Agrupamento de Escolas de Viana do Alentejo
Apoio Tutorial Específico
DOCUMENTO ORIENTADOR
Ano Letivo: 2018-2019
1- Enquadramento do Apoio Tutorial Específico
O art.º 12.º do Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho, prevê a implementação da
medida de Apoio Tutorial Específico em complemento de medidas implementadas pelo
agrupamento de escolas. Neste sentido, constitui-se como um recurso adicional, visando a
diminuição das retenções e do abandono escolar precoce e, consequentemente, a
promoção do sucesso educativo.
O Apoio Tutorial Específico constitui uma medida de proximidade com os alunos, destinada
àqueles que frequentam os 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e que ao longo do seu percurso
escolar acumulem duas ou mais retenções. Tem como objetivo incrementar o envolvimento
dos alunos nas atividades educativas, nomeadamente, através do planeamento e da
monitorização do seu processo de aprendizagem. Assim, o Apoio Tutorial Específico em
meio escolar pode constituir-se como um fator importante para a autorregulação das
aprendizagens, incrementando, desse modo, o bem-estar e a adaptação às expectativas
académicas e sociais.
Em suma, o Apoio Tutorial Específico visa levar os alunos a:
definir ativamente objetivos;
decidir sobre estratégias apropriadas;
planear o seu tempo;
organizar e priorizar materiais e informação;
mudar de abordagem de forma flexível;
monitorizar a sua própria aprendizagem;
fazer os ajustes necessários em novas situações de aprendizagem.
(Butler & Winne, 1995; Meltzer, 2007; Puustinen & Pulkkinen, 2001; Winne, 1995; Zimmerman, 1989, 2001). (Fonte: site DGE)
2- FINALIDADE
O Apoio Tutorial Específico é:
Um espaço onde o tutorando, com a ajuda do tutor, reflete sobre os seus
comportamentos até ao momento, sobre os motivos desses comportamentos e as
suas consequências a curto e a longo prazo;
Um espaço onde o tutorando define objetivos para o seu percurso escolar;
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Um espaço onde os tutorandos são, constantemente, ajudados a refletir e a
modificar o comportamento em função dos dados da avaliação realizada em cada
momento;
Um espaço de ajuda à construção de percursos individuais de mudança com vista à
melhoria pessoal;
Um espaço de acolhimento e compreensão das dificuldades dos tutorando, mas
também de confrontação sobre os comportamentos realizados para conseguir
mudanças;
Um espaço onde os tutorandos avaliam a eficácia dos seus objetivos (i.e., em que
medida o esforço e o empenho nos comportamentos está a contribuir para alcançar
os objetivos).
O Apoio Tutorial Específico Não é:
Um espaço de trabalho individual dos tutorandos (e.g., realizar TPC ou estudo
pessoal).
Um espaço de lazer para desenvolver competências (e.g., jogos online).
Um espaço para colmatar dificuldades específicas (e.g., aulas de apoio a
matemática, texto extra de leitura guiada).
Um espaço de preparação para os testes.
Um espaço para “palestras” sobre como os tutorandos devem guiar a sua vida sem
ter em conta a perceção e a ação do tutorando (e.g., conversas prescritivas sobre o
que deve e não deve ser feito).
(Fonte: Site DGE. Jornadas Apoio Tutorial Específico)
3- REGRAS DE FUNCIONAMENTO
a) Cada professor tutor acompanha um grupo de 10 alunos;
b) Para o acompanhamento do grupo de alunos referido são atribuídas ao professor
tutor quatro horas semanais;
c) Os horários das turmas com alunos em situação de tutoria devem prever tempos
comuns para a intervenção do professor tutor.
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d) A constituição de grupos de alunos para o apoio tutorial específico, a título
excecional, com um número inferior ao limite estabelecido no n.º 2 carece de
autorização dos serviços do Ministério da Educação competentes, mediante análise
de proposta fundamentada do diretor;
e) A constituição de grupos de alunos para o apoio tutorial específico, a título
excecional, com um número superior ao limite estabelecido no n.º 2 carece de
autorização do conselho pedagógico, mediante análise de proposta fundamentada
do diretor.
(Pontos 2, 3, 4, 7 e 8 do artigo 12.º do Despacho Normativo n.º 10-B/2018)
4- DEFINIÇÃO DE CRITÉRIOS PARA A CONSTITUIÇÃO DOS GRUPOS
DE APOIO TUTORIAL ESPECÍFICO
Existindo mais que um grupo de alunos a beneficiar de Apoio Tutorial Específico procurar,
sempre que possível constituir grupos aproximadamente da mesma faixa etária e com
mesmo perfil.
5- COMPETENCIAS DO PROFESSOR TUTOR
Sem prejuízo de iniciativas que em cada escola possam ser definidas, ao professor tutor
compete:
a) Reunir nas horas atribuídas com os alunos que acompanha;
b) Acompanhar e apoiar o processo educativo de cada aluno do grupo tutorial;
c) Facilitar a integração do aluno na turma e na escola;
d) Apoiar o aluno no processo de aprendizagem, nomeadamente na criação de hábitos
de estudo e de rotinas de trabalho;
e) Proporcionar ao aluno uma orientação educativa adequada a nível pessoal, escolar e
profissional, de acordo com as aptidões, necessidades e interesses que manifeste;
f) Promover um ambiente de aprendizagem que permita o desenvolvimento de
competências pessoais e sociais;
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g) Envolver a família no processo educativo do aluno;
h) Reunir com os docentes do conselho de turma para analisar as dificuldades e os
planos de trabalho destes alunos.
(Ponto 5 do artigo 12.º do Despacho Normativo n.º 10-B/2018)
6- COMPETENCIAS A DESENVOLVER PELOS TUTORANDOS
Com o apoio tutorial específico pretende-se desenvolver as seguintes competências:
a) Autoavaliação;
b) Organização e transformação;
c) Definição de objetivos e planeamento;
d) Busca de informação;
e) Registo e monitorização;
f) Estruturação do ambiente;
g) Autoconsequências;
h) Ensaio e memorização;
i) Procura de suporte social;
j) Revisões;
k) Outras.
(Fonte: Site DGE)
7- O PAPEL DO PSICÓLOGO ESCOLAR
Ao psicólogo escolar compete:
a) Prestar suporte técnico e metodológico ao programa;
b) Participação na monitorização e avaliação;
c) Colaborar na articulação com família e com as instâncias da comunidade;
d) Prestar apoio psicopedagógico a alunos;
e) Colaborar na formação.
(Fonte: Site DGE)
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8- A EQUIPA DE APOIO TUTORIAL ESPECIFICO
a) A Equipa de Apoio Tutorial Específico é composta pelos professores tutores
designados anualmente pela Diretora do agrupamento e pela psicóloga do
agrupamento.
b) A equipa reúne uma vez no início do ano letivo, e preferencialmente, no final de
cada periodo letivo. Contudo, sempre que se justique a equipa reúne formalmente
ou informalmente, com o intuito de elaborar materiais e avaliar/monitorizar a
implementação desta medida.
9- BIBLIOGRAFIA
Despacho Normativo n.º 10-B/2018
Rosário, P., Mourão, R., Salgado, A. I. G., Rodrigues, Â., Silva, C. S. T. D.,
Marques, C., ... & Hernández-Pina, F. (2006). Trabalhar e estudar sob a lente dos
processos e estratégias de auto–regulação da aprendizagem. Psicologia,
Educação e Cultura, 10(1), 77-88
http://www.dge.mec.pt/apoio-tutorial-especifico
Novembro de 2018,
A Equipa.
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