Introdução aos relés de proteção
Definição
Relés são dispositivos com a função de monitorar grandezas de um sistema e atuar quando da
ocorrência de alguma anormalidade, obedecendo a funções específicas pré-determinadas e
ajustadas.
Classificação
Relés de proteção
Relés de monitoração
Relés de programação
Relés de regulação
Relés auxiliares
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Subclassificação
• Grandeza física de atuação: tensão, corrente, potência, impedância, temperatura, pressão,
fluxo, entre outras;
• Construção: mecânico, eletromecânico, eletrônico, térmico, digital, microprocessado;
• Importância: principal, secundária, auxiliar, retaguarda;
• Posição dos contatos: normalmente aberto NA, normalmente fechados NF;
• Temporização: instantâneo, tempo definido, tempo inverso;
• Aplicação: geradores, motores, transformadores, linhas, barramentos;
• Função: sobrecorrente, direcional, distância, bloqueio, entre outras.
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Principais funções de acordo com a Norma ANSI (ASA)
50 - Sobrecorrente instantâneo: opera (alguns ciclos) quando a corrente atinge um certo limite;
51 - Sobrecorrente temporizado: opera semelhante ao 51 respeitando o ajuste de tempo;
67 – Sobrecorrente direcional: opera para sobrecorrentes numa direção (relé de monitoração);
27 – Subtensão: opera quando a tensão diminui de um certo valor especificado;
59 – Sobretensão: opera quando a tensão excede um valor especificado;
81 – Frequência: opera quando a frequência atinge valores acima ou abaixo ao especificado;
68 – Bloqueio: opera (canal piloto) para bloquear a atuação de outro relé (relé programação);
87 – Diferencial: opera por comparação de níveis de corrente;
32 – Direcional de potência: opera para um determinado valor de potência ou inversão
21 – Distância: opera para valores de impedância de LT abaixo do valor especificado.
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Complementação à Norma ANSI (ASA)
• Para relés de sobrecorrente:
51G – relativo à terra;
51N – Neutro;
51Q – Sequência negativa;
50BF – Falhas no disjuntor;
• Para relés do tipo diferencial:
87T – transformadores;
87G – Geradores;
87B – Barramento;
87M – Motores;
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Relés Eletromecânicos
Atração eletromagnética Indução eletromagnética
ação instantânea ação temporizada
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Relés Eletromecânicos
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Relés Eletromecânicos
• Principais inconvenientes:
Necessidade de manutenção permanente (peças móveis e sensíveis);
Desgastes mecânicos;
Ausência de memória que determine o tipo de falta, magnitudes e horário;
Nenhuma integração (comunicação entre si);
Limitação da faixa de ajuste, prejudicando a seletividade;
Insensibilidade para correntes ou tensões de pequena magnitude.
• Vantagem: Não necessitam de banco de baterias
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Relés Eletrônicos analógicos ou Estáticos analógicos
Surgiram meados dos anos 70, suas funções eram obtidas através de circuitos
operacionais, facilitando o ajuste.
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Relés Eletrônicos analógicos ou Estáticos analógicos
• Principais vantagens:
Manutenção facilitada;
Redução espaço físico;
Menor custo/benefício;
Maior velocidade;
Maior flexibilidade de ajustes (seletividade).
• Desvantagem:
Necessitam de banco de baterias;
Interferência eletromagnética.
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Relés Eletrônicos digitais ou Estáticos digitais
Relés cuja lógica de operação era baseada no funcionamento de portas lógicas digitais e
circuitos sequenciais e combinacionais. Tiveram vida útil curta em função do avanço da
tecnologia.
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Relés Microprocessados
• 1971 – surge o primeiro protótipo de campo: enormes computadores, grande consumo de
energia das baterias, custo 10x maior... Porém, inspirador para os atuais relés numéricos.
O que chamava a atenção eram os subprodutos (possibilidades):
registro de eventos pós falta;
oscilografia;
captura e armazenagem;
localizador de faltas;
alarme de mal funcionamento;
entre outros.
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Relés Microprocessados
• 1979 (antes do primeiro PC !!!) primeiro produto comercial: relé numérico de frequência.
• A partir dos anos 80 vários relés microprocessados surgiram no mercado: extremamente
simples e alguns totalmente microprocessados (porém mais lentos);
• Final dos anos 80 início dos anos 90:
tradicionais e novos fabricantes
trouxeram novas e sofisticadas funções.
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Relés Microprocessados
• Dois elementos foram de capital importância: o software e a comunicação:
rotinas de proteção;
rotinas de auto monitoração ;
rotinas de comunicação.
• As novidades inicias eram:
rotinas de proteção usando algumas técnicas de processamento de sinais;
painel frontal (informações adicionais e ajustes) ;
porta RS232 => o meio de ajuste era um PC portátil.
• Grande evolução – incorporação de comunicação remota.
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Relés Microprocessados
• Processo:
Amostragem: transforma sinal de tempo contínuo em sinal de tempo discreto
Quantização: transforma sinal de tempo discreto e amplitude contínua em sinal digital
Codificação: complemento de dois, BCD, etc..
• Responsáveis:
• Conversor AD
• Sample/Hold (S/H)
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Relés Microprocessados
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Relés Microprocessados
• Características dos atuais relés multifuncionais
alguns Mbytes de programação;
habilidade de comunicação em alta velocidade;
integração com outros dispositivos via LAN;
comunicação com outros centros de controle via redes proprietárias (WAN) ou, até
mesmo, via internet;
melhores tempos de atuação da proteção;
memorização de fatos ocorridos, estampando data, hora, oscilografia e data logger
dos parâmetros das falhas.;
determinar com precisão os parâmetros das ocorrências no sistema elétrico;
transmitir (RS232 e RS485) as informações a distância, concentrando estes dados em
um ponto central (COS) para visualização e tomada de decisões pela gerência de
manutenção e controle.
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Relés Microprocessados
• Medição, Controle e Monitoramento
integração completa da medição: corrente, tensão, potência, energia e demanda, além
de controle de religamento por subtensão ou subfreqüência, controle de banco de
capacitores, monitoramento de falhas de disjuntor e falha de TPs.
• Hardware Versátil e Software Amigável
entradas e saídas (digitais e analógicas) totalmente configuráveis,
• Custos de Implementação
maior unitariamente porém, muito menor em termos de conjunto.
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Relés Microprocessados
• Herança adquirida na era da fabricação dos eletromecânicos :
Diferentes relés para os diferentes componentes do sistema: motores, geradores,
transformadores, linhas, barras, capacitores, etc.;
• Novos rumos:
Nos últimos anos, a indústria da energia elétrica, os fabricantes e os pesquisadores têm
especulado sobre a viabilidade dos ‘open’ systems relaying, ou seja, relés que podem ser
acrescidos, alterados, ajustados pelo usuário ou outro especialista e, que se comunicam
com quaisquer outros IEDs de diferentes fabricantes.
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Relés Microprocessados
• Desvantagens:
Necessita de alimentação externa;
Necessita de climatização;
Vida útil relativamente curta (10 a 15 anos devido ao avanço de tecnologia);
Dificuldade na compatibilidade de protocolos de comunicação;
No caso de defeito perde-se algumas ou todas as funções simultaneamente;
Na manutenção necessita-se substituir o módulo completo;
Requerem aterramentos muito baixos;
Sujeitos a interferência eletromagnética;
Sujeitos a ação de hackers (se forem conectados a internet.
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