PROJETO DE RESÍDUOS E EFLUENTES Prof.
Regina de Amorim Romacheli
DIMENSIONAMENTO DE SERVIÇOS DE VARRIÇÃO E Prof. Marcelo Valerius Bernardes
Prof. Delcir Magalhães Cardoso
COLETA DE LIXO
SISTEMA DE LIMPEZA URBANA Prof. Regina de Amorim Romacheli
Prof. Marcelo Valerius Bernardes
SERVIÇOS DE COLETA E VARRIÇÃO Prof. Delcir Magalhães Cardoso
SITUAÇÃO DA COLETA DE RSU
Coleta de resíduos: a coleta é feita, o problema é dispor
adequadamente
CLASSIFICAÇÃO DE RESÍDUOS
Resíduos classe I: Perigosos;
Resíduos classe II: Não perigosos;
Resíduos classe II-A: Não inertes;
Resíduos classe II-B: Inertes
GESTÃO DE RESÍDUOS
Antes de 1990: concentrava-se em melhorar as
tecnologias usadas após a geração dos resíduos;
Depois de 1990: concentra-se em prevenir a
geração.
GESTÃO DE RESÍDUOS
GESTÃO DE RESÍDUOS
Objetivos da gestão de resíduos em uma comunidade:
Reduzir a geração de resíduos sólidos;
Incentivar/ampliar a reutilização e a reciclagem;
Promover a inclusão social e econômica dos catadores;
Disponibilizar os serviços a toda população
GESTÃO DE RESÍDUOS
Serviços envolvidos na limpeza urbana:
Coleta;
Varrição;
Capina;
Limpeza de locais após eventos;
Limpeza de bocas de lobo;
Remoção de entulhos;
Prof. Regina de Amorim Romacheli
VARRIÇÃO E OUTROS SERVIÇOS Prof. Marcelo Valerius Bernardes
Prof. Delcir Magalhães Cardoso
VARRIÇÃO
Importância:
Evitar poluição visual;
Evitar proliferação de vetores;
Evitar problemas de saúde relacionadas à
poeira;
Evitar entupimento dos sistemas de drenagem.
VARRIÇÃO
Para a elaboração de um plano de varrição é
necessário:
Delimitação da área;
Tipo de pavimentação;
Uso do solo;
Extensão das vias;
Circulação de pedestres;
Localização de cestinhos.
VARRIÇÃO
Fatores que interferem:
Quantidade de árvores;
Densidade de trânsito;
Quantidade de pedestres;
Poder aquisitivo;
Existência de vendedores ambulantes;
Comércio;
Atrações turísticas;
Conscientização da população.
VARRIÇÃO
Métodos:
Manual;
Mecanizado;
VARRIÇÃO
Mecanizada: indicada para vias de trânsito
rápido, túneis e viadutos
VARRIÇÃO
Mecanizada:
Vantagens:
Alto rendimento;
Pouca mão de obra.
Desvantagens:
Alto investimento inicial;
Necessita de mão de obra e manutenção qualificada;
Ineficiente em vias com veículos estacionados;
Desemprego
As calçadas não são varridas;
Funciona somente em vias pavimentadas.
VARRIÇÃO
Manual:
Vantagens:
É possível varrer diferentes tipos de pavimentação;
É possível varrer passeios (calçadas), canteiros, ilhas canteiros;
Pode contornar obstáculos;
Pequeno investimento inicial;
Baixo custo de manutenção e de equipamentos;
É fácil se obter mão-de-obra
Desvantagens:
É necessário um veículo para o transporte das equipes;
É possível que o serviço seja paralisado por faltas, licenças,
greves..
VARRIÇÃO
A varrição é dimensionada em função do seguinte:
Por setores da cidade e a frequência de varrição;
Roteiro e número necessário de servidores;
Pela produtividade esperada de cada servidor.
VARRIÇÃO
Valores médios adotados:
▪Rendimento: 1000 a 2500 m/dia por pessoa;
▪Equipe média: 2 garis e 1 carrinheiro;
▪Lixo coletado: 30 a 90 kg por km varrido;
▪Média funcionários: 0,4 a 0,8 varredores/1000 hab.
▪Jornada: 12h x 36
▪Raio de varrição: 800 m
▪Roteiros circulares e no sentido dos declives
VARRIÇÃO
Exemplos de produtividade:
São Paulo: 3200 a 3600 m de
sarjeta/servidor.dia;
Goianésia: 1380 m lineares/dia (mulheres);
Goianésia: 1850 m lineares/dia (homens);
VARRIÇÃO
A varrição é dimensionada em função do seguinte:
Por setores da cidade e pela frequencia de varrição;
VARRIÇÃO
Dimensionamento do número de varredores:
𝐾𝑗 ∙ 𝐹𝑣
𝑁𝑉 = (+𝐶𝑅)
𝑃𝐷
NV = número de varredores;
Kj = extensão de vias a ser varrida (km de
sarjetas);
Fv = frequência de varrição;
PD = Produção diária de cada varredor
CR = coeficiente de reserva (20%)
VARRIÇÃO
Dimensionamento do número de varredores:
Frequencia de varrição (Fv)
Frequencia Valor do Fv
Diária 6/6 = 1
Dias alternados 3/6 = 0,5
Semanal 1/6 = 0,17
VARRIÇÃO
Exemplo: calcular a quantidade necessária de varredores para
trabalhar na varrição dos setores abaixo. Considere a
produtividade de cada varredor como 3500 m/dia.servidor
Setores Extensão linear Frequencia
das ruas (km)
1 31,5 Diária
2 34,7 Alternada
3 55,3 Semanal
4 14,4 Diária com
repasse
OUTROS SERVIÇOS
▪Limpeza de feiras;
▪Limpeza de praias;
▪Bocas de lobo, galerias ou córregos;
▪Remoção de animais mortos;
▪Pintura de guias;
▪Material de podas
▪Materiais volumosos ou entulhos
OUTROS SERVIÇOS
Roçagem: a cada 3 meses
Rendimentos:
▪Capina manual: 150 m²/dia/servidor
▪Tratamento químico: 10 mil m²/dia
▪Roçagem (alfanje ou gadanha): 200 a 300 m²/dia/pessoa;
▪Roçadeira costal: roçagem +50%
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COLETA E TRANSPORTE DE RESÍDUOS Prof. Marcelo Valerius Bernardes
Prof. Delcir Magalhães Cardoso
COLETA E TRANSPORTE DE RESÍDUOS
Tipos de coleta:
Seletiva:
Porta-a-porta;
PEV – Pontos de entrega voluntários;
Catadores.
Regular
Especial.
COLETA E TRANSPORTE DE RESÍDUOS
Tipos de coleta:
Seletiva:
Porta-a-porta;
COLETA E TRANSPORTE DE RESÍDUOS
Tipos de coleta:
Seletiva:
PEV:
COLETA E TRANSPORTE DE RESÍDUOS
Tipos de coleta:
Seletiva:
Catadores:
CARACTERÍSTICAS DE EQUIPAMENTOS
Capacidade: 0,3 a 0,8 m3
(120 a 200kg)
Capacidade: 1,5 a 2,0m3
(0,5 tonelada )
CARACTERÍSTICAS DE EQUIPAMENTOS
Capacidade: 3,0 a
5,0m3 (1 tonelada)
COLETA E TRANSPORTE DE RESÍDUOS
Etapas a serem consideradas:
Estimativa de volume de lixo a ser coletado;
Definição da frequência da coleta;
Definição dos horários da coleta domiciliar;
Dimensionamento da frota dos serviços;
Definição de itinerários da coleta.
COLETA E TRANSPORTE DE RESÍDUOS
Coleta regular:
Atividade de limpeza pública de maior
preocupação;
Dimensionamento incorreto implica em gastos
elevados e reclamação da população;
35 a 50% da verba destinada à limpeza pública
é gasta na coleta
COLETA E TRANSPORTE DE RESÍDUOS
Coleta regular:
É importante que seja sempre no mesmo horário;
Frequência:
Diária: ideal para o usuário, principalmente pela
questão de saúde pública, porém possui alto custo
operacional;
Alternada (3 vezes na semana): Ideal para o
sistema, pois promove uma economia da ordem de
30 a 40%;
Periódica: para locais muito afastados.
COLETA E TRANSPORTE DE RESÍDUOS
Coleta regular: Horários - Coleta diurna:
Vantagens: mais econômica e melhor fiscalização
do serviço.
Desvantagens: interfere no trânsito; menor
velocidade de coleta; maior risco para os
coletores; a produtividade é reduzida em
regiões quentes
COLETA E TRANSPORTE DE RESÍDUOS
Coleta regular: Horários - Coleta noturna:
Vantagens: menor interferência no trânsito; o lixo
não fica exposto durante o dia;
Desvantagens: ruído; iluminação insuficiente;
aumento de encargos.
Geralmente utiliza-se a coleta em dois turnos
para otimizar a frota
COLETA E TRANSPORTE DE RESÍDUOS
Coleta regular:
Tipo de veículos coletores – A escolha do veículo
depende:
Do tipo e quantidade de resíduos;
Da forma em que o resíduo é acondicionado
(lixeiras);
Das condições de acesso aos pontos de coleta.
COLETA E TRANSPORTE DE RESÍDUOS
Coleta regular:
TIPO DE VEÍCULOS COLETORES – COLETOR
CAÇAMBA:
Capacidade de carga usual: 10 m³;
Altura limite da caçamba: 1,7 m acima do solo
(evitar esforço excessivo dos garis);
Pode ser utilizado em outros serviços;
Pode ocorrer o espalhamento do lixo;
Gari entra em contato direto com o lixo.
COLETA E TRANSPORTE DE RESÍDUOS
Coleta regular:
TIPO DE VEÍCULOS COLETORES – COLETOR
COMPACTADOR:
Volume do compartimento: de 6 a 25 m³;
Capacidade de carga: 18 – 57m³
Altura para carregamento: 1 a 1,2 m do solo;
Depósito para chorume: 100 a 150 l;
Rapidez no carregamento e descarregamento.
COLETA E TRANSPORTE DE RESÍDUOS
Coleta regular:
Dimensionamento da quantidade de veículos (Ns):
1 𝐿 𝐷𝑔 𝐷𝑑 𝑄
𝑁𝑠 = +2∙ +2∙ ∙
𝐽 𝑉𝑐 𝑉𝑡 𝑉𝑡 𝐶
J = Duração útil da jornada de trabalho dos coletores ( h);
L = Extensão total das vias a serem coletadas (km);
Vc = Velocidade média de coleta (km/h);
Dg = Distância entre a garagem e o setor de coleta (km);
Dd = Distância entre o setor de coleta e o aterro (km);
Vt = Velocidade média no percurso do bairro ao aterro
(km/h);
Q = Quantidade total de lixo a ser coletada (t ou m³)
C = Capacidade dos veículos (t ou m³) – geralmente utiliza-se
70 a 80% da capacidade nominal.
COLETA E TRANSPORTE DE RESÍDUOS
Coleta regular:
Dimensionamento da quantidade de veículos (Ns):
1 𝐿 𝐷𝑔 𝐷𝑑 𝑄
𝑁𝑠 = +2∙ +2∙ ∙
𝐽 𝑉𝑐 𝑉𝑡 𝑉𝑡 𝐶
𝐿
= tempo gasto para a coleta
𝑉𝑐
𝐷𝑔
2 ∙ = tempo gasto pelo veículo ir da garagem
𝑉𝑡
até o setor de coleta;
𝐷𝑑 𝑄
2 ∙ ∙ = tempo gasto pelo veículo para ir e
𝑉𝑡 𝐶
voltar ao aterro e fazer a descarga dos caminhões
multiplicado pelo número de viagens necessárias para
a coleta e descarga.
COLETA E TRANSPORTE DE RESÍDUOS
Coleta especial:
Resíduos de serviço de saúde:
Devem ser coletados em separado dos resíduos
domiciliares;
A coleta, transporte e destinação final é de
responsabilidade do gerador;
Os veículos transportadores de resíduos classe I (perigosos)
devem ser licenciados pelo órgão ambiental;
NBR 12810 – Coleta de resíduos de serviço de saúde:
veículo na cor branca; ter em local visível o nome do
município, da empresa coletora, telefone, endereço,
simbologia de carga infectante, etc.
COLETA E TRANSPORTE DE RESÍDUOS
Coleta especial:
Resíduos de serviço de saúde:
Coleta não pode ser feita em intervalos superiores a 24 h;
Pode ser feita em dias alternados se a carga for
armazenada a temperatura máxima de 4 °C
Os recipientes não podem ser rompidos;
Veículo coletor deve ser lavado e desinfetado ao final de
cada trabalho;
O chorume deve ser encaminhado para tratamento
PLANEJAMENTO/PROJETO DE COLETA DE LIXO.
DADOS BÁSICOS
Levantamento das zonas de geração de
resíduos: zonas residenciais (classes alta,
média e baixa), com respectiva
densidades populacionais
(habitantes/km2), zonas comerciais,
setores de concentração de lixo público,
etc.;
PLANEJAMENTO/PROJETO DE COLETA DE LIXO.
DADOS BÁSICOS
Dados populacionais: população fixa e
flutuante, contribuição per capita e número
médio de moradores por residência;
Hábitos e costumes da população: dados
relativos aos locais de feiras livre, festas
religiosas, mercados, ocupação sazonal
de determinadas áreas de lazer, etc;
Planejamento/Projeto de Coleta de lixo.
Dados Básicos
Freqüência: poderá ser diária, ou três a
duas vezes por semana. Esta decisão é
tomada em função: do tipo de lixo
gerado das condições climáticas e dos
recursos técnicos e econômicos do órgão
responsável pela coleta.
COLETA Rotas de coleta
Dados levantados: planejamento dos roteiros de coleta,
os itinerários por onde o veículo coletor deverão passar
para efetuar a coleta.
O itinerário é implantado de forma que o veículo
coletor esgote sua capacidade de carga, percorra
todas as ruas e, finalmente dirija-se ao sítio de
destinação final.
COLETA Rotas de coleta
Percurso improdutivo
Trechos percorridos em que o veículo não realiza coleta,
servindo apenas para deslocamento de um ponto a outro.
Regras práticas:
•Início da coleta: próximo à garagem;
•Término da coleta: próximo à área de descarga;
•Coleta sentido descendente quando feita em vias
íngremes;
•Percurso contínuo: coleta nos dois lados da rua.
COLETA Rotas de coleta
Deve-se elaborar para cada itinerário de coleta:
➢Roteiro gráfico de área, em mapa ou croqui (início/término);
➢Todos os percursos;
➢ Pontos de coleta manual (sem acesso a veículos, lixo
conduzido pelos coletores);
➢ Trechos com percurso morto e manobras especiais, marcha
ré, retorno.
Rotas de coleta
Rotas de coleta
VALORES MÉDIOS A SEREM CONSIDERADOS
▪Geração per capita: 900 g/hab.dia (CEMPRE,2010)
▪Densidade do lixo solto: 250 a 300 kg/m³
▪Ocupação média do caminhão: 70%
▪Velocidade de coleta: 4 a 6,5 km/h
▪Grau de compactação da prensa: 50%
▪Velocidade média de percurso: 15 a 30 km/h
▪Entre 8 e 16 t/turno/caminhão.
▪Em média 2 viagens por turno por caminhão
▪Capacidade média do caminhão compactador: 10 a 15
m3.
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COLETA E TRANSPORTE DE RESÍDUOS
Exemplo: Dimensionar a frota de veículos coletores de resíduos
sólidos domiciliares para uma população de 100000 habitantes.
Considere:
coleta diurna em dias alternados;
taxa per capita de resíduos sólidos = 0,6 kg/hab.dia;
extensão total das vias = 200 km;
Distância da garagem até o local de coleta = 8 km;
velocidade de coleta = 5 km/h;
velocidade média no trajeto da garagem até o local de
coleta/aterro = 30 km/h;
Distância do local de coleta até o aterro = 10 km
capacidade do caminhão = 5 toneladas,