meducardo a part de compleidade do
de? Esa tam ido Uma queso afl pos
@ maloia dos pesquisadores acostumacos a trabaltay a 8
Dat do cutosreletencolsteonce-epsterollgtes oy
tucaste. Neste ra, so abordadas mutas das sooctine
ue emvohem a pestusa wansdecpnar © gue aeeees
Como pesquisar em
educagao a partir da
complexidade e da
transdisciplinaridade?
Rete
paar
Crt uiPREFACIO
E | Sisdecesad torte toro ce acta,
Seog eee dinate eines
conical Sa FUER na etarnns one netaeY
epee pee peers
Sharam ech soon feponetiscaceges a eset
Foor dbs oeen ane Eas
Tica pentose cetacean
—
Durante esse perfodo, trabalhamos as questies rela
cle participa com toda 4 sua inteireza, com sua corpo-
reidade, revelando, assim, a biopsicossociogénese do
conhecimento humano (Assmann, 1998). Portanto, ©
‘onhecimento produido na pesquitsé fato de processos
‘Que envolvem interpretagso, © também ciagso, intui~
(Ho, auto-organiaago e co-determinacio por parte do
Eujeito pesquitador em sua relagio como objeto. = para
‘comunicaro sprendide ow o conhecido, o individuo usa
§ linguager, a0 palavras e or diferentes discursos sobre
© tema perquisado,
Para Colom (2004), a0 descrever a realidad, narra
mos. essa narragio torna-se uma metsfors da relidade
Comunicada, E se tora narragio ou explicacto depende
Saqucle que conhece, uma explicario ou nerragio pode
fer diferente da outra, podendo emergir carregada OW
sobrecarregada de subjetividade, da visgo que cada um
constroi de objeto de conhecimento. Assim, por meio
da palavea e da Hnguagem, crlamos nossa realidade,
Crlmos 0 mendo teem inagern ¢ temelhangs, Por
mais que tentemos objetivar, qualquer narraqso ser8
empre ima de sins possivels versbes ou interpreta-
{Goes de determinacls realidade, reveladora de usm olla®
‘Sepecifico sobre 0 objeto, do exforgo e da tentativa de
‘bjetivar,na esperangadle transmitir wma ealidade mais
prOxima possivel do real, Muitas vezes acontece que #
‘Rossa explicagio da reslidade pode nio coineidir com a
‘explicagio do outro, por mais quc se tente ser objetivo €
nequivaco, Dees forma,em ver detum rujeito seguro de
stat certezas, deveriamos ter, sempre, sim sujeito inter
rogante, reflexive; um individuo pensante, que tentasse
fencontrar ums nova ordem no meio de tanta desordem,
fe que buscasse uma nova base, mesmo sebendo de sua
provisoriedade ata.
De certa maneira, isso nos aproxima também da
construgio tedrica de Maturana (1999), que reconhece
cece eater ase 29
‘existéncis de miltiplae realidades ea legitimidade de
{odaselas, pois cada uma representariaa verdade daquele
‘gue nica acredita, Segundo esse autora realidade surge a
partirdo que cada um faz e,assim, existiriam tantas ver~
bese tantasrealidades quantasforem as experiencia do
Sujelto observacor em suas tentativas de expliear o real. Se
‘Sxstsee uma Snicarealidade independente, toda verdade
Serie universelmente aceitae vida para qualquer obser~
aldo, que ela seria independente do que cle faz.
Seré que ainda podemos continusr pensando que toda
equalquer teoria é sempre objetiva? Ou sera que ela gum
fellexe de uina realidade ou de uma objeividade entre
Darénteses, uma eonstrucie do expirito humano® De fato,
oda e qualquer teoria, por mais bem fandamentada que
tstejacrn dados objetivos da ealidade, sempre produto
Ga subjetividade e da intersubjetividade humans, ja que
impostivel ser totalmente abjetiva em si mesmo. Ela
reaulta de um procesto critico e, muitas veres, também
Criativo,intuitivo e sensivel,além de uma logies, produto
Se umm né gérdio que liga subjetividade e objetividade.
Mas ¢ importante tambémm destacar que 0 pesquisador
‘ao esta tzolado de uma comunidade clentfies que Te-
‘conhece ou no a validade de sua pesquite
‘Assim, pasa Morin (1987), objetividade t8o lmejada
pela cigncia tradicional ngo deixa de ser uma simpli
Resgao dz ciéncia. Teo porque toda operagio mental
cnvelve um sistema complexo constituido de objetivacso
‘rubjetivagdo, O conhecimento produzido pela pesquisa
Egeradoa partir devsa interaqao,desse dislogo-E também
igus Fitica Quintica nos ensina, = partir do Principio
{da Incerteza de Heisenberg. Para cle, do mesmo modo
‘Que, na microfisiea, um obvervador perturba o objeto,
este também perturba # percepgio do observador, na
>medida em que um abre uma brecha no outro,tornando-
se, ambos, mutuarnente-constitutives ¢ inclusivos. Essa30 conopeab erat prt onecins eerste?
compreensio também nos levaa reconhecer que sujeito
f objeto sio.co-construtores um do outro, 0 parceiros
t nfo adversérios no ambiente de pesquisa, pois ambos
Constituem um sistema ebservante, com suas influencias
mituas e recfprocas
Essa compreensio também nos confirma © fato de
‘que o objeto existe em relagioa determinado sujelto que
© observa, pensa e reflete sobre ele que interfere © atu.
Isso também G0 que Maturana ¢ Varela nos ensinam so
diner que tuto o que & dito & dito por um observador ox
lsbservudora (1995, p- 165).
Cariruro 5
A dependéncia ecolégica
entre sujeito e objeto
vst da obetvidde na pri nt aponta
A | secant sae igen:
Senn sme depen woes
de enema sia nero ures dependence
Seager jhe ja epee Secate
slp ire Sate te nor
ptolatalettatac unto etogeede npn
Morn obs «Stee Goth pot ope Cees
YEutssomtde nicl do mele aocnter n op at
Licttactefeaatmsnessenc bie prnste die
Rycguislorgenfelnechacto tenner,
SESS al opted clan inert
Sana pa aren ees ue ne
Hacasodeimrdutanda ne qin sores
Tisaciels cloner laedanas mater
‘scemaloner pone nests as
$iglindr predate demande oe
SeUNES tl aca ou mater
essa forma, @ evolugio de qualquer pesquisa, sen~
do esta também compreendida como um sistema de
patureza complexa, depende de agbes consensualmente
coordenadas, ou seja, depende de acordos rmiituos entre
‘0 pesquisador e 0 objeto pesquisado, para que os Te-
Sultados possam ser aleangados. Sem esse acoplarento32 conopectaren sei ich amoiavec ea wesisophmsace
‘estrutural (Maturans, 1999), 0 processo evolutivo, de~
‘ortente deseat interagOes, ¢difeultado e, multas vezes,
Impossibiltado.
Embora sjcito e objeto preserve 2 autonomia © @
identidade propria de cada um, em fungao da dinamica
opetacionel que os constitui,neverdade,apbosintegram
lima totilidade no momento da pesquisa e, portanto,
Coexistem, em fineao da congruéncia estrutural que os
tune, sem 2 qual a pesquiss nfo evolu.
Esta compreensio é importante e justifica, por sua
vyez,aexintencla também de umPrincipio Btico ttrinde
{sss relagio, o qual deve estar sempre presente em todo
Sto educativo, constituindo-se tumbém como esséncia
{da pritica do pesquisndor. F uma etica que se revelt no
respeito pelo outro, apeser dasciferengasyna solidarieds
oyna cooperasio ¢ na preservagio de uma cultura ética
Somumn a todos og envolvidos. Dat a importincia de se
Soins como norms, instramentos de pesquisa co tipo
Consentimento informado ea necessidade de sempre se
daramsctorne dos resultados a pesquisa a comunidade
envolvida, nio apenas no Binal, mas tembém durante ©
proceso. Retomando a anslise das implicagoes relacio-
hhadas a0 Principio da Incerteza de Heisenberg (apud
Moraes, 1997), como um dos pressupostos episterol6-
ficos importantes desta construgso teoriea, vale s pena
Sbeervar que s incerteza que se apresenta, tanto no pro-
ento deconstrugso do conhecimento como na realidade
pescuisada, no decorre dos defeitos nos instrumentos
Ee medigio, mas de um principio experimentalmente
demonstrado por Heisenberg. Entre oulrosaspectos, esse
principio nov revela que as cols exitem em termos de
Drobabildade, sts que algo se materialize.
essa forma, a incerteza ext4 presente no niveldaagio
do pesquisador, que, ao entrar cm conteto com 0 objeto
Aiperdinca tigen ee ita exes 3
‘de pesquisa, entra num jogo de interagoes,retroagoes ou
fecursoes, partir da residade ou do contexto no qual
‘la acontece Essa incerteza faz com que determinada
Sto ocortente em determinado contexte possa softer
‘onseqinciae imprevisivels, apesar das boas intengoes,
‘do pesquisador,do planejamento elaborado das lecies
omedas # prior. Assim toda e qualquer pesquisa esta
Sempre sujeita to imprevisto e a0 inesperade.
‘Deess mancira, por mals conscientes que possamos
estar dos procedimentos e agbes planejadas, € tam-
‘bem importante cstarmos stentos a possibilidades de
Scorséncia de alteragoer, de bifureagoes, bem como da
presenga do incerto, do Inesperado e, consequentemen
{eda ocorténcia de possfveis emergéncias a pesquiss
Daia importincia de saber quando e como estabelecer
‘ag0es covretivas que possam alterar 9 rumo da pesquisa
‘ou alguns aspectos importantes. Tudo isso é de grande
Felevincia para o bom resultado dos trabalhos.
Hoje, um dos grandes desafios do pesquisador saber
como cnfientara diversidade,a instabilidade,eincertees,
‘3 mudanga e 0 indeterminisme, inscritos tanto no.co-
‘thecimento como na realidade. Isso requerflexibilidade
strutural por parte do sujeita perquissdor acostumado
{trabalhar com certeras ¢ verdades,a postolar hipéteses
bpré-planejadas eimutéveis, andamentadas numa raciom
Ralidade expecilativa © Hnear que generaliza e projets
Conclusoes sesultador sem levar em conta a diversidade
Sos contextor ¢ dos sujetos implicados, bem como a5,
possivels emergeneias
Come continuar trabalhando com os mesmos'eri-
trios de rigor centifco estabelecios pelo paradigms
ttadicional.se« ciéneia noe diz quenoses realidade 6100
Slindmica, incerta, ida, difusa © no-linear? Ser que.
{4s mesmas causas continuardo produzindo os mesmos
Ss SS NOa
a
w
‘faitos em contextos ou realidades educacionais t30 di-
Ferentest Como reconhecer o social como sisterna aberto,
incerto.esujelto& mudanga,em ques compleaidade,com
todas a suas coracteristicas, estd sempre presente!
Concordamos com Antoni Cola (2008) a0 explicar
que um dos graver problemas da pesquisa, hoje, € que
S mloria dos pesquisadores continua trabalhando em
Sistemas complexos, como sho 9% educacioneis, com
ferramentas intelectuais e heuristicas de outros tempos,
solv interferencia de uma mentalsdade evolutiva litear
Cdeterminist, Esta contempla o mundo como sendo
hhorogénco e estive, screditando na linearidade casa!
lato como tima de russ exracteristicas principals,
Dai a importincia da frase de Edgar Morin (1957),
0 explicar que tudo o que iols urn objeto destroi a sua
Teale, A partir dela, possivel peroeber que compre-
tender o objeto de pesquisa ¢ compreender as relagoes
‘que o earacterizam; perceber as interdependéncias, a
‘Omplementaridade dos processos,bem como as interie
‘Enclas que acomtecem, mas lembrando sempre qUe, Por
fais que tenhamos um pensamento profundo e abran=
fente, nunca conseguiremos compreender © todo, Pols
‘Sole somos também parte. Ne realidad, temos sempre
{Ge Pletear a sua busca, mesmo sebendo de antemso da
imponibilidade de encontré-lo.
“Assim, € importante pensar a pesquisa, fendada na
compreensso de uma realldade complexa, aprender 2
Problematizar sempre que necessirio, a contextualizar
En religar o que precisa ser religado, pots tudo o que €
Compleno-cita sempre relacionado, interconectado com
‘outros subsisteman, Ao mesmo tempo, € algo qur esté
Sempre incompleto, inscabado, em conslante Vit-a-ser.
CaPtruto 6
Operadores cognitivos da complexidade
O | SSeS:
xo sho of Instrumentos ou au categorins de
pensamento.que nos ajudam a pensar ea com=
preender « complexidade © a colocar em pritica este
ensamento, S40 principios-guia constitutivos de um
pensar complexe, descritos por Edgar Morin em seus
‘irios textos (1999; 2000s) e que colaboram para uma
methor compreensio dos fenémenosecicativos, 20 fazer
com que reciocinemos de outra maneita © possames
religar os saberes oriundos do pensamento linear e do
Pensamento eco-stemtico. Tals operadores facta a
Compreensio dos processos de intervencio a partir do
desenvolvimento da pesquisa. Eles mos ajadam a" pensar
‘ben como nea dis Ege Morin
Morin (1999) destaca os seus principios-guia para um
pensar complexo, Dentre eles, estacamos
4. Principio Sistémico-Organizacional ~ que nos aju-
da # ligar o conhecimento das partes a0 conhecimento
do toda. Recorrendo a Pascal, Moria nos fals sobre a
Impossibilidade de se conhecer 0 todo sem conhecer
45 partes ¢ de se conhecerem a8 partes tem conhecer 0
todo (Morin, 1999). Pars ele, 0 todo poderia er maior
fou menor do que @ soma das partes. Assim, a totalida~
Ge seria algo mais do que uma forma globsl, pois nela
‘stariam também as qualidades emergentes que sargem
‘rams organizagio qualquer partir de um processo de38 Comeau emeneatonnert deumpleideedh Yt
de determinado fenémeno nto requer apenas andlises
de suas partes, mas também processos de sinteses. Dai
fs necersidade de se inclu, na andlise dos problemas ¢
fas estrategias plancjedas: alguns procedimentos que
Drisilegiem tanto a dimensao snalitica como tarsbém @
intéties, pois énfate exclusiva na dimensio analiics
nos faz perder as qualidades emergentes provenientes
dds dinimica do todo, ou seja,nos faz perder as proprie-
‘dades globais do objeto em estudo. Como resolver isso?
Conhecendo a reiagto todo/parte,ou sea, observando as
relagdes snalitico-sinteticas, poi, como pesquisadores,
‘ns ndo pocemos tris 9 complesidade dos fenomenos
esquisados
2.Um outro plinefpio-guia para um pensar complexo
€ 0 Principio Hologramatico "que colors emevidencia 0
paradoxo dor sistemas complexor,em queso somente =
parte esti no todo, mas o todo esta também inserito nas
partes” (Morin, 1999, p. 210). Como um dos exemplos
raiscitados,temon a explicagso deque cada célula€ ume
parte represcntativa do todo. O mesmo acontece com ©
DNA, no qual a totalidade clo patrimonio genético ests
presente em cada uma das partes. £0 caso tambem do
Individuo visto como representante de determinada so"
iedade, enquanto esta tambémnse encontra representada
fem cada individo, por meio da cultura, da inguagem,
Jas normas etc. De que mancira ests presente? Estd
Informacional ou culturalmente presente nas falas dos
Ssujeitos,na ua participacao no conjunto de urna obra, nas
leituras de sua realidade, nas observagbes que realizam,
nos valores profersados, por exemple.
Assim, 0 todo encontra-se virtualmente presente
em cada uma das partes esta compreensto preciaa ser
examinads, com ctdado, no momento em uc estamos
Plancjands estratégias ou criando procedimentor de
Pesquisa a serem adotados.
pessoas canctnde 29
3. Um outro operador cognitive importante econside:
rado também como um dos principios guia estabelecidos
por Edgar Morin (1999), €.0 Principio Retroativo, quer
por sus vez, rompe com a eausalidade linear: Ele nos
{forma que toda eause age sobre o feito e este retroage
informacionalmente sobre scatsa em questio,s partir de
procesios auto-reguladores que acontecem no sisteme.
© fendmeno da retroagao € também compreendide
como feedback, rellexo da causalidede circular de natu
eza fechada, no espiralada. Indica que 0 efeito wero
‘age sobre a cause, energética ou informecionalmente,
‘edificando-a. Dessa forma, podemos inferir que nem
toda causa produr o mesmo eeito experado,} quecxiste
Juma eausalidade de natureza complexa, ou seja circular,
‘a quel eausas ¢ efeitos ransformam-se mutuamente
B ense circuito retroative que nos ajudars a compre:
‘ender melhor, por exerplo, o aumento da gravidade de
Situagoes de conflito ou de violencia nas escolas, onde
eterminada agdo pode provocar uma reagio ainda mais
violenta por parte daquele que se sentiu Violentado. E
‘mais, em perquiss, precisamos buscar as posiveis coisas
de determinados fenomencs de mancira mais ampla,
bobservando o maior namero de interagbes possives, pois
Imuitas vezes Inferimos o surgimento de determinados
feitos gue, em realidade, nao ocorrem na proporgso
esperads, podendo vir a ter outror desdobramentor
imprevinivets
4.Além desses prineipios, temos também @ Principio
-Recursivocomo um dos operedores importantes Este Val
lem danogio de auto-regulagem do sistema explicitado
pelo principio retroativo, para entrar em outra fase que
€0-da auto-organizagio, caracterizade por uma espiral
volutiva do sistema, Segundo Edgar Morin (1999), aqui
produtos e efeitos sia.ees.pesprias produtores ecausa-40. ono peer ecaioa i Societe vatican?
dores daquilo que os produz. Esse principio ajuda-nos a
Compreenclero fato ceo individuo produzit a sociedade
Suet por ela ao mesmo tempo produzido, em termes
Ge cultara,linguagens c os mais diferentes cbdigos nela
presente.
‘A dinamica engendrada partir deste prinepio vai
além da pura retroatividade auto-regaladora, pols gera
jima dindmica de naturers sutopoicties, ou sea, auto~
produtors de sua organizacio, autoprodutora daquilo
ques produz.
‘Assim, 6a partirda manifestagao destes dois principios,
oretroativo eo recursive, que se manifesta a causalidade
‘Sos sstemas complexor, ous, a causalidade de naturez
Circular nao-lineas, de natareza retroativa ow recursiva
Sebemos ques eausalidadelinear exste,mase considera-
‘duexcegio e nto regra. Esra caurclidade circular constitu
{ base organizacional comum a todos of sistemas vivos,
pois esta presente nas interagdes sujelto/melo, sujeito!
Sbjeto, educador/educando, em todos of fenémenos,
cventos © procentos,revelando a ocorréncia de relagbes
Cnussis donaturceas setroativa ou recursive, geradorasde
{uma causalidade complexe,
essa forma, dependendo dos processos.em sinergia,
ssn eausilidade circular pode produzie novas emer”
ttncias, a partir de procetsos auto-eco-organizadores,
Fegencradores do propria sistema ou criadores de novos
‘stemas emengentes
5. Um outro operador cognitive importante €0 Prin-
ciple Diatigicoque, por sunver, 6 tambem uma decorsen-
‘Gis da eausalidade circular retrontiva ou recursiva. Esse
Principio levou Edgar Morin a pensar na necessidade de
ferem superadas as dicotominsdo tipo ordem/desordem.
ino seio des orgenizacies, Segundo Edgar Morin (1999),
Che principio une dois aspestos, fendmenor, eventos ou
oman gree ceric a
noses que, apesar de apsrentemente antagonicos, 0
ta verdade complementares © indissocisveis no seio de
lums organizagio, Pars ele, devemes conceber a dislogis
‘ordem/desordem no seio das organizagoes desde 0 nas
Cimento do universe, pois ean dialogia esta presente a
[Parlirda propria emergencia da vida, mediante invisiveis
Inter-retroagbes que constantemente esta0 acontecendlo
nos mundos fsico, biologieo e sock
Para Morin, a dialégica ocorre para dar conta da
associagio do que € aparentemente considerado anta-
gonico, a partir da idéia de unigo dos contrarios. Sus
Tepresentagio é ¢ eepiral como imagem itinerante de
igo que esta sempre ei proceso, de algo inacabado.
Ela representa o processo explicativa do dialogico e esta
cexplieagso se od er um processo retroative e recursivo
‘Que, em si mesmo, € auto-gerador ou auto-regenersdor
de diferentes processos.
Portanto, 0 principio dialogico constitui a forma
‘operativa do pensamento complexe, implicando, assim,
‘tastociagso complexa de diferentes instancias necessi-
Hast exittncia ¢ a0 funcionamento de tum fendmeno
‘Organizado, Bo que scontece com s dialogica individwo/
Sociedade geradora de um fenOmeno representative do,
‘Organizacao social.
Outro exemplo pode ser a dialégiea que se apresenta
nas relagdes entre 0 pesquisador © 0 objeto pesquisado,
que, no cio, produz » organizagao pesquisa. Assitn,
foda © qualquer pesguita ¢ expreseto ou materalizagao
também desve principio, nos mais diferentes nivels. Isso
ppodeser observado nos diferentes didloges ocorrentes en~
tre sujeto/abjeto do conhecimento, ndividuoreontexto,
Iocal/global, teoriafpratica ec. Assim, o conhecimento,
‘gerado na pesquisa depende da dialogica que acontece
Shite os diferentes elementos integrantesdestes processos.
|
|“
eosin eae #906 eae aesecatede?
‘que vive numa cultura enum tempo determinado” (Mo-
Hin, 19968, p. 212).
(Como visto anteriormente:na pesquisa, a objetividade
seria concebida como algo entre parenteses. Como pro-
rocessos, dos diferentes oltares sobre um abjeto ou sobre
Ssdemeis sujetos implicados, Ar relagdes intersubjetivas
privilegisdas sto de naturesa critic, eflexiva, mas tam-
ém intuitive, senavel etransformadora de processos
Ao utilizarmos estratégias de pesquisa que colocam 2
inteigto ea sensibiidade em dislogo coma racionalidade
Cientifies, como criadoras de conceltor ¢ geradoras de
ldeias que enriquecem or nosso olhares sabre o objet,
ns esteremos trabalhando ou utilizando a logiea ter-
héri, Estaremor, neste caso, zeconhecendo a presengs
do terceiro incluide na pesquisa, de uma tereeira via,
lnterformente nao pereebida, que se expressa em outro
nivel de realidade e exige outro grat de percepsao por
parte do sujelto tranedisciptinar
‘Assim, @ conhecimento de natureza transdisciplinar
revelado pela pesquisa € ur conhecimento que implies
blhares amplos e profundos sobre o objeto investigado
pera que posta perceber a prevenga de outraalternativa,
{Gm terecia inclaide que s6'0 uso da logica ternsria per-
nite, pois a logics bindria exclai o que € aparentemente
contraditerio, A légics do terecito ineluido, fruto de
{Gm penste complexo nutride pelos prinespios descritos
fnterlormente, manifesta-ie « partir da percepeso do
{gue & postive ocorrer em am outro nivel de realidade,
Bum tipo de conhecimento que expresss ¢ reconhece
‘multidimensionalidade do ser humane.
essa forma, a complexidade, com seus principios
« caracterlsticas principais, come, por exemplo, a64 compare enstute soho cnet nen
bighidade e « ambivaléncia, articula « interliga 0 que
;contece nos diferentes nivels de realidade para que 0
terceiroincluide posse emergira partiede uma dialogica
(que acontece entre os clementes envolvidos. Por outs
ido, a percepsio do nivel de realidad, pelo sujeito pes
uisidor, depende também do seu grau de consciencla,
em evolusie.
‘Assim, a pesquisa transditeiplinar pressupoe habiids-
des para pensar tilizando as categorias ou os operadores
cognitivos da complexidade e que nos ajudam a associar
coneeitose categoriss aparentemente excludentes, s0b 0
ponte de vista de um logica bindria, mas que, quando,
‘Sesociedos, produzem oulra reelidade, a partir de uma
Iogica teria, importante esignifcatva
Poroutro lado, pesquisa transdisciplinar, procurando
tratar dasmilltplasrealidades simultiness, acaba gerando
uma grande quantidade de dedos, cuja sndlise © com-
Preensio do que scontece com essa realidades € quase
Impossivel. Para entender o que emerge desses dados na
pesquisa de naturezs comploxa e transdisciplinar,é ne
‘ossirio utilizar ferramentas poderoeas que nos svsiem
nessa tarefa, como, por exemplo, alguns softwares que
‘sto sendo desenvolvidor com essa finalidade.
Como épossivel pereeber,intimerassi0.as implicagses
esses principios na pesquisa eduescional. Por exemplo,
{quando estamos trabalhando em uma pesquisi-aga0,
Misando a melhoris ou & transformagao de determinads
realidade social, estamos, na verdade, tendo como base
fo causalidedes de neturces retrowtfre ou recursive,
{que neste ipo de pesquisa.acio existe um anel recursive
fou retrontivo entre a agao desenvolvida © a pesquiss,
‘Que se nutrem mutuamente. Ambar estio imbricadas na
“ndimica procesrual que acontece, pois, para erarconhe-
‘imento 4 respeito de determinada situagio; 8 pesquisa
pecesita de um pritica ot de uma ago transformadors,
Como forgs moti eapat de madar ou de influenciar =
Srunteplo envolvida, Aquslidade em eficicia dessa 3g30
Gunsformadora, por stave, dependem doconhecimento
ferado na pesquisa, assim por disnte
Durante o processo de pesqsaracto,exsecirculto vai
se epeinds continusmente, ariculando a atividade re
Hooda da pesquisa com aagio tranaformadora. O mesmo
contece na flags toe patie, em que, para evalua
Ss proceayo,ambas ose hutsindo matuamente. Eure
pratce grivide de teoriae uma teoria impregada do
Uonhetittento geredo na prities transformadors. Agu
Sentara ¢ mais importuntedo.quea outra. Amos dia
IBgam entre ss nutrem-se, enriquecem ae enwentam
128De pratca, masce wmne nova tworiaagSo ou uma nove
Paspettiva crriquecedora de outrasagbes, dando enseio
Tin proceso evolutivo em constante renovagso
Em relagio & pesquisa, por exemplo, analisando to
dos exes sapecton ¢ importante combinar diferentes
tipos de estratepis; pots exstem aqulas que fvorecem
predominantements vim tipo de causalidede, como 4
Fincen algo male prsvisive ordenado e deterinista ©
tue, por sua ver, io d conta de explicar« realidade
Mcdcional dc naturecs complexs: £0 que acontece Por,
SSitapiover uma nasracao snaitca.A complexdade da
foalldede exge também outras formas de explengi0 08
Er imerpretagio da relic incentive « combinagso
{Ue dutezminados tpos de procedimentos ou técnicas de
Gitta de dadow, epstemoldgics « metodologicamente
SSmmpativelo, que privilegiam ema dinarnies nso-linesr
Gtraaldede, Bem como expreto de sua mulidimen-
Snalidade: Na inenrdade niowhs exspagosabertos para
Sincerter, para o inesperado ou para as emergencias.
Sattomos que incertns esta presents tanto.na realidad
‘enulsadacomo nes procesios de construgio do conhe-66 Compmatren eis por argent dons
iment, Ea na categoria gue devera eer sempre
Presente no dessnwolvimento de pesqusas nan ices Ser
ciéneias humanas e sociais. = '
Portanto, a pesquisa necessta adatar procedimentos
abertos 2s fluttagdes, is bifurcagdes, ts incertezas
‘maudangas sempre que necersiio, Isto faz com quco sea
planejamento teoha de er flesibilidade estrutural je que
‘a previsibilidade nto estaia, assim, cto asregurada, Desea
forms, todo projeto de pesquisa precisa ter Nendbiidade
E.semre estar cm coosieuszo reconstagio quando
{Um outro aspecto importante das implieagoes da
inamica nao linesr quando leveda esérv'bs pessuica,
fefere-sed necessade de entetdermos queancarategies
de pesquits ow os procedimmentos adotados nao pocken
somente fe para a frente ou s6 para tds, Ou shes pnaoy
‘eres dotamos certos procedinsentos de penguin que noe
obrigama thar somente ema una anieaditesto, esmso
‘uando as colsas nto estio dando muito carte ow en
Eindo agbesretroativas que nos agen reer sobre algo
impreviste oeorrente no procerso Multan veesae ecto
observaralgo que est acontecendotcm certa deo, bem
comoas expoes posteriores a determinads agi Bitaoe
tema decorrtneia do fato de gue toda ago éintinscees
mente dinamicaeecologizads. Ease postura mais stenta
Permite ue possamostever © nosso plancjumento pane
sue, ao peretber que lgo sa ferent do Plancjado,
ossamos-voltar pars trés para rever ou cotrigi lgasmes
as atividades empreensides para queossesltedoronen
mais condizentes coma ruliiade ponquiseda
Carirute 10
Uso de software na pesquisa
transdisciplinar
Pa aaa en camara
cies pace ee rcee
pe ree ered
Pesci mmm rer
Se oe
eka
© programa CHIC (Classification Hitrarchique
Implicative ot Cohésitive ~ Classificagho Hicrarqutca
Implicativa Coerivs) foi desenvolvido iniclalmente por
Régis Gras, Profesor Emérito da Escola Politéenica
dda Universidade de Nantes, atualmente vineulado 20
ARDM (Avsociation pour la Recherche en Didactique
des Mathematiques), (Chic, 2007). No Brasil, 6 CHIC
fem sido ulllizado gragas 20 exforgo do Prof. Sedo,
‘alualmente membro do Departamento de Matemstica,
do Centro de Ciencias Matemstices, Fisicas e Tecnol6-
fgieas da PUCISP e que fez parte de desenvolvimento
esse software (Chie, 2007).68 Coney esata ete om
© CHIC tem como fangao extrair de um conjunto
de dados, regres de associagio entre variaveis, ruzando
[ujeltos c varivess, fornecer um indice de qualidade de
‘efocingio e reprerentar uma estruturagio das varlivels
‘obtidas por meio dessas regras. Como resultado, pro-
fgrama fornece {rds tipos de tepresentagoes dos dados
Snallsados: drvare de similaridade, rvace cocsiva ¢
brafo de implieagso. A érvore de similaridade tem sido a
‘ais utilizada nas pesquisas que temos realizado e seré
ceseolhida pars ilustrar o sso do software CHIC. O artigo
fle Couturier, Bodin e Gras (2003) explica como imple-
mentar eusar 0 software
A obtengio dessas representagoes érelativamente fic,
tuma ver que 9 CHIC ¢ alimentado com una planillbe
‘Excel, contendo 2er0s e uns, indicando a presenga ou N&O
ide determinadas variaveis, que poser ser tanto catego
Fins ou respostas oriundas a aplicagao de questionarios,
‘Quando o pesquisador estiver trabalhando com varisvels
‘consltuidas por categoria identificadas (emergentes) 3
[partir da andlise dos registros documentados'na perques
6 fluxo de atividades queo pesquissdor deve realizar para
Usar o CHIC é mostedo na Sgura 1
Sage SS ae See mp mae
Primeiramente, © pesquisador coloca em pritica os
procedimentos de wcordo com a metodologia da pesqu
$2, Esses procedimentos geram os dador, em termos de
resultados das atividadese de instrumentos de coleta de
‘dados, Esse material éanslisada de acordo como referen-
ial tedricoe dessa andlise emergem categorias que e730
lullizadas para eategorizaros dados. Eseacategorizagio&
reprerentada em uma planilha tipo Excel, que contea na
primeira caluna os registros (sujeitos, ou depoimentos)
{a primeira linke os cédigos (aamero ou nome) das
\eraveis, A presenga ou ni dasvariavels corresponden=
{es aos registror sho marcadas, atribuindo-se em cada
Cua correspondente 0 valor 1 (urn) 000 (zero). ApOs
Completar a planilhs do Exesl, os dados sao carregados
tno software CHIC, gerando gréficos, cue podem ser i
Sualizados por drvores de similaridades, arvores coesivas
Cerafos de implicasto.
Para lustrar este flaxo,faremos a anilise do frum
“Soclaizando experiénciae come TIC, que fol realizado
comp parte das atividades do curso "Formagio de Gesto-
ter Exeolarcs para o uso das Tecnologise de Informagso
CComunicasie’, do Projeto Gestao Escolar e Tecnolo-
igas O Projeto Gettio Escolar ¢ Teenologias resultou de
time parceria entre Secretarias Estaduais de Educasa0, 0
Programa de Pos: Gradungso em Educagto, Curriculoda,
PUCISHea Microwof Bras Agradecemos colaboras80
Ga luna de doutorado do Programa de Pés-Graduagio
‘Gm Educaeio, Marllene A.F Borges, que ealizoa aanilise
‘doe dados por meio do CHIC.
‘Durantea realizagio desse curso, em ume das tarmas
participaram do forum 48 professores em formagso
com base no que cles descreveram no forum, foram
Slecionados 106 registros que continham informagoes
flevantes, de acorda coin a ubordagem eteoria utilizada
to process de formagso.Asndlive desses restos per~
nite identiicar 13 categorias, consideradas categorias-
‘Cmergentes,jique clas sto identiicedas a partir daansise
{terpretativa dos registrastextuais dos sueitos, com base
hos pressupostos tebricos que embasararm 0 curso. Elas
‘nia tio definidas a prior
‘Assim, com base nas contribuigdes que cada um dos
48 participantes ferno forum, fol verifieads a presen ga ounto das categorias-emergenter, gerando a planilha Excel
{quese encontra na Agura 2. Na primeira cohen da pla
tha, temos as iniciais dos nomesdos 48 participantes ena
primeira linha da planilha as 13 categorias-emergentes.
‘ids céluls €atribaiclo zero ow um, dependendo ou nae
dda presenca da categoria-cmergente hos repisizos dos
participantes, expressos no forum.
A planitha a seguir éfornecida a0 CHIC € ¢ solictado
que seja gerada uma drvore desimilaridade, que éenibida
na figura 3.
(Os nds da drvore de simllaridade, na forma de U,s80
chamados de classes. Geralmente, a andlise das similar
Gades inicia-te pela lasre mais forts, ou sea, 018 com
bmaior graude similaridade, indicado pela menor distin
ia da altura do U. Em nosso caso,mayeaion esse corn
lama elipse: cle & definido pelas categorias-emergenter
socializazdo ~ conhecimento e difuldades ~ operacions
Iizagio, #ssa forte relagio pode ser interpretada core
2 existncia de tuma forte relagio entre as dificuldader
{de operacionalizazzo das teenologias 9 socializagio
{fo conhecimento. O extrato textual da participaste JM
exemplifies essa rlagt.
‘Apesa das diiculdadesercortrodas, nossa enulpe de gestores
tena ober junto or dems gertores sugetbes que poarh
nos ajuda a superar nossos dfeldades, pls toda Sua ser8
Demnda ON)
Essa relagfo foi acrescida por outro né da eategoria
afetividade = processo ~aprendizagem, permitindo enten-
der que ofatode compartilhar conhecimentor,atividaces
6 contato com 0 colega, spoio do outro, do Enpo,
fortalecem a busca de Solucdes pars os problemas de
operacionelizagso das tecnologias no mbito da escols
Bisa interpretagio 6 exemplifcads pelo regisiro textual
ds participante CR
fuascdefseucgv< zonesees32ose somes
eu¥s seed evevstanannase18 camopenvr en ecco np argent recat)
ATIC er senda 2 minha melhor expendi em informatie, na
‘rea do educacia Teno to oporrigode de corhece’ melhor
tmevs coages, suas exoarncien asjulinde roves conhecimen
fos, gue sem vido inflvescindo no misha escola @ Mo Mev
‘semper (F).
Assim, cada classe € interpretada pelo pesquisador,
procurando entender as relagbes evidenciades pela
Ervore de similaridade, © CHIC somente representa as
Similaridaces, cabende ao pesquisador explicar «justifi-
‘cir 1a interpretsqao 3 luz do eonbecimento contextual
‘do cacopo da pesquisa ¢ das teorias que fundamentam
‘Sanaliee dos registror (dados) textusis produzido pelos
articipantes.
(© CHIC permite desenvolver a andlise quantitativa
de dados qualitativos, 9 visualizagio de processos e de
Stividades complexes, © trabalha com as categorise:
femergentes, caracteristicat importantes na perspectiva
teorico-metodologica da complexidade « da transdisc
‘Plinaridade. Esse software tem também otras splicagoes
Eomo pode ser visto no site do programa. No Bras, ©
‘CHIC tem sido usado na anilise Ge stividades relacio
nadas com Educaedo, principalments na formasio de
‘cducadores, como nos trabalhosde doutorado de Almeida
(000; 2003), Prado (2003a; 2003b) e Canales (2007). €
no de formagao de profissionais da érea de comunicagao
(ons, 2007);Saddo sea 0 CHIC pars estudara formega0,
de profestores de materatiea (Sado, 2003).
Captruro x,
Concluindo, mesmo que
provisoriamente
Bo
Fe aeecerrnietnczerion doen oot
(© que queremos ainda destacas, ma finaizagto deste
teabaho, 2 que a maior dow cursos de metodologia
Sihufex nae sborde esee dimensio ontologies do sere
Sie realideds, noms peeocupa em clrifiar as relagdes
{pias exntentes cntrecsseedmnensbes esas ienplicaget
tr metedologin ds peso. Erob o nosso pont de vista,
Boo € muito importante, pois 0 educador/pesquisador
pouco mbes respeito desist selagbese come elas infen
Tame seu olner de perguisador as tas Observasoes, 2
‘italia dos metodosmaiadequados a0 seu probleme de
wsgjuina eo encontro de possvcs solugdes. Enfirmy ele
Fo tem idela de como tudo ito influencia a qualidade
Ao trabalho de pesgulss.
‘Na meioria dos curtos académicos, mesmo naqueles
em nivel de pos-graduagio, slieita-se eo alae que explicit o seu problema de pesquisa, que o contextualize
€ descubra com que metodo pretende trabalhar, bem
‘como quais serdo as estrategias os instruments para &
Produsio dainformario, em que ele tenha = menor cls
ezaa respeito da realidade educacional a ser trabalhada
Sebentdo, hoje, que nosta realidade ¢ complesa, mutante,
difuss, ambigta, nio-linear e muitas veues ambivalente,
continuamos trabalhando com pressupostos epistemo
Togicos que privilegiam a linearidade, 0 determinisino,
ss fepmentayao ea exclusio, Continuamos forcando
felegao deste ou daquele metodo com qual estamos mais
familiarizades, generalizando dados e transferindo-os
pars outras situagdes ou contextos diversifieados
‘Neise momento, o que ainda desejamos slfentar éque
tanto os procedimentor de pesquiss como of metodas e
suas respectivas estrategias de agao sofrem influéncias
das novar dercobertas centifieer que nos trazem™m Novas
interrogages novasmanciras de construir conhecimento
¢ de compresnder 0 funcionamento da realidade, scja
‘la social ou no. Hoje, a evolugi da cigncia ressalta a
‘complexidade como parte consitutiva de nossa realidad,
‘como algo presente no mundo da materia, no proceso
de constrogio do conhecimento e na dinamica da vide,
‘© quc vem exigindo novos enfoques eplstemolégicos ¢
‘ctodologicos para quc realmente postames conhectr
‘melhor a realidade edueacional que nos interes. Esta
‘mesma evolugdo permite avangos tecnologicos em termos
de recursos computacionais, como 0 software CHIC,
{Qbe facilitam = antlise de ume grande quantidade de
Gados, como as gersdat pelos estucos dessas realidades
commpleran
Por outro lado, assumir 0s prinetplos da complexida-
de e ds tranudiaciplinaridade também signifiea que no
podemoe aprisionars realicade ern tuma nica explicags0
Ou dimensto, Toda e qualquer integragio metodologica
endnote ”
epende necessuriamente da naturezs do problema a
[SF ineudgado © do conhecimento a ser constatdo, 0
Gue cnige malor stengéo, por parte do pesquisadon, &
SRtureas do objeto de pespuise es diverens relagses
Cconrentes entre os diferente elementos estruturantes
Se'mctodo wiilizado, Complexidads implica, ortento,
SCerturesdialogicidade de processos,recureividadeyerer”
gencles, complementaridade, co-implieagso, mudanc=,
Intersubjctvidede; procestos auto-organizadores © @
prosenga da ncerteca do acasoedo inesperado que pode
Shresentarse também na pesquisa. Todos esses aspectos
Invern definidvamente os teuleados, na produgao ©
Interpretagte dor dadow na leiturs dos faton, eventos,
Fendmenor © processos caracterizadores dx realidede
Complore, Ey ome perguisadores, nbs temor de estar
‘nis bom preparacos pare perceber fudo 180.
ara finalizar, merecem destaque especial as explica-
ses de Varela ede seus colaboradores (1997) a respeito
‘ds cognigdo humans. O fato de resultar de agdes per~
‘eptivamente guiadas © de processos insepardveis que
Corevoluein nos confirma a idéis de que 6-sujetio néo
‘SSadapts a um mundo pré-dado. Tanto a vida como 0
‘Shnhecimento tem tude a ver com ox processes de"deriva
fatural”, com a abertura a um devir nS0-previsto,a um
‘pir mals proximo a uma Rstuagao em rede de configu
Tagdes auto-reguladoras, do que a um ajusie preciso a
‘determinada realidade previamente dada.
Essa compreensio tebricaratifis mais uma vez visto
ide que pesquisa em edueagto e 2 seleqao e 0 uso de
‘ecermninadas estrategias tem muito mais a ver com algo
{que te constr no processo, om o desenvolvimento e™m
“Geriva natural, cuja agao perceptivamente gulada ests
sujeita Bs bifurcagoes © ts Nutuagdes auto-reguladoras,
Estas, por sua vez, requerem pequenos e constantes
sjuster nas relagdes do rajeito comm sua realidade, sendo,78 comapecuneneduace a
esta co-construida durante todo o procesto. Assim, a8
Implicagdea teGricas, epistemoldgicas © metodologicas
dese principio enativo na pesquisa 230 extremamente
‘Signifistivas, mas delxaremos sa andlise mais profunda
para outra oportunidad
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Indice
5 Preficio
Cartruto 1
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SILVA, Daniel. O paradigma transdisciplinar: wma Caprrovo 2
perspective metodologica pars: a pesquisa ambiental 19 Dimensao ontologica ea realidade complexa
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‘hum, Acessido em outubro de 2007.” Carirovos
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