Joaquim Manuel Nhancume
Trabalho sobre identificação de temáticas sobre a Biogeografia
Licenciatura em Geografia
Universidade Save
Xai-Xai
2022
Joaquim Manuel Nhancume
Trabalho sobre identificação de temáticas sobre a Biogeografia
Trabalho de pesquisa referente a identificação
de temáticas sobre Biogeografia na cadeira de
Biogeografia, leccionado por Msc: Nelson
Filipe, como requisito de avaliação.
Universidade Save
Xai-Xai
2022
Índice
1.0 Introdução ................................................................................................................................. 1
1.1 Objectivos ............................................................................................................................. 1
1.1.1 Geral ............................................................................................................................... 1
1.1.1 Objectivos específicos: .................................................................................................. 1
2.0 Contextualização ....................................................................................................................... 2
2.1 Conceitualização Biogeografia ............................................................................................. 2
2.1 Obras sobre Biogeografia ..................................................................................................... 2
2.2 Sucessão ecológica................................................................................................................ 2
2.2.1 Fases de sucessão ecológica........................................................................................... 3
2.2.2 Sucessão autogénica e Sucessão alogénica .................................................................... 3
2.2.3 Tipos de Sucessão Ecológica ......................................................................................... 3
3.0 Considerações finais ................................................................................................................. 5
4.0 Referencia. Bibliográfica .......................................................................................................... 6
1.0 Introdução
A Biogeografia é o ramo da geografia que estuda a distribuição espaço-temporal dos seres vivos
na superfície terrestre, levando em consideração as condições geográficas presentes e pretéritas e
a ação antrópica que determinam e influenciam na distribuição.
Segundo Troppmair (2006),a biogeografia faz um estudo dos seres vivos, analisando sua
participação e relação com o espaço geográfico (biosfera), tendo como objetivo compreender o
papel dos seres vivos na organização do espaço geográfico e a influência dos mesmos na
transformação da biosfera. Brown (2006) destaca que, “a Biogeografia é a ciência que se
preocupa em documentar e compreender modelos espaciais de biodiversidade, estudando a
distribuição dos organismos no passado e no presente”.
Assim, cabe ao biogeógrafo, através do uso de métodos e técnicas específicas compreender os
processos e leis naturais que determinam a dinâmica das paisagens, como também o uso racional
do espaço e dos recursos naturais dessa mesma paisagem. Associando-a com o processo
educativo, torna-se um campo da geografia indispensável para o pensar-fazer e o ensinar-
aprender geografia numa educação voltada para cidadania, ou seja, para conscientização
ambiental da sociedade.
Desta feita pelo caracter da disciplina, urge necessidade de identificar na biblioteca as obras que
abordam as tematicas sobre a Biogeografia, com objectivo de comprender a sua relevancia na
distribuicao dos seres vivos na superficie terresntre.
1.1 Objectivos
1.1.1 Geral
❖ Compreender a relevância do estudo da Biogeografia
1.1.1 Objectivos específicos:
❖ Conceitualizar a Biogeografia;
❖ Identificar obras que abordam sobre a Biogeografia;
❖ Apresentar ficha de leitura sobre “Sucessão ecológica”.
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2.0 Contextualização
2.1 Conceitualização Biogeografia
A biogeografia é um ramo da Geografia Física que estuda a distribuição dos seres vivos na
superfície terrestre, as causas que a condicionam, tendo seus pressupostos teórico e
metodológicos fortemente baseados na interdisciplinaridade. Dada a estas características tem
sido um dos ramos da Geografia que tem contribuído bastante no entendimento dos actuais
processos de degradação da natureza. Ao mesmo tempo, os estudos biogeográficos podem e
devem estar comprometidos com o entendimento da relação sociedade e natureza, visando
fornecer elementos para um uso racional dos bens naturais e para um repensar da situação
socioambiental actual.
2.1 Obras sobre Biogeografia
A Biogeografia estuda as interacções, a organização e os processos espaciais, dando ênfase aos
seres vivos, vegetais e animais que habitam determinado local, dada sua importância são
apresentadas as obras identificados e observados sobre Biogeografia, nomeadamente:
❖ Fundamentos em Ecologia (Ricardo Motta Pinto-Coelho-2000, Terceira edição);
❖ Ecologia do Ecossistema a Biosfera (Chistin leveque-2001);
❖ Ecologia Comportamental- Perspectivas Ecologias (Étienne Danchin, Luc-Alain
Giraldeau, Frank Cezilly- 2014);
❖ Espécies e Ecossistemas (José Goldemberg, volume 3);
❖ Princípios Fundamentais de Ecologia Física (Abel Rodrigues e Gabriel Pita-2014);
❖ Manual de Ecologismo (Mark J:Smith-1998)
2.2 Sucessão ecológica
A sucessão ecológica pode ser definida como um gradual processo no qual as comunidades vão se
alterando até se estabelecer um equilíbrio. Estas comunidades vão sofrendo mudanças ordenadas e
graduais.
uso dos grupos sucessionais para ordenar a alta diversidade de espécies da floresta tropical e
organizá-las nos plantios, da mesma forma em que elas ocorrem na floresta natural, foi sem
dúvida não só o grande salto no desenvolvimento da tecnologia de plantio de nativas, como
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também o conceito mais discutido e polemizado nos eventos pertinentes (KAGEYAMA e
GANDARA, 2005).
A sucessão ecológica é o processo gradual de mudanças da estrutura e composição de uma
comunidade, tanto que refere se a um processo ordenado de mudanças no ecossistema, incluindo
alterações no ambiente físico pela comunidade biológica, até alcançar a fase de clímax.
Durante a sucessão ecológica, as comunidades mais simples vão com o passar do tempo sendo
substituídas por comunidades mais complexas
2.2.1 Fases de sucessão ecológica
A sucessão ecológica passa por três fases, nomeadamente:
❖ Ecese, (Representa a comunidade pioneira. São os primeiros organismos a se instalarem
no ambiente, como líquens, gramíneas e insetos);
❖ Seral, (Representa a comunidade intermediária, representada pela vegetação de pequeno
porte, arbustiva e herbácea. Nessa fase ocorrem mudanças significativas na comunidade);
❖ Clímax. (A última fase é o clímax, a comunidade estabilizada. A comunidade atinge
elevado número de espécies, os nichos ecológicos são ocupados e apresenta grande
quantidade de biomassa.
A comunidade tende a evoluir até clímax, quando é formada por populações em equilíbrio com o
meio
2.2.2 Sucessão autogénica e Sucessão alogénica
Conforme as forças que direccionam o processo, a sucessão pode ser dos seguintes tipos:
❖ Sucessão Autogénica: provocada por mudanças originadas por processos biológicos
internos ao ecossistema.
❖ Sucessão Alogénica: quando ocorrem mudanças por forças externas ao ecossistema,
como tempestades, incêndios e processos geológicos.
2.2.3 Tipos de Sucessão Ecológica
A sucessão ecológica pode ser classificada quanto à natureza do substrato que dá origem ao
processo em: sucessão primária e sucessão secundária.
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❖ Sucessão Primária
A sucessão primária tem início em uma área desabitada e ocorre em ambientes que não foram
previamente ocupados por seres vivos, como rochas nuas, lavas solidificadas, depósitos de areia,
uma faixa recente de praia. Dai que os primeiros organismos a se instalarem são chamados de
pioneiros.
As espécies pioneiras conseguem se estabelecer em locais inóspitos, sujeitas à diversas
condições ambientais e abrem caminho para o estabelecimento de novas espécies.
São exemplos de espécies pioneiras os líquens e as gramíneas.
A colonização de espécies pioneiras é importante para o processo de sucessão. A partir das
pioneiras, as condições originais do ambiente começam a ser alteradas.
Como exemplo, a cobertura vegetal das espécies vegetais pioneiras reduz mudanças bruscas de
temperatura do solo e contribuem para sua estabilização. Essas condições favorecem a chegada
de novas espécies para povoar a comunidade. A sucessão primária é um processo lento. Um solo
rochoso pode levar décadas até abrigar uma vegetação de arbustos e herbáceas.
❖ Sucessão Secundária
A sucessão secundária ocorre em substratos que já foram anteriormente ocupados por uma
comunidade biológica. Por isso, apresentam mais condições para o estabelecimento de seres
vivos. Como exemplo estão as clareiras, as áreas desmatadas e os campos de cultivo
abandonados. A sucessão secundária desenvolve-se mais rapidamente que a primária.
Uma razão é alguns organismos e sementes podem permanecer no solo, tornando o substrato
mais favorável à recolonização por outros seres vivos para (Martins 2009).
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3.0 Considerações finais
Do presente trabalho pode se considerar a Biogeografia, dedica se ao estudo de distribuição de
especiais na superfície terrestre. Alem disso, uma sucessão ecológica possui três características
básicas: as sucessões são processos contínuos e não sazonais (ou seja, continuam ocorrendo,
independentemente das estações do ano), podendo compreender que as sucessões
ecológicas ocorrem como respostas às modificações ocorridas nas condições ambientais de um
local, geradas pelos próprios organismos que ali vivem e por fim as sucessões ecológicas
terminam com o estabelecimento de uma comunidade estável, designada a comunidade clímax,
que não sofre mais grandes mudanças na sua estrutura básica, desde que as condições
macroclimáticas não sejam modificadas.
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4.0 Referencia. Bibliográfica
❖ FURLAN, Sueli Ângelo. Técnicas de biogeografia. In: VENTURI, LuisAntonio Bittar
(org). Praticando geografia: técnicas de campo e laboratório. São Paulo: Oficina de
textos, 2005, p. 99- 130.
❖ JUNIOR, Gerson de Freitas e MARSON, Anelise Aparecida;.O trabalho de campo em
biogeografia – EGAL, 2009.
❖ KAERCHER, Nestor André.A Geografia é nosso dia-a-dia, In:CASTROGIOVANI, A.
(ORG.) Geografia em Sala de Aula Práticas e Reflexões. Porto Alegre: Seção, 1998.
❖ PASSINI, Elza Yasuro (org.); Prática de Ensino de Geografia e Estágio Supervisionado;
São Paulo: Contexto, 2007.
❖ PASSOS, Messias Modesto dos.Biogeografia e paisagem. 2º ed. Maringá: UEM, 2003;
TROPPMAIR, Helmut. Biogeografia e Meio Ambiente. Rio Claro: Divisa, 2006;
❖ KAGEYAMA, P. Diversidade Genética e Restauração de Áreas Degradadas. In:
SIMPÓSIO SOBRE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS, III, 2009, São
Paulo, Anais... São Paulo, Instituto de Botânica da Secretaria do Meio Ambiente do
Estado de São Paulo, 2009. p. 115-120.
❖ MARTINS, S. V.; RODRIGUES, R. R.; GANDOLFI, S.; CALEGARI, L. Sucessão
Ecológica: Fundamentos e Aplicações na Restauração de Ecossistemas Florestais, O
Papel das Clareiras na Sucessão e na Restauração Florestal. In: MARTINS, S. V. (Org.).
Ecologia De Florestas Tropicais Do Brasil. Viçosa: UFV, 2009.