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URINÁLISE

1) A urinálise é importante para o diagnóstico e tratamento de doenças renais e do trato urinário, como infecções, e para detecção de doenças metabólicas e sistêmicas. 2) O rim contém cerca de 1 a 1,5 milhão de néfrons que filtram o sangue e formam a urina através de processos como a filtração glomerular e reabsorção e secreção tubular. 3) A urina normalmente contém cerca de 96% de água e 4% de substâncias qu

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Dai Fernandes
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URINÁLISE

1) A urinálise é importante para o diagnóstico e tratamento de doenças renais e do trato urinário, como infecções, e para detecção de doenças metabólicas e sistêmicas. 2) O rim contém cerca de 1 a 1,5 milhão de néfrons que filtram o sangue e formam a urina através de processos como a filtração glomerular e reabsorção e secreção tubular. 3) A urina normalmente contém cerca de 96% de água e 4% de substâncias qu

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URINÁLISE - importância

• Diagnóstico e tratamento de doença renal e doença do trato urinário -> infecção; cistite (bexiga) - baixo; pielonefrite (rim) - alto
• Detecção de doenças metabólicas (DM)-> glicosúria ou sistêmicas não relacionadas com o rim (obstrução biliar - bilirrubinúria).

Características morfológicas renais


Os néfrons e suas relações com as camadas cortical e medular renais - A unidade funcional renal: NÉFRON - Cada rim: 1 a 1,5 milhão
+/- 1200-1500 mL sangue resultam em 120-130mL FG
Endotélio, membrana basal e os podócitos formam a barreira de filtração glomerular

Filtração glomerular
• Glomérulo - situado cápsula de Bowman - filtro não seletivo para substâncias plamáticas baixo Peso Mol. (60.000 -70.000) - Albumina não passa ->
quando aparece é pq tem lesão.
• Fatores influenciam filtração:
 estrutura celular (capilares e c. Bowman)
 p. hidrostática boa -> hipertenso lesiona o poro-> insuficiência renal -> diálise e transplante; e oncótica -> proteínas (gr) + compõe o sangue
 sistema renina-angiotensina-aldosterona
Volume de urina → 1 mL/min
Formação do ultrafiltrado → desequilíbrio da pressão arterial e pressão oncótica dentro dos capilares glomerulares

MECANISMOS DE FORMAÇÃO DA URINA

Túbulo proximal
Sangue: Na+, K+, H2O, Ca+2,Mg+2, Cl-,PO4‐3; 3 Na+ ; Glicose (totalmente reabsorvido), Ácidos orgânicos, Aminoácidos

Túbulo distal – Ações da Aldosterona; hipotensão; estabilização do pH sanguíneo


Sangue: HCO3- ; 3 Na+; CO2

SECREÇÃO TUBULAR – ducto coletor


• Substâncias provenientes do sangue que estão nos capilares peritubulares são lançadas na luz do túbulo para serem eliminadas.
• Desempenha funções: • Elimina resíduos não Filtrados pelos glomérulos; • Regulação equilíbrio ácido-base – secreção íons H.
Ex: medicamentos ligados a proteínas

Funções: • Depuração; • Manutenção do equilíbrio ácido-básico – controle pH; • Pressão arterial; • Regulação equilíbrio água/eletrólitos;
• Função metabólica; • Função Hormonal

COMPOSIÇÃO DA URINA
• 96% água e 4% (sólidos dissolvidos) substâncias químicas, orgânicas e inorgânicas.
• Ureia, proteínas e aminoácidos
• Substâncias orgânicas: creatinina e ácido úrico
• Substâncias inorgânicas: principal cloreto, Na e K.
• Outras: hormônios, vitaminas e medicamentos.
Variações devido: Ingestão alimentar, atividade física, metabolismo orgânico, função endócrina e posição do corpo.
• Ultrafiltrado do plasma: 170.000 mL convertidos 1.200 mL

VOLUME URINÁRIO
• Adulto: 800 a 1500 mL/24 horas
• Influência: • Volume corporal; •sudorese; •temperatura; •quantidade de resíduos que o rim precisa eliminar.

Diarréia e vômito – urina mais concentrada (mais amarela)


DISTÚRBIOS DA MICÇÃO
POLIÚRIA – aumento fluxo; • Transitória: ingestão hídrica, emoção, frio, edema/ • Permanente: Diabetes Mellitus e Insípidus-(deficiência ADH)
OLIGÚRIA – redução do fluxo; • Transitória:↓líquidos, desidratação, diarreia, febre/ • Permanente: Glomerulonefrite, nefrose, nefrite, fase comatosa
ANÚRIA – interrupção completa; pode estar indo a óbito; obstrução por cálculo, IRC, IRA, desidratação intensa, glomerulonefrite aguda
POLACIÚRIA – aumento da frequência urinária -> Eliminação de pouca urina com dor (cistite)
DISÚRIA – Dor ao urinar, ato miccional difícil (gotejamento)
NICTÚRIA – micção excessiva a noite -> Doença prostática, IRC, Gravidez, insônia
INCONTINÊNCIA – Perda involuntária e constante da urina

Coleta ABNT CB‐36/2002‐ ABNT NBR 15268/2005


• Preferencialmente no laboratório • Recipiente estéril • Descartável • Frascos de urina de 24 horas • Recipiente etiquetado no frasco

ORIENTAÇÕES DE COLETA
COLETA DE URINA DE 24 HORAS COLETA MASCULINA COLETA FEMININA COLETA INFANTIL
Paciente é instruído a desprezar a Expor a glande e lavá‐la com água Lavar região vaginal de frente Lavar região vaginal ou glande
primeira micção do dia. e sabão e enxugar para trás com água e sabão com água e sabão
Este momento é registrado como Manter o prepúcio retraído Afastar os grandes lábios Não fazer uso de pomadas na
hora do início da coleta Desprezar no vaso o primeiro Desprezar no vaso o primeiro região
Toda a urina do dia deve ser jato* jato* Separar as pernas da criança
coletada no frasco, inclusive a Urinar até completar 20 a 50 mL e Urinar até completar 20 a 50 mL e Colocar adesivo na pele em volta
noite. desprezar o restante desprezar o restante dos genitais externos
No outro dia, no horário que foi Não manter relações sexuais 2 Não pode estar menstruada 2 dias Após 60 min caso não ocorra a
registrado como início, o paciente dias antes do exame. antes do exame. coleta o coletor deverá ser
irá realizar a última coleta de Não manter relações sexuais 2 retirado.
urina. Enviar ao laboratório dias antes do exame.

Tipos de amostra em urinálise: Tipos de coleta da amostra:

• Amostra Aleatória: triagem - anormalidades bem evidentes • Amostra colhida por cateter: cultura bacteriana, avaliação de um rim
• Primeira amostra da manhã: ideal para exame tipo I, proteinúria isolado.
ortostática – teste gravidez. • Jato médio: Rotina – Urocultura – Mais utilizada
• Amostra de jejum (segunda da manhã): monitorização de glicosúria. • Aspiração suprapúbica: urocultura.
• Pós-prandial: glicosúria • Amostras pediátricas -> coletor pediátrico
• Teste oral de tolerância a glicose (TOTG)
• Amostra 24 h: quantidade exata de determinada substância.

• A URINA É UM MATERIAL BIOLOGICAMENTE PERIGOSO, O QUE EXIGE A OBSERVÂNCIA DE PRECAUÇÕES UNIVERSAIS, PORTANTO...
Manipulação das amostras -> AS ANÁLISES DEVEM SER SEMPRE REALIZADAS COM LUVAS E ÓCULOS DE PROTEÇÃO.
• O DESCARTE DA URINA PODE SER FEITO NA PIA, JOGANDO‐SE DEPOIS GRANDE QUANTIDADE DE ÁGUA.
• O RECIPIENTE EM QUE A AMOSTRA ESTAVA, DEVE SER DESCARTADO EM LIXO DE RISCO BIOLÓGICO (SACO BRANCO COM SÍMBOLO)

Conservação
 Refrigeração: mais utilizado, mas pode alterar alguns parâmetros. Análise no máx. até 2h após a coleta.

Conservante Vantagens Desvantagens


Refrigeração: • Não interfere testes bioquímicos; • ⇑ densidade na medição por urodensímetro;
• Impede proliferação bacteriana. • Precipita uratos e fosfatos amorfos
Formaldeído: Previne o crescimento bacteriano e Interfere com a detecção de glicosúria
Preserva os cilindros e os elementos celulares
Timol e tolueno: Antimicrobiano Desvantagens: inviabilizam os testes bioquímicos
Ácido bórico: Conserva bem as proteínas e os elementos Interfere no pH e pode provocar precipitação de cristais
figurados, sem interferir nas análises de rotina
Clorofórmio - Acumula-se no fundo dos tubos e interfere na análise do sedimento
Tolueno: Não interfere em testes bioquímicos Flutua na superfície da amostra e se adere aos materiais de análise
Fluoreto de sódio: Evita a glicólise e é bom para análise de Inibe os testes com tiras reativas para detecção de glicose, sangue e
medicamentos leucócitos

ALTERAÇÕES DA URINA NÃO CONSERVADA


• Aumento do pH Ureia (bactérias) amônia + CO2 -> causa odor -> alcaliniza próximo de 9 -> urina não é fresca
• Diminuição da glicose ‐ bactérias
• Diminuição das cetonas - volatização
• Diminuição da bilirrubina ‐ luz –> é fotossensível
• Aumento do nitrito
• Aumento do nº de bactérias
• Aumento da turvação
• Desintegração de hemácias e cilindros (urina alcalina)
• Alterações na cor (oxidação, redução de metabólitos)
SINÔNIMOS EXAME DE URINA: - EQU, ECU, EAS, urina rotina, sumário de urina (SU), PEAS, P.U.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DO EXAME DE URINA


Transparente Amarelo médio Avermelhado Alaranjado Verde Leitoso
DIABETES MELITUS; DIARREIA; HEMATÚRIA; BILIRRUBINA; AZUL DE METILENO; QUILÚRIA;
DIABETES INSIPIDUS; VOMITOS; HEMOGLOBINÚRIA; UROBILINA; INFECÇÃO PIÚRIA;
IRC FEBRE; MIOGLOBINÚRIA; MEDICAMENTOS Pseudomonas LIPIDÚRIA;
SUDORESE MEDICAMENTOS; OXALÚRIA; FUNGOS;
ALIMENTOS MUCO

Aspecto: Límpido (não vê quase nada de elementos), ligeiramente turvo, turvo


 Elementos orgânicos: Cilindros; Flora bacteriana; Células; piócitos; hemácias
 Elementos inorgânicos: Cristais; grânulos; gordura

TURVA – grânulos - > diferencia o tipo de pH


Fosfato amorfo – pH alcalino – solubiliza com ácido acético
Urato amorfo – pH ácido (precipita) – interferência de temperatura - solubiliza com 1 gota de subst. alcalina ou banho maria de 56°C (raro nos lab.)
sedimento de cor salmão.

DENSIDADE
- Avalia capacidade de concentração ou diluição renal
- Tiras reativas; - Refratômetro (Índice de refratividade que é uma comparação da velocidade da luz no ar com a velocidade da luz na solução);
- VR: 1005 a 1035-40 (1018)
Caso ultrapasse → diluir com água destilada
a) Densidade aumentada -> Glicose; Proteínas; Contraste radiológico; Oligúrias
b) Densidade diminuída -> Poliúrias

EXAME FÍSICO QUÍMICO E ANÁLISE TIRAS REAGENTES


EXAME FÍSICO: aspecto, cor e densidade
EXAME QUÍMICO: pH, glicose, proteínas, Hb, nitritos, cetonas, bilirrubina, urobilinogênio e densidade
SEDIMENTO: Hemácias, leucócitos, células epiteliais, histiócitos, cilindros, flora bacteriana, cristais, grânulos, leveduras, parasitas e muco

TIRAS REAGENTES
• Suporte plástico formado de almofadas contendo reagentes ou sistemas de reagentes para a pesquisa de certas substâncias químicas ou
provenientes de estruturas celulares.
• O produto da reação é uma cor, de intensidade proporcional à quantidade da substância química ou estrutura celular presente na amostra.

VALORES SEMI-QUANTITATIVOS DE ALGUMAS ÁREAS REATIVAS

pH
• Sistema de duplo Indicador: • Vermelho de metila (4,4 – 6,2); • Azul de bromotimol (6,0 – 7,6)
• Variação de cor: laranja, verde, azul (↑pH)
• Normal: 4,6– 8,0
• Anormal: alcalino -> • Infecções por bactérias Urease +; • Medicamentos alcalinizantes; • Dieta vegetariana (frutas cítricas); • Maré alcalina; •
Alcalose metabólicas e respiratórias
• Anormal: Ácido -> • Hiperproteicas; • Diarreia; • Desidratação; • Febre; • Gota; • Acidose respiratória/metabólica

PROTEÍNA
1) ERRO DOS INDICADORES PELAS PROTEÍNAS
• azul de tetrabromofenol ou tetraclorofenol - mudam de cor devido à presença/ausência de proteínas.
• Área do teste é tamponada a um pH baixo – pH 3,0 cte
• Sensível para albumina, pouco sensível para outras proteínas
• Não detectam proteínas tubulares.....
• Podem ser detectados 5 a 20 mg albumina/dL urina
• FALSO POSITIVO: Urina excessivamente alcalina (anula tampão)
• FALSO NEGATIVO: Níveis elevados de sais (reduz sensibilidade)

PROTEÍNÚRIA (EM GERAL….)


• Normal: 10 mg/dL ou 150 mg/24 horas
• Proteínas séricas de baixo PM como as globulinas, e do trato UG (Tamm-Horsfall: secretada pelas células tubulares distais e células Alça ascendente
de Henle, representam 1/3 do total; proteico excretado),
• SIGNIFICADO CLÍNICO-patológico: • Lesão da membrana glomerular, • Distúrbios que afetam a reabsorção tubular- cadeias leves, • Aumento dos
níveis séricos de proteínas de baixo peso molecular, • Mieloma múltiplo – Aumento de plasmócitos produtores de imunoglubulinas. Ultrapassa a
capacidade de reabsorção. • Pré-eclâmpsia; • Microalbuminúria: Pesquisa em pacientes diabéticos, início das complicações renais.
INTERPRETAÇÃO PROTEINÚRIA (PATOLÓGICO)
• Alterações na permeabilidade glomerular
• Comprometimento da reabsorção tubular
• Mieloma múltiplo
• Pré-eclâmpsia

TIPOS DE PROTEINÚRIA- ALGUMAS DETECTADAS PELA TIRA


1) FALSA PROTEINÚRIA -> • Contaminação com conteúdo vaginal ou outras secreções – filamentos de muco; ejaculação de horas atrás
2) PROTEINÚRIA PÓS-RENAL -> • Lesões inflamatórias/hemorrágicas do trato urinário. Chegam à bexiga e ureter através da linfa. Presenças celulares
(leucócitos e hemácias, hb...) ex. cistite; vai ter bacteriúria – trato urinário baixo
3) PROTEINÚRIA EXTRA-RENAL (FUNCIONAL) -> • Febre, esforço físico, ortostatismo (posição), frio
4) PROTEINÚRIA TRANSITÓRIA/INTERMITENTE-> Gravidez (pré-eclâmpsia – alteração PA)- pode evoluir glomeruloendoteliose. Geralmente > 0,3g,
pode chegar a 2g/24h -> perda de albumina
5) PROTEINÚRIAS RENAIS (GLOMERULARES E TUBULARES) filtração ou reabsorção-> • Glomerulonefrite, nefrites, pielonefrite, tuberculose renal,
síndrome nefrótica, rins policísticos, câncer renal, litíase renal – fazer a proteinúria de 24h
6) PROTEINÚRIAS ORGÂNICAS -> • Mieloma múltiplo → Igs de baixo PM, cadeias leves – ativação de plasmócitos – linf B -> imunoglobulinas/
gamaglobulina. Aquecimento da urina entre 45 a 60°C ocorre pptação e posterior redissolução a 100 °C.
Albumina a fita vai detectar (quantidade pequena não detecta – microalbuminúria)

GLICOSE
• O diagnóstico precoce da diabetes pelos exames de glicosúria e glicemia melhoram muito o prognóstico da doença.
• Condições normais: toda glicose é reabsorvida TCP - T.a. limiar 160 – 180mg/dL.

• Específico para glicose, não reage com lactose, galactose, frutose


• FALSO POSITIVO: • Contaminação por peróxido; • Hipoclorito
• FALSO NEGATIVO: • Ácido ascórbico (retarda a cor) – etapa pré-analítica (avaliar); • ác. 5-Hidroxindolacético; • aspirina e levodopa

INTERPRETAÇÃO GLICOSÚRIA
1) CARGA GLICÊMICA ULTRAPASSA O LIMIAR RENAL (Hiperglicemia e glicosúria) -> • Diabetes mellitus; • Acromegalia-GH; • Cushing; •
Hipertireoidismo; • Estresse, trauma (cirúrgicos)
2) REDUÇÃO NA REABSORÇÃO TUBULAR DE GLICOSE (Glicosúria) -> • Gestação (glicosúria sem hiperglicemia); • Síndrome de Fanconi (genético) ->
(comprometimento na reabsorção de vários elementos); • Síndrome nefrótica

CETONAS
Corpos cetônicos: Acetona ou Ác.acetoacético (2%); Ácido diacético (20%); Ác. Beta hidroxibutírico (78%); -> dieta cetogênica aumenta
Reação de Nitruprussiato de sódio -> Acetona/Ácido acetoacético + N sódio + glicina = complexo de coloração rósea -> pH alcalino
• Detectam: ácido-acetoacético e cetona; • Não detectam: 3-hidroxibutirato
FALSO POSITIVO: ftaleínas, fenilcetonas, conservantes com 8-OH-quinolonas ou metabólitos de L-dopa.
FALSO NEGATIVO: Degradação da tira pela umidade, volatilização, bactérias, anti-hipertensivos.

INTERPRETAÇÃO CETONÚRIA
• Vômitos; • Coma diabético (devido a acidose)-> corpos cetônicos alteram o pH; • Jejum prolongado; • Acidose metabólica em decorrência da
hiperglicemia; • Gravidez; • Alimentação pobre em CH e rica em gordura; • Desidratação

SANGUE -> Hemácias; Hemoglobina; Mioglobina


• Hemoglobina livre: liberação do O2 do H2O2 (da tira) pela peroxidase do heme -> Cor uniforme
• Eritrócitos intactos: são lisados na fita – Hb liberada – reação isolada -> Pequenas manchas
H2O2 + cromógeno -> heme/peroxidase -> Cromógeno oxidado + H2O
FALSO POSITIVO: contaminação menstrual, peroxidase vegetais, enzimas bacterianas
FALSO NEGATIVO: ácido ascórbico, nitrito, densidade alta, pH ácido.

INTERPRETAÇÃO SANGUE

1.HEMATÚRIA
• Nefrites (glomerulonefrites)-> inflamatória;
• Pielonefrites -> infecciosa renal;
• Cistite -> infecciosa do trato urinário baixo
• Cálculos renais -> deslocamento provoca sangramento
• Traumatismos
• Tumores -> ex. bexiga
• Exercícios Físicos exagerados

2.HEMOGLOBINÚRIA
• Lise de hemácias ‐> processos hemorrágicos
• Lise de hemácias intravascular – na própria circulação sanguínea -> Limiar renal de hemoglobina: 100 ‐130mg/dL, acima desse limiar no sangue
ocorre a presença na urina -> Perda de ferro e um pouco de proteína.
• Anemia hemolítica, venenos ofídicos, malária, sepse, tétano, queimaduras intensas, exercícios extenuantes
• Lise de hemácias -> pH alcalino e/ou densidade baixa (sangue + na tira com sedimento urinário normal)

DESTRUIÇÃO INTRAVASCULAR DOS ERITRÓCITOS


Traumas ou ação sistema complemento-> hemácia destruída -> gera hemoglobina (livre)-> + haptoglobina plasmática (proteína do fígado) ->
Catabolismo Hepático (reaproveitar ferro, globina e eliminar bilirrubina) => muita hemoglobina o fígado não produz haptoglobina suficiente => hb
livre
Capacidade saturada: filtração glomerular com PM 32.000 -> Reabsorção tubular da hemoglobina -> Hemoglobinúria -> Catabolismo em forma de
ferritina e hemossiderina
Paciente com anemia hemolítica comum ter sangue do tipo de hb livre -> muita geração bilirrubina indireta principalmente -> muita bilirrubina
conjugada chega no intestino e gera estercobilinogênio e Urobilinogênio (aparece aumento na urina).

• Mioglobina (proteína muscular): geralmente urina vermelha (não é padrão) -> • destruição muscular; • Traumas; • Coma prolongado; • Convulsões;
• Doenças musculares atróficas; • Exercício físico severo.
Tem hematúria que é microscópica.
Soro hemolisado -> ex. erro no garrote ou patologia como anemia hemolítica.
3.MIOGLOBINÚRIA (pigmento vermelho acastanhado)
• Infarto do miocárdio, convulsões, esforço físico intenso, rabdomiólise

Tira teste (Hb) Cor da urina Hc no sedimento Cor do soro


Hematúria + Clara/vermelha + Normal
Hemoglobinúria + Rosa/Vermelha - Vermelho
Mioglobinúria + Marrom - Normal

BILIRRUBINÚRIA
Extravascular
Eritrócito -Globina (aa);
Fe (liga-se a transferrina);
Protoporforina -> bilirrubina -> bilirrubina não conjugada -> fígado -> glicuronídeos de bilirrubina
(bile) -> intestino -> estercobilinogênio (fezes) -> reabsorvido -> rim -> Urobilinogênio

Obstrução biliar (não ocorre a passagem pelo intestino) –>


Bilirrubinúria / icterícia / Fezes descoradas

DIAZO‐REAÇÃO: • Bilirrubina + Sal diazóico em meio ácido

FALSO POSITIVO: rifampicina e metabólitos da clorpromazina


FALSO NEGATIVO: degradação, ácido ascórbico e nitrito (diminuem o resultado)

UROBILINOGÊNIO
• Produzido no intestino ‐ redução da bilirrubina (bactérias intestinais).
• Metade é reabsorvida pelo intestino - sangue
• Outra metade ‐ intestino é excretado nas fezes
• Urina – circula até o fígado, passa pelos rins e é filtrado pelos glomérulos.
Significado Clínico: Distúrbios hemolíticos e hepatopatias
Reação da fita reagente: • Sal diazônio na presença de urobilinogênio – composto azóico -> Cor rosa a vermelho

Diglicuronídeos de bilirrubina no DUODENO


Mesobilirrubinogênio+ Urobilinogênio(*)+ Estercobilinogênio -> Excreção nas fezes = Estercobilina
(*)Pequena quantidade absorvida pela circulação portal do cólon

INTERPRETAÇÃO PIGMENTOS BILIARES NA URINA


Bilirrubina Urobilinogênio
Destruição ducto +++ NORMAL
Lesão Hepática +ou- ++ -> Diminui a capacidade hepática do que está retornando p/ circulação
Doença hemolítica Negativa +++ -> Aumento da bil. Indireta

NITRITO • Nitrato – constituinte normal da urina. • Capacidade das bactérias (não todas) em reduzir nitrato a nitrito
Reação de Greiss
• Nitritos reagem em pH ácido com uma amina aromática formando um sal de diazônio que em seguida reage com uma benzil-quinolina e produz
coloração
• Bactérias redutoras precisam permanecer em contato com a amostra de urina no mínimo por 4 horas
• Nitrito negativo não exclui a bacteriúria -> confirma no sedimento
“Seleção da amostra para cultura de urinas?”
LEUCÓCITOS - Demora um pouco mais na fita – último a ser lido
Esterase leucocitária: Neutrófilos e eosinófilos
Éster do ác. Indoxilcarbônico -> leucócito/ estearases -> indoxil + sal = Cor rosada
FALSO POSITIVO: Contaminação com conteúdo vaginal, Oxidantes fortes, Trichomonas.
FALSO NEGATIVO: Proteínas, Ácido ascórbico
Piúria: doenças renais e TU; transitório: estados febris e exercícios severos.

INTERFERENTES mais comuns na TIRA REATIVA


VITAMINA C: • Falso negativo: Glicose, Hemoglobina, Nitrito, Proteínas, esterase leucocitária, bilirrubina
FORMOL: • Falso negativo: Hemoglobina, Urobilinogênio.
DESINFETANTES, DETERGENTES E OXIDANTES: • Falso positivo: Glicose, Hemoglobina, pH.

Prática - Classificação:
Células epiteliais (aumento de 40X)
Raras: até 2 células por campo; Poucas: de 3 a 10 células por campo; Muitas: acima de 10 células por campo

Flora Bacteriana (aumento de 40X)


Quase nula: 1 a 9 bactérias por campo; Pequena: 10 a 49 bactérias por campo;
Moderada: 50 a 99 bactérias por campo; Intensa: acima de 99 bactérias por campo;

Interpretação de hematúria relacionando hemácias por mL e fita reativa


10.000 a 20.000 p/mL – Traços
21.000 a 50.000 p/mL - +1
51.000 a 100.000 p/mL - +2
101.000 a 200.000 p/mL - +3
> 200.000 p/mL - +4

Fator de correção de acordo com volume de amostra:


• Cálculo: N = d x n x 1
0,0001 x v
Sendo:
d = diluição do sedimento até 1 mL (podendo variar)
n = número total de cada elemento contado, considerando os 9 retículos
1 = expressar o resultado para 1 mL de urina
0,0001 = capacidade dos círculos em mL ou 0,1 µL
v = volume do centrifugado

EXAME MICROSCÓPICO DA URINA • Sedimento urinário – vários elementos figurados.


• Hemácias • Leucócitos • Células epiteliais (descamação ou esfoliação do epitélio que reveste o trato urinário superior, inferior e estruturas
adjacentes) Normais em pequena quantidade.

COMPONENTES: Células epiteliais • Leucócitos-piócitos/ Histiócitos • Bacteriúria • Hemácias • Cilindros e os diferentes tipos de cilindros •
Cilindróides • Muco • Espermatozóides • Trichomonas sp • Parasitas intestinais • Leveduras • Cristais e Grânulos

CÉLULAS EPITELIAIS RENAIS - Podem ser encontradas 3 tipos:


• Escamosas (terço distal da uretra), são grandes e achatadas, citoplasma abundante e núcleos pequenos e centralizados
• Transicionais ou uroteliais: revestem o trato desde a pelve renal até dois terços proximais da uretra. Forma arredondada ou piriforme. 40 a 200 um
• Tubulares: 14 a 60 um, ovóides com núcleo grande
Interpretação: Tem significado clínico os valores aumentados: • Infecções urogenitais • Contaminação vaginal • Necrose tubular
Resultado: Raras (0 – 3 por campo) Poucas (4 – 10 por campo) Muitas ( > 10 por campo)

LEUCÓCITOS/PIÓCITOS • Valores normais até 5 p/c, ou até 5.000/mL, ou 20.000-30.000/ mL Interpretação: • Uretrites • Cistite • Prostatite. •
Infecções renais: pielonefrite, tuberculose renal • Carcinoma infectado e litíase renal, hidronefrose • Nefrites • Vaginites • Estados febris e exercícios
extenuantes

HEMÁCIAS • Normalmente não deve aparecer hemácias no sedimento urinário, entretanto, raras hemácias, não apresentam interesse clínico.
Confunde-se hemácia com: • Leveduras (geralmente em gemulação) • Gotas de gordura • Urina hipertônica: torna-se crenada • Hematúria baixa:
hemácias normais
Cuidados especiais: • Verificar presença de sangue na fita • Usar urina recente (Hemácias fantasmas, somente círculo) • Lembrar que a urina
representa um meio não fisiológico para as hemácias.
• Hematúria alta (glomerular): hemácias dismórficas (acantócito, codócitos). Glomerulonefrite.....
• Hematúria baixa: pelo menos 80% de hemácias normais. Origem tubular ou associada à litíase ou doença do TU inferior.

BACTERIÚRIA
Urina recém-formada não contém bactérias. Pode ser: Quase nula, discreta, pequena, moderada, intensa* Relação entre bacteriúria e leucócitos:
CILINDROS • Estrutura exclusivamente renal
Requisitos essenciais para formação dos cilindros: • Diminuição do volume urinário • Urina ácida (alcalina dilui o cilindro) • Concentração de sais
aumentada • Elementos iônicos e protéicos anormais (excesso de albumina, Bence-Jones, imunoglobulinas)
Principais locais de formação de cilindros: • A partir da alça de henle • TCD • Túbulos coletores
Natureza dos cilindros: • Ácido mucoitino-sulfúrico (citoplasma das cél. epiteliais); • Albuminosa; • Proteína de Tamm-Horsfall. Pode encarcerar
fragmentos celulares ou materiais granulares- MAIORIA
IMPORTANTE: • No caso de cilindrúria suspeita-se de filtração ou reabsorção proteica anormal

TIPOS DE CILINDROS DE ACORDO COM: MATRIZ, INCLUSÕES, PIGMENTOS E CÉLULAS


• Cilindro hialino • Cilindro granuloso • Cilindro leucocitário • Cilindro hemático • Cilindro epitelial • Cilindro adiposo • Cilindro céreo

TIPOS DE CILINDROS QUANTO À MATRIZ


CILINDROS HIALINOS OU PROTEICOS SIMPLES • Transparente ou opaco • VR: raros por campo
Sem significado patológico em: • Urinas concentradas • Urinas ácidas • Febre • Após exercícios físicos*
Significado patológico: • Quando associados a outros cilindros ou muitos por campo
CILINDRO CÉREO • Aspecto semelhante a cera. Maior índice refratométrico que hialino. Implicam na existência de obstrução nefrótica. Significado
patológico na estase urinária Extrema, como: • IRC • Nefrite crônica grave • Amiloidose renal, LES
• Prognóstico grave: Fase de anúria

CILINDROS LEUCOCITÁRIOS • Leucócitos na matriz protéica • Leucocitúria renal


Significado patológico: • Pielonefrite aguda (leucócitos penetram na luz tubular) • Inflamação (glomerulonefrite)
CILINDRO EPITELIAL • Células do epitélio renal na matriz protéica
Significado patológico: • Avançada destruição tubular • Pode acompanhar o leucocitário na pielonefrite
CILINDROS HEMÁTICOS • Hemácias na matriz protéica • Hematúria renal
Significado patológico: • Glomerulonefrite aguda • Endocardite bacteriana subaguda • LES • Compostos nefrotóxicos • Nefropatia por IgA • Exercício
extenuante

Tipos de Cilindros com inclusões


CILINDRO GRANULOSO • Finos ou grosseiros • Granulações são células em degeneração (epiteliais, leucócitos, hemácias) Significado patológico: •
Nefrites agudas e crônicas • Coma diabético (cilindros do coma) • Significado não patológico também.
Outros: gordurosos, hemossiderina, cristais
CILINDRO GORDUROSO • Gotas de gordura na matriz proteica - Significado patológico: • Síndrome nefrótica

Tipos de Cilindros
Tipo Origem Significado Clínico
Hialino Secreção tubular da proteína de Tamm-Horsfall Glomerulonefrite, pielonefrite, doença renal crônica,
insuficiência cardíaca congestiva, estresse e exercício
físico
Eritrocitário Eritrócitos emaranhado ou ligados à matriz das proteínas de Glomerulonefrite e exercício físico intenso. Indicam que a
Tamm-Horsfall hematúria é de origem renal.
Leucocitário Leucócitos emaranhados ou ligados à matriz da proteína de Pielonefrite e nefrite intersticial aguda. Indicam que a
Tamm-Horsfall leucocitúria é de origem renal.
Bacterianos Bactérias presas à matriz da proteína de TammHorsfall Pielonefrite
Epitelial Células tubulares que permanecem ligadas às fibrilas da proteína Lesão do túbulo renal
de TammHorsfall
Granulosos Desintegração de cilindros leucocitários, lisossomas das células Glomerulonefrite, pielonefrite, estresse e exercício físico
tubulares e agregados proteicos plasmáticos
Céreo Cilindros hialinos, granulosos e proteínas do plasma sobre Após extrema estase do fluxo urinário, indicando uma
cilindros granulosos enfermidade renal crônica grave
Adiposo Lipidúria e corpos adiposos ovais Síndrome nefrótica

MUCO • Aspecto viscoso, forma filamentosa • Precipitação de mucoproteínas


Significado clínico: • Processos inflamatórios • Indivíduos normais
ESPERMATOZÓIDES • Espermatorréia patológica
TRICHOMONAS VAGINALIS • Movimento de flagelos, semelhante a piócito
LEVEDURAS • Origem vaginal, Gestantes, Obesos, Avitaminose, Diabéticos
CRISTAIS - Limitado significado clínico, porém deve-se identificar
Como são formados? •Precipitação de sais inorgânicos na urina; •Submetidos a alteração de pH ; •Submetidos a alteração de temperatura;
•Submetidos a alteração da concentração  (afeta solubilidade)
Onde são formados? Nos túbulos ou na bexiga -> Pré-requisito para identificação: pH

CRISTAIS PRESENTES EM URINAS ÁCIDAS


ÁCIDO ÚRICO - Coloração varia do amarelo ao castanho (urocromo); Forma: losangular, rosetas, agulhas;
Birrefringentes
INTERPRETAÇÃO - Estados gotosos; Leucemia, Linfoma; Anemia hemolítica; Processos inflamatórios; Ingestão excessiva
de carne; Síndrome de Lesch-Nyhan

URATO AMORFO – Forma: Grânulos castanho amarelados organizados em grumos; Podem transmitir cor rosada a
urina (uroeritrina)
INTERPRETAÇÃO - Urina sob refrigeração - Protege bactérias dos antibióticos

OXALATO DE CÁLCIO - Octaedros incolores; Forma de envelope, ovalado halteres


INTERPRETAÇÃO - Alimentos ricos em ácido oxálico; Intoxicação com produtos químicos; Alimentação (tomate,
espinafre, cacau, laranja); Oxalose familiar; Doenças pancreáticas; Diabetes; Associados com fosfatos: litíase renal; Uso
de vitamina C
Pode ser encontrado em urina com pH neutro
CISTINA – Forma: Hexagonal incolor
INTERPRETAÇÃO - Cistinúria ou erro metabólico congênito- tendência a formação de cálculos; - Litíase; - Hepatopatias e
intoxicação por fósforo

LEUCINA – Forma: Esferas castanho-amareladas com círculos concêntricos e estrias radiais


INTERPRETAÇÃO – Hepatopatia

TIROSINA – HEPATOPATIAS

COLESTEROL – Forma: Lipídeos assumem forma de gotículas; Placas retangulares com chanfraduras em vários pontos
INTERPRETAÇÃO - Urinas quilúricas; Lipidúria da Síndrome Nefrótica

CRISTAIS PRESENTES EM URINAS ALCALINAS

FOSFATO AMONÍACO MAGNESIANO – FORMA: Tampa de caixão


INTERPRETAÇÃO - Infecções por urease +; Dietas vegetarianas ou Maré alcalina; Medicamentos alcalinizantes;
Infecções crônicas

FOSFATO AMORFO – FORMA: Aparência granular, incolor, maiores que os uratos amorfos
INTERPRETAÇÃO - Amostra a temperatura ambiente; - Alimentação

BIURATO DE AMÔMIO – FORMA: Ouriço do mar, coloração amarelada;


Hiperamonemia

CRISTAIS DE BILIRRUBINA – FORMA: Bisturi, coloração amarelo-esverdeado


INTERPRETAÇÃO - Icterícia do recém-nascido; - Icterícia hemolítica; - Obstrução de colédoco

BIURATO DE AMONIO

CRISTAIS DE MEDICAMENTOS – SULFONAMIDAS; - AMPICILINA


ARTEFATOS - AMIDO, GOTÍCULAS DE GORDURA, PÓLEN
AVALIAÇÃO DOS ACHADOS URINÁRIOS NAS DOENÇAS RENAIS

Infecção Urinária - Classificação (Síndromes Clínicas) - Usuais:


Cistite Pielonefrite Prostatite Uretrite
Infecção da bexiga Infecção dos rins Infecção da próstata Infecção limitada à uretra
Sintomas sugestivos: Disúria, Sintomas Sugestivos: Febre, Sintomas Sugestivos: hematúria,
Polaciúria, urgência miccional, Calafrios, mal-estar e dor dor perineal, corrimento uretral,
peso ou dor suprapúbica no final lombar. febre e sensibilidade da próstata
da micção, sem febre e /ou dor ao toque.
lombar.

Resumo Síndromes Clínicas


DOENÇA URINÁLISE MACROSCÓPICA URINÁLISE MICROSCÓPICA
Cistite Hematúria Leucócitos
Eritrócitos
Células epit. de transição
Bactérias
Ausência de cilindros
Pielonefrite aguda Turvação Neutrófilos numerosos
Odor ocasional Cilindros leucocitários
Proteinúria ocasional Cilindros epiteliais
Cel epit. renais
Eritrócitos
Bactérias

Pielonefrite crônica Proteinúria ocasional Leucócitos


Cilindros Céreos
Cilindros epiteliais e granulosos
Cilindros leucocitários
Bactérias
Eritrócito

Coleta do Material
Para o diagnóstico de ITU: Primeira amostra da manhã; Amostras Pediátricas; Jato Médio (2 h de retenção); Aspiração Suprapúbica

Diagnóstico Laboratorial
Parcial de Urina (PU)
 ITU típica: Leucocitúria + Bacteriúria
 Bacteriúria Assintomática: Bacteriúria, sem leucocitúria
 Pielonefrite: Presença de cilindros
Cultura de Urina (Urocultura)
 Contagem de colônias superior a 105 UFC/mL
 Identificação do Micro-organismo
 Teste de sensibilidade a antimicrobianos
Gram

Achados laboratoriais: Hematúria, Proteinúria, Cilindrúria -> SEM INFECÇÃO

DOENÇAS GLOMERULARES
 MAIORIA CAUSADA POR DESORDENS IMUNOLÓGICAS EM TODO O ORGANISMO INCLUINDO O RIM
 COMPLEXOS IMUNES
 ATRAÇÃO DE COMPONENTES DO SISTEMA IMUNE PARA O LOCAL
 DANOS PODEM CONSISTIR DE: INFILTRAÇÃO OU PROLIFERAÇÃO CELULAR
-> ESPESSAMENTO DA MEMBRANA BASAL E LESÕES MEDIADAS PELO COMPLEMENTO AOS CAPILARES E A MEMBRANA BASAL

GLOMERULONEFRITES
 VÁRIOS TIPOS
 RAPIDAMENTE PROGRESSIVA
 SÍNDROME NEFRÓTICA
 INSUFICIÊNCIA RENAL EVENTUALMENTE

Glomerulonefrite pós-estreptocócica ou aguda


HISTÓRIA DE INFECÇÃO ESTREPTOCÓCICA PRECEDENTE
Hematúria macroscópica, proteínas, cilindros hemáticos, cilindros granulosos e hialinos, leucócitos e células do epitélio renal.
Elevação do nível de antiestreptolisina “O”.
Diminuição do Clearence de creatinina endógena.
Processo inflamatório (ocorre à nível dos capilares glomerulares) -> Redução no ritmo de filtração glomerular (RFG) (devido à redução do
coeficiente de ultra filtração) -> Retenção de sódio (enquanto a função tubular praticamente normal causa um desajuste do balanço
glomerulotubular) -> associado à ingestão de água e sódio -> Expansão do volume extracelular (edema e hipertensão) e consequente
supressão do sistema renina-angiotensina-aldosterona.

GLOMERULONEFRITE MEMBRANOSA
- ACENTUADO ESPESSAMENTO DA MEMBRANA BASAL GLOMERULAR RESULTANTE DE DEPOSIÇÃO DE IC DE IgG ENCONTRADOS EM:
•SÍNDROME DE SJOGREN; •SÍFILIS SECUNDÁRIA; •HEPATITE B; •NEOPLASIAS; •IDIOPÁTICAS
EVOLUEM FREQUENTEMENTE PARA SÍNDROME NEFRÓTICA

Glomerulonefrite IgA- CRÔNICA


Caracterizada por depósitos glomerulares, sobretudo mesangiais de IgA ‐ forma polimérica destinada a secreção nas mucosas;
Níveis séricos de IgA elevados
Hematúria macroscópica, proteínas, cilindros hemáticos, cilindros granulosos e hialinos,
• PACIENTE PODE SER ASSINTOMÁTICO POR ATÉ 20 ANOS • CONTUDO, PODE EVOLUIR PARA DOENÇA RENAL TERMINAL

SÍNDROME NEFRÓTICA
 DECORRENTES DE DISTÚRBIOS CIRCULATÓRIOS QUE AFETAM A PRESSÃO E O FLUXO SANGUÍNEO. IDIOPÁTICAS OU SECUNDÁRIAS
 PROTEÍNAS DE ALTO PESO MOLECULAR E LIPÍDEOS ATINGEM O FILTRADO
 ABSORÇÃO DE LIPÍDEOS PELA CÉLULAS EPITELIAIS RENAIS PRODUZ OS CORPOS ADIPOSOS OVAIS E OS CILINDROS GORDUROSOS
 DEPLEÇÃO DE IMUNOGLOBULINAS E FATORES DE COAGULAÇÃO – INFECÇÃO E TROMBOSE

Fisiopatologia

Exame de urina:
 Hematúria- Hemácias dimórficas
 ⇑⇑⇑ de proteínas > 5g/dia
 Oligúria
 Cilindros generalizados
 Cilindros cereos e adiposos
 Gotículas de gordura
 Corpos adiposos ovais
Outros achados:
 Lipídeos séricos ⇑⇑
 Proteínas sérica e albumina sérica ⇓⇓

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