2- PROGNÓSTICO
A atividade da apicultura tem importância fundamental na complementação da
renda das famílias camponesas, pois possibilita a sua integração com outras
culturas potencializando assim a ocupação da família na unidade produtiva.
Com isso, pretendo colocar essa atividade em prática na UP da família,
potencializando o consórcio com a cultura do café, sendo ela de grande
referência no meio em que vivo e que garante uma boa florada anualmente,
típica para a criação de abelhas.
Entre as diversas espécies de abelhas existentes, a mais utilizada para a
criação em nossa região é a “africanizada”, pois é mais fácil de ser encontrada
e possui bom potencial produtivo.
A atividade se divide em diversas etapas, onde se inicia na implantação do
apiário, composto pelas caixas (ninho e melgueira). O próximo passo é a
retirada da colmeia na natureza e assim passado para a caixa, onde coloca os
favos com os filhotes amarrados nos quadros na parte do ninho, a partir que as
abelhas se instalam todas no ninho com a presença da rainha, é instalada a
parte superior da caixa (melgueira) onde as operárias iniciam a produção do
mel. Sugere- se que instale o apiário em locais de macega rala, próximo a
culturas que garantam boa florada, como o café e onde tenha boa
disponibilidade de água, visando assim em uma boa produção.
Deve- se fazer constantemente a revisão das caixas, para observar como estão
as condições de produzir filhotes e mel, e se possui algum ataque de pragas
que possa afetar na queda de produção.
A coleta do mel acontece anualmente, retirando- se as melgueiras e as
destinando ao local específico, onde são removidos os favos do quadro e feito
a extração do mel sendo manual ou mecânico. Antes de ser armazenado, o
mel deve ser coado e assim destinado a comercialização.
3- DIAGNÓSTICO
4- ORIGEM E EXPANSÃO DA ATIVIDADE
4.1- Forma de aquisição da UP e processo de ocupação
4.2- Histórico da atividade
A apicultura é uma atividade que teve início na pré - história, obtendo diversas
citações na bíblia e diversos desenhos em cavernas, datados a 6.000 a.C. Na
Grécia, em 558 a.C., foi instituída a primeira legislação apícola, alcançando seu
maior desenvolvimento nos últimos 500 anos.
4.3- Histórico da apicultura no Brasil
A atividade da apicultura teve início no pais em 1839, através do padre Antônio
carneiro que trouxe algumas colônias de abelhas da espécie Apis melífera da
região do porto em Portugal para o rio de janeiro, a apicultura brasileira ganhou
um novo rumo quando acidentalmente as abelhas escaparam do apiário
experimental e se acasalaram com as abelhas de raça europeia dando origem
as africanizadas.
Inicialmente os apicultores encontraram grandes dificuldades no manejo do
apiário devido a agressividade das abelhas muitos até abandonaram as
atividades.
Somente após os anos 70 com as técnicas adequadas que a apicultura cresce
e expande para as regiões norte, nordeste e centro-oeste
A história da apicultura pode ser resumida em três etapas:
Primeira etapa: foi a implantação da apicultora no país que ocorreu entre
1839 a 1955.
Segunda etapa: foi a africanizada do apiário e das colônias na natureza
teve início a partir dos primeiros exames africanos em 1956 que
continuou ao longo dos anos com menos intensidade.
Terceira etapa :foi a recuperação e expansão da apicultura brasileira
tendo início em 1970 quando ocorreu o primeiro congresso brasileiro de
apicultura.
Devido a ampla área territorial do nosso pais a grande diversificação
vegetal e um clima tropical favorável a exploração apícola proporciona
elevadas condições de produção.
4.4- História da apicultura no Espirito Santo
Em 2011 a produção de mel no espirito santo cresceu 32% comparado a 2010,
sendo que em 24 municípios capixabas que participam da rede de apicultores
do Espirito Santo (Apes) foram produzidos 260 toneladas do produto.
Os municípios que possuem as maiores produções de mel são Aracruz e
Fundão, cada um produzindo 35 toneladas ao ano, logo abaixo vem Colatina
com uma produção de 30 toneladas, São Mateus, Domingos Martins e
Marechal Floriano fecham a lista dos cinco maiores produtores do estado com
cerca de 20 toneladas ao ano cada.
4.5- Importância socioeconômica
A preservação da fauna e flora e a conservação de rios e nascentes, são
elementos essenciais para um bom desenvolvimento da apicultura. Portanto, a
qualidade dos produtos oferecidos pelas abelhas vai depender das condições
ambientais da região.
A atividade apícola, além de ser importante fonte de renda para as famílias
camponesas, também garante a produção agrícola através da polinização das
plantas.
O desenvolvimento das abelhas, e o sucesso na produção vão depender
diretamente da existência de floradas, disponibilidade e qualidade de água e o
mercado consumidor que a localidade possui.
5- ASPECTOS GEOGRÁFICOS E CLIMÁTICOS
5.1- Localização geográfica do projeto
5.2- Vias de acesso
5.3- Tamanho da área
5.4- Relevo
O relevo da propriedade onde o projeto será implantado é considerado
completamente plano, sem a existência de áreas declivosas.
5.5- Recursos hídricos
A represa que passa na propriedade é conhecida como “Córrego Grande”, é
uma água de boa qualidade estando localizada à cerca de 970 m do local onde
o projeto será implantado.
Devido à distância, será implantado próximo ao apiário recipientes com água
para facilitar o consumo de água das abelhas.
5.6- Vegetação
O apiário será implantado há cerca de 20 m para dentro da mata, localizada no
final da propriedade.
Portanto, a flora apícola predominante será de café, eucalipto e flores
silvestres.
6- ASPECTOS SÓCIO-CULTURAL-ECONÔMICO
6.1- Densidade demográfica
A população atual de São Mateus gira em torno dos 125 mil habitantes.
6.2- Principais atividades econômicas e participação no PIB
Divisão do PIB em 2012
Setor Valor
Primário R$ 278.692.000,00
Secundário R$ 245.387.000,00
Terciário R$ 854.086.000,00
Impostos R$ 96.320.000,00
Total R$ 1.474.484.000,00
Setor primário
O setor primário gerou, em São Mateus, aproximadamente 280 milhões de
reais de 2012, caracterizando-se como o segundo setor em contribuição para o
Produto Interno Bruto. Em 2010, das pessoas ocupadas na faixa etária de 18
anos ou mais do município, 22,75% trabalhavam no setor agropecuário e
2,82% na indústria extrativa. Dentre as atividades primárias matenses,
possuem relativo destaque as extrações de petróleo e gás natural,
a silvicultura e a plantação de coco verde. No entanto, também merecem
destaque as culturas de macadâmia, café, pimenta do reino e, em menor
escala, a fruticultura e a pecuária.
Setores secundário e terciário
Em 2010, 6,45% da população ocupada trabalhava na indústria de
transformação, sendo que 245.387 mil reais do PIB municipal são do valor
adicionado bruto da indústria (setor secundário), que configura-se atualmente
como a menor fonte geradora do PIB mateense dentre os três setores de
produção. Ainda assim, a indústria é o setor que vem apresentando maior
crescimento dentro do município. Isto se dá pela instalação de plantas
industriais tais como o Termina Norte Capixaba e as fábricas de automóveis
da Volare e da Agrale.
7- ASPECTOS TÉCNICOS
As abelhas utilizadas na atividade apícola são pertencentes a classe Insecta,
ordem Himenóptera, gênero Apis, espécie mellifera. Elas vivem em colmeias,
sendo classificadas em três categorias distintas: rainha, operárias e zangões,
cada uma com seu trabalho a cumprir.
7.1- Abelha rainha
Numa colmeia existe apenas uma rainha, diferenciada das outras abelhas pela
cor e tamanho, sendo ela responsável pela reprodução e organização da
colmeia pelo seu cheiro característico, o feromônio.
A rainha é criada num alvéolo maior, chamado realeira, ela é alimentada com
geleia real produzida pelas operárias, levando de 15 a 20 dias para nascer.
Uma rainha de boa qualidade põe de 2.000 a 3.000 ovos por dia, normalmente
vivendo de 1 a 5 anos, porém, sua utilização não deve ultrapassar 2 anos, pois
seu rendimento de postura vai caindo com seu tempo de vida.
7.2- Abelhas operárias
Uma colmeia possui de 40 a 60 mil abelhas operarias. São do sexo feminino,
porém não se reproduzem. Levam 21 dias para nascer e iniciar suas
atividades. Sua vida útil pode variar de 30 a 180 dias, sendo determinada por
alguns fatores, como a distância do apiário e a fonte de alimento, a quantidade
e qualidade do alimento disponível e as condições climáticas do local.
As operárias são responsáveis por todo trabalho da colmeia, sendo as suas
funções: A limpeza dos favos e da colmeia; elaborar o alimento oferecido as
larvas e geleia real oferecida a rainha; produzir cera e construir os favos;
defesa da colmeia contra o ataque de inimigos; coleta de néctar, pólen e
própolis para atender as necessidades da colmeia.
IDADE FUNÇÕES
1 a 3 dias Faxineiras: fazem a limpeza e reforma, polindo os alvéolos.
3 a 7 dias Nutrizes: alimentam com mel e pólen as larvas com mais de 3 dias.
7 a 14 dias Alimentam as larvas com idade inferior a 3 dias com geleia real.
Também neste período,
Algumas cuidam da rainha. São Chamadas de amas.
12 a 18 Fazem limpeza do lixo da colmeia.
dias
14 a 20 Engenheiras: segregam a cera e constroem os favos.
dias
18 a 20 Guardas: defendem a colmeia contra inimigos e contra o apicultor
dias desprevenido.
21 dias em Operárias ou campeiras trazem néctar, pólen, água e própolis, até a
diante morte.
7.3- Zangões
São abelhas do sexo masculino, levando 24 dias para nascer, sendo sua única
função é fecundar as rainhas virgens. O número de zangões pode chegar a
400, podendo viver até 80 dias. Eles consomem muito alimento, portanto
quando está em escassez, eles são eliminados pelas próprias operárias.
8- PRODUTO DAS ABELHAS
Os principais produtos das abelhas são:
8.1- Mel
O mel é composto por açúcares, água, sais minerais, pequenas quantidades de
vitaminas e outros nutrientes. As abelhas colhem e transformam o néctar, onde
é depositado nos alvéolos dos favos, onde o mel amadurece, ou seja, fica
pronto para o consumo. A cor, o gosto, o cheiro e a consistência do mel variam
com as floradas e com o clima, além de outros fatores. A manipulação do mel
pelo apicultor também pode alterar suas características.
8.2- Cera
A cera produzida pelas abelhas é usada na construção dos favos e no
fechamento dos alvéolos (operculação). As indústrias de produtos de beleza,
de medicamentos e de velas são as principais consumidoras de cera, que
também é usada nas tecelagens.
8.3- Própolis
A própolis é produzida quando as abelhas misturam a cera com a resina das
plantas. Essa resina é retirada dos botões de flores, das gemas e dos cortes
nas cascas. A própolis é usada pelas abelhas para manter a colmeia livre de
doenças e controlar a temperatura do ninho.
Atualmente, a própolis é usada principalmente pelas indústrias de produtos
De beleza e de remédios. Possui efeitos cicatrizantes e é considerada um
antibiótico
Natural.
8.4- Pólen apícola
O pólen apícola é retirado das flores e manipulado pelas abelhas, sendo depois
depositado nos alvéolos. É usado para alimentar as larvas e abelhas adultas
com até 18 dias de idade. Graças a seu alto valor nutritivo, é usado como
alimento. É vendido seco, misturado com mel, em cápsulas ou tabletes.
8.5- Geleia real
A geleia real é produzida pelas abelhas operárias mais novas (até 15 dias de
idade). Na colmeia, é usada como alimento das crias e da rainha. É rica em
proteínas, água,
Açúcares, gorduras e vitaminas. A geleia real é produzida por alguns
apicultores para comercialização em estado natural, misturada com mel ou
mesmo seca e em tabletes. As indústrias de produtos de beleza e de
medicamentos também usam esse produto.
8.6- Apitoxina
Com o uso de técnicas apropriadas, é possível extrair o veneno das abelhas
(apitoxina) e vendê-lo. Entretanto, essa atividade não é interessante para os
pequenos produtores. A apitoxina é usada como medicamento no tratamento
de doenças reumáticas, mas só pode ser comercializada por farmácias e
drogarias.
9- COMUNICAÇÃODAS ABELHAS
Entre as abelhas, a comunicação pode ser feita por meio de sons, substâncias
químicas, tato, danças ou estímulos eletromagnéticos. A dança é um
importante meio de comunicação. Por meio dela, as operárias podem informar
a distância e a localização exata de uma fonte de alimento, um novo local para
instalação do enxame, a necessidade de ajuda em sua higiene. Podem, além
disso, impedir que a rainha destrua realeiras e, com isso, estimular a
enxameação.
10- CONTROLE DA TEMPERATURA
A área de cria da colmeia é mantida entre 34 °C e 35 °C. Temperaturas mais
altas ou mais baixas podem provocar o aumento da mortalidade das crias ou
causar defeitos físicos nas asas ou noutras partes do corpo das abelhas
recém-nascidas. As próprias abelhas percebem quando a temperatura e a
umidade da colmeia não estão normais. Se precisar aquecer as colmeias, as
abelhas começam a abanar as asas com movimentos rápidos e espalham
gotas de água pelos favos. Para aumentar a temperatura do interior do ninho
em períodos frios, as abelhas se aglomeram em cachos e vibram o corpo,
gerando calor.
11- FLORA APÍCOLA
Nem todas as flores são visitadas pelas abelhas, devido algumas não terem o
formato adaptado para o recolhimento do alimento, néctar com baixa
concentração de açúcar e influenciada também pela cor. A melhor pastagem
apícola é composta de campos sujos e matas naturais, assim, as floradas
serão diversificadas.
As plantas que mais se destacam como fonte de pólen e néctar, são: hortelã,
malvas, dente- de- leão, arnicas, carquejas, malícia, gervão, macaé, fedegoso,
camará, leiteira, aranha- gato, alecrim, erva- canudo, assa- peixe, eucalipto etc.
12- INSTALAÇÕES
12.1- APIÁRIOS
12.1.1- Localização
O local para instalação do apiário deve ser seco, arejado, ensolarado,
protegido de ventos frios e ter água disponível e de qualidade o mais próximo
possível. O local deve ser de fácil acesso para facilitar o transporte das
colmeias, o manejo e as colheitas. As colmeias não podem estar próximas de
casas ou criações, devendo- se manter distância mínima de 300 metros. É
importante que haja plantas melíferas a uma distância inferior a um raio de
1.600 metros. Quanto mais alimento as abelhas tiverem, mais mel produzirão.
12.1.2- Acesso
Ele seleciona locais em que o veículo de transporte possa chegar até as
colmeias em qualquer época do ano.
12.1.3- Segurança
Para evitar que as abelhas ataquem pessoas ou animais, é preciso que o
apiário fique distante pelo menos 400 metros de currais, casas, escolas,
estradas movimentadas e outras construções.
12.1.4- Fontes de contaminação
Para não contaminar os produtos apícolas, o apiário é instalado no mínimo, a
três quilômetros de depósitos de lixo, aterros sanitários, matadouros,
engenhos, fábricas de doces e de refrigerantes e outras fontes poluidoras.
12.1.5- Identificação do apiário
Para alertar as pessoas sobre o risco de se aproximarem das abelhas,
aconselhasse a colocação de placas de aviso próximas ao apiário.
12.1.6- Água
As abelhas não ficam onde não existe água. O apiário deve ficar entre 20 e
500 metros de uma fonte de água limpa e que seja suficiente para o número de
colmeias instaladas. A fonte de água pode ser um rio, um açude, uma nascente
ou no caso de não haver nenhuma fonte disponível, produtor disponibiliza um
bebedouro artificial. Nesse caso, deve-se saber que cada colmeia pode
consumir até 20 litros de água por semana e que, para evitar problemas com
os enxames, o bebedouro deve ser mantido limpo.
12.1.7- Sombreamento
Calor demais prejudica a qualidade do mel e o desenvolvimento das crias. O
apiário deve ser instalado na sombra, embaixo de árvores ou de uma cobertura
adequada.
12.1.8-Implantação
O local onde será instalado o apiário deve ser preparado para receber as
colmeias. Se necessário, fazer o raleamento das árvores e, em seguida, roçar,
limpar e cercar. O objetivo dessas medidas é facilitar o manejo do apiário, bem
como evitar o fogo, o ataque de pragas E invasão de animais.
12.1.9- Colmeias
Entre as várias colmeias conhecidas, a mais usada é aLangstroth, também
conhecida como colmeia Standard ou Americana. A padronização das colmeias
é de grande importância na atividade, pois evita diversos problemas no manejo.
12.1.9.1- Distância entre as colmeias
Devido a predominância de abelhas mais agressivas, recomenda- se a
distância mínima de 5 metros entre as colmeias.
12.1.9.2- Número de colmeias
Recomenda- se o máximo de 30 colmeias por apiário, podendo o número variar
dependendo da pastagem apícola.
12.1.9.3- Posição das colmeias
As caixas devem ser instaladas na altura de 50 a 60 cm do solo. O local de
entrada das abelhas deverá ficar voltado para a nascente do sol. Isso estimula
as abelhas para o trabalho cedo. Entretanto a entrada deverá estar, de
preferência, no sentido contrário às principais correntes de vento frio.
As colmeias devem permanecer com uma leve inclinação para frente para
evitar acúmulo de água de chuva no seu interior. Também devem ser cobertas,
com telha de amianto ou outro material.
12.1.9.4- Tipos de colmeias
Conhecem-se hoje mais de 300 diferentes tipos de colmeia; que variam em
função de adaptação climática, manejo, etc. Mas todas elas apresentam a
mesma constituição básica: um fundo, ou assoalho, um ninho que é
compartimento reservado ao desenvolvimento da família - a melgueira,
compartimento onde é armazenado e mel, os quadros, nos quais são moldados
os favos de mel ou de cria, e uma tampa, que reveste toda a colmeia.
Todas estas peças - assoalho, ninho, melgueiras, quadros e tampa - são
móveis- podem ser retiradas a qualquer momento o que facilita o trabalho de
intervenção do apicultor. Outra vantagem: por móvel, este sistema permite que
a colmeia receba mais melgueiras na época de floradas abundantes-
aumentando assim a produção de mel- e, por outro lado, seja reduzida nos
períodos de escassez. Dada essa facilidade de modalidade, este tipo de
colmeia - o único utilizado pelos verdadeiros apicultores - é chamado de
mobilista.
12.1.9.5- Construção de uma colmeia:
PLANTA BÁSICA DACOLMÉIA LANGSTROTH
QUADROS DA CÂMARA DE CRIA: Travessa superior: 481mm
Travessa inferior: 450 mm
Laterais:
QUADROS DA MELGUEIRA:
Travessa superior: 481 mm
Travessa inferior: 450 mm
Laterais:
NINHO OU CÂMARA DE CRIAS:
Comprimento 485 mm
Largura: 370 mm
Altura: 240 mm
FUNDO:
Largura: 410 mm Comprimento: 600 mm
TAMPA:
Largura: 440 mm
Comprimento: 510 mm
Diferentes materiais podem ser empregados na construção das colmeias;
madeiras, fibra de vidro, amianto, concreto, isopor etc. No entanto, dá-se
preferência, por razões de ordem prática e econômica, a madeira.
13- EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS
13.1- Esticador de arame
Suporte de metal ou madeira onde se coloca o quadro para esticar o arame, o
esticador serve para fechar um pouco o quadro nas laterais durante a
colocação do arame. Com seu uso, o arame fica bem esticado quando se retira
o quadro.
13.2- Cera avelada
Cera de abelha preparada na forma de lâminas, com a marcação do início dos
alvéolos, para facilitar o trabalho das abelhas na produção dos favos. Essa
cera em lâminas pode ser comprada ou fabricada pelo apicultor, caso ele
possua os equipamentos apropriados.
13.3- Carretilha de apicultor
É uma peça que serve para fixar a cera no arame. Incrustador elétrico de cera
É um aparelho elétrico usado para esquentar o arame do quadro, para que a
cera fique colada ao arame. Carretilha de apicultor.
13.4- Limpador de canaleta
Instrumento de metal com uma curva na ponta e que serve para raspar a cera
velha dos quadros, antes de colocar cera nova. Essa raspagem pode ser feita
com canivete, faca e similares.
13.5- Fumegado
Equipamento indispensável no trabalho com as abelhas. É usado para produzir
fumaça, que é de grande importância para a segurança do apicultor durante o
manejo das colmeias. O fumegador é formado por um depósito com fundo e
tampa e uma grelha interna com a serragem a ser queimada. Num dos lados
do fumegador, um fole sopra o ar e no outro está a saída de fumaça.
13.6- Formão de apicultor
Serve para abrir a colmeia (desgrudando a tampa), para retirar os quadros e
para a raspagem da colmeia e dos quadros.
13.7- Vassoura ou espanador apícola
Tipo de vassoura de mão, usada para retirar as abelhas dos favos ou de
outros locais, sem machucá-las. Deve ser de material sintético e de cores
claras. As vassouras feitas de fibras de plantas ou pelos de animais têm cheiro
forte e irritam as abelhas.
13.8- Vestimentas do apicultor
13.8.1- Macacão
Deve ser de cor clara (cores escuras podem irritar as abelhas), feito de brim
(grosso) ou de materiais sintéticos (náilon, poliéster, etc.). Pode ser inteiro ou
com duas peças (calça e jaleco), com elásticos nas pernas e braços. A
máscara pode fazer parte do macacão ou ser uma peça separada. Os modelos
com máscara separada precisam de chapéu, geralmente de palha. Para evitar
contato com a pele do apicultor, o macacão deve ser folgado.
13.8.2- Luvas
Podem ser feitas de diversos materiais. Couro, napa e borracha, por exemplo,
são materiais que garantem a segurança exigida no trabalho com as abelhas.
13.8.3- Botas
São recomendadas botas de borracha, de cor clara e de cano alto.
14- POVOAMENTO DO APIARIO
O povoamento dos apiários podem ser feitos de diversas maneiras. As mais
usadas são a compra de enxames e a captura de enxames localizados.
Para povoar um apiário, é preciso coletar abelhas em abrigos naturais, como
cupinzeiros, troncos de arvores, telhados de casas entre outros.
14.1- Enxames localizados
Na captura de enxame localizada, o apicultor ao se aproximar do local onde o
enxame se encontra, deve estar vestido com macacão, máscara, luvas, botas e
todos os materiais da captura.
1º-Manejo inicial do fumegador:
Com o fumegador o apicultor aplica a fumaça no orifício de entrada e saída das
abelhas para deixa- lãs menos agressivas.
2º-Destruição lateral a entrada;
O apicultor começa a destruir o local, lateralmente entrada principal, onde as
abelhas se encontram alojadas, de tal forma que os favos de cria e mel não se
quebrem.
3º- Transferência de favos de cria e mel:
Destruído parcialmente o local, o apicultor corta os favos e os amarra nos
quadros na mesma posição vertical em que se encontravam no local. Deve- se
passar o máximo de abelhas para a nova colmeia e principalmente a rainha,
para garantir a permanência do enxame.
4º- Colocação da caixa sobre o cupinzeiro:
Após a destruição total do local de alojamento das abelhas, o apicultor coloca a
colmeia no lugar onde o exame se encontrava antes para que as abelhas
operária campeiras entrem na sua nova casa.
5º- Transporte da colmeia para o apiário:
No dia seguinte, quando as abelhas já se adaptaram para à nova colmeia, ao
cair da noite, o apicultor fecha o alvado da colmeia e substitui a tampa por uma
tela, para aeração, e desloca a colmeia para seu apiário.
Se a distanciado local da captura for maior que dois quilômetros, as abelhas
poderão ser liberadas no outro dia cedo; se a distância for menor, elas ficar
presas, pelo menos, durante um dia. Mesmo assim, depois de liberadas,
algumas campeiras poderão retornar ao local de origem.
14.2- Enxames não localizados
Quando os enxames não estão localizados, a sua captura é bem mais fácil.
Isso ocorre quando as abelhas abandonam seus antigos locais de alojamento à
procura de novos lugares para se instalarem. Normalmente as abelhas, antes
de partirem, enchem o papo de mele, neste caso, ficam bem menos
agressivas, o que facilita sua captura.
De vez em quando, as abelhas pousam provisoriamente formando um “bolo” de
abelhas num galho de árvore ou na ponta do telhado de uma casa. Ali
permanecem até que um grupo de abelhas campeiras, que saem à procura
definitivo, volte.
Quando o apicultor encontra essa situação, deve equipar-se com o material
apícola e, usando fumaça, colocar o “bolo” de abelhas dentro do ninho da
colmeia.
O apicultor também pode instalar caixas iscas para capturar enxames nos
principais períodos de enxameação da região. Eles são de papelão ou madeira,
com capacidade para 4 ou 5 quadros com arame esticado e uma pequena fita
de cera. As caixas são penduradas com arame em árvores a cerca de 3 à 4
metros do solo
15- MANEJO.
15.1- Manejo do apiário
O manejo correto do apiário é um requisito importante para o sucesso da
atividade apícola. Dele dependem os bons resultados do trabalho, no que se
refere à quantidade e qualidade dos produtos apícolas.
Alguns procedimentos básicos que devem ser adotados:
- Trabalhar atrás ou ao lado.
- Trabalhar com as abelhas, preferencialmente no período em que a maior
parte delas está no campo.
- Usar roupa de apicultor sempre que trabalhar com colmeias.
- Nunca vestir roupas escuras, pois elas irritam as abelhas.
- Não utilizar fumaça em excesso.
- Não trabalhar em dias de chuva.
- Nunca passar de 5 minutos trabalhando numa colmeia, salvo quando da
extração de mel.
- Nunca usar óleo, querosene, bucha com graxa, fumo ou outro material tóxico
no fumegador.
15.2- Revisão das colmeias
As revisões devem ser feitas periodicamente, concentrando- se em épocas de
floradas. Essas revisões tem como objetivos:
- Avaliar a capacidade de postura da rainha;
- Substituir os quadros velhos e deformados por quadros novos com cera
alveolada;
- Diminuir os favos zanganeiros;
- Identificar e controlar pragas e doenças;
- Avaliar a reserva de alimento e a necessidade de alimentação suplementar.
15.3- Controle da enxameação
Para controlar a enxameação, devem ser formadas as seguintes medidas:
- Não deixar faltar espaço no interior da colmeia, principalmente em época de
florada. Substituir os favos do ninho (velhos ou repletos e as melgueiras
lotadas de me) por quantos forem necessários.
- Controlar a idade da rainha, substituindo-a de acordo com a avaliação da
postura (ovos, larvas e pupas).
15.4- Substituição das rainhas
Na substituição podem- se utilizar rainhas geneticamente melhoradas,
compradas de produtores ou de centros de pesquisa ou utilizar as abelhas
existentes na região, procurando selecionar as rainhas das colmeias que
apresentarem características desejáveis, tais como: alta produção; pouca
agressividade; resistência às doenças; pouca tendência à enxameação e
migração, etc.
15.5- Limpeza do apiário
O apiário deve ser mantido sempre limpo para evitar o fogo e o ataque de
predadores.
15.6- Manejo nutricional
O verdadeiro trabalho de um apicultor começa depois de instalados as
primeiras colmeias. O papel do apicultor é amparar suas abelhas nos
momentos mais difíceis, para se beneficiar nos momentos em que as colmeias
encontram-se na plenitude produtiva.
Para isso, é necessário saber que as colônias vivem em constantes ciclos:
períodos de escassez de alimentos, onde a colônia definha, os zangões são
expulsos da colmeia, cai a postura da rainha e consequentemente diminuem o
acosso a produção de mel, pólen e cera.
Neste momento o apicultor entra em ação, fornecendo o alimento artificial para
sua criação.
Aplicar alimentação artificial é um das técnicas apícolas que visam aumentar a
população das colônias e maximizar a produção de mel.
Faz parte de um conjunto de técnicas de manejo. Nada adiante se o apicultor
não:
Possui colmeias padronizadas, de qualidade aprovada;
Possui colmeias numeradas;
Conhecimento da biologia das abelhas;
Conhecimento das floradas principais;
Trabalha com ficha de controle (manejo/produção);
Troca no mínimo 50% da sua cera velha por cera nova;
Troca anualmente as suas rainhas;
Possui paiol com material de reserva (melgueiras, quadros e caixas);
Possui condições financeiras para bancar “custeio”;
Possui apoio da família / esposa.
15.6.1- Porque alimentação
A alimentação estimula a postura da rainha, aumentar a produção de mel (alta
produtividade); alimentar enxames recém-capturados ou aqueles que foram
divididos; saciar a fome das abelhas e mantê-las na colmeia nos períodos mais
críticos do ano e promover o desenvolvimento normal da colônia.
Dois meses antes da florada principal, simula-se uma florada. Se não houver
pólen, fornece ração e se não houver o néctar, fornece açúcar. Deve alimenta
as abelhas mais ou menos 50 a 60 dias antes das floradas para crescer o
enxame.
Lembre-se: o mais importante não é a quantidade, e sim a regularidade da
oferta de ração e néctar.
Se a colmeia não foi alimentada se colhe mel na última ou nas duas últimas
semanas da florada, com a alimentação o enxame terá crescido antes da
florada e a colheita poderá ser feita até sete semanas antes.
Para preparar a ração proteica é necessário: açúcar, mel, extrato de soja,
extrato de própolis e aminomix (em água). Deve-se misturar bem. A quantidade
é de acordo com o tamanho do enxame.
Já nas épocas de floradas abundantes, desde que tudo esteja correndo bem a
produção de mel é farta, para que o apicultor possa colher parte para si sem
causar prejuízos abelhas. Cresce a produção de pólen, cera, geleia real e
própolis, que pode ser explorado de forma racional pelo apicultor. A colônia
cresce, permitindo o desenvolvimento do apiário, fortalecendo as colônias
fracas e criando novas rainhas para substituir as que já estão velhas, cansadas
e decadentes.
15.7- Manejo sanitário
Formigas
As formigas atacam, de preferência, os enxames fracos. Para impedir que
as formigas subam até a colmeia, usar suporte que tenham dispositivos de
proteção, como, latas com óleo ou graxa.
Traças
Enxames fracos são atacados também mais facilmente pelas traças.
Normalmente quando existem espaços vazios, onde as abelhas não
circulam e não fazem limpeza, a colmeia fica mais susceptível ao ataque.
Podridão de cria
É uma doença que mata as larvas das abelhas. Normalmente observa- se a
presença de larvas mortas dentro das cédulas, consequentemente, existe
pequeno número de favos com cria.
Varroase
É a morte das abelhas causadas por ácaro. É parecido com o piolho, é
vermelho, gruda no corpo das abelhas e chupa o sangue. Esse ácaro põe
os ovos junto aos das abelhas e, após o nascimento, se alimenta das
larvas.
Envenenamento
O envenenamento pode ocorrer por águas contaminadas ou por néctar e
pólen de culturas pulverizadas com agrotóxicos. Se o veneno for muito tóxico, a
abelha morre fora da colmeia. Caso contrário, as abelhas podem retornar à
colmeia, levando alimentos contaminados, intoxicando assim toda família.
16- COLHEITA DO MEL
Visando a melhoria da qualidade, o mel deve ser escolhido quando os favos
estiverem, no período seco, com no mínimo de 80% das células do favo
cobertas com fina camada de cera (operculação) e, no período chuvoso com o
mínimo de 90%, significando que o mel está maduro ou em baixa umidade.
Nas operações de colheita, armazenamento e acondicionamento do produto,
deve se atentar para as condições adequadas de higiene.
A extração do mel deve ser realizada com equipamento apropriado, ou seja:
garfo desoperculador, mesa desoperculadora, decantador e centrífuga. Estes
equipamentos deverão ser de ácido inoxidável e de boa qualidade.
O mel, por ser um produto muito higroscópico, poderá absorver água durante a
extração, o que prejudica sua qualidade e facilita fermentação. Portanto evitar
centrifugar o mel em dias ou locais muito úmidos.
17- PROCESSAMENTO E ENVASAMENTO
É necessário observar as condições mínimas para a instalação de um
estabelecimento destinado a manipulação e industrialização do mel e de outros
produtos agrícolas. Considerando a necessidade da padronização dos
processos de elaboração de produtos de origem animal, o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento regulamentou as normas técnicas para
fixação de identidade e qualidade do mel.
O apicultor não pode deixar de se preocupar com cada detalhe no
processamento, devendo estar atento a todos os itens de higiene.
19- fofa
Ambiente interno Ambiente externo
Fortaleza Oportunidade:
Mão-de-obra familiar; Comercio;
Flora apícola; Demanda de mel na região;
Fácil manejo; Associações
Recurso Hídrico
Fraqueza Ameaças
Aquisição de materiais e Estiagem prolongada;
equipamentos; Crise econômica;
Uso descontrolado de
agrotóxicos
20- Justificativa
A atividade da apicultura tem importância fundamental tanto para a economia
das famílias camponesas como para o meio ambiente, pois possibilita a sua
integração com outras culturas potencializando assim na produção e na
ocupação da família na unidade produtiva.
Em relação as demais atividades agropecuárias, a apicultura é considerada de
baixo custo de implantação e manutenção, e, devido a região ter um grande
potencial em floradas apícolas como: culturas perenes, matas, macegas ralas
etc., visa buscar uma boa produtividade de mel suprindo com os custos da
atividade e garantindo a complementação da renda na família.
21- OBJETIVO GERAL
Demonstrar a viabilidade sócio- econômica da apicultura, de forma que seja
uma alternativa para a permanência do homem no campo, garantindo a
ocupação da família com a diversificação das atividades da propriedade e
complementando assim a renda familiar, além da preservação do meio
ambiente.
22- OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Implantar 10 caixas de abelhas africanas na propriedade da família em
2022
Produzir em 2019, 40kg-mel/colmeia/ano;
Comercializar o mel para complementar a renda familiar;
Diversificar as atividades da propriedade;
Auxiliar na polinização do cafeeiro.
23- planejamento e descrição das atividades
Ano 01;
Implantação;
Limpeza do local: escolha da área e a limpeza deve ser feita a
partir de roçagem do espaço escolhido para a implantação das
caixas.
Disponibilidade de agua: recursos hídricos com cerca de 200m de
distância do apiário, disponibiliza reservatórios de agua próximo ao
local da implantação.
Aquisição das caixas: as caixas serão adquiridas através de compra
das caixas já padronizada e confeccionadas.
Aquisição dos matérias: 10 caixas, 10 ninhos, 10 telas
exclusoras ,20 melgueiras, 10 cavaletes, 15 kg de cera aveolada, 2
pares de bota, 2 macacões, 2 pares de luva (1 par de luva de
borracha e 1 par de luva de pano), 1 fumegador, 1 formão de
apicultor, 1 caneco de derreter cera, 2 garfos desperculadores,1
mesa desperculadora,1 centrifugar, 5 baldes,1 peneira inoxidável,
Sacolinhas com 1000 elástico e 3 folhas de Eternit
Captura das abelhas: será realizada a captura na natureza para
realizar deverá ser utilizado o roupão completo, luvas, botas,
fumegador, caixa com ninhos e elásticos para fixar os favos e 1
balde reserva.
Transporte das comeias utilizar tela de tampa alvado, caso for
transportar no mesmo dia, sendo transportado a noite.