República de Angola
Governo da Província de Luanda
Admistração do Kilamba
Escola do 1º Ciclo do Ensino Secundário
da Nova Centralidade do Kilamba (Sagrada Esperança) Nº 2001
Educação Moral e Cívica
As Nossas Origens Culturais:
De Onde Viemos
Identidade Cultural
Usos e cstumes dos diferentes grupos sociais
Integrantes:
Albertina Correia | Clárcio Adriano | Cláudia Ulundo |Cláudia Domingos |
Claudina Sow | Cláudio Papusseco | Daniel Bumba (Desistente) | Dário
Sebastião | Dário da Costa
Nºs: 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7 (Desistente); 8; 9
9º Classe
Turma – 9K4
Sala – 27
Docente: ___________________
Introdução
Quando nos referimos às raízes culturais estamos nos referindo à
sua origem, principio, ou seja, a forma como foi construída a cultura
de um povo, o que determina que alguns elementos ou algumas
manifestações culturais sejam considerados tipicamente desse povo.
De onde viemos?
Todas as famílias têm os seus costumes, valores e crenças, que
influenciam a maneira de ser e de estar dos seus membros. Cada um
de nós precisa de conhecer a família à qual pertence, os seus
costumes, valores, crenças e valorizá-los.
Quando nos referimos as raizes culturais estamos nos referindo á
sua origem,principio, ou seja, a forma como foi constuída a cultura de
um povo, o que determina que alguns elementos ou algumas
manifestções culturais sejam considerados tipicamente desse povo.
Identidade cultural
A identidade cultural é um conjunto híbrido e maleável de
elementos que formam a cultura identitária de um povo, ou seja, que
fazem com que um povo se reconheça enquanto agrupamento
cultural que se distingue dos outros.
É difícil definir uma identidade cultural específica, pois ela é maleável
e depende do momento e das peculiaridades culturais de uma
determinada sociedade.
Para a Sociologia, a cultura é o conjunto de características que o
indivíduo herda ou aprende em seu convívio social, com sua família
e os demais indivíduos que fazem parte do seu dia a dia. Essas
características servem para que possamos nos comunicar, de forma
a compreender e sermos compreendidos por outros que fazem parte
de nossa sociedade, e definem grande parte de nossos valores e
normas, determinando o que é e o que não é desejável, em termos
de comportamento, em nosso meio social.
A palavra identidade está associada, historicamente, ao que algo é.
Na Filosofia, a essência é a definição do que algo é, ou seja, a
identidade é a definição da essência. A identidade cultural não está
distante da definição de identidade, pois ela é a identificação
essencial da cultura de um povo. O que um povo produz
linguística, religiosa, artística, científica e moralmente compõe o seu
conjunto de produção cultural. Esse conjunto tende a seguir certos
padrões dentro de sociedades, o que cria um aspecto identitário para
as culturas de determinadas sociedades.
Nossa identidade cultural está diretamente ligada com o que somos
e como vemos o mundo. Ela começa a ser moldada no momento em
que nascemos e é construída até o momento em que morremos. Os
valores e as normas que estão ligados a uma cultura dentro de uma
sociedade ou comunidade comum podem variar e até mesmo serem
contraditórios: alguns grupos de indivíduos podem basear suas
experiências de vida em sua religiosidade, enquanto outros se
baseiam em uma visão puramente científica do mundo.
É importante entender que nossa cultura não é algo fixo ou imutável,
ela está sempre se moldando de acordo com nossas experiências
em sociedade. Autores como o polonês Zygmunt Bauman, julgam
que nossa cultura é tão maleável que chega a ser comparada a
liquidez da água, que está sempre mudando de forma. A ideia de
“liquidez social” de Bauman é formada a partir de observações de
vários processos sociais. Entre eles está a chamada “aculturação”,
que se dá em meio ao “choque cultural”, onde duas ou várias
sociedades de culturas diferentes passam a ter contato e a conviver
com suas diferenças. Dentro dessa convivência, características
culturais, como a culinária, palavras, ideias ou formas de se vestir de
uma são absorvidas pela outra e vice-versa.
O processo de aculturação nos mostra que, em um mundo interligado
como o nosso, a ideia de pureza cultural é completamente falsa.
Sofremos influências e influenciamos mesmo sem perceber. Por
tanto, a noção de que existem culturas superiores ou inferiores é
considerada um engano. Falamos apenas em culturas diferentes.
A discussão sobre a identidade cultural acaba influenciada por
questões como:
lugar, gênero, raça, história, nacionalidade, idioma, orientação
sexual, crença religiosa e etnia.
A importância da identidade cultural no século XXI
O século XXI vivencia o ápice da globalização. O fenômeno da
globalização começou com força na década de 1960, período
da Guerra Fria (quando Estados Unidos e União Soviética
disputavam a hegemonia do poder político no mundo). Com o fim
da União Soviética, no final da década de 1980,
o capitalismo estadunidense passou a dominar as relações
comerciais e políticas.
Com isso, houve uma invasão da cultura norte-americana em países
da América do Sul, países africanos e países orientais. Essa invasão
da cultura norte-americana como modo cultural hegemônico
ocasionou uma mudança de perspectiva, que colocou o hábito
cultural imposto no lugar do hábito cultural tradicional.
Podemos perceber, por exemplo, que o gosto musical dos brasileiros
mudou ao longo dos tempos. Se até a década de 1960 os brasileiros
consumiam mais uma música brasileira de origem regional, a partir
dessa década, passou-se a ouvir mais músicas estrangeiras. Com o
fenômeno da importação de filmes e programas televisivos dos
Estados Unidos e, a partir dos anos 2000, com o advento da
popularização da internet, a música consumida pela população
brasileira sofreu uma influência norte-americana muito maior.
Exemplos de identidade cultural
É difícil delinear exemplos claros de identidade cultural, visto que a
cultura é um termo muito amplo e maleável. No entanto, alguns
aspectos culturais podem ser separados e postos como exemplos
de elementos identitários de determinadas culturas. Listamos a
seguir alguns exemplos de identidade cultural que são associados a
algumas culturas:
Religiosidade: as diversas religiões são elementos identitários
de certos grupos culturais. Cristãos (católicos, protestantes ou
espíritas), judeus, muçulmanos, candomblecistas, budistas,
hinduístas ou qualquer outra denominação religiosa
compreendem grupos identitários que se relacionam a
determinadas culturas.
Artes plásticas: os artefatos produzidos por artistas plásticos e
artesãos também são fortes elementos de identidade cultural de
um povo. Os adereços corporais, a pintura e a escultura podem
representar de maneira efetiva uma cultura.
Música: é um elemento de identidade cultural muito eficaz. De
acordo com o ritmo ou com os instrumentos utilizados, é possível
estabelecer de onde a música se originou, havendo uma noção
de identidade cultural implícita nessa relação. A música sertaneja
composta por viola caipira, por exemplo, remete ao sertão do
Brasil, enquanto os ritmos rápidos com tambores e chocalhos
remetem aos ritmos africanos ou de origem africana.
Culinária: forte elemento de identidade cultural. É comum
associarmos as massas à culinária italiana, o bacalhau à
culinária portuguesa, o sushi à culinária japonesa, a paella à
culinária espanhola, a feijoada à culinária brasileira e a
cerveja à culinária alemã. Os hábitos culinários dizem muito a
respeito da cultura em questão.
A riqueza cultural de Angola manifesta-se em diferentes áreas:
No artesanato, destaca-se a variedade de materiais utilizados.
Através de estatuetas em madeira, instrumentos musicais,
máscaras para danças rituais, objectos de uso comum, ricamente
ornamentados, pinturas a óleo e areia, é comprovada a qualidade
artística angolana, patente em museus, galerias de arte e feiras.
Associado às festas tradicionais promovidas por etnias locais está
também um grande valor cultural.A presença constante da dança no
quotidiano é produto de um contexto cultural apelativo para a
interiorização de estruturas rítmicas desde cedo. Iniciando-se pelo
estreito contacto da criança com os movimentos da mãe (às costas
da qual é transportada), esta ligação é fortalecida através da
participação dos jovens nas diferentes celebrações sociais (os
jovens são os que mais se envolvem), onde a dança se revela
determinante enquanto factor de integração e preservação da
identidade e do sentimento comunitário.
Neste particular, destaca-se algumas festas típicas em Angola:
Festas do Mar;
Carnaval;
Festa da Nossa Senhora da Muxima;
Usos e costumes dos diferentes grupos sociais
Os costumes dos diferentes grupos sociais são um reflexo
da manifestação cultural. Os grupos sociais são formados a partir
de relações estáveis entre indivíduos que possuem interesses e
objetivos em comum.
Uma tendência natural do ser humano é a de procurar uma
identificação em alguém ou em alguma coisa. Quando uma pessoa
se identifica com outra e passa a estabelecer um vínculo social com
ela, ocorre uma associação humana. Com o estabelecimento de
muitas associações humanas, o ser humano passou a estabelecer
verdadeiros grupos sociais.
Podemos definir que grupo social é uma forma básica de
associação humana que se considera como um todo, com tradições
morais e materiais. Para que exista um grupo social é necessário
que haja uma interação entre seus participantes. Um grupo de
pessoas que só apresenta uma serialidade entre si, como em uma
fila de cinema, por exemplo, não pode ser considerado como grupo
social, visto que estas pessoas não interagem entre si.
Na Sociologia, considera-se que os grupos sociais existem quando
em determinado conjunto de pessoas há relações estáveis, em
razão de objetivos e interesses comuns, assim como sentimentos
de identidade grupal desenvolvidos através do contato contínuo.
Estabilidade nas relações interpessoais e sentimentos partilhados
de pertença a uma mesma unidade social são as condições
suficientes. Além disso, é importante observar que o grupo existe
mesmo que não se esteja próximo dos componentes. Prova disso
está no fato de que, ao sairmos da última aula da semana, embora
fiquemos longe daqueles que compõem nossa sala, a classe por si
só não se desfaz, ainda existindo enquanto grupo. Da mesma
forma, podemos pensar isso para nossas famílias, o que corrobora
o fato de que o grupo é uma realidade intermental, ou seja, mesmo
que os indivíduos estejam longe, permanece o sentimento de
pertença dentro da consciência de cada um.
A pertença ou não a determinado grupo será fundamental para
determinar nosso comportamento em relação aos outros (tomados
como pares ou como diferentes), embora saibamos que se por um
lado temos o direito de nos identificar ou não com algum grupo, por
outro devemos fugir do preconceito e discriminação (em todos os
aspectos possíveis) dos que estão em outros grupos.
Além desses, podemos ter outros grupos como os de referência
(positiva ou negativa), normativos e comparativos, todos servindo
de norte ou parâmetro para nossas relações sociais. Nossos grupos
de referência positiva na maioria das vezes são os grupos dos quais
participamos.
No entanto, podemos ter indivíduos que buscam aceitação em
grupos que não pertencem, como adolescentes que têm amizades
com jovens de mais idade e passam a imitar o comportamento em
um período de crise de identidade e questionamentos tão comuns à
adolescência. No caso da referência negativa, o mesmo é válido. A
família que deveria ser positiva se torna negativa para o
adolescente que deseja transgredir um conjunto de valores
defendidos por sua família.
Ampliando essa classificação, podemos pensar tanto nos grupos
informais como nos formais. É possível dizer que os grupos
informais são aqueles do qual que fazemos parte sem uma regra ou
norma, necessariamente, controlando o pertencimento. Somos
pertencentes por vários fatores do ponto de vista subjetivo, por
motivos outros que podem não ser racionais ou por uma escolha
aleatória. Um bom exemplo são nossos grupos de amigos, como na
escola, no trabalho, no clube, no bairro em que moramos.
Vejamos que, se por um lado podemos fazer parte de um mesmo
grupo que outro indivíduo apenas pelo fato de estudarmos na
mesma escola, por outro isso não significa que de fato todos os
alunos sejam amigos.
Os grupos sociais se diferem quanto ao grau de contato de seus
membros. Os grupos primários são aqueles em que os membros
possuem contatos primários, mais íntimos. Exemplos: família,
grupos de amigos, vizinhos, etc.
Diferentemente dos grupos primários, os secundários são aqueles
em que os membros não possuem tamanho grau de proximidade.
Exemplos: igrejas, partidos políticos, etc. Outro tipo de grupos
sociais são os intermediários, que apresentam as duas formas de
contato: primário e secundário. Exemplo: escola.
Exemplos de Grupos Sociais
Na construção das relações intersociais, os principais grupos são:
Grupo familiar
Grupo profissional
Grupo educativo
Grupo político
Grupo religioso
Grupo de lazer e entretenimento.
Conclusão
Vale dizer que com o desenvolvimento do capitalismo enquanto
modo de produção ocorreu uma maior divisão do trabalho, tendo
como consequência um aumento dos grupos formais, dada a
racionalização das relações humanas, pautadas fundamentalmente
pela interdependência dos indivíduos nesta lógica capitalista.Em
outros termos podemos dizer que o uso dos diferentes costumes
sociais é a forma básica de associação humana.