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Colocação Pronominal e Regência Nominal

O documento discute a colocação pronominal na língua portuguesa. Explica que os pronomes pessoais dividem-se em pronomes do caso reto e oblíquo, e que a colocação dos pronomes oblíquos átonos antes ou depois do verbo depende de regras gramaticais relacionadas à formalidade. Ilustra essas regras através de um texto literário e discute a próclise, ênclise e mesóclise.

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O documento discute a colocação pronominal na língua portuguesa. Explica que os pronomes pessoais dividem-se em pronomes do caso reto e oblíquo, e que a colocação dos pronomes oblíquos átonos antes ou depois do verbo depende de regras gramaticais relacionadas à formalidade. Ilustra essas regras através de um texto literário e discute a próclise, ênclise e mesóclise.

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COLOCAÇÃO

PRONOMINAL
PARA QUE SABER?

Professora Cristiane Lourenço


Os pronomes pessoais subdividem-se em dois grupos:

PESSOA DO DISCURSO PRONOMES PESSOAIS DO PRONOMES PESSOAIS DO


CASO RETO CASO OBLÍQUO
Função de sujeito Função de complemento
1ª do singular Eu Me, mim, comigo
2ª do singular Tu Te, ti, contigo
3ª do singular Ele, ela Se, si, consigo,
o, a, lhe

1ª do plural Nós Nos, conosco


2ª do plural Vós Vos, convosco
3ª do plural Eles, elas Se, si, consigo,
Os, as, lhes
Para que saber?
• A colocação dos pronomes oblíquos átonos é
um aspecto gramatical relacionado à
adequação da frase ao padrão formal – e
tradicional – da língua.
Vamos ler o texto PAPOS,de Luís
Fernando Veríssimo
- Me disseram...
- Disseram-me.
- Hein?
- O certo é “disseram-me”.Não “me disseram”.
- Eu falo como quero.E te digo mais.Ou é “digo-
te”?
- O quê?
- Digo-te que você...
- O “te” e o “você” não combinam.
_Lhe digo?
-Também não.O que você ia me dizer?
-Que você está sendo grosseiro,pedante e chato.E que
vou te partir a cara.Lhe partir a cara.Partir a sua
cara.Como é que se diz?
-Partir-te a cara.
_Pois é.Parti-la hei de,se você não parar de me
corrigir.Ou corrigir-me.
-É para o seu bem.
-Dispenso suas correções.Vê se esquece-me.Falo
como bem entender.Mais uma correção e eu...
-O quê?
- O mato!
-Que mato?
-Mato-o.Mato-lhe.Mato você.Matar-lhe-ei-te!Ouviu
bem?
-Eu só estava querendo...
-Pois esqueça-o e para-te.Pronome no lugar certo é
elitismo!
-Se você prefere falar errado...
-Falo como todo mundo fala.O importante é me
entenderem.Ou entenderem-me?
-No caso...não sei.
-Ah,não sabe?Não o sabes?Sabes-lo não?
-Esquece.
-Não.Como “esquece”?Você falar errado?E o certo é
“esquece” ou “esqueça”?Ilumine-me.Me
diga.Ensines-lo-me,vamos.
-Depende.
-Depende.Perfeito.Não o sabes.Ensinar-me-lo-ias se o
soubesses,mas não sabes-o.
-Está bem,está bem.Desculpe.Fale como quiser.
-Agradeço-lhe a permissão para falar errado que mais
dás.Mas não posso mais dizer-lo-te o quedizer-te-ia.
-Por quê?
-Porque,com todo este papo,esqueci-lo.
A colocação pronominal em relação ao verbo
ÊNCLISE – é a colocação normal do pronome na variedade
padrão.
ex:Deseje-me boa sorte!
(o pronome é colocado depois do verbo)

PRÓCLISE - quando antes do verbo há palavras que exercem


atração sobre ele.
ex:Nunca se lamentou do fato, nem nos pediu ajuda.
(o pronome é colocado antes do verbo)

MESÓCLISE – quando o verbo se encontra no futuro do


presente ou no futuro do pretérito.
ex: Contar-lhe-ia o segredo,se pudesse.
(o pronome é colocado no meio do verbo)
Posição dos pronomes numa frase

ANTES VERBO
PRÓCLISE

MESÓCLISE

DEPOIS

ÊNCLISE
VERBO
A PRÓCLISE
• A próclise é obrigatoriamente usada quando,
antes do verbo, houver alguma palavra que
atraia o pronome, ou seja, que traga o
pronome para perto de si.

• Os casos mais comuns são:


REGRAS DE PRÓCLISE
1.Palavras negativas –(não, nada, nunca, nem, jamais)
Ex: Nunca nos revelou sua verdadeira identidade.
Nada me deteria

2.Advérbios (hoje, lá, talvez, agora, rapidamente, etc.)


Ex: Agora me apoiam.
Diariamente me perseguia com os olhos cheios de lágrimas.

OBS: Quando o advérbio for seguido por vírgula, o pronome é


colocado após o verbo.
Diariamente , perseguia-me com os olhos cheios de lágrimas.
3.Pronomes relativos – (que, quem, qual, onde, etc.)
Ex: Este é o local onde te encontraremos amanhã.
Mas o desejo que me consumia era outro.

4.Pronomes indefinidos e interrogativos –


(tudo, ninguém, alguém, outros)
Ex: Alguns as socorreram.
Quem o ajudou?
Tudo me comoveu sinceramente.
5.Conjunções subordinativas (que, como, embora, etc.)
Ex: Embora lhe perdoasse, ela disse que se sentia
culpada.
A próclise também é obrigatória em orações
exclamativas e em orações com preposição em +
gerúndio. Veja estes exemplos:

Como se desperdiçam talentos neste país!

Em se tratando de esportes, prefiro o vôlei.


Regras de Ênclise
1.Quando o verbo inicia a oração.
Ex: “Barbeio-me, visto-me, calço-me”.
(Carlos Drummond de Andrade)

2.Quando o verbo, no interior da oração, é


precedido de pausa (silêncio, na fala; sinal de
pontuação, na escrita)
Ex: Por gentileza, peça-lhe que venha aqui.
Regras de Mesóclise
Pouco comum no idioma, só é obrigatória quando
se combinam dois fatores:
1.Verbo no futuro ( do presente ou do pretérito)
Iniciando oração.
Ex:Contar-lhe-emos toda a verdade sobre o
assunto.
Dar-nos-iam uma nova oportunidade?
2.Ausência de palavra atrativa exigindo próclise.
Ex:Os amigos dar-lhe-iam apoio novamente.
Os amigos lhe dariam apoio novamente.
Profa. Cristiane Lourenço
Regência

É a relação sintática que se estabelece entre um termo


regente ou subordinante (que exige outro) e o termo regido
ou subordinado (termo regido pelo primeiro)

A regência pode ser: verbal ou nominal.

Quando o termo regente é um verbo a regência é verbal,


quando é um nome, a regência é nominal.
O conhecimento da regência correta de cada
verbo e de cada nome é função do uso.

Dessa forma cada falante conhece a regência


dos verbos e dos nomes que fazem parte de seu
repertório usual.

Pode ocorrer que o falante desconheça certas


regências da norma padrão pelo fato delas não
ocorrerem no uso popular.
Regência nominal

A regência nominal estuda os casos em que


nomes (substantivos, adjetivos e advérbios) exi-
gem uma outra palavra para completar-lhes o
sentido. Em geral a relação entre um nome e o
seu complemento é estabelecida por uma preposi-
ção.
Regência nominal

Exemplo:

Joana é capaz de fazer qualquer coisa pela


mãe.

Ana sempre foi amorosa com os filhos.

Carlos é entendido em informática.


Ana sempre foi amorosa com os filhos.
VL Predicativo do
Complemento
sujeito (adjetivo)
Nominal. TERMO
TERMO REGENTE REGIDO

Quando o termo regente é um nome –


substantivo, adjetivo ou advérbio -
ocorre a regência nominal.
VEJA:
AGORA VEJA:
 Nota: Na regência nominal, o termo
regido é obrigatoriamente
preposicionado.

A palavra REGÊNCIA vem do verbo


reger (reger = -ência), e este do latim
Regere = dirigir, guiar, conduzir, governar.

Dessa forma, regente é aquele que


DIRIGE, CONDUZ, GOVERNA, e regido é
aquele que é DIRIGIDO,
CONDUZIDO, GOVERNADO.
Alguns nomes e as preposições que
mais comumente eles exigem

 adepto a  indiferente a
 alheio a  inofensivo a, para
 ansioso para, por, de  junto a, de, com
 apto a, para  próximo a, de
 aversão a, por  referente a
 feliz de, por, em, com  simpatia a, por
 favorável a  tendência a, para
 imune a, de  paralelo a
 contente com, por, de  relativo a
Mais nomes e as preposições
que comumente eles exigem

acessível, adequado, desfavorável, equivalente, insensível,


obediente - a
 capaz, incapaz, digno, indigno, passível, contemporâneo - de
 amoroso, compatível, cruel, cuidadoso, descontente - com
 entendido, indeciso, lento, morador, hábil - em
 inútil, incapaz, bom - para
responsável - por
“Preocupe-se mais com a sua consciência do que com
sua reputação. Porque sua consciência é o que você é, e a
sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os
outros pensam, é problema deles.” (Autor desconhecido)

Bom estudo!

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