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Biologia A 16

O documento descreve os três tipos de tecido muscular: 1) Estriado esquelético, formado por fibras multinucleadas que permitem movimento voluntário. 2) Estriado cardíaco, formado por células alongadas que compõem o miocárdio e se contraem involuntariamente. 3) Liso, formado por células alongadas que compõem órgãos como intestinos e bexiga.

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Biologia A 16

O documento descreve os três tipos de tecido muscular: 1) Estriado esquelético, formado por fibras multinucleadas que permitem movimento voluntário. 2) Estriado cardíaco, formado por células alongadas que compõem o miocárdio e se contraem involuntariamente. 3) Liso, formado por células alongadas que compõem órgãos como intestinos e bexiga.

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Tecido Muscular

O tecido muscular é formado por células alongadas, fusiformes (com


extremidades afiladas) ou cilíndricas, denominadas miócitos ou fibras
musculares, altamente especializadas em realizar contração,
proporcionando, assim, os movimentos corporais

As células musculares são tão diferenciadas e têm características tão


peculiares que alguns de seus componentes receberam nomes especiais. A
membrana plasmática pode ser chamada de sarcolema; o citoplasma (com
exceção das miofibrilas), de sarcoplasma; o retículo endoplasmático, de
retículo sarcoplasmático; e os mitocôndrios, de sarcossomos.

A célula muscular tem em seu citoplasma filamentos proteicos,


denominados miofibrilas, constituídos principalmente de duas variedades
de proteínas contráteis: actina e miosina. Entre as miofibrilas de actina e
de miosina, encontram-se o retículo endoplasmático e as mitocôndrias.
Resumidamente, a contração muscular é resultado do deslizamento dos
filamentos de actina (mais finos) sobre os filamentos de miosina (mais
grossos).

No citoplasma da célula muscular, podemos encontrar também uma


proteína, de estrutura e propriedades semelhantes às da hemoglobina,
denominada mioglobina. Essa proteína contém ferro e dá uma coloração
avermelhada ao tecido. É capaz de se ligar ao gás oxigênio, funcionando,
portanto, como um reservatório de O2 para a atividade muscular.

#Classificação
- Tecido muscular estriado esquelético
Formado por células cilíndricas muito longas (podem chegar a 30 cm de
comprimento, embora o diâmetro seja microscópico), multinucleadas
(polinucleadas), com núcleos periféricos.

A fibra muscular estriada esquelética surge da reunião de várias células


mononucleares durante a formação embrionária. Por isso é considerada
um sincício. Entretanto, durante o desenvolvimento do indivíduo, com o
seu crescimento, as fibras musculares estriadas esqueléticas alongam-se.

Tecido Muscular 1
Para suprir funcionalmente o longo sarcoplasma que se distende, os
núcleos se dividem e novos núcleos se formam acompanhando o
alongamento da fibra (célula). Assim, a fibra muscular estriada esquelética
passa a ser considerada como um plasmódio. Podemos dizer, então, que
inicialmente ela é um sincício e, depois, um plasmódio.

Através da microscopia eletrônica, constatou-se que o sarcolema


(membrana plasmática) da fibra muscular estriada esquelética sofre
invaginações, formando uma complexa estrutura de túbulos (sistema T
que envolvem as miofibrilas. Esses túbulos, assim como os canalículos do
retículo endoplasmático, participam ativamente da troca de íons cálcio
com o hialoplasma durante o mecanismo da contração muscular.

Em microscopia, a fibra estriada esquelética também mostra uma


intercalação de faixas claras e escuras, conferindo à célula um aspecto
estriado, o que justifica sua denominação. Tais faixas são resultantes da
organização dos feixes das miofibrilas de actina e miosina que formam as
chamadas estrias transversais.

As fibras musculares esqueléticas são de contração voluntária e, de


acordo com sua estrutura e com uma composição bioquímica, podem ser
classificadas em dois tipos: lentas e rápidas.

A Fibras lentas – Possuem muitas moléculas de mioglobina, muitas


mitocôndrias e são bem supridas de vasos sanguíneos. Têm coloração
vermelho-escura. São altamente resistentes à fadiga. Como têm reservas
substanciais de combustível (glicogênio e lipídios), suas mitocôndrias
abundantes podem manter uma produção constante e prolongada de ATP, se
o oxigênio estiver disponível. Assim, obtêm energia para contração

Tecido Muscular 2
principalmente por meio da respiração aeróbia, oxidando carboidratos e
ácidos graxos. Essas fibras são adaptadas para contrações lentas e
continuadas. Dessa forma, os músculos que têm elevadas proporções desse
tipo de fibra são bons para o trabalho aeróbico de longa duração (isto é,
trabalho que requer muito oxigênio). Os atletas que correm grandes
distâncias, os esquiadores, os nadadores e os ciclistas têm os músculos do
braço e das pernas constituídos em sua maior parte por fibras musculares
esqueléticas desse tipo.

B Fibras rápidas – Possuem pouca mioglobina, poucas mitocôndrias e poucos


vasos sanguíneos. Têm cor vermelho-clara. Obtêm energia para a contração
quase que exclusivamente por fermentação, a partir da glicose e do
glicogênio. Por isso, tornam-se fatigadas rapidamente. Adaptadas para
contrações rápidas e descontínuas (ou de curta duração), essas fibras são
especialmente boas para um trabalho de curta duração que requer força
máxima. Os campeões de levantamento de peso e os corredores de pequenas
distâncias têm elevadas proporções dessas fibras nos músculos das pernas e
dos braços

Nos seres humanos, os músculos esqueléticos apresentam proporções


diferentes dos dois tipos de fibras. A herança genética é o principal fator
determinante da proporção de fibras de contração rápida e contração
lenta em nossos músculos esqueléticos. Assim, existe alguma verdade
quando se afirma que se nasce campeão para um determinado tipo de
esporte. De certa forma, entretanto, podemos alterar as propriedades das
fibras musculares esqueléticas com o treinamento aeróbico. Com o
treinamento aeróbico, a capacidade oxidativa das fibras de contração
rápida pode melhorar substancialmente. Mas uma pessoa que nasce com
uma proporção elevada de fibras de contração rápida, provavelmente, não
irá se transformar em um campeão corredor de maratona, assim como
uma pessoa que nasce com uma proporção elevada de fibras de
contração lenta dificilmente se transformará em um campeão de corrida
de curta distância.

O tecido muscular estriado esquelético é o tecido que ocupa maior volume


no corpo e, popularmente, é conhecido por carne; forma os chamados
músculos esqueléticos, assim denominados por se acharem ligados aos
ossos. Essa ligação pode ser feita por meio de tendões ou de aponeuroses

Tecido Muscular 3
Um músculo esquelético é um conjunto de feixes musculares. Um feixe
muscular, por sua vez, é um conjunto de fibras musculares. O músculo
esquelético, o feixe muscular e a fibra muscular esquelética estão
envolvidos, respectivamente, pelas películas epimísio, perimísio e
endomísio. O endomísio é uma fina camada de fibras reticulares que
envolvem a fibra muscular; o perimísio é uma camada mais espessa de
fibras reticulares e colágenas que envolvem o feixe muscular; o epimísio é
uma resistente membrana de tecido conjuntivo denso não modelado que
envolve o músculo.

- Tecido muscular estriado cardíaco


É formado por células alongadas, cilíndricas, cujas extremidades se
encaixam, o que faz parecer que uma dá continuidade à outra. Muitas
dessas células se anastomosam irregularmente, isto é, ligam-se uma à
outra por meio de ramificações.

Suas células geralmente são mononucleadas (raramente possuem dois


núcleos) com os núcleos ocupando posição central. Entre uma fibra
(célula) e outra, verifica-se a presença dos discos intercalares
(antigamente denominados de “traços escalariformes”), que são regiões
das membranas plasmáticas que determinam o limite entre as células.
Correspondem, portanto, ao ponto de contato da extremidade de uma
célula com a extremidade da outra. O estudo dos discos intercalares em
microscopia eletrônica mostrou que eles são áreas especializadas em
manter a coesão (união) entre as células musculares cardíacas.

As fibras cardíacas, à semelhança das esqueléticas, também apresentam


estrias transversais, resultantes da organização dos feixes de miofibrilas,
de actina e de miosina. Apresentam coloração vermelha e têm contração
rápida e involuntária

Tecido Muscular 4
O tecido muscular estriado cardíaco forma o miocárdio (músculo do
coração). O miocárdio é um músculo que independe do sistema nervoso
central para sua contração, uma vez que possui automatismo próprio, ou
seja, ele mesmo gera estímulos de natureza elétrica para sua contração,
em uma região chamada de nódulo sinoatrial (marcapasso), localizada na
parte superior direita do coração.

- Tecido muscular liso


Formado por células fusiformes, mononucleadas, cujos núcleos ocupam
posição central.

As células são pobres em mitocôndrias e em glicogênio, não possuem


sistema T e o retículo sarcoplasmático é reduzido.

Suas miofibrilas de miosina e de actina são muito delgadas, o que explica


o fato de serem pouco visíveis. Tais miofibrilas não se dispõem em feixes
transversais, o que, por sua vez, explica a ausência de estrias transversais
nessas células.

Apresentam coloração esbranquiçada (pouca ou nenhuma mioglobina) e


contração lenta e involuntária, isto é, independente da vontade do
indivíduo. A contração da musculatura lisa está sob o comando do SNA
Sistema Nervoso Autônomo).

Suas fibras (células) se reúnem, dispostas paralelamente, formando feixes.


Esses feixes constituem os chamados músculos lisos ou musculatura lisa.
A musculatura lisa é encontrada nas paredes dos vasos sanguíneos
(artérias, veias), do tubo digestório (esôfago, estômago, intestinos), da
bexiga, das tubas uterinas (trompas de Falópio), do útero, etc. Os
movimentos peristálticos (peristaltismos) do tubo digestório e das tubas
uterinas, bem como a contração da bexiga e do útero, decorrem da
atividade da musculatura lisa existente nesses órgãos.

No caso da bexiga, sua musculatura é lisa e, portanto, a sua contração é


involuntária. Contudo, existe um esfíncter (músculo em forma de anel) de
músculo estriado na saída do órgão, denominado esfíncter vesical, de
contração voluntária, o qual controla a liberação da urina. A micção ocorre
quando o esfíncter relaxa (pela vontade do indivíduo), e a bexiga, que já
estava contraída, é auxiliada pela contração dos músculos abdominais.

Tecido Muscular 5
Pelo fato de estar presente em órgãos viscerais (estômago, intestinos,
útero, etc.), o tecido muscular liso também é chamado de tecido muscular
visceral.

#Contração Muscular

 Quando recebem o estímulo para a contração, o retículo sarcoplasmático


e o sistema T das fibras estriadas liberam íons de Ca++ para o
hialoplasma. Nas fibras lisas, os íons de cálcio não ficam armazenados no
retículo sarcoplasmático, como acontece nas fibras estriadas. Na fibra lisa,
esses íons são armazenados em vesículas no sarcoplasma, sendo
liberados frente ao recebimento do estímulo;
2. Em presença desses íons, a miosina adquire uma propriedade ATPásica,
desdobrando o ATP em ADP + Pi (fosfato inorgânico) e liberando energia

Tecido Muscular 6
3. A energia liberada é utilizada no ciclo da contração em que há o
encurtamento da fibra muscular. Durante a contração, os filamentos de actina
e de miosina conservam seus
comprimentos originais, havendo, porém, o deslizamento dos filamentos mais
finos (actina) sobre os mais grossos (miosina). É a chamada teoria dos
filamentos deslizantes da contração muscular.

Nas fibras estriadas, esse mecanismo de contração é realizado


simultaneamente por diversas unidades de contração, chamadas miômeros
(sarcômeros).

O músculo esquelético nunca fica completamente relaxado. Nele, algumas


fibras estão sempre sendo estimuladas e se contraindo, mesmo quando o
corpo está em repouso. Esse estado de contração parcial ou
semicontração é conhecido como tônus muscular, que, além de manter a
firmeza dos músculos, tem uma importância muito grande na manutenção
da postura corporal. O tônus não decorre do funcionamento simultâneo de
todas as fibras do músculo, mas é o resultado do trabalho ora de algumas,
ora de outras, que se revezam. Pelo fato de haver esse revezamento na
atividade das fibras, o tônus muscular não está sujeito à fadiga; assim,
pode ser mantido durante horas a fio. O tônus está sendo constantemente
reajustado pelo sistema nervoso.

A energia para a contração muscular é fornecida diretamente pelas


moléculas de ATP, quando ocorrer desdobramento em ADP + Pi (fosfato
inorgânico). Dessa forma, constantemente, moléculas de ATP estão sendo
degradadas no interior das células musculares e, consequentemente,
moléculas de ATP estão sendo formadas (produzidas) no interior dessas
células.

O ATP consumido na contração muscular é reconstituído através de


diferentes processos ou vias metabólicas

Entre eles, destacamos:

A Respiração celular: É bom lembrar que, quando há deficiência no


suprimento de oxigênio (anaerobiose) por um excessivo trabalho muscular, as
células musculares também produzem ATP por meio da fermentação láctica

B Transferência do radical fosfato da fosfocreatina

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A fosfocreatina não fornece sua energia para ser usada diretamente na
contração muscular. Essa substância funciona como um importante
reservatório de energia nas células musculares. Quando desdobrada,
fornece radical fosfato e energia para regenerar o ATP, mantendo seu nível
constante.

As reações da contração muscular são desencadeadas quando a


musculatura recebe um estímulo. Da intensidade desse estímulo dependerá
o início ou não do mecanismo da contração. A menor intensidade de
estímulo capaz de promover a contração é chamada de limiar de
excitação.

Acima do limiar, os estímulos sempre vão dar uma mesma amplitude de


contração, se considerarmos apenas uma fibra muscular. É a “lei do tudo
ou nada”. Essa lei diz que um estímulo ou é ineficaz ou provoca um grau
máximo de contração da fibra, independente de sua intensidade. A “lei do
tudo ou nada”, entretanto, não vale para um músculo inteiro, pois, se o
estímulo é muito mais forte, ele pode desencadear a contração num
número maior de fibras, aumentando, assim, o encurtamento do músculo
todo. A gradação na força de contração do músculo, quando submetido a
estímulos de intensidade diferentes, não se deve à resposta gradual de
cada fibra muscular, mas sim à variação do número de fibras postas em
atividade. O grau de contração de um músculo depende da quantidade de

Tecido Muscular 8
fibras estimuladas e da intensidade e da duração do estímulo. Uma
estimulação fraca, por exemplo, resulta na contração de apenas algumas
fibras e tem como resultado uma contração fraca do músculo. Quando
muitas fibras são estimuladas simultaneamente, a contração do músculo é
intensa.

Quando um músculo recebe um estímulo, pode-se notar, no gráfico, que


ele demora frações de segundo para iniciar efetivamente a contração.
Esse pequeno intervalo de tempo entre a aplicação do estímulo e o início
da contração é o chamado “tempo ou período de latência”. O tempo de
latência corresponde à fase bioquímica da contração, uma vez que,
durante esse intervalo de tempo, ocorrem nas fibras musculares as
reações químicas que visam a liberar energia para o ciclo da contração.

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