REPRESENTAÇÃO DOS SISTEMAS ELÉTRICOS
1- Sistema por Unidade
1- SISTEMA POR UNIDADE - PU
- As grandezas elétricas: impedância, corrente, tensão e potência além de serem
expressas nas suas unidades normais ( Ω, A, V e VA ) podem também ser expressas em pu.
- As grandezas elétricas expressas em pu têm por objetivo facilitar cálculos como por ex
de curto circuito.
- O valor por unidade ( pu ) é a relação entre o valor da grandeza e um valor tomado como
base, por ex:
V1 = 220 V V1 = 220 / 127 = 1,73pu
V2= 127 V Vb = 127 V V2 = 127 / 127 = 1,0pu
V3 = 380 V V3 = 380 / 127 = 2,99pu
- As grandezas elétricas impedância, corrente, tensão e potência se relacionam de forma
que sendo conhecidas duas delas podem-se determinar as outras duas.
1.1- Sistema monofásico – Normalmente para sistema monofásico adota-se como base a
potência aparente em kVA e a tensão em kV.
- Sb: Potência aparente de base – ( kVA )
- Vb: Tensão de base – ( kV )
- Ib: Corrente de base – ( A ) Ib = Sb ( kVA ) / Vb ( k V )
- Zb: Impedância de base
. Zb = Vb ( V ) / Ib (A)
. Zb = Vb ( V ) / ( Sb / Vb ) = V2b ( kV ) x 10³ / Sb ( kVA )
- Potência ativa – ( kW ):
. Pb ( kW ) = Sb ( kVA )
- Potência reativa – ( kVAr ):
. Qb ( kVAr ) = Sb ( kVA )
Exemplos:
1- Circuito monofásico composto por um gerador que alimenta uma carga indutiva de
100 kVA com fator de potência de 0,8. Tensão na carga de 200 V. Linha com
impedância de (0,024+j0,08).
A- Determinar os dados de base e calcular a corrente
B- Calcular os valores em pu
C- Calcular tensão da fonte
A- Valores de base
- Sb: 100 kVA
- Vb: 200 V = 0,2 kV
- Ib = Sb ( kVA ) / Vb ( k V ) = 100 / 0,2 = 500A
- Zb: Impedância de base
. Zb = Vb ( V ) / Ib ( A ) = 200 / 500 = 0,4 Ω
. Zb = V2b ( kV ) x 10³ / Sb ( kVA ) = 0,2² x 10³ / 100 = 0,4 Ω
B- Valores em pu
- Impedância da linha:
Z(pu) = Z / Zb = ( 0,024 + j0,08 ) / 0,4 = 0,06 + j0,2 pu
- Tensão na carga:
V(pu) = V / Vb = 0,2 / 0,2 = 200 / 200 = 1 pu
- Potência da Carga:
S(pu) = S / Sb = 100 / 100 = 1 pu
C- Cálculo da tensão da fonte
- Tensão na carga:
V = 200 arc cos0,8 = 200 37º = ( 160+j120 ) V
- Tensão no gerador:
Vg = Z x I + Vc = (0,024 + j0,08) x 500 + ( 160 + j120 ) = ( 172 + j160 )V = 234,9 43º V
- Potência da Carga:
S(pu) = S / Sb = 100 / 100 = 1 pu
Valores em pu
- Corrente:
I(pu) = 1 0º
- Tensão na carga:
V(pu) = 1 37º
- Tensão no gerador:
Vg(pu) = Z(pu) x I(pu)+ V(pu) = ( 0,06 +j0,2) x 1 + 0,8 + j0,6 = 0,86 + j0,8 = 1,173 43º
Vg = 1,173 43º x 200 = 234,9 43º V
2- Circuito monofásico composto por um gerador que alimenta uma carga por uma linha
de impedância ( 1,28 + j0,8 ) Ω. Tensão no gerador é de 220V, a carga é de impedância
constante com potência de 7kW ( FP = 0,7 indutivo ). Quando alimentada por 200V (
tensão na carga ), determinar:
A- Determinar os dados de base e calcular a corrente
B- Calcular os valores em pu
C- Calcular tensão da fonte
A- Valores de base
- Sb: 7 kW / 0,7 = 10 kVA
- Vb: 200 V = 0,2 kV
- Ib = Sb ( kVA ) / Vb ( k V ) = 10 / 0,2 = 50A
- Zb: Impedância de base
. Zb = Vb ( V ) / Ib ( A ) = 200 / 50 = 4 Ω
. Zb = V2b ( kV ) x 10³ / Sb ( kVA ) = 0,2² x 10³ / 10 = 4 Ω
B- Valores em PU
- Impedância da linha:
Z(pu) = Z / Zb = ( 1,28 + j0,8 ) / 4 = 0,32 + j0,2 pu
- Tensão na carga:
V(pu) = V / Vb = 0,2 / 0,2 = 200 / 200 = 1 pu
- Potência da Carga:
S(pu) = S / Sb = 10 / 10 = 1 pu
D- Cálculo da tensão da fonte
- Tensão na carga:
V = 200 arc cos0,7 = 200 45,6º = ( 141,4 + j142,9 ) V
- Tensão no gerador:
Vg = Z x I + Vc = (1,28 + j0,8) x 50 + ( 141,4 + j142,9 ) = ( 205,4 + j182,9 )V = 275,03 41,7º V
- Potência da Carga:
S(pu) = S / Sb = 10 / 10 = 1 pu
Valores em pu
- Corrente:
I(pu) = 1 0º
- Tensão na carga:
V(pu) = 1 45,6º
- Tensão no gerador:
Vg(pu) = Z(pu) x I(pu) + V(pu) = ( 0,32 +j0,2) x 1 + 0,7 + j0,71 = 1,02 + j0,91 = 1,37 41,7º
Vg = 1,37 41,7º x 200 = 274,0 41,7º V
3- Um gerador alimenta uma carga por uma linha de impedância ( 1,28 + j0,8 ) Ω. Tensão
no gerador é de 220V, a carga é de impedância constante com potência de 10kW ( FP =
0,7 indutivo ), considerando tensão de base de 200V, determinar:
A- Determinar a tensão na carga
Valores de base:
- Sb: 10 kVA
- Vb: 200 V = 0,2 kV
- Ib = Sb ( kVA ) / Vb ( k V ) = 10 / 0,2 = 50A
- Ic = P ( kW ) / V ( k V ) x cosφ = 10 / (0,2 x 0,7) = 71,43A – corrente de carga
- Zb: Impedância de base
. Zb = Vb ( V ) / Ib ( A ) = 200 / 50 = 4 Ω
. Zb = V2b ( kV ) x 10³ / Sb ( kVA ) = 0,2² x 10³ / 10 = 4 Ω
Valores em pu:
- I(pu) = I / Ib = 71,43 / 50 = 1,4286pu ( corrente de carga para tensão de 200V )
- ZL(pu) = ZL / Zb = ( 1,28 + j0,80 ) / 4 = (0,32 + j0,20)pu ( impedância da linha )
- ZC(pu) = Vpu / Ipu = 1 / 1,4246 = 0,7pu ( módulo impedância de carga )
- FP = 0,7 = 45,6°
- ZC(pu) = 0,7 45,6° = (0,49 + j0,50)pu
- ZT(pu) = ZL(pu) + ZC(pu) = (0,32 + j0,20) + (0,49 + j0,50) = 0,81 + j0,70 = 1,071 40,8° pu
- VG(pu) = VG / Vb = 220 / 200 = 1,10 0° pu ( tensão gerador )
- IG(pu) = VG(pu) / ZT(pu) = 1,10 0° / 1,071 40,8° = 1,027 - 40,8°pu ( corrente fornecida pelo
gerador )
- VC(pu) = IG(pu) x ZT(pu) = 1,027 +40,8° x 0,7 45,6° = 0,719 4,8° pu ( TENSÃO NA CARGA )
B- Potência fornecida pelo gerador
- Potência na carga:
SC = VC(pu) x IG(pu) = 0,719 4,8° x 1,027 + 40,8° = 0,738 + 45,6° = (0,516 + j0,527)pu
- Potência no gerador:
SG = VG(pu) x IG(pu) = 1,1 0° x 1,027 +40,8° = 0,738 +40,8° = (0,855 + j0,738)pu
4- A reatância de alternador monofásico 50MVA, 10 kV e Xd = 12%. As bases da rede são
Sb = 100MVA e Vb = 11 kV. Determinar:
- Impedância de base
Vb = 11 kV
Sb = 100MVA
Zb = V2b ( kV ) x 10³ / Sb ( kVA ) = 11² x 10³ / 100 x 10³ = 1,21 Ω
- Corrente de base
Ib = Sb ( kVA ) / Vb ( k V ) = 100 x 10³ / 11 = 9,09 kA
Exercício de fixação: Determinar a tensão de alimentação em Volts e em pu e a corrente em
Amperes e em pu, sabendo que a tensão na carga deve ser de 220V, a carga de 10kVA FP=0,9
indutivo e os dados da linha é (0,3 + j0,1)Ω. Determinar as bases para cada grandeza.
1.2- Sistema trifásico – Quando equilibrados, os circuitos trifásicos são resolvidos como um
circuito monofásico com retorno pelo neutro. Normalmente os sistemas trifásicos a
potência aparente fornecida é trifásica e a tensão de linha. É importante usar a mesma
base:
TENSÃO:
- Vf = VL - Triângulo
- Vf = VL / - Estrela
- V(pu) = Vf / Vfb = VL / VLb
Pela expressão acima o valor em pu será igual tanto na tensão de fase como na de linha.
Ex: VLb = 13,8kV e tensão de fase será: Vfb = 13,8 / = 7,96kV
Para um sistema cuja tensão de linha seja 4,16 kV, qual a tensão de fase e o valor em pu?
Vf = 4,16 / = 2,40 kV
V(pu) = VL / VLb = Vf / Vfb = 4,16 / 13,8 = 2,40 / 7,98 = 0,30pu
POTÊNCIA: a potência aparente trifásica é igual ao triplo da potência aparente por fase.
- Strif = 3Sf
- Strifb = 3Sfb
- S(pu) = Strif / Strifb = 3Sf / 3Sfb
Pela expressão acima o valor em pu será igual na potência aparente trifásica tomando
como base uma potência trifásica na potência aparente por fase tomando como base uma
potência aparente por fase.
Ex: Strifb = 12.000 kVA - potência aparente por fase será: Sfb = 12.000 / 3 = 4.000kVA
Para um sistema com potência aparente trifásica de 1.500 kVA, qual a potência aparente
por fase e o valor em pu?
Strif = 1.500kVA
Sf = 1.500 / 3 = 500kVA
S(pu) = Strif / Strifb = Sf / Sfb = 1.500 / 12.000 = 500 / 4.000 = 0,125pu
Nota: no sistema trifásico normalmente adota a potência aparente trifásica em kVA e a
tensão de linha em kV.
CORRENTE (A):
- Ib= Strifb / x VLb
CORRENTE (pu):
- I(pu) = VL(pu) / Z(pu)
IMPEDÂNCIA:
- Zb (Ω) = Vfb (V) / Ib (A) ou Zb (Ω) = V²Lb x 10³(kV) / Strifb(kVA)
IMPEDÂNCIA (Ω):
- Z = Z(pu) x Zb (Ω)
- Z = Z(pu) x V²Lb x 10³ / Strifb – em (Ω)
- Z(pu) = Z x Strifb / V²Lb x 10³
Ex: Sistema trifásico em estrela cujas bases são 13,8kV, 2MVA tem uma impedância de 6,75%.
Calcular:
A- Corrente em pu
B- Corrente de base
C- Corrente em amperes
D- Impedância
A- Corrente em pu
I = VL(pu) / Z(pu)
VL(pu) = 13,8 / 13,8 = 1
Z(pu) = 6,75% = 0,0675 = 6,75 x 10-³
I(pu) = 1 / 0,0675 = 14,82
B- Corrente de base
Ib = Strifb / x VLb = 2.000 / x 13,8 = 83,67A
C- Corrente em amperes
I (A) = I(pu) x Ib
I (A) = 14,82 x 83,67 = 1.239,99A
D- Impedância
Z = Z(pu) x V²Lb x 10³ / Strifb
Z = 0,0675 x 13,8² x 10³ / 2.000
Z = 6,43 Ω
Exercício de fixação: Sistema trifásico em estrela cujas bases são 13,8kV, 10MVA tem uma
impedância de 11,75%. Calcular:
A- Corrente em pu
B- Corrente de base
C- Corrente em amperes
D- Impedância
1.3- TRANSFORMADORES EM PU
O fabricante deve fornecer os valores nominais, como: potência aparente total, tensão
nominal no enrolamento de alta tensão, tensão nominal no enrolamento de baixa tensão,
impedância equivalente ou de curto circuito percentual ou por unidade.
Lei de Faraday: O valor da tensão induzida em uma simples espira de fio é proporcional a
razão de variação da linha de força que passa através daquela espira.
V1 – Tensão aplicada
E1 – Tensão induzida no primário
E2 – Tensão induzida no secundário
V2 – Tensão na carga
1- Relação tensão induzida:
E1= N1 x dφ/dt
E2= N2 x dφ/dt
E1 / E2 – Relação entre a tensão do primário e do secundário ( α )
E1 / E2 = (N1 x dφ/dt) / (N2 x dφ/dt)
E 1 / E2 = N 1 / N 2 = α
E 1 x N 2 = E 2 x N1
2- Relação corrente do primário e secundário:
S = V x I – transformador ideal ( S1 = S2 = S ) ( 2 )
S1 = V1 x I1
S2 = V2 x I2
V1 / V2 = (S1/I1) / (S2/I2)
V1 / V2 = I2 / I1
N1 / N2 = I2 /I1
α = I2 /I1
N1 x I1 = N 2 x I2
3- Relação impedância do primário e secundário:
S = I² Z – transformador ideal ( S1 = S2 = S )
S1 = I12 x Z1
S2 = I22 x Z2
S1 = S2 = S = I12 x Z1 = I22 x Z2
(I2 / I1)2 = a2 = Z1 / Z2
α2 = Z1 / Z2 (1 ) – A relação entre as impedâncias é igual ao quadrado da relação de
espiras, assim como a razão pela qual uma impedância é referida do secundário
para o primário.
PRIMÁRIO
V1 – Tensão aplicada
E1 – Tensão induzida no enrolamento
R1 – Resistência do enrolamento
X1 – Reatância indutiva do enrolamento
Z1 = R1 + jX1 – Impedância do primário ( perdas no cobre )
Rm + jXm – perdas no ferro
SECUNDÁRIO
E2 – Tensão induzida no secundário
V2 – Tensão nos terminais do secundário
R2 – Resistência do enrolamento
X2 – Reatância indutiva do enrolamento
Z2 = R2 + jX2 – Impedância do secundário ( perdas no cobre )
N1 x I1 = N2 x I2
I1 = I’1 ( transformador ideal )
N1 x I’1 = N2 x I2
I’1 = N2 x I2 / N1
α = N1 / N2
I ’1 = I 2 / a
- Normalizando uma impedância para a base de um lado do transformador e referindo esta
impedância para o outro lado teríamos:
α2 = Z1 / Z2 Z1 = α2 x Z2
Z1(pu) = Z1 / Z1b
Z2(pu) = Z2 / Z2b
Z2 – Impedância do secundário
Z’2 – Impedância do secundário referida ao primário
Z’2 = α 2 x Z2 (1)
Z1b = Z2b x α 2 (2)
Z’2(pu) = Z’2 / Z1b (3) – substituir (1) e (2) em (3)
Z’2(pu) = α 2 x Z2 / α 2 x Z2b
Z’2(pu) = Z2 / Z2b = Z2(pu) – a relação PU de uma impedância é a mesma para os dois
lados do transformador ( primário e secundário ), logo a relação de espiras é
unitária e pode ser desconsiderada do circuito.
Ex: transformador monofásico de 138 / 13,8kV – 500kVA – 60Hz, submetido aos ensaios a
vazio e curto-circuito com os seguintes valores:
A- Ensaio a vazio: Alimentação com tensão nominal pela baixa tensão
Corrente absorvida: Iab = 2A
Potência absorvida: Pabv = 12 kW
B- Ensaio de curto-circuito: alimentação pela alta tensão com corrente nominal
Tensão de alimentação: 10,6 kV
Potência absorvida: Pabc = 15 kW
Calcular:
1- Impedâncias a vazio e de curto-circuito
2- Circuito equivalente do transformador em pu
- Valores de base para a alta tensão:
Vb1 = 138 kV, Sb = 500kVA
Ib1 = Sb / Vb1
Zb1 = V2b1 x 103 / Sb
- Valores de base para a baixa tensão:
Vb2 = 13,8 kV, Sb = 500kVA
Ib2 = Sb / Vb2
Zb2 = V2b2 x 103 / Sb
A- Para ensaio a vazio: Alimentação pela baixa tensão
V0(pu) = Vnb / Vb2 = 13,8 / 13,8 = 1pu
V0(pu) – Tensão a vazio em pu
Vnb – Tensão nominal baixa tensão
I0(pu) = Iab / Ib2 = Iab x Vb2 / Sb = 2 x 13,8 / 500 = 0,0552pu - (Ib2 = Sb / Vb2 )
I0(pu) – Corrente a vazio em pu
P0(pu) = Pabv / Sb = 12 / 500 = 0,024pu
P0(pu) – Potência a vazio em pu
Fator de potência:
FP = cosφ = P0 / V0 x IO = 0,024 / ( 1 x 0,0552 ) = 0,435 - ( 64,22° )
senφ = sen64,22 = 0,900
Im = I0senφ = 0,0552 x 0,900 = 0,0497pu
Ip = I0cosφ = 0,0552 x 0,435 = 0,0240pu
Valores de reatância e resistência:
Xm = V0 / Im = 1 / 0,0497 = 20,121pu
Rm = V0 / Ip = 1 / 0,0240 = 41,667pu
Valores das impedâncias ( perdas no ferro ) referidas ao lado de alta tensão
Xma = Xm x Zb1 Xma = Xm x V2b1 x 103 / Sb Xma = 20,12 x 1382 x 103 / 500
Xma = 766,33 kΩ
Rma = Rm x Zb1 Rma = 41,667 x 1382 x 103 / 500
Rma = 1587,01 kΩ
Valores das impedâncias ( perdas no ferro ) referidas ao lado de baixa tensão
Xmb = Xm x Zb2 Xmb = Xm x V2b2 x 103 / Sb Xma = 20,12 x 13,82 x 103 / 500
Xma = 7,664 kΩ
Rmb = Rm x Zb2 Rma = 41,667 x 13,82 x 103 / 500
Rma = 15,87 kΩ
B- Para ensaio de curto circuito:
Vcc(pu) = Vcc / Vb1 = 10,6 / 13,8 = 0,0768 pu
Vcc(pu) – Tensão Aplicada na AT para ensaio de curto circuito
Vb1 – Tensão de base na AT
Icc(pu) = In1 / Ib1 Icc(pu) = In1 / ( Sb / Vb1 ) Icc(pu) = In1 x Vb1 / Sb
Icc(pu) = In1 / In1 Icc(pu) = 1 pu
Icc(pu) – Corrente de curto em pu
Pcc(pu) = Pabc / Sb Pcc(pu) = 15 / 500 = 0,030 pu
Pcc(pu) – Potência de curto em pu
Zcc = Vcc / Icc = 0,0768 / 1,0 = 0,0768 pu = 7,68%
Rcc = Pcc / I2cc = 0,030 / 1,02 = 0.030 pu = 3%
Xcc = ( Z2cc – R2cc )1/2 = ( 0,07682 – 0,032 )1/2 = 0,0707 pu = 7,07%
Valores das impedâncias ( perdas no cobre ) referidas ao lado de alta tensão
Zcca = Zcc(pu) x Zb1 Zcca = Zcc(pu) x V2b1 x 103 / Sb
Zcca = 0,0768 x 1382 x 103/500 = 2,925 kΩ
Rcca = Rcc x Zb1 = 0,03 x 1382 x 103 / 500 = 1,1426kΩ
Xcca = Xcc x Zb1 = 0,0707 x 1382 x 103 / 500 = 2,6928kΩ
Valores das impedâncias ( perdas no cobre ) referidas ao lado de baixa tensão
Zccb = Zcc(pu) x Zb2 Zccb = Zcc(pu) x V2b2 x 103 / Sb
Zccb = 0,0768 x 13,82 x 103/500 = 29,252 Ω
Rccb = Rcc x Zb2 = 0,03 x 13,82 x 103 / 500 = 11,426 Ω
Xccb = Xcc x Zb2 = 0,0707 x 13,82 x 103 / 500 = 26,928 Ω
Circuito equivalente do trafo referido a AT
Circuito equivalente do trafo referido a BT
Circuito em PU
1.4- MÁQUINAS EM PU
O fabricante fornece a potência aparente nominal, a tensão nominal, frequência e as
impedâncias subtransitória, transitória e de regime em pu.
Ex: Alternador monofásico de 50MVA, 13,8 kV, 60hz, reatância transitória de 25%.
Calcular o valor em ohms.
- Z(pu) = Z / Zb Zb = Vb2 x 103 / Sb
- X’ = Xpu x Zb Xpu x Vb2 x 103 / Sb = 0,25 x 13,8² x 103 / 100 x 103 = 0,476Ω
Calcular a corrente de base.
Vb = 13,8kV
Sb = 100MVA
Ib = Sb / Vb = 100 x103 / 13,8 = 7,246kA
1.5- MUDANÇA DE BASE
Quando uma impedância expressa em pu numa base diferente da base para a parte em
que a mesma se situa é necessário efetuar a mudança de base. Para efeito de cálculo, todas as
impedâncias, de qualquer parte de um sistema, devem ser expressas na mesma base, portanto
torna-se necessário uma mudança de base.
- Z(pu) = Z / Zb
- Zb = V2b ( kV ) x 10³ / Sb ( kVA )
- Z(pu) = Z x Sb ( kVA ) / V2b ( kV ) x 10³
Considerando uma impedância Z originalmente expressa em pu Z1(pu) tendo como base V1b e
S1b, teremos:
- Z1(pu) = Z x S1b ( kVA ) / V21b ( kV ) x 10³
Para a mesma impedância Z para as bases V2b e S2b teremos o Z2(pu)
- Z2(pu) = Z x Sb2 ( kVA ) / Vb2² ( kV ) x 10³
Para representar na mesma base, teremos:
- Z2(pu)/Z1(pu) = (S2b/S1b) x (V21b/ V22b) ou ser representado:
- ZN(pu)/ZA(pu) = (SNb/SAb) x (V2Ab / V2Nb) – N: Novo / A: Antigo
Ex: Seja uma impedância de 15Ω, nas bases 10 kV e 10.000kVA. Qual o valor em pu?
Z1(pu) = Z x S1b (kVA ) / V21b ( kV ) x 10³
Z1(pu) = 15 x 10.000 / 10² x 10³ = 150.000 / 100 x 1.000 = 150.000 / 100.000 = 1,5pu
Para a mesma impedância nas bases 15kV e 12.000kVA, teremos:
Z2(pu) = Zpu1 x (S2b/S1b) x (V21b/ V22b) = 1,5 x (12.000 / 10.000) x (10²/15²) = 0,8pu
EXERCÍCIO: Considerando o diagrama abaixo, calcular a impedância total.
Considerando a base do cabo como comum teremos a conversão da impedância da carga
convertida para a nova:
- ZN(pu)/ZA(pu) = (SNb/SAb) x (V2Ab/ V2Nb)
- ZN(pu) = ZA(pu) x (SNb/SAb) x (V2Ab/ V2Nb)
- ZN(pu) = (1+j0,2) x (10.000/100.000) x (15²/ 13,8²)
- ZN(pu) = (1+j0,2) x 0,12 = 0,12+j0,024
IMPEDÂNCIA TOTAL
- ZT(pu) =( 0,024+j0,08)+(0,12+j0,024) = (0,144+j0,104)pu
Exercícios de fixação:
1- Trafo de 10MVA 13,8 /138kV e reatância de 6%. Determinar a tensão de base, a
potência de base. Calcular a impedância e a corrente de base.
V1b = 13,8 kV – primário
V2b = 138 kV – secundário
Sb = 10MVA
Z1b = V2b x 10³ / Sb = 13,8² x 10³ / 10.000 = 19,04 – primário
Z2b = V2b x 10³ / Sb = 138² x 10³/ 10.000 = 1.904,4 – secundário
2
Z1b = α x Z2b
α = N1 / N2 = V1 / V2 α = 13,8 / 138 α = 0,1 α2 = 0,01
Z1b = 0,01 x 1.904,04 Z1b = 19,04Ω
I1b = Sb / x V1b = 10.000 / x 13,8 = 418,4A
I2b = Sb / x V2b = 10.000 / x 138 = 41,84A
2- Considerando um gerador ligado de 30MVA 13,8 kV, X = 30% ligado no lado de
baixa tensão. Determinar:
- Reatância em ohms pelo lado d BT
Z(pu) = Z / Zb
Zb = V2b ( kV ) x 10³ / Sb ( kVA )
Z = Z(pu) x V2b ( kV ) x 10³ / Sb (kVA )
Z = 0,3 x 13,8² x 10³ / 30.000 = 1,904Ω
- Reatância em ohms pelo lado de AT e o valor em pu
ZBT(pu) / ZAT(pu) = (VBTb/ VATb)²
ZAT(pu) = ZBT(pu) x (VATb/ VBTb)²
ZAT(pu) = 1,904 x (138 /13,8)² = 190,4Ω
- Reatância - valor em pu
Z = Z(pu) x V2b ( kV ) x 10³ / Sb (kVA )
Z(pu) = Z x Sb / V2b x 10³ = 190,4 x 30.000 / 138² x10³ = 30%
- Impedância total
ZT(pu) = Ztrafo + Zgerador – colocar o trafo na mesma base do gerador ( potência )
ZT(pu) = 0,06 x 30.000 / 10.000 + 0,30 = 0,48 = 48%
3- A reatância de alternador trifásico 50MVA, 10 kV e Xd = 12%. As bases da rede são
Sb = 100MVA e Vb = 11 kV. Determinar:
Impedância de base
Vb = 11 kV
Sb = 100MVA
Zb = V2b ( kV ) x 10³ / Sb ( kVA ) = 11² x 10³ / 100 x 10³ = 1,21 Ω
Corrente de base
Ib = Sb ( kVA ) / √3 x Vb ( k V ) = 100 x 10³ / √3 x 11 = 5,25 kA
Mudança de base
Zbn = Zba x (Sbn/Sba) x (Vba/Vbn)2
Zbn = 0,12 x (100 x 103/50 x 103) x (10/11)2
Zbn = 0,198 pu
4- A reatância de um trafo trifásico de 30MVA, 60/16kV é 8%. A base de potência da
rede é 50MVA, tensão de base no primário 56,25kV e no secundário 15kV. Calcular
a impedância de base, corrente de base e o valor da reatância em pu na base do
sistema.
Impedância de base
Vbp = 56,25 kV
Vbs = 15 kV
Sb = 100MVA
Zbp = V2bp ( kV ) x 10³ / Sb ( kVA ) = 56,25² x 10³ / 50 x 10³ = 63,28 Ω
Zbs = V2bp ( kV ) x 10³ / Sb ( kVA ) = 15² x 10³ / 50 x 10³ = 4,5Ω
Corrente de base
Ibp = Sb ( kVA ) / √3 x Vbp ( k V ) = 50 x 10³ / √3 x 56,25 = 513,2A
Ibs = Sb ( kVA ) / √3 x Vbs ( k V ) = 50 x 10³ / √3 x 15 = 1,92kA
Mudança de base
Zn(pu) = Zpu x (Sbn/Sba) x (Vba/Vbn)2
Zn(pu) = 0,08 x (50 x 103/30 x 103) x (60/56,25)2
Zn(pu) = 0,152 pu
5- Um trafo de 20MVA, 0,4 kV, reatância de 5%, potência de base de 2MVA e tensão
de base de 200V. Calcular a impedância de base, corrente de base e impedância em
pu na nova base.
Impedância de base
Zb = Vb2 x 103 / Sb
Zb = 0,22 x 103 / 2000 x 103
Zb = 0,02 Ω
Corrente de base
Ib = Sb ( kVA ) / √3 x Vb ( k V ) = 2000 x 10³ / √3 x 0,2 x 103 = 5,77 kA
Mudança de base
Zn(pu) = Zpu x (Sbn/Sba) x (Vba/Vbn)2
Zn(pu) = 0,05 x (2/20) x (0,4/0,2)2
Zn(pu) = 0,02 pu
6- Dado o circuito abaixo. Calcular as correntes de base, as impedâncias de base, as
correntes de base e as impedâncias das linhas em pu nas suas bases para uma
potência de base de 10 MVA
Trafo Vp (kV) Vs (kV) S (MVA) X%
T1 15 0,4 0,8 5
T2 60 15,5 20 10
Linha RΩ XΩ
Z12 0,0184 0,007
Z34 2,5 1,54
Tensão de base ( Vb1, Vb2, Vb3 )
Vb1 = 0,4 kV
N1/N2 = V1/V2 = α α = Vp/Vs
Vb2 = α x Vb1 Vb2 = 15/0,4 x 0,4 Vb2 = 15 kV
Vb3 = α x Vb2 Vb3 = 60/15,5 x 0,4 Vb3 = 58,06 kV
Impedância de base ( Zb1, Zb2, Zb3 )
Zb1 = Vb12 x 103 / Sb Zb1 = 0,42 x103 / 10 x 103 Zb1 = 0,016Ω
Zb2 = Vb22 x 103 / Sb Zb2 = 152 x103 / 10 x 103 Zb1 = 22,5 Ω
Zb3 = Vb32 x 103 / Sb Zb3 = 58,062 x103 / 10 x 103 Zb1 = 337,1Ω
Corrente de base
Ib1 = Sb ( kVA ) / √3 x Vb1 ( k V ) = 10 x 10³ / √3 x 0,4 = 14,43 kA
Ib2 = Sb ( kVA ) / √3 x Vb2 ( k V ) = 10 x 10³ / √3 x 15 = 384,9 A
Ib3 = Sb ( kVA ) / √3 x Vb3 ( k V ) = 10 x 10³ / √3 x 58,06 = 99,4 A
Impedâncias das linhas em pu
Z12(pu) = Z12 / Zb1 Z12(pu) = (0,0184 + j0,007) / 0,016 Z12(pu) = (1,5 + j0,44) pu
Z34(pu) = Z34 / Zb2 Z34(pu) = (2,5 + j1,54) / 22,5 Z34(pu) = (0,11 + j0,07) pu
Reatâncias dos trafos em pu para as novas bases
Xn(pu) = Xpu x (Sbn/Sba) x (Vba/Vbn)2
XT1(pu) = 0,05 x (10/0,8) x (0,4/0,4)2 XT1(pu) = 0,625 pu
XT2(pu) = 0,1 x (10/20) x (15/15,5)2 XT2(pu) = 0,00468 pu
7- A corrente de excitação lado de baixa tensão de um trafo trifásico de 50kVA,
2400/240V é 5,41A. Sua impedância equivalente lado de alta tensão é 1,42 + j1,82.
Calcular impedância equivalente em pu
Vbat = 2400V
Vbbt = 240V
Sb = 50 kVA
Corrente de base
Ibat = Sb ( kVA ) / √3 x Vbat ( k V ) = 50 / √3 x 2,4 = 12,03 A
Ibbt = Sb ( kVA ) / √3 x Vbbt ( k V ) = 50 / √3 x 0,24 = 120,3 A
Impedância de base Zbat
Zbat = Vbat2 x 103 / Sb Zbat = 2,42 x103 / 50 Zbat = 115,2Ω
Impedância em pu
Z(pu) = Zat / Zbat Z(pu) = (1,42 + j1,82) / 115,2 Z(pu) = (0,012 + j0,016) pu
8- Uma carga trifásica ligada a um trafo de 250 kVA, 2,4kV/460V, com um impedância
em série (0,026+j0,12)pu. Carga de 95 kW, FP=1 e tensão nos seus terminais de
438V. Calcule a tensão lado de alta tensão, sabendo tensão base de 460V e
potência de base de 100 kVA.
Tensão de base
Vbs = 460V = 0,46kV
Vbp = α x Vbs Vbp = (2,4/0,46) x 0,46 Vbp = 2,4 kV
Impedância de base
Zbat = Vbat2 x 103 / Sb Zbat = 2,42 x103 / 100 Zbat = 57,6Ω
Zbbt = Vbbt2 x 103 / Sb Zbat = 0,462 x103 / 100 Zbbt = 2,116Ω
Impedância em pu da linha na nova base
Zn(pu) = Zpu x (Sbn/Sba) x (Vba/Vbn)2
Zn(pu) = (0,026 + j0,12) x (100/250) x (0,46/0,46)2 Zn(pu) = (0,010 + j0,048) pu
Impedância em pu da carga – Carga na mesma base
Zc(pu) = (cosφ + jsen(arccosφ) Zc(pu) = 1 pu
Potência em pu
S(pu) = S / Sb S(pu) = 95 / 100 S(pu) = 0,95 pu
Tensão em pu
V(pu) = V / Vb V(pu) = 438 / 460 V(pu) = 0,952 pu
Corrente em pu
I(pu) = Spu / Vpu I(pu) = 0,95 / 0,952 I(pu) = 0,998 pu
Tensão no primário em pu
Vp(pu) = Vc(pu) + Vl(pu) Vp(pu) = 0,952 + 0,998 x (0,010+j0,048)
Vp(pu) = (0,954 + j0,047) pu Vp(pu) = 0,954 2,8° pu
Tensão no primário em volts
Vp = Vp(pu) x Vbp Vp = 0,954 2,8 x 2,4 Vp = 2,289 2,8 kV
9- Uma carga trifásica ligada a um trafo de 150 kVA, 2,4kV/460V, com um impedância
em série (0,038+j0,135)pu. Carga de 65 kW, FP=0,65 e tensão nos seus terminais de
460V. Calcule a tensão lado de alta tensão, sabendo tensão base de 460V e
potência de base de 100 kVA.
Tensão de base
Vbs = 460V = 0,46kV
Vbp = α x Vbs Vbp = (2,4/0,46) x 0,46 Vbp = 2,4 kV
Impedância de base
Zbat = Vbat2 x 103 / Sb Zbat = 2,42 x103 / 100 Zbat = 57,6Ω
Zbbt = Vbbt2 x 103 / Sb Zbat = 0,462 x103 / 100 Zbbt = 2,116Ω
Impedância em pu da linha na nova base
Zn(pu) = Zpu x (Sbn/Sba) x (Vba/Vbn)2
Zn(pu) = (0,038 + j0,135) x (100/150) x (0,46/0,46)2 Zn(pu) = (0,025 + j0,09) pu
Impedância em pu da carga – Carga na mesma base
Zc(pu) = (cosφ + jsen(arccosφ) Zc(pu) = (0,65 + j0,76) pu
Impedância total em pu
ZT(pu) = Zc(pu) + ZL(pu) ZT(pu) = ((0,65 + j0,76) + (0,025+j0,09)
ZT(pu) = (0,675 + j0,85) pu
Potência em pu
S(pu) = S / Sb S(pu) = (65/0,65) / 100 S(pu) = 1,0 pu
Tensão em pu
V(pu) = V / Vb V(pu) = 460 / 460 V(pu) = 1,0 pu
Corrente em pu
I(pu) = Spu / Vpu I(pu) = 0,95 / 1,0 I(pu) = 1,0 pu
Tensão no primário em pu
Vp(pu) = Vc(pu) + Vl(pu) Vp(pu) = ZT(pu) x Ipu Vp(pu) = (0,675 + j0,85) x 1,0
Vp(pu) = (0,675 + j0,85) pu Vp(pu) = 1,085 51,55° pu
Tensão no primário em volts
Vp = Vp(pu) x Vbp Vp = 1,085 51,55 x 2,4 Vp = 2,604 51,55° kV
10- Um gerador trifásico de 30 MVA, 13,8 kV, possui uma reatância subtransitória de
15%. Ele alimenta dois motores através de uma LT com dois trafos nas
extremidades, conforme diagrama unifilar. Os valores nominais dos motores são 20
e 10 MVA, ambos com 20% de reatância subtransitória. Os trafos trifásicos são
ambos de 35 MVA 13,2 - 115Y (kV), com reatância de dispersão de 10%. A
reatância em série da LT é 80 . Determinar todos os valores em pu. Escolha os
valores nominais do gerador como base do circuito do próprio gerador.
20 MVA
Xd = 10% Xd = 10% 12,5 kV
35 MVA 35 MVA x”=20%
13,2/115 115/13,2 1
~
k l n
m 2
30 MVA
13,8 kV
10 MVA
x”=15%
12,5 kV
x”=20%
SOLUÇÃO
2
V velha
S base
nova
Z novo
pu Z velho
pu
base
nova
velha
Vbase S base
Gerador Síncrono
Base VbaseG = 13,8 kV
Sbase = 30 MVA
X" = 0,15 p.u. já está na própria base
Transformadores 1 e 2
Basevelha VvelhabaseT = 13,2 kV
SvelhabaseT = 35 MVA
Basenova VnovabaseT = 13,8 kV
SnovabaseT = 30 MVA
2
13,2 30
Z novo
puT 0,1 Z puT
novo
0,0784 pu
13,8 35
Obs: quando o valor da reatância de um transformador é dado em p.u.
o valor em pu é o mesmo tanto para o lado de alta ou baixa
tensão.
novo
Z puT 1 Z puT 2 0,0784 pu
novo
Linha de Transmissão (LM)
Cálculo da tensão base no nível de tensão da linha de transmissão.
Pela relação do transformador T1, tem-se:
115 115
VbaseLT VbaseG 13,8 VbaseLT 120,23kV
13, 2 13, 2
Z baseLT
120,23
2
Z 481,84
baseLT
30
80
X puLT X puLT 0,166 pu
481,84
Motores Síncronos 1 e 2
Cálculo da tensão base no nível de tensão do motor síncrono.
13,2 13,2
VbaseM VbaseLT VbaseM 120,23 13,8kV
115 115
Fazendo a mudança de base:
2
12,5 30
novo
X puM 1 0, 2 X puM
novo
1 0,246 pu
13,8 20
2
12,5 30
novo
X puM 2 0,2 X puM
novo
2 0, 492 pu
13,8 10
2- DIAGRAMA DE IMPEDÂNCIA
1.1- Diagrama unifilar
Representação simplificada do diagrama elétrico. Em um diagrama unifilar, o sistema trifásico
é representado por um sistema monofásico (uma das três fases e o neutro). Frequentemente
este diagrama é ainda mais simplificado, suprimindo-se o neutro e indicando as partes
componentes por símbolos padronizados. A importância do diagrama unifilar é fornecer de
maneira concisa os dados mais significativos de um sistema de potência bem como sua
topologia. As informações contidas num diagrama unifilar variam de acordo com o problema a
ser estudado. Por exemplo, no estudo da proteção de um sistema a informação da localização
dos relés e disjuntores no circuito é muito importante bem como os valores das correntes de
curto-circuito que deverão ser calculadas. Os componentes de um sistema de potência
trifásico que são representadas em um diagrama unifilar são:
. máquinas;
· transformadores;
· linhas de transmissão;
· cargas estáticas ou dinâmicas
20 MVA
Xd = 10% Xd = 10% 12,5 kV
35 MVA 35 MVA x”=20%
13,2/115 115/13,2 1
~
k l n
m 2
30 MVA
13,8 kV
10 MVA
x”=15%
12,5 kV
x”=20%
1.2- Diagramas de impedância
Quando se deseja analisar o comportamento de um sistema em condições de carga ou durante
a ocorrência de um curto-circuito, o diagrama unifilar deve ser transformado num diagrama de
impedâncias, mostrando o circuito equivalente de cada componente do sistema, referido ao
mesmo lado de um dos transformadores. Como os modelos de todos os elementos que
compõem o sistema elétrico já estão definidos, o diagrama de impedâncias do sistema é
obtido fazendo o circuito equivalente por fase do sistema. Para isso, basta ligar em cascata os
circuitos equivalentes individuais, de acordo com a topologia indicada no diagrama unifilar. No
diagrama de impedância todos os circuitos equivalentes são apresentados e referidos ao
mesmo lado do transformador (a relação de transformação é eliminada).
j0,0784 j0,167 j0,0784
k n
l m p r
j0,246 j0,492
Em1 1 2 Em2
~ ES
Na elaboração do diagrama de impedância a tensão utilizada “E” é igual a tensão anterior ao
curto circuito no ponto da falta.
Todo componente de um sistema possui uma impedância “Z” constituída por uma resistência
“R” e uma reatância indutiva “X”. Z = + X².
Máquinas girantes ( motores e geradores ), transformadores ( exceto com impedância inferior
a 4% ) e reatores normalmente possuem as reatâncias maiores que as resistências,
independente do nível de tensão, portanto por via de regra podem ser representados somente
pelas reatâncias.
Para condutores ( fios, cabos e barramentos ) a resistência não deve ser desprezada.
Normalmente quando a resistência não afetar significativamente a corrente de curto circuito,
a mesma poderá ser desprezada. Quando a relação X/R for superior a 4, a não inclusão das
resistências introduzirá um erro inferior a 3%.
Em sistemas com tensão acima de 1kV a X/R normalmente é superior a 4, portanto as
resistências podem ser desprezadas.
Nos sistemas em baixa tensão onde existem pontos afastados dos transformadores a relação
X/R pode ser baixa, logo a resistência dos condutores deve ser considerada.
1.2.1- Representação Diagramas de impedância
1º Passo:
2º Passo:
3º Passo:
1.2.2- Representação Diagramas de impedância
1.2.3- Determinação das Impedâncias
- Sistema da Concessionária
O sistema da concessionária deve ser representado por reatância no diagrama. A reatância
refere-se ao ponto de entrega e está relacionada com a corrente de curto circuito presumida.
A rede da média tensão tem uma corrente de curto circuito no ponto de entrega da instalação
fornecida pela concessionária, a qual geralmente fornece a potência de curto-circuito (Scc) em
kVA. Além desse valor pode fornecer também a relação X/R. Se este valor não for fornecido
pode ser adotado o valor característico X/R = 15. A rede de média tensão pode ser substituída
por um gerador equivalente com a tensão do secundário do transformador (em vazio) que a
ela estiver ligado e com a impedância calculada a partir da Scc e da tensão do secundário.
Potência Aparente ( kVA ) - Scc
1- Scc =
Scc – Potência de curto circuito no ponto de entrega - “kVA”
Icc - Correntede Curto circuito no ponto de entrega - “A”
Vl – Tensão de linha da concessionária - “kV”
2- Scc = ² x 10³ / X
Scc – Potência de curto circuito no ponto de entrega - “kVA”
X - Reatância equivalente em ohms
Vl – Tensão de linha da concessionária - “kV”
Valor em pu da reatância:
- Xpu = X x Sb (kVA ) / Vl² ( kV ) x 10³
- Xpu = ( Vl² x 10³ / Scc ) x Sb / Vl² x 10³
- Xpu = Sb / Scc
- Xpu = Sb /
Normalmente a concessionária fornece:
1- Potência de curto circuito em kVA
2- Corrente de curto circuito presumida, numa dada tensão
3- Reatância em pu numa dada potência de base
4- Reatância em ohms por fase, numa dada tensão, relativos ao ponto de entrega.
Ex: Potência de curto circuito da concessionária – Scc: 150.000kVA / Potência de base – Sb:
10.000kVA, Calcular:
1- Reatância em pu
Xpu = Sb / Scc
Xpu = 10.000 / 150.000 = 0,067pu
2- Corrente presumida de curto circuito em 13,8kV
Icc = Scc /
Icc = 150.000 /
Icc = 6275,6A
3- Reatância em ohms
Xpu = X x Sb / Vl² x 10³
X = Xpu x Vl² x 10³ / Sb
X = 0,067 x 13,8² x 10³ / 10.000
X = 1,28Ω/fase
- Transformadores:
A impedância ( reatância ) dos transformadores geralmente é dada em valor percentual, tendo
como base os valores nominais do equipamento.
No transformador, são fornecidas pelo fabricante as seguintes características nominais que
interessam para os cálculos de curto-circuito:
- Potência Aparente Nominal: Sn
- Tensão Nominal: Un
- Impedância Nominal (%)- ZN também conhecida como tensão de curto-circuito. Deve-se
observar a base do trafo na qual determinou a impedância e na nova base que será adotada
Ztr = Z%/100 x ( Sbsistema/Sbtrafo) x ( Vbtrafo/Vbsistema )²
Às vezes são dadas também as perdas no cobre Pcu determinadas em ensaio, que servirão
para determinar o valor da componente resistiva da impedância.
Zt = Rt + jXt
Zt = Zpu x Vl² x 10³ / Sb
Zt - Impedância igual ou superior a 4%
Xt
Z
R
Z² = R² + X² Normalmente são necessários conhecer R e X, porém normalmente somente Z é
fornecido. Quando se tem deve, ser utilizado o valor obido em ensaio. Quando não se tem
deve ser usado relação obida pela orma IEEE Std 141. Segue abaixo tabela com a relação X/R
para potências mais usuais de trafos.
kVA X/R kVA X/R kVA X/R
500 3,5 2000 8 5000 12
750 5 2500 8,5 7500 14,5
1000 5,5 3000 9 10000 16
1500 7 3500 10 12000 17,5
1750 7,5 3750 10,5 15000 19,5
R = Z / 1 + ( X/ R )²
Ex: Calcular a impedância em PU ( R e X ) de um transformador de 2MVA, Z=6%, relação
13,8/0,44kV, nas bases de tensão de 13,8kV e 100MVA
Ztr = Z% x Sbn/Sba = 0,06 x 100 / 2 = 3pu
R = Z / 1 + ( X/ R )² R = 3 / 1 + ( 8 )²
R= 0,3721pu
X= 8R = 2,9768pu
A impedância de um transformador é obtida no ensaio de curto. Deve-se curto circuitar o
secundário ( BT ) e aplicar no primário tensão até obter a corrente nominal. Com estes valores
é possível determinar a impedância do transformador.
Ex: Transformador trifásico de 10.000kVA - 138:13,8kV – fechamento: , Calcular:
1- Corrente no primário em “A”
I=S/
I = 10.000 /
I = 41,84A
2- Com o secundário em curto deve-se aplicar uma tensão de 11.000V para obter a
corrente nominal. Determinar a impedância / fase
Is = S /
Is = 10.000 /
I s= 418,4A
Zp = Vl / Ip
Zp = 11.000 / 41,84
Zp = 151,8Ω
3- Impedância de base
Zb = Vb² x 10³ / Sb
Zb = 138² x 10³ / 10.000
Zb = 1.904Ω
4- Impedância em pu
Zpu = Z / Zb
Zpu = 151,8 / 1904
Zpu = 0,08pu
Nota: A impedância poderá ser obtida dividindo a tensão aplicada no primário com o
secundário em curto para atingir a corrente nominal pela tensão do primário.
Z = Vcc / Vl
Z = 11 / 138
Z= 0,08pu
- Motores de indução
A impedância pode ser calculada:
Zm = Rm + jXm
Zm – Impedância do motor
Rm – Resistência do motor
Xm – Reatância do motor
Para motores de indução normalmente são conhecidos: In ( corrente nominal ), Vn ( tensão
nominal ) e X ( reatância em % ).
Deve-se proceder a mudança de base da reatância do motor para a base do sistema.
- Xpu = X%/100 x (Sbs/Sbm) x (Vbm/ Vbs)²
Quando a reatância não for um dado de placa, o valor pode ser calculado:
- X” = In/Ip Pela norma IEC: Z = In/Ip
Potência absorvida pelo motor:
- S(kVA) = CV x 0,736/cosφ x η
Em alguns casos nos dados de placa não é fornecido a corrente de partida ou rotor bloqueado
e nem a relação Ip/In, mas é fornecido a letra de código. Através da letra de código é possível
determinar a corrente de partida do motor.
- Ip = Letra código x CV/ xV
Obs: Tensão em kV
LETRA CÓDIGO MOTORES
Letra Faixa Valor
Código kVA/HP Médio
A Até 3,14 1,57
B 3,15-3,54 3,345
C 3,55-3,99 3,77
D 4,00-4,49 4,245
E 4,50-4,99 4,745
F 5,00-5,59 5,295
G 5,60-6,29 5,945
H 6,30-7,09 6,695
J 7,10-7,99 7,545
K 8,00-8,99 8,495
L 9,00-9,99 9,495
M 10,00-11,19 10,595
N 11,20-12,49 11,845
P 12,50-13,99 13,245
R 14,00-15,99 14,995
S 16,00-17,99 16,995
T 18,00-19,99 18,995
U 20,00-22,39 21,195
V > 22,4 -
Ex: Calcular corrente de partida de um motor de 700HP, 13,8kV, letra código G.
- Ip = Letra código x CV/ x V = 700 x 5,945/ x 13,8 = 174,31A
Quanto a relação X/R do motor, dificilmente conhece-se o valor. Podemos considerar
- HP < 50 – desprezar o motor
- 50 ≤ HP ≤ 185,48 – X/R = 8,505840 + 10,538839log(HP/100)
- 185,48 < HP < 500 – X/R = 5,934388 + 20,123341log(HP/100)
- 500 ≤ HP – X/R = 6,031667 + 19,984166log(HP/100)
Abaixo tabela com valores típicos de X/R
HP X/R HP X/R
50 5,5 300 15,5
60 6,0 350 17,0
75 7,0 400 18,0
100 8,5 450 19,0
125 9,5 500 20,0
150 10,5 600 21,5
175 11,0 750 23,5
200 12,0 1000 26,0
250 14,0
Conhecendo o valor de X, pode-se obter o valor de R:
- R = X” / ( X/R )
Para os motores de baixa tensão, podemos considerar os seguintes valores práticos:
Xm/Rm = 0,30 - Xm = 0,958Zm - Ip/In = 5
Observação: Nas máquinas rotativas são dados de placa que interessam nos cálculos: a Tensão
Nominal, a Potência Nominal e os valores percentuais das Reatâncias ou Impedâncias
Nominais tendo como base os valores nominais de Potência e Tensão.
Nas máquinas girantes, devido a relação entre X/R, as resistências são desconsideradas, sendo
fornecido pelo fabricante as reatâncias subtransitórias ( X”d ) e transitória ( X’d ).
A queda de corrente é muito rápida quando o motor de indução passa a funcionar como
gerador. Considerar somente o valor de Xd”.
Normalmente motores de grande porte têm grande influência no cálculo das correntes de
curto circuito. Suas reatâncias devem ser determinadas antes do estudo de curto circuito.
Ex: Calcular a impedância em PU ( R e X ) de um motor de indução de 500HP, corrente nominal
de 65A, cosφ=0,92, η=0,9, tenão nominal de 4kV e corrente de partida de 390A, instalado em
4,16kV na base de 100MVA.
Solução: pela tabela acima X/R=20
X%= In/Ip x 100 = 65/390 x 100 = 16,67%
S= xVxI= x 4 x 65 = 450,32kVA = 0,45032MVA
Xpu= X%/100 x Sbs/Sbm x (Vbm/Vbs)² = 16,67/100 x 100/0,45032 x (4/4,16)² = 34,22pu
R = X”/(X/R) = 34,22/ 20 = 1,7122pu
- Condutores:
A resistência e a reatância de cabos, fios, e barramentos são geralmente apresentadas em
ohms / fase por unidade de comprimento.
A indutância pode ser desprezada para os condutores até 35mm2 e a partir daí pode ser
obtida em tabelas.
Resistência do condutor poderá ser calculada:
R=σxL/S
A escolha do barramento é feita por tabelas com dimensões em mm. Essas tabelas dão a
capacidade de condução de corrente para várias configurações de barramentos em
paralelo.
Nota: - Para barramentos curtos pode-se desprezar a reatância e calcular a resistência pela
fórmula geral dos condutores.
Temperatura ambiente 35ºC Temperatura do
barramento 65ºC
Corrente máxima até 60Hz
Com pintura, de
Sem Pintura preferência
Largura x Espessura Seção Peso
preto / fosco
Material
Número de barras por
fase Número de barras por fase
Sob
mm2 kg/m I II III I II III
Básicas encomenda
- 12x2 23,5 0,209 108 182 - 123 202 -
- 15x2 29,5 0,262 128 212 - 148 240 -
15x3 - 44,5 0,396 162 282 - 187 316 -
- 20x2 39,5 0,351 162 264 - 189 302 -
20x3 - 59,5 0,529 204 348 - 237 394 -
20x5 - 99,1 0,822 274 500 - 319 560 -
- 20x10 199 1,77 427 825 - 497 924 -
- 25x3 74,5 0,663 245 412 - 287 470 -
- 25x5 124 1,11 327 586 - 384 662 -
- 25x10 249 2,22 - 1200 - - 1320 -
30x5 - 156 1,35 379 672 896 447 760 944
30x10 - 299 2,66 573 1060 1480 676 1200 1670
30x5 - 195 1,77 E-CU F30 482 836 1090 573 952 1140
30x10 - 399 3,55 715 1290 1770 850 1470 2000
- 50x5 249 2,22 583 994 1260 697 1140 1330
50x10 - 499 4,44 852 1510 2040 1020 1720 2320
60x5 - 299 2,66 688 1150 1440 826 1330 1510
60x10 - 599 5,33 985 1720 2300 1180 1960 2810
80x5 - 399 3,55 885 1450 1750 1070 1680 1830
80x10 - 799 7,11 1240 2110 2790 1500 2410 3170
100x5 - 499 4,44 1080 1730 2050 1300 2010 2150
100x10 - 999 8,89 1490 2480 3260 1810 2850 3720
120x10 - 1200 10,7 1740 2860 3740 2110 3280 4270
160x10 - 1800 14,2 2220 3590 4680 2700 4130 5360
- 200x10 2000 17,8 2690 4310 5610 3290 4970 6430
Notas:
1.Nas execuções de barramentos com duas ou mais barras por fase, a distância entre elas é
dada pela própria espessura da barra.
2. A pintura como recurso de aumentar a ampacidade não é aceita por algumas normas.
Verificar em cada aplicação.
-Motores e Geradores Síncronos:
Para motores/geradores síncronos normalmente são conhecidos: In ( corrente nominal ), Vn (
tensão nominal ) e X ( reatância em % ).
Deve-se proceder a mudança de base da reatância do motor para a base do sistema.
- Xpu = X%/100 x (Sbs/Sbm) x (Vbm/ Vbs)²
Conhecendo o valor de X, pode-se obter o valor de R:
- R = X” / ( X/R )
Quanto a relação X/R do motor/gerador síncrono, dificilmente conhece-se o valor. Podemos
considerar:
- kVA = 1000 – X/R = 22
- 1000 < kVA ≤ 5000 – X/R = 22 + 11,445412log(MVA)
- 5000 < kVA ≤ 15000 – X/R = 21,210159 + 12,575420log(MVA)
- 15000 < kVA – X/R = 6,410562 + 36060604log(MVA)
Abaixo tabela com valores típicos de X/R
kVA X/R kVA X/R
1000 22,0 6000 31,0
1500 24,0 7000 32,0
2000 25,5 8000 32,5
2500 26,5 9000 33,0
3000 27,5 10000 34,0
3500 28,0 15000 36,0
4000 29,0 18000 37,0
4500 29,5 20000 40,5
5000 30,0 25000 44
Estas máquinas apresentam uma reatância variável caracterizada por três valores:
Xd”, Xd’ e Xd ( subtransitória, transitória e sincrona ).
As resistências são muito pequenas em relação às reatâncias e por isso são normalmente
desprezadas.
Para levar em conta as resistências, os seus valores no regime subtransitório podem ser
avaliados por:
RG = 0,05 Xd”, quando UNG 1 kV e SNG 100MVA
RG = 0,07 Xd”, quando UNG 1 kV e SNG 100 MVA
RG = 0,15 Xd”, quando UNG 1 kV
Ex: Calcular a impedância em PU ( R e X ) de um motor de síncrono de 1800HP, corrente
nominal de 740A, tensão nominal de 13,2kV e retância subtransitória ( X”d ) igual a 15%,
instalado em 13,8kV na base de 100MVA.
Solução:
S= xVxI= x 13,2 x 740 = 16918,7kVA = 16,9187MVA
pela tabela acima X/R=37
Xpu= X%/100 x Sbs/Sbm x (Vbm/Vbs)² = 15/100 x 100/16,9187 x (13,2/13,8)² = 0,8112pu
R = X”/(X/R) = 0,8112 / 37 = 0,0219pu
Exercício: No diagrama unifilar abaixo, determinar o diagrama de impedância. Escolha de
bases: Sb= 15MVA, Vb= 13,8kV / 0,48kV / 0,208kV
Determinação das impedâncias em pu:
- Concessionária:
Xpu = Sb / Scc
Xpu = 15.000 / 1.500.000
Xpu = 0,01pu
- Gerador:
ZpuN = ZpuA x (SbN/SbA) x (VbA/ VbN )²
ZpuN = 0,095 x (15.000/9.375) x (13,8/ 13,8 )²
ZpuN = 0,152pu
- Transformador T1:
ZpuN = ZpuA x (SbN/SbA) x (VbA/ VbN )²
ZpuN = 0,07 x (15.000/15.000) x (13,8/ 13,8 )²
ZpuN = 0,07pu
- Transformador T2:
ZpuN = ZpuA x (SbN/SbA) x (VbA/ VbN )²
ZpuN = 0,0575 x (15.000/1.500) x (13,8/ 13,8 )²
ZpuN = 0,575pu
- Transformador T3:
ZpuN = ZpuA x (SbN/SbA) x (VbA/ VbN )²
ZpuN = 0,05 x (15.000/500) x (13,8/ 13,8 )²
ZpuN = 1,5 pu
- Motor M1:
ZpuN = ZpuA x (SbN/SbA) x (VbA/ VbN )²
ZpuN = 0,1 x (15.000/(4.500x0,746/0,8)) x (13,8/ 13,8 )²
ZpuN = 0,358 pu
- Motor M2:
ZpuN = ZpuA x (SbN/SbA) x (VbA/ VbN )²
ZpuN = 0,1 x (15.000/5.000x0,746/0,8) x (13,8/ 13,8 )²
ZpuN = 0,322pu
- Motor M3:
ZpuN = ZpuA x (SbN/SbA) x (VbA/ VbN )²
ZpuN = 0,15 x (15.000/6.000x0,746/0,8) x (13,8/ 13,8 )²
ZpuN = 0,402pu
- Conjunto de motores:
ZpuN = ZpuA x (SbN/SbA) x (VbA/ VbN )²
ZpuN = 0,25 x (15.000/1.500) x (0,48/ 13,8 )²
ZpuN = 0,00302pu
- Cabo:
Zb = Vl² x 10³ / Sb
Zb = 0,48² x 10³ / 1.500 = 0,1536
Zpu = Z / Zb
Zpu = ( 0,0386 + j0,0265 ) / 0,1536 = ( 0,251 + j0,173 )pu
ZpuN = ZpuA x (SbN/SbA) x (VbA/ VbN )²
ZpuN = (0,251+j0,173) x (15.000/1.500) x (0,48/ 13,8 )²
ZpuN =(0,0030+j0,0021)pu