VITÓRIA MARIA NORONHA LIMA
A IMPLANTAÇÃO DE ACESSIBILIDADE NA EXECUÇÃO DE
PROJETOS DE ENGENHARIA CIVIL
Teresina
2019
VITÓRIA MARIA NORONHA LIMA
A IMPLANTAÇÃO DE ACESSIBILIDADE NA EXECUÇÃO DE
PROJETOS DE ENGENHARIA CIVIL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
ao Curso de Engenharia Civil da Instituição
Pitágoras - ICF, como pré-requisito para a
obtenção do título de Bacharel em Engenharia
Civil.
Orientador: Lincoln de Almeida
VITÓRIA MARIA NORONHA LIMA
A IMPLANTAÇÃO DE ACESSIBILIDADE NA EXECUÇÃO DE
PROJETOS DE ENGENHARIA CIVIL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
ao Curso de Engenharia Civil da Instituição
Pitágoras - ICF, como pré-requisito para a
obtenção do título de Bacharel em Engenharia
Civil.
BANCA EXAMINADORA
Prof. Me. Samuel Pimentel Costa
Eng. Civil Jamison Leal Araújo
Eng. Civil Samanta Silva de Oliveira
Teresina, 6 de dezembro de 2019
“Suba o primeiro degrau com fé. Não
é necessário que você veja toda a
escada. Apenas dê o primeiro passo.”
Martin Luther King
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente а Deus, por permitir qυе tudo isso acontecesse ао
longo da minha vida, nãо somente nestes anos como universitária, mas em todos os
momentos é o maior mestre qυе alguém pode ter.
Dedico esse trabalho ao meu pai Miguel Filho (in memorian), que cuidou de
mim até o último instante da sua vida. Sua lembrança me inspira e me faz persistir.
A minha mãe Wilmarlene, que sempre me apoiou e nunca perdeu a fé nos meus
sonhos. Aos meus irmãos Rebeca e Miguel Neto, que tornaram cada momento difícil
mais leve. A minha tia Marlene e meu primo Arthur que me apoiaram de diversas
maneiras nessa etapa tão importante da minha vida.
Agradeço ao Leonan Júnior, por ter sido mais que um namorado e ter me
apoiado e me incentivado durante toda essa jornada.
Meus agradecimentos aos amigos que estiveram presentes em todos os
momentos da minha formação.
Agradeço a todo o corpo docente, que me guiou nesse caminho com tanta
dedicação e sabedoria.
Por fim, a toda a equipe da STRANS, pelos ensinamentos diários e lições que
levarei para a vida.
NORONHA, Vitória Maria. A Implantação de acessibilidade na execução de
projetos de engenharia civil. 2019. 30f. Trabalho de Conclusão de Curso
(Graduação em Engenharia Civil) – Pitágoras ICF, Teresina, 2019.
RESUMO
O presente estudo tem como tema “A implantação de acessibilidade na
execução de projetos de engenharia civil”, que visa abordar a opinião de autores a
respeito da acessibilidade, e analisar a importância de se executar projetos
acessíveis nos dias de hoje. A priori, foi realizada uma pesquisa bibliográfica com o
intuito de verificar as leis, documentos e medidas de acessibilidade existentes, bem
como uma análise do ponto de vista de vários autores, baseando-se nas
recomendações da NBR 9050 (2004). Por fim, o trabalho procurou investigar a
importância e mapear os benefícios de se executar projetos acessíveis atualmente.
Os resultados mostraram a importância da execução de projetos de engenharia civil
voltados para acessibilidade, pois existe um grande percentual de portadores de
deficiência que possuem o direito de ir e vir, sem obstáculos ou empecilhos de forma
segura.
Palavras chave: Acessibilidade. Pessoas com deficiência. Projetos.
NORONHA, Vitória Maria. The implementation of accessibility in the execution
of civil engineering projects. 2019. 30f. Trabalho de Conclusão de Curso
(Graduação em Engenharia Civil) – Pitágoras ICF, Teresina, 2019.
ABSTRACT
This study has as its theme “The implementation of accessibility in the execution of
civil engineering projects”, which aims to address the opinion of authors regarding
accessibility, and to analyze the importance of executing accessible projects today. A
priori, a literature search was performed to verify the existing laws, documents and
accessibility measures, as well as an analysis from the point of view of several
authors, based on the recommendations of NBR 9050 (2004). Finally, the work
sought to investigate the importance and map the benefits of executing currently
accessible projects. The results showed the importance of carrying out accessibility-
oriented civil engineering projects, as there is a large percentage of people with
disabilities who have the right to come and go without obstacles or obstacles safely.
Key-words: Accessibility. Disabled people. Projects.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Tipos de deficiência no Brasil
Figura 2 - Índices das pessoas com deficiência
Figura 3 - Calçadas quebradas e com obstáculos
Figura 4 - Ausência de rampa de acessibilidade
Figura 5 - Largura para deslocamento em linha reta
Figura 6 - Dimensões mínimas para execução de calçadas
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Garantias para cada tipo de deficiência na execução de projetos
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
NBR Norma Brasileira Regulamentadora
CORDE Coordenadoria Nacional da Pessoa com Deficiência
OMS Organização Mundial de Saúde
PCD Pessoa portadora de Deficiência
ONU Organização das Nações Unidas
MEC Ministério da Educação
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................11
2.COMPREENDENDO OS CONCEITOS DE DEFICIÊNCIA E ACESSIBILIDADE
NO CENÁRIO BRASILEIRO ....................................................................................13
2.1 DEFICIÊNCIA.......................................................................................................13
2.2 ACESSIBILIDADE................................................................................................15
3. A LEGISLAÇÃO SOBRE A ACESSIBILIDADE E A ABORDAGEM DE
AUTORES..................................................................................................................17
3.1 ABORDAGEM DE AUTORES SOBRE ACESSIBILIDADE..................................17
3.2 A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA E O DIREITO A ACESSIBILIDADE E
MOBILIDADE (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, LEIS E DECRETOS) ..........................18
3.3 NORMAS TÉCNICAS...........................................................................................20
4. A IMPLANTAÇÃO DE ACESSIBILIDADE NA EXECUÇÃO DE PROJETOS DE
ENGENHARIA CIVIL.................................................................................................22
4.1 CONFIGURANDO AS CONDIÇÕES DE ACESSIBILIDADE NO COTIDIANO
BRASILEIRO..............................................................................................................22
4.2 MAPEANDO OS BENEFÍCIOS DA IMPLANTAÇÃO DE ACESSIBILIDADE NA
EXECUÇÃO DE PROJETOS DE ENGENHARIA CIVIL............................................24
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................28
REFERÊNCIAS..........................................................................................................30
11
1. INTRODUÇÃO
Em 2010, segundo dados do censo demográfico, cerca de 46 milhões de
brasileiros possuem algum tipo de deficiência, seja mental, motora, visual ou
auditiva, o que corresponde a cerca de 24% da população total, representando
assim um número expressivo. Pessoas assim, com mobilidade reduzida, na maioria
das vezes não circulam por ruas, passeios públicos, escolas, lazer e muito menos
vão ao trabalho, por não ter uma infraestrutura adequada e segurança no trajeto.
Na realidade brasileira, existem decretos e leis que contribuem para a
inserção das pessoas portadoras de necessidades especiais nos espaços urbanos.
A Constituição Federal de 1988 defende a igualdade dos direitos a todos (as)
brasileiros (as), o acesso e condições de mobilidade nos diferentes espaços urbanos
das cidades, porém existem inúmeros obstáculos, como buracos em vias, desnível
em calçadas, obstrução e impedimento de passagem devido a obstáculos em
diversos trechos, edifícios comerciais inacessíveis inviabilizando uma mobilidade
segura para essas pessoas.
Assim, diante do cenário brasileiro atual, há necessidade de projetos de
engenharia civil que garantam a acessibilidade das pessoas?
Neste contexto, o trabalho tem como objetivo geral abordar a opinião de
autores a respeito da acessibilidade e analisar a importância de executar projetos
acessíveis nos dias de hoje, e como objetivo específico: conceituar acessibilidade,
levantar dados sobre legislação e mapear os benefícios da implantação de
acessibilidade em projetos de engenharia civil.
Para tanto, foram realizadas pesquisa bibliográfica com a revisão teórica de
autores básicos, como: Sassaki (2004), Kinsky (2004), Garcia (2004), Vasconcellos
e benjamin (1997), Assis e Pazzoli (2005), Boareto (2007), Rabelo (2008), Queiroz
(2006) e documental a partir de leis e decretos que tratam da temática.
O presente trabalho está estruturado em quatro capítulos, sendo a introdução
o primeiro capitulo, o segundo capitulo intitulado “Compreendendo os conceitos de
deficiência e acessibilidade no cenário brasileiro “, visa abordar as definições e
características acerca de cada termo. No terceiro capítulo denominado “A legislação
sobre a acessibilidade e a abordagem de autores”, o objetivo é apresentar a
12
legislação existente bem como as normas técnicas e a opinião de autores a respeito
da acessibilidade”. O quarto e último capítulo trata da “Implantação de acessibilidade
na execução de projetos de engenharia civil”, explana as condições de
acessibilidade no cotidiano brasileiro, bem como o mapeamento de benefícios
decorrentes da implantação de acessibilidade na execução de projetos de
engenharia civil.
13
2. COMPREENDENDO OS CONCEITOS DE DEFICIÊNCIA E ACESSIBILIDADE
NO CENÁRIO BRASILEIRO
A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência foi adotada pela
Organização das Nações Unidas em 13 de dezembro de 2006, de acordo com a
Resolução 61/106 da Assembleia Geral, mas somente entrou em vigor em 03 de
maio de 2008. Em seu preâmbulo reconhece que o conceito de deficiência está em
constante evolução. São as barreiras para o pleno exercício da liberdade e da
participação que caracterizam a deficiência em um ser humano. Tal entendimento
consta da alínea “e” do referido preâmbulo.
2.1 DEFICIÊNCIA
O Decreto nº 3.298 (1999), que regulamenta a lei nº 7853, de 24 de outubro
de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência, no Capítulo I, Art. 3º, define a deficiência como toda perda ou
anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que
gere incapacidade para o desempenho da atividade, dentro do padrão considerado
normal para o ser humano.
Diferentes definições para o termo pessoa com deficiência são relatadas por
autores, em visões variadas. Vasconcellos e Benjamin (1997, p. 19-16) reconhecem
que não é fácil definir, juridicamente, o portador de deficiência. Segundo eles:
Em linhas amplas, portador de deficiência é qualquer indivíduo que
apresente uma limitação física ou mental que o traga abaixo do padrão-
modelo fixado pelo grupo. Poderíamos ser qualquer intenção de limitar seu
conceito, dizer que na definição de deficiente dois elementos gerais, um
objetivo e outro subjetivo, estão presentes: a) uma limitação física ou
mental, real ou imaginária; b) uma atividade social ou pessoal (subjetiva) de
reconhecimento dessa limitação. A limitação diz respeito a qualquer dos
sentidos importantes do organismo da vida de modo geral, como a
locomoção, a audição, a visão, o olfato, a respiração, o aprendizado, o
trabalho e atividades manuais, o cuidado pessoal, a aparência física, etc.
Para Assis e Pazzoli (2005, p.242) a definição apresentada por Vasconcellos
e Benjamin (1997) são demasiadamente genéricas e abstratas, possibilitando incluir,
no conceito, certas categorias de pessoas que, embora portadoras de deficiência,
não deveriam estar incluídas. Outras vezes, são restritivas, excluindo do conceito
certas categorias de pessoas que deveriam estar incluídas.
14
A ONU adota uma classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS),
que distingue os termos deficiência, incapacidade e invalidez. Segundo ela, a
deficiência é a perda ou anomalia de estrutura do corpo humano. Incapacidade
refere-se a sequelas que impedem a execução de alguma atividade da forma padrão
e invalidez é a consequência da deficiência e incapacidade levando em conta
diversos fatores. Desta forma, pode-se observar a diferenciação de cada termo, que
traz significados diferentes e que podem estar ligados a qualquer pessoa.
Segundo a Política Nacional de Educação Especial (CORDE, 1994, p.14-16)
as classificações das deficiências são de seguinte modo: auditiva, física, visual e
mental. A Deficiência Física é caracterizada pela alteração completa ou parcial de
um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da
função física. A Deficiência Auditiva corresponde a perda bilateral, parcial ou total,
de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de
500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz. A Deficiência Visual significa a cegueira, na
qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor
correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no
melhor olho, com a melhor correção óptica. A Deficiência Mental é o funcionamento
intelectual significativamente inferior a média, com manifestação antes dos dezoito
anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas.
As porcentagens acerca das incidências dessas deficiências no cenário
brasileiro estão exemplificadas na figura 1.
Figura 1 – Tipos de deficiência no Brasil.
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
15
Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de
2000, 14,5% dos brasileiros convivem com algum tipo de deficiência definitiva, já em
2010 essa estatística subiu para 23,9% o que representa um número expressivo.
Esse dado pode aumentar significativamente ao incluir idosos, obesos e deficientes
temporários assim como os milhares que se acidentam diariamente no trânsito
caótico das cidades. A figura 2 representa essa porcentagem.
Figura 2 – Índices das pessoas com deficiência.
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
2.2 ACESSIBILIDADE
A acessibilidade é de fundamental importância para que haja inclusão social
da pessoa com deficiência; relacionam-se a locais, produtos e informações
disponíveis às pessoas, independentemente de suas capacidades físico-motoras e
perspectivas culturais e sociais.
O decreto de Lei nº 5296/04 em seu artigo 8º inciso 1, p.2 define
acessibilidade como:
Condição para utilizar, com segurança e autonomia, total ou assistência dos
espaços, mobiliários e equipamentos urbanos das edificações, dos serviços
de transporte, dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e
informação, por pessoas com deficiência com mobilidade reduzida.
16
Este mesmo decreto estabelece normas gerais e critérios básicos para a
promoção de acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade
reduzida. É importante lembrar que na maioria das vezes essas normas não são
seguidas.
A acessibilidade é um direito de todos, e é dever dos representantes legais
garantir esse direito e fazer com que ele ocorra de fato. As pessoas precisam se
deslocar e para isso é necessário que as condições geográficas favoreçam esse
deslocamento, as calçadas precisam estar niveladas e livre de barreiras e quaisquer
obstáculos, as vias estritamente sinalizadas com faixas e indicadores de prioridades
de pedestres e os prédios públicos precisam da a garantia de acessibilidade em toda
a sua extensão.
O mundo está se desenvolvendo a cada dia e são necessários que essas
mudanças ocorram em conjunto com as necessidades das pessoas, para que ocorra
a inclusão social sem distinção de qualquer natureza, precisa haver essa
preocupação com acessibilidade, pois nem todo mundo não possui deficiência.
Aos poucos a preocupação com a acessibilidade vem ganhando espaço, na
área da educação, o MEC (Ministério da Educação) busca promover a inclusão de
estudantes com deficiência no ensino superior. No trânsito o CONTRAN (Conselho
Nacional de Trânsito) garante ao surdo o direito de dirigir, pois é obrigatório a
presença de interpretes de sinais em todas as etapas do processo de obtenção da
carteira de motorista e na saúde os canais de atendimentos devem estar acessíveis
a todos.
Diante desses fatos, no próximo capítulo descreve-se a legislação sobre
acessibilidade e a abordagem de autores.
17
3. A LEGISLAÇÃO SOBRE ACESSIBILIDADE E A ABORDAGEM DE AUTORES
No Brasil e em outros países, já foi constatado que durante muitos anos
pessoas com deficiência eram ignoradas, destratadas e maltratadas, havendo
omissão do Estado e da Sociedade. Diante dessa situação o Estado começou a se
manifestar através de algumas medidas, traduzidas em leis e decretos, mesmo que
estes não sejam cumpridos em sua totalidade.
3.1 A ABORDAGEM DE AUTORES SOBRE ACESSIBILIDADE
Para Rabelo (2008), acessibilidade pode ser considerada como a
possibilidade de qualquer pessoa, quaisquer que sejam suas condições mentais ou
físicas, de chegar a algum lugar ou de utilizar informações ,serviços, bem como o
espaço urbano, com autonomia e segurança, tanto para o trabalho, quanto para a
saúde ou para a educação, que se constituem nos direitos básicos da cidadania.
Boareto (2007) diz que a acessibilidade é utilizada como parte de uma política
de mobilidade urbana, promovendo assim a inclusão social, equiparando as
oportunidades e o exercício da cidadania de pessoas com deficiência.
A aplicação da acessibilidade, tem origem nos obstáculos arquitetônicos que
serviam e servem de barreiras que impedem o acesso de pessoas com deficiência a
lugares de uso comum e público (QUEIROZ, 2006).
Para que haja acessibilidade, é necessária a eliminação de barreiras no
contexto social. São várias as barreiras encontradas pelas pessoas com deficiência
em seu cotidiano, entre elas: urbanísticas, nas edificações, nos transportes, nas
comunicações e nas informações. Todas essas barreiras são impedimentos ao livre
acesso das pessoas com deficiência, devido a esses obstáculos criaram-se leis e
decretos para a promoção da acessibilidade.
É importante lembrar que, para que a igualdade seja garantida deve-se
trabalhar na eliminação das barreiras encontradas no contexto social, para garantir o
direito de igualdade à acessibilidade nas políticas. Nesse sentido, o Programa de
Ação Mundial para Pessoas com Deficiência (1997, p.33-34), discorre que:
Muitas pessoas com deficiência são excluídas da participação ativa na
sociedade devido às barreiras físicas, por exemplo, portas estreitas demais
para dar passagem a uma cadeira de rodas; escadas e degraus
inacessíveis em edifícios ônibus, trens e aviões; telefones e interruptores de
18
luz instalados fora do seu alcance; instalações sanitárias que não podem
ser utilizados. Também se vêem excluídas por outras classes de barreiras,
como na comunidade oral, quando se ignoram as necessidades das
pessoas com deficiência auditivas, ou na informação escrita quando se
desconhece as necessidades das que sofrem de deficiência visual.
3.2 A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA E O DIREITO A ACESSIBILIDADE E
MOBILIDADE (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, LEIS E DECRETOS)
A primeira medida legal tomada foi em 1948 através da Declaração Universal
dos Direitos Humanos onde as pessoas com deficiência começaram a ser
consideradas cidadãos com direitos, deveres e a participação na sociedade, mas
ainda de maneira assistencial. O Brasil tomando como base os movimentos de
reivindicações de familiares de pessoas com deficiência; com críticas a
discriminação nas décadas de 60 a 70, ratifica e promulga através do decreto nº
62.150 de 19 de janeiro de 1968 a Convenção nº 111 da OIT (GARCIA, 2004).
Em 1978, no Brasil, a Constituição recebeu a primeira emenda tratando dos
direitos da Pessoa Portadora de Deficiência, onde “é assegurada aos deficientes a
melhoria de condição social e econômica especialmente mediante educação
especial e gratuita” (GARCIA, 2004, p.17).
Ainda segundo Garcia (2004), em 1988, o Brasil promulga a Constituição da
República Federativa do Brasil (05/10/88), a qual consolida os direitos sociais e
individuais. Um dos seus objetivos era melhorar as condições de trabalho, que
muitas vezes é entendido como um acréscimo de mão de obra, que podem gerar
uma perda de competitividade, mas analisando o custo/benefício na cadeia de
valores, levando em consideração os custos intangíveis, nota-se exatamente o
contrário, além de fazer valer o preconizado nesta Constituição. No dia 24 de
Outubro de 1989 entrou em vigor a Lei 7.853, na gestão do ex-presidente da
República José Sarney, que dispõe sobre o apoio às pessoas com deficiência, sua
integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa
Portadora de Deficiência (CORDE), que institui a tutela jurisdicional de interesses
coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público,
define crime, e dá outras providências (BRASIL, 1989).
Em 21 de Dezembro de 1999, o decreto nº. 3.298 regulamentou a Lei nº
7.853 que dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora
19
de Deficiência, consolidando as normas de proteção e dando outras providências, na
gestão do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso. Em 08 de
Novembro de 2000 entrou em vigor a Lei nº 10.048 e publicado no Diário Oficial da
União em 09 de novembro de 2000, dando prioridade de atendimento às pessoas
que especifica, dando outras providências. É assegurada, em todas as instituições
financeiras, a prioridade de atendimento às pessoas com deficiência física, os idosos
com idade igual ou superior a sessenta e cinco anos, as gestantes, as lactantes e as
pessoas acompanhadas por crianças de colo (BRASIL, 2000).
No dia 19 de dezembro de 2000, entrou em vigor a Lei Federal nº 10.098 e
publicado no Diário Oficial da União em 20 de dezembro de 2000, estabelecendo
normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas
com deficiência ou com mobilidade reduzida, e dando outras providências. Esta lei
estabelece a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com
mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos públicos
nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de
edifícios e nos meios de transporte e de comunicação (BRASIL, 2000).
Em 02 de dezembro de 2004, o decreto nº. 5.296 regulamentou a lei nº.
10.048 de 08 de novembro de 2000, dando prioridade de atendimento às pessoas
que especifica, e a Lei Federal nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que
estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das
pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, dando outras providências.
Este decreto se deu na gestão do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.
No dia 27 de junho de 2005, o presidente da república sanciona a lei nº 11126
que dispõe sobre o direito do portador de deficiência visual de ingressar e
permanecer em ambientes de uso coletivo acompanhado de cão guia.
Em 16 de julho de 2009, a Lei 11.982, determina a adaptação de parte dos
brinquedos e equipamentos dos parques de diversões às necessidades das pessoas
com deficiência ou com mobilidade reduzida.
No dia 1 de setembro de 2010, é regulamentada a profissão de Tradutor e
Intérprete da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, através da Lei nº 12.319.
Em 6 de julho de 2015, a Lei nº 13.146, Institui a Lei Brasileira de Inclusão da
Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência) e dá outras
providências.
20
3.3 NORMAS TÉCNICAS
NBR 9050 – Acessibilidade e Edificações Mobiliários, Espaços e Equipamentos
Urbanos;
Essa norma é um instrumento de instrução para arquitetos, engenheiros e
profissionais da área sobre parâmetros técnicos de espaços e equipamentos
urbanos na adaptação de edificações.
NBR 13994 – Elevadores de passageiros – Elevadores para transportes de Pessoa
Portadora de Deficiência;
Trata de informações pertinentes a projetos de acessibilidade e seu conteúdo faz
referência a elevadores e plataformas.
NBR 14020 – Acessibilidade a Pessoa Portadora de Deficiência – Trem de Longo
Percurso;
Norma que estabelece parâmetros de acessibilidade para pessoa portadora de
necessidades especiais.
NBR 14021 – Transporte – Acessibilidade no sistema de trem urbano ou
metropolitano;
Configura os parâmetros de acessibilidade no sistema de trem urbano ou
metropolitano.
NBR 14273 – Acessibilidade a Pessoa Portadora de Deficiência no Transporte
Aéreo Comercial;
Essa norma objetiva propiciar as pessoas deficientes condições seguras de
acessibilidade em aeroportos e aeronaves.
NBR 14970-1 – Acessibilidade em Veículos Automotores – Requisitos de
dirigibilidade;
Determina diretrizes para avaliação da dirigibilidade do condutor com mobilidade
reduzida em veículo automotor apropriado.
NBR 14970-2 – Acessibilidade em Veículos Automotores – Diretrizes para avaliação
clínica de condutor;
Determina as diretrizes na forma de avaliação clínica em exames para obtenção de
carteira de motorista para pessoas com necessidades especiais.
21
NBR 14970-3 – Acessibilidade em Veículos Automotores – Diretrizes para avaliação
da dirigibilidade do condutor com mobilidade reduzida em veículo automotor
apropriado;
Apresenta as diretrizes para elegibilidade de veículo apropriado de acordo com as
necessidades da pessoa.
NBR 15250 – Acessibilidade em caixa de autoatendimento bancário;
Determina a acessibilidade em caixa de autoatendimento bancário.
NBR 15290 – Acessibilidade em comunicação na televisão;
Estabelece as normas de acessibilidade nos meios de comunicação com
observância das diversas condições de percepção e cognição.
NBR 15320:2005 – Acessibilidade à pessoa com deficiência no transporte
rodoviário;
Objetiva propiciar aos deficientes condições seguras no transporte rodoviário.
NBR 14022:2006 – Acessibilidade de passageiro no sistema de transporte
aquaviário;
Visa propiciar condições de acessibilidade para passageiros do sistema de
transporte aquaviário.
NBR 15570 – Transporte – Especificações técnicas para fabricação de veículos de
características urbanas para transporte coletivo de passageiros;
Essa norma especifica as características necessárias para fabricação de veículos
destinados ao transporte coletivo de passageiros.
NBR 16001 – Responsabilidade social – Sistema de gestão – Requisitos;
A norma estabelece os requisitos mínimos para o sistema de gestão e
responsabilidade social.
NBR 15599 – Acessibilidade – Comunicação na Prestação de Serviços;
Apresenta diretrizes para garantir que a comunicação e prestação de serviços esteja
acessível.
Diante do exposto, no capítulo seguinte aborda-se a implantação de
acessibilidade na execução de projetos de engenharia civil.
22
4. A IMPLANTAÇÃO DE ACESSIBILIDADE NA EXECUÇÃO DE PROJETOS DE
ENGENHARIA CIVIL
Ao executar projetos de engenharia civil, é de suma importância que se tenha
a preocupação com acessibilidade, é necessário projetar de modo que todas as
pessoas possam usufruir do ambiente. Proporcionar acessibilidade significa incluir a
pessoa que tem algum tipo de deficiência nas atividades do cotidiano de todos.
Através da implantação desse benefício as pessoas terão garantidos os seus
direitos de ir e vir sem qualquer empecilho.
4.1CONFIGURANDO AS CONDIÇÕES DE ACESSIBILIDADE NO COTIDIANO
BRASILEIRO
Não é preciso procurar muito para que sejam encontrados problemas de
acessibilidade no território brasileiro. O Brasil apresenta uma infinidade de calçadas
com problemas de acessibilidade, as mesmas apresentam barreiras e obstáculos
que impedem o trânsito seguro de qualquer pessoa, seja ela PCD ou não. As vias
em sua maioria, deficientes de sinalização horizontal e vertical que beneficie
pedestres e os prédios públicos em alguns lugares se encontram sem o mínimo de
recurso necessário para garantia de acessibilidade para quem frequenta. Ou seja, se
tratando de cenário brasileiro ainda tem muito o que melhorar no quesito
acessibilidade.
Rabelo (2008) destaca que várias irregularidades são observadas nas
calçadas pela inadequação a legislação, como: acabamento inadequado, inclinação
excessiva e má conservação. O autor ainda ressalta que, o correto planejamento
permitirá um padrão de acessibilidade adequado a essas calçadas.
Diante do exposto, as figuras 3 e 4 exemplificaram as condições de
acessibilidade no cenário brasileiro.
23
Figura 3 – Calçadas quebradas e com obstáculos.
Fonte – Jornal do Oeste (2016).
As imagens 3 e 4 exprimem o que muitos portadores de necessidades
especiais passam no dia a dia para conseguir chegar ao seu destino. A falta de
infraestrutura básica nas cidades e o descaso das autoridades perante a situação.
Figura 4 – Ausência de rampa de acessibilidade.
Fonte – Jornal do Oeste (2016).
24
De acordo com Moraes (2009, p.31):
Todos os espaços, as edificações, os mobiliários e os equipamentos
urbanos que vierem a ser projetados, construídos, montados ou
implantados, bem como as reformas e ampliações de edificações e
equipamentos urbanos, devem atender ao disposto na norma 9050 para
serem consideradas acessíveis.
Em suma, o Brasil ainda deixa muito a desejar a respeito de acessibilidade, a
maioria da população está concentrada nos grandes centros urbanos o que gera
uma necessidade de infraestrutura melhor nesses locais, porém a realidade mostra
que ainda há muito o que ser feito.
4.2 MAPEANDO OS BENEFÍCIOS DA IMPLANTAÇÃO DE ACESSIBILIDADE NA
EXECUÇÃO DE PROJETOS DE ENGENHARIA CIVIL
Para um melhor aproveitamento do espaço urbano visando a melhoria da
mobilidade de pedestres que possuem alguma limitação, é necessário que sejam
seguidos alguns padrões para que facilite essa locomoção. As figura 5 e 6
exemplificam alguns desses padrões para deslocamento.
Figura 5 – Largura para deslocamento em linha reta.
Fonte – ABNT NBR 9050 (2004, p.07).
Segundo o exposto na Norma Brasileira Regulamentadora (NBR 9050), as
calçadas precisam apresentar uma faixa livre de no mínimo 1,20m, e uma área de
serviço de no mínimo 0,75m para que seja garantida uma mobilidade segura do
25
pedestre. Essa dimensão possibilita a circulação simultânea de uma pessoa em
cadeira de rodas e um pedestre.
Figura 6 – Dimensões mínimas para execução de calçadas.
Fonte – Programa Passeio Livre (Prefeitura de São Paulo, p.06).
É necessário que o executor do projeto analise o espaço e projete da melhor
forma possível para que ninguém saia prejudicado. A densidade de PCDs no Brasil
aumenta a cada dia e é essencial a preocupação com o melhor aproveitamento
desses espaços.
Existem outros elementos que são primordiais para o planejamento e
execução de projetos que garante acessibilidade. As rampas são as principais
formas de incluir alguém que possua algum tipo de deficiência, evita transtornos de
subir em calçadas facilitando a circulação.
Em conjunto com as rampas existem os corrimãos, que garante maior
estabilidade a quem circula. Os pisos táteis tem capacidade de balizar as pessoas
com deficiência visual e é recomendado tanto para espaços internos como externos.
Os elevadores são capazes de facilitar a circulação de todos sem falar na
comodidade. As portas devem ter no mínimo 80cm de largura e devem ser capazes
de ser utilizadas por deficientes sem ajuda. Os banheiros devem possuir utensílios
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que garante acessibilidade sem contar na disposição de espaço. E é de suma
importância que existam vagas em estacionamentos destinadas exclusivamente a
pessoas com algum tipo de necessidade.
Neste sentido, segundo Barros (2001, p.28), conforto tátil refere-se à
sensação que se tem ao tocar um determinado revestimento, identificando “se o
mesmo é áspero ou liso, ‘frio’ ou ‘quente’, úmido, seco ou molhado”.
Baseado no homem padrão foi desenvolvido o desenho universal,
inicialmente chamado de desenho livre, que concebe um gerador de ambientes e
serviços, programas e tecnologias que podem ser utilizadas de forma segura e
autônoma por todas as pessoas sem que haja necessidade de adaptação. Tornar o
espaço público e as edificações acessíveis dentro do conceito de desenho universal
é pensar na cidade futura, onde todos tem acesso a educação, esporte e lazer. É
promover a cidadania sem exclusão social e preconceito.
O quadro 1, exemplifica as medidas que devem ser tomadas na execução de
um projeto de engenharia civil para os determinados tipos de pessoas com
deficiência.
Garantindo isso, as pessoas conseguiram reafirmar o seu direito de ir e vir,
frequentarão mais lugares, movimentarão mais o comércio e consequentemente a
economia pois circulará mais dinheiro, com isso todo mundo sai ganhando e o País
se desenvolve mais. Investir em acessibilidade não pode ser visto como um gasto
extra, ou algo supérfluo, na realidade, é apostar no sucesso do negócio ampliando a
possibilidade de captação de clientes.
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Quadro 1 – Garantias para cada tipo de deficiência na execução de projetos.
Fonte – Jornal do Oeste (2016).
É necessário que haja essa preocupação, pois possibilitar a mobilidade
segura de todos, é garantir a inclusão social dessas pessoas na sociedade e adaptar
o espaço proporciona acessibilidade para todos.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O planejamento de uma cidade deve está voltado ao direito do cidadão de ir e
vir, assim como a existência de espaços acessível a todos, tornou-se fator essencial
no desenvolvimento social e urbano. O desenho urbano e a presença de obstáculos
nas calçadas não podem servir de empecilhos para uma política de atendimento a
população, devendo está adequado às possibilidades motoras e sensoriais dos
usuários.
Considerando o estudo sobre a implantação da acessibilidade na execução
de projetos de engenharia civil, constata-se que existe uma grande dificuldade para
incluir a pessoa com deficiência aos serviços oferecidos, bem como a falta de
preocupação com essas pessoas na execução de projetos.
Dois fatores contribuem para essa constatação: o preconceito da sociedade e
a falta de qualificação, de modo que a exclusão é um fato constante na vida da
pessoa com deficiência, principalmente os que vivem nas camadas mais pobres da
sociedade. A falta de acessibilidade é uma forma de exclusão dos deficientes na
sociedade, e quando esses conseguem se inserir, desenvolvem as mais diferentes
funções e atividades, melhorando sua qualidade de vida. Cabe lembrar, que muitos
deficientes vivem na dependência da família, uma vez que por falta de
acessibilidade não conseguem desempenhar suas atividades sozinhos.
É importante ressaltar que esse fato não pode ser analisado isoladamente,
ele direciona para a questão da habilitação, ou seja, para a responsabilidade do
Estado, que deve dar a cada cidadão com deficiência ou não, as condições
necessárias para viver dignamente. O desenvolvimento da tecnologia trouxe
melhorias no mundo, proporcionando melhor acesso através de seus mecanismos,
em algumas cidades do país existe um sistema que auxilia deficientes visuais a
usarem o transporte público através do braile e efeitos sonoros, além da produção
de próteses para pessoas com ausência de membros, possibilitando o desempenho
de atividades. Contudo, a tecnologia deve ser usada a favor, e não contra a pessoa
com deficiência. O deficiente que depende de cadeira de rodas dificilmente poderá
transitar sem a adequação desses espaços públicos, mas essa dificuldade pode ser
neutralizada desde que seja feito projetos de engenharia civil que priorizem a
acessibilidade, sendo essa uma alternativa para inserir a pessoa na sociedade.
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Vale ressaltar que para a realização desse estudo, alguns critérios iniciais
foram adotados, como: reunir os diversos autores que tratam do assunto e filtrar as
informações buscando verificar a dimensão da questão da falta de acesso
enfrentada pelas pessoas com deficiência e seu processo na inclusão social.
Portanto, é de fundamental importância que o governo e a iniciativa privada
se organizem no sentido de oferecer mecanismos que possibilitem o acesso total em
todos os setores da sociedade. Essas medidas, da mesma forma, devem ser
estendidas a todas as instituições, principalmente às estatais que deverão ser
adaptadas à realidade dos diversos tipos de deficiência.
Em suma, percebe-se um grande desafio pela frente, voltado para minimizar o
fenômeno em questão. Vale ressaltar, que todos: família, sociedade e Estado, tem
um papel primordial na busca por mudar esse quadro de desigualdade social e
constituir um futuro melhor às pessoas portadoras de deficiência.
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pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece
normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das
pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras
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