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Exercício 4 - Documentário ENRON

O documento discute o caso da Enron, uma das maiores falências por fraude contábil da história. A Enron ocultava dívidas e prejuízos por meio de contabilidade criativa e empresas de fachada. Isso, associado a conflitos de interesses e foco excessivo em lucros, levou à sua queda em 2001. O caso teve grande impacto e levou à criação da Lei Sarbanes-Oxley de 2002, que visava melhorar a fiscalização e transparência contábil.
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O documento discute o caso da Enron, uma das maiores falências por fraude contábil da história. A Enron ocultava dívidas e prejuízos por meio de contabilidade criativa e empresas de fachada. Isso, associado a conflitos de interesses e foco excessivo em lucros, levou à sua queda em 2001. O caso teve grande impacto e levou à criação da Lei Sarbanes-Oxley de 2002, que visava melhorar a fiscalização e transparência contábil.
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Elisson Mateus Egewarth

DISCIPLINA: AUDITORIA CONTÁBIL


PROFESSOR: Jean Lucca Menon
Conflitos de agencia, fraudes envolvendo bancos, abandono do custo histórico para
adotar a mercado, criação SPE para ocultar dividas.
Exercícios – Documentário “Enron: Os mais espertos da sala”

1 – Por que o caso da Enron teve tanta relevância para a história da Ciência
Contábil?
A Enron foi fundada em 1985, conhecida como uma das empresas líderes mundiais em
eletricidade, gás natural, comunicações, papel e celulose. Na década de 1990, considerada
uma das empresas mais inovadoras do EUA devido a construir usinas de energia e operar
linhas de gás, tornou-se mais conhecida por seus negócios comerciais exclusivos
(YUHAO,2010).
A sua receita anual aumentou de cerca de US$ 9 bilhões em 1995 para mais de US$
100 bilhões em 2000 ao final de 2001. O escândalo revelado em outubro de 2001, acabou
levando à falência da Enron Corporation que era uma das cinco maiores parcerias de auditoria
e contabilidade do mundo, sendo a maior falha de auditoria que foi revelado que sua condição
financeira relatada era sustentada substancialmente por fraude contábil institucionalizada,
sistemática e planejada de forma criativa ( YUHAO,2010).
Segundo Thomas (2002), a queda do preço das ações da Enron de US$ 90 por ação em
meados de 2000 para menos de US$ 1 por ação no final de 2001 fez com que os acionistas
perdessem quase US$ 11 bilhões. E a Enron revisou sua demonstração financeira dos cinco
anos anteriores e descobriu que havia US$ 586 milhões em perdas ( YUHAO,2010).
A falta de veracidade da administração sobre a saúde da empresa, as políticas de
remuneração da Enron geraram um foco míope no crescimento dos lucros e no preço das
ações. Além disso, as recentes mudanças regulatórias se concentraram no aprimoramento da
contabilização das SPEs e no fortalecimento dos sistemas internos de contabilidade e controle
(YUHAO,2010). Um fator importante no caso da Enron foi a fraude contábil (usando “mark to
market propuseram para aumentar o preço das ações, cobrir a perda e atrair mais
investimentos” e SPE como ferramentas).
Usando as ações da Enron como garantia, a SPE emprestou grandes somas de dinheiro
que foi usado para equilibrar os contratos supervalorizados da Enron. Assim, as SPE
possibilitam converter empréstimos e ativos sobrecarregados com obrigações de dívida em
renda. A grande quantidade de dívidas, não foram relatados no relatório financeiro da Enron.
(YUHAO,2010).
Portanto, a cultura corporativa adotada pela Enron em cobrir erros, falhas, perdas no
desempenho da empresa e prejuízos catastróficos teve papel fundamental para se tornar uma
das maiores relevâncias para a história contábil, pois uma empresa que tinha participação
muito forte em toda economia dos EUA. A ética adotada pelos contadores da Enron em
manter uma demonstração financeira divulgada com informações falsas de lucros e perdas
cobrindo o máximo possível os prejuízos catastróficos e a manipulação dos acionistas foram
um dos maiores impactos na vida de várias pessoas que possuíam seu dinheiro investido na
companhia, pois a é a responsabilidade básica que eles devem seguir demostrando
informações verídicas.
2 – Qual o impacto do caso da Enron na criação da Lei Sarbanes-Oxley?
A Sarbanes-Oxley, ou SOx, é uma lei criada pelo Congresso americano em 2002 para
proteger os investidores e stakeholders das empresas contra possíveis fraudes financeiras.
A lei SOx conforme Zhang (2010, p.79) teve origem devido aos eventos
“desencadeados diretamente pelo colapso da Enron no final de 2001, que expôs um escândalo
contábil sem precedentes e um sistema de governança supostamente seriamente corrompido.
Identifico os eventos legislativos que levaram à aprovação da SOX”.
De acordo com Zhang (2007, p.80) a Lei Sarbanes–Oxley estabeleceu o “Public
Company Accounting Oversight Board (PCAOB), proibiu os auditores de realizar certos serviços
não relacionados à auditoria para seus clientes de auditoria e impôs maiores penalidades
criminais para fraude corporativa”.
Brickey (2003 p.359) discorre da criação da Sarbanes-Oxley em relação ao caso Enron:
fortalece as proteções legais concedidas aos denunciantes,
estendendo as proibições criminais existentes contra a retaliação de
testemunhas para incluir atos de retaliação que ocorrem no
ambiente de trabalho e incentivos poderosos para alvos de
investigações de fraude criminal para ajudar os promotores a
construir casos contra outros participantes da fraude.

Conforme Brickey (2003 p.359) relata que devido ao caso Eron Corporation a Lei SOx
foi criada para melhorar os seguintes pontos com base nos fatos de grandes fraudas
presenciados da época:
Sarbanes-Oxley incluem melhorar a supervisão contábil, fortalecer a
independência do auditor, exigir mais transparência em questões
financeiras corporativas, eliminar conflitos de interesse dos analistas
e exigir maior responsabilidade dos funcionários corporativos. Mas
[...] também aumenta as ferramentas de acusação disponíveis em
grandes casos de fraude, expandindo as proibições estatutárias
contra fraude e obstrução da justiça, aumentando as penalidades
criminais para fraudes tradicionais e crimes de encobrimento e
fortalecendo as diretrizes de condenação aplicáveis a fraudes de alto
nível.

Desta forma conclui-se que a lei Lei Sarbanes–Oxley “SOx” foi criada devido a grandes
frades corporativas vivenciadas e descobertas na época de 2000 com o intuito de melhorar a
supervisão e veracidade dos fatos disponibilizados pelas empresas em suas demonstrações de
forma correta sem fraudes ou “maquiamentos contábeis”. Também devido ao grande impacto
gerado como exemplo da Enron na sociedade e economia, interferindo diretamente no preço
da energia e perda da aposentadoria de diversas pessoas que tinham como objetivo investindo
ações na companhia, grandes percas de valores devido a falência da empresa mantida por
grandes períodos em sigilo por fraudes contábeis. A enorme quantidade de funcionários da
companhia que ficaram desempregados também foi um enorme impacto social da época.

3 – Faça um paralelo entre Governança Corporativa, conflito de agência e o caso


exposto no documentário.
Uma governança corporativa fará com que as pessoas tenham diretrizes para
desenvolver o seu trabalho, bem como valores que devem ser incorporados em suas atitudes.
Conflito de agência é a possibilidade de divergência de interesses entre acionistas e gestores,
onde um tenta tirar vantagens do outro de uma mesma situação devido aos interesses
paralelos dos gestores (administradores) contratados para conseguir esta maximização, pois os
mesmos podem buscar maximizar também suas próprias riquezas, usando como suporte as
estruturas das empresas para as quais trabalham.
No caso do documentário a governança corporativa imposta na Enron impacta
diretamente em desenvolver o trabalho com enfoque máximo em fornecer informação que a
companhia estava sempre tendo lucro, escondendo os prejuízos através de fraudes contábeis
através de um conflito de agencia forte impostos pelos administradores da Enron levando
consigo a empresa de auditoria externa Arthur Andersen, uma das maiores empresas de
auditoria do mundo decretando falência em 2002. A governança corporativa é o sistema que
dirige e controla uma companhia, é uma estrutura com práticas, regras e processos que regem
a empresa para que ela alcance os seus objetivos e seus negócios sejam bem sucedidos, neste
caso os objetivos eram sempre demostra que estavam tendo lucros para atrair o máximo
possível de acionistas e investidores para a empresa mesmo entrando em falência extrema.
A fraude na Enron são um exemplo de governança agressiva, pois mostrou que a
empresa adulterava os balancetes e entregava números irreais, inflando o preço das ações.
Mais que isso, muitos dos bônus e fundos voltados aos funcionários eram baseados em ativos
da companhia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brickey, Kathleen F. "From Enron to WorldCom and beyond: Life and crime after Sarbanes-
Oxley." Wash. ULQ 81 (2003): 357.

https://www.softwareone.com/pt-br/blog/artigos/2020/06/28/governanca-corporativa Acesso em:


02/08/2022

Li, Yuhao. "The case analysis of the scandal of Enron." International Journal of business and
management 5.10 (2010): 37.

Zhang, Ivy Xiying. "Economic consequences of the Sarbanes–Oxley Act of 2002." Journal of


accounting and economics 44.1-2 (2007): 74-115.

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