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Trabalho Telp

Este documento apresenta um estudo sobre os erros ortográficos cometidos por alunos do 12o ano da Escola Secundária Geral Filipe Jacinto Nyusi em Quelimane, Moçambique. A pesquisa tem como objetivo principal analisar as causas dos erros e propor metodologias para melhorar a ortografia. No capítulo introdutório, a autora delimita o tema, justifica a pesquisa e levanta uma hipótese de que os alunos têm problemas de ortografia devido à falta de prática e métodos

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Este documento apresenta um estudo sobre os erros ortográficos cometidos por alunos do 12o ano da Escola Secundária Geral Filipe Jacinto Nyusi em Quelimane, Moçambique. A pesquisa tem como objetivo principal analisar as causas dos erros e propor metodologias para melhorar a ortografia. No capítulo introdutório, a autora delimita o tema, justifica a pesquisa e levanta uma hipótese de que os alunos têm problemas de ortografia devido à falta de prática e métodos

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Turma: O

A Persistência dos Erros Ortográficos nos Alunos do Ensino Secundário: caso dos
Alunos da 12ª Classe A/A da ESG Filipe Jacinto Nyusi – Cidade de Quelimane

Jacinta Maurício Capitene – Código: 708221468

Quelimane, Julho de 2022

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE


1

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

A Persistência dos Erros Ortográficos nos Alunos do Ensino Secundário: caso dos
Alunos da 12ª Classe A/A da ESG Filipe Jacinto Nyusi – Cidade de Quelimane

Curso: Licenciatura em Ensino de


Geografia
Disciplina: TELP
Ano de frequência: 1º Ano

O Tutor: PhD. Maura Rodrigues

Quelimane, Julho de 2022


Índic

e
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO..............................................................................................4
2

1.1. Introdução.........................................................................................................................4

1.2. Delimitação do tema.........................................................................................................5

1.3. Justificativa.......................................................................................................................5

1.4. Problematização...............................................................................................................5

1.5. Hipótese............................................................................................................................6

1.6. Objectivos.........................................................................................................................6

1.6.1. Geral..............................................................................................................................6

1.6.2. Específicos....................................................................................................................6

CAPÍTULO II: MARCO TEÓRICO......................................................................................7

2.1. Estudo dos Erros Ortográficos.........................................................................................7

2.2. Conceito da Ortografia.....................................................................................................7

2.3. Erros Ortográficos............................................................................................................8

2.3.1. Erros Ortográficos Segundo Bagno...............................................................................8

2.3.2. Principais Erros Ortográficos do Português: X ou CH.................................................9

2.4. Classificação dos Erros Ortográficos...............................................................................9

2.5. Acentuação Gráfica........................................................................................................11

2.6. Contextualização em torno da 12ª A/A..........................................................................12

CAPITULO III. METODOLOGIAS....................................................................................13

3.1. Metodologias da Pesquisa..............................................................................................13

3.1.1. Observação Directa.....................................................................................................13

3.1.2. Entrevista.....................................................................................................................13

3.2. Participantes na Entrevista.............................................................................................13

3.3. Técnicas de Recolha de Dados.......................................................................................14

3.3.1. Quanto aos Procedimentos..........................................................................................14

3.3.2. Instrumentos de Colecta de Dados..............................................................................14

3.3.3. Universo Populacional e Amostra...............................................................................14

3.3.1. População....................................................................................................................14
3

3.3.2. Amostra.......................................................................................................................14

4. Orçamento.........................................................................................................................15

5. Cronograma de Actividades..............................................................................................15

Referências Bibliográficas....................................................................................................16

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

1.1. Introdução
O presente projecto de pesquisa referente à disciplina de Técnicas de Expressão em
Língua Portuguesa (TELP), trata de um estudo e investigação científica. Aborda-se neste
4

trabalho, o problema da ortografia em alunos da 12ª classe da Escola Secundária Geral Filipe
Jacinto Nyusi em Quelimane.

No entanto, numa primeira fase, importa adiantar que, Ortografia quer dizer escrita
correcta, e para representar na escrita as palavras de uma linguagem usam-se, sinais gráficos
designados letras cujo conjunto ordenado constitui um alfabeto. Mas, nesta pesquisa, não se
abordará os estudos da ortografia de “idiomas” em geral, senão apenas a ortografia
portuguesa, em português, que usam-se ainda sinais adicionais (acentos e til) que têm a
função de indicar a pronúncia de algumas palavras (sons). Sendo assim, neste projecto,
pretende-se conhecer e analisar os erros da ortografia em língua portuguesa, cometidos pelos
alunos da Escola Secundária Geral Filipe Jacinto Nyusi. No entanto, neste trabalho não se vai
apenas descrever os erros ortográficos, mas também tentar-se-á dar algumas hipóteses para a
resolução deste problema nessa escola.

Porém, a pesquisa, é feita a pensar no benefício, especialmente de todos os


alunos/leitores da Escola Secundária Geral Filipe Jacinto Nyusi e toda comunidade
portuguesa. Nisso, espera-se então uma leitura atenciosa e na colaboração de todo leitor para a
resolução deste mal linguístico.
5

1.2. Delimitação do tema

O presente projecto de pesquisa, que tem como tema, a persistência dos erros
ortográficos nos alunos do ensino secundário, será pesquisado na Escola Secundária Geral
Filipe Jacinto Nyusi na província da Zambézia, em Moçambique, na qual, precisar-se-á de
saber os porquês de tantos erros ortográficos nessa escola e qual pode ser a resolução para
minimizar este problema. Nisso, a pesquisa decorrer-se-á de 12 de Julho a 02 de Agosto do
ano em curso.

1.3. Justificativa

Fazer uma pesquisa sobre este tema parece-se muito importante e vantajoso, pensando
no impacto que a Língua Portuguesa tem no nosso país. Pensa-se então que a Língua
Portuguesa é o maior instrumento de fácil comunicação em Moçambique e em toda
componente comunicativa portuguesa. Para falar bem depende da escrita correcta também, e
se não serem analisados os erros, podem dificultar a comunicação dos alunos da Escola
Secundária Geral Filipe Jacinto Nyusi.

Com isso, a presente pesquisa vai minimizar os erros mais graves pontuação e a
Morfossintaxe frequentes cometidos por alunos da escola acima referenciada, pois aborda-se
algumas dicas para minimizá-los. Crê-se que este trabalho seja um bom instrumento para que
os alunos da 12ªclasse em particular a A/A. Não só, mas também alunos de todo o ensino
secundário, desde o primeiro ciclo ao segundo ciclo da Escola Secundária Geral Filipe Jacinto
Nyusi aprendam a escrever correctamente as palavras do português e em português.

1.4. Problematização

Quanto à problematização deste estudo, vale frisar que os erros ortográficos pontuação
e Morfossintaxe frequentes na Escola Secundária Geral Filipe Jacinto Nyusi na cidade de
Quelimane na Zambézia, podem pôr em decadência a língua portuguesa, nossa língua oficial.
Este problema de erros ortográficos frequentes na E. S. G. Filipe Jacinto Nyusi podem
também afectar outros, visto que podem estar a transmitir os mesmos erros para outros alunos
mais novos da escola em geral. Assim, dados estes depoimentos, levanta-se a seguinte
questão:

Que metodologias são usadas para melhorar os erros ortográficos nos alunos da
Escola Secundária Geral Filipe Jacinto Nyuso? Caso da 12ª A/A, C/Diurno
6

1.5. Hipótese

 Ora, os alunos da 12ª classe A/A da Escola Secundária Geral Filipe Nyusi, têm sérios
problemas de erros ortográficos, porque os mesmos não se preocupam em ler livros de
gramática ou outros livros para melhorar a escrita correcta da Língua Portuguesa;

 Os mesmos alunos têm sérios problemas de erros ortográficos, porque os professores


das classes anteriores e encarregados de educação não têm tido maior atenção sobre os
erros ortográfico dos seus alunos /filhos;

 Os erros enfrentados pelos alunos têm sido frequentes por causa da negligência e
dislexia; a falta de aproximação do aluno e os professores para a troca de experiências
profissionais; a falta também de busca de conhecimento que gerem frutos do seu
ensino.

1.6. Objectivos

1.6.1. Geral

 Conhecer os principais erros ortográficos dos alunos da 12ª classe A/A da Escola
Secundária Geral Filipe Jacinto Nyusi.

1.6.2. Específicos

 Identificar os principais erros ortográficos em alunos da 12ª classe na Escola


Secundária Geral Filipe Jacinto Nyusi em Quelimane;
 Sugerir para minimizar os erros ortográficos em alunos da 12ª classe na Escola
Secundária Geral Filipe Jacinto Nyusi em Quelimane;
 Entrevistar os professores a fim de especificarem o nível de gravidade do problema em
estudo;
 Ditar um texto aos alunos e avalia-los para a detenção do problema em estudo;
 Verificar a ortografia, pontuação e a construção frásica dos alunos;
 Motivar o aluno a fazer muitas leituras das obras variadas em língua portuguesa e
estabelecer relações entre o que esta escrito e a pronúncia soltada.
7

CAPÍTULO II: MARCO TEÓRICO

2.1. Estudo dos Erros Ortográficos


Segundo Luciano (2019, p. 2), a aprendizagem da leitura e da escrita envolve dois
processos diferentes, porém inter-relacionados: a alfabetização e a soletração. Podemos então,
segundo Soares (2004, p. 25) citado por Luciano (2019), definir alfabetização como a
aquisição do sistema convencional de escrita. Ou seja, a capacidade de identificar
automaticamente as palavras e transcrever o som da fala. (Oliveira, 2005 citado por Luciano).
E, a soletração é definida como o desenvolvimento de habilidades de uso desses sistemas em
actividades de leitura e escrita, nas práticas sociais que envolvem a língua escrita. (Soares,
2004, p. 25), envolvendo, portanto, a capacidade de compreender e produzir textos. Assim
sendo, a concretização desses processos a base pela qual deveria se pautar a educação no
ensino secundário, porém sabemos que, no que se refere ao ensino público, esse objectivo está
longe do desejado e esperado. No entanto, para melhor compreensão do estudo segue-se as
definições dos seguintes termos:

– Gramática

Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, a gramática significa o conjunto


de prescrições e regras que determinam o uso considerado correcto da língua escrita e falada.
Ou seja, a gramática se preocupa com as normas que devem ser usadas para escrever e falar
de acordo com a linguagem padrão do idioma. Dentre essas normas estão a concordância,
acentuação, pontuação e, inclusive, a ortografia.

2.2. Conceito da Ortografia


Segundo Bergstrom & Reis (2011) citados por Luciano (2019), ele define “a
Ortografia como sendo a parte da Gramática que ensina a maneira correcta de escrever as
palavras. Nesse sentido, a ortografia é uma parte constituinte da gramática.

Outrossim, segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, a ortografia significa


o conjunto de regras estabelecidas pela gramática normativa que ensina a grafia correcta das
palavras, o uso de sinais gráficos que destacam vogais tónicas, abertas ou fechadas, processos
fonológicos, como a crase, os sinais de pontuação esclarecedores de funções sintácticas da
língua e motivados por tais funções. Ou seja, como parte da gramática, a ortografia visa
estabelecer a grafia correcta das palavras, nos parâmetros mencionados na definição do
dicionário.
8

2.3. Erros Ortográficos


Erros de ortografia são comuns. Um erro ortográfico é um erro na forma correcta de
escrita de uma palavra, bem como no correcto uso dos sinais de acentuação e sinais auxiliares
da escrita. (Luciano, 2019, p. 3). Desta feita, os erros ortográficos ocorrem, principalmente,
porque não existe uma correspondência directa entre todos os grafemas e fonemas da língua
portuguesa, ou seja, entre todas as letras e os sons que elas podem representar. Um som pode
ser representado por várias letras e uma letra pode representar diferentes sons.

2.3.1. Erros Ortográficos Segundo Bagno


No pensamento de Bagno (2001) citado por Luciano (2019), a escola atribui à
ortografia uma importância exagerada, e a gramática tradicional confere a mesma relevância
aos chamados erros de ortografia. Aqui o autor reiterou que a ortografia foi um artifício criado
para registar o que era dito, e é possível se comunicar independentemente do domínio das
regras da gramática tradicional. Nesse sentido, o necessário para o aprendizado da ortografia é
exercício, treino e memorização. Assim, por questões de regionalismo, as palavras, ao serem
pronunciadas, se diferem umas das outras conforme o falante e sua cultura, mas a ortografia,
quando usada, na maioria das vezes espera-se que seja a oficial.

Lemle (2006) citado por Luciano (2019), vem dizer; para que o processo de
alfabetização atinja os objectivos esperados, e fique clara para os alunos a distinção entre
língua falada e língua escrita, são fundamentais. Também alguns conhecimentos sobre a
língua.

Nesta ordem de ideias, aqui o estudante/aluno precisa compreender a noção de


símbolo, e que as letras são símbolos representantes dos sons da fala. Essa relação, porém,
torna-se confusa na alfabetização a partir do momento em que o aluno percebe que o símbolo
(letra) nem sempre apresenta características da coisa simbolizada (som). Para o autor, isso
acaba por confundir o alfabetizando, trazendo-lhe problemas de escrita. (Ibdem).

Segundo Flávia de Neves (S./d.) citado por Luciano (2019, p. 3), reforça que os erros
de ortografia são comuns. Um erro ortográfico é um erro na forma correcta de escrita de uma
palavra, bem como no correcto uso dos sinais de acentuação e sinais auxiliares da escrita. Os
erros ortográficos ocorrem, principalmente, porque não existe uma correspondência directa
entre todos os grafemas e fonemas da língua portuguesa, ou seja, entre todas as letras e os
sons que elas podem representar. Um som pode ser representado por várias letras e uma letra
pode representar diferentes sons.
9

2.3.2. Principais Erros Ortográficos do Português: X ou CH


Segundo Luciano (2019), a consoante x e o dígrafo ch são facilmente confundidos,
uma vez que o x pode assumir o valor de ch no princípio e no meio das palavras. Ora
vejamos:

Palavras com x:

- Mexer (e não mecher);

- Xícara (e não chícara).

Palavras com ch:

- Encher (e não enxer);

- Pichar (e não pixar);

- Chuchu (e não xuxu);

- Chilique (e não xilique).

Nesse sentido, segundo o professor Artur citado por Luciano (2019, p. 4), é preciso
deixar bem claro para os alunos que todas as regras ortográficas são fruto de uma convenção
social, de um acordo estabelecido pelos especialistas, cujo objectivo é padronizar a escrita e
que, no mundo em que vivemos, quem não domina essa convenção é discriminado. Por isso,
não se pode deixar o aluno acreditar que vai aprender na hora certa. Desta feita, há-de frisar
que, desde os primeiros momentos é papel do professor ajudá-la a reflectir sobre os erros
ortográficos frequentes nas escolas por parte dos alunos, e não só, afirma. Só assim ela
internaliza as regras, que, por serem aparentemente complexas, vão desafiá-la por toda a vida.

2.4. Classificação dos Erros Ortográficos


Durante o processo de apropriação do sistema ortográfico, o aluno comete alguns erros
que podem ser classificados em categorias, segundo (Carraher, 1985; Nunes, 1992 e Lemle.
1995), tais como:

a) Erros de transcrição da fala – esses erros ocorrem quando a criança/aluno escreve a


palavra como a pronúncia, como *veis (vez), pexi (peixe), etc., por desconhecimento
das diferenças entre língua oral e língua escrita. É mais frequente em falantes de
10

variedades linguísticas mais afastadas da língua padrão, o que as leva a escrever, por
exemplo, *muiér para mulher.
b) Erros por super-correcção – ocorrem quando a criança/aluno começa a perceber que
nem sempre as palavras são escritas do modo como são pronunciadas, havendo alguns
desvios sistemáticos entre língua oral e língua escrita, e tenta corrigir os erros de
transcrição da fala, escrevendo, por exemplo, pedi para pediu.
c) Erro por desconhecimento das regras contextuais – ocorrem quando a criança
deixa de considerar a posição de uma letra ou unidade sonora em relação a outras,
como quando escreve *pasarinho (passarinho) por desconhecimento de que a letra
“S”entre vogais tem o som de Z.
d) Erros na marcação da nasalização – estes erros caracterizam-se pela não
diferenciação entre vogais nasais e orais, como na escrita de *iteiro (inteiro), *bricar
(brincar) ou pela marcação inadequada da nasalização, como na escrita de *vamu
(vamos).
e) Erros devidos à concorrência – há palavras cuja escolha da letra apropriada para
representar certo fonema não depende de os fonológicos, mas da etimologia ou de
aspectos morfológicos. Encontram-se nessa categoria o uso de Z entre vogais, o uso de
SS ou Ç diante de a, e u, o uso de G ou J diante de E, e, I, o uso de X ou CH em
várias palavras.
f) Erros nas sílabas complexas – ocorrem na escrita de sílabas com estruturas
diferentes, que não sejam consoante-vogal, quando observamos escritas como
*boboleta (borboleta) ou baço (braço). O uso inadequado dos dígrafos NH, LH e CH
também pode ser classificado nessa categoria, por exemplo, escrevendo *coelo para
coelho.
g) Erros por troca de letras – caracterizam-se pela escolha de letra errada para
representar determinado som. Outras trocas frequentes são entre p/b, t/d, c/g, ou seja,
este tipo de erro ortográfico é observado com maior frequência, o qual engloba tanto
as trocas entre consoantes surdas e sonoras quanto trocas entre vogais, ocorrendo
também trocas entre consoantes sem qualquer semelhança fonológica.

Entretanto, na amostra apresentada, observamos uma diminuição, de um ciclo para o


outro, no número de alunos que cometem esse tipo de erro, bem como na proporção em que o
fazem. Nessa categoria, podemos afirmar que os erros tendem a atenuar-se com o aumento
dos anos de escolaridade.
11

2.5. Acentuação Gráfica


A falta de acentos gráficos ou a escrita indevida de um acento gráfico são
considerados, também, erros ortográficos. (Luciano, 2019, p. 5). A acentuação gráfica das
palavras deverá ser sempre feita de acordo com as regras de acentuação do português.

Ora vejamos as palavras sem acento gráfico:

 Item (e não ítem);


 Gratuito (e não gratuíto);
 Rubrica (e não rúbrica);
 Higiene (e não higiêne);
 Menu (e não menú);

Palavras com acento gráfico:

 Mantém (e não mantem);


 Papéis (e não papeis);
 Pólen (e não polen);
 Pôr (para distinguir de por);
 Pôde (para distinguir de pode);
 Têm (para distinguir de tem).

Uso do hífen:

Desde a entrada em vigor do actual acordo ortográfico, a escrita de palavras com hífen e
sem hífen tem sido motivo de dúvidas para diversos falantes, apesar de não aplicável o NAO
(Novo Acordo Ortográfico) no nosso país.

São algumas palavras com hífen:

 Segunda-feira (e não segunda feira);


 Bem-vindo (e não benvindo);
 Mal-humorado (e não mal humorado);
 Micro-ondas (e não microondas);
 Bem-te-vi (e não bem te vi)
12

2.6. Contextualização em torno da 12ª A/A


Nesta senda, ao que se verifica dentro de alunos da 12ª classe turma A grupo A, é na
realidade um acto admirável e muito complicado, no que se tem verificado em um nível tão
elevado dos erros aqui detalhados. Importa refutar que este tema nos alunos em particular a
12ª A/A, começa a abranger a sua carreira por certos motivos tais como: aumento de evolução
tecnológica; isso para os que não sabem a sua importância de uso, para eles em estes estudos é
uma destruição para o aluno actual. É bastante triste ver uma sala dessas, alunos alinhados
somente às redes sociais, deixando fundar a sua carreira estudantil aos poucos, suas amizades
somente apegadas nas brincadeiras que não têm valores morais muita das vezes. Por sinal
disto, a preguiça mental, e a dislexia têm vindo a contribuir bastante no acto de erros
ortográficos na escrita.
13

CAPITULO III. METODOLOGIAS

3.1. Metodologias da Pesquisa


Segundo Sousa at. all (2013, p. 27), “a Metodologia, é a descrição da estratégia a ser
adoptada, onde constam os passos e procedimentos adoptados para realizar a pesquisa e
atingir os objectivos. Portanto, nesta pesquisa, foi usada a metodologia de observação directa
que, consistiu em ditar um texto para verificar os erros ortográficos, pontuação e construção
frásica dos alunos da 12ª classe A/A da Escola Secundária Geral Filipe Jacinto Nyusi na
cidade de Quelimane.

3.1.1. Observação Directa


Segundo Lakatos & Marcon (2003, p. 190), detalham que, “a observação é uma
técnica de colecta de dados para conseguir informações e utilizar os sentidos na obtenção de
determinados aspectos da realidade. Com isso, a presente pesquisa basea-se na realização de
ditado e redacção para verificar se os alunos têm graves erros ortográfico e de pontuação
principalmente nas áreas de construção frásica dos alunos em particular a morfologia em
estudo.

3.1.2. Entrevista
A entrevista é o procedimento utilizado na investigação social, para a colecta de dados
[…], trata-se, pois, de uma conversação efectuada face a face, de maneira metódica;
proporciona ao entrevistado, verbalmente, a informação necessária. (Lakatos & Marconi,
2003, p. 195).

Assim, de entre os tipos de entrevistas existentes, será usada a entrevista padronizada


visto que seguirá um roteiro previamente estruturado. A entrevista será dirigida ao professor
de Língua Portuguesa da 12ª classe A/A e aos professores de 8ª a 11ª classe para a verificação
da antemão problema de erros ortográficos na produção frásica.

3.2. Participantes na Entrevista


A pesquisa envolverá 20 elementos. Deste número pretende-se trabalhar com 5
professores e 15 alunos respectivamente da 8ª a 12ª classe.
14

3.3. Técnicas de Recolha de Dados


 Ditado

O ditado é o exercício que consiste na reprodução de um texto para avaliar a


capacidade de escrever sem erros. Para este trabalho, o ditado para além de avaliar a
capacidade de escrever, também servirá como instrumento de colecta de dados.

3.3.1. Quanto aos Procedimentos


Quanto aos procedimentos será de campo, uma vez que vai permitir um maior
contacto com o público-alvo.

Nesse sentido, segundo Suraman (1991, p. 45), versa que pesquisa de campo é uma
das etapas da metodologia científica de pesquisa que corresponde a observação, colecta,
análise e interpretação de factos fenómenos que ocorrem em ambientes naturais.

3.3.2. Instrumentos de Colecta de Dados.


Para a colecta de dados ou informações que sustentam este projecto de pesquisa, foram
usadas as seguintes técnicas: consulta bibliográfica, que consiste em obter informações a
partir de livros e artigos disponíveis em formato físico e electrónico. Também usou-se a
observação directa que serviu para demonstrar a veracidade das informações. No entanto, a
observação directa que consistira na observação e colecta de dados, onde se colherão
informações sobre o problema.

3.3.3. Universo Populacional e Amostra


Todos os alunos da Escola Secundária Geral Filipe Jacinto Nyusi da Cidade de
Quelimane que têm problemas em erros ortográficos.

3.3.1. População
A população que será envolvida nesta pesquisa será constituída por 47 elementos dos quais
37 Alunos da 8ª classe, 9ª, 10ª, 11ª e 12ª classes de ambos sexos, curso diurno e 02 Professoras
que leccionam a Disciplina de Língua Portuguesa no 2° ciclo.

3.3.2. Amostra
A amostra desta pesquisa foi constituída por 20 membros de ambos sexos das duas classes
(11ª e 12ª classes), dos quais, 15 alunos e duas (2) Professoras.

4. Orçamento
ITEM Custo (MZN)
15

Digitação 360,00Mt
Internet (Mensal) 500,00Mt
Transporte 310,00Mt
Papel A4 60,00Mt
Caneta, Lápis e Borracha 25,00Mt
TOTAL: 1.255,00Mt

5. Cronograma de Actividades

Actividades a Realizar: Julho


11 12 -15 16-24 25- 26 27-28 29-31 Ago.

1 Escolha do tema em estudo


2 Observação do problema em estudo
3 Leitura/Elaboração do projecto
4 Realização da entrevista
5 Recolha de dados obtidos no campo
6 Revisão do texto
7 Entrega do trabalho

Referências Bibliográficas
Bechara, E. (2009). Moderna Gramática Portuguesa. Rio de Janeiro.
16

Carraher, T. N. (1985). Explorações sobre o desenvolvimento da competência em ortografia


em português. Psicologia, teoria e pesquisa.

Celso, C. (1981). Erros ortográficos de língua, nação alienação. Rio de Janeiro, Nova
Fronteira, p. 37-106.

Gil, C. A. (2002). Como elaborar um projecto de pesquisa. 4ª Edição, São Paulo, Edição
Atlas.

Lakatos, E. M. & Marconi, M. A. (2003). Metodologia do Trabalho Cientifico. São Paulo,


Atlas Editora.

Lemle, M. (1995). Guia teórico do alfabetizador. São Paulo, Ática.

Lopes, V. M. do C. (2012). Gramática da Língua Portuguesa. Lisboa.

Luciano, B. (2019). Erros Ortográficos. [PDF]. Recuperado de


<https://bebedadonacelma.wordpress.com/2019/11/02/projecto-estudo-dos-erros-
ortograficos-pontuacao-e-morfossintaxe-caso-do-distrito-de-mocuba-escola-
secundaria-geral-samora-machel-de-mocuba-b-a-12-classe-ano-2019/>.

Meireles, E. S. & Correa, J. (2005). Regras contextuais e morfossintácticas na aquisição da


ortografia da língua portuguesa por crianças. Psicologia, Teoria e Pesquisa. [PDF].
Recuperado de <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
37722005000100011&lng=en&nrm=iso>.

Silva, E. L. da, & Menezes E. M. (2001). Metodologia da pesquisa e elaboração de


dissertação. 3ª Edição, Florianópolis.

Souza, D. I. de., et all. (2013). Manual de orientações para projectos de pesquisa. Hamburgo.

Zorzi, J. L. (1998). Aprender a escrever: a apropriação do sistema ortográfico. Porto Alegre,


Artmed.

__________. (2003). Aprendizagem e distúrbios da linguagem escrita. Porto Alegre, Artmed.

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