderada, redução de gordura
a) 126/200 com presença de poliúria total, principalmente das gorduras saturadas, associada à
b) 116/220 com presença de tremores atividade física.
c) 110/180 com presença de visão turva
d) 100/240 com presença de hálito cetônico 75) Marque a alternativa em que são citados critérios
diagnósticos do Diabetes Mellitus.
69) Assinale a alternativa abaixo que não é uma das A) Valores de Hemoglobina Glicada > 8% e glicose
complicações agudas do diabetes melito. plasmática em jejum (GPJ) >100 mg/dL.
(A) Hipoglicemia. B) Sintomas de diabetes e glicose plasmática em qualquer
(B) Cetoacidose diabética. amostra >300mg/dL, glicose plasmática em jejum (GPJ)
(C) Estado hiperglicêmico hiperosmolar. >110 mg/dL.
(D) Gastroparesia. C) Valores de Hemoglobina Glicada > 6% e glicose
plasmática em jejum (GPJ) >110 mg/dL.
70) O controle glicêmico a longo prazo pode ser avaliado D) Sintomas de diabetes e glicose plasmática em qualquer
através de amostra >250mg/dL, glicose plasmática em jejum (GPJ)
>100 mg/dL.
(A) dosagem sérica da glicose pós-prandial. E) Sintomas de diabetes e glicose plasmática em qualquer
(B) dosagem sérica da glicose em jejum. amostra >200mg/dL, glicose plasmática em jejum (GPJ)
(C) dosagem sérica de hemoglobina glicada. >126 mg/dL.
(D) curva glicêmica.

71) A primeira evidência clínica da nefropatia diabética é

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76) A hemoglobina glicada A1c é considerada como principal
parâmetro do controle glicêmico. Com relação a ela, marque
a alternativa correta.

A) A dosagem da hemoglobina glicada define a glicemia


média do paciente durante o teste de tolerância à glicose
oral.
B) A dosagem da hemoglobina glicada define a glicemia
média do paciente dos últimos 1 ou 2 meses.
C) A dosagem da hemoglobina glicada define a glicemia
média do paciente dos últimos 2 ou 3 meses.
D) A dosagem de frutosamina reflete a glicemia média de
um tempo maior que da hemoglobina glicada.
E) A dosagem de hemoglobina glicada não tem relação com
a dosagem de frutosamina.

77) Durante a orientação nutricional para o diabético,


podemos recomendar formas para redução do índice
glicêmico das refeições. De acordo como texto de Chemin e
Mura, vários fatores são responsáveis pela redução do
índice glicêmico. Marque a alternativa em que é citado um
desses fatores.

A) Redução de conservantes e corantes naturais.


B) Adição de alimentos fontes de cálcio as refeições.
C) Adição de alimentos fontes de lipídeos as refeições.
D) Redução de fibras insolúveis nas refeições.
E) Adição de ciclamato de sódio aos alimentos proteicos.

78) Marque a alternativa que preenche as lacunas


corretamente.
A _______________ tem sido tradicionalmente
_____________ na dieta do diabético, embora
_____________ mais hiperglicêmica do que carboidratos
complexos isocalóricos.(Residencia UNIRIO 2011)

A) frutose/ restrita/ não seja


B) sacarose/ restrita/ não seja
C) frutose/ liberada/ seja
D) sacarose/ liberada/ seja
E) galactose /liberada/ seja

GABARITO
1A 2B 3E 4E 5E 6C 7A 8D
9B 10D 11B 12C 13E 14A 15E 16E
17D 18E 19E 20D 21D 22A 23A 24E
25C 26B 27B 28A 29E 30A 31B 32A
33C 34A 35D 36C 37A 38D 39A
40C 41A 42D 43A 44C 45A 46B
47B 48E 49E 50D 51A 52A 53A
54A 55B 56C 57C 58C 59E 60E
61A 62E 63E 64A 65B 66D 67C
68A 69D 70C 71A 72D 73C 74D
75E 76C 77C 78D

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