Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Caçando um Highlander
Lynsay Sands
(Série Noivas das Highlands 08)
NKings
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Sinopse
Lady Dwyn Innes se sente totalmente deslocada entre as mulheres
elegíveis que chegaram ao castelo Buchanan, disputando a atenção dos últimos
irmãos solteiros. Ela não tem pernas longas nem é esbelta como suas irmãs, ou
sedutora e astuta como outras garotas. Desde que seu noivo morreu, Dwyn se
resignou a se tornar uma solteirona. No entanto, um encontro casual com um
estranho no pomar, a desperta para um novo mundo de sensações e
possibilidades. . .
Depois de semanas fora, Geordie Buchanan volta e encontra sua casa
repleta de noivas em potencial, graças à sua família amorosa, mas interferente.
Porém uma moça em particular chama sua atenção desde o momento em que a vê
subindo em uma árvore. Lady Dwyn não é tão plana quanto pensa. Sua figura
exuberante e beijos ansiosos o deliciam, assim como sua honestidade. Mas o
verdadeiro teste está à frente: eliminar um inimigo oculto, para que ele e Dwyn
possam selar sua paixão Highland com um voto.
Mais um romance da série que nos apresenta os irmãos Buchanan.
Guerreiros fortes, amigos, leais, que aos poucos formam suas famílias,
acrescentando os novos membros e enfrentando juntos os inimigos que tentam
derrotá-los.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Capítulo Um
— Winnie! Whinnnnnie!
Geordie Buchanan abriu os olhos cansados quando esta chamada foi seguida
por alguém tentando fazer o som de um cavalo relinchando. Por um minuto, ele não
sabia onde estava. A luz do sol da manhã caía em um ângulo que conseguiu alcançá-
lo onde estava deitado sobre o tronco de uma árvore, uma das muitas que ele podia
ver crescendo em fileiras na frente e ao lado dele. Ao vê-las, lembrou-se de que havia
arrumado a cama no pomar, atrás dos jardins, quando retornou na noite
passada. Não parecia haver muita escolha; depois de semanas fora, ele chegara de
volta, no meio da noite, para encontrar Buchanan lotado de pessoas. O grande salão
estava transbordando de criados e soldados adormecidos, assim como a cozinha, mas
foi seu tio dormindo em uma cadeira, perto da lareira, que lhe disse o quão cheio
estava o castelo. O homem só dormia em uma cadeira quando tinha que desistir de
sua cama para os convidados. Geordie assumiu que provavelmente significava que
sua própria cama havia sido dada a alguém também.
—Whinnie!
Geordie fez uma careta para a voz irritante, seguida por outra tentativa
estridente de relincho de um cavalo. Aparentemente, o castelo estava desperto e as
crianças estavam prontas para brincar. Ele mal teve o irritado pensamento, quando
uma jovem apareceu no meio da fileira de árvores e virou-lhe as costas para espiar
entre os galhos. Geordie estava se perguntando se ela era a pessoa que estava
chamando e relinchando quando o som voltou de algum lugar à esquerda e mais
longe.
—Whinnnnnie!
A mulher murmurou o que pareceu suspeitosamente como uma maldição e,
em seguida, inclinou-se, estendeu a mão por baixo das saias para agarrar a bainha
traseira do vestido longo que usava e puxou-o para a frente e para cima, para enfiar o
tecido no cinto em volta da cintura.
Os olhos de Geordie estavam arregalados com a quantidade tentadora de
tornozelo e panturrilha bem torneados que ela mostrava quando agarrou o galho
mais baixo da árvore e começou a subir com agilidade. Ela foi rápida, mas mal havia
desaparecido no paraíso arborizado que os galhos lhe proporcionavam, quando duas
mulheres apareceram mais abaixo na fileira de árvores e olharam ao redor.
Onde a primeira mulher não havia notado Geordie, esses duas perceberam e
zombaram brevemente ao perceberem que ele obviamente dormia nos jardins. Elas
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não se abaixaram para comentar. Em vez disso, eles voltaram pelo caminho que
haviam vindo e uma delas disse com irritação: —Ela deve ter passado por nós e
retornado à fortaleza. Vamos.
Geordie as observou ir, antes de permitir que seu olhar voltasse para a
árvore. Ele esperava que a mulher descesse agora, mas quando vários momentos
passaram sem nenhum sinal dela, ele rolou para fora do seu plaid e depois ajoelhou-
se para começar a plissá-lo. Ele obviamente não iria dormir mais hoje. Além disso, ele
tinha uma suspeita furtiva de que a moça era como um gato e agora que ela estava no
alto da árvore, ela não podia voltar. Ele daria a ela o tempo que levaria para se vestir
adequadamente novamente e depois oferecer sua assistência . . . se ela não tivesse
caído até essa ocasião.
D wyn olhou através dos galhos da árvore em que estava e sobre as colinas
atrás da muralha traseira de Buchanan. Era uma área bonita, ela reconheceu, mas não
tão bonita quanto Innes. Lá ela teria uma vista para o oceano, sem mencionar a brisa
do mar para acalmar seus nervos. O pensamento a fez fazer uma careta. Antes dessa
viagem, Dwyn nunca havia conhecido uma pessoa que ela não gostasse. As pessoas
de Innes sempre foram gentis e amigáveis, pelo menos para ela. Mas as mulheres que
ela conheceu desde que veio para Buchanan . . . Bem, além da própria Lady
Buchanan, não havia outra mulher que ela gostasse. As outras convidadas do sexo
feminino aqui eram um bando de malucas, e pareciam ter decidido atacá-la com suas
provocações cruéis por algum motivo. O pensamento fez sua boca tremer
infeliz. Dwyn não estava acostumada a pessoas que não gostavam dela, e não tinha
certeza do que fazer sobre isso. Essas mulheres não eram como ninguém que ela já
houvesse encontrado. Elas estavam entediadas e optaram por se divertir mexendo
com ela.
—Bom dia, moça.
Dwyn piscou com a saudação e depois se inclinou para olhar através dos
galhos o homem que havia falado. Ele se posicionou logo abaixo dela, e os olhos de
Dwyn se arregalaram quando seu olhar deslizou sobre ele. Ele parecia grande desse
ângulo, todo ombros, mas ela não sabia dizer o quão alto ele era da posição dela. Ele
era bonito, porém, seus olhos eram de um belo azul pálido, o nariz reto, a boca com
um lábio inferior mais alto que o superior, e seus cabelos eram longos e escuros, com
um pouco de ondulado.
—Posso ajudá-la a descer, moça?
As palavras dele a afastaram de olhar boquiaberta para ele, e Dwyn balançou
a cabeça. —Não, obrigada.
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—Não? — Ele pareceu surpreso com a recusa e depois franziu o cenho para o
pomar em volta, brevemente, antes de inclinar a cabeça para trás e olhá-la
novamente.
— Você tem certeza, moça? Tenho prazer em ajudá-la, caso precise.
—Não. Estou bem. Obrigada, — murmurou Dwyn, e seguiu sua recusa com
um erguer da cabeça para olhar além do muro novamente, esperando que ele
entendesse a dica e fosse embora.
Ele não entendeu a dica. Dwyn percebeu isso quando o galho em que ela
estava começou a tremer um pouco e ela olhou para baixo e viu que o homem estava
subindo. Os olhos dela se arregalaram incrédulos, e então ela recostou-se
abruptamente enquanto ele se jogava no galho diretamente em frente ao que ela
estava. Na verdade, esse era um pouco mais baixo do que o grande galho em que ela
estava sentada, mas mesmo assim Dwyn teve que inclinar a cabeça para trás para
olhar para o rosto dele.
—Bom dia, —disse ele novamente, oferecendo-lhe um sorriso. —Whinnie, é?
Dwyn tinha começado a sorrir em resposta quando ele perguntou isso e a
expressão morreu, antes que ela se formasse completamente. —Não. Meu nome é
Dwyn.
—Oh. Me desculpe. Eu pensei que elas estavam chamando Whinnie.
—Elas estavam, — disse ela sombriamente, mas não explicou, e o silêncio caiu
entre eles brevemente. Dwyn fez o possível para fingir que ele não estava lá. Na
verdade, ela estava fingindo que ela também não estava lá, mas estava de volta para
casa em Innes, andando pela beira-mar com seus cães, Angus e Barra.
—Dwyn.
Ela se virou relutantemente para olhar para ele.
—Qual é seu clã?
—Innes, — ela murmurou, virando-se novamente. —Meu pai é o barão James
Innes.
—Innes fica no Mar do Norte, não é? — Ele perguntou com interesse.
— Sim, entre o rio Spey e o rio Lossie. É uma linda terra verdejante,
— acrescentou ela com um leve sorriso. —Innes está realmente situada em uma
grande enseada no Mar do Norte chamada Moray Firth, e entre essa que o limita ao
norte, o rio Spey no oeste e o rio Lossie no leste, mas curvando-se ao redor do fundo
de Innes, ela é quase uma ilha.
—Parece adorável, — ele admitiu.
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—É, — ela assegurou. —E como Papai diz, ter a água quase nos rodeando
ajuda muito na defesa. Uma coisa boa, já que Papai é mais um pensador do que um
guerreiro. É por isso que estamos aqui, é claro. Pelo bem de todos será.
As sobrancelhas de Geordie se ergueram com isso. —Eu não entendo. Por que
você está aqui em Buchanan?
A pergunta atraiu seu olhar surpreendido, e então ela fez cara feia para o
homem. Ele parecia muito bom até aquele momento. —Não há necessidade de ser
cruel, senhor. Sei que não tenho chance com todas as outras mulheres aqui sendo tão
bonitas, mas você não precisa assinalar isso com tanta ousadia.
Ele pareceu confuso com as palavras dela e disse: —Eu não sabia que estava
sendo cruel. Não tenho ideia de por que você está aqui.
Ela considerou isso brevemente e depois supôs que talvez não fosse algo sobre
o que o Laird Buchanan falasse abertamente. Ainda assim, as fofocas geralmente
viajavam rapidamente, e ela ficou surpresa por ele não saber. Dwyn desejou que
soubesse. Era tudo muito embaraçoso para ela ter que explicar. Mas parecia que
precisaria. Dwyn respirou fundo para começar e depois parou, quando a ação fez
seus seios subirem perigosamente no vestido decotado, que suas irmãs insistiam que
ela usasse. Fazendo uma careta, ela pressionou a mão no topo dos montes redondos
para mantê-los abaixados, enquanto rapidamente deixou escapar: —As outras
mulheres estão aqui esperando chamar a atenção de um dos irmãos Buchanan ainda
solteiros e atraí-los para o casamento.
—O quê?— Ele rugiu, seus olhos passando rapidamente dos seios para o
rosto, com descrença.
Não havia como confundir sua reação com outra coisa que não choque, ela
decidiu. Ele realmente não sabia o propósito dos visitantes que atualmente enchiam a
fortaleza de Buchanan. Talvez ele fosse um dos soldados que geralmente patrulhava
as terras de Buchanan, por isso não passou muito tempo na fortaleza para ouvir as
fofocas.
—Certamente você está brincando? — Ele perguntou agora.
Dwyn sorriu ironicamente enquanto balançava a cabeça. —Não. Atualmente,
existem pelo menos, sete mulheres bonitas vagando pela fortaleza e pelos terrenos,
esperando os três irmãos ainda solteiros voltarem a Buchanan e escolherem uma
noiva.
—Sete? — Ele perguntou.
—E as escoltas delas, —acrescentou. —É claro que uma ou duas novas
mulheres parecem chegar todos os dias, então pode haver oito ou nove para o
almoço ou para o jantar.
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Quando ele ficou sentado, parecendo perdido em pensamentos, Dwyn o
deixou e virou-se para espiar as colinas novamente. Obviamente, ele não queria lhe
fazer mal, e foi bom conversar com alguém que não estava falando com ela para se
sentar ereta e esticar o peito, ou alternativamente apontando suas falhas e zombando
dela. Honestamente, ela nunca havia percebido que as mulheres podiam ser tão
cruéis, até esta viagem.
—Por que essas mulheres procuram os irmãos para o casamento?
Dwyn olhou ao redor para essa pergunta e notou que o homem parecia
completamente confuso com as notícias que ela transmitira. Dando de ombros, ela
disse: —Presumivelmente porque eles estão todos sem noiva e seus pais desejam
fazer uma aliança com os Buchanans, — disse ela, e depois franziu a testa e
acrescentou: —Embora eu saiba que pelo menos uma das
mulheres está comprometida. Aparentemente, Laird Wallace está disposto a quebrar
o contrato em favor de um filho de Buchanan, se um deles estiver interessado.
—Por quê? — Ele perguntou novamente, desta vez parecendo ainda mais
surpreso, e ela pôde entender o choque dele com a notícia. Era incomum romper um
noivado. A família perderia o dote prometido no contrato.
—Porque os Buchanans estão se tornando bastante poderosos, com os filhos se
casando tão vantajosamente. Os irmãos são todos muito próximos, e cada um agora
tem seu próprio castelo e guerreiros. Ela encolheu os ombros. —Que homem não
gostaria de fazer parte disso e ter esse tipo de poder atrás de si?
—Hmm. — Ele ficou em silêncio por um minuto, o descontentamento no
rosto, mas depois olhou para ela e levantou as sobrancelhas. — E você é uma dessas
sete mulheres bonitas?
Dwyn sorriu com diversão. —Dificilmente.
Isso fez suas sobrancelhas se levantarem questionando. —Então por que você
está aqui?
Dwyn respirou fundo o que quase desalojou os seios do vestido e cobriu o
peito novamente com irritação. Segurando-os com uma mão, ela puxou o decote com
a outra e admitiu com relutância: —Bem, foi por isso que meu pai me trouxe. Ele não
tem filhos a quem repassar o título, e meu próprio noivo morreu antes de me
reivindicar. Papai espera fazer uma união para ajudar a nos proteger de nossos
vizinhos, os Brodies, que querem adicionar Innes a suas propriedades,
mas. . . Desistindo de enfiar os seios ainda mais no vestido, ela deixou as mãos
caírem com desgosto ao terminar: — Temo que ele fique desapontado. É provável
que os Buchanans nem me notem entre tantas mulheres bonitas.
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—Por quê? — Ele perguntou, mas ela não achou que ele estava prestando
atenção quando fez a pergunta. Seus olhos arregalados pareciam estar paralisados
em seu peito transbordante.
Sorrindo com ironia, ela disse: —Porque eu sou muito grande e muito simples
na aparência, senhor. — Quando ele continuou olhando para seu peito, ela
acrescentou secamente: —É por isso que minhas irmãs me enfiaram neste vestido
ridiculamente pequeno. Elas esperam que os Buchanans estejam ocupados demais
olhando meus seios para se incomodarem em olhar para meu rosto.
Ele ergueu o olhar, o rosto corando levemente e murmurou: —Minhas
desculpas, senhora. Não foi correto da minha parte de. . .
Dwyn afastou suas desculpas com um suspiro que fez seus mamilos
espreitarem por cima do decote, e ela murmurou impaciente e voltou a tentar domar
os seios e forçá-los a voltar para seu vestido. Honestamente, isso seria uma estadia
embaraçosa se seus seios continuassem saltando assim. Felizmente, o vestido que ela
usara, quando chegou aqui, ontem não tinha sido tão apertado quanto este e ela não
estava se derramando a cada momento. Obviamente, ela precisava trocar quando
retornasse à fortaleza.
—Não precisa se desculpar, — Dwyn rosnou, agora mais irritada do que
envergonhada. —Esse era o plano das minhas irmãs, afinal, e parece que
funciona. Talvez um dos irmãos fique tão apaixonado pelos meus peitos que nem
notará meu rosto. Os homens parecem gostar de seios, — acrescentou ela,
pensativa. —Eu acho que deve tranquilizá-los de que seus filhos serão bem
alimentados ou algo assim.
Geordie conteve a risada que queria escapar com suas palavras. Não era um
filho que ele estava imaginando mamar nos mamilos dela enquanto os olhava. Porra,
mas o bom Deus tinha sido generoso com seu peito. Balançando a cabeça, ele forçou
o olhar de volta para o rosto dela e examinou suas feições.
Dwyn Innes não era uma beleza. Pelo menos, não uma beleza óbvia. Ela tinha
um rosto bonito, um nariz pequeno e reto, uma boca que não era cheia e exuberante,
nem pequena e suculenta, mas em algum lugar no meio, e seus olhos também não
eram pequenos nem grandes demais. Eles eram talvez médios, mas a cor era um
lindo azul claro que parecia brilhar quando ela se divertia, ele notou.
E então havia o cabelo dela. Dwyn tirou-o do rosto com força e colocou um
coque na parte de trás da cabeça o qual era tão grande quanto seus seios, mas era um
belo ouro pálido com reflexos mais escuros que ele gostaria de ver soltos e fluindo
ao redor de seu rosto. Geordie imaginou isso agora, mas em sua mente ela não estava
usando o vestido com seu profundo decote. Em vez disso, ela estava nua, deitada na
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grama abaixo da árvore, com seus longos cabelos espalhados ao redor de seu corpo
exuberante.
Geordie se mexeu desconfortavelmente em seu galho, enquanto seu corpo
respondia àquela imaginação, seu pênis agora acordando do descanso e começando a
cutucar sua manta. Inclinando-se um pouco para a frente, ele apoiou o braço no colo
para escondê-lo e depois parou, quando percebeu que a pose colocava o rosto mais
perto do dela, a poucos centímetros de distância. Perto o suficiente para beijar, ele
pensou de repente, e então a alcançou rapidamente, quando ela se afastou surpresa e
quase caiu do galho.
—Cuidado, moça, — Geordie advertiu, sua voz saindo em um rosnado
rouco. Soltando-a assim que tinha passado o risco dela cair, ele se endireitou e
sugeriu: —Talvez seja melhor descermos agora.
—Sim, — ela concordou, com o rosto um pouco corado e, sem outra palavra,
colocou um pequeno pé escorregadio no galho ao lado da perna dele, apoiou uma
mão no grande galho em que se sentava e começou a empurrar a bunda para baixo.
—Dwyn!
Aquele grito lá de baixo assustou os dois, mas Dwyn se assustou fisicamente e
ele viu a maneira como seus olhos se arregalaram, em alarme, quando seu pé
escorregou do galho e ela começou a cair. Geordie nem mesmo pensou, mas se
inclinou e a segurou pela cintura, depois a arrastou de volta para cima para o colo
dele. Os dois congelaram então, nem parecendo respirar, quando outro par de
fêmeas apareceu embaixo da árvore e parou para olhar ao redor do pomar, com
óbvia exasperação. Ambas eram altas e bonitas, com cabelos escuros e feições
atraentes que estavam presentemente algo irritadas.
—Oh, onde ela foi agora? — A moça em um vestido rosa pálido murmurou
com irritação.
—Sem dúvida se escondendo, — a segunda mulher, vestida num vestido azul
claro, respondeu com um suspiro. —Você sabe como ela é tímida.
— Sim, bem, ela deve superar isso, Aileen, se quiser se casar. Esconder-se não
vai conseguir um marido para ela.
—Oh, deixe que ela tenha um pouco de paz, Una, — disse a moça chamada
Aileen, cansada. —Os irmãos solteiros de Buchanan não estão aqui no momento, de
qualquer modo e nós a atormentamos o suficiente apertando seus vestidos até que
ela mal possa respirar, e constantemente beliscando suas bochechas, tentando dar-lhe
alguma cor. Além disso, aquela cadela, Lady Catriona e sua amiga Lady Sash, estão
atormentando nossa irmã terrivelmente. Não a culpo por querer um momento para si
mesma.
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—Sim, — a moça chamada Una concordou severamente, e depois rosnou: —
Elas a estão chamando cara de cavalo agora, você ouviu?
—O quê? — Aileen disse com consternação.
—Sim, e elas começaram a provocá-la chamando-a de Whinnie, em vez de
Dwyn também.
—Eu pensei ter ouvido elas chamá-la de Whinnie, mas então decidi que eu
tinha ouvido errado e elas estavam dizendo Dwynnie.
—Não, — assegurou Una. —E elas seguem com sons de relinchos também. Eu
gostaria de arrancar seus olhos desagradáveis por implicar com ela.
—Elas são como lobos cheirando os mais fracos no rebanho, separando-os e
depois atacando, — disse Aileen com tristeza. —Eu gostaria que Dwyn revidasse.
—Ela é legal demais para isso, — disse Una, de alguma forma fazendo legal
soar quase nojento. —E nem se incomode em sugerir isso a ela. Ela apenas nos fez
nos sentir mal por estar com raiva delas ao dizer que elas obviamente estavam
infelizes por agir assim e precisavam de nossa simpatia.
— Sim, — concordou Aileen com um leve sorriso, seguindo quando Una se
afastou da árvore. —Eu juro que ela teria simpatia pelo diabo se o conhecesse.
—Provavelmente oferecesse a ele hidromel, — Una murmurou enquanto
desapareciam de vista e suas vozes começavam a ficar mais fracas.
Dwyn permaneceu completamente imóvel a princípio, quando as vozes
desapareceram. Ela mal ousou respirar uma vez que suas irmãs apareceram embaixo
dela, mas agora que elas estavam saindo, ela percebeu que não podia se mover de
qualquer maneira. Suas costas estavam pressionadas contra o peito de seu salvador,
o braço em volta da cintura como uma tira de aço sob os seios, segurando-a no
lugar. . . E empurrando os seios para cima novamente, ela percebeu com
consternação. Agora havia mais do que um pequeno mamilo em exibição no vestido
pequeno demais, embora Dwyn não pensasse que essa fosse a intenção do
homem. Ela nem pensou que ele provavelmente tivesse percebido o que estava
acontecendo. Ele percebeu?
Dwyn virou a cabeça e inclinou-a para poder olhar de volta para ele. Para seu
alívio, a cabeça dele estava virada, os olhos apontados na direção que as irmãs
haviam tomado enquanto ele esperava ter certeza de que elas foram embora. No
momento em que ela notou, ele olhou para ela e congelou, apertando brevemente o
braço em volta da cintura e enviando os seios para fora do vestido até que os
mamilos estavam quase completamente à mostra.
Os dois ficaram quietos por um momento. Dwyn estava corando ferozmente e
lutava para encontrar algo a dizer, para aliviar o constrangimento dela, quando ele,
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de repente, abaixou a cabeça e pressionou os lábios nos dela. Dwyn ficou tensa de
espanto quando sua boca roçou a dela uma vez e depois duas. Quando ele beliscou
seu lábio inferior, mordiscando-o e puxando-o suavemente, ela os abriu para ele. No
momento em que seus lábios se separaram, ele soltou o debaixo e cobriu sua boca
novamente com a dele. Desta vez, ela sentiu a língua dele deslizar para fora e Dwyn
ofegou de surpresa quando ela entrou em sua boca. Essa reação a derreteu,
substituída por uma onda quente de excitação entretanto, quando sua boca se
inclinou sobre a dela, sua língua empurrando e explorando.
Dwyn se viu respondendo ou tentando. Ela não tinha idéia do que estava
fazendo e, a princípio, tentou manter sua própria língua fora do caminho dele
enquanto sua boca se movia sob a dele, mas ele simplesmente a perseguiu. Quando
sua língua raspou contra a dela, Dwyn gemeu e parou de recuar para empurrar de
volta. As mãos dela subiram para agarrar o braço dele debaixo dos seios, as unhas
cravando na pele dele quando ela o beijou de volta, com tudo o que valia a pena.
Dessa vez, foi ele quem gemeu, e por um momento o beijo se tornou mais
exigente e faminto. Era como se ele estivesse tentando devorá-la, Dwyn pensou
fracamente, e descobriu que não estava nada alarmada com a
perspectiva. Arrancando uma mão do braço dele, ela estendeu a mão para deslizar os
dedos ao redor do pescoço dele, seu corpo se contraindo e se contorcendo para
pressioná-lo mais, e então ele de repente interrompeu o beijo e levantou a cabeça.
Por um momento, ele apenas a encarou, seu olhar aquecido deslizando sobre o
rosto corado e depois sobre os seios expostos. Dwyn seguiu seu olhar, observando
que os círculos de pele rosa escura se tinham se contraido e escurecido em torno dos
pequenos brotos, que haviam endurecido e agora estavam saindo do centro, como
flores buscando o sol.
Ela acabara de notar que quando o homem que a segurava moveu
bruscamente as mãos, pegou-a pela cintura e virou Dwyn para colocá-la em seu
galho novamente. No momento em que o traseiro dela caiu na madeira dura, ele
agarrou a frente do vestido e puxou-o para cobri-la adequadamente. Ele não soltou a
roupa de uma vez, mas congelou, ainda segurando o material, as costas de seus
dedos quentes contra os mamilos dela, que estavam respondendo muito
estranhamente ao toque não intencional.
Ofegando, Dwyn encarou suas mãos escuras contra sua pele pálida. Mas então
ele gemeu, atraindo o olhar dela para ver que ele fechara os olhos e parecia estar com
alguma angústia.
—Eu. . . —você está bem? — Ela perguntou trêmula, seu olhar mudando da
expressão sofrida dele para os dedos ainda dentro da parte superior e nas costas
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dela. —Você se machucou me levantando? Eu sei que sou pesada. Você. . . — Ela fez
uma pausa, seus próprios olhos se arregalando um pouco quando os dele
subitamente se abriram. Ele estava olhando para ela como se ela fosse carne macia e
ele não comesse há dias, Dwyn pensou fracamente, e então ele retirou abruptamente
as mãos e se foi. Ela piscou para o galho vazio à sua frente, e então se inclinou para
frente e olhou para baixo a tempo de vê-lo pousar levemente, sobre os pés, no chão
duro. Ele pegou um saco que estava contra o tronco e se afastou.
Dwyn ficou olhando até ele sumir de vista e depois recostou-se com um
suspiro trêmulo. Bem, isso não foi . . . Ela balançou a cabeça levemente e estendeu a
mão para pressionar os dedos nos lábios ainda formigantes. Isso tinha sido . . .
—Oh, meu Deus, — Dwyn respirou. Ela acabara de ter seu primeiro beijo, e
fora maravilhoso. Pelo menos, ela pensara que sim. Ela não achou que ele sair
daquele jeito era um bom sinal, e se perguntou o que isso significava. Talvez ela não
devesse ter deixado que ele a beijasse. Não que ela tivesse muita escolha, garantiu a
si mesma. Foi algo inesperado, e sua posição precária no colo dele. . .
Ah, desista, sua mente argumentou ao mesmo tempo. Ela não queria detê-lo,
não uma vez que a língua dele estava em sua boca. Então ela queria que ele
continuasse a beijá-la, e o fez, ela reconheceu com uma careta. Na verdade, ela
desejou que ele ainda estivesse lá, segurando-a no colo, a boca se movendo na dela,
os braços à sua volta. Mas ela desejou que ele tivesse feito mais. Ela não tinha certeza
do que exatamente, mas. . . As mãos dela se levantaram e se fecharam sobre os seios
quase protetoramente. Eles formigaram e endureceram quando ele a beijou, e
estavam estranhamente sensíveis agora, o roçar das palmas das mãos sobre eles,
mesmo através do tecido de seu vestido, fazendo-os formigar ainda mais.
Abaixando as mãos rapidamente, Dwyn virou-se para espiar a terra além do
muro e tentou não pensar nas sensações estranhas que agora corriam através de seu
corpo. Ou quem podia ser o homem. E se ele poderia repetir a experiência caso eles
se encontrassem novamente, enquanto ela estivesse aqui.
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Capítulo 2
— Irmão!
Geordie acenou para a saudação de seu irmão mais velho, Aulay, quando ele
alcançou a mesa alta, mas depois se virou para se inclinar e dar um beijo de saudação
na bochecha de sua cunhada Jetta.
—Geordie! Ficamos imaginando onde você estava, — exclamou Jetta,
pulando da cadeira para abraçá-lo calorosamente. Recuando para olhá-lo, ela
acrescentou: —Não estávamos esperando você até hoje, mas o encarregado do
estábulo disse que seu cavalo estava na baia, quando cheou esta manhã.
—Sim, — concordou Aulay, tomando o lugar da esposa para abraçar
Geordie. Dando um tapinha nas costas dele, ele perguntou: —Onde você dormiu
ontem à noite?
—O grande salão estava tão cheio que eu sabia que devíamos ter companhia,
então me dirigi ao pomar, — respondeu Geordie, seu olhar deslizando para os
convidados na mesa, que agora o olhavam ansiosamente. Todos, exceto dois, ele
observou. As mulheres que ele vira pela primeira vez nos jardins, perseguindo Dwyn
com suas provocações, pareciam um pouco consternadas e envergonhadas. Ele
suspeitava que elas estavam se lembrando da zombaria que lançaram em sua direção
ao vê-lo dormindo lá fora e agora se arrependiam.
—Foi bom, — disse Aulay, recuperando sua atenção. —Receio que você tenha
dado um susto nas garotas Innes se tivesse ido para o seu próprio quarto.
—Innes? — Ele olhou para o irmão bruscamente. —Dwyn?
As sobrancelhas de Aulay se levantaram um pouco, mas ele assentiu. —Sim. Dwyn,
Una e Aileen. O pai delas, James, dormiu em sua barraca de viagem no pátio, mas
nós demos sua cama às garotas ontem à noite.
Geordie não notou nenhuma barraca de viagem montada no pátio quando ele
o atravessou para a fortaleza, mas já era tarde e estava escuro, e ele estava exausto o
suficiente para não ter realmente olhado em volta. Isso não importava para ele,
entretanto. Sua atenção foi capturada pelo conhecimento de que Dwyn dormira em
sua cama na noite anterior, o cabelo adorável espalhado no travesseiro e o corpo
aquecido pelos lençóis e peles dele.
Percebendo que seu próprio corpo estava respondendo à imagem em sua
mente, ele moveu a bolsa que segurava para sua frente, para cobrir sua virilha
crescente. —Vim apenas para deixar você saber que estava de volta. Estou indo para
o lago agora, para me limpar.
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—Eu irei com você. Precisamos conversar de qualquer maneira, — anunciou
Aulay, seguindo-o quando Geordie se virou e se afastou.
—Eu vou me juntar a você também.
Geordie olhou ao redor para aquele grito ansioso, apenas captando a
exasperação que brilhava no rosto de Jetta, ao ser deixada para lidar com todos os
convidados sozinha, antes que seu olhar encontrasse seu tio Acair de pé e correndo
atrás deles, com uma velocidade que desmentia sua idade. O olhar de Geordie
voltou-se para a cunhada com desculpas, mas ela sorriu levemente e acenou para
eles, depois parou com surpresa quando Aulay se virou de repente e correu de volta
para beijá-la. Não foi um beijo rápido, mas um beijo longo e profundo que deixou
sua pequena esposa corada e respirando pesadamente.
Geordie balançou a cabeça e continuou andando, e Aulay o alcançou quando
chegaram às portas do castelo. Os três ficaram em silêncio enquanto cruzavam o
pátio para os estábulos para buscar seus cavalos. Foi só quando chegaram ao lago e
desmontaram que Aulay finalmente falou.
—Suponho que você tenha notado que a maioria dos nossos convidados é do
sexo feminino, — começou seu irmão quando desmontou.
—Sim, — concordou Geordie, enquanto amarrava as rédeas de sua montaria
em torno de um galho baixo.
—Como ele não perceberia? — Tio Acair rosnou enquanto cuidava de sua
própria montaria. —Temos mulheres vindo de todos os lados agora. Não há lugar na
fortaleza em que um homem possa encontrar um momento de paz, sem que
mulheres sorridentes o sigam fazendo perguntas. Falando em voz alta para imitar as
mulheres, ele perguntou: —Qual dos três irmãos você acha que é mais bonito?
Quem é mais forte? Que tipo de mulher você acha que este gostaria? Ou aquele? Eles
têm todos os dentes? Qual é o melhor na batalha? Balançando a cabeça, ele disse com
sua própria voz: —Isso é irritante.
Terminando com o cavalo, Geordie virou-se para o irmão, uma sobrancelha
erguida.
Fazendo uma careta, Aulay evitou o olhar e murmurou: —Parece que você,
Rory e Alick se tornaram um pouco procurados.
—Procurado? — Acair assobiou com diversão. —Eles estão sendo caçados, os
três. — Virando-se, ele perfurou Geordie com um olhar e disse: —Eu correria como o
diabo se fosse você, rapaz, senão você se encontrará derrubado e algemado a uma
dessas moças lá atrás.
—Tio, — Aulay rosnou com irritação. Ele então fez uma careta para Geordie e
disse: —Nem pense em correr. Estou preso num castelo cheia de fêmeas há vários
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
dias e quero que elas se vão. Mas elas não vão a lugar nenhum até que você e seus
irmãos escolham uma, cada um, ou pelo menos decidam que não as querem e tornem
isso conhecido.
Geordie resmungou com isso e foi até a beira da água. Uma vez lá, ele
rapidamente tirou o plaid. Ele começou a tirar a camisa em seguida, mas fez uma
pausa e voltou-se para Aulay. —Como diabos todas elas acabaram em Buchanan?
—Ah. — Aulay fez uma careta. —Bem, você se lembra de quando as garotas
decidiram ter essa visita alguns meses atrás?
Geordie assentiu. Era difícil esquecer. Jetta dissera docilmente, mas com
determinação, a ele, Aulay, Rory, Alick e tio Acair que eles não eram bem-vindos e
que desaparecessem enquanto sua irmã e as esposas dos irmãos, assim como Jo
Sinclair e Annabel MacKay e suas filhas, as visitavam. Aulay aceitou a palavra dela,
colocou seu segundo, Simon, no comando dos homens e ele, Geordie, tio Acair, Rory
e Alick, todos partiram para o pavilhão de caça. Logo a eles se juntaram os demais
irmãos, além de MacDonnell, Sinclair e MacKay, que escoltaram suas esposas a
Buchanan, apenas para serem gentilmente expulsos pelas mulheres.
Estava lotado no chalé, e eles acabaram conversando, rindo e bebendo pelas
noites a fora, e depois passando a maior parte dos dias cuidando da ressaca. Houve
pouca caçada realmente, ao final. Mas o álcool era necessário para fazer com que o
chão parecesse menos desconfortável à noite, e havia sido um bom momento no
final.
—Bem, — disse Aulay agora, —parece que elass ficaram conversando sobre
vocês três —você, Rory e Alick —e se preocupando sobre como desejavam que os
três estivessem assentados e casados felizes, também. Aparentemente, elas tiveram a
ideia de ajudá-los com isso.
—Bom Deus, — Geordie respirou.
—Sim, — Acair concordou severamente.
—Então? — Geordie perguntou quando Aulay não continuou. —O que elas
fizeram? Como diabos acabamos com um castelo cheio de mulheres?
Aparentemente, eles fizeram uma lista de todas as mulheres que conheciam
que haviam perdido seu noivo e estavam disponíveis. Elas então reduziram a lista a
todas aquelas que eram a filha mais velha, sem irmão para herdar terras ou títulos e,
finalmente, escreveram cartas para seus pais, apontando as vantagens da filha se
casar com um Buchanan.
—Vantagens? — Geordie perguntou com diversão. —Eu não tenho um pote
para mijar. Que vantagem é essa?
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Aulay fez uma careta para seus comentários. —Mamãe e Papai lhe deixaram
moedas e um pouco de terra, assim como fizeram com nossos irmãos. Você sabe que
estão esperando por você no momento em que você pedir.
—Sim, mas um pouco de dinheiro e terra não é um lar para levar uma esposa,
— Geordie apontou exasperado.
—Essa é a beleza disso, — disse Aulay com um sorriso. —Quando elas
obtiveram as respostas dos lairds interessados, elas responderam e deram os
termos. Somente os lairds que estavam dispostos a fazer de um de vocês seu herdeiro
e nomeá-lo o próximo laird foram convidados a trazer suas filhas, para que vocês se
encontrassem.
—E os pais de todas as mulheres na fortaleza estavam dispostos? — Ele
perguntou, incrédulo.
—Geordie, somos Buchanans, um clã forte e orgulhoso, mas agora
acrescentamos que Niels e Edith são laird e lady dos Drummonds, Saidh e seu Greer
são laird e lady de MacDonnell, Conran e Evina são laird e lady dos Macleans e
Dougall e sua Murine não são apenas laird e lady de Carmichael aqui na Escócia,
mas também de Danvries na Inglaterra . . . — Ele fez uma breve pausa para deixar
isso assentar e acrescentou:— E isso nem inclui os Sinclairs e os MacKays, que são
amigos de todos nós, ou o primo de Evina, Gavin, que é como um irmão e filho para
ela, ao mesmo tempo e agora é o laird dos MacLeods. Qualquer um deles certamente
chamaria seus homens para ajudar, se algum de nós precisasse de ajuda. — Ele
ressaltou: —Não apenas temos agora uma influência considerável, como teríamos
pelo menos oito clãs fortes e ricos às nossas costas, se sob ataque.
—Sim, — disse Acair agora. —Muitos gostariam de se juntar ao nosso círculo e
desfrutar desse tipo de segurança. Especialmente homens que não são dotados de
herdeiros do sexo masculino e procuram proteger suas filhas e terras de vizinhos
gananciosos, que gostariam de tomar uma ou as duas pela força.
Geordie balançou a cabeça. Quando colocado assim, ele podia ver por que os
pais estavam interessados em arranjar um casamento. Ainda . . . —Você não vai
querer me dizer que as mulheres escreveram tudo isso de um lado para o outro
naquele fim de semana?
—Não. Elas enviaram as primeiras mensagens naquele fim de semana e, em
seguida, Jetta escrevia para as outras mulheres toda vez que recebia uma resposta e
elas respondiam com sugestões sobre o que fazer a seguir, e assim por diante.
—Você não notou que eu tive que enviar um dos meus homens quase todos os
dias, durante os últimos dois meses, com mensagens de Jetta para as várias
mulheres?
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Geordie havia notado isso antes de partir, mas tinha achado legal que Jetta
estivesse se dando tão bem com todas as mulheres. Suspirando, ele balançou a
cabeça. —Eu gostaria de dizer que foi gentil de Jetta e as outras terem tido todo esse
trabalho . . .
—Mas? — Aulay cutucou, quando ele fez uma pausa.
—Mas eu não quero me casar ainda, — disse ele simplesmente.
—Geordie, você tem vinte e nove anos agora, — apontou Aulay.
—Sim, mas eu tenho estado tão ocupado ajudando todo mundo . . . Primeiro
estávamos correndo de um lado para o outro por Murine e Dougall, depois Edith e
Niels, e depois. . . Ele fez uma careta. —E passei as últimas seis semanas ajudando
Evina a estabelecer Gavin em MacLeod.
—Como foi isso, a propósito? — Aulay perguntou agora.
—Bem, — assegurou Geordie. —O tio jogou o lugar abaixo, com suas apostas
e coisas assim, então as pessoas ficaram mais do que felizes em receber Gavin como
seu próprio laird. Eu acho que o dote que o pai de Evina havia pegado por Gavin, em
troca de seu silêncio sobre o que Garret MacLeod fez com Lady MacLeod
ajudou. Deverá percorrer um longo caminho para reparar os danos que o tio
causou. E Evina e Conran vão ajudar o jovem Gavin a se firmar em seus pés como
laird.
Aulay assentiu e, em seguida, colocou a mão em seu ombro e apertou até
Geordie encontrar seu olhar. —Acho que você passou muito tempo nos últimos anos
ajudando a família, e tenho certeza de que provavelmente sente que perdeu algum
tempo em suas loucuras da juventude. Não estou insistindo em que se case
imediatamente. Mas não fará mal dar uma olhada nas mulheres e ver se alguma
delas lhe interessa. Você sempre pode concordar com um contrato que estipule que o
casamento não ocorrerá por seis meses ou até um ano a partir de agora, para que
você tenha algum tempo para se divertir, — ele disse, e apontou: — Esta é uma
oportunidade de ouro para você, Geordie. Se você escolher qualquer uma das
mulheres em Buchanan agora, não estaria apenas ganhando uma esposa, mas uma
fortaleza e seu próprio povo.
—Sim, — Geordie murmurou, franziu o cenho e perguntou: —A que distância
fica Innes?
As sobrancelhas de Aulay se ergueram com surpresa, mas ele respondeu:
—Tão longe quanto MacDonnell, mas é mais nordeste do que norte diretamente.
Geordie assentiu, pensativo.
—Eu não sabia que você conhecia os ineses, — disse Aulay depois de um
momento.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Oh, eu não conheço, — disse ele, tirando a camisa agora e jogando-a para
cair em seu plaid.
—Mas quando eu disse que as meninas Innes dormiram em seu quarto ontem
à noite, você mencionou Dwyn, — ele apontou confuso.
—Não. Eu não conheço, — ele assegurou-lhe com firmeza.
—Ah, Dwyn, — Acair suspirou do outro lado de Geordie, enquanto removia
seu próprio plaid. —Agora há uma boa moça, com um belo par de seios para manter
um homem aquecido à noite.
Geordie fez uma careta para o tio, mas suas palavras haviam trazido à tona
aqueles seios em sua mente. Meu Deus, quando ele olhou para baixo, depois que
suas irmãs deixaram a área, e viu seus belos seios saindo do vestido acima do braço
dele . . . Ele engoliu em seco quando se lembrou da vista. Sua boca agora se enchia de
saliva como antes, e sua língua formigava com o pensamento de raspar as
protuberâncias doces de seus mamilos escuros e sugá-los em sua boca. Geordie ainda
não tinha certeza de como ele se impediu de, simplesmente, fechar as mãos sobre
cada globo e amassar sua doce carne. Mas ele tinha conseguido.
Nada poderia tê-lo impedido de beijá-la entretanto, e maldito fosse se Dwyn
não o tivesse beijado de volta. A moça tinha estado envergonhada no início,
obviamente não qualificada, mas ela aprendeu rapidamente, e os miados e gemidos
de prazer que ela lhe dera por apenas beijá-la, quase o empurraram a fazer muito
mais. Quando Geordie começou a pensar em como tirá-la daquela árvore sem ter que
parar o beijo, para que ele pudesse arrancar o vestido dela, deitá-la na grama e se
afundar em seu calor acolhedor, soube que era hora de acabar com as coisas e se
afastar dela. Ele tinha feito isso tão abruptamente . . . Ele nem ficou para ajudá-la a
descer da árvore, ele percebeu com uma careta.
—Bem, você diz que não a conhece, mas parece que você a quer, — disse
Aulay secamente.
Geordie olhou para ele com confusão, e depois seguiu o olhar até a virilha,
onde seu pênis estava erguido, e acenando com emoção, com os pensamentos que
acabavam de passar por sua mente. Praguejando, ele se virou e entrou na água
gelada do lago, depois mergulhou sob a superfície. Dwyn não era alguém com quem
pudesse se divertir. . . mas ele desejou que fosse.
—Bem, então, — disse Acair, enquanto observavam Geordie nadar para longe
da margem. —Apesar dele afirmar que ainda não está pronto para se casar, acho que
nosso rapaz pode estar interessado em Dwyn.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Sim, — concordou Aulay secamente. —Então, você pode querer deixar de
comentar sobre seu belo peito novamente. Ele não parecia satisfeito quando os
mencionou.
—Isso, ou talvez eu deva cortejar a moça,— disse Acair com um sorriso lento.
—O quê? — Aulay virou-se para ele com surpresa.
—Bem, eu também sou um Buchanan, rapaz. E solteiro e também sem
castelo. Eu tenho doze bons anos que me restam e posso reunir energia suficiente
para plantar um ou dois filhos na barriga de uma mulher. — Sorrindo de repente, ele
acrescentou: — Pelo menos, essa será minha história para convencer Geordie que ele
tem concorrência. É sempre bom fazer um rapaz pensar que ele não é a única opção
que uma mulher tem. Faz com que ele a aprecie mais. Pense em como foi com
Dougall quando os meninos estavam todos ansiosos para salvar Murine através do
casamento.
—Sim, — disse Aulay, pensativo, e depois balançou a cabeça. —Desde que
você explique as coisas para Mavis. Senão, a mulher pode matar vocês dois por
ciúmes.
Acair ficou rígido. —Você sabe sobre Mavis e eu?
—É claro.
Acair franziu o cenho e olhou para Geordie. —Você acha que Geordie sabe?
—Eu duvido, — disse Aulay depois de um momento, e depois admitiu: —Só
sei porque Jetta descobriu e me disse. Acho que ela não mencionou isso para ele. Ela
protegeria sua privacidade.
—Bom, — disse ele com satisfação. —Então eu vou fingir cortejar a moça.
—E Mavis? — Aulay perguntou. —Você vai explicar as coisas para ela, para
que ela não fique com ciúmes?
Acair considerou isso brevemente e depois balançou a cabeça. —Não, é
melhor não contar a ela. Apenas no caso de Geordie saber sobre ela. Ele espera que
ela fique com ciúmes e minha Mavis não mente nem para salvar sua alma. Além
disso —acrescentou ele secamente, —ela tem estado um pouco irritada comigo
ultimamente, e acho que não vai doer lembrá-la de que tenho outras opções também.
Aulay levantou as duas sobrancelhas com isso e balançou a cabeça. —Você
fará como quiser, mas por minha experiência nada torna uma mulher mais amarga
ou perigosa do que ser desprezada por um amante. Então, eu tomaria cuidado com
ela, se você fingir cortejar Dwyn.
Dando de ombros descuidadamente, Acair tirou a camisa e seguiu Geordie na
água.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
— Aqui está você!
Dwyn não se deu ao trabalho de erguer os olhos do livro que estava lendo
quando suas irmãs invadiram o quarto. Mas ela engasgou de surpresa quando Aileen
arrancou o livro da sua mão. Sentando-se abruptamente, ela gritou: —Não perca
minha página!
—Ah, não vou — disse Aileen exasperada, tirando o pedaço de linho que
Dwyn mantinha como marcador de lugar na frente do livro e colocando-o entre as
páginas.
—Honestamente, Dwyn, — Una murmurou, agarrando sua mão e arrastando-
a para fora da cama. —Viajamos dias para chegar aqui e ganhar um marido, e o que
você faz? Você se esconde no quarto e mente sobre ler livros o dia todo.
—São poemas cruzados de Gille Brighde Albanach, — explicou Dwyn,
observando preocupada até Aileen colocá-lo cuidadosamente sobre a mesa. —Nós
não temos isso em Innes.
—Nós também não temos homens lá. Pelo menos, não do tipo com o qual você
poderia se casar, e é para isso que você está aqui, — disse Una com firmeza.
—Agora, deixe-me olhar para você.
Suspirando, Dwyn ficou parada sob a inspeção de suas irmãs, surpresa
quando as duas começaram a franzir a testa.
—O que você está fazendo usando esse vestido?— Una retrucou.
—É o único vestido com que consigo respirar sem que meu peito salte, —
rosnou Dwyn, infeliz.
—Bem, isso é muito ruim. Foi ele que você usou para viajar para cá e está
imundo. Você não pode usar isso na refeição da noite, — disse Una com firmeza. —
Aileen, traga um vestido limpo para ela. Aquele cor de rosa fica bem nela.
—Oh, não, — gritou Dwyn, com os olhos arregalados de alarme. Ela
experimentara todos os seus vestidos uma vez que ela conseguiu se esgueirar de
volta para a fortaleza. Nenhum dos malditos vestidos se encaixava, mas o vestido
rosa era o pior. Se ela respirasse mais do que um pouco, seus seios apareciam como
uma ratazana enfiando a cabeça no buraco para olhar em volta.
—Oh, sim, — disse Una com firmeza. — Parece bom com a sua
coloração. Falando sobre o que. . .
—Ai! — Dwyn deu um pulo para trás e olhou para a irmã quando ela, de
repente, beliscou suas bochechas dolorosamente.
—Eu estava apenas tentando lhe dar mais cor, — disse Una, exasperada.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Não fique brava, Dwyn —disse Aileen calmamente, correndo com o vestido
rosa. —Estamos apenas tentando conseguir um marido para você. Nós duas nos
sentimos tão mal que estamos noivas enquanto você. . .
—Tudo bem,— Dwyn interrompeu um suspiro e balançou a cabeça quando
começou a desfazer os laços do vestido que estava usando. Suas irmãs, ambas mais
novas que ela, agiam como se fosse o fim do mundo se ela não se casasse. Nenhuma
das duas conseguia entender sua atitude sobre o assunto, e por que ela não estava
fazendo todo o possível para encontrar um marido, mas sabiam o seu valor. Ela era
uma boa mulher e não era feia, pelo menos não se achava assim. Mas ela também não
era bonita, não era o tipo de pessoa que chamava a atenção quando encarava as
mulheres mais bonitas, de Buchanan. A única maneira de conseguir um marido era
se alguém chegasse a Innes e ficasse um pouco, por algum motivo. Uma vez que eles
a conhecessem. . . É claro que não era provável que isso acontecesse, então ela
resolvera se tornar uma empregada idosa, ou talvez se retirar para um convento
algum dia no futuro. Mas como isso significava muito para suas irmãs, ela usaria o
vestido rosa . . . e esperava que ela não desmaiasse por falta de ar, ou humilhasse, em
vez disso, a si mesma e à sua família, fazendo com que seus seios pulassem para
fora.
—Pronto — disse Aileen momentos depois, quando terminou de ajudar com
os laços e recuou para examiná-la criticamente.
—O vestido está lindo, — disse Una finalmente. ― Mas. . .
—O cabelo dela, — disse Aileen, e a outra garota assentiu.
—Oh! Não, espere! — gritou Dwyn, estendendo a mão para cobrir a cabeça.
—Não. Você tem um cabelo adorável, irmã. Você deve mostrá-lo, não
mantenha tudo preso em cima de sua cabeça como. . . Oh —disse Una, surpresa,
enquanto puxava vários alfinetes dos cabelos de Dwyn e os fios dourados se
desenrolavam e caíam por suas costas.
—Meu Deus, — Aileen respirou. Está muito longo. Quando ele ficou tão
grande?
Una balançou a cabeça e se afastou. —Eu vou pegar a escova.
—É glorioso, Dwyn — disse Aileen solenemente, agarrando vários fios e
puxando-os para o lado antes de deixá-los soltos. —Por que você nunca os deixa
soltos? Acho que não os vejo assim há anos, nem mesmo quando venho para acordá-
la de manhã.
—Eu nunca os solto, — disse Dwyn em um suspiro exasperado. —É
encaracolado e fica um nó terrível se não o mantenho em um coque.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—É muito pesado para enrolar mais. Agora está apenas em ondas adoráveis
— anunciou Una, retornando com uma escova e entregando a Aileen para segurar
enquanto tirava a correia que segurava o cabelo de Dwyn em um rabo de
cavalo. Uma vez que ela tinha o cabelo comprido solto, ela começou a escová-lo, mas
perguntou: —Se você não gosta tanto dele, por que não o corta?
Dwyn fez uma careta com a pergunta. —Mamãe me fez prometer nunca cortá-
lo. Ela disse que eu ficaria agradecida um dia, mas. . . Ela encolheu os ombros.
—Oh, Catriona e Sasha vão comer a própria língua quando virem Dwyn
assim, — disse Aileen com entusiasmo, ao ver os resultados de seus esforços
momentos depois.
—Sim — disse Una, satisfeita, e então encontrou o olhar de Dwyn e disse:
—Você está bonita.
Dwyn apenas balançou a cabeça. O rosto dela era o mesmo, fora apenas a
moldura que havia mudado. O cabelo dela era apenas outra distração, como os
seios. A única diferença era que, pelo menos, ela poderia esconder os seios atrás dos
cabelos se eles saltassem agora.
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Capítulo 3
—Meu Deus do Céu.
Geordie ergueu os olhos da cerveja para a exclamação do tio e seguiu seu
olhar para as escadas, onde três mulheres estavam descendo. Levou um momento
para reconhecer as irmãs de Dwyn, Una e Aileen. Ele não reconheceu a mulher com
elas, mas seu olhar se estreitou com interesse quando ele captou seus longos cabelos
esvoaçantes. Eram bastante gloriosos, chegando até os joelhos, uma cortina brilhante
de ouro pálido que parecia ter vida própria, enquanto oscilava ao seu redor.
—Com aqueles seios contra o peito e aquele cabelo glorioso em volta dele, um
homem estaria no céu, — Acair rosnou, e de repente ficou de pé, atravessando o
corredor.
Geordie franziu a testa, seu olhar se voltou para os seios da loira e seus olhos
se arregalaram quando ele reconheceu aqueles seios. No momento, seios grandes e
cheios estavam fazendo o possível para escapar do vestido cor de rosa em que
haviam sido enfiados e ele soube imediatamente que era Dwyn. Geordie, em
seguida, ergueu o olhar para o rosto dela, quase envergonhado por terem sido os
seios que ele reconheceu primeiro.
—Dwyn parece bem com o cabelo solto, mas por que o tio Acair está agindo
tão estranho? — Jetta perguntou ao lado dele.
—Ele decidiu cortejar Dwyn, — Aulay falou devagar, divertido.
—O quê? — Jetta perguntou surpresa.
—O quê! — Geordie exclamou ao mesmo tempo.
Aulay encolheu os ombros, seu olhar concentrado em Geordie, enquanto
dizia: —Você disse que não a conhecia e não estava pronto para se estabelecer, e ele
também é um homem de Buchanan. Então, ele decidiu que gostaria de ter um castelo
sozinho.
—Oh, — Jetta disse com uma careta. —Eu não tinha pensado em incluí-lo,
porque, bem, e sobre Mav. . .
—Mavis, — disse Aulay abruptamente, sorrindo por cima do ombro de
Geordie, e ele se virou para encontrar a mulher mais velha atrás dele, uma jarra de
cerveja na mão e uma expressão de mágoa no rosto, enquanto observava Acair se
curvar e levantar a mão de Dwyn para um beijo. Aliás, a reverência quase apoiou a
coroa da cabeça no peito de Dwyn, notou Geordie com desagrado.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Oh, Mavis, — disse Jetta com simpatia, e ele olhou em volta para ver a velha
correndo em direção às portas da cozinha, a jarra cheia ainda na mão. Jetta seguiu
atrás dela com preocupação no rosto, e Geordie fez uma careta para o irmão.
—Não olhe para mim, — protestou Aulay, levantando as mãos. —Eu não fiz
nada.
—Você sabe de Acair e Mavis.
—Eu sei, — ele reconheceu. —Embora eu não achasse que mais alguém
soubesse.
— Todo mundo sabe, — disse ele pesadamente.
—Sim, bem, eles não são casados, assim como você e a pequena Katie não
eram.
—O que isso significa? — Geordie perguntou, paralisando.
—Nada, — disse Aulay de repente e suspirou. —É exatamente por isso que os
casos com os criados raramente duram muito, e o tio Acair é um nobre como
nós. Não há razão para que ele não possa se casar e se tornar laird de Innes, se assim
o desejar.
—Mavis não é apenas uma criada, — argumentou Geordie. —Ela tem sido
como uma mãe para nós desde que nossa mãe morreu. Antes mesmo disso. Ela
sempre foi como uma segunda mãe.
—Mas ela não era nossa mãe e não é casada com Acair, — disse Aulay
solenemente. —Ele é livre para cortejar quem ele desejar.
Geordie abriu a boca para responder, mas depois parou quando seu tio falou
ao lado dele.
—Aqui está, moça. Sente-se aqui ao meu lado e pedirei a um criado que lhe
traga uma bebida.
Geordie virou-se para fazer uma careta para o tio e perguntou com desdém: —
Por que você não pede a Mavis? Ela estava aqui com cerveja há um momento atrás.
—Bem, ela não está aqui agora, então. . . Katie, amor!— Ele chamou, sorrindo
por trás de Geordie. —Por favor, traga uma bebida a essa adorável lady, sendo uma
boa garota.
Geordie olhou por cima do ombro a tempo de ver a criada de cabelos escuros
sair correndo em direção às cozinhas. Ele voltou a olhar para Dwyn. Ela parecia um
pouco perturbada com a atenção do tio dele; seu olhar estava abaixado timidamente,
mas seu rosto era quase da mesma cor que seu vestido, e não faltou alívio em seu
rosto quando suas irmãs se apressaram para falar com o pai, mais abaixo na mesa e
se posicionaram do outro lado. . . Elas tiveram que fazer Lady Catriona Lockhart e
Lady Sasha Kennedy se empurrarem no banco para criar espaço para elas, mas a
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
irmã chamada Una não teve nenhum escrúpulo em fazer o pedido. Geordie tinha
certeza de que as outras duas mulheres estavam prestes a protestar — ambas com
olhares maldosos em seus rostos —mas, notando que ele estava observando,
Catriona sorriu e deu uma cotovelada em Sasha, empurrando-a para o lado, antes de
se inclinar para sussurrar em sua orelha. Os olhos de Sasha dispararam em sua
direção e depois se afastaram, e ela se moveu ao longo do banco.
Geordie grunhiu e fez um registro para si mesmo para avisar Alick e Rory
sobre o par. Ambas eram adoráveis na superfície, mas ele teria pena de qualquer
homem que se casasse com qualquer uma delas, e ele seria maldito se tivesse uma
dessas víboras em sua família. Que tipo de mulher faziam um esporte de insultar e
assediar outra? As esposas de seus irmãos as odiariam.
—Aqui está, milady.
Geordie desviou o olhar do rosto corado de Dwyn e olhou para Katie quando
a criada colocou uma caneca de cerveja na frente da moça. Ao vê-lo observando, a
criada ofereceu-lhe um sorriso doce que ele retornou automaticamente, mas foram
Dwyn e tio Acair que agradeceram à garota antes que ela se afastasse.
—Geordie? — Aulay disse agora.
Ele viu os olhos de Dwyn se arregalarem um pouco quando ela ouviu seu
irmão se dirigir a ele pelo nome, e só então percebeu que ele não se dera ao trabalho
de se apresentar, na árvore, naquela manhã. Ele ofereceu a ela uma careta de
desculpas por isso, e depois se virou com relutância para o irmão, levantando uma
sobrancelha questionando.
—Você teve a chance de conhecer alguma das damas desde que chegou?
Um pequeno som de angústia chamou sua atenção de volta para Dwyn. Ela
obviamente ouvira a pergunta e temia que ele descobrisse o que havia acontecido
entre eles, naquela manhã. Geordie lançou-lhe um olhar tranquilizador e depois
voltou-se para o irmão. —Não. Embora eu tenha visto Lady Catriona e Lady Sasha
no pomar. Eles estavam perseguindo uma das outras mulheres, provocando-a e
depois pararam para zombar de mim, quando me viram dormindo debaixo de uma
árvore.
—Oh? — Aulay olhou brevemente para as mulheres. —Bom saber.
—Eles são Lowlanders, — ressaltou com desgosto. Na sua opinião, os
Lowlanders eram quase tão ruins quanto os ingleses. Você não poderia esperar muito
deles.
—Oh, ora, não há nada errado com os Lowlanders, — disse o tio Acair.
—Basta olhar para a nossa adorável Dwyn aqui. Ela também é uma Lowlander e uma
bela figura de mulher.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Geordie franziu a testa quando percebeu que era verdade. Innes ficava nas
planícies ao leste das montanhas que compunham as Terras Altas.
—Sim, e Innes está no Mar do Norte. Certamente isso compensa não ter nossas
adoráveis montanhas, — sugeriu Aulay, oferecendo a Dwyn um de seus raros
sorrisos. Embora eles se tornaram muito mais comuns desde a chegada de Jetta em
sua vida, Aulay ainda não estava acostumado a ter companhia em sua casa. Sem
dúvida, isso era um teste para ele, mas ele estava se esforçando, pensou Geordie, e
depois olhou em volta quando uma criada respondeu ao aceno de seu tio e correu
com um prato de comida.
—Aqui está, moça. Tio Acair virou-se para pegar o prato e o segurou na frente
de Dwyn. —O que você quer? Ou devo alimentá-la?
Quando o rosto de Dwyn ficou vermelho de vergonha, Geordie fez uma careta
para o tio. —Você não vê que está envergonhando a moça? Ela pode se alimentar.
—Os homens jovens de hoje, hein, Dwyn? — Disse seu tio levemente.
—Nenhum romance em suas almas. Você fica comigo, amor. Sou um homem que
sabe como tratar uma mulher.
Geordie olhou com raiva para o homem e depois olhou em volta com uma
careta, quando ele subitamente recebeu uma cotovelada no lado. Vendo que Aulay
havia se movido para o lugar vazio de Jetta e que fora ele quem o cutucou com o
cotovelo, ele ergueu as sobrancelhas. — O que foi?
—Você rosnou, — ele murmurou, mantendo a voz baixa.
—O quê? — Geordie perguntou, incrédulo.
—Sim, — garantiu Aulay, divertido. —Você rosnou para o tio Acair como um
cachorro cujo osso está ameaçado. Tem certeza de que não conhece Lady Innes?
Apertando a boca, Geordie se levantou.
—Para onde você vai? — perguntou Aulay com interesse.
—Não estou com fome. Acho que vou dar uma volta no pátio, — ele
murmurou.
—Você não vai conhecer as mulheres dessa maneira, — assinalou Aulay, com
exasperação. —Minha esposa as trouxe aqui para você, o mínimo que você pode
fazer é conversar com uma ou duas e ver se você está pelo menos um pouco
interessado.
—Estou conhecendo-as, — ele garantiu. —E eu já eliminei duas. Eu nem
gostaria das moças Lockhart e Kennedy em nossa família muito menos em minha
cama.
—Realmente? Elas são tão ruins assim? — perguntou Aulay, olhando ao longo
da mesa para as duas mulheres em questão.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Sim, — assegurou Geordie. —E se Rory ou Alick as escolherem, eu também
não participarei de reuniões familiares futuramente. — Com isso, ele passou por
cima do banco e se afastou rapidamente da mesa. Ele não diminuiu a velocidade até
sair da fortaleza e atravessar o pátio. Mas ele não podia escapar tão facilmente da
lembrança de seu tio se fazendo de bobo para Dwyn. O homem tinha mais que o
dobro da idade dela, por Deus. O que, ele supôs, não era tão incomum. Muitos
idosos se casaram com mulheres muito mais jovens. Mas Dwyn era um pequeno
pacote apaixonado e merecia um jovem viril, com uma paixão e uma energia que
combinassem com a sua. Alguém mais como ele.
Praguejando baixinho, Geordie começou a andar mais rapidamente e depois
parou quando ouviu seu nome ser chamado por uma voz feminina suave. Geordie
não escondeu sua decepção quando viu que era a criada Katie, e apenas esperou
pacientemente que ela o alcançasse.
—Lady Jetta sugeriu que lhe embalasse um pouco de comida para seu passeio,
caso fique com fome —a moça disse um pouco sem fôlego, estendendo um grande
pacote para ele. —Coloquei alguns pêssegos, pão, queijo e carne dentro.
—Obrigado, moça. Você é uma boa garota — disse Geordie, suspirando,
enquanto aceitava a bolsa.
Katie sorriu com o elogio e deslizou um pouco mais perto, sua mão subindo
para roçar seu peito gentilmente. —Gostaria que eu fosse com você,
milaird? Poderíamos ir ao lago para nadar à noite.
Geordie levantou as sobrancelhas com isso. —Eu pensei que você estava
passando um tempo com Simon?
Ela encolheu os ombros levemente, deslizando a mão pelo peito dele até o
estômago e continuando para baixo. —Sim, de vez em quando, mas agora não estou.
Geordie pegou a mão dela quando caiu abaixo da cintura dele. —Obrigado
pela oferta gentil, moça. Mas acho que gostaria de ficar sozinho comigo mesmo
agora.
Katie fez uma careta de decepção, mas o soltou e recuou. —Como quiser,
milaird.
—Obrigado por me trazer a comida, moça — Geordie murmurou, e depois a
observou voltar para as portas da fortaleza antes de se virar. Ele parou então, sem
saber para onde deveria ir. Ele costumava nadar no lago à noite, mas outro mergulho
realmente não o agradava naquele momento. Ele também não estava com vontade de
andar a cavalo. Ou procurar uma das criadas ou moças da aldeia para passar o
tempo.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Geordie olhou para o pacote de comida na mão e depois se virou para dar a
volta na fortaleza em direção aos jardins nos fundos. Ele comeu e depois enrolou-se
em seu plaid e se preparou para dormir cedo. Esse parecia um bom plano. Ele
realmente não dormira muito na noite passada antes de Dwyn e suas perseguidoras
o acordarem, logo após o amanhecer. Ele também não tinha comido nada naquele
dia. Ele evitou a refeição do meio-dia e passou a tarde praticando em combate com os
homens, na esperança de evitar as mulheres que invadiram sua casa, apenas para
descobrir que o haviam rastreado até lá e o estavam observando cruzar espadas com
homem após homem.
Dwyn, ele notou, era a única mulher no castelo que não estava entre elas. Por
alguma razão isto decepcionou Geordie e ele logo se cansou de lutar. Embainhando
sua espada, ele evitou as mulheres novamente e pegou seu cavalo para ir até o lago
para lavar a sujeira e o suor que acumulara com seus esforços. Ele então se vestiu e
voltou para a refeição da noite, mas não tinha nem um pouco da comida circulando,
antes que a irritação o tirasse da mesa.
Seu tio estava agindo como um idiota em volta de Dwyn, Geordie pensou
irritado, mas depois afastou o pensamento. Era como lhe dar indigestão. Melhor
apenas tirar da cabeça qualquer pensamento sobre seu tio, Dwyn e qualquer outra
mulher, e concentrar-se em relaxar para poder dormir depois de comer.
—Agora, moça. Coma. Você mal tocou em sua comida. Um pássaro come
mais do que você.
Dwyn desviou o olhar das portas da fortaleza onde Geordie desaparecera
vários minutos atrás e forçou um sorriso para o homem gentil ao seu lado. Ela tinha
certeza de que Acair Buchanan estava prestando atenção nela para fazê-la se sentir
bem e, embora apreciasse o pensamento, ela realmente não gostava de ser o foco da
atenção. Infelizmente, a maneira como ele estava pairando sobre ela e dando-lhe
elogios altos parecia estar ganhando o interesse de todos os outros na fortaleza. As
outras mulheres aqui, para conhecer os Buchanans solteiros, estavam sussurrando e
rindo entre si, enquanto a observavam com sorrisos condescendentes, e seu pai
parecia preocupado. Quanto a todos os outros . . . Bem, ela notou os olhares
estranhos que o povo de Buchanan estava enviando para ela e Acair Buchanan, e teve
a sensação de que eles não gostavam ou não aprovavam a atenção que ele estava
dando a ela.
—Então, o que você acha do nosso Geordie?
Dwyn olhou surpresa para o homem mais velho com essa pergunta e sentiu-se
corar. Oh. Eu. . . bem, só falei com ele uma vez.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Você falou? — Ele perguntou com interesse. —E quando foi isso?
—Esta manhã,— ela admitiu, abaixando a cabeça para olhar a comida em seu
prato.
—Hoje de manhã, hein? E onde foi isso?
—No pomar, —Dwyn murmurou, brincando com a coxa de frango que Acair
havia colocado em sua bandeja. —Eu havia escalado uma árvore para escapar —bem,
para encontrar um momento sozinha, —e ele . . . Eu acho que ele pensou que eu
estava presa lá em cima, — ela percebeu de repente, enquanto se lembrava de suas
ofertas para ajudá-la a descer. Dando de ombros, ela acrescentou: —Ele subiu e
conversamos um pouco, e então. . . Percebendo que ela estava dando muito mais
informações do que provavelmente deveria, Dwyn fechou a boca.
—E então o que, moça? — Acair perguntou gentilmente.
Dwyn engoliu em seco e disse: —E então ele desceu e eu continuei sentada ali
por um tempo.
—Então, não havia. . .
—Acair?
Franzindo a testa, ele interrompeu a pergunta e olhou em volta.
Curiosa sobre quem a salvara do que suspeitava ser pergunta de um homem
que ela temia ser muito exigente para o seu bem, Dwyn também olhou ao redor e viu
Lady Buchanan se aproximando deles. Assim que Jetta chamou sua atenção, ela
parou de andar, sorriu torto para Dwyn, mas depois acenou para Acair.
—Com licença, moça. Eu sou necessário, eu acho, — Acair murmurou, e se
levantou para ir até a bonita dama de cabelos escuros.
Dwyn viu o casal conversar. Ela não conseguiu ouvir muito do que foi dito,
mas pegou o nome —Mavis— e alguma coisa sobre chorar, e então Acair seguiu
Lady Buchanan até as cozinhas.
—Você perdeu seu namorado?
Dwyn virou-se para espiar Catriona naquela provocação. Suas irmãs estavam
na mesa conversando com seu pai, e Catriona e Sasha se aproximaram, ocupando o
espaço novamente, ela viu. Ignorando-as, ela se voltou para a comida, mas seu
apetite desapareceu de repente.
—Bem, anime-se, tenho certeza que ele voltará, e pelo menos alguém está
interessado em você, — disse Catriona com um brilho cruel nos olhos.
—Sim, — acrescentou Sasha, inclinando-se em direção a Catriona para
acrescentar: —E um velho Buchanan é melhor do que nenhum
Buchanan. Certamente é mais do que eu esperava que você conseguisse, Whinnie.
—Senhoras, uma palavra. Por favor?
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Dwyn olhou rapidamente ao redor para aquelas palavras afiadas de Aulay,
mas ele não estava olhando para ela. Seu olhar de aço estava focado em Catriona e
Sasha quando ele se levantou.
Por um momento, as duas mulheres pareciam congeladas, mas Catriona se
levantou, arrastando Sasha pelo cotovelo com ela. —Claro, milaird.
Dwyn observou-os sair com os olhos arregalados e depois notou que todo
mundo estava olhando para ela novamente. Corando, ela se levantou também.
—Onde eles estão indo? — Aileen perguntou, correndo de volta para o lado
dela.
—Eu não sei. Laird Buchanan disse que queria falar com elas, — disse ela,
desconfortável.
—Elas estavam alfinetando você de novo? — Una perguntou imediatamente.
—Ele ouviu?
Dwyn deu de ombros, impotente, e começou a passar por elas.
—Aonde você está indo? — Aileen perguntou com preocupação, pegando sua
mão para detê-la.
—Para o garderobe, — Dwyn murmurou, puxando sua mão livre e deslizando
para longe da mesa. Mas ela não foi ao garderobe. Ela passou pela pequena porta e
abriu caminho até as portas da fortaleza.
O alívio tomou conta dela quando ela saiu para o ar fresco da noite. Ela odiava
ser o centro da atenção, especialmente quando tinha a sensação de que havia feito
algo errado, mas não sabia o quê, e era assim que se sentia sob os olhos de
desaprovação do povo de Buchanan.
Balançando a cabeça, Dwyn desceu os degraus da fortaleza e depois vagou
pela lateral do prédio, para voltar aos jardins atrás da fortaleza. Mais
especificamente, ela estava indo para sua árvore. Foi assim que ela começou a pensar
nela. Ela havia escalado a árvore três vezes agora, desde que chegara a Buchanan e
isso lhe serviu bem nas três vezes. As pessoas nunca olhavam para cima. Dwyn
aprendeu isso anos atrás, quando criança pequena de cinco anos subiu em sua
primeira árvore. Sua mãe e as criadas a procuravam por horas e ela se sentava na
árvore, observando, mas nunca fazendo barulho. Imagine, ela levou umas palmadas
quando finalmente desceu e sua mãe a encontrou, mas isso não a impediu de subir
naquela árvore, na vez seguinte, que ela quis escapar do que quer que estivesse
acontecendo em Innes.
É claro que Geordie levantou os olhos esta manhã, mas ela suspeitava que ele
devia tê-la visto subir primeiro. Um pequeno sorriso curvou seus lábios quando ela
lembrou que ele se ofereceu para ajudá-la. Mal podia acreditar que o homem com
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quem estivera conversando e que a beijara era Geordie Buchanan. Dwyn balançou a
cabeça com o pensamento e lembrou-se de sua surpresa, quando ela explicou por que
a casa estava cheia de convidados. Ele não parecia saber nada sobre o que estava
acontecendo, e ela se perguntava agora o que ele pensava de toda a questão de
encontrar uma noiva para ele. Ela suspeitava pouco, já que ele não estava sendo
muito cooperativo. O homem ficou sumido o dia todo e depois saiu do grande salão
no jantar.
Dwyn não podia culpá-lo. Ela não gostaria que meia dúzia ou mais de homens
e suas famílias aparecessem em Innes, na esperança de que ela os escolhesse como
marido. Suas irmãs provavelmente gostariam disso, mas ela não. Dwyn gostava de
uma vida tranquila e agradável. Ela cuidava dos seus negócios, fazendo o que
precisava ser feito e dispensando qualquer agradecimento ou elogio que recebesse
por isso. Ela não fazia isso por gratidão ou para impressionar as pessoas; ela apenas
fazia o que sentiu que deveria ser feito, porque era seu dever.
O som de uma porta se abrindo a fez parar quando ela dobrou a esquina
traseira do castelo. Dwyn olhou cautelosamente para a porta, meio que esperando
ver uma de suas irmãs ou as duas, ou talvez até Lady Catriona e Lady Sasha,
correndo em busca dela. Avistando a pequena criada de cabelos escuros, que saiu
com uma cesta na mão, ela sorriu e depois a deixou com seus assuntos e começou o
caminho no jardim em direção às árvores nos fundos.
Dwyn adorava um jardim à noite. O sol estava baixo no céu e a escuridão
estava caindo, mas ela ainda podia ver bem o suficiente para evitar pisar em plantas
ou vegetais. Uma vez na parte de trás, ela se virou para as árvores, passando dos
pessegueiros para as cerejeiras maiores além deles. Ela olhou ao redor rapidamente
quando alcançou a árvore e depois subiu depressa, mas parou bruscamente e quase
caiu quando foi colocar a mão em um galho e sentiu couro macio em vez da madeira
dura. Foi apenas uma mão firme segurando seu braço que a impediu de uma queda
desagradável.
—Cuidado, moça.
Erguendo a cabeça, Dwyn piscou para Geordie através da escuridão crescente
e depois hesitou. Como todo mundo, ela não olhou para cima, percebeu, ou
certamente teria percebido que seu lugar estava ocupado e não teria subido.
—Sinto muito, milaird, — disse ela depois de um momento. —Eu não sabia
que havia alguém aqui em cima. Eu vou embora e. . .
—Não, — interrompeu Geordie, puxando-a para cima segurando seu braço. —
Você é bem-vinda para se juntar a mim. Afinal, era sua árvore primeiro.
Quando ela hesitou, indecisa, ele acrescentou: —Eu tenho comida.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Dwyn piscou, confusa com as palavras.
—Jetta mandou uma criada atrás de mim com um pacote de comida, mas eles
embalaram pão, queijo, carne e pêssego suficientes para duas ou três pessoas,
— disse ele, divertido. —Você é bem-vinda para se juntar a mim.
Isso a decidiu. Dwyn adorava pêssegos e ela não tinha comido muito no
jantar, então continuou subindo até poder se estabelecer no galho em frente a ele. O
mesmo ramo em que ela estava quando o encontrou lá antes, ela percebeu. E ele
estava no galho em que se sentou antes também, pensou ela, e se perguntou se ele a
beijaria novamente enquanto ela o observava desatar um saco pesado que pendia de
um galho grosso logo acima dele.
—O que você gostaria primeiro? — perguntou Geordie, colocando o saco no
colo e abrindo-o para espiar para dentro.
—O que quer que esteja por cima, — disse Dwyn, com um encolher de
ombros, e viu quando ele alcançou e puxou uma coxa de frango. Sorrindo, ela aceitou
a oferta e deu uma mordida enquanto o observava puxar uma segunda perna para si.
—As pernas são as minhas favoritas, — anunciou Geordie, ajustando o saco
para que ele estivesse seguro em seu colo e provavelmente não caísse.
—Minhas também, — admitiu Dwyn, depois de engolir o que estava em sua
boca. —A carne escura é sempre úmida.
—Sim, — ele concordou, e depois ficou em silêncio enquanto comiam o
frango. Ele terminou sua perna primeiro, mas esperou até que ela terminasse e
depois estendeu a mão.
Dwyn hesitou, mas quando seus dedos se mexeram em um movimento —dê
aqui,— ela lhe deu o osso de galinha e o observou atirar os ossos, o dela e o dele na
muralha. Ela os viu atravessar os galhos sem impedimentos, mas não tinha certeza
de que haviam alcançado a muralha até que um respingo molhado atingiu seus
ouvidos. Eles pousaram no fosso além do muro.
—Ah. Queijo e pão.
Dwyn olhou de volta para ele, mas ficou mais escuro enquanto eles comiam e
ele era apenas uma sombra escura na frente dela.
—Estenda sua mão, — ele instruiu, aparentemente entendendo o problema.
Dwyn estendeu a mão, sentiu a mão dele bater na dela e, em seguida, colocar
um pedaço de pão e um pedaço menor de queijo na palma da sua mão. Ela os puxou
para si mesma, murmurando: —Obrigada.
—É um prazer, — assegurou Geordie, e ela ouviu um farfalhar enquanto ele
mexia na bolsa novamente.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Então, diga-me, você costuma se pendurar entre árvores? — Geordie
perguntou levemente, enquanto colocava a bolsa no colo.
Ela sorriu fracamente com a pergunta provocadora, mas apontou: —Você
estava aqui primeiro.
—Desta vez, — ele concordou.
Dwyn deu de ombros, mas depois percebeu que ele talvez não tivesse visto
aquilo na noite escura, ela disse: —Sim. Eu gosto de árvores. Elas não me beliscam as
bochechas para tentar forçar a cor nelas, nem me fazem usar vestidos mais
adequados a uma prostituta.
Geordie riu disso, um som muito agradável e profundo que a fez sorrir e
tremer ao mesmo tempo. Quando seu riso desapareceu, ele disse: —Una parece . . .
—Insistente? — Ela sugeriu e acrescentou: —Mandona? Ousada?
—Sim, — ele riu. —Ela certamente não teve nenhum problema em fazer
Catriona e Sasha se moverem ao longo do banco para dar espaço para ela e Aileen se
sentarem ao seu lado.
—Sim, — concordou Dwyn, e explicou: —Una é muito protetora comigo, o
que é estranho, porque eu assumi como sua mãe quando a mãe dela morreu. Eu era
sempre quem a protegia então. Mas agora, os papéis parecem ter se invertido e ela
me segue como se ela fosse a mãe.
—Você disse a mãe dela? — Ele perguntou. —Vocês não têm a mesma mãe?
Dwyn sacudiu a cabeça e disse: —Não. Minha mãe morreu quando eu tinha
seis anos.
—Como ela morreu? — Geordie perguntou, sua voz soando solene.
—Tentando me dar um irmãozinho ou irmãzinha, — disse ela com tristeza. —
Depois de mim, ela perdeu vários bebês antes de estarem prontos para nascer, mas
este sobreviveu até o nascimento. Infelizmente, o curador disse que estava errado
dentro dela. Mamãe trabalhou três dias tentando empurrar o bebê para o mundo e
simplesmente não conseguiu. Ela morreu com ele ainda nela.
—Sinto muito, — disse Geordie suavemente.
—Eu também, — admitiu Dwyn solenemente. —Ela era uma boa mãe e eu
sentia muita falta dela. Porém, cerca de um ano depois, papai se casou com a mãe de
Una e Aileen, Lady Rhona. Ela foi gentil comigo. Una nasceu nove meses depois
disso, e Aileen dois anos depois. Infelizmente, Lady Rhona morreu alguns dias após
o nascimento de Aileen. Uma infecção, disse o curador.
—Do parto, — disse Geordie sem um pingo de dúvida, e então estalou a
língua com impaciência. —Muitas mulheres morrem enquanto tentam trazer uma
nova vida ao mundo. É assim que a maioria dos homens perde a esposa.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—E a maioria das mulheres perde seus homens para a batalha, — apontou
Dwyn em voz baixa.
—Mas meu irmão Rory diz que muitas mulheres morrem
desnecessariamente. Que a ignorância e a falta de limpeza é que causam a morte.
—E você não acha que a morte em batalha poderia ser evitada? — Ela
perguntou secamente. —Se vocês não estivessem tão ansiosos para correr para a
batalha, perderíamos muito menos homens.
—Sim, — Geordie concordou. —Mas um homem bom não pode ficar inerte e
permitir que o mal cresça e se espalhe por toda a terra.
Os dois ficaram em silêncio por um momento e se concentraram em comer,
mas assim que o pão e o queijo se foram, ela ouviu o farfalhar quando ele enfiou a
mão na sacola novamente e depois perguntou: —Quantos anos suas irmãs têm?
—Una tem dezesseis anos e Aileen quatorze, — respondeu ela. —E ambas
agem como o dobro disso.
Geordie riu e disse: —Então você já viu vinte e quatro anos?
Dwyn paralisou de surpresa e então percebeu que ele havia descoberto pelo
que ela havia dito. Limpando a garganta, ela disse: —Terei em um mês.
—Ah. Estenda a mão, — ele ordenou, e quando ela o encontrou, colocou um
pêssego redondo e fresco nela e depois perguntou: —Há quanto tempo seu
prometido morreu?
—Sete anos atrás,— ela respondeu, e depois levantou o pêssego para dar uma
mordida. Um suave “hmmm” de prazer deslizou de sua garganta, quando sua boca
se encheu do suco doce e da polpa do pêssego.
—Bom?
Dwyn abriu os olhos que ela fechara de prazer e olhou para sua forma
escura. Sua voz soou rouca, e ela se perguntou o porquê, mas disse: —Sim. Muito. Os
pêssegos são as melhores frutas. . . Exceto pela bagunça que eles fazem,
—acrescentou ela, sentindo um rastro de líquido deslizar pela mão. —Eu não creio
que eles colocaram um pedaço de tecido na bolsa ou algo assim?
—Receio que não, — disse Geordie, rindo. —Você apenas tem que lamber os
sucos.
—Isso não é muito feminino, — disse ela, impaciente.
—Moça, você está em cima de uma árvore, — ressaltou, divertido. —Isso é
muito feminino?
—É, se você não for pega, — garantiu Dwyn.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Geordie caiu na gargalhada com isso e ela sorriu ao ouvir o som enquanto
comia o pêssego. Quando o riso desapareceu, ele comentou: — Você é uma mulher
interessante, Dwyn Innes.
—Sim, — ela concordou facilmente. —Una está sempre me dizendo que eu
sou estranha.
—Eu disse interessante, não estranha, — ele protestou.
—Não é a mesma coisa? — perguntou Dwyn inocentemente, e ele riu
novamente. Eles pararam de conversar para se concentrar em seus pêssegos, e a noite
se encheu de sons de mastigar e sugar enquanto faziam o possível para comer as
frutas sem ficar completamente cobertos com o suco pegajoso. Pelo menos, era o que
Dwyn estava tentando fazer, mas seu pêssego estava tão maduro e cheio de líquido
doce que ela temia que tivesse feito uma bagunça terrível. Certamente, sua mão
estava molhada e pegajosa quando ela terminou.
—Aqui, — disse Geordie, de repente, quando terminou. —Me dê seu caroço e
eu colocarei o saco em sua mão no lugar dele. Você pode usar o saco para limpar a
sujeira.
—Como você sabe que eu fiz uma bagunça? — Ela perguntou
maliciosamente. —Talvez eu tenha conseguido não fazer uma bagunça.
—Sim, talvez, — ele concordou. —Mas você fez uma bagunça, não fez? — Ele
perguntou, e ela podia ouvir o sorriso em sua voz.
—Sim, — admitiu Dwyn com um suspiro, e estendeu o caroço de pêssego.
—Acho que até peguei um pouco de suco no meu cabelo.
Rindo de novo, Geordie encontrou a mão no escuro, pegou o caroço de
pêssego e o substituiu pelo saco de pano. Dwyn rapidamente limpou as mãos,
ouvindo enquanto ele jogava os caroços pelo mesmo caminho dos ossos de galinha e
os salpicos se seguiram.
—Diga-me como é Innes.— Sua voz saiu da escuridão, profunda e suave como
o ar da noite.
—Innes, — Dwyn suspirou o nome, desejando estar lá. —É plana em
comparação com a sua Buchanan, mas adorável da mesma forma.
—O que é adorável nisso?
—A água, — ela disse imediatamente. —Sinto falta da água quando estou
longe de Innes.
—Você passa muito tempo na água?
—Ah, sim, eu pego Angus e Barra e passeamos na praia com frequência.
—Quem são Angus e Barra? — Ele perguntou imediatamente, sua voz
cortando a noite.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Meus cachorros, — explicou Dwyn. —Eles são irmãos, uma mistura de
dinamarquês gigante e galgo escocês. Ambos são meninos grandes.
— Dinamarquês gigante e galgo escocês?
Ela podia sentir a surpresa em sua voz e sorriu. —Sim. A mãe deles era um
cão de caça que meu pai me deu quando eu tinha quinze anos. Eu a amava demais,
mas o mesmo acontecia com um dinamarques do meu pai —disse ela secamente. —
Ela teve uma ninhada há três anos e eu fiquei com dois dos meninos. Papai gosta que
eu os mantenha comigo quando eu saio da fortaleza. Como proteção. Eles são
bastante ferozes e protetores comigo — acrescentou ela, e depois hesitou antes de
perguntar: —Seus pais já morreram, não?
—Sim. Meu pai morreu em batalha alguns anos atrás, e minha mãe, de
doença, muito antes disso. — Ele ficou em silêncio por um minuto e acrescentou: —
A morte de mamãe foi o que fêz Rory se interessar em curar. Todos nós nos sentimos
tão impotentes assistindo sua doença e incapazes de ajudá-la, mas ele pegou o mais
difícil.
—Ele se tornou conhecido por suas habilidades, — disse ela, sem esconder sua
admiração. Dwyn tinha alguma habilidade em curar, mas Rory Buchanan era
considerado quase um curandeiro de milagres por muitos. Ele era muito procurado
por lairds das Highlands às Lowlands, oferecendo-lhe um resgate de rei para cuidar
de seus entes queridos doentes. Ela ouvira que até os ingleses estavam começando a
enviar pedidos, embora ele aparentemente não se importasse em viajar para o
sul. Espiando a silhueta sombria de Geordie, ela perguntou: —Suponho que é por
isso que ele não está aqui?
—Sim, — ele quase gritou, irritado com a admiração que ouviu na voz dela
por seu irmão. Percebendo que estava agindo como um idiota ciumento, ele
acrescentou em um tom mais normal: —E Alick, nosso irmão mais novo, está com
ele. Eles devem retornar em breve . . . a menos que tenham notícias do que os espera
aqui, — acrescentou ele secamente. —Então eles podem encontrar uma necessidade
para ficar longe por muito mais tempo, para se salvar.
—Salvar a si mesmos? — Ela perguntou divertida. —Os homens não desejam
se casar, então? Eu entendi que todos os seus irmãos mais velhos são casados. Eles
não são felizes?
—Sim, eles são, e eles têm esposas bonitas, todos eles, — ele admitiu
solenemente, e depois sorriu e acrescentou: —Eu não acho que já tinha visto meus
irmãos tão felizes quanto agora que eles encontraram as esposas deles. E eles estão
todos ocupados me fazendo sobrinhas e sobrinhos. Minha irmã, Saidh, já teve dois
pares de gêmeos, o primeiro par do sexo feminino e o segundo, um belo par de
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
garotos. E Dougall e Niels têm um filho e outro a caminho, e a esposa de Conran,
Evina, agora também está grávida.
—Ah,— disse Dwyn, sorrindo levemente, mas disse: —E, no entanto, isso soa
como se você não quisesse casamento e filhos para si.
— E você? — Geordie rebateu.
Dwyn considerou isso seriamente, antes de dizer: —A maioria das mulheres
pensa, eu acho. Somos criadas nos preparando para o dia em que nos casamos e
temos nossa própria casa, um marido para cuidar e filhos para amar e criar como
fomos criados.
—Então você acha? —Ele perguntou.
Ela fez uma careta irônica na escuridão, mas foi essa mesma escuridão que lhe
permitiu responder honestamente. —Não tenho certeza. Eu tenho muitos medos
sobre isso.
—Que tipo de medos? — Ele perguntou com interesse.
—Bem, eu costumava temer o leito conjugal, — ela admitiu, corando apesar da
escuridão, e depois seguiu em frente. —Mas, apesar disso, eu ainda gostava de
imaginar uma vida com um marido que cuidasse de mim e uma dúzia de doces
crianças correndo por aí. Mas minha mãe e minha segunda mãe, morreram ao dar à
luz, e também tenho medo de morrer assim também, — confessou. — Às vezes acho
que tive sorte de meu noivo ter morrido e não ter vindo me reivindicar. Eu já poderia
ter morrido na cama de parto, se ele tivesse vindo.
Geordie ficou em silêncio por um minuto, mas depois disse: —Você disse que
costumava temer o leito conjugal?
—Sim, bem. — Ela fez uma careta. —Dizem que é desagradável e doloroso e
tal. Dificilmente algo que uma moça ansiasse para ver.
—Mas você disse que costumava, — ressaltou. —Como se você não temesse
mais isso?
—Oh. — Corando, ela olhou para a forma escura dele e, em seguida, sentindo-
se corajosa na escuridão, ela admitiu: —Bem, seus beijos nesta manhã me fizeram
pensar que talvez o leito do casamento pudesse não ser tão ruim. O que quer que
siga aos beijos pode ser um pouco difícil, mas pode valer a pena para apreciar o beijo.
Geordie ficou em silêncio por tanto tempo que Dwyn começou a pensar que o
irritara com suas palavras, o que não tinha sido sua intenção. Na verdade, ela
suspeitava que sua honestidade tinha sido com esperança de que ele pudesse querer
beijá-la novamente, mas isso obviamente não iria acontecer. Ele viu o quão adoráveis
as outras mulheres disponíveis para ele eram. Por que beijá-la quando havia tantas
outras mais bonitas?
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Seus pensamentos morreram abruptamente quando seus lábios de repente
cobriram os dela.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Capítulo 4
D wyn ficou tão surpresa que congelou, como uma lebre vendo um caçador,
quando a boca de Geordie cobriu a dela pela primeira vez. Estava tão escuro agora
que ela não tinha percebido que ele havia se mexido. Mas essa escuridão não
impediu que ele encontrasse sua boca, e depois de um momento, ela soltou um
suspiro contra os lábios dele, enquanto se moviam sobre os dela. Foi apenas um leve
toque que ele deu a ela a princípio, seus lábios roçando, se afastando e depois
roçando novamente. Era muito doce e gentil, e Dwyn sorriu sob a boca dele,
fechando os olhos enquanto se inclinava para frente para pressionar a boca com mais
firmeza contra a dele. No momento em que o fez, sentiu a língua de Geordie deslizar
ao longo do lábio inferior. Quando ela os separou para permitir a entrada, ele pegou
seu lábio inferior entre os dele e chupou gentilmente, depois deixou sua língua
deslizar em sua boca.
Gemendo em resposta, Dwyn enlaçou os braços em volta do pescoço dele e o
beijou-o de volta, encontrando timidamente sua língua em vez de recuar e
chupando-a também, convidando-a mais profundamente em sua boca. Ela ouviu o
rosnado baixo que vinha de sua garganta, e todas as provocações suaves pararam
abruptamente quando ele enroscou a mão em seus longos cabelos e a usou para
deslizar a cabeça, para que a boca se inclinasse sobre a dela, sua língua agora
empurrando com demanda, conquistando ao invés de explorar.
Dwyn gemeu em resposta. Esquecendo que eles estavam sentados em uma
árvore, ela apertou os braços em volta do pescoço dele e se mexeu para frente,
tentando se aproximar. Lembrou-se de sua situação precária quando seu traseiro
deslizou para fora do galho e começou a cair. Antes que ela pudesse fazer mais do
que ofegar em sua boca, Geordie enrolou o braço em volta dela, segurando a parte
superior do corpo firmemente no peito dele, mas deixando seus quadris e pernas
balançando entre seus joelhos enquanto ele continuava a beijá-la.
Com os seios contra o peito dele e uma brisa fresca deslizando pelas pernas
sob as saias penduradas, Dwyn apertou os braços em volta do pescoço dele e gemeu
em sua boca. O longo e baixo som pareceu revigorar Geordie e ela o ouviu rosnar
profundamente em sua garganta, quando sua boca se tornou mais exigente na dela,
sua língua empurrando quase violentamente agora.
Quando ele repentinamente interrompeu o beijo, Dwyn gemeu novamente,
mas desta vez com decepção. Ela temia que ele estivesse prestes a colocá-la de volta
em seu galho e sair como ele havia feito naquela manhã, mas, em vez disso, ele
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
mexeu as mãos para pegá-la pela cintura e levantá-la, quando sua boca pousou em
seu pescoço e começou a mordiscar e chupar a carne macia. Com um suspiro
assustado escorregando de seus lábios, com o formigamento que a atravessou, Dwyn
inclinou a cabeça para lhe dar mais espaço para trabalhar, as mãos segurando os
ombros dele agora.
—Coloque seus joelhos de cada lado de mim, moça. — As palavras foram
murmuradas contra sua garganta quando ele mordiscou e chupou lá, e Dwyn
obedeceu automaticamente, erguendo as pernas para apoiá-las no galho de cada lado
de seus quadris, para que ela ficasse montada nele.
—Sim, assim, — ele rosnou contra a pele dela, e ela sentiu uma mão agarrar
sua bunda e apertar quando ele a incentivou a avançar até que ela pudesse sentir
algo duro pressionando seu núcleo. Isso enviou uma onda surpreendente de
excitação e necessidade se derramando através dela. Os dois gemeram e, em seguida,
Geordie usou a outra mão para empurrar a parte superior do corpo para trás, para
que ele pudesse olhá-la.
Sentindo seu hálito quente no peito, Dwyn olhou para baixo, não
terrivelmente surpresa ao ver que seus seios estavam fazendo um bom trabalho de
escapar de seu vestido novamente. Sua pele branca parecia quase brilhar na
escuridão, ela notou, e então viu seus seios se erguerem ainda mais, fora do vestido,
enquanto a cabeça dele se inclinava na direção deles, arrancando um suspiro dela. A
cabeça dele bloqueou sua visão, mas Dwyn sentiu sua boca se mover sobre um seio,
beliscando e depois chupando ansiosamente a curva superior, antes de baixar para
que sua língua pudesse deslizar molhada e quente, ao longo do decote dela. Deslizou
sobre a curva de um globo redondo, antes de alcançar e fazer uma pausa no mamilo,
agora apenas espreitando por cima.
Dwyn ofegou quando sentiu os dentes dele pegarem gentilmente a ponta do
mamilo endurecendo, e então gemeu quando ele o puxou, pressionando-a para mais
longe debaixo do tecido, mas ela soltou um longo gemido baixo quando ele começou
a chupá-la. Sua boca atraiu avidamente o mamilo sensível, sugando enquanto sua
língua girava, e Dwyn jogou a cabeça para trás e gritou, os dedos cravando no tecido
cobrindo os ombros dele enquanto a ação enviava excitação e prazer através dela.
Geordie soltou o mamilo então, e levantou a cabeça novamente, uma mão se
mexendo para agarrar o cabelo atrás da cabeça, enquanto ele puxava o rosto para
outro beijo. Dwyn o beijou de volta quase desesperadamente, o mamilo molhado
formigando no ar fresco da noite, até que a mão dele o cobriu, a pele áspera dos
dedos dele abrasando-o e enviando mais choques de excitação através dela, enquanto
ele apalpava e amassava sua carne ansiosa.
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Quando ele interrompeu o beijo novamente e rosnou: —Eu quero ver você, ela
soltou uma pequena risada. Estava escuro demais para ver muita coisa, Dwyn tinha
certeza, mas não protestou quando ele insistiu empurrando a parte superior do corpo
dela até que ela se encostou no galho em que estava sentada, seu corpo agora
espalhado diante dele.
—Linda, —Geordie rosnou, e ela olhou para baixo com confusão ao ver que a
lua estava levantando agora, iluminando a escuridão e deixando sua pele pálida
visível, onde o vestido rosa não a cobria. Ambos os seios estavam totalmente
descobertos, o decote preso embaixo deles e os empurrando juntos e para cima, como
se os oferecesse a ele.
Quando Geordie aceitou a oferta e fechou as mãos sobre os dois, apertando-os
e pressionando-os ainda mais, Dwyn deixou a cabeça cair para trás. Ela fechou os
olhos, apenas para que eles se abrissem novamente quando ela levantou a cabeça
com confusão, enquanto ele deu um beijo suave no primeiro mamilo e depois no
outro, antes de puxar o tecido para cobri-los.
—Devemos fazer você voltar para dentro. — As palavras eram um rosnado
dolorido que soou quase relutante, mas isso não aliviou seu
desapontamento. Obviamente, ele não estava gostando tanto do interlúdio quanto
ela, Dwyn supôs tristemente, e depois ofegou de surpresa quando ele a pegou pela
cintura e a colocou de volta em seu galho.
—Vou descer primeiro e depois ajudá-la, — disse Geordie, e de repente
desapareceu de vista.
Inclinando-se para a frente, ela o viu pular rapidamente para o chão e depois
olhar de volta para ela, com expectativa. Dwyn hesitou, mas depois suspirou,
encontrou os apoios para as mãos e começou a descer sozinha, assegurando-se de
que certamente estava escuro o suficiente para que ele não pudesse realmente ver sob
sua saia como ela temia.
Ela estava na metade do caminho e procurando cegamente um ponto mais
baixo, quando sentiu a mão dele no tornozelo sob as saias. Dwyn congelou
brevemente, até que ele moveu o pé dela para um galho, e então ela se obrigou a
continuar, o batimento cardíaco disparando quando a mão dele ficou ali, subindo
pela lateral da perna enquanto ela descia. Ela parou novamente quando a mão dele
alcançou sua coxa.
—Milaird? — Dwyn disse então, sua voz trêmula com os estranhos
sentimentos que a percorriam.
Dwyn achou que ele gemeu então, mas a mão foi removida. Soltando um
pequeno suspiro, ela começou a se mover novamente, apenas para respirar
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rapidamente assustada quando ele a pegou pela cintura e a levantou. Seus pés mal
tocaram o chão quando ele a girou, pressionou-a contra a árvore e a beijou
novamente. Foi um beijo rápido, duro, quase punitivo, e Dwyn nem sequer teve a
chance de se recuperar o suficiente de sua surpresa, para começar a beijá-lo de volta,
quando de repente ele o interrompeu e deu um passo para trás.
—É melhor você entrar agora, moça. Eles estarão procurando por você. — A
voz dele era profunda e rouca, e arrepiou sua pele, mas ela murmurou concordando
e girou, seus longos cabelos esvoaçando. Dwyn sentiu um breve puxão em sua
cabeça quando se afastou, como se seu cabelo estivesse preso em alguma coisa, mas
então ela estava livre. Ela não olhou para trás enquanto corria por entre as
árvores; ela nem estava realmente olhando para frente. Principalmente, ela estava
olhando para dentro de si, sua mente rememorando seus beijos e carícias e os
sentimentos que eles haviam gerado nela. Se ela estivesse olhando para onde estava
indo, não teria colidido com o homem no caminho.
Ofegando, Dwyn recuou abruptamente e teria tropeçado nos próprios pés se
Aulay Buchanan não tivesse estendido a mão para segurá-la.
—Cuidado, moça. Já está escuro o suficiente para tornar traiçoeiro o caminho
irregular, — ele disse gentilmente.
—Sim, — Dwyn respirou, e ofereceu um sorriso trêmulo quando a soltou.
—Do que você estava fugindo? — Ele perguntou antes que ela pudesse
contorná-lo e se apressar. —Essas moças estavam lhe causando problemas de novo?
Os olhos de Dwyn se arregalaram com o descontentamento em seu rosto, mas
ela balançou a cabeça rapidamente. —Não, senhor. Eu estava apenas. . . Ela
gesticulou vagamente atrás dela, incapaz de responder. Ela mal podia dizer a ele do
que estava fugindo quando ela mesma não sabia. Não havia razão para
fugir. Geordie não a perseguiu nem a ameaçou de forma alguma. Mas logo que ele
parou de tocá-la e beijá-la e disse que ela deveria ir, ela se apressou e então começou
a correr como se o próprio diabo estivesse atrás dela. Isso era algo que ela não
entendia. Especialmente porque ela realmente preferia ter ficado lá com ele. Talvez se
ela tivesse, ele a teria beijado novamente. Talvez ele tivesse descoberto e tocado seus
seios novamente também, algo que ela achou incrivelmente agradável, o que foi
bastante surpreendente para ela. Dwyn nunca os considerara úteis para nada além de
alimentar uma criança. Ela estava aprendendo uma nova apreciação pelas coisas
grandes e tolas, e começando a entender que talvez os homens não gostassem deles
simplesmente porque isso significava que suas crianças seriam bem alimentadas.
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Consciente de que Aulay estava olhando para ela, esperando por uma
resposta, ela suspirou e balançou a cabeça. —Eu apenas pensei que deveria entrar
antes que meu pai começasse a se preocupar.
—Ah. Eu não vou impedi-la, então. — Assentindo, ele se endireitou e deu um
passo para o lado, mas acrescentou: —No entanto, se essas moças a incomodarem
novamente, você terá que me dizer. Eu as avisei para que se comportassem, caso
contrário as enviarei de volta, e não hesitarei em fazê-lo, caso elas a incomodem
novamente.
—Oh. — Dwyn olhou para ele de olhos arregalados. —Isto
é . . . er . . . Obrigado, Milaird, mas não precisa . . . Quero dizer, eu não gostaria que
você as mandasse embora por minha causa. E se um de seus irmãos desejar uma
delas para esposa?
—Se o fizerem, não são os homens que eu acho que são, — ele assegurou.
—De fato, suspeito que as duas mulheres não estão fazendo nada, além de
ocupar espaço aqui. Eu as mandaria embora, exceto que não gostaria de humilhá-las
dessa maneira. Mas o farei se elas ignorarem meu aviso e continuarem a assediar a
você ou a qualquer outra mulher.
—Obrigado, milaird. Inclinando a cabeça, ela sorriu levemente e disse: —Você
é um homem gentil, milaird.
Aulay Buchanan bufou com isso. —Deixe disso, moça. Eu não sou gentil. Você
não ouviu? Sou um monstro, mais propenso a fazer mulheres e crianças chorarem e
gritarem do que qualquer outra coisa.
Os olhos de Dwyn se arregalaram de surpresa, mas então ela lembrou as
histórias que ouvira sobre o feroz guerreiro e seu rosto arruinado. As histórias eram
todas exageradas, ela decidiu quando o viu. Embora o homem tivesse uma cicatriz
que quase dividia seu rosto ao meio, não era tão ruim quanto ela tinha sido levada a
acreditar, e ela pensou que ele ainda era um homem atraente. Sendo esse o caso,
Dwyn bufou de volta com sua afirmação e disse: —Ah, sim, Milaird. Veja só sua
esposa. Lady Jetta está obviamente apavorada.
Aulay sorriu com a provocação. —Minha esposa não tem o bom senso de ter
medo.
—Então devemos nos dar bem, — ela assegurou. —Porque eu também não lhe
tenho medo.
—E espero que você nunca tenha motivos para ter, moça — ele disse
solenemente, e antes que ela pudesse pensar muito sobre isso, ele acrescentou:
—Agora, é melhor você entrar, Dwyn. Seu pai e irmãs estarão procurando por você.
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Dwyn rosnou irritada com isso e se moveu ao redor dele, murmurando:
—Vocês, homens de Buchanan, vocês gostam de me mandar para dentro.
Ela estava tão exasperada que não notou a maneira como as sobrancelhas dele
se ergueram ou que seu olhar deslizou para procurar nas profundezas dos jardins,
enquanto ela se afastava.
Geordie parou de olhar Dwyn desaparecer pelo caminho do jardim e deixou
um pequeno suspiro escorregar de seus lábios. Ela era um pacotinho tentador. Ele
ainda podia vê-la deitada no galho, os seios nus arqueados para cima
convidativamente, a pele pálida brilhando na escuridão. Ele podia sentir sua pele
macia sob seus dedos, prová-la com sua língua, e novamente sentiu o desejo que ele
tinha tido então de arrastá-la para o chão, jogar suas saias para cima e se plantar em
seu corpo ansioso.
Dwyn ficaria interessada, Geordie não tinha dúvida. Não havia subterfúgios
com essa mulher. Ela admitiu que gostou dos beijos dele e respondeu honestamente
a todos os seus afagos, estremecendo, suspirando e gemendo em seus braços, as
unhas cravando em seus ombros e instigando-o, involuntariamente, provocando seus
próprios desejos em um tom febril.
Sim, pensou Geordie, Dwyn teria se aberto ansiosamente para ele, abrindo as
pernas e levando seu membro duro ao corpo, acolhendo-o e desfrutando
abertamente da paixão que ele podia lhe mostrar. Ele não tinha dúvida de que
poderia fazê-la implorar por seu desejo e depois gritar quando lhe desse a satisfação
que seu corpo implorava. Seria depois, quando sua necessidade fosse reduzida e sua
paixão esfriasse, que os problemas começariam. Ela ficaria muito arrependida e
envergonhada então, ele tinha certeza, e ele não teria sido capaz de fazer isso com
ela. Mas ela nunca saberia o quão perto ele esteve de tomá-la de qualquer
maneira. Exigiu determinação e coragem para colocá-la de volta em seu galho e
cobrir aqueles seios adoráveis. E então, quando ela desceu da árvore. . .
Geordie abriu os olhos e espiou a árvore novamente, lembrando a visão que
ele teve das pernas dela até os joelhos, antes que as sombras escondessem o resto de
suas pernas nuas e o local onde elas se encontravam sob o vestido. Ele só agarrou seu
tornozelo para ajudá-la a descer, mas uma vez que a tocou, ele não conseguiu se
soltar. Ele deixou sua mão deslizar pela pele macia e pálida quando ela desceu, e
tinha até dado um passo sob as saias dela, a cabeça erguida, os olhos tentando
penetrar a escuridão e a boca se enchendo de saliva enquanto ele pensava em beijar
seus joelhos internamente, e então as coxas dela, e depois prová-la. . .
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O trêmulo ‘Milaird’ de Dwyn o havia assustado para fora de suas fantasias
sombrias, e ele a soltou com um gemido, e depois a pegou pela cintura e a levantou
para terminar seu tormento. Porém, Geordie não tinha sido capaz de resistir a beijá-
la, mas se permitiu apenas um breve beijo antes de afastá-la, sabendo que se ela
tivesse respondido mesmo que um pouquinho, ele a teria no chão com suas saias
sobre a cabeça num instante.
Geordie se afastou da árvore, com a mão erguendo-se para passar sobre o
rosto, onde o cabelo dela havia subido e prendido na barba quando ela se
virou. Havia fios de seda dourada contra sua pele, e ele instintivamente os pegou,
considerando brevemente puxá-la de volta para ele, antes que seu bom senso o
fizesse soltar as madeixas douradas.
As palavras de seu tio voltaram para ele. Com aqueles seios contra seu peito e
aquele cabelo glorioso em volta dele, um homem estaria no céu. Por mais que ele se
ressentisse que o homem sequer pensasse nisso quando se tratava de Dwyn, seu tio
estava certo. Ele não podia imaginar algo mais paradisíaco do que ter uma Dwyn
nua, montada nele, seus longos cabelos dourados pendurados ao redor deles como
uma cortina e flutuando sobre a pele dele, enquanto o cavalgava, seu corpo quente e
apertado expremendo seu pau e seus seios generosos pendurados acima de sua boca
para ele sugar e lamber, enquanto ela se movia contra ele. Mas ele também gostaria
de tê-la sobre as mãos e os joelhos diante dele, para que ele pudesse enroscar as mãos
naquele cabelo comprido e usar os fios dourados como rédeas para mergulhar nela
por trás.
Uma dor penosa chamou a atenção de Geordie para onde uma ereção estava
pressionando contra o tecido de seu plaid e ele fez uma careta ao ver, como estava se
atormentando com seus próprios pensamentos. Ele considerou brevemente encontrar
Katie ou uma das outras criadas para aliviar sua condição, mas a ideia não teve
nenhum atrativo. Ele sabia que se fechasse os olhos e quisesse fingir que era em
Dwyn que ele estava mergulhando, e eles conversassem, estragaria a ilusão. É claro
que ele poderia deixá-las aliviar seu desconforto com a boca, pensou Geordie. Eles
não podiam conversar então, e ele poderia fechar os olhos e imaginar que Dwyn
estava de joelhos diante dele, seus longos cabelos dourados enrolando em torno de
seus seios e seus lindos olhos azuis olhando para ele, quando ela o levasse para a
boca e chupasse. e lambesse, e. . .
—Fico feliz em ver que você obviamente não usou isso em Dwyn, mas talvez
deva encontrar um local mais privado para esse esporte.
Geordie ficou paralisado com essas palavras, sua cabeça girando para ver
Aulay se aproximando no escuro. Levou um momento para sua mente processar
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suas palavras, e então ele olhou para baixo e afastou a mão da ereção que não tinha
percebido que estava bombeando e deixou seu plaid voltar ao lugar. Cristo, ele estava
se dando prazer como um rapaz sem experiência, enquanto desfrutava de suas
imaginações. Ele não fazia isso há anos. Muitos anos. Havia pouca necessidade
quando havia sempre tantas moças dispostas a atendê-lo.
—Eu estou certo? Você não usou isso em Lady Innes, usou? — Aulay
perguntou agora, quando parou diante dele.
—Não, claro que não, — Geordie rosnou com nojo. —Ela é uma dama, não
uma prostituta.
—Sim. Fico feliz que você não tenha esquecido disso, — disse Aulay. —Mas
imagino que você está se interessando mais por ela do que imaginou?
Geordie apenas se virou para caminhar mais profundo entre as árvores,
considerando sua pergunta. Oh, sim, ele estava interessado, tudo bem, e seu pau
dolorido era a prova disso. Na verdade, Geordie nunca havia conhecido uma mulher
que pudesse fazê-lo doer como ela . . . e ele não tinha ideia do por que ela o afetou
tanto. Dwyn não era especialmente bonita. Ela não era sem graça, como ela parecia
pensar. Mas não era uma beleza delirante. E embora ela tivesse seios grandes, eles
não foram os primeiros seios grandes que ele encontrou. Ele segurou e acariciou
muitos peitos bonitos, mas nunca ficou tão encantado por eles quanto estava com os
de Dwyn. Na verdade, seus seios não apenas o fizeram querer lambê-la e sugá-la lá,
como o fizeram querer explorar cada centímetro dela, com a boca e a língua. Ele
queria beijar e provar a parte de trás dos joelhos, a parte interna das coxas, e queria
lambê-la. . .
—Bem? — Aulay perguntou, interrompendo outra rodada dele se
atormentando. —Você está interessado nela ou não? Porque se você está, é melhor
fazer algo a respeito antes que o tio Acair o derrote.
—Ela não está interessada no tio Acair, — disse ele com certeza, sabendo que
ela não poderia tremer e gemer nos braços dele, se seu interesse estivesse em outro
lugar. Certamente que ele estava certo sobre isso, Geordie despencou para se sentar
no chão no local onde dormira na noite anterior e se espalhou para deitar de lado,
esperando que Aulay entendesse a dica e fosse embora.
Em vez disso, seu irmão cruzou os braços, olhou-o de cima e apontou: —Não
importa quais são os interesses dela se o tio Acair for até o pai e negociar um contrato
de casamento. Ela se casará com quem o pai disser, como toda moça deve.
Geordie sentou-se abruptamente com isso, o alarme correndo por ele. —Tio
Acair disse que planejava conversar com o pai dela?
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Aulay hesitou, mas depois relutantemente disse: —Ainda não. Mas esse é o
próximo passo, se ele estiver realmente interessado em se casar com a moça e ganhar
uma fortaleza.
Geordie fez uma careta de irritação com isso. Dwyn é uma boa mulher. Ela
merece mais de um marido do que um velho cujo único interesse é a fortaleza do pai.
—Tio Acair dificilmente diria isso a ela, — apontou Aulay secamente. Ele é um
bom homem. Ele a tratará gentilmente e a manterá ocupada com crianças. Ela
estaria . . . contente.
Geordie bufou com isso. Contente. Como poderia uma mulher tão apaixonada
quanto Dwyn ficar contente com um velho interessado apenas em sua fortaleza? Ela
era uma moça inteligente. Ela sentiria isso rapidamente, se ainda não o tivesse
feito. Mas, ele reconheceu, Dwyn não teria escolha se seu tio negociasse um contrato
com o pai dela. Ela teria que se casar com ele, e então Geordie tinha certeza de que
faria o melhor possível e se tornaria uma daquelas mulheres agradáveis e mansas
que desaparecem na sombra de seus maridos, sempre cumprindo seu dever, nunca
reclamando e nunca realmente sorrindo ou até franzindo a testa, apenas movendo-se
pela vida, intocada por qualquer emoção real.
Era para onde ela já estava indo, percebeu Geordie agora. Ela se escondeu nas
árvores ou no quarto dela, lendo. Pelo menos, foi o que ela fez hoje. O tio Acair
perguntou onde ela estava quando voltaram da natação no lago, e Jetta disse que
Dwyn havia pedido emprestado um dos livros do escritório de Aulay e se retirado
para o quarto para ler.
Sim. Deixada por conta própria, Dwyn desapareceria como uma sombra, e o
próprio pensamento o deixou com raiva. Isso seria uma vergonha. A moça era um
monte de paixão, pronta para explodir com o toque certo, e ele tinha certeza de que
seu tio não era o homem adequado para fazer isso. Ela precisava de um homem mais
jovem, alguém com uma paixão correspondente. Alguém como ele.
Mas ele queria ser quem ia fazer isso? Na verdade, Geordie queria, e se Dwyn
não fosse uma dama, ele já teria feito. Mas ela era uma dama. Agora ele tinha que
resolver se a queria o suficiente para se casar com ela. Seu pênis dolorido estava
dizendo sim, mas sua mente não tinha tanta certeza. Ele mal conhecia a moça. Além
do mais, ele realmente esperava sair bebendo e andando com prostitutas, com Alick,
quando ele chegasse em casa. Nada disso parecia muito interessante para ele além de
derrubar Dwyn naquele momento, ele percebeu e balançou a cabeça diante dos
caprichos de sua própria mente.
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Irritado com sua própria confusão, ele voltou a se deitar e disse: —Estou
cansado, irmão. Dormi pouco na noite passada e preciso descansar antes de pensar
em coisas assim. Vá embora.
—Como você quiser, irmão, — disse Aulay solenemente, e acrescentou: —
Embora eu sugira que você deveria visitar o garderobe antes de fazer isso. O grande
salão está tão cheio de corpos à noite, agora, que você nunca poderá usá-lo mais
tarde se acordar com uma necessidade.
—Droga, —Geordie rosnou e sentou-se novamente, depois se
levantou. Quando viu que Aulay havia partido, ele disse: —Espere, e eu voltarei com
você.
—Como quiser, irmão, —disse Aulay suavemente, parando para esperar por
ele.
— Aqui está você! Eu deveria saber que foi para onde você escapou quando
deixou a mesa.
Dwyn abaixou o livro que acabara de pegar e apenas sorriu para as irmãs, sem
ousar contar a verdade e que acabara de voltar para o quarto para ler.
—Você nunca vai conseguir um marido assim, — disse Aileen, aproximando-
se da cama para se sentar ao lado dela.
Dwyn deu de ombros com isso. —Parece-me que nenhum Buchanan estava à
mesa quando saí. Eles voltaram depois que eu escapei?
—Não. Bem, sim, Laird Buchanan e seu tio, mas Geordie ficou longe, então
suponho que seja melhor você ficar longe também, —disse Aileen.
—Sim, — Una concordou severamente, e então anunciou: —Papai não quer
que você encoraje o tio. Ele diz que quer um dos homens mais jovens como Laird em
Innes. Ele não vai desistir de ser chefe de clã para alguém da sua idade, então nem
pense nisso.
—Eu não estava pensando nisso, — disse Dwyn defensivamente. Além do
mais, acho que o tio de Geordie estava apenas sendo gentil. Duvido muito que ele
esteja interessado em mim como esposa.
—Oh, ele está interessado, — disse Una secamente. — O homem não
conseguia tirar os olhos do seu peito, o tempo todo em que esteve sentado ao seu
lado.
Dwyn franziu a testa com a notícia, mas depois afastou o assunto.
— Sim. Bem, tentarei evitá-lo no futuro, — assegurou ela, e depois ergueu as
sobrancelhas interrogativa. —Você está pronta para dormir, então? Devo guardar o
meu livro?
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—Parece haver pouco mais a fazer, — disse Aileen, encolhendo os ombros, e
anunciou: —Lady Jetta mencionou que recebeu hoje a notícia de que Rory e Alick
voltarão depois de amanhã, então você deve descansar o máximo que puder, para
parecer melhor quando eles chegarem aqui.
—Oh, — Dwyn murmurou quando sua irmã se levantou e começou a desfazer
seus laços, mas ela estava imaginando como seriam os outros dois homens. Geordie
era o mais velho dos três, — ela sabia disso — então, em sua mente, ela imaginou
duas versões mais jovens dele, mas não tinha ideia de como seriam na
personalidade. Ela realmente não tinha discutido os irmãos de Geordie com ele, além
de como Rory se interessou em curar. Ela teria que perguntar a ele amanhã, decidiu
Dwyn.
—Oh! —Aileen disse de repente, virando-se para encará-la. —Lady Jetta está
organizando um banquete na noite seguinte à chegada deles.
—Para comemorar o retorno dos homens? — Perguntou ela.
—Sim, e haverá menestréis e dança e tudo mais.
Una acrescentou: —Ela ia realizar o banquete na noite em que chegassem, mas
Laird Buchanan assinalou que os rapazes podem estar cansados de suas viagens e
que seria melhor realizá-lo na noite seguinte. Mas isso é melhor de qualquer maneira,
nos dá os próximos dois dias inteiros para escolher o que devemos vestir para a
festa . . . e como arrumar seu cabelo, — acrescentou ela, olhando os longos cabelos de
Dwyn. —Talvez pudéssemos pedir um banho para você na noite anterior, lavar seu
cabelo e depois separar as mechas e envolvê-las em torno de pedaços de tecido para
que você tenha cachos depois que secar.
—Onde conseguiríamos os pedaços de tecido? — perguntou Dwyn, franzindo
a testa.
Una encolheu os ombros. —Suponho que teríamos que rasgar uma de suas
roupas.
—Ou podemos trançá-lo depois de lavá-lo, — sugeriu Aileen. —Isso sempre
fica bom quando você os retira depois de seco.
—Sim, fica — Una concordou, pensativa.
—Oh! E podíamos colher algumas flores na tarde anterior e tecê-las nos
cabelos dela de alguma forma. Talvez em pequenas tranças na têmpora que nós
puxaríamos para trás. Podia ser como uma coroa de fadas, — ela acrescentou
animadamente.
—Ou eu poderia colocá-lo de volta em seu coque e ficar sem toda essa
confusão, — sugeriu Dwyn com exasperação.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Não, — as duas disseram ao mesmo tempo, e depois começaram a
conversar uma com a outra sobre o que podiam fazer para arrumar Dwyn e torná-la
bonita.
Revirando os olhos, Dwyn colocou o livro emprestado sobre a mesa e olhou
em volta procurando os chinelos. Não os localizando imediatamente, ela caminhou
até o garderobe com os pés descalços. Ela amava suas irmãs, mas, na verdade, elas não
estavam lhe causando nada além de sofrimento com seus esforços para torná-la
atraente. Apenas mostravam o quão pouco atraente elas pensavam que era, o que foi
estranhamente doloroso. Dwyn não teria pensado que seria. Ela sempre se orgulhava
de ser uma jovem sensata que se via claramente. Mas enquanto Dwyn sempre
aceitou que ela era simples . . . bem . . . ela não se sentiu simples nos braços de
Geordie. Ela se sentiu linda . . . e desejável, e até poderosa. Ela sentiu como
imaginava que uma deusa deveria se sentir, como se pudesse fazer os homens
ficarem de joelhos e conquistar o mundo com seu corpo.
—O que é simplesmente ridículo, — Dwyn murmurou para si mesma
enquanto deslizava para o banheiro e fechava a porta. Ela nem havia conquistado
Geordie. Foi ele quem terminou os dois encontros que ela desfrutou com ele. Mas até
que ele o fizesse, ela se sentiu gloriosa, Dwyn admitiu com um suspiro.
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Capítulo 5
— Parece que tenho um pouco de espera, — disse Geordie secamente,
quando ele e Aulay entraram no grande salão e espiaram as pessoas enfileiradas nas
portas do garderobe.
—Sim. Todo mundo quer usá-los antes de dormir, — comentou Aulay, e
depois disse:— Duvido que exista uma fila para aquele lá de cima. Use aquele.
—Você o terminou? — Ele perguntou surpreso. Jetta vinha incomodando
Aulay para instalar um garderobe escadas acima, por semanas, antes de Geordie partir
para ajudar Conran e Evina em MacLeod. E seu irmão finalmente concordou, pouco
antes de ele partir. Mas foi um grande empreendimento. Eles tiveram que isolar o
final do corredor logo após a última porta dos quartos para fazer um grande
garderobe, depois construir os canais de pedra que levariam os resíduos para o fosso
abaixo, que tinha sido a parte mais difícil do traalho.
—Sim, terminamos bem a tempo para a chegada de nossos convidados,
— disse Aulay secamente. —O que, como se viu, foi por isso que ela as quis.
Geordie achava que Jetta era inteligente por ter pensado nisso. Pelo que ele viu
ontem à noite quando chegou e entrou pela fortaleza, havia tantos criados e soldados
extras aqui atualmente, que todos foram forçados a dormir de lado, a barriga contra
as costas, e mesmo assim havia pouco ou nenhum espaço entre os
adormecidos. Certamente não havia o caminho habitual deixado para as escadas, e
de lá para os garderobes e cozinhas. Assentindo, ele disse: —Vou usar o de cima,
então.
—Você vê minha esposa? — Aulay perguntou, antes que ele pudesse se
afastar.
Geordie olhou para as pessoas no corredor. Não havia ninguém nas mesas de
cavalete. Na verdade, eles tinham sido retirados e as peças estavam agora sendo
transportadas para serem encostadas na parede.
—Não, — ele disse finalmente. —Mas também não vejo nenhuma noiva em
potencial ou suas famílias aqui. Todos devem ter se retirado para a noite.
—Sim, — disse Aulay, e caminhou com ele até as escadas, acrescentando:
—Um mensageiro chegou hoje. Seus irmãos devem estar de volta depois de amanhã.
Geordie arqueou uma sobrancelha quando começaram a subir os degraus.
—Por que se preocupar em enviar um mensageiro se eles estivessem praticamente
nos calcanhares dele?
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Acho que o homem foi enviado há vários dias, mas teve problemas no
caminho. Ele estava bem, — acrescentou Aulay antes que Geordie pudesse
perguntar. —Mas o cavalo dele foi morto e ele teve que andar bastante antes de
encontrar um comerciante lento, que teve a gentileza de permitir que ele viesse na
carroça com ele. Emprestei-lhe um cavalo para a viagem de volta.
—Rory estava participando do trabalho de parto de lady Ferguson, não
estava? — perguntou Geordie.
—Sim.
—Bem, então, espero que você tenha se despedido de seu cavalo antes de
mandá-lo, — disse ele secamente. —Você sabe que esses bastardos vão ficar com ele.
Aulay balançou a cabeça. —Eles não vão começar uma guerra conosco por
causa de um cavalo. Ele vai devolvê-lo.
—Ah sim. Temos influência e oito exércitos nas nossas costas, — disse
Geordie, balançando a cabeça.
—Exatamente, — disse Aulay com um sorriso, e abriu a boca para dizer outra
coisa, mas fez uma pausa abrupta quando um grito de dor os atingiu do andar
superior.
Eles estavam a apenas alguns passos do patamar, mas os dois homens
apressaram-se e olharam ao longo do corredor para ver o que havia causado aquele
som. Os olhos de Geordie se arregalaram, seu coração batendo forte no peito, quando
viu Dwyn no chão, perto do garderobe. Logo que ele reconheceu os cabelos dourados
espalhados ao seu redor, ela apoiou as mãos no chão, levantou a parte superior do
corpo até a metade e depois girou a cabeça para olhar para trás em direção aos seus
pés, os cabelos compridos caindo para cobrir os seios, à medida que saltavam do seu
top.
—Dwyn. — Apressando-se para a frente, Geordie começou a se ajoelhar ao
lado dela e depois parou quando viu o vidro quebrado espalhando-se pelo chão ao
redor dela e notou os cortes sangrentos em seus pés descalços. Então ele se inclinou
para pegá-la, perguntando: —Você deixou cair um cálice, moça?
—Não. Acabei de sair do garderobe e pisei nele, — disse ela num suspiro, e ele
não pôde deixar de notar que ela inspirando fundo e depois empurrando para fora,
tinha os seios rastejando para fora do vestido, novamente. Ele estava começando a
amar os vestidos dela, — reconheceu Geordie.
—Você pisou em um cálice inteiro e ele se quebrou? — Aulay perguntou,
quando os alcançou.
—Oh, não. Já estava quebrado e por todo o chão quando saí, — explicou ela
rapidamente. —Eu quis dizer que acabei de pisar nos pedaços quebrados. Eles não
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estavam lá quando entrei no garderobe, — acrescentou ela, franzindo o cenho,
olhando para o copo espalhado pelo chão. —Alguém deve ter quebrado enquanto eu
estava lá. Sem dúvida eles foram buscar uma criada para ajudar a limpá-los.
Aulay resmungou com isso e foi para o lado de Geordie para levantar os pés
de Dwyn e examiná-los.
—Tenho certeza de que estão bem, milaird, — murmurou Dwyn, com
vergonha. —E a culpa é minha, de qualquer maneira. Eu deveria ter colocado
chinelos antes de sair do nosso quarto.
—Também não deveria haver vidro por todo o chão — disse Aulay, sombrio e
então soltou os pés dela e olhou para Geordie. —Traga-a para o nosso quarto. Jetta
vai querer tirar os cacos e vê-la enfaixada.
—Oh, não! — Dwyn chorou alarmada. —Apenas me leve para o meu quarto e
minhas irmãs podem cuidar disso.
—Não, — Aulay disse abruptamente e acrescentou: —Jetta está aprendendo
com Rory. Ela insistirá em cuidar deles ela mesma e, se a levarmos para o seu quarto,
ela irá lá no instante em que souber o que aconteceu. Melhor deixá-la cuidar deles
imediatamente, — disse Aulay com firmeza.
—Ah, isso é . . . — Seu protesto terminou num suspiro quando Geordie a
aproximou de seu peito e seguiu Aulay pelo corredor. Ele levantou o braço
levemente enquanto a pressionava contra si mesmo, de modo que o peito dela estava
contra o dele. Ele precisava. Olhar para os seios inchados empurrando para fora de
seu vestido estava afetando-o tanto quanto tocá-los e sugá-los, e ele não queria
envergonhar sua cunhada entrando no quarto principal com seu pau empurrando
sua manta como uma tenda itinerante.
—Apenas deixe-me ver se ela ainda está vestida, — disse Aulay quando
entrou no quarto. Jetta estava aparentemente decente, porque Aulay nem mesmo
fechou a porta, mas simplesmente avisou sua esposa que eles tinham companhia,
quando ele acabou de abrir a porta e saiu do caminho.
—O que é . . . Oh, Dwyn, você está sangrando, — Jetta gritou, correndo na
direção deles enquanto Geordie a carregava para dentro do quarto.
—Sim. Alguém quebrou uma das taças de vidro no corredor e Dwyn pisou
saindo do garderobe, — explicou Aulay.
—Oh, querida, — Jetta murmurou quando olhou rapidamente para os pés de
Dwyn, depois se virou e correu para um baú encostado parede, e começou a
procurar dentro dele. —Coloque-a na cama, Geordie. Aulay, você pode pedir para
uma criada me trazer água fervida? Onde estão os curativos que Rory preparou para
mim antes de partir? Eu sei que os coloquei aqui em algum lugar.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Sorrindo levemente, Geordie levou Dwyn para a cama enquanto Aulay saiu
do quarto. Ele a pousou gentilmente, endireitou-se, olhou ao redor para ver que Jetta
ainda estava cavando em seu baú e se virou, para puxar rapidamente o decote do
vestido de Dwyn para cobrir melhor seus seios nômades.
Pega de surpresa, Dwyn engasgou e depois ficou vermelho vivo e murmurou: —
Obrigada, — quando ele soltou o tecido.
—Foi um prazer, — disse Geordie com um sorriso, mas a verdade era que ele
preferiria puxar o tecido para baixo. A mulher estava em uma cama, afinal. No
entanto, ele não ousaria fazer algo assim, com Jetta a poucos metros de distância.
—Aqui estão, — disse Jetta alegremente, correndo de volta para a cama, os
braços cheios de bandagens, uma bolsa com o que ele presumia serem medicamentos
e um carretel de linha com uma agulha.
—Ah, certamente não preciso de pontos, — disse Dwyn, alarmada, ao ver o
que a mulher carregava.
—Espero que não, — disse Jetta solenemente enquanto se movia em torno de
Geordie para colocar seus itens na mesa ao lado da cama. —Mas um dos cortes está
sangrando muito fortemente e é melhor estar preparada.
Dwyn gemeu com isso, enquanto Geordie descia da cama para se curvar e
examinar os pés. Ele estremeceu quando os viu. A parte de baixo de seus pés parecia
quase rasgada. Ainda havia vários cortes com pedaços de vidro que precisariam ser
desenterrados, e um com um grande pedaço de vidro aparecendo.
Voltando para a cabeceira da cama, ele pegou Dwyn, sentou-se na cama e a
colocou entre as pernas e passou os braços em volta da cintura dela.
Geordie esperava que ela ficasse envergonhada e protestasse ao mesmo
tempo. Em vez disso, Dwyn provou o quão inteligente era, suspirando infeliz e
dizendo: —Isso é ruim, não é?
Jetta sorriu torto quando olhou para ele e para Dwyn e disse: —Parece ser.
—Uma criada trará a água assim que ferver, — anunciou Aulay ao entrar
novamente na sala. —E eu ordenei que o copo quebrado no chão fosse
limpo. Aparentemente, quem quer que o tenha quebrado, nem se deu ao trabalho de
contar a alguém para que pudesse ser arrumado.
Jetta fez um ruido de irritação ao se ajoelhar ao lado da cama para olhar a sola
dos pés de Dwyn. —Isso é apenas . . . Aparentemente incapaz de encontrar uma
palavra para terminar seu pensamento, ou talvez não querendo expressá-lo, ela
murmurou: —Eu certamente usarei meus chinelos por aqui até que todos partam.
—Tenho certeza de que Dwyn também o fará, — disse Aulay, lançando-lhe
um olhar compreensivo, e nem parecendo notar que Geordie estava situado atrás
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
dela, segurando-a nos braços. Pelo menos, ele não pensava assim até Aulay dizer: —
Você poderia segurá-la pelos ombros, em vez de pela cintura, irmão. Você está
puxando a parte de cima de seu vestido para baixo.
Dwyn ofegou e olhou para seu seio escapando, assim como Geordie. Ela
imediatamente começou a levantar as mãos para corrigir a situação, mas as mãos
dele já estavam lá, puxando o tecido de volta ao lugar.
—Obrigado, — Dwyn gemeu. Cobrindo o rosto com as duas mãos, ela
balançou a cabeça. Mas ela rapidamente soltou as mãos e endireitou os ombros ao
admitir: —Temo que pelo entusiasmo delas em me ajudar a me casar, minhas irmãs
pegaram meus vestidos e abaixaram os decotes então eu não posso respirar sem que
meus peitos ameacem saltar. Vejo uma longa e embaraçosa estada à minha frente e
pedirei desculpas antecipadamente pela estadia onde, sem dúvida, estarei acenando
sem querer meu peito nu a cada momento.
Geordie sorriu na parte de trás da cabeça dela, gostando bastante de sua
atitude franca sobre o assunto. A moça era uma mistura estranha, buscando a solidão
de um galho alto na árvore ou de um livro em seu quarto, mas enfrentando situações
embaraçosas de frente e sem vacilar. Ele não conseguia lembrar de outra moça que
lidaria com as dificuldades que ela estava tendo com seus vestidos, com tanta força
resignada. A maioria estaria corando e fugindo da vista. Mesmo a maioria de suas
irmãs, por casamento, todas ótimas mulheres, não teriam lidado com isso tão bem,
ele pensou. Certamente, Jetta começou a ficar vermelha e parecia envergonhada por
ela no momento em que Aulay apontou o que estava acontecendo. Embora, ele
notou, a cor estava diminuindo rapidamente e ela estava relaxando, depois do que
Dwyn havia dito.
E essa era a mágica de Dwyn, percebeu Geordie de repente. Ela poderia deixar
uma pessoa completamente confortável à sua volta, com pouco mais do que algumas
palavras. Ela também poderia facilitar uma situação potencialmente embaraçosa para
todos da mesma maneira. Apenas por ser ela mesma. Ele certamente relaxou
rapidamente na presença dela naquela manhã. Geordie subiu na árvore pensando
que ele teria que acalmá-la e ajudá-la a descer. Mas ele rapidamente percebeu que
não havia necessidade de calmante, e acabou ficando para conversar com a moça
enquanto suas tensões haviam sumido.
Bem, até que uma tensão diferente o reivindicou quando se viu segurando-a
em seus braços. Ela não tinha acalmado isso. De fato, a resposta dela ao seu beijo
apenas aumentou a pressão no corpo dele. Mas nada mais que deixá-la nua embaixo
dele e amá-la provavelmente o livraria desse tipo de tensão.
—Acho melhor começar, — murmurou Jetta.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Geordie se afastou de seus pensamentos e se concentrou na mulher em seu
abraço. Olhando para o topo da cabeça dela, ele notou como a luz das velas
incendiava os pálidos fios dourados de seus cabelos, e tinha o desejo mais estranho
de enterrar o rosto neles. Ela tinha um cabelo verdadeiramente glorioso, ele decidiu,
dificilmente impedindo-se de enfiar os dedos nele e passá-los pelos finos fios.
De repente, Dwyn se enrijeceu contra ele e então distraiu Geordie e ele olhou
para os pés dela bem a tempo de ver Jetta se endireitando com o pedaço maior de
vidro nos dedos.
—Não foi tão profundo quanto eu esperava, — disse Jetta, colocando o pedaço
de vidro de lado. —Você não deve ter colocado todo o seu peso nele.
—Não, — Dwyn murmurou. —Tentei me afastar assim que senti a primeira
picada do vidro e pisei naquele pé, depois simplesmente caí de lado para evitar me
empalar completamente.
Jetta olhou para ela, seu olhar deslizando pelo corpo de Dwyn até as mãos e
depois para trás, parando na saia. Seguindo o olhar, Geordie viu os pequenos
pedaços na saia e sabia que Dwyn provavelmente tinha mais pedaços ali. Parecia
estar onde seus joelhos bateram quando ela caiu no chão.
—Desviem o olhar, marido, Geordie, — alertou Jetta.
Geordie virou a cabeça para o lado, mas ouviu o farfalhar quando Jetta
levantou a saia de Dwyn para examinar suas pernas. O ruído que se seguiu lhe disse
que as pernas de Dwyn não haviam escapado do copo. —Não acredito que alguém
possa ser tão descuidado. Uma coisa é quebrar o vidro, mas não garantir que ele
tenha sido limpo para que ninguém se machuque . . . E na frente do garderobe
também! O único lugar que todos eventualmente visitarão.
—Você viu alguém no corredor quando saiu, moça? — Geordie perguntou,
mantendo o rosto desviado.
—Não. Nem quando entrei nem quando saí, — ela falou entre os dentes, o que
lhe dizia que Jetta estava tirando o vidro dos joelhos e era tão doloroso quanto ele
esperava.
—Geordie, por favor, dê o castiçal a Dwyn para que ela possa segurá-lo para
mim. Preciso de mais luz, — murmurou Jetta, e ele olhou em volta e pegou o castiçal
da mesa de cabeceira para entregá-lo a Dwyn. Pegando-o, colocou-o em suas saias
logo acima dos joelhos, mas Geordie notou que suas mãos estavam tremendo. Era o
único outro sinal da dor que ela estava sofrendo. Dwyn não fez ruído quando Jetta
arrancou um caco do copo dos joelhos.
—Pronto, — disse Jetta com um suspiro, um momento depois. —Agora vou
colocar um pouco de pomada.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Todos ficaram em silêncio enquanto Jetta aplicava po mada rapidamente, e
então ela puxou a saia de Dwyn e olhou em volta. —Aulay, talvez você possa segurar
o castiçal agora para que eu possa verificar as mãos de Dwyn.
Assentindo, Aulay se adiantou e pegou o castiçal quando Dwyn o
levantou. Ela então estendeu as mãos para Jetta e disse: —Elas estão bem,
realmente. Eu acho que elas estão um pouco sujas e talvez machucadas por aterrissar
sobre elas com tanta força, mas acho que não há vidro nelas.
—Acho que você está certa, — Jetta murmurou enquanto usava um tecido
para limpar as mãos. —Sim. Elas só estão arranhadas. — Soltando as mãos, ela fez
uma careta e disse: —Acho que isso deixa apenas seus pés.
As duas mulheres respiraram fundo então, e Geordie encontrou seu olhar
caindo no peito de Dwyn. Para sua decepção, seus seios pouco se arrastaram para
cima, no vestido, desta vez.
—É melhor fazê-lo rapidamente, — disse Jetta, determinada, e mexeu-se para
ajoelhar-se na cama aos pés de Dwyn.
Aulay imediatamente se moveu para o pé da cama e se ajoelhou para segurar
o castiçal o mais perto possível dos pés de Dwyn, sem ficar no caminho de Jetta,
enquanto ela se inclinava para espiar a sola deles. Fazendo uma careta, ela olhou
para Dwyn e disse: —Peço desculpas antecipadamente, Dwyn. Isso não vai ser
agradável.
A cabeça de Dwyn balançou e ela apertou as mãos de Geordie quando ele
soltou seus ombros para agarrá-las. Todos ficaram em silêncio enquanto Jetta
trabalhava, mas Geordie estava concentrado em Dwyn, observando cada vacilada ou
enrijecimento que significava dor. Todos eles pularam, no entanto, quando houve
uma batida na porta.
Aulay se moveu silenciosamente para responder à batida, enquanto Jetta se
inclinava novamente para o trabalho, pegando os pedaços de vidro dos pés de
Dwyn.
—Desculpe incomodá-lo, senhor. Mas estávamos procurando por Dwyn e
uma criada disse . . . Oh! Dwyn! — Una arfou, entrando no quarto, quando Aulay
deu um passo para trás e viu a irmã na cama.
—O que aconteceu? — Aileen chorou, correndo em volta de Una para alcançar
a cama.
—Pisei em um pouco de vidro, — disse Dwyn.
—Oh. — Aileen piscou, e então franziu a testa enquanto olhava para Geordie
sentado atrás dela, as pernas dele nos dois lados de Dwyn e os braços em volta dela
enquanto segurava suas mãos. A irmã abriu a boca, sem dúvida para perguntar por
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que ele estava sentado segurando a irmã assim, e depois parou, os olhos arregalando,
quando Dwyn de repente ofegou e pulou para frente, a mão estendida para os pés
como se fosse empurrar Jetta para longe, antes que Geordie a detivesse.
—Oh, — disse Aileen novamente, mas com compreensão desta vez.
Todos ficaram em silêncio agora, enquanto Jetta trabalhava, as duas garotas
estremecendo, enquanto observavam, quase todas as vezes que Dwyn se encolheu ou
enrijeceu em seus braços. Foi um alívio quando Jetta anunciou que achava que tinha
tirado todo o vidro e passou a lavar rapidamente o sangue, e depois começou a
aplicar uma pomada calmante.
—O vidro era o que a criada estava limpando quando saímos para o corredor?
—perguntou Una, franzindo a testa enquanto observava Jetta espalhar uma
substância escura e fedorenta sobre a parte inferior dos pés de Dwyn.
—Sim. — Dwyn parecia cansada, Geordie notou com preocupação, e supôs
que foi a tensão do sofrimento em silêncio que o causou.
—Parecia que estava por todo o chão em frente à porta do garderobe, — disse
Aileen com uma careta. —Você deveria ter voltado atrás de seus chinelos, em vez de
tentar desviá-los.
—Eu não o atravessei deliberadamente. Não estava lá quando entrei no
garderobe, e não o notei até que fosse tarde demais na saída, — explicou Dwyn,
pacientemente.
—Você quer dizer que alguém quebrou um cálice lá, enquanto você estava no
garderobe? — Una perguntou agora.
—Deve ter sido, embora eu não tenha ouvido um barulho ou estrondo,
— disse ela.
—Você não ouviu nada? — Aulay perguntou surpreso.
Dwyn balançou a cabeça, mas depois parou e inclinou a cabeça um pouco,
antes de dizer devagar: —Ouvi um som tilintante, como vidros quebrados tilintando
juntos. Ela encolheu os ombros. —Talvez o cálice tenha sido quebrado em um dos
quartos e alguém o tenha reunido para jogá-lo no jardim, mas caiu do que quer que
eles usassem para carregá-lo.
Geordie lembrou-se da maneira como os pedaços de vidro haviam caído no
chão. Eles não tinham um padrão de estrela, mas cobriam o chão quase de parede a
parede, em frente ao garderobe . . . como se tivessem sido aspergidos lá. Olhando para
Aulay, ele notou que sua preocupação refletia no rosto de seu irmão e sentiu sua
boca apertar.
—Pronto, — disse Jetta com um suspiro, enquanto terminava de envolver os
pés de Dwyn com tiras de linho limpo.
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—Obrigado, — Dwyn murmurou quando Jetta se levantou. —Sinto muito por
ter lhe dado tantos problemas.
—Você não me deu problemas, — assegurou Jetta, e depois avançou para
detê-la, quando Dwyn se levantou como se pretendesse se levantar. —Oh, você não
pode se levantar, Dwyn. Seu peso pode abrir os cortes e fazê-los sangrar novamente.
—Mas não posso ficar aqui, — disse Dwyn com consternação.
—Eu vou carregá-la, moça, — Geordie anunciou, enquanto colocava as mãos
sob o traseiro dela e a levantava e depois a deslocava para frente para que ele
pudesse sair da cama. Foi só quando ele ficou de pé que notou os olhares chocados
nos rostos das mulheres e a maneira como as sobrancelhas de Aulay se
ergueram. Isso o fez perceber que seu comportamento era todo ele muito familiar.
—Peço desculpas, — Geordie murmurou quando ele deslizou os braços sob
Dwyn e a levantou da cama. Ele não tinha nenhum desejo de causar-lhe problemas
ou vergonha, e agir confortável tocando-a tão intimamente poderia fazer isso. O
mínimo que isso faria era trazer perguntas de outras pessoas.
—Espere! — Una disse com súbito alarme enquanto Geordie se endireitava
com Dwyn nos braços. Quando ele parou, ela se virou para perguntar a Jetta:
—Por quanto tempo ela não deve ficar de pé, Lady Buchanan?
Jetta parou de reunir seus itens para dizer a Dwyn: —Quero verificar você
amanhã, mas acho que não deva pisar neles por pelo menos alguns dias. Espero que,
se você ficar um pouco sem levantar, eles se curarão o suficiente para permitir a
caminhada.
—Oh, não, — disse Aileen com consternação. —Ela não será capaz de dançar
no banquete.
—Ela não deve. Por três noites. Seus pés podem se curar o suficiente a essa
altura. Apesar de suas palavras, Jetta não soou como se acreditasse.
—Tudo bem, — disse Dwyn em voz baixa.
Geordie olhou para baixo, tentando ver sua expressão, mas Dwyn estava com
a cabeça levemente inclinada e a virou. Ele não sabia dizer o que ela estava
pensando. Mas quando ela acrescentou: —Devemos deixar você se retirar, — ele
pegou a dica e foi até a porta.
Aileen e Una imediatamente correram para abrir a porta para ele levá-la.
—Estamos logo aqui ao lado, milaird — disse Aileen, correndo à sua volta
para liderar o caminho. —Nós estamos no. . .
—Meu quarto, — Geordie terminou para ela com diversão.
—Sério? — Todas as três mulheres perguntaram ao mesmo tempo, e Dwyn
levantou o rosto para olhar para ele.
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—Sim, — assegurou Geordie, sorrindo para seus grandes olhos azuis e, em
seguida, deixando seu olhar percorrer seus seios. Eles estavam se comportando,
principalmente no momento, com apenas a menor ponta do topo de seus mamilos
aparecendo acima do vestido, mas eles ainda eram adoráveis de olhar e tentavam
que ele fizesse coisas que não deveria e não podia, com as irmãs lá.
Esse pensamento o fez desviar o olhar para Una e Aileen. As duas garotas
estavam sorrindo para ele como se o fato delas estarem no seu quarto fosse de
alguma forma um truque, e então Aileen se virou e correu para abrir a porta para ele.
—Que lado da cama você prefere, moça? — perguntou Geordie enquanto
carregava Dwyn para o quarto.
—O outro lado, mais próximo da janela, por favor, — ela murmurou se
desculpando, e Geordie sorriu para ela. Ele sempre dormia daquele lado, então
entendia a atração. No entanto, seu pai sempre disse que um homem deveria se
colocar entre sua mulher e qualquer possível ataque, então ele ia ter que dormir do
lado mais perto da porta, se eles casassem.
Geordie parou de andar no canto da cama, quando percebeu onde seus
pensamentos o haviam levado. Casamento com a pequena moça em seus
braços. Apesar de suas afirmações anteriores ao irmão, de que ele não estava pronto
para se casar, a idéia era atraente. Se eles se casassem, ele poderia se juntar a ela na
cama e. . .
—Eu sou muito pesada, senhor? Se estiver cansado, pode me colocar aqui no
pé da cama. Tenho certeza de que posso me colocar no topo, sem pressionar os pés.
Geordie piscou afastando os pensamentos, e fez uma careta para Dwyn pela
sugestão. —Você não é pesada, moça, — ele assegurou, e continuou em volta da
cama. —Eu apenas tive um pensamento que me distraiu brevemente.
—Oh,— ela murmurou, e depois respirou fundo, elevando os seios um pouco
mais fora do vestido.
Geordie olhou para eles e, em seguida, abaixou a cabeça e deslizou a língua
para percorrer a curva de um monte macio, ao longo do decote do vestido dela,
enquanto ele se inclinava para colocá-la na cama. Foi uma ação rápida, algo que ele
tinha certeza que as irmãs não viram, mas ficou satisfeito com o pequeno suspiro de
Dwyn e com o modo como seus braços se apertaram ao redor dele quando ela
estremeceu em seu abraço, antes que ele a soltasse. Ela também estava corando
lindamente, seus olhos arregalados e brilhando com o início do desejo, quando ele se
endireitou e olhou para ela.
Geordie sorriu satisfeito com a expressão dela, satisfeito por ele poder afetá-la
tão facilmente. Se suas irmãs não estivessem lá. . .
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Mas eles estavam, ele lembrou a si mesmo, e forçou seu rosto em uma
expressão mais educada enquanto se movia em direção ao fundo da cama. —Bom
sono, senhoras.
—Bom sono, milaird, — disseram Dwyn e Aileen juntas. Mas, em vez do boa-
noite educado, Una perguntou: —Você acha que Laird Buchanan arranjaria um de
seus soldados para virem buscar Dwyn pela manhã? Ela não pode andar até lá
embaixo para o desjejum, — ela lembrou.
Geordie parou na porta, uma carranca puxando os cantos da boca com a ideia
de um dos soldados de Buchanan carregando sua Dwyn por aí. Ele balançou sua
cabeça. —Cuidarei dela eu mesmo. Ela foi ferida em nossa casa, afinal. É o mínimo
que posso fazer.
—Oh, que gentil, — Aileen disse alegremente.
Una concordou. —Você dormirá no pomar novamente? Devo ir encontrá-lo lá
quando ela acordar?
Geordie hesitou, mas depois balançou a cabeça. —Vou dormir em um estrado
no corredor, em vez de fora, no jardim. Basta abrir a porta, se ela desejar ir para baixo
ou para o garderobe.
Os olhos de Dwyn se arregalaram de consternação, e ela abriu a boca para o
que ele tinha certeza de que seria um protesto, mas ele não ficou para ouvir. Abrindo
a porta, ele deslizou para o corredor e a fechou firmemente atrás dele. Mesmo através
da porta, ele ouviu os gritos excitados das irmãs mais novas de Dwyn dentro do
quarto, e podia imaginá-las correndo para a irmã na cama, enquanto se apressavam a
falar.
—Eu acho que ele gosta de você, Dwyn!
—Sim, ele não conseguia tirar os olhos do seu peito.
—E ele decidiu levá-la ele mesmo, então não a acha excessivamente pesada.
—Ele é um homem tão grande que o peso extra dela provavelmente nada
significa para ele. Ele com certeza poderia carregar as três de uma só vez com aqueles
ombros largos e braços grossos.
Em vez de se sentir lisonjeado com o elogio, Geordie se viu carrancudo diante
do que considerava um insulto a Dwyn. Embora ela não fosse uma garota magra, ele
gostava de suas curvas. Ela era como um pêssego maduro, macio e redondo, e
Geordie gostava dos pêssegos maduros. Eles eram os mais suculentos e agradáveis
de comer.
Esse pensamento o levou naturalmente a se perguntar se Dwyn seria tão
suculenta. Ele ainda tinha que testar isso, mas manteve suas carícias e beijos acima da
cintura, além de passar uma mão pela perna dela enquanto a ajudava a descer da
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árvore. Agora, no entanto, ele não podia deixar de imaginar o que teria encontrado se
tivesse deixado deslizar a mão pela parte interna da perna dela e chegasse ao tesouro
entre as coxas. Ela estaria quente e molhada para ele? Ele tinha certeza de que ela
teria estado, e o pensamento começou uma dor entre suas próprias pernas que o fez
olhar para baixo e ver que ele estava usando outra tenda abaixo da cintura.
Suspirando, ele se afastou da porta. Ele teve que buscar um estrado e dormir
no corredor. Ele seria um maldito se deixasse alguém carregar Dwyn por aí.
Mal pensara nisso quando a porta do quarto principal se abriu e Aulay
emergiu. Ao vê-lo, seu irmão se aproximou dele, sua expressão sombria.
Geordie não precisou pensar muito para saber sobre o que ele queria falar, e
no momento em que eles estavam perto o suficiente para falar sem precisar levantar
a voz, ele murmurou: —O copo parecia deliberadamente espalhado pelo chão.
—Sim,— concordou Aulay. —Cobriu o chão de parede a parede por vários
metros, e certamente não teria se espalhado dessa maneira se tivesse caído de alguma
coisa.
—Não, — disse Geordie solenemente. Os dois ficaram em silêncio por um
minuto, e então ele disse o que os dois estavam pensando. —Alguém preparou para
machucar Dwyn.
—Parece que sim, — concordou Aulay, seu tom sombrio. —Eu dificilmente
acho que quem fez isso simplesmente queria pegar qualquer um que entrasse ou
saísse do garderobe. Devem tê-la visto entrar e espalharam o copo para pegá-la de
surpresa, quando ela saiu. — Ele fez uma breve pausa e acrescentou: —Eu notei que
a tocha do lado de fora do garderobe também estava apagada, então ela não via
provavelmente o vidro.
Geordie olhou para ele bruscamente com a notícia. Ele não tinha notado que a
tocha estava apagada. Ele tinha olhos apenas para Dwyn, mas percebeu que estava
mais escuro naquele final do corredor. Ainda havia a luz das outras tochas para
evitar que estivesse muito escuro, mas estava escuro o suficiente para que ela não
pudesse ter visto o vidro.
—Você acha que foram as moças de Lockhart e Kennedy? — Aulay perguntou
agora.
—Provavelmente, — disse Geordie com firmeza, e depois fez uma careta.
—Você deveria mandar as duas embora. Eles não são o tipo de mulher que
precisamos em nossa família.
—Sim, e eu faria se houvesse prova de que elas fizeram isso, mas . . . — Ele
balançou a cabeça com tristeza e acrescentou: — E podemos estar errados. E se não
forem elas?
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—Quem mais poderia ser? — Geordie perguntou com surpresa.
—Bem, Acair fez um bom trabalho ao deixar Mavis com ciúmes hoje,
— ressaltou.
—Mavis nunca faria algo assim com a moça, — Geordie protestou
imediatamente.
—Talvez não, mas o ciúme pode transformar a moça mais doce em demônio, e
não é impossível. E depois há outras cinco mulheres aqui, ao lado de Catriona e
Sasha, esperando ganhar um marido. Uma delas pode ter ficado com ciúmes
suficientes de Dwyn, para machucá-la.
—Por quê? Eu não prestei atenção especial no jantar, — Geordie apontou.
—Não, mas vocês dois desapareceram da mesa separados por alguns minutos,
e a moça voltou para a fortaleza parecendo ter sido derrubada, — ele informou
secamente. —O cabelo dela estava despenteado, os lábios inchados e, embora eu não
tenha percebido até vê-la à luz do nosso quarto, sua bochecha estava rosada por sua
barba por fazer, além de ter mordidas de amor no pescoço e na parte de cima de um
peito. Ele arqueou uma sobrancelha. —Enquanto suas irmãs não pareciam notar, eu
percebi, e é possível que outras também.
Geordie baixou o olhar, pensando que teria que ter mais cuidado no
futuro. Ele não tinha percebido que tinha marcado Dwyn. Uma mordida de amor no
pescoço e na parte superior do peito? Ele estava um pouco entusiasmado,
mordiscando e sugando seu caminho pelo pescoço e através de um peito, antes de se
concentrar em seu mamilo.
—Vou perguntar por aí e ver se viram alguém no corredor com vidros, mas
fora isso, o melhor que podemos fazer é ficar de olho em Dwyn e ter certeza de que
ela não será deixada sozinha, — Aulay disse agora.
—Vou vigiá-la, — assegurou Geordie. —Ela precisa de alguém para carregá-la
de qualquer maneira, e eu planejei fazer isso. Falando sobre isso — ele acrescentou,
erguendo o olhar novamente. —Vou precisar de um estrado para poder dormir do
lado de fora do quarto dela, caso ela precise do garderobe à noite.
Aulay concordou. —Venha. Vamos encontrar um.
Geordie o seguiu, mas sua mente estava nas mordidas de amor que ele deixara
em Dwyn e em como ele poderia ter deixado de vê-las. Provavelmente porque o
olhar dele sempre foi direto para o decote dela, para ver quanto do mamilo estava
espreitando, ele reconheceu. Ele realmente tinha que ter mais cuidado no futuro com
ela. Chega de mordidas de amor ou cabelos despenteados. Talvez ele deva carregar
uma escova com ele. Geordie realmente gostou da idéia de escovar seus cabelos
longos. Daria uma desculpa para tocá-los. Sim, ele carregaria uma escova com ele.
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Capítulo 6
—Venha, junte-se a nós, milaird, Ajude-nos a colher flores.
Dwyn virou-se assim como Geordie, para olhar em direção à mulher que
havia chamado. Lady Catriona Lockhart estava linda em um vestido dourado que
destacava sua figura esbelta e a pele pálida, com perfeição. Ela segurava um buquê
de jacintos junto aos lábios e o olhou sedutoramente por sobre eles. Dwyn suspirou,
certa de que ele não seria capaz de resistir ao convite. Ela ficou mais do que um
pouco surpresa quando ele balançou a cabeça e disse: —Hoje só estou aqui para levar
Dwyn aonde ela desejar ir e ajudar os homens a defender todas vocês, se necessário.
A boca de Catriona se contraiu com desagrado pelas palavras dele, e ela fez
uma careta para Dwyn. —Eu não sei por que ela veio aqui, de qualquer forma. Não é
como se ela pudesse ajudar a recolher flores silvestres. Ela deveria ter ficado na
fortaleza com seu tio. Então você poderia ter nos ajudado. Você teria se divertido
mais.
—Lady Innes veio porque queria aproveitar o ar fresco e um pouco do nosso
raro sol, — Geordie rosnou para a mulher com raiva óbvia. —E eu vou aonde ela for,
até que ela se cure o suficiente para andar sozinha. Então, mesmo se ela tivesse ficado
longe, você não teria minha ajuda. Além disso, — acrescentou pesadamente —estou
me divertindo muito conversando com ela, e prefiro fazer isso do que colher flores
com você, de qualquer maneira.
Dwyn engoliu um súbito volume na garganta com a defesa dele e sorriu
largamente para Geordie quando ele se voltou para encará-la. Eles estavam
conversando no dia anterior quando ele a carregou. A princípio não. Os dois estavam
bastante quietos quando ele a carregou para o garderobe logo pela manhã; Dwyn
porque estava envergonhada por ele ter que levá-la a cumprir um compromisso tão
pessoal, e ele, ela suspeitava, por deferência a ela. Mas uma vez que ele a carregou
escada abaixo e a sentou à mesa ao lado dele, eles começaram a conversar e
simplesmente não pareciam ser capazes de parar. Depois do desjejum, ele a carregou
para sentar perto da lareira e as conversas continuaram.
Eles logo foram acompanhados pelas outras mulheres, que rapidamente que
rapidamente assumiu o comando das coisas. Mas Dwyn não tinha se importado
tanto; ela simplesmente se sentou e observou a maneira como Geordie respondeu às
outras mulheres, notando que ele era extremamente educado, mas não tão relaxado
como quando ela e ele estavam sozinhos. Isso a agradou. Infelizmente, eles não
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tiveram a chance de ficar sozinhos ontem. Com a necessidade de ser carregada, não
houve oportunidade de sair para os pomares ou para qualquer outro lugar. Eles
passaram o dia na companhia de outras pessoas até Geordie a levar até a cama. Ela
esperava que ele pudesse beijá-la novamente, mas suas irmãs os seguiram e sua
presença era um pouco inibidora.
Hoje tinha começado da mesma maneira, com ele ficando quieto e ela
envergonhada quando ele a levou para o garderobe, mas uma vez à mesa, eles
começaram a conversar novamente. A princípio, havia sido uma conversa educada
sobre o clima e a que horas eles achavam que seus irmãos chegariam naquele
dia. Mas assim que terminaram o desjejum, Geordie insistiu que ela precisava de ar
fresco e ele a levou para fora. Ele a carregou para os jardins e para sua árvore. Ele não
a deixou subir, mas eles se sentaram embaixo dela e ela perguntou sobre sua irmã e
irmãos, e em pouco tempo ele estava contando histórias sobre sua juventude com
eles. As histórias tinham sido terrivelmente divertidas, e Dwyn não achava que ela
rira tanto como tinha rido das travessuras dele e seus irmãos quando eram crianças.
Quando Geordie a levou para usar o garderobe novamente, e para se juntar a
todos na mesa para a refeição do meio-dia, ele passou a contar a ela como sua irmã
Saidh havia se casado com o MacDonnell. Quando Dwyn expressou descrença de
que sua irmã ousaria enfrentar sete irmãos e espancá-los, quando foram a
MacDonnell para “salvá-la”, Jetta disse que não duvidava disso nem por um minuto
e garantiu a Dwyn que ela entenderia quando a encontrasse. Aulay também
rapidamente contou a história de Geordie e até a embelezou para que os quatro
rissem tanto que mal conseguiam comer.
Una e Aileen estavam sentadas do outro lado e foram incluídas no grupo e
também gostaram dos histórias, mas Dwyn não perdeu as carrancas e os olhares
sujos que Catriona e Sasha estavam lançando em sua direção, do outro lado da mesa,
onde estavam sentadas ao lado do tio de Geordie, Acair. As duas mulheres correram
para sentar ao lado dela quando Geordie a abaixou. Ao lado dela estavam o mais
perto possível de Geordie, já que Jetta e Aulay estavam à sua direita, mas seu tio as
forçou a se afastar mais para baixo da mesa, a fim de abrir caminho para ele e as
irmãs de Dwyn quando chegaram. As duas mulheres não tinham estado mais felizes
com isso do que estavam agora com Dwyn tendo Geordie só para ela, e ela supunha
que podia entender. Ela estava tomando muito tempo e a atenção dele.
Mas tinha sido idéia de Geordie acompanhar as mulheres aqui fora, esta tarde,
quando Una e Aileen mencionaram seu desejo de encontrar flores silvestres para
trançar nos cabelos de Dwyn, quando a refeição do meio-dia terminou. Jetta
anunciara que tinha planejado enviar criados para colher flores para espalhar nos
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juncos do banquete, e os acompanharia na tarefa. A próxima coisa que Dwyn soube
foi que Geordie sugeriu que eles se juntassem ao pequeno grupo e aproveitassem o
sol, enquanto os outros encontravam suas flores. No momento em que ela
concordou, o resto das mulheres começou a clamar para se juntar ao grupo.
Se Dwyn tivesse percebido que elas gostariam de acompanhá-los, ela teria
recusado a sugestão de Geordie e alegado desejo de descansar. Mas já era tarde
demais, então aqui ela estava sentada em uma manta no meio da clareira, enquanto
Geordie continuava falando sobre como seus irmãos haviam encontrado suas
esposas. As histórias eram quase demais para se acreditar com vários vilões atrás das
mulheres, e os bravos homens de Buchanan lutando para mantê-las em
segurança. Mas havia algumas partes muito divertidas nos contos, como Conran
sendo seqüestrado no lugar de Rory, por engano, e Dougall encontrando sua esposa
quando ela tentou escapar de sua casa montada em um touro chamado Henry.
—Você tem um sorriso lindo, moça. Você deveria sorrir com mais frequência
— disse Geordie de repente, e Dwyn sentiu-se corar com o elogio. Seu olhar deslizou
para a flor que ele arrancou do pequeno monte que suas irmãs haviam jogado no
canto da manta. Ele agora estava girando-a entre o polegar e os dedos, mas olhando
para ela. Quando ele se inclinou para frente para escovar as pétalas da flor em seu
braço, ela fechou os olhos brevemente, enquanto a carícia gentil provocava arrepios
nas costas.
—Você é muito sensível, moça, — ele murmurou, repetindo o ato.
—Sinto muito, milaird. Dwyn suspirou as palavras e passou a mão
rapidamente sobre os arrepios que sua ação havia causado em seu braço.
—Não peça desculpas. Eu gosto disso. Muito, — acrescentou ele em um
rosnado próximo, e outro arrepio deslizou através dela. Ele percebeu, é claro, e um
sorriso puramente masculino curvou seus lábios.
Balançando a cabeça, Dwyn sussurrou para que ninguém mais ouvisse: —Eu
acredito que você é um homem muito travesso, milaird.
—Travesso? — Ele perguntou, seus olhos brilhando de diversão. —E por que
isto?
—Porque você sabe o que está fazendo comigo e não apenas persiste, mas
também está gostando, — ela disse imediatamente.
Sua honestidade pareceu pegá-lo de surpresa, e Geordie a encarou
brevemente, em silêncio, antes de se abaixar e deslizar a mão sob a barra de sua saia
para apertar levemente o tornozelo. —E o que estou fazendo com você, moça?
Com os olhos arregalados, Dwyn olhou ansiosamente ao redor. Para seu
alívio, ninguém parecia estar olhando para eles.
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—Hmm? — Ele murmurou, deixando a mão deslizar até a panturrilha dela
sob o vestido.
Dwyn relutantemente voltou o olhar para ele. Mas sua respiração estava agora
reduzida a suspiros rasos e curtos, quando o toque dele enviou um calor que
deslizava através dela, e ela não poderia ter respondido a ele, se quisesse. Em vez
disso, ela mordeu o lábio inferior e simplesmente o encarou, impotente.
—Eu gostaria de morder isso por você, moça, — Geordie rosnou, seu olhar
focado no lábio inferior dela, enquanto ele deixava a mão subir até o joelho dela.
Dwyn soltou o lábio imediatamente, mas desejava que ele pudesse. Ela estava
desejando poder permitir que ele continuasse a passar a mão pela perna dela, mas
estava ciente das mulheres ao seu redor e abaixou a mão para agarrar a dele através
do vestido, impedindo que se movesse mais.
—Eu acho,— ela começou, mas parou quando Jetta apareceu de repente na
beira da manta em que estavam sentados.
—Geordie Buchanan, eu sei que você não está tendo liberdades com Dwyn
aqui para qualquer um ver. — As palavras de Jetta foram abafadas para impedir que
alguém mais ouvisse, mas sombrias com tudo isso, e Dwyn a olhou com alarme.
—Oh, não, ele estava. . .
—Prestes a descobrir seus pés para examiná-los, — interrompeu Geordie,
deslizando a mão de debaixo da dela para agarrar a panturrilha e puxar a perna para
fora, de modo que ela se sentasse agora reta.
—Ah sim. Tenho certeza de que eram os pés dela que você estava pensando
em descobrir, — disse Jetta com um bufar de descrença patente. Mas ela caiu de
joelhos no cobertor e sorriu para Dwyn, e disse: —Coloque as duas pernas esticadas,
Dwyn, para que possamos dar uma olhada. Provavelmente é melhor não se sentar
com eles enrolados debaixo de você assim, de qualquer forma —isso cortará o sangue
dos seus pés e eles precisam do sangue para que se curem.
—Oh, sim. — Dwyn desenrolou a outra perna de debaixo dela, então ela se
sentou com as duas pernas esticadas. Quando Jetta começou a desembrulhar o pé
esquerdo, enquanto Geordie fazia o direito, ela colocou as mãos na manta atrás dela e
recostou-se nos braços enquanto observava.
—Eles parecem melhores hoje, — comentou Geordie, enquanto ele
desenrolava os tecidos em seu pé direito. —Mas pode ser bom deixá-los tomar um
pouco de ar enquanto nos sentamos aqui ao sol.
—Sim, — Jetta concordou enquanto terminava com as bandagens no pé
esquerdo de Dwyn e o examinava, e depois o que Geordie tinha descoberto. —Isso
pode permitir que eles se recuperem e acelere a cura.
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—Como ela está? Eles estão se curando?
Dwyn ergueu os olhos com surpresa e protegeu os olhos do sol enquanto
olhava para sua irmã Aileen.
—Você acha que ela poderá dançar no banquete amanhã à noite? — Una
perguntou, juntando-se a eles.
—Está parecendo que ela poderá, e espero que deixar os pés ao ar, no sol,
ajude, — disse Jetta cautelosamente. —Teremos que ver.
—Oh, — disse Aileen com preocupação. —Mas terminamos de colher as
flores. Pelo menos, acho que terminamos. Eu estava indo perguntar se você achava
que já tínhamos o suficiente.
Dwyn virou-se para olhar para o carrinho que trouxeram assim como Jetta, e
sentiu as sobrancelhas dela subirem. O carrinho estava praticamente cheio de
flores. Havia mais do que suficiente para cobrir o grande salão, ela tinha certeza.
—Sim, é mais do que suficiente, — disse Jetta.
—Vou levá-la de volta para a fortaleza no meu cavalo. De qualquer forma, não
há espaço no carrinho para ela, —observou Geordie. —Podemos sentar nos jardins
uma vez lá, para que seus pés possam desfrutar do benefício do sol.
Jetta relaxou e começou a juntar os tecidos usados. —É melhor eu colocar
tecidos limpos quando eu enrolar os pés dela, de qualquer maneira. Rory diz que
reutilizar roupas ensangüentadas pode infectar a ferida.
—Ajude-me a recolher nossas flores, Aileen, — disse Una, curvando-se ao lado
de Jetta para começar a coletar as flores que haviam recolhido. —Dessa forma,
Geordie e Dwyn podem levar a manta para sentar no jardim.
Quando Dwyn começou a tentar ajudar, Geordie levantou-se e rapidamente se
inclinou para pegá-la. Ele sabia que a havia assustado quando ela ofegou de surpresa
e agarrou seus ombros, enquanto ela o encarava com espanto.
—Eu nem vi você se levantar, — ela murmurou quando ele começou a andar
na direção onde seu cavalo esperava, ao lado da carroça. —Você é muito rápido,
milaird.
—Se isso fosse verdade, moça, eu teria você nua e debaixo de mim na primeira
manhã em que nos conhecemos, — disse ele divertido, antes que pudesse pensar
melhor. Depois que ele percebeu o que havia dito, ele olhou para o rosto dela com
preocupação.
Embora ela tenha corado um pouco com as palavras, Dwyn não ficou
perturbada ou gritou de indignação. Em vez disso, ela apenas inclinou a cabeça
enquanto olhava para ele e perguntava com curiosidade: —E eu teria gostado?
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A pergunta de Dwyn o fez parar de andar. Ele a encarou por um longo
momento, com aquelas palavras circulando em sua mente. Ela teria gostado? Ele
gostaria de pensar que sim. Embora ele nunca tivesse tomado a inocência de uma
moça antes, ele sabia que teria gostado disso, e que teria trabalhado muito para
garantir que ela gostasse tanto quanto possível. Por falar nisso, ele tinha certeza de
que ela teria gostado do começo. Era o final com o que ele estava mais
preocupado. Tomar sua virgindade. Não era para ser agradável para nenhuma
mulher.
—Devo colocar isso no seu cavalo para você?
Geordie desviou o olhar do rosto de Dwyn e olhou em volta para ver Jetta ao
lado deles, segurando a manta. Seu olhar deslizou para o seu cavalo e depois para
Dwyn, e ele perguntou: —Você o segurará, moça? Não trouxe nada para prender a
manta à sela do meu cavalo.
—É claro. — Ela estendeu as mãos e sua cunhada passou a manta para ela.
—Vejo vocês dois de volta, na fortaleza —disse Jetta, antes de se afastar para
começar a chamar as outras mulheres que ainda colhiam flores.
Geordie começou a andar novamente no momento em que Jetta se virou, suas
pernas devorando a distância rapidamente. As mulheres estavam começando a se
mover em direção à carroça, com seus feixes de flores, quando ele colocou Dwyn em
seu cavalo e depois montou atrás dela.
—Para onde eles estão indo? — Catriona perguntou ressentida. —Por que
Whinnie está cavalgando com Geordie, e não no carrinho, como fez na vinda?
Geordie estava enrijecendo com o apelido ofensivo, quando ouviu Jetta dizer:
—O nome dela é Dwyn, não Whinnie. Sugiro que tente se lembrar ou será convidada
a partir. E ela está voltando com Geordie porque ele deseja isso. Além disso, não há
espaço suficiente no carrinho para ela, com todas as flores.
Porque ele deseja isso . Geordie sorriu com as palavras quando ele alcançou
Dwyn para pegar as rédeas de seu cavalo, e depois estimulou o animal a trotar, o que
os levou rapidamente para fora da clareira. Sim, ele desejou isso. Pelo menos ele
tinha. Agora, porém, de costas para o peito dele, e com seu traseiro pressionado
firmemente contra a virilha dele . . . Bem, talvez ele não estivesse pensando no futuro
como deveria, decidiu Geordie com uma careta. A chegada deles de volta à fortaleza
poderia ser um pouco embaraçosa, agora que o corpo dele estava respondendo à
proximidade dela da maneira previsível.
—Você disse que Conran foi seqüestrado por sua esposa no verão passado. —
Geordie olhou para a moça no colo e lembrou que tinha sido a última história que ele
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estava contando a ela, antes de Catriona sugerir que ele se juntasse às mulheres para
colher flores.
—Foi no verão passado, não foi? — perguntou Dwyn agora, virando e
inclinando a cabeça para olhar para ele.
—Sim, — ele concordou, voltando sua atenção para o cavalo e o caminho entre
as árvores.
—E, no entanto, você acabou de voltar de ajudar Conran e sua esposa a
estabelecer seu primo, Gavin, como laird em MacLeod, — ressaltou. —Há quanto
tempo você estava lá? Certamente não por todo o ano passado?
—Não, — ele disse rindo. —Eu não sou um irmão tão bom.
—Suspeito que deve ser, — respondeu Dwyn, e ele desejou poder ver sua
expressão para dizer se ela estava brincando ou não. Se não estava, pensava muito
bem dele. Embora Geordie admitisse apenas para si mesmo, ele provavelmente teria
ficado um ano, se fosse solicitado. Felizmente, isso não tinha sido necessário.
—Gavin só se tornou laird de MacLeod seis semanas atrás, — explicou.
—Conran, sua esposa, Evina e Gavin tiveram que pedir permissão ao rei e
fazê-lo ouvir seu caso. Isso levou algum tempo. Principalmente porque nenhum
deles, nem mesmo Gavin, queria sentar-se na corte aguardando a vontade do rei em
vê-los. Então, eles escreveram e solicitaram uma audiência. Seis meses se passaram
antes que eles obtivessem uma resposta e, em seguida, a data para a audiência foi
três meses depois disso. Depois de ouvir o caso deles, o rei enviou um de seus
homens de confiança a MacLeod para exigir o testamento. Conran, Evina e Gavin
tiveram que esperar na corte ele ir até lá e voltar, o que levou mais tempo do que o
necessário, porque o tio de Gavin insistiu em voltar com o homem, e ele trouxe uma
caravana lenta de soldados e carroças em vez de andar sozinho. E então eles tiveram
que esperar mais algumas semanas para que o rei realmente visse o testamento.
—Semanas? — Ela perguntou com consternação.
—Quando o homem não retornou no período de tempo esperado, o rei pensou
que ele se encontrara com assaltantes e enviou uma guarnição de soldados para
encontrá-lo e obter o testamento . . . e então ele se foi em uma viagem de caça.
—O quê? — perguntou Dwyn, incrédula.
—Sim, — ele disse secamente. —Aparentemente, fora planejado muito tempo
antes, então . . . Ele deu de ombros, empurrando-a um pouco no colo. —A pior parte
é que todos chegaram de volta à corte —seus homens, o tio e a guarnição —no dia
seguinte à partida do rei. A guarnição correu para o grupo de viagem naquela manhã
e retornou com eles. Mas já era tarde demais — o rei se fora, então eles tiveram que
aguardar seu retorno para que o assunto fosse resolvido.
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—Oh, droga, — disse Dwyn com diversão. —Suspeito que seu irmão não teria
gostado disso. Eu não teria.
—Não, ele não gostou, — admitiu Geordie, e depois perguntou: —Mas por
que você não teria gostado? — Ele suspeitava que sabia a resposta, mas queria ouvi-
la de qualquer maneira.
—Porque não consigo pensar em nada menos agradável do que ficar presa na
corte por semanas a fio, aguardando a vontade do rei. Não, se estiver cheia de moças
como. . .
Geordie sorriu quando Dwyn se interrompeu. Ele tinha certeza de que as
moças cujos nomes ela estava pensando, mas não diria, eram Catriona e Sasha. Pelo
que ouvira, as duas mulheres estavam frequentemente na corte, o que talvez
explicava o comportamento delas. A corte era um lugar de excessos, onde a
crueldade era comum. Ele também nunca se importou com isso.
—Veja! Lá está Buchanan, — ela disse alegremente.
Era uma tentativa tão óbvia de distraí-lo do que ela se impediu de dizer que
Geordie se viu sorrindo no topo de sua cabeça e apertando-a carinhosamente com o
braço em volta da cintura. Ele apenas se lembrou do efeito que teria no decote dela
quando a ouviu murmurar algo baixinho e levantar as mãos para trabalhar para
empurrar os seios de volta ao topo do vestido. Ele olhou para baixo enquanto ela
empurrava os globos redondos, e isso o fez pensar em Cook amassando massa por
algum motivo, o que lhe pareceu ridículo e o fez rir.
—Não é engraçado, milaird, — disse Dwyn, lançando um olhar exasperado
por cima do ombro. —Você gostaria que seus irmãos encurtassem todas as suas
mantas para que seu pênis ficasse aparecendo?
Geordie sorriu ao ver que ela se referia ao pau dele, mas ficou ainda mais
divertido com a sugestão, e na esperança de envergonhá-la, ele disse: —Bem, acho
que depende de para onde você estar olhando ou não.
—É claro que eu estaria olhando, — disse Dwyn, em tom um pouco distraído,
enquanto agora puxava o decote do vestido, tentando ajeitá-lo para cobrir o que ela
não conseguia empurrar. —Que moça com um pouco de juízo na cabeça não
aproveitaria a oportunidade para ver seu pau?
Geordie explodiu de rir de novo com sua honestidade e, sem pensar, deu-lhe
outro aperto afetuoso.
—Arggh!— Ela rosnou de frustração. —Se não parar de fazer isso, eu darei um
belo show aos homens em sua muralha, enquanto passamos.
Isso acabou com sua diversão rapidamente, e Geordie fez uma careta para os
homens postados na muralha à frente. Ele então a soltou para puxar ele mesmo seu
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decote para cima. Isso realmente não ajudou muito, ele decidiu, enquanto espiava
por cima dos ombros dela a parte superior dos seios, em exibição no vestido azul
pálido que ela usava hoje, então ele pegou a manta que ela carregava e a deixou cair
aberta, depois a dobrou ao redor e por cima dos ombrosdela até que estivesse
totalmente coberta até o pescoço.
—Melhor, — julgou Geordie, e Dwyn suspirou e assentiu enquanto se
inclinava para ele.
—Sim. Muito melhor. Eu me sinto propriamente vestida pela primeira vez
desde que cheguei aqui, — ela admitiu ironicamente, e acrescentou: —Eu amo
minhas irmãs, mas, sinceramente, essa não foi a melhor ideia delas.
Geordie apenas sorriu. Na sua opinião, tinha sido uma ideia
brilhante. Enquanto ele não se importava com todo mundo sendo capaz de ver o que
Deus havia presenteado a essa moça adorável, exibir seus belos seios certamente
chamou sua atenção. Embora não tenha sido a única coisa que chamou sua
atenção. Havia muito mais mérito na adorável Dwyn Innes do que apenas seus belos
seios. E ele a achava adorável agora. No começo, ele podia ter concordado que ela
não era nada especial quando se tratava de seu rosto, mas isso foi antes de ela
sorrir. Quando ela fez isso, seus olhos azuis se arregalaram e brilharam, todo o rosto
se iluminou como uma vela, e ela era sinceramente e realmente adorável.
Um dos homens na muralha os chamou enquanto atravessavam a ponte e
Geordie diminuiu a velocidade do cavalo para ouvir a notícia de que seus irmãos
haviam voltado e estavam na fortaleza. Ele agradeceu ao homem pelas notícias e
depois continuou em frente, cavalgando até o canto da torre e não para os degraus.
Espiando Drostan, o garoto do estábulo, correndo na direção deles, Geordie
olhou para baixo para Dwyn enquanto tentava decidir a melhor maneira de
desmontar. Ele deveria pegá-la e desmontá-la com ela já em seus braços, o que
poderia sacudi-la? Ou ele deveria desmontar e levantá-la e balançá-la para colocá-la
em seus braços, sem que seus pés tocassem o chão?
Desmontando com ela, ele decidiu. Havia menos risco de seus pés feridos
roçarem o chão dessa maneira.
—Estamos esperando para. . . —Oh! Dwyn arfou quando a levantou nos
braços, o assento no cavalo fazendo-a segurá-la alto o suficiente para que ele pudesse
ter lambido e beijado seus seios, onde não estivessem cobertos com a manta.
—Segure-se em mim, Dwyn, — Geordie instruiu gentilmente, e esperou até
que ela abraçasse seu pescoço antes de levantar a perna esquerda sobre o cavalo e a
sela e depois cair no chão. Ele conseguiu pousar sem muita sacudida, mas a manta
que Dwyn estava segurando caiu no chão.
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—Eu vou buscá-la para o senhor, milaird —disse Drostan quando os alcançou
e correu para seu lado para pegar a manta caída. Os olhos do garoto foram para os
pés de Dwyn quando ele se endireitou, e ele parou, segurando o tecido enquanto
seus olhos se arregalavam. —Deus, milaird. Os pés da senhora estão cortados de
maneira horrível.
—Sim, Drostan, — Geordie concordou solenemente. —Dwyn, este é Drostan,
um belo jovem que trabalha nos estábulos. Ele será o chefe do estábulo um dia,
quando o velho Fergus se aposentar.
Enquanto Drostan sorria diante da previsão, Geordie continuou. —Drostan,
essa é Lady Dwyn Innes. A dama mais educada para quem você já resgatou um plaid.
Drostan voltou sua atenção para Dwyn e fez uma meia reverência estranha. —
Milady. É um grande prazer conhecê-la.
—Obrigada, Drostan. Também tenho um grande prazer em conhecê-lo,
—assegurou Dwyn.
Geordie sorriu para os dois e depois olhou para o plaid quando Drostan a
estendeu. Depois de uma hesitação, ele disse: —Você pode trazê-lo e vir conosco por
um minuto, rapaz? Prometi a Lady Innes que ela poderia descansar um pouco no
pomar e aproveitar o sol, mas não posso segurá-la e estender a manta ao mesmo
tempo. Estou pensando que vou precisar de ajuda para colocá-la em segurança.
—Claro, milaird, —disse Drostan, ansioso, e acertou o passo com ele quando
Geordie se virou para dar a volta no castelo.
Eles não tinham ido muito longe antes de Drostan puxar seu plaid para chamar
sua atenção. Depois que Geordie olhou para ele interrogativo, ele perguntou: —
Posso perguntar como a senhora ficou com os pés tão cortados? Ou dói para ela falar
sobre isso?
—Perguntar é bom, — assegurou Dwyn ao garoto antes que Geordie pudesse
responder. —Você não pode aprender nada se não perguntar, certo?
—Certo, — Drostan concordou, sorrindo.
Dwyn sorriu para ele e disse: —Receio que tenha sido nada mais que um
acidente bobo. Alguém quebrou um cálice no corredor superior e eu pisei nos
pedaços de vidro quando saí do garderobe.
—Eles não a avisaram ou algo assim? — O garoto perguntou com
consternação.
—Não havia ninguém lá para me avisar quando eu saí no corredor,
— explicou ela.
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—Oh. Bem. — Drostan torceu seu rosto de oito anos com desapontamento. —
Que tipo de idiota deixa vidro quebrado no chão e não o limpa, nem fica para alertar
os outros sobre sua presença?
—Alguém tão boba como eu fui quando deixei meu quarto com os pés
descalços,— disse Dwyn ironicamente.
—Andar descalço não é bobo, — Drostan assegurou. Estou sempre descalço. A
menos que seja inverno, — acrescentou. —Mas eu estou sempre descalço quando
está quente como agora. Eu também seria cortado se não tivesse visto o vidro e
andado nele. Não, não é você quem era boba, milady. Quem fez isso e foi embora é
que era. Ou, por pior que fosse, eles simplesmente não se importaram que alguém
fosse cortado andando pela bagunça que eles fizeram. —Ele estalou a língua com
desgosto e balançou a cabeça. —Eu não sei a que Escócia estamos chegando, com
esse tipo de coisas acontecendo.
O garoto parecia uma mulher idosa quando ele disse isso e Geordie sentiu um
sorriso abrir seus lábios, ao ver Dwyn sorrir. Eles compartilharam sua diversão com
um olhar, e então Drostan disse: —Bem, sinto muito que você esteja sofrendo com a
loucura de outra pessoa, milady, e ficaria feliz em ajudar de qualquer maneira que
puder enquanto você estiver se curando.
—Você está ajudando agora mesmo, concordando em trazer a manta e
estendê-la para nós, — assegurou Dwyn solenemente.
—Falando nisso, — disse Geordie agora, parando. —Este é o local, rapaz. Vá
em frente e coloque a manta para nós, por favor. Mas tente garantir que a parte de
baixo fique fora da sombra projetada pela árvore, —os pés de Lady Dwyn precisam
de sol.
—Sim, milaird.
Geordie notou a maneira como Dwyn olhou ao redor, enquanto Drostan
rapidamente sacudia a manta e a espalhava no chão. Ela pareceu surpresa por já
terem chegado ao pomar, mas sorriu quando notou que ele havia escolhido que o
garoto colocasse a manta debaixo daquela árvore.
—Aí está, milaird, — disse Drostan, recuando assim que terminou sua tarefa.
Geordie virou-se para inspecionar o trabalho do rapaz e assentiu com
aprovação. —Obrigado por sua ajuda. Agora é melhor você ir ver o meu cavalo antes
que ele vagueie pelos estábulos por conta própria e perturbe Fergus.
—Oh! Sim, —Drostan ofegou, e girou para correr.
Dwyn riu enquanto observava o garoto se afastar e depois virou a cabeça para
Geordie. —Drostan é um rapaz adorável.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Sim, — concordou Geordie, enquanto avançava sobre a manta e se ajoelhava
antes de colocá-la no chão. —Mas não deixe Fergus ouvir você dizer isso, senão ele
terá um ataque.
—Por quê? — Ela perguntou com espanto enquanto o observava se acomodar
na manta ao lado dela.
—Porque Drostan o deixa louco, — ele admitiu com um sorriso. —Ele diz que
o rapaz fala do nascer até o pôr do sol e é como fazer alguém começar a beber, ele
não cessa sua tagarelice.
Dwyn jogou a cabeça para trás rindo disso, e Geordie se viu procurando outra
coisa a dizer para mantê-la rindo. Ele amava seu riso. Era tão honesto e aberto, não os
risos bobos que a maioria das mulheres empregava em um esforço para parecerem
damas. Dwyn ria da barriga, ou talvez do coração. Era um som cheio de vida e
alegria, e o fez querer envolvê-la em seus braços e apertá-la com força. E se seus seios
saíssem durante o aperto, tanto melhor.
Esse pensamento fez Geordie sorrir novamente, e ele não ficou surpreso
quando os músculos do rosto reclamaram da ação doendo um pouco. Eles não
estavam acostumados com o treino que estavam fazendo nos últimos um ou dois
dias, mas especialmente hoje. Geordie sabia com certeza que nunca na vida rira ou
sorrira tanto quanto desde que conhecera Dwyn.
—Oh, milaird, sentirei sua falta, — disse Dwyn balançando a cabeça quando
suas risadas começaram a diminuir.
Geordie ficou rígido, uma carranca repuxando seus lábios quando suas
palavras despertaram alarme em cada centímetro de seu corpo. —Por que sentiria
minha falta, moça? Não vou a lugar nenhum.
—Bem, não, — ela concordou com diversão. —Mas uma vez que você e seus
irmãos escolham as noivas da seleção que Lady Jetta organizou, ou rejeitem todas
nós, eu, minhas irmãs e meu pai voltaremos para Innes. — Encolhendo os ombros,
ela acrescentou: —Por mais que eu ame minha casa, nunca ri tanto lá como eu faço
em sua companhia. Vou sentir falta disso, além de falar com você . . . e seus beijos —
ela admitiu com um suspiro. —Obrigado por tornar isso tudo muito mais agradável
do que quando começou. Guardarei com carinho as lembranças que você me deu.
Geordie olhou para ela silenciosamente, não tão atordoado por sua
honestidade quanto pela rebelião de sua mente ao pensar nela deixar Buchanan e
retornar a Innes sem ele. Ele não queria que ela fosse embora. Ele não queria que o
riso e a conversa terminassem. Ele certamente não queria que os beijos terminassem
também. Na verdade, ele queria mais beijos, e ele queria mais do que beijos. Ele
queria Dwyn. Ele a queria em sua cama, nua e rindo até que ele transformasse aquela
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risada em gemidos, e doces gemidos e pedidos enquanto a amava com seu corpo e
plantava um filho nela. Ele esperava que fosse uma menina com a mesma
honestidade e beleza tranquila que ele viu em Dwyn. Mas ele também ficaria
satisfeito com um menino.
Meu Deus, ele queria se casar com Dwyn, Geordie percebeu com espanto, mas
supôs que não deveria se surpreender. Seu interesse em beber e aproveitar
desapareceu rapidamente depois de conhecê-la. Ele certamente não tinha
aproveitado a oportunidade para encontrar uma mulher disposta ontem à noite, ou
mesmo na noite anterior, quando estava duro e sofrendo depois de enviá-la de volta
para a fortaleza. O pensamento de outras mulheres simplesmente não o atraía. Como
ele iria se divertir se a única mulher com quem ele queria dormir era aquela sentada
diante dele?
—M'laird? Você ficou estranhamente quieto. Alguma coisa está errada?
— perguntou Dwyn, com súbita preocupação.
Geordie desviou a atenção de seus pensamentos para olhá-la, deixando o olhar
percorrer seus olhos azuis e lábios suaves, depois para a longa trança em que seu
cabelo estava hoje. Era grossa, bonita e bem feita, como no dia anterior, mas ele
desejou que o cabelo dela estivesse desfeito e fluindo ao seu redor, como na noite em
que ela se machucou. Ele a queria nua aqui em sua manta, com os cabelos livres e o
sol brilhando sobre a pele pálida e os cabelos dourados claros.
Com isso em mente, Geordie se aproximou dela e pegou o final da trança onde
estava na manta ao lado de seu quadril.
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Capítulo 7
Dwyn ficou paralisada de surpresa quando Geordie repentinamente agarrou a
ponta da trança da manta e removeu a correia no final da trança. Mas ela riu
nervosamente e agarrou as mãos dele para detê-lo, quando ele começou a
desmanchar a trança que sua irmã Aileen havia passado tanto tempo fazendo
naquela manhã.
—M'laird, o que. . . ? — ela começou com confusão, tentando pegar as mãos
dele para detê-lo, mas Geordie pegou as mãos dela e ergueu o rosto para beijá-la. Ele
não começou com carícias delicadas e provocantes como antes, quando a
beijara; desta vez ele foi direto para os beijos devoradores, sua língua empurrando,
quase antes que sua boca cobrisse completamente a dela.
Dwyn se abriu para ele sem protestar, a língua dela encontrando a dele, e
então ela gemeu e deslizou os braços em volta do peito dele enquanto ele fazia amor
com ela com os lábios e a língua. Ela sentiu os braços dele ao redor dela quando ele a
beijou, e sabia que suas mãos estavam em seus cabelos, mas não se importou desde
que sua língua estivesse empurrando e enchendo-a como estava. Quando ele
interrompeu o beijo e seguiu os lábios até o pescoço dela, e ela o sentiu puxando os
laços do vestido, ela abriu os olhos, fechou-os novamente e respirou aliviada quando
ele os desfez e seus seios se espalharam. A constrição terminou. Essa respiração então
saiu em um suspiro assustado, quando ele de repente se afastou para olhá-la.
Não era como na noite anterior. Então ela teve a escuridão envolvendo-a em
sombras. Agora estava em plena luz do dia, o sol brilhava sobre o que ele havia
revelado, mas Dwyn permaneceu imóvel, permitindo que ele olhasse. Parecia
bobagem cobri-los agora. Além disso, seus seios estavam constantemente saindo do
vestido de qualquer maneira. Ele certamente tinha visto o que estava vendo agora,
então a única diferença era que ele estava tendo uma visão completa e sem ônus.
—Eu quero ver você nua com nada além de seu cabelo, — ele confessou em
um rosnado quebrado que fez seu coração bater forte no peito.
Dwyn hesitou. O que ele estava pedindo era mais do que deveria para uma
dama. Por outro lado, ela sabia que provavelmente não receberia o pedido
novamente de outro. Ela nem queria o pedido de outro. Ela queria Geordie. Ela
queria dar a ele o que ele desejava e queria que ele desse o prazer que já havia
experimentado com ele. Ela queria seus beijos e carícias, e queria que ele chupasse
seus seios, e queria essas lembranças para levá-las consigo.
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Erguendo o queixo, Dwyn tirou o vestido aberto dos ombros e deixou-o
deslizar pelos braços até poder tirar suas mãos do tecido. Então ela se sentou, sem
saber o que fazer a seguir. Ela não podia levantar e tirar o vestido completamente
com os pés cortados. Dwyn não tinha certeza de que queria ir tão longe, então ela
simplesmente encontrou o olhar dele e esperou, nua da cintura para cima e os
cabelos soltos sobre os ombros e ao redor dos seios.
Geordie olhou para ela por um longo tempo, como se ele também quisesse
guardar essas lembranças para mais tarde, e então ele estendeu a mão e roçou os nós
dos dedos suavemente sobre um mamilo. Dwyn ofegou e ficou rígida, arqueando as
costas levemente, inconscientemente oferecendo os seios para ele, mas ela não fechou
os olhos. Ela observou quando a outra mão dele se levantou e ele apalpou os seios
dela com cada mão, apertando e amassando a carne macia brevemente antes de sua
cabeça se inclinar para que ele pudesse levar um em sua boca. Os olhos de Dwyn se
fecharam então, e ela gemeu quando ele lambeu e chupou o broto duro, sua boca
parecendo puxar um fio invisível que corria direto para o local entre suas
coxas. Quando ele mudou para o outro seio, ela descobriu que havia outra corda
invisível lá, que seguia o mesmo caminho, e Dwyn se contorceu na manta enquanto
suas mãos se estendiam para deslizar em seus cabelos.
—Eu quero mais, — Geordie gemeu em torno de seu mamilo, e ela sentiu a
mão dele soltar o peito que ele estava sugando, mas não percebeu para onde estava
indo até que a sentiu contra a panturrilha sob a saia.
Dwyn ofegou e arqueou as costas com mais força, empurrando o peito mais
longe em sua boca, quando a mão dele deslizou pela perna dela até o joelho. Geordie
aceitou o convite, pegando o máximo possível de seu peito em sua boca e chupando
quase dolorosamente, antes de repente soltá-lo para erguer a cabeça e espiar
enquanto sua mão deslizava por detrás de seu joelho e continuava subindo sua coxa.
empurrando a perna para o lado e espalhando-a para o prazer dele.
—Você está molhada para mim, moça? — ele perguntou, sua voz rouca e
quase dolorida.
—Não sei, — sussurrou Dwyn, incerta. Havia uma estranha sensação líquida
na parte inferior da barriga, como se pequenos elfos estivessem lá dentro,
derramando ouro derretido até um ponto entre as coxas, mas ela estava
experimentando tantas sensações diferentes naquele momento que Dwyn não tinha
certeza do que estava acontecendo. E então a mão dele pressionou contra o ponto
entre as pernas dela, e ela ofegou e empurrou levemente sob a mão dele com a dor
aguda que seu toque lhe enviou. Ela estremeceu de novo e gritou desta vez, quando
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um de seus dedos deslizou entre suas dobras escorregadias para roçar o centro de
sua excitação.
—Sim, você está molhada, — Geordie respirou, parecendo
satisfeito. Observando o rosto dela, ele deixou seus dedos dançarem sobre sua carne
úmida. Seus dedos estavam se movendo e deslizando, esfregando e deslizando,
circulando o nó que ardia por seu toque, mas nunca dando o contato direto pelo qual
seu corpo parecia estar clamando. Dwyn resistiu o máximo que pôde, mas depois
cravou as unhas nos ombros dele e ofegou: —Geordie, por favor.
—Por favor, moça? — ele rosnou, inclinando-se para beliscar o queixo erguido
dela com os dentes. —O que você quer? Você gosta disso?
—Sim, — ela gemeu, abaixando a cabeça e virando o rosto contra o dele em
busca de sua boca. Para seu alívio, ele a beijou então, a outra mão liberando o peito
dela para agarrar a parte de trás da cabeça e movê-la como quisesse. Quando a
língua dele entrou em sua boca, os dedos de Geordie finalmente pressionaram contra
o broto que estavam evitando.
Dwyn gritou em sua boca com o contato. Ela também o agarrou mais perto,
pressionando os seios contra a manta e esfregando-os freneticamente contra ele
quando seu corpo começou a tremer violentamente. Para sua consternação, Geordie
retirou a mão dele, seu beijo subitamente se tornou mais gentil, quase reconfortante,
e então ele o interrompeu completamente e deu um beijo logo abaixo da orelha dela
enquanto murmurava: —Quero provar você, moça.
—Provar-me? — Ela sussurrou incerta, sem saber do que ele estava falando.
—Sim, quero ver se você é tão gostosa quanto um pêssego, como imaginei, —
Geordie respirou, a mão dele apertando o quadril dela por baixo das saias.
—Oh, — ela respirou, não tendo certeza do que ele estava falando, mas
esperando que ela fosse tão gostosa quanto um pêssego para ele.
Dwyn não percebeu que ela tinha falado essa esperança em voz alta até que
ele se afastou com uma risada preguiçosa e sorriu para ela, quando disse: —Eu amo
sua honestidade, moça. E tenho certeza que você é.
Ele a beijou novamente, insistindo para que ela se deitasse sobre a manta como
ele fez, e então ele interrompeu o beijo para mudar para mais baixo e seguiu com
mais beijos pela garganta e pescoço. Ele fez uma pausa para prestar homenagem
brevemente aos seios dela. Apesar da excitação que isso causou nela, Dwyn sentiu
suas saias deslizarem pelas pernas enquanto ele chupava brevemente seus seios, e
então o material foi recolhido em torno de sua cintura e ele deixou seus seios para se
deslocar entre suas coxas. Olhando para a árvore no alto e ofegando, ela deixou suas
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pernas se abrirem quando ele as pressionou mais, ainda sem saber o que estava
fazendo, até que ela o sentiu pressionar a boca em seu núcleo.
Os olhos de Dwyn se arregalaram de choque, sua parte superior do corpo
subindo pela metade da manta na primeira batida de sua língua em sua pele
sensível, e então ela recuou com um grunhido ofegante quando ele se acomodou no
que estava fazendo. Isso estava além de tudo o que Dwyn já havia experimentado ou
imaginado, e ela era rapidamente uma massa trêmula de sensações, seu corpo
tremendo e quadris empurrando sob a boca dele. Ela queria pressionar os pés no
chão e empurrar em sua boca, como ela fez com os seios quando ele estava chupando
lá, e ela queria se afastar e fazê-lo parar esse tormento louco. Mas ela não pôde fazer
nenhum dos dois. Geordie a prendeu no chão, as pernas abertas pelas mãos dele
enquanto sua boca a levava até o limite de sua resistência e depois a empurrava,
lançando-a em um caos que a fazia estremecer e convulsionar, os olhos fechados e a
mente completamente inconsciente de tudo, exceto a doce liberação que a inundou.
Quando a loucura finalmente passou, Dwyn se viu aconchegada nos braços de
Geordie, as mãos dele se movendo suavemente sobre as costas dela enquanto a
segurava contra seu peito e pressionava beijos no topo de sua cabeça. Ela ficou
imóvel contra ele por um momento, enquanto sua respiração e o coração batiam mais
devagar, depois limpou a garganta e sussurrou: —Isso foi . . .
Ela balançou a cabeça, incapaz de expressar em palavras o que acabara de
experimentar.
—Você gostou, não é? — Ele perguntou, e ela podia ouvir uma suave diversão
em sua voz.
—Sim, — Dwyn respirou, e depois inclinou a cabeça para olhar para ele.
—Podemos fazer de novo?
Isso trouxe uma risada abrupta de Geordie, e ele a abraçou com mais força e
balançou a cabeça. —Não, moça. Não agora. Eu tenho que ir falar com meu irmão.
—Oh, — ela suspirou com decepção, mas quando ele não a soltou, ela relaxou
contra ele e passou os dedos sobre o peito. Depois de um momento, percebeu uma
dureza pressionando contra o estômago e olhou para baixo, para ver a longa coluna
sob a manta. Dwyn pode não ter entendido o que ele quis dizer com prová-la, mas
ela sabia o que estava olhando e perguntou com admiração: —Isso é para mim?
Ela olhou para cima a tempo de vê-lo fazer uma careta, e então ele lhe ofereceu
um sorriso fraco e disse: —Sim. Estou tentando fazê-lo ir embora, para que eu possa
falar com meu, irmão.
—Oh, — disse Dwyn com compreensão, e depois perguntou timidamente:
—Posso ajudar?
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Geordie gemeu com isso, e apoiou o queixo na testa dela, enquanto seus
braços a apertavam. —Ach, moça, você está me matando aqui. Reze, pare de se
mexer e fazer perguntas e . . . Talvez ajude se vestirmos seu vestido de volta
adequadamente, — ele decidiu de repente, e sentou-se, levando-a com ele. Uma vez
que ele a sentou, ele alcançou o vestido emaranhado em volta da cintura dela, e então
fez uma pausa, uma expressão impotente cruzando seu rosto enquanto seu olhar
deslizava sobre seus seios nus e depois para suas pernas, nua até um centímetro
abaixo do ápice de suas coxas, onde agora estava a saia.
—Você terá que se vestir, moça. Eu não posso fazer isso. Se eu toco em você . .
. Geordie balançou a cabeça tristemente.
Os olhos de Dwyn se arregalaram com isso, mas ela já estava pegando o topo
do vestido. Ela não esperava que ele a vestisse; ela esperava fazer isso sozinha. Mas
não com ele assistindo, seus olhos famintos percorrendo seus seios e os fazendo
apertar e endurecer de excitação, quando ela se lembrou de seus beijos e
carícias. Lutando para colocar as mangas do lado direito, ela olhou para ele e viu que
o olhar dele caíra no colo dela e sua feminilidade mal coberta que ele havia beijado
tão recentemente também, e Dwyn fez uma pausa e fez uma careta.
—Milaird, por favor, pare de me olhar como se eu fosse um pêssego que você
deseja comer. Você está me deixando nervosa demais e me fazendo querer arrancar
meu vestido e subir em seu colo.
Geordie piscou e depois levantou os olhos para o rosto dela. —Moça, — ele
rebateu baixinho, —embora eu ame demais sua honestidade, este não é um bom
momento para isso. Estou a um fio de distância de perder meu controle,
empurrando-a para trás, jogando suas saias por cima da cabeça e empurrando em
você aqui no pomar como uma prostituta. Não quero tomar sua virgindade dessa
maneira e imploro, por favor, vista-se.
Dwyn hesitou, tentada a ignorar seu pedido e alcançá-lo, mas seu comentário
“como uma prostituta” a deteve. Ela suspeitava que seu comportamento aqui hoje já
não era melhor que o de uma prostituta. Mas ele não parecia pensar assim. Ela temia
que se isso o levasse a ponto de tomá-la aqui no pomar, ele não a consideraria melhor
do que uma, e ela não queria isso. As coisas que ele fez com ela, e o prazer que ele lhe
mostrou, foram gloriosos. Especial. Como um presente. Ela não queria que tudo
ficasse manchado e se transformasse em poeira em sua boca, indo longe demais.
Suspirando, Dwyn se mexeu na manta até ficar de costas para ele, e
rapidamente se desembaraçou e vestiu a parte de cima do vestido. Suas mãos ainda
tremiam com o que ela experimentou, mas ela conseguiu amarrar seus laços apesar
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disso, e então passou as mãos instáveis pelos cabelos soltos. Ela estava prestes a
voltar para ele quando ele estava de repente ao lado dela e curvando-se para pegá-la.
Dwyn olhou seu rosto solenemente enquanto ele se endireitava com ela nos
braços. —Eu pensei que você queria falar com seu irmão?
—Eu vou. Mas não vou deixar você aqui sozinha, quando não pode andar —
disse ele, virando-se para os jardins.
—Eu poderia. . . Dwyn fez uma pausa e olhou ao redor quando o som de um
galho estalando alcançou sua orelha.
Geordie parou também, e os dois olharam ao longo das árvores, esperando
quem quer que tivesse feito o som, aparecer. Em vez disso, eles ouviram o som de
alguém se afastando rapidamente.
—Você não acha que alguém viu. . .? — Ela começou preocupada.
—Não importa, — disse Geordie, sombrio, e começou a andar rapidamente
entre as árvores e no caminho pelo jardim. E então ele forçou um sorriso e garantiu a
ela: —Tudo ficará bem assim que eu falar com meu irmão.
Dwyn concordou em seu benefício, mas não acreditou. Se alguém tivesse visto
o que fizeram no pomar . . . Bem, ela poderia estar arruinada, ela supunha, mas isso a
incomodava pouco. Ela normalmente nunca deixava Innes, e eles raramente tinham
visitantes, por isso não era provável que ela se deparasse com sua ruína entre as
pessoas que a amavam. O que a incomodava mais era que Geordie poderia ser
forçado a se casar com ela. Para ela, isso seria um castigo terrível para um homem
que não havia feito nada além de mostrar a ela o prazer a ser encontrado entre um
homem e uma mulher. Era algo que ela provavelmente não teria experimentado de
outra maneira.
Não importa o que acontecesse, ela garantiria que ele não fosse obrigado a
casar com ela, decidiu Dwyn com firmeza. Ela sabia que ele não queria se casar. Ela
ouvira seu irmão Aulay dizendo à esposa, Jetta, na primeira tarde em que o laird
voltou, antes de seu irmão e tio, de nadar no lago. Eles não perceberam que ela
ouvira. Dwyn estava se aproximando de onde eles estavam sentados à mesa, para
perguntar se ela poderia pegar emprestado o livro de poesia dos cruzados, quando
ouviu a conversa deles. Ela se afastou até que eles terminaram de conversar, antes de
se aproximar novamente para fazer seu pedido. Quando Geordie começou a pairar
sobre ela e a lhe fazer companhia depois que se machucou, ela assumiu que seu
desejo de não se casar era o motivo. Ela pensou que ele estava fazendo isso para
evitar as outras mulheres que estavam procurando um marido. Dwyn tinha certeza
de que ele se sentia à vontade para fazer companhia a ela, porque ela já admitira que
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não esperava que ele ou seus irmãos a escolhessem, então ele não precisava temer
que ela esperasse algo dele.
Não, pensou Dwyn. Ela não o veria punido por ser gentil com ela. Se as
notícias corressem do que haviam feito esta tarde e o pai dela, ou o irmão de Geordie,
Aulay, tentassem forçá-lo a se casar com ela, ela recusaria . . . ela iria proteger
Geordie Buchanan.
—Geordie!
Pés desacelerando enquanto carregava Dwyn pela frente do castelo, Geordie
olhou ao redor para aquele chamado, relaxando quando viu Alick andando na sua
direção, um sorriso irônico no rosto amadurecido de seu irmão mais novo. Geordie
viu Alick por tanto tempo como um adolescente, que era surpreendente notar que
seu rosto se endureceu com a idade e seu corpo se encheu, ganhando músculos que
combinavam com os seus próprios. Como ele perdeu isso? Ele se perguntou, e então
se forçou a se concentrar quando seu irmão começou a falar.
—Rory me enviou para trazê-lo de volta.
—Por quê? — Geordie perguntou com uma careta. —Você teve problemas em
sua viagem?
—Não, — Alick assegurou-lhe rapidamente. —Foi só o que Jetta contou a ele
sobre uma certa moça bonita e jovem que teve um acidente com vidro no corredor
superior e pediu que ele olhasse os ferimentos dela, para ter certeza de que estavam
se curando bem. Seu olhar vagou sobre Dwyn então, pousando em seus seios fartos e
parando lá brevemente, antes de deslizar para o topo de seus pés
descalços. Oferecendo-lhe um sorriso encantador, ele acrescentou: —Por favor, diga-
me que você não é a moça adorável que sofreu isso. Meu coração se quebra com o
simples pensamento de você suportar tanta dor.
Geordie notou o jeito que Dwyn sorria com as palavras floridas e se viu
olhando zangado para o irmão. Afastando-se abruptamente dele, sem sequer
apresentá-la, ele foi em direção às portas da torre, rosnando: —Sim, essa é a moça, e o
nome dela é Dwyn Innes. Lady Dwyn Innes, então pare de cobiçá-la como um pudim
que planeja comer e corra na frente para abrir a porta para mim, irmãozinho.
—Nossa, alguém está mal-humorado hoje, — disse Alick, divertido, enquanto
passava a passos largos para subir os degraus diante dele.
Geordie apenas o encarou de passagem, quando Alick abriu uma das portas
da fortaleza, para ele levar Dwyn para dentro. Parando alguns metros além da porta,
porém, ele olhou em volta, franzindo a testa quando não viu Rory ou Jetta em lugar
algum. —Onde ele está?
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Provavelmente reunindo seus remédios, — disse Alick, despreocupado,
enquanto se movia ao lado dele, do lado em que os pés descalços de Dwyn estavam
pendurados em seu braço.
Geordie considerou o que fazer. Aulay estava à mesa e ele queria falar com
ele, mas não fazia ideia de onde Rory iria querer olhar os pés de Dwyn. Poderia ser o
quarto dela, ou Jetta poderia sugerir levá-la novamente para o quarto principal, para
cuidar deles. Ele estava tentando decidir se deveria levá-la para a mesa ou levá-la
diretamente escada acima, quando Dwyn ofegou e deu uma risada assustada.
Olhando para baixo, ele notou a forma como ela estava corando.
—Você está com cócegas, —disse Alick, divertido, e Geordie olhou para o
irmão e viu que ele havia levantado o pé de Dwyn pelo dedão, para poder ver os
ferimentos. Alick então se moveu para segurá-la pela parte de trás do pé e levantou
sua perna. Seu sorriso morreu imediatamente, e ele murmurou: —Meu Deus, você
fez grande dano a si mesma. O outro pé está tão ruim?
—A maioria deles são cortes superficiais, — disse Dwyn rapidamente,
levantando o segundo pé para examiná-lo também. —Eu nem mesmo precisei de
pontos.
Não gostando de Alick tocá-la com tanta familiaridade, Geordie olhou com
raiva para ele e começou a andar novamente, decidindo que a mesa serviria por
enquanto. Ele estava impaciente para falar com Aulay e organizar os arranjos do
casamento. Ele queria se casar com ela rapidamente, hoje mesmo, e não seria
convencido a esperar por uma grande comemoração loo que todos os seus irmãos e
seus pares pudessem viajar para cá. Ele recorreria a handfasting1, se necessário, e se
casaria com ela mais tarde, mas ele não ia ficar esperando para dormir com ela. Ele
simplesmente não podia. Não depois de provar sua paixão no pomar.
Geordie gostava de pensar que ele era um bom amante, mas nunca teve uma
mulher desmoronando sob sua atenção como Dwyn. A mulher era tão aberta e
honesta com sua paixão quanto com todo o resto, e ele estava quase cego com a
necessidade de levá-la para a cama. Mas ele estava determinado a que ela entendesse
seu valor para ele. Ele a queria casada com ele, ou pelo menos handfasted, para que
ela entendesse o quanto ele a valorizava, o quanto ele a queria, mas também o quanto
ele estava vindo para cuidar dela.
Parando quando chegou à cabeceira das mesas, Geordie hesitou e franziu a
testa, sem saber onde colocá-la. Ele não queria colocá-la no banco e deixar seus pés
sem bandagem descansarem nos juncos, mas. . .
1
(O atar das mãos é uma antiga cerimônia europeia de noivado (temporário ou permanente) ou de casamento, que data dos
tempos pré-medievais e, habitualmente, inclui atar ou amarrar as mãos do noivo e da noiva com um cordão ou um laço)
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Coloque-a na mesa, — disse Aulay, parecendo perceber o problema.
—Oh, não! — Dwyn protestou, mas Geordie já a estava sentando na mesa,
para que seus pés pudessem descansar no banco.
—Nós não podemos ter seus pés nos juncos, moça, — ele assinalou
solenemente, enquanto deslizava os braços debaixo dela. — Eles estão
desembrulhados e podem ser infectados.
Dwyn não protestou mais, mas apenas suspirou com resignação.
Satisfeito por ela não estar discutindo ou reclamando, Geordie se inclinou e
beijou seu nariz. Foi só quando ele se endireitou e notou a surpresa no rosto dela, e
depois olhou em volta para ver o interesse no rosto de seus irmãos, que Geordie
percebeu o que ele havia feito. Dando de ombros, ele disse a Aulay: —Gostaria de
falar com você.
—Sim. Aulay ficou de pé no mesmo momento em que Alick se sentava no
banco ao lado dos pés de Dwyn e sorria para ela.
—Ainda não, — disse Geordie, acenando para Aulay voltar ao seu lugar. —
Depois que Rory retornar e eu carregar Dwyn para onde quer que ele queira
examiná-la.
—Alick pode fazer isso, — assinalou Aulay.
—Sim —disse Alick, saltando do banco de uma vez. —Eu ficaria feliz em
carregar. . .
—Você não vai tocar nela, — Geordie latiu. —Então tire isso da cabeça e sente
sua bunda. Ele esperou até Alick se sentar e depois se virou para Aulay para
encontrar seu irmão olhando-o com interesse. Quando o olhar de Aulay moveu-se
para Dwyn, Geordie seguiu seu olhar até ela e franziu a testa quando viu a
preocupação em seu rosto. Ela estava obviamente confusa com o que estava
acontecendo e começando a se preocupar.
—Está tudo bem, — assegurou-lhe com uma voz suave. —Apenas descanse
aqui um minuto.
Quando ela relaxou um pouco, ele acenou para Aulay seguir e se aproximou
para ficar perto das portas da cozinha. Virando-se para encarar o irmão, ele abriu a
boca e depois parou, procurando por onde começar.
Antes que ele pudesse descobrir, Aulay perguntou: —Você já dormiu com ela?
—Não, — respondeu Geordie, feliz que ele não tivesse e podia responder a
isso honestamente. —Mas eu vou casar com ela.
—Estou feliz, — disse Aulay de repente, não parecendo terrivelmente
surpreso. —Eu gosto dela. Jetta também.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Geordie sorriu suavemente com as palavras. —Ela é uma moça inteligente,
doce, honesta e adorável que ri tão facilmente quanto a maioria das moças chora.
—Sim, — começou Aulay. —Bem, então devemos. . .
—Ela vale mais do que todas as outras mulheres aqui juntas, — acrescentou
Geordie.
—O pai dela. . .— Aulay tentou novamente.
—Também nunca conheci uma moça mais sensível, — informou-o Geordie.
Aulay parou para fazer uma careta. —Sensível como, no choro, ou. . .?
—Não, — ele disse com desgosto. —Pelo menos eu acho que não, senão as
travessuras de Catriona e Sasha a teriam em lágrimas. Eu quis dizer que algo tão
pequeno quanto uma leve carícia em seu braço, pode fazê-la tremer e explodir em
arrepios, e meros beijos podem fazê-la miar e gemer de desejo, e. . .
—Sim, bem, eu não diria isso ao pai dela, — disse Aulay secamente,
interrompendo sua explicação. Ele fez uma breve pausa, mas depois perguntou: —
Você tem certeza, Geordie? Você não conhece a mulher há muito tempo.
—Quanto tempo você levou para decidir que queria Jetta como esposa?
—Geordie rebateu.
—Eu entendo seu ponto, — disse Aulay ironicamente.
—Não se demora muito para descobrir se uma moça é uma boa mulher ou
não, — disse Geordie solenemente. —E quando você fizer isso, se tiver sorte o
suficiente para arder para ir para a cama com ela, acho que você encontrou uma
esposa.
—Sim, — concordou Aulay, e depois se endireitou. —Então, se você tem
certeza de que quer se casar com a moça, acho que é melhor conversarmos com o pai
dela.
—Sim, tenho certeza que sim — assegurou Geordie. —Esta noite.
—O quê? — perguntou Aulay, surpreso, e imediatamente começou a sacudir a
cabeça. —Você não pode. . .
—Eu posso, — ele disse severamente.
—Geordie, — Aulay começou exasperado. —Certamente você pode esperar
uma semana ou duas que levariam Saidh e nossos irmãos para chegar aqui para. . .
—Certamente eu poderia, — ele admitiu, embora não tivesse certeza de que
isso era verdade. Dwyn era como uma febre no sangue. Ele precisava dormir com
ela. —Mas eu não quero.
—Às vezes, você não pode fazer o que quer, — disse Aulay com firmeza. —E
se o pai dela quiser atrasar . . .
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Sugiro que me ajude a convencê-lo a não esperar, — disse Geordie,
sombrio. —Porque enquanto o casamento pode esperar, eu não posso, e eu realmente
prefiro que ela seja minha, antes de eu tomar sua virgindade. . . esta noite.
—Geordie, — ele tentou em um tom de raciocínio. —Não vai te matar esperar
uma semana ou duas para casar e dormir com a moça.
—Sério? — Geordie estreitou os olhos. —Bem. Vou esperar uma semana ou
duas . . . se você fizer o mesmo.
Aulay paralisou, estreitando os olhos. —O que você quer dizer com isso?
—Quero dizer, se você estiver disposto a não dormir com sua esposa durante
uma ou duas semanas, para que todos cheguem aqui, não vou dormir com
Dwyn. No entanto, — acrescentou ele com firmeza, — sugiro que nós dois vamos
para o pavilhão até o dia do casamento para garantir que nos comportemos.
A boca de Aulay se apertou severamente. —Eu vou falar com o pai dela.
—Faça isso, — disse Geordie secamente, e olhou para Dwyn, franzindo a testa
quando viu que Rory havia chegado, assim como o tio Acair, e eles e Alick estavam
agora reunidos ao redor de Dwyn, rindo e conversando com entusiasmo. E a moça
estava rindo também. Seu cabelo era uma massa selvagem de ouro pálido ao redor
do rosto e ombros, que brilhavam à luz das velas, seus olhos cintilavam e ela exibia o
sorriso largo e relaxado de uma mulher que acabara de sair da cama depois de ser
derrubada. Ela era ridiculamente linda, e seus irmãos estavam percebendo. Eles
também estavam percebendo como o decote de seu vestido caía com ela a cada
risada.
Rosnando profundamente em sua garganta, ele foi em direção à mesa, mas foi
interrompido pela mão de Aulay em seu braço.
—Eles são seus irmãos e tio. Ela está segura com eles, — disse o irmão mais
velho com firmeza e depois assinalou: —E temos um contrato para negociar.
—Você negocia, —disse Geordie em voz baixa e irritada. —Eu. . .
—Você virá comigo para as negociações. Você pode sobreviver sem Dwyn por
mais ou menos uma hora.
—Uma hora? — Ele protestou com consternação.
—Esta é a sua vida que estamos prestes a negociar, Geordie, — ressaltou.
—E a dela. Você pode gastar uma hora para ver se está tudo bem.
— Suspirando com isso, Geordie olhou para Dwyn enquanto ela ria novamente.
—Sim, — foi tudo o que ele disse, mas seguiu em silêncio enquanto Aulay o
conduzia à mesa mais baixa, onde o pai de Dwyn estava sentado conversando com
Una e Aileen.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Capítulo 8
—Esta noite? — O barão James Innes gritou. Ele tinha sido muito atencioso até este
ponto da conversa, acenando com a cabeça calmamente enquanto Aulay explicava
que Geordie gostaria que Dwyn fosse sua esposa. O homem nem pareceu
surpreso. Ele concordou com todos os argumentos que Aulay havia apresentado,
assegurando-lhes que Geordie seria seu herdeiro e o próximo laird, dizendo mesmo
que se cansava com a tarefa e ficaria satisfeito em compartilhá-la com ele até que
Geordie tivesse chance de sentir o lugar e as pessoas e estivesse pronto para assumir
totalmente como laird. Foi só quando Aulay chegou à parte sobre o casamento
acontecer imediatamente, naquela mesma noite, que James Innes tinha recusado.
—Você está louco? — O homem perguntou agora. —O que isso iria parecer?
—Eu não me importo com a aparência. Eu a quero. Agora, — disse Geordie,
sombrio.
xxxxxxxxxxxxxxxxxJames Innes estreitou os olhos para ele, e então se sentou
na beira da mesa de Aulay e balançou a cabeça. —Você se apaixonou demais, assim
como eu fiz com a mãe dela há muitos anos atrás. As duas são muito parecidas, às
vezes eu. . . Ele suspirou e olhou para Geordie. —Isso aconteceu com você, não foi?
Você gostou mais de olhar para Dwyn e pensar que ela era uma moça agradável o
suficiente, uma pequena cambaxirra, não desagradável aos olhos, mas de maneira
alguma tão adorável quanto um cisne branco ou tão majestosa quanto a águia
dourada. E então ela sorriu, riu e começou a falar, e você viu o cisne se escondendo
atrás da cambaxirra. E você a beijou, ou qualquer outra coisa, e você encontrou a
águia dourada, e suas poderosas garras agora o pegaram pela nuca.
Geordie permaneceu calado, mas piscou com as palavras. Elas descreveram as
coisas muito bem, exceto que ele teria dito que eram suas bolas que a águia tinha em
suas garras, e ele gostou. Na verdade, ele queria mais disso.
—Bem. — James se levantou e endireitou os ombros. —Eu entendo sua
ansiedade. Eu já passei por isso. Mas vou fazer você esperar até amanhã à noite.
—Ele levantou a mão pedindo silêncio quando Geordie começou a protestar e
assinalou: — Lady Jetta já planejava um banquete amanhã, e minha filha merece um
banquete para o seu casamento. Ela merece se lembrar do dia do casamento com
carinho e como especial. Não, como algum caso apressado, onde você a derruba e
toma sua virgindade.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Geordie se forçou a relaxar. Dwyn merecia um banquete de casamento. Ele
podia esperar uma noite e um dia para fazer uma comemoração da qual ela poderia
se lembrar com carinho.
—Muito bem, — disse Laird Innes solenemente, tomando corretamente seu
silêncio como acordo. —Então vamos elaborar e assinar este contrato.
—Aqui vamos nós então. Esse couro deve proteger o tecido que envolve seus
pés.
Dwyn sorriu para Rory Buchanan quando ele terminou de enrolar um couro
macio e fino em volta dos tecidos, com os quais já havia envolvido os pés
machucados. Eles pareciam ridiculamente grandes agora que ele terminara, mas ela
podia se sentar no banco e colocá-los nos juncos sem se preocupar com infecção. O
que era algo pelo menos.
—Chega de arejá-los, — acrescentou Rory firmemente agora. —Eu acho que a
maioria das pessoas pensa que é bom que uma ferida seja levada ao ar de vez em
quando, mas eu acho que ela retarda a cicatrização ao invés de ajudar. E o risco de
infecção aumenta, especialmente nos pés. — Endireitando-se, ele encontrou o olhar
dela. —E você ainda não deve forçá-los agora, principalmente o pé direito. Você tem
alguns cortes profundos por aí que parecem se abrir no minuto em que você coloca
peso nele. Eles vão se curar mais rápido se você não forçá-los.
—Sim. Não vou forçá-los, — garantiu Dwyn quando ele fez uma pausa
expectante.
—Ela será capaz de dançar amanhã à noite? — Una perguntou quando Rory
começou a colocar os medicamentos de volta na bolsa. Ela e Aileen vieram se juntar a
eles logo depois que Aulay e Geordie desapareceram escada acima com seu pai. As
duas pairavam atrás dos homens, prestando muita atenção a tudo o que Rory havia
dito.
—Minhas irmãs, — explicou Dwyn quando Rory e os outros dois homens se
viraram para espiar as duas morenas, olhando-os com preocupação. Gesticulando
para a moça mais alta que usava hoje um vestido creme, ela disse: —Esta é Una, e. . .
— ela apontou para a moça mais baixa em um vestido verde escuro —Aileen.
Um momento foi tomado para os homens oferecerem cumprimentos e para
Una e Aileen responderem, e então Rory respondeu à pergunta de Una.
—Estou achando que ela vai, — disse ele, cautelosamente. —Pelo menos para
uma dança ou duas. — Voltando-se para Dwyn, ele acrescentou: —Eu não
exageraria. E eu aconselho você a não usar seus pés até então. Mas mantenha a
bandagem até eu olhar para eles novamente. Nem os tire na cama.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Eu não tirarei, — prometeu Dwyn, mas perguntou: —Posso me sentar no
banco agora e não na mesa?
Rindo, Rory moveu sua bolsa de remédios e depois a agarrou pela cintura e a
levantou da mesa, para colocá-la no banco.
—Obrigado, — ela murmurou enquanto balançava os pés sobre o banco e se
virava para a mesa. Seu olhar se voltou para Catriona e Sasha quando ela se virou, e
Dwyn notou os olhares sendo enviados a ela pela dupla, mas apenas suspirou
cansada ao vê-los. Na verdade, as duas mulheres estavam sempre olhando para ela, e
ela estava ficando cansada disso. Ela sabia que elas a viam de alguma forma
usurpando a atenção que elas queriam, mas qualquer um pensaria que elas já tinham
percebido que não era intencional e que suas próprias atitudes não estavam
chamando a atenção deles, pelo menos não do tipo que elas queriam.
—Então, — Rory disse agora, sentando-se à direita enquanto Una e Aileen se
posicionavam à esquerda. —Todas essas moças estão caçando maridos, não estão?
—Elas estão caçando maridos de Buchanan, — disse Acair secamente,
acenando para chamar a atenção de uma empregada e imitando beber de uma caneca
inexistente. Presumivelmente, a criada entendeu o gesto que era um pedido de
bebida. Pelo menos, a moça entrou nas cozinhas então, Dwyn notou, e depois olhou
para Rory para ver que seu olhar deslizava sobre as mulheres na sala. Enquanto
Catriona e Sasha estavam sentadas à mesa alternando entre olhares lançados em sua
direção e sorrisos sensuais para os irmãos Buchanan, as outras cinco mulheres
estavam em pé em um grupo perto da lareira, conversando e lançando olhares
nervosos para os recém-chegados irmãos Buchanan.
—A maioria das mulheres parece legal o suficiente, — acrescentou Aileen em
voz baixa.
—Sim, todas menos as duas na mesa, — acrescentou Una em um rosnado
silencioso. —Um par de víboras.
—Por que elas continuam encarando você, Dwyn? — Alick perguntou.
Dwyn olhou para as mulheres a tempo de ver Catriona se levantar e seguir em
direção às cozinhas, mas depois se virou e apenas deu de ombros. —Eu não sei. Elas
não gostaram de mim desde o início, embora eu não consiga pensar o que fiz que
causou isso.
—Nada, — disse Una com firmeza. —Eles estão apenas ciumentas.
Dwyn riu da sugestão. —De que? Elas são muito mais bonitas que eu.
—Talvez, — disse Aileen de repente, —mas de pessoas como você. Vocês
fazem com que todos que as conhecem se sintam melhor apenas por estar ao seu
redor. Além disso, você tem um peito maior do que as duas juntas.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Dwyn gemeu e deixou cair a testa na palma da mão. —Obrigado,
Aileen. Como se você estar me forçando a usar vestidos apertados e decotados não
bastasse para chamar a atenção de todos os olhos para o meu peito, falar sobre isso
certamente fará.
—Bem, é verdade, — disse Una com um encolher de ombros. —E uma moça
tem que tirar o melhor proveito de seus bens.
—Gosto de pensar que minha mente e bondade são bens muito maiores do
que meu peito, — disse ela secamente.
—Nada poderia ser maior que seu peito, — disse Aileen solenemente.
Dwyn não ficou surpresa quando risos surpresos escaparam dos irmãos e tio
de Geordie. Para dar a elas o respeito que lhes era devido, os três homens
rapidamente cortaram a diversão e conseguiram evitar olhar para o peito dela,
quando ela olhou para eles. Rory até deu um sorriso simpático e disse: —Irmãos mais
novos, não é?
Dwyn fez uma careta e admitiu: —A culpa é minha. Eu as criei e fui quem as
ensinou a ser tão francas e honestas.
—Honestidade é uma boa característica em uma pessoa, — assegurou Rory.
—Sim, mas estou começando a ver que pode haver honestidade demais,
— disse ela, os lábios torcidos ironicamente.
—Você criou suas irmãs? — Alick perguntou, virando-se de lado no banco e
apoiando um cotovelo na mesa para se inclinar para vê-la em torno de Rory.
—Sim, — disse Dwyn, e depois parou para murmurar agradecimentos,
quando uma bebida foi colocada ao lado de seu cotovelo. —Minha mãe morreu
quando eu tinha seis anos, e cresci por mim mesma até que meu pai se casou com a
mãe de Una e Aileen. Ela tentou me ensinar a ser uma pequena dama. No entanto,
ela morreu depois que Aileen nasceu, quando eu tinha uns nove anos e . . . Ela
encolheu os ombros e tomou um gole de sua bebida antes de continuar. —Papai não
tinha idéia do que fazer com três filhas. — Ela sorriu de repente. —Na verdade, sinto
muito por meu pai. Ele parece perplexo conosco com muita frequência. Quanto a nós
três, raramente temos companhia em Innes e, por isso, nos acostumamos a dizer e
fazer o que desejamos. Por isso, — acrescentou ela secamente — Aileen e Una não
têm nenhum escrúpulo em falar sobre coisas inapropriadas.
Quando Dwyn olhou para as irmãs e viu as expressões despreocupadas em seus
rostos, ela acrescentou: —Suspeito que sejamos damas muito pobres em comparação
com a maioria das mulheres que foram criadas adequadamente e com
comportamentos femininos cravados nelas.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Bem, as três vocês parecem finas damas para mim, — disse Rory
firmemente.
—Sim, — concordou Acair de onde estava atrás dela. —É revigorante
conversar com moças que não precisam observar cada palavra ao redor.
—Na verdade, não é que vocês não são damas, — disse Alick lentamente.
—É mais como vocês serem da família.
Dwyn abaixou o copo para tomar outro gole da bebida e virou-se para encarar
o jovem Buchanan com interesse, notando que os homens o estavam olhando
pensativamente, enquanto ele continuava. —Enquanto Saidh e Evina são mais
ásperas, Murine, Jetta e Edith se comportam com certo . . .
—Decoro? — Ela sugeriu quando ele hesitou.
—Sim. Decoro, — Alick concordou. É como se elas colocassem a máscara de
uma dama quando na companhia de estranhos. Mas elas são muito mais relaxadas
umas com as outras e com a família. Você e suas irmãs parecem não se incomodar
com a máscara. Não dão esses pequenos títulos tolos que as outras mulheres usam,
ou escondem sua irritação ou alegria, em vez de expressar sua verdadeira emoção, e
mencionam abertamente coisas que todo mundo vê e deixa sem dizer. Você age
como se todos fossem da família. Ele deu de ombros. —Na verdade, embora eu não
lhe conheça há muito tempo, já me sinto confortável perto de você. Sinto que você me
aceita sem julgamento. Você parece da família. Ele sorriu. —Eu acho que Geordie é
um homem de sorte.
As sobrancelhas de Dwyn se ergueram com alarme diante dessa afirmação. —
Oh, Geordie não tem sorte. Quero dizer, ele não está interessado em mim dessa
maneira. Ele tem sido muito gentil e me fez companhia porque machuquei os pés,
mas ele não está interessado em se casar. Ouvi seu irmão Aulay dizendo à esposa
que Geordie havia dito isso.
—Sim, ele disse em seu primeiro dia em casa, — admitiu Acair quando Rory e
Alick pareciam incrédulos. —Mas ele não foi muito convincente e é muito possessivo
com você, moça. É por isso que eu flertei com você tão descaradamente, para dar
uma cutucada nele e ajudá-lo a decidir o que ele realmente queria. — Ele sorriu e
assentiu quando Dwyn se virou para olhá-lo com surpresa e acrescentou: — E parece
ter funcionado . Ele está conversando com Aulay e seu pai agora, e acho que o rapaz
está definitivamente interessado e poderemos ter um casamento aqui em breve.
Dwyn franziu a testa com a sugestão e pegou sua bebida para engolir um
pouco, enquanto seu olhar deslizava para o patamar superior. Acair podia pensar
que Geordie mudara de idéia, mas ele não sabia o que havia acontecido no pomar e
que isso poderia ter sido testemunhado. Se Geordie mudou de idéia, ela suspeitava
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
que fora Aulay que tinha mudado para ele, depois de ouvir o que estiveram
fazendo. Isso não era algo que ela queria. Se Geordie quisesse que ela se casasse com
ele, isso seria uma coisa, mas ela não desejava que um homem fosse forçado a se
casar com ela e depois se ressentir por todos os dias de sua vida. Especialmente
Geordie, que lhe mostrara tanto prazer.
—Você está bem, moça? — Rory perguntou de repente, e quando ela olhou
para ele questionando, ele assinalou: —Você está esfregando seu estômago. Está
doendo?
Dwyn olhou para si mesma para ver que estava realmente esfregando o
estômago, mas então, isso a estava incomodando um pouco. Provavelmente apenas o
resultado de sua preocupação, ela pensou, e tomou outro gole.
— Então, estamos de acordo? — James Innes perguntou. —Amanhã teremos
uma cerimônia aqui e faremos uma segunda cerimônia e celebração em Innes para o
nosso povo testemunhar?
Geordie assentiu com impaciência. Ele estava bem com isso; ele só queria
acabar com isso para poder dizer a Dwyn que estava se casando com ela. Ou ele
deveria perguntar a ela? Ele pensou um pouco e franziu o cenho. Certamente ela
estaria de acordo? Ele não queria que ela se casasse com ele apenas porque seu pai
havia concordado com isso. Ele queria que ela quisesse se casar com ele, e sua
resposta a ele no pomar o fez pensar que sim. Mas eles não se conheciam há muito
tempo, e ela mencionara as preocupações que tinha sobre morrer no leito do parto.
Geordie franziu a testa quando se lembrou disso. Ele não pretendia permitir
que isso acontecesse. Na verdade, ele decidiu que seria melhor pressionar Rory a
prometer ficar com eles durante as últimas semanas dela, a cada gravidez, para que
ele estivesse certo dele estar lá. Se alguém pudesse tê-la em segurança dando à luz a
seus filhos, era Rory. Geordie não a estaria perdendo no leito do parto. De fato, talvez
ele deveria evitar derramar sua semente nela. Ele poderia viver sem um filho por um
tempo. Era dela que ele não queria prescindir.
—Então é isso, — disse Aulay, endireitando-se. —Se vocês apenas
assinarem . . .
Geordie olhou em volta e viu o Barão Innes curvado para assinar o contrato de
casamento. Quando o homem terminou, ele pegou a pena e assinou seu próprio
nome, a tensão nele diminuindo quando ele o fez. Estava feito. Dwyn seria dele.
—Vou apenas falar com Dwyn e dizer a ela. . . — James Innes começou.
—Não, — interrompeu Geordie, endireitando-se na mesa. —Vou perguntar a
ela primeiro.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
O barão Innes ergueu as sobrancelhas com isso. —Não precisa perguntar,
rapaz. O contrato está feito. Ela é sua.
—Ainda vou perguntar de qualquer maneira, — insistiu Geordie.
O pai de Dwyn deu de ombros. —Como quiser.
Geordie virou-se para a porta, ciente de que os outros dois homens o estavam
seguindo. Ele liderou o caminho para o corredor, e foi para as escadas, quando notou
o movimento no garderobe. Alick, tio Acair, Jetta e as irmãs de Dwyn, Una e Aileen,
estavam todos do lado de fora da porta do garderobe, parecendo ansiosos. Ele estava
se perguntando o que seria, quando Alick olhou em volta e o viu. A maneira como os
olhos de seu irmão se arregalaram pouco antes de ele se apressar em direção a eles,
suas mãos levantando-se como se para acalmar um cavalo nervoso, imediatamente
enviou um alarme correndo através dele.
—O que está acontecendo? — Ele perguntou bruscamente.
—Está tudo bem. Não entre em pânico — disse Alick, suavemente. —Rory diz
que ela com certeza vai ficar bem.
—O quê? — Ele perguntou alarmado. —É Dwyn?
Sua expressão foi resposta suficiente, e Geordie passou por ele, mas parou
quando Jetta também os alcançou e deu um tapinha no braço dele, o rosto dela uma
máscara de preocupação. —Dwyn está vomitando, Geordie. Mas Rory não acha que
o veneno foi mortal. Apenas para deixá-la doente.
—Veneno! — Ele berrou com alarme, e nada poderia impedi-lo de se apressar
para a frente então.
—Sim, — disse Alick, enquanto Aulay, Jetta e Laird Innes corriam para
acompanhá-lo. —Estava na bebida dela. Ela reclamou que sua barriga estava mal, e
Rory pegou uma jarra para encher o copo pensando que uma bebida poderia acalmar
seu estômago, mas então ele parou de repente e cheirou sua caneca. A próxima coisa
que nós todos soubemos: ele deu um pulo, carregou Dwyn e correu para longe da
mesa. Os dois garderobes abaixo estavam ocupados e ele teve que trazê-la para
este. Ele chegou bem a tempo também. Ela começou a vomitar assim que eu abri a
porta.
—Estava na caneca dela, não, a cerveja? — Aulay perguntou atrás dele.
—Tanto quanto eu sei, — Alick disse com uma careta.
—Vá e verifique, — ordenou Aulay, e Alick se virou e correu para a escada,
enquanto Geordie empurrava as irmãs de Dwyn para o lado para que ele pudesse
chegar à porta do garderobe. Ele alcançou a maçaneta, mas parou ao ouvir o vomitar
violento vindo do outro lado da porta.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Ela vai ficar envergonhada se a vir ficando doente assim, — disse Una em
voz baixa. —Ela não gosta de parecer fraca na frente de ninguém.
—Sim, — Aileen disse tristemente. —Ela sempre teve que ser forte para nós,
você sabe. É por isso que estamos tão determinadas a vê-la casada. Ela era uma boa
mãe para nós. Ela deveria ter filhos e um marido para cuidar dela, em vez de sempre
ter que ser forte.
As palavras atingiram Geordie como um golpe, e ele se virou para lançar a
seu pai um olhar furioso. —Dwyn tinha nove anos quando sua segunda esposa
morreu. Eu sabia que ela ajudou a cuidar de suas irmãs depois disso, mas certamente
você não a deixou para criá-las sozinha?
—Sim, ele deixou, —disse Una, e ele podia ouvir o ressentimento em sua voz.
—Ela também administrava a fortaleza e até cuidava de ouvir as queixas dos
moradores e julgar disputas.
—Ela também arranjou nossos contratos de noivado, — disse Aileen em voz
baixa.
—Como Evina de Conran, — Aulay disse sombriamente.
—Dwyn queria fazer isso tudo, — disse Laird Innes com exasperação. —Ela
achou que eu estava ocupado catalogando as diferentes plantas da propriedade de
Innes e escrevendo minha música, e ela sempre foi uma moça que precisava se
manter ocupada. Ela era como sua mãe.
Geordie fez uma careta para o homem e voltou-se para as irmãs de Dwyn.
—Ela supervisionou os homens também?
—Claro que não, — disse o barão Innes, irritado, antes que uma das filhas
pudesse responder. —Ela era apenas uma moça. Meu primeiro cuidava dos soldados
de Innes.
Geordie trocou um olhar sombrio com Aulay e depois percebeu que os sons de
vômito pararam e se virou para bater à porta. —Rory? Dwyn? Posso entrar?
—Não, — gemeu Dwyn, enquanto Rory disse: —Sim.
—Eu lhe disse, — disse Una agora. —Ela não quer que você a veja assim,
milaird.
Geordie fez uma careta e hesitou. Ele queria ver que Dwyn estava bem. Mas
ele não queria incomodá-la quando ela estava se sentindo mal. Foi Aulay quem
decidiu por ele.
—Comece como você planeja continuar, irmão, — disse ele solenemente. —
Você estará lá para confortá-la quando ela estiver doente? Ou vai deixá-la por conta
própria para poupar um pouco de vergonha?
—Bolas para isso, — Geordie rosnou, e abriu a porta.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Oh, não! — Dwyn gemeu, cobrindo o rosto quando o viu entrando no
garderobe. —Por favor, deixe-me morrer em paz.
—Você não está morrendo. Não vou deixar você, — ele disse com firmeza,
movendo-se para ajoelhar-se ao lado de onde ela estava agachada na frente do balcão
baixo de madeira com um buraco no centro, onde sem dúvida ela esteve vomitando
momentos atrás. Esfregando suas costas, ele olhou para o irmão e perguntou: —Ela
não está morrendo, está? Jetta disse que você falou que ficaria bem.
—Sim, ela ficará bem. Ela só vai sentir que está morrendo por um tempo,
—disse Rory, suspirando.
A boca de Geordie se apertou com isso, e então ele olhou para Dwyn. A cabeça
dela estava pendida, as mãos sobre o rosto e os cabelos compridos tampando mesmo
isso, de sua vista. —Você já terminou de vomitar, moça? Gostaria de se deitar, talvez?
Dwyn ficou em silêncio e imóvel por um momento e depois assentiu com um
suspiro cansado.
Geordie pegou-a de uma vez, colocando-a perto do peito quando ela enfiou o
rosto no pescoço dele. Ele suspeitava que ela estivesse tentando não deixá-lo vê-la,
mas simplesmente se virou para a porta. Rory se moveu na frente dele e saiu
primeiro, depois segurou a porta e Geordie a levou através da pequena multidão.
—Vou pegar meus remédios no andar de baixo e misturar algo que, espero,
ajudará a acalmar seu estômago, pelo menos um pouco, — disse Rory, dando um
passo ao lado dele enquanto se moviam pelo grupo silencioso. —Para qual quarto eu
levo?
—O meu, — Geordie rosnou, encarando o pai de Dwyn, caso ele pensasse em
protestar. O homem não disse uma palavra entretanto. Foi só quando ele alcançou a
porta do quarto e Una correu para abri-la, lembrou-se que as irmãs estavam lá de
qualquer maneira.
Murmurando um “obrigado”, ele levou Dwyn para a cama e depois fez uma
breve pausa, antes de simplesmente subir nela e se acomodar contra a cabeceira da
cama, com Dwyn nos braços.
Suas irmãs foram as únicas que o seguiram até o quarto. As duas agora
estavam ao pé da cama, olhando-os de olhos arregalados. Ele as ignorou e
simplesmente segurou Dwyn, abraçando-a com força no peito por vários momentos,
antes de aliviá-lo para poder esfregar suas costas.
—Pronto moça, — Geordie murmurou enquanto passava a mão suavemente
pelas costas dela. —Rory está buscando algo para ajudar a acalmar seu
estômago. Você se sentirá melhor em breve, — ele assegurou, embora não tivesse
certeza de que isso fosse verdade. Rory tinha dito que sentiria como se estivesse
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
morrendo por um pouco, afinal. Não que ela iria sentir que estava morrendo até que
ele lhe desse algo para se sentir melhor.
—Sinto muito por incomodar, — Dwyn murmurou contra sua garganta e
Geordie fez uma careta quando seu corpo respondeu à carícia não intencional. Meu
Deus, a mulher estava doente e ele ainda estava gerando uma ereção apenas por
segurá-la e ter seus lábios no pescoço dele. Graças a Deus ele a colocou em seu colo e
suas irmãs não puderam ver a prova de sua insensibilidade, pensou ele, e então
percebeu que Dwyn provavelmente poderia sentir essa prova sob o traseiro dela e
sem dúvida estava com nojo dele.
Suspirando, ele a pressionou contra o peito em um meio abraço e murmurou: —Você
não incomoda. E nada disso foi culpa sua.
—Bem, obviamente eu irritei alguém, — ela assinalou razoavelmente.
—Todo mundo aqui gosta de você também, — ele assegurou.
—Nem todo mundo, — ela resmungou.
—Aulay e Jetta gostam de você, — ele assegurou. —Aulay me disse isso.
—Ele disse? — Ela perguntou com surpresa e depois disse: —Isso é
legal. Gosto deles também.
—E tenho certeza de que meus outros irmãos e meu tio também gostam de
você. Todos pareciam estar gostando de sua companhia quando saí com Aulay para
conversar com seu pai, — ele assinalou.
Ela ficou quieta e em silêncio por um minuto e depois perguntou: —Sobre o
que você estava falando com meu pai?
Percebendo a curiosidade no rosto de suas irmãs, Geordie sorriu ironicamente,
mas tentou pensar em uma maneira de evitar responder a isso. Não era o momento
para ele pedir que ela se casasse com ele. Felizmente, uma batida na porta o salvou
de tentar inventar algo a dizer que evitasse o assunto do casamento.
Una se moveu para atender e, para seu alívio, Rory entrou com uma caneca na mão.
—Eu decidi que uma poção para dormir poderia ser a melhor solução aqui, —
anunciou Rory enquanto se aproximava da cama. —É provável que nada acalme seu
estômago, mas se ela puder manter isso o suficiente, poderá pelo menos dormir com
o desconforto.
Geordie assentiu e olhou para Dwyn. —Você pode se sentar, moça, e beber o
que Rory trouxe para você?
Dwyn suspirou contra seu pescoço, mas relutantemente se endireitou e
estendeu a mão para a caneca que Rory segurava.
—Você pode querer tapar seu nariz, moça, — disse Rory antes de entregar a
ela. —Com seu estômago tão sensível como está agora, o cheiro pode tê-la vomitando
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
novamente, antes mesmo de beber. — Olhando ao redor, viu a jarra e a tigela sobre a
mesa e disse: Uma das moças traz a tigela para o caso dela não conseguir segurar
isso?
Aileen correu para a mesa, deixou a jarra de lado e levou a tigela para a cama.
—Vá em frente, — disse Rory depois de pegar a tigela da irmã. Quando Dwyn
imediatamente tapou o nariz, ele ofereceu a caneca. Todos ficaram em silêncio
enquanto ela engolia o líquido, e Geordie aproveitou a oportunidade para examiná-
la. Seu rosto estava pálido e havia marcas nas bochechas. Lágrimas obviamente
escaparam de seus olhos quando ela vomitou. Ele não ficou surpreso. Mesmo
abafada pela porta, sua ânsia de vomitar parecia violenta. Mas ela ainda era bonita
para ele, pensou Geordie, e rapidamente tirou a caneca dela, quando Dwyn congelou
subitamente, os olhos arregalados de horror.
Mesmo quando ele colocou a caneca na mesa de cabeceira, Rory estava
avançando com a tigela que Aileen havia trazido. Geordie se virou a tempo de apoiar
os ombros e segurar o cabelo para trás, enquanto ela devolvia o líquido que acabara
de beber.
— Como ela está?
Geordie abaixou a mão com a qual ele estava esfregando a nuca e olhou
cansado para aquela pergunta de Jetta, quando alcançou as mesas de cavalete. —Ela
finalmente está dormindo, mas foi uma longa noite, — disse ele em voz baixa, e
depois moveu o olhar para as pessoas na mesa. Era de manhã e todos os habitantes
do castelo pareciam estar tomando o desjejum, exceto Dwyn e suas irmãs. Dwyn
estava dormindo. Suas irmãs a observavam enquanto ele descia para o desjejum e
tentar descobrir o que haviam descoberto sobre quem havia envenenado Dwyn. Com
o olhar fixo em Rory, ele perguntou sombriamente: —Com que diabos ela foi
envenenada? Ela ficou vomitando a noite toda.
Rory abriu a boca para responder, fez uma pausa e depois suspirou
cansado. —Estou cansado demais para lembrar o nome da planta no momento, mas
seu único efeito é perturbar o estômago de uma pessoa e fazê-la vomitar.
—Pelo que Alick disse, parecia que você reconheceu o cheiro na caneca dela —
disse Geordie em voz baixa.
—Sim, — disse Rory secamente. —Tem um cheiro doce e doentio muito
reconhecível, que você não esquece uma vez que o cheira, e com todo o líquido
desaparecido, algumas das folhas esmagadas estavam no fundo da caneca, o cheiro
era fraco, mas estava lá. Ele fez uma careta e acrescentou: —O sabor também não é
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um que você esquece, mas pode ser encoberto com uma bebida com um forte sabor
próprio.
—Mas isso não a teria matado? — Jetta perguntou solenemente. —Então
alguém só queria deixar Dwyn doente?
—Acho que cortar seus pés não era suficiente para o agressor, — disse
Geordie, sombriamente.
—O quê? — Rory disse surpreso. —Eu pensei que fosse um acidente?
—Não, — Jetta disse tristemente. —O vidro não estava lá quando Dwyn
entrou no garderobe e Aulay e Geordie pensam que ele estava espalhado no chão
deliberadamente, para que ela se cortasse ao sair.
—O vidro foi espalhado uniformemente de parede a parede, e não em
qualquer tipo de padrão circular ou em forma de estrela, — explicou Geordie, não
surpreso que Aulay tivesse compartilhado, o que eles suspeitavam, com sua
esposa. —E a tocha do garderobe estava apagada.
Todo mundo ficou em silêncio por um minuto, e então Alick disse: —Bem,
Geordie, a boa notícia é que você escolheu uma noiva que alguém apenas deseja
atormentar e não matar, como o resto de nossas cunhadas. Isso faz uma boa
mudança. —Quando todos se viraram para olhá-lo, ele disse defensivamente:— Bem,
é isso.
Geordie balançou a cabeça e esfregou os olhos cansados. Ele ficara acordado a
noite toda com Dwyn. Enquanto ela teve momentos em que seu estômago pareceu se
acalmar brevemente, como antes que ele a carregasse para fora do garderobe, esses
momentos foram poucos, curtos e distantes. Ela passou o resto do tempo vomitando,
fazendo isso até que não havia mais nada para trazer à tona. Mas a ânsia prolongada
lhe dera uma dor de cabeça e começou a causar espasmos nos músculos do
estômago. Os sintomas adicionais apenas aumentaram a miséria de Dwyn.
Tinha sido terrivelmente difícil vê-la sofrer e não poder fazer nada além de
segurá-la, esfregar as costas e afastar os cabelos do rosto. Geordie ficou mais do que
aliviado quando finalmente ela adormeceu, quando o sol nasceu. Ele suspeitava que
fosse uma simples exaustão que a deixara adormecer, mas quando ela dormiu por
uma hora sem acordar para vomitar de novo, e suas irmãs insistiram que ele deveria
tomar seu desjejum primeiro, ele julgou que poderia ter terminado e ser seguro para
ele descer brevemente. Ele sabia que as moças queriam se refrescar e trocar de roupa
antes de sair do quarto de qualquer maneira, e sua ausência lhes daria a chance de
fazer isso. Além disso, Una e Aileen haviam saído para jantar na noite anterior
quando ele não tinha ido, e conseguiram dormir em estrados que Aulay ordenou que
fossem trazidos para o quarto. Sem nada para devolver, e com Dwyn cada vez mais
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fraca a cada hora, sua ânsia de vômito se tornara muito mais silenciosa. Mesmo
assim, ele não achava que poderia ter dormido com isso e não sabia como elas
tinham.
Passando as mãos pelos cabelos agora, ele murmurou: —Acho que você não
tem ideia de quem a envenenou?
—Não, — admitiu Aulay com uma careta. —Todo mundo estava entrando no
salão na ocasião e havia muitos criados saindo com bebidas. Ninguém notou a
caneca sendo colocada ao lado de Dwyn. — Ele ficou em silêncio por um minuto e
acrescentou: —Estávamos pensando que talvez devêssemos adiar o casamento e a
festa pelo menos até amanhã à noite.
—Dwyn sem dúvida dormirá o dia todo, — Jetta assinalou gentilmente,
quando Geordie abriu a boca para protestar. —Ela não estará em forma para um
casamento, muito menos um banquete de casamento e ir para a cama hoje à noite.
Geordie fechou a boca em derrota. Na verdade, ele duvidava que estivesse em
forma para um casamento, festa e ir para a cama a essa altura. Ele estava tão exausto
que sua visão estava embaçada. Assentindo, ele se levantou abruptamente.
—Para onde você vai? — perguntou Aulay, preocupado.
—Voltar para cuidar de Dwyn, — disse ele, passando por cima do banco.
—Mas você não comeu, — Jetta apontou com preocupação.
Geordie fez uma breve pausa, mas depois deu de ombros indiferentemente. —
Estou cansado demais para ter fome.
Ele não esperou por mais protestos, mas se afastou e se dirigiu para as
escadas.
Como ele esperava, Una e Aileen tinham se trocado e se tornaram mais
apresentáveis enquanto ele estava fora. As duas ficaram o tempo suficiente para
assegurar-lhe que Dwyn não havia se mexido enquanto ele estava fora, e então
saíram do quarto.
No momento em que a porta se fechou atrás delas, Geordie subiu na cama
com Dwyn, se colocou de lado atrás dela para que ele estivesse “de conchinha” e
depois a abraçou e rapidamente adormeceu.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Capítulo 9
Dwyn acordou sentindo como se algo tivesse entrado em sua boca e morrido
lá, enquanto ela dormia. Além disso, sua cabeça latejava e os músculos do estômago
doíam com cada respiração. Mas ela não teve necessidade imediata de vomitar. De
qualquer forma, isso era algo, ela pensou sombriamente quando abriu os olhos e
espiou o que podia ver da sala. A luz do sol entrava pelas persianas abertas, caindo
nos vestidos e camisas descartados em uma pilha num canto, e nas canecas vazias na
mesa de cabeceira.
Uma careta reivindicou seus lábios quando Dwyn viu as canecas. Uma era a
metade restante da poção para dormir que Rory havia preparado para ela, depois
que Geordie a trouxe de volta para o quarto que ela e suas irmãs estavam usando. A
outra era uma caneca pela metade de sidra, que ela tentara beber no meio da noite,
depois de passar meia hora sem vomitar. Fora o máximo que ela conseguira beber
antes que seu estômago se rebelasse.
Suspirando, ela fechou brevemente os olhos e depois franziu o cenho
levemente, ao perceber um grande peso ao longo do seu lado até o quadril e algo
quente nas costas. Abrindo os olhos novamente, Dwyn moveu a cabeça levemente no
travesseiro para encarar inexpressivamente o braço apoiado ao lado do seu corpo,
que terminava em uma mão escurecida pelo sol, que estava curvada sobre seu
quadril. Ela reconheceu aquela mão. Ela a observara girar flores entre o polegar e o
dedo, segurar as rédeas diante dela, puxar o decote do vestido e fechar-se sobre seus
seios. A mão era de Geordie. Ela estava na cama com Geordie.
Dwyn sabia que deveria ficar chocada com isso, mas não conseguia encontrar
energia para excitar a emoção e muito menos sustentá-la. Além disso, ele esteve lá o
tempo todo que ela esteve doente, segurando-a com cuidado e preocupação
enquanto ela vomitava, murmurando palavras suaves e calmas depois e embalando-
a em seus braços nos curtos intervalos entre elas.
Geordie Buchanan era um santo, decidiu Dwyn com um sorriso cansado. Seu
próprio pai nunca a visitou quando ela estava doente quando criança, ficando longe
dela em momentos como aquele para que ele não adoecesse, mas esse homem a
atendia como uma babá amorosa. Claro, ela fora envenenada, o que não era algo que
ele poderia ter pego. Ainda assim, ele cuidara dela, e era isso que era importante.
Estendendo a mão, ela cobriu a mão dele delicadamente com a dela, assustada
quando a mão dele subitamente girou sob a dela e seus dedos grandes deslizaram
entre os seus menores e os apertaram delicadamente.
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—Você está acordada. — Era um rosnado sonolento em sua orelha, e Dwyn
fechou os olhos brevemente ao sentir um arrepio.
—Sim, — ela sussurrou depois de um momento, franzindo a testa quando sua
voz saiu rouca e quebrada. Sua garganta doía ao falar.
—Como está seu estômago? — perguntou Geordie, com a preocupação
envolvendo sua voz. —Você acha que poderia manter dentro a sidra?
Dwyn fez uma careta com a menção de sidra. Ela passou bastante tempo
vomitando o último gole de sidra que tentara beber, e a lembrança tornou a bebida
completamente desagradável para ela naquele momento.
—Hidromel em vez disso?
Dwyn virou a cabeça para ver que ele havia colocado o cotovelo no travesseiro
atrás dela e apoiado a cabeça na mão. Colocou o rosto acima do dela para que ele
pudesse olhá-la. Ele a vira fazer uma careta, ela percebeu, e rapidamente virou a
cabeça para que ele não pudesse olhar para o horror que ela devia estar naquele
momento.
—Talvez o hidromel, — ela sussurrou, incapaz de falar com volume total até
ter algo para beber. Pelo menos, esperava que o líquido aliviasse sua dor de garganta
e lhe permitisse falar novamente.
Dwyn silenciou com surpresa quando Geordie de repente se curvou e deu um
beijo em sua bochecha. Quando ele seguiu a isso rolar para longe dela, ela se deitou
de costas e observou em silêncio enquanto ele caminhava até a porta e saía do
quarto. No momento em que a porta se fechou atrás dele, ela se sentou e balançou os
pés para fora da cama, mas parou quando seus pés envolvidos bateram no chão e
lembrou que não deveria pisar neles.
Carrancuda, Dwyn olhou para si mesma e depois ao redor da sala. Ela queria
lavar o rosto e escovar os cabelos. Ela gostaria de trocar o vestido amassado também
antes que ele voltasse, mas não conseguia sair da cama e nada estava perto o
suficiente para ser útil. Respirando exasperada, ela puxou o decote e tentou alisar as
piores rugas das saias, depois começou a passar os dedos pelos cabelos, tentando
restabelecer alguma ordem. Ela ainda estava trabalhando nisso quando ouviu a porta
se abrir. Virando rapidamente, ela olhou por cima do ombro e viu as irmãs entrando.
—Geordie nos enviou para acompanhá-la enquanto ele arranja comida e um
banho para você, — disse Aileen com um sorriso alegre, enquanto corria para a
cama.
—Como você se sente? — Una perguntou, seguindo a irmã mais nova.
—Como esterco de cavalo, — Dwyn admitiu com uma careta, sua voz pouco
mais que um sussurro.
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—Oh. — O sorriso de Aileen desapareceu um pouco, mas então ela se
recompos e se apressou. —Bem, você provavelmente se sentirá melhor se lavar o
rosto e escovar os cabelos.
—Sim, — concordou Dwyn, aliviada por não precisar pedir uma escova e a
bacia de água que sua irmã estava recolhendo e trazendo para ela. Sua garganta
estava muito dolorida e sua voz rouca. Quanto menos ela falasse, melhor, até ter algo
para beber.
—Aqui. — Aileen colocou a tigela de água na mesa de cabeceira e entregou a
escova para Una, depois se virou para correr atrás de uma tira de tecido e sabão, que
estavam na mesma mesa em que a jarra e a bacia estavam colocadas.
—Vou escovar seus cabelos, — ofereceu Una e subiu na cama para se sentar
atrás dela.
—Geordie foi muito gentil e atencioso com você ontem à noite, — anunciou
Aileen, enquanto voltava com os outros itens.
—Sim, — Dwyn sussurrou quando Una começou a passar a escova pelos seus
cabelos. —Eu me lembro.
—Ele é um homem maravilhoso, irmã, — disse Aileen com admiração,
enquanto mergulhava o tecido na água em temperatura ambiente e depois esfregava
o sabão macio. —Estou tão feliz que viemos até aqui.
Dwyn não respondeu a isso; ela não teve a chance. Aileen terminou de
ensaboar o tecido e agora estava lavando o rosto para ela. Se ela falasse, ela acabaria
com um bocado de espuma na boca. Sentindo-se como uma criança, Dwyn tentou
estender a mão para pegar o tecido dela e assumir o encargo, mas tudo se foi antes
que ela pudesse.
—Eles atrasaram o banquete e a dança até amanhã, para que você possa
comparecer, — acrescentou Aileen quando se virou para lavar o tecido na água, e os
olhos de Dwyn se abriram com consternação.
—Oh, mas . . . — Sua voz morreu aí e ela moveu a língua dentro da boca,
tentando acumular saliva suficiente para engolir e molhar a garganta. Além de
dolorida, sua garganta estava seca e escamosa, e ela tinha certeza de que se pudesse
umedecê-la, seria capaz de falar melhor.
—Oh, pare, — disse Una por trás dela, enquanto continuava a arrastar a
escova pelos emaranhados em seus cabelos. —Eu sei que você quer protestar que eles
não devem atrasá-lo por sua causa e assim por diante. Mas eles fizeram e é
isso. Além disso, você merece desfrutar de um bom banquete e dança depois de tudo
o que passou por aqui. — Ela emitiu um som de exasperação e depois assinalou:
— Primeiro, alguém fez seus pés serem cortados e agora você ficou doente. . .
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—Ninguém me cortou os pés, — Dwyn conseguiu sussurrar. —Isso, ao
contrário do veneno, foi um acidente.
—Não, — assegurou Una. —Não foi um acidente. Os Buchanan pensam que
alguém deliberadamente colocou o vidro lá depois que você entrou no garderobe, para
que seus pés fossem cortados.
—É verdade, — disse Aileen solenemente quando Dwyn começou a sacudir a
cabeça. —Eles conversaram sobre isso o dia todo, tentando descobrir quem poderia
estar por trás disso e envenenado você.
A boca de Dwyn se curvou, infeliz com a notícia. Ela ouvira Rory dizendo que
algo havia sido colocado em sua bebida e era por isso que ela estava doente, mas ela
não tinha percebido que eles pensavam que o vidro no chão havia sido deliberado
também. Parecia que ela realmente enfurecera alguém aqui, e as únicas pessoas em
que ela conseguia pensar que não gostavam dela o suficiente para talvez fazer algo
assim eram. . .
—Laird Buchanan enviou Lady Catriona e Lady Sasha e suas famílias para
longe, — disse Una com satisfação sombria, falando os nomes que ela estava
pensando.
Dwyn virou-se para olhá-la. —Eles. . . ? — Ela deixou o resto não dito,
principalmente porque ela não tinha voz e doía falar.
Mas Una entendeu o que ela queria perguntar e fez uma careta. —Eles não
podem provar isso, mas suspeitam que estavam por trás dos dois ataques.
—Sim, mas essa não é a única razão pela qual ele os mandou embora. Na
verdade, ele disse que sem provas não os teria mandado embora, mas Rory e Alick
não estavam interessados nas moças e precisavam de seus quartos.
Quando as sobrancelhas de Dwyn se levantaram, Aileen explicou: —Eles
precisavam de um dos quartos para uma nova moça e sua família que chegaram
hoje, e Una e eu estamos nos mudando para o outro quarto, para que você e. . .
—Para que você possa descansar e se recuperar mais rapidamente, — Una
interrompeu com firmeza.
—Ah, — disse Aileen com consternação. —Sim, para que você possa
descansar.
Dwyn estreitou o olhar na moça. Os olhos de sua irmã estavam arregalados,
como se ela tivesse acabado de perceber que quase dissera algo que não
deveria. Aileen nunca tinha sido capaz de mentir, mas antes que Dwyn pudesse
questioná-la sobre o que ela realmente ia dizer, uma batida suave na porta chamou
sua atenção.
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—Esse deve ser Geordie. Ele disse que iria buscar comida para você, — disse
Aileen, aliviada, e correu para a porta.
Dwyn franziu a testa e olhou para a irmã, observando enquanto ela abria a
porta para Geordie entrar. Ele entrou com uma bandeja na mão que continha uma
jarra, taças e uma grande travessa de comida. Seus olhos a encontraram sentada na
cama e um sorriso suavizou a expressão sombria que ele tinha inicialmente em seu
rosto, e então levou a bandeja para uma pequena mesa com duas cadeiras ao lado da
lareira e colocou-a lá.
—Eles trouxeram doces e bolos para os convidados abaixo, Una e Aileen, —
anunciou Geordie enquanto pegava a jarra e despejava o líquido que continha nas
taças. —Seu pai me pediu para lhes dizer isso e mandá-las para baixo.
—Eu não terminei de escovar seus cabelos, — disse Una, mas estava saindo da
cama enquanto dizia isso.
—Terminarei para você, — anunciou Geordie, voltando com as duas taças na
mão.
Para surpresa de Dwyn, suas irmãs assentiram e imediatamente saíram
correndo do quarto, deixando-a sozinha com Geordie. Elas até fecharam a porta atrás
delas, o que realmente não era adequado. Ela não deveria ficar sozinha em um
quarto com um homem com a porta fechada. Apenas se. . . Vindo a pensar sobre
isso, ela estava sozinha com ele e ele na cama com ela quando acordou, Dwyn
percebeu agora, e começou a franzir a testa. Isso definitivamente não tinha sido
apropriado.
—Aqui, Dwyn, beba.
Piscando, ela se virou de olhar para a porta e encontrou Geordie na sua frente
agora, segurando um dos cálices. Ela o encarou inexpressivamente, e depois ergueu o
olhar para o rosto dele, ainda tentando entender por que estava sendo deixada
sozinha em um quarto com ele, com a porta fechada. Suas irmãs sabiam bem disso,
assim como seu pai, mas ele aparentemente as queria lá embaixo . . .
—Você pode segurá-lo? — Ele perguntou com preocupação, quando ela
hesitou.
Dwyn pegou o copo com uma mão, mas rapidamente acrescentou a outra mão
para ajudar a segurá-lo, quando descobriu que estava realmente
fraca. Aparentemente, a ânsia de vomitar lhe tirara mais do que imaginara, pensou
Dwyn com desgosto, enquanto levava a taça aos lábios e bebia timidamente. Era
hidromel, como ela esperava, e delicioso, mas ela estava quase com medo de beber
demais e começar a vomitar novamente, então ela começou com o gole e depois
abaixou o copo para esperar um momento, enquanto o balançava na boca e engolia.
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—Mavis está providenciando um banho para ser trazido, assim que a água
esquentar, —ele anunciou, colocando sua própria taça na mesa. —Pode levar algum
tempo, no entanto.
Dwyn murmurou em resposta a isso, e depois ficou rígida de surpresa quando
ele se arrastou para a cama ao lado dela. Quando ele continuou a se mover atrás dela,
Dwyn olhou em volta para vê-lo pegar a escova que Una aparentemente havia
deixado lá. Com os olhos arregalados, ela rapidamente se adiantou quando ele
começou a passá-la devagar pelos seus cabelos.
Por um momento, ela ficou sentada ali, sentindo-se estranha e um pouco
desconfortável com tudo, mas quando ele murmurou: —Como está seu estômago? O
hidromel está incomodando? — Ela olhou para o cálice que abaixara para o colo e
levou um momento para prestar atenção ao estômago. Parecia ter aceitado bem o
hidromel, ela reconheceu e disse com alívio: —Parece bem com o hidromel.
Sua voz ainda estava rouca e rachada, e ela não ficou surpresa quando ele
insistiu: —Tente mais um pouco.
Concordando, ela levantou o cálice e tomou um gole maior desta vez, e
novamente o balançou em volta da boca antes de engolir. Mas quando isso desceu e
seu estômago não se rebelou, ela tomou um gole adequado e depois outro, enquanto
Geordie continuava a escovar seus cabelos.
—Eu amo o seu cabelo, — ele murmurou depois de um momento, e ela o
sentiu tirá-lo do pescoço e levantá-lo atrás dela. É tão suave e bonito. Adorável.
Dwyn parou, apertando os dedos na taça, e então ele os deixou voltar ao lugar
e perguntou: —Você deve estar com fome. Gostaria de experimentar um pouco de
comida?
—Sim, — disse ela, aliviada quando sua voz ficou um pouco menos rouca
dessa vez e não a machucou tanto ao falar. O líquido estava ajudando, Dwyn pensou,
e então olhou ao redor, com surpresa, quando Geordie passou de repente por ela
para se levantar. Quando ele pegou o cálice e o colocou sobre a mesa, depois se
inclinou para ela, ela automaticamente levantou os braços para envolvê-los em volta
do pescoço dele, quando a pegou.
—Acho que vamos começar com algo leve e depois partir daí, — disse ele
enquanto a carregava para a mesa. —Cook mandou caldo para começar, além de
carne, queijo e frutas. Mas por que não vemos como o caldo se instala antes de tentar
outra coisa?
Dwyn assentiu, mas seus olhos famintos estavam na bandeja com a comida e
estava com água na boca ao pensar em comer. O hidromel aliviou sua boca e
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garganta, mas também a fez perceber como seu estômago estava vazio e a fome que o
roía.
Geordie colocou-a na cadeira mais próxima e levantou uma pequena tigela de
madeira de caldo, da bandeja, para colocá-la diante dela, mas depois se virou para
voltar para a cama para pegar seu cálice vazio e o copo cheio dele. Ele voltou
rapidamente e tomou a cadeira oposta.
—Suas irmãs disseram que Jetta atrasou o banquete até amanhã para que você
pudesse comparecer? — ele perguntou enquanto despejava mais hidromel em seu
cálice.
Dwyn engoliu o caldo e assentiu. —Sim. Foi muito gentil da parte dela, mas
me sinto mal que ela tenha feito. Tenho certeza de que todo mundo ficou
desapontado, e não é como se eu pudesse ter dançado no banquete de qualquer
maneira, —ela apontou.
—Você pode ser capaz. Rory está vindo com o banho e vai verificar seus pés
enquanto o preparam. Ele espera que eles tenham se curado o suficiente para que
você possa colocar peso sobre eles novamente e andar e dançar. Se não hoje à noite,
amanhã.
—Oh, — Dwyn respirou, sorrindo com o pensamento. Embora ela adorasse a
desculpa de precisar ser carregada para estar nos braços de Geordie, também poderia
ser embaraçoso quando se tratava de coisas como usar o garderobe. Felizmente, suas
irmãs a ajudaram no garderobe, mas ele ainda tinha que carregá-la até lá, colocá-la no
banco de madeira e depois carregá-la de volta, depois. Muito embaraçoso, ela pensou
com uma careta, e esperava que não tivesse que voltar novamente agora que estava
comendo. Pelo menos, não até Rory ver seus pés, e esperava que ele dissesse que ela
poderia colocar peso neles novamente.
—Como está seu estômago agora? — perguntou Geordie, voltando sua
atenção para ela. —O caldo está incomodando?
—Não, — disse Dwyn, aliviada por poder dizer isso.
—Você gostaria de experimentar um pouco de carne, queijo e pão?— Ele
sugeriu.
Dwyn olhou para a comida. Sua mente estava muito consciente de que havia
perdido várias refeições e queria a comida, mas seu estômago estava lhe dizendo que
estava começando a ficar cheio apenas com a bebida e o caldo. Suspirando, ela disse:
—Talvez só um pouco de pão e frutas. Eu já estou quase cheia.
—Que tal um docinho, então? — ele sugeriu, chamando sua atenção para os
doces cheios de frutas que ela não havia notado até que ele os apontou.
—Oh, sim, — disse ela com um sorriso. —Seria perfeito.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Assentindo, ele pegou um e colocou diante dela, depois começou a comer
também, começando com a carne, queijo e pão que ele havia lhe oferecido da
primeira vez.
Eles comeram em silêncio por vários minutos, e então Dwyn disse: —Una e
Aileen me disseram que seu irmão mandou Lady Catriona e Lady Sasha embora.
Geordie engoliu a comida da boca, antes de dizer: —Sim. Rory e Alick não
estavam interessados nelas, e estavam apenas ocupando espaço e sendo
desagradáveis, então Aulay pediu que eles fossem embora.
Dwyn observou-o dar outra mordida na carne, mas depois de vê-lo mastigar e
engolir, ela disse: —Aileen disse que os quartos eram necessários, um para uma nova
senhora que chegou hoje?
—Sim, Aulay mencionou que outra senhora havia chegado com sua escolta,
— ele admitiu, e depois sorriu ironicamente. Acho que ele mencionou o nome da
dama, mas prestei pouca atenção a ele. Mais tarde, perguntarei a ele e direi quem é,
—prometeu.
Dwyn concordou, mas disse: —Aileen disse que elas estavam pegando o outro
quarto e me deixando aqui. Una disse que era para que eu pudesse descansar e me
recuperar, mas isso não é necessário. Eu deveria estar bem agora, e parece bobagem
nos separarmos assim, quando você e seus irmãos poderiam ficar no outro quarto, —
ela apontou.
—Meus irmãos estão dormindo na caserna até que mais mulheres vão
embora, — disse ele, pegando um doce agora.
Dwyn ficou em silêncio por um minuto, mas depois disse: —Tive a sensação
de que Aileen daria outro motivo para nos separarmos, antes de Una interromper o
processo para dizer que era para que eu pudesse descansar e me recuperar.
Geordie olhou para ela, seus olhos arregalados e quase culpados, e então o
alívio tomou conta de seu rosto quando uma batida soou na porta. Levantando-se
abruptamente, ele correu para abri-la e depois recuou para permitir que Rory
entrasse. O curandeiro foi seguido por dois homens carregando uma banheira
grande e várias mulheres carregando baldes de água, metade dos quais fumegavam.
—Como seu estômago está aceitando comida agora? — perguntou Rory,
movendo-se em sua direção assim que a viu à mesa.
—Bem, obrigada, — respondeu Dwyn, desejando ter mais tempo para
questionar Geordie antes que o homem a interrompesse. Ela tinha a sensação de que
havia algo aqui que precisava saber.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Bom, bom. — Rory sorriu como se ela tivesse feito algo para se sentir
melhor, quando suspeitava que a verdade era que o que quer havia sido colocado em
sua bebida, obviamente, acabara de sair de seu sistema.
—Devo carregá-la para a cama para que você possa olhar para os pés dela? —
perguntou Geordie, deixando a porta para se juntar a eles.
—Sim, — disse Rory de imediato. —Espero que eles também tenham
melhorado muito.
—Sim, — ele concordou, e a pegou na cadeira para levá-la para a cama. Uma
vez que ele a colocou lá, os dois homens começaram a trabalhar removendo o couro
que Rory havia colocado sobre o curativo e depois desembrulhando as bandagens.
—Hmm, — disse Rory, levantando os pés para espiar por cima deles. —Eles
estão muito melhores.
—Sim, — concordou Geordie, olhando-os também.
Rory pousou o pé direito e começou a pressionar a parte inferior do pé
esquerdo e depois olhou para o rosto dela perguntando. —Isso dói?
Dwyn hesitou e depois admitiu: —Está um pouco sensível em alguns pontos,
mas não muito.
Assentindo, ele abaixou esse pé, ergueu o direito novamente e começou a
pressioná-lo, como ao primeiro. Ele parou quando Dwyn respirou fundo, no entanto.
—Esse dói, — disse ele com simpatia e Dwyn fez uma careta, mas assentiu.
—Você o fez sangrar novamente, — Geordie rosnou com desagrado.
—Apenas o corte grande e só um pouco —disse Rory, suavemente, enquanto
colocava o pé para baixo. —Está curando, mas não está completamente pronto. Eu
acho que tudo ficará bem amanhã. Ela deve ser capaz de permanecer sobre ele então.
—Então, ela ainda não pode andar? — perguntou Geordie.
—Ela pode colocar peso no pé esquerdo, mas não deve usar o direito ainda.
—Então, ela não pode andar, — Geordie apontou secamente.
—Ela pode ficar num só pé para se vestir, — Rory assinalou quando os
ombros de Dwyn se curvaram com decepção. —Você só precisará carregá-la até o
garderobe e colocá-la dentro da porta. Ela não precisará mais das irmãs para ajudá-la
no próprio local.
Dwyn respirou aliviada com a notícia. Era quase melhor do que andar quando
ela pensou sobre isso. Ela poderia continuar gostando de estar nos braços de Geordie
quando ele a carregasse, mas agora evitaria o constrangimento de precisar de ajuda
no garderobe. Ela podia pular para o banco da porta, e ficar em um pé enquanto
levantava as saias. Sim, isso foi melhor.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Deixarei a pomada e o tecido para substituir no pé ainda sensível após o
banho, Geordie. Mas, — ele acrescentou, olhando Dwyn com severidade, você deve
usar seu chinelo no pé não atado, pelo próximo período de tempo, até que esteja
completamente curado. Os cortes já foram todos cicatrizados ou curados agora, e a
chance de infecção é pequena neste momento, mas é melhor não correr riscos.
Rory esperou até Dwyn assentir obedientemente, e então ele se levantou.
—Vou deixá-la para o seu banho, então.
—Obrigado, Rory, — disse Geordie, levantando-se para vê-lo sair. Ele não
apenas o viu sair, mas o seguiu até o corredor. Quando os dois homens pararam
brevemente para falar, Dwyn voltou sua atenção para o banho que estava sendo
preparado para ela. Os homens que haviam carregado a banheira haviam saído
enquanto Rory examinava seus pés, assim como uma metade das mulheres depois de
despejar a água. As demais mulheres logo sumiram também, ela viu quando
esvaziaram seus baldes no rápido encher da banheira e giraram para sair uma após a
outra, seus baldes vazios balançando em suas mãos.
Restavam apenas duas no quarto quando Geordie terminou de conversar com
o irmão e voltou para o quarto, e uma delas já estava caminhando em direção à
porta. A mulher mais jovem sorriu de Dwyn para Geordie e depois deslizou pela
porta que Geordie estava segurando aberta. Dwyn então se virou para a mulher mais
velha enquanto terminava de esvaziar os baldes e começava a atravessar a sala. Ela
devolveu o sorriso que Dwyn deu a ela e depois seus passos diminuíram e ela olhou
incerta para Geordie e para trás, uma pequena carranca trazendo linhas para sua
testa. —Eu deveria ter providenciado para que uma das empregadas ficasse para trás
para ajudar Lady Innes a tomar banho. Mas eu posso ajudar se ...
—Não, tudo bem, Mavis. Vou ajudar Dwyn com o banho, — disse Geordie em
voz baixa.
Os olhos da mulher se arregalaram, seu queixo caiu de choque, e ela virou a
cabeça em direção a Dwyn, que estava com os olhos arregalados e boquiaberta de
choque. As duas ficaram boquiabertas por um momento e depois Geordie disse:
—Obrigado, Mavis. Você pode ir.
A mulher parecia querer argumentar, mas algo na expressão de Geordie a fez
parar e ela apenas murmurou: —Espero que você saiba o que está fazendo, rapaz, —
e saiu correndo da sala, deixando Dwyn olhando para Geordie, seu rosto quente com
o que ela tinha certeza que era um rubor, enquanto o observava fechar a porta atrás
da mulher e depois se virar para voltar em sua direção.
Forçando-se a fechar a boca, ela limpou a garganta e depois disse
nervosamente: —Você estava brincando, certamente, milaird? Tenho certeza que
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agora mesmo Rory está enviando minhas irmãs para ajudar . . . — Ela deixou as
palavras desaparecerem quando ele começou a balançar a cabeça. —Você não estava
brincando? — Ela perguntou fracamente.
Parando na frente dela, ele observou a expressão dela e disse: —Quero me
casar com você, Dwyn. Eu quero você para minha esposa. Concorde em se casar
comigo.
—Sim, — Dwyn respirou, e então piscou e balançou a cabeça quando seu rosto
se abriu em um sorriso e ele a alcançou. —Quero dizer, não, milaird.
Geordie fez uma pausa, a surpresa cruzando seu rosto. —Não?
—Você não quer se casar, — ela lembrou-lhe miseravelmente. —E não deixarei
seu irmão forçar você a se casar comigo só porque alguém testemunhou o que
fizemos no pomar e mexericou para ele. Você me odiaria se permitisse isso.
Geordie relaxou e inclinou-se para segurá-la pela cintura para levantá-la da
cama. —Ajoelhe-se, — ele instruiu enquanto a abaixava novamente, e Dwyn
automaticamente dobrou as pernas para se ajoelhar enquanto a colocava de volta
para baixo, de frente para ele, na beira da cama.
—Ninguém mexericou para Aulay, — anunciou Geordie agora, começando a
trabalhar em seus laços. —Pelo menos, se o fizeram, ele não falou antes que eu lhe
dissesse que queria me casar com você.
—O que você fez porque temia que alguém tivesse visto e contaria, — ela
argumentou.
—Não, — ele corrigiu suavemente quando o decote dela afrouxou. —Porque
eu quero casar com você, moça.
Dwyn sacudiu a cabeça e segurou a parte superior do vestido no peito,
quando este começou a cair. —Mas você não deseja se casar. Ouvi seu irmão dizendo
à esposa que você tinha dito isso.
—Eu não queria quando cheguei aqui, isso é verdade, — reconheceu. —Mas
passar um tempo com você mudou minha idéia.
Dwyn ficou tão surpresa com a notícia que ela simplesmente o encarou,
quando ele se afastou e se inclinou para pegar alguma coisa. Um dos chinelos, ela
percebeu quando ele se endireitou e se inclinou à frente dela para colocá-lo no pé que
Rory havia dito que ela agora podia pisar. Uma vez que estava firmemente no pé
dela, ele se endireitou, agarrou-a pela cintura e a levou para a banheira.
—Fique de pé apenas com o pé do chinelo, — Geordie lembrou-a, antes de
colocá-la no chão.
Dwyn manteve o vestido para cima com uma das mãos, mas alcançou o braço
dele com a outra, enquanto oscilava brevemente antes de se ajustar a ficar em um
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pé. Depois que ela teve certeza de que não iria cair, ela o soltou e voltou a mão ao
peito para ajudar a segurar o vestido.
—Não posso lhe dar banho com seu vestido, moça, — disse ele com voz
rouca. —Você precisa largá-lo.
Quando Dwyn levantou a cabeça para olhá-lo, com alarmados olhos
arregalados, ele sorriu levemente e perguntou: —Onde está a moça corajosa que me
mostrou seus seios no pomar? Ela é a moça que eu admirava tanto que fui até meu
irmão e disse que planejava me casar com ela.
Dwyn olhou para ele brevemente, uma pequena batalha ocorrendo em sua
cabeça, e então ela endireitou os ombros e deixou cair as mãos. O vestido amassado
deslizou imediatamente por seu corpo para formar uma piscina ao redor de seus
pés. Dwyn engoliu em seco e ergueu o queixo, enquanto o olhar dele seguia o mesmo
caminho, deslizando sobre os seios, descendo sobre o estômago, até os quadris e o
local entre as pernas onde os beijos lhe haviam proporcionado tanto prazer, antes de
finalmente seguir as pernas até os pés, uma levemente para cima e para trás para
impedir que ela tocasse o chão e a outra ainda no chinelo. Então seu olhar seguiu o
mesmo caminho de volta, antes de se fixar em seu rosto.
Dwyn notou a fome em seus olhos e sentiu calor e formigamento percorrer seu
corpo em resposta. Sua voz era um rosnado baixo e áspero quando ele disse: —Eu
vou levantá-la e você precisa tirar seu chinelo antes que eu a coloque na banheira.
Engolindo em seco, ela assentiu de imediato e se preparou enquanto ele dava
um passo à frente. Dwyn fechou os olhos quando suas mãos quentes e ásperas se
fecharam na pele nua de sua cintura e depois os abriu novamente quando ele a
levantou. Ela alcançou instintivamente os ombros dele para se apoiar, e então olhou
além da cabeça dele enquanto se concentrava em tirar o chinelo. Um suspiro
assustado escapuliu quando algo roçou um de seus mamilos e ela olhou para baixo
para ver que ele a levantara até que seus seios estivessem na frente de sua boca. Ela
assistiu silenciosamente quando sua boca se fechou sobre um, e depois fechou os
olhos quando ele começou a puxar o mamilo, enviando um forte raio de prazer
através dela.
Dwyn piscou os olhos novamente quando ele soltou o mamilo e ordenou:
—Segure seu cabelo para que ele não se molhe.
Voltando-se, ela juntou os longos fios e os levantou, até que ele a colocou na
banheira. Então ela os deixou cair sobre a borda da banheira onde não se
molhariam. Ela esperava que ele se endireitasse e a deixasse tomar banho, e ele o fez,
mas apenas o tempo suficiente para buscar o sabão e a tira de tecido que Aileen usara
anteriormente para lavar seu rosto. Trazendo-os de volta, ele se ajoelhou ao lado da
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banheira e mergulhou os dois na água, antes de retirá-los para começar a passar o
sabão sobre o tecido.
—Sinto muito que você tenha se machucado e adoecido, moça — disse
Geordie com uma voz rouca, quando ele começou a passar o pano agora ensaboado
sobre o corpo dela, começando pelo pescoço e pelos ombros, antes de movê-los para
baixo. —Mas espero que, com Catriona e Sasha partindo, os ataques terminem.
—Sim, —Dwyn tomou fôlego, seus olhos se fechando e a cabeça caindo para
trás, quando ele começou a ensaboar seus seios, suas mãos acariciando enquanto
limpavam.
—Você é tão bonita quando faz isso, — ele rosnou, agora com as duas mãos
nos seios dela e se concentrando nos mamilos, uma com o tecido, a outra sem.
Piscando, ela abaixou a cabeça com confusão. —Quando eu faço o quê? — Ela
perguntou, e então ofegou e jogou a cabeça para trás novamente, quando uma das
mãos dele mergulhou de repente na água para deslizar entre suas pernas.
—Isso, — ele disse. —Você fecha os olhos e joga a cabeça para trás, o belo
pescoço esticado e a boca entreaberta. Isso me faz querer. . . Sua boca cobriu a dela de
repente e Dwyn abriu os olhos e puxou as mãos da água para envolvê-las em volta
do pescoço dele. Ela gemeu de prazer quando sua língua empurrou entre seus lábios
e depois gritou em sua boca quando os dedos dele deslizaram entre as dobras que
protegiam seu nó sensível e começaram a fazer círculos em volta dele.
Dwyn o beijou de volta desesperadamente enquanto ele a acariciava, os dedos
dela puxando e empurrando seu plaid. Ela queria tocar sua pele nua. Ela queria
passar as mãos pelos ombros e pelas costas dele. Ela queria pressionar os seios contra
o peito nu e . . . Meu Deus, ela queria que ele continuasse tocando-a, mas queria que
ele a provasse novamente também. Ela queria aquela liberação explosiva que ele
havia lhe dado antes. Mas ela queria tocá-lo lá também, para que ele explodisse
também, e ela queria . . .
Dwyn gritou de consternação quando ele de repente interrompeu o beijo
deles, e então o observou se levantar e dar um puxão em seu plaid que o fez cair no
chão. Ela mal conseguiu vê-lo apenas de camisa e notou que tinha belas pernas
fortes, antes dele puxar a camisa para cima e para fora. O olhar dela se moveu
imediatamente para seu penis e seus olhos se arregalaram incrédulos ao ver o quão
grande e duro parecia. Ele apontava acusadoramente para ela, ela notou, antes que
ele se curvasse e a levasse para fora da banheira.
—Coloque seus braços em volta de mim, moça —ordenou Geordie, e ela o fez
automaticamente e depois apertou os olhos nervosamente, enquanto ele entrava na
banheira da qual ele a havia acaado de retirar. Ela não os abriu novamente até que
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ele se estabeleceu na água com ela no colo, a parte de trás dos joelhos em um lado da
banheira, os pés pendendo, mas sem tocar o chão, e as costas dela contra o outro
lado, os cabelos caídos no chão. Ela podia sentir sua ereção dura contra seu traseiro, e
seu olhar mudou para o rosto de Geordie quando ele se recostou na banheira e a
olhou enquanto suas mãos voltavam ao corpo dela.
—Um dia eu gostaria de levá-la ao lago e fazer amor com você debaixo da
cachoeira, — ele murmurou, suas mãos fechando sobre os seios dela novamente.
—Há uma pequena saliência na parede, embaixo das quedas, em que posso colocá-la,
enquanto a amo.
—Oh, — Dwyn tomou ar, seus olhos se fechando enquanto ela apreciava o
toque dele e imaginava o que ele estava descrevendo.
—Você gostaria disso? — Ele perguntou, passando uma mão entre as pernas
dela para acariciá-la lá, novamente.
—Sim, G-Geordie, — Dwyn arfou, as pernas se abrindo automaticamente para
lhe dar mais espaço, e uma mão deslizando do pescoço para alcançar e cobrir a dele,
incentivando-o.
Ele a beijou de novo, e Dwyn o beijou de volta com tudo o que tinha, a boca
aberta, a língua encontrando a dele, os lábios chupando e o peito torcendo-se para
pressionar o dele e deslizando ensaboado através dos pelos grossos de lá. Seus
quadris começaram a se mover, montando a mão acariciando-a, e seu traseiro estava
esfregando-se sobre a dureza debaixo dela. Dwyn ouviu a água espirrando no chão,
mas não se importou enquanto perseguia a liberação que experimentara antes. E
então ele deslizou um dedo nela e ela interrompeu o beijo com um suspiro, a cabeça
se afastando para que ela pudesse olhar para ele. Geordie sustentou o olhar dela e
retirou o dedo, o polegar dele agora esfregando o centro de sua excitação.
—Relaxe seus músculos, moça. Deixe-me entrar, — ele rosnou, afastando o
dedo um pouco, antes de empurrar para dentro, mais profundo desta vez, seu
polegar continuando a aumentar sua excitação enquanto ele o fazia.
Choramingando, Dwyn recostou-se na lateral da banheira, arqueando as
costas e as pernas abrindo e fechando ao redor da mão dele, os quadris se movendo
para a carícia. Ela tentou relaxar seus músculos para ele, mas estava ofegando, seu
corpo se contraindo, a necessidade nela se tornando tão intensa que ela não achava
que poderia suportar.
—É isso, amor. Me dê sua paixão, — ele murmurou, espirrando água sobre os
seios dela com a mão livre para enxaguar o sabão, antes de inclinar a cabeça para
reivindicar um mamilo. Pegando-o entre os dentes, ele beliscou levemente, depois
começou a puxar com força, aumentando a pressão nela, e Dwyn agarrou sua cabeça
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com a mão livre, a outra ainda cobrindo a dele entre as pernas e tentando movê-la
mais rapidamente contra ela e com mais pressão. Mas ele resistiu, mantendo seus
movimentos lentos e constantes até que ela pensou que ficaria louca em busca de sua
libertação.
—Geordie, — ela ofegou desesperadamente, e sentiu um segundo dedo se
juntar ao primeiro, esticando-a enquanto deslizavam. Soltando seu peito, ele
levantou a cabeça e observou o rosto dela, sua expressão uma combinação de
determinação sombria e algo mais suave.
—O que é, amor? O que você quer? — ele perguntou, passando o dedo em seu
nó sensível, com o polegar agora. —Você pode me dizer o que você quer?
—Mais, — ela gemeu e depois —Você.
Sua determinação rompeu sua expressão e Geordie deslizou a mão em seus
cabelos e arrastou o rosto para cima para reivindicar um beijo, sua língua
empurrando ao mesmo tempo que os dedos, enquanto eles se moviam mais rápido e
com mais firmeza nela, até que ela gritou em sua boca e começou a convulsionar
contra ele com sua libertação. Dwyn estava vagamente consciente de Geordie
interrompendo o beijo e descansando a testa na dela, enquanto seus dedos paravam
dentro dela, mas ela apenas se segurou nele firmemente como sua única estabilidade
em um mundo enlouquecido.
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Capítulo 10
Geordie beijou o topo de sua cabeça quando Dwyn desabou fracamente
contra seu peito. Ela estava mole e respirando pesadamente, mas gemeu em protesto
quando ele afastou a mão entre as pernas dela, os dedos flutuando sobre a pele muito
sensível. Ela nem teve forças para agarrar seus ombros quando ele a colocou nos
braços e se levantou na banheira. Ela simplesmente estava deitada com a cabeça na
curva do pescoço dele, e os braços no colo, enquanto ele a carregava para a cama.
Sua energia começou a voltar novamente quando ele a deitou na cama, subiu
com ela e começou a beijá-la mais uma vez. Gemendo, ela deu as boas-vindas ao
beijo dele, seu corpo se estendendo contra o dele enquanto ele cobria o dela com o
seu. Para seu prazer, sua excitação retornou como se nunca tivesse sido saciada e
começou a queimar intensamente de novo. Ela também se recuperara rapidamente
no pomar e estava pronta para outra vez, depois que ele lhe dera prazer ali. Agora,
ela o beijava ansiosamente de volta, as mãos se movendo sobre ele com
curiosidade. Ele sorriu contra sua boca quando ela apertou seu peito musculoso, e
depois passou as mãos sobre o estômago dele, antes de trazê-las de volta para
encontrar e se concentrar em seus mamilos.
Geordie rosnou em sua boca quando ela os puxou. Aparentemente, tomando
isso como incentivo, Dwyn concentrou-se ali, brincando com eles até que
endurecessem e crescessem como os seus quando ele fez isso com ela. Ele foi pego de
surpresa quando ela de repente empurrou seu peito. Despreparado, Geordie se viu
de costas na cama. Antes que ele pudesse rolá-la de volta, ela estava ajoelhada ao
lado dele, inclinando-se para reivindicar um mamilo com a boca, e ele respirou
assustado quando seus dentes roçaram a ponta estranhamente sensível, antes que ela
a puxasse para sugar.
—Ah, Deus, moça, — Geordie rosnou, olhando para o corpo de Dwyn,
enquanto ela lambia e beliscava seus mamilos. Ela estava de joelhos, curvada sobre
ele, os cabelos uma cortina de ouro pálido, protegendo-a da vista dele, de modo que
ele teve que levantá-la para ver os seios balançando acima do seu estômago.
Sorrindo, ele afastou a cortina de cabelo e estendeu a mão para encontrar os
seios dela. Geordie sorriu quando ela gemeu em torno de seu mamilo, enquanto ele
afagava e acariciava seus seios. Seu sorriso morreu entretanto quando uma das mãos
dela encontrou sua ereção e a apertou com interesse.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Rosnando, ele a segurou pelos braços e a arrastou para cima pelo corpo, de
modo que ela estava deitada em cima dele, seus cabelos flutuando ao redor dos
rostos deles quando ele reivindicou sua boca em um beijo ardente.
Ela estava sem fôlego e ofegante quando ele terminou o beijo, mas, apesar
disso, perguntou com preocupação: —Eu lhe machuquei, Milaird?
—Não, — ele assegurou-lhe, antes de rolá-la de costas novamente. Desta vez,
ele a cobriu completamente. Segurando a parte superior do corpo dela com os braços,
ele observou o rosto dela e se apoiou contra ela, satisfeito quando ela ofegou e deixou
as pernas abertas para abraçá-lo. Ele deslizou contra ela novamente, seu pau
deslizando contra seu calor úmido e fazendo-o cerrar os dentes.
Porra, ele estava duro como um atiçados de brasas, e a queria mais do que ele
tinha querido qualquer mulher em sua vida. Mas ele não podia tomá-la
ainda. Geordie estava determinado a dar a ela o máximo de prazer possível antes que
ele a violasse. As pontas de seus dedos pressionaram contra o véu de sua virgindade,
enquanto ele a agradava com a mão. Georgie até empurrou contra ele duas vezes,
mas não o havia rompido, e ele não sabia se era porque não havia empurrado o
suficiente, ou era grosso o suficiente para que fosse necessária alguma força para
romper. Mas ele não queria causar dor dela naquele momento, então ele não testou
mais a situação. No entanto, de qualquer forma, Geordie suspeitava que ela não
gostaria do rompimento, e ele queria ter certeza de que ela aproveitasse a parte
anterior o máximo possível, antes de chegar a isso. Ele queria que ela o quisesse
novamente, não tivesse medo da cama do casamento, então ele se chocou contra ela
novamente, gemendo com ela quando seu pau deslizou sobre ela.
—Geordie, por favor —Dwyn arfou, envolvendo as pernas em volta dos
quadris dele e se movendo contra ele. —Eu preciso. . .
—Logo, moça, — ele rosnou, esfregando-se contra ela novamente.
—Mas eu quero. . . Deixe-me provar você, — ela implorou agora, segurando
os braços dele. —Deixe-me fazer você me querer como eu quero você.
Geordie congelou com suas palavras, tentado por elas. A imagem que elas
criaram em sua mente quase o fizeram esquecer suas boas intenções e empurrar-se
para dentro dela, mas no último momento ele recuou e depois se afastou e deslizou
para baixo por seu corpo, para conseguir colocar sua ereção o mais longe possível de
sua abertura. Ele não parou até que sua cabeça estivesse entre as pernas dela, e então
ele pressionou as coxas dela mais afastadas, para abri-la ao olhar dele, e abaixou a
cabeça para pressionar sua boca nela.
Um sorriso aliviou a expressão sombria no rosto de Geordie quando ela gritou
e estremeceu com o primeiro toque, e então ele começou a trabalhar, chupando as
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dobras macias que guardavam a jóia debaixo e depois lambendo e chupando o nó
endurecido, antes de empurrar sua língua para onde ele queria colocar seu pau. Ele
não brincou e se divertiu dessa vez como no pomar. Isso foi puramente para enviá-la
para além do limite, e ele rapidamente a levou a um frenesi e depois acrescentou um
dedo à mistura. No momento em que ela gritou e começou a convulsionar, ele se
levantou para ajoelhar-se entre as pernas dela, pegou-a pelos quadris, levantou-a e
dirigiu-se para casa.
Meu Deus do céu, pensou Geordie, com certeza tinha encontrado o
paraíso. Ela estava tão quente e apertada, seus músculos internos apertando-o
enquanto seu corpo estremecia com o orgasmo. Dwyn nem pareceu notar o
rompimento, embora ele sentisse a breve resistência antes que o véu dela desse lugar
a ele. Agora ele soltou os quadris dela e caiu para a frente, pegando a parte superior
do corpo com as mãos nos dois lados dos ombros dela, e se inclinou para reivindicar
sua boca e silenciar seu murmúrio insensato. Dwyn ficou brevemente imóvel, mas
quando ele se afastou dela e recuou, ela gemeu em sua boca e começou a beijá-lo de
volta. Quando ele fez isso de novo, ela colocou os braços e as pernas ao redor dele, os
dedos agarrando suas costas e os calcanhares empurrando sua bunda e incentivando-
o.
Foi quando Geordie desistiu de tentar ser lento e gentil e começou a empurrar
como ele desejava, chocando-se nela, suas bolas batendo contra ela e um rosnado
crescendo em sua garganta enquanto seu corpo o apertava e ordenhava. Quando
Dwyn gozou de novo, seus músculos internos apertaram-no com tanta força que ele
quase gozou também, mas Geordie conseguiu se conter, desacelerando seus
movimentos até que seus músculos relaxassem. Ele não se deixou ir até que ela
gritou em sua boca novamente, quando encontrou seu terceiro orgasmo. Então ele
endureceu contra ela e interrompeu o beijo, a cabeça erguendo-se e o nome dela
deslizando de seus lábios em um gemido quando ele se derramou sobre ela.
Foi só quando Geordie caiu em cima dela e depois rolou rapidamente para o
lado, levando-a com ele, que ele lembrou de sua intenção de não derramar sua
semente nela. Franzindo o cenho, Geordie fechou os olhos com tristeza ao perceber
que havia falhado com Dwyn.
—Acho que não deveríamos nos casar, Milaird.
Os olhos de Geordie se abriram com espanto.
—Não até. . . — ela começou.
—Você está louca, mulher? — ele interrompeu em
choque. Nós estamos casados. Não há como pensar se deveríamos ou não.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—O quê? — Ela levantou a cabeça para olhar para ele com surpresa. —Não,
nós apenas. . .
—Pedi que se casasse comigo. Você disse sim. E eu a levei para a
cama. Estamos comprometidos. Tão bom quanto casados aos olhos da lei —ele
assinalou sombriamente.
—Sim, eu disse sim primeiro, — ela concordou, —mas depois eu disse não.
Geordie estreitou os olhos. —Nós estamos comprometidos, Dwyn. E os
contratos estão redigidos. Já estamos casados por lei, e o casamento para a igreja é
amanhã.
—O quê? — Ela ofegou, afastando-se para olhar para ele.
Geordie olhou para ela com uma combinação de perplexidade e zanga. Pelo
amor de Deus, havia seis mulheres na fortaleza que teriam prazer em se casar com
ele, e ele escolheu a que parecia horrorizada com a perspectiva.
—Mas não podemos estar, Geordie, — protestou ela, infeliz. —Você não sabe
onde está se metendo, Milaird. Você deveria ter sido avisado. Papai lhe contou o que
está acontecendo em Innes antes de você assinar o contrato? Não, é claro que ele não
contou, — ela respondeu a si mesma antes que ele pudesse, e acrescentou: —
Tenho certeza de que você pode usar isso para escapar de se casar comigo, se desejar.
Geordie olhou para seu rosto infeliz e suspirou pesadamente com cansaço e
alívio quando ele percebeu que não era que ela não queria se casar com ele, mas que
tinha certeza de que ele não iria querer uma vez que soubesse . . . o que diabos fosse
que o pai dela não tivesse dito a ele, pensou sombriamente. Ele não tinha idéia do
que era, mas supunha que seria melhor descobrir para que pudesse acalmar os
medos dela a esse respeito.
Afastando-a do peito, Geordie se levantou para sentar com as costas contra a
cabeceira da cama, depois pegou os braços de Dwyn e a arrastou para descansar
contra seu peito. Olhando para baixo então, ele olhou para seus belos seios, suspirou
quando sentiu seu pênis se mexer e pressionou a cabeça dela em seu peito, antes de
pegar um pouco de seu cabelo e deslocá-lo para cobrir o máximo possível de seu
corpo.
—Pronto, — ele rosnou, uma vez que ele não podia ver seu corpinho curvilíneo e se
distrair. —Agora, diga-me com o que você está tão preocupada.
—São os Brodies, — disse ela, erguendo a cabeça para olhá-lo ansiosamente.
—Brodies, — ele murmurou com uma careta, quando o nome puxou uma
sequência de lembranças em sua mente. Balançando a cabeça, Geordie disse: —Você
os mencionou na primeira manhã na árvore. Eles querem adicionar Innes às suas
propriedades, você disse.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Sim, — Dwyn respirou tristemente.
Geordie quase sorriu então. Isso não era problema, ele pensou, e apertou os
braços em volta dela em um abraço enquanto dizia: —Bem, moça, eles não podem ter
isso. Innes é seu, e você é minha agora. Então Brodie está sem sorte.
Ela pareceu surpresa com as palavras dele. —Certamente Innes se torna sua
uma vez que nos casemos?
—Nós estamos casados, — ele rosnou. —E não, permanece com você. Eu o
coloquei no contrato. Dessa forma, se eu morrer primeiro, você decide quando casar
novamente e não pode ser forçada a isso por seu pai ou por qualquer outra pessoa.
—Mas e se eu morrer primeiro? — Ela perguntou com uma careta.
Geordie encolheu os ombros com despreocupação e depois fez uma careta
quando o pensamento se consolidou. Dwyn morrer? Deixá-lo? E ela poderia, se a
semente dele pegasse e ela tivesse um filho e morresse enquanto tentava dar à luz a
seu filho ou filha. Amaldiçoando, ele pulou da cama e depois se virou para pegá-la
pela cintura e balançá-la na frente dele, para que ela estivesse pendurada acima do
chão. Ele então começou a levantá-la rapidamente para cima e para baixo.
—M-m'l-laird, — ela protestou, agarrando seus braços. —Oo que vocêêê
estááá fazendooo?
—Tentando expelir minha semente, — ele murmurou, continuando a
empurrá-la para cima e para baixo. —Eu pretendia me retirar antes de me derramar
em você, mas esqueci. Bem, eu não esqueci exatamente, eu simplesmente nem pensei
nisso. Você estava tão bem e eu. . . Ow! — ele latiu, quase a deixando cair quando ela
de repente deu um tapa no rosto dele. Pegando-a antes que seus pés batessem no
chão, ele fez uma careta para ela. —O que foi aquilo?
Dwyn fez uma careta de volta. —Porque você está obviamente histérico ou
enlouqueceu, — explicou ela, e ordenou: —Ponha-me no chão.
—Não posso. Você não deve pisar nos pés . . .
—Na cama, — disse ela exasperada.
—Está bem. Geordie soltou as palavras com um suspiro irritado e virou-se
para colocá-la na cama, resmungando: —Mas eu não perdi a cabeça nem fiquei
histérico, e se você morrer na cama de parto, porque não me deixou sacudir minhas
sementes, nunca vou perdoá-la. Os olhos dele se estreitaram quando ela revirou os
olhos. —Moça. . .
—Você não pode expelir a semente de mim — assegurou Dwyn com
exasperação, interrompendo o que teria sido uma bela palestra sobre os méritos de
respeitar um marido e não revirar os olhos e tal. Mas então ela franziu a testa e
acrescentou: —Pelo menos, eu acho que não podemos. — Ela considerou brevemente
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
e depois balançou a cabeça. —Não. Certamente não é possível ou não haveria
bastardos no mundo. As mulheres apenas pulariam depois de ir para a cama. . . Ela
encolheu os ombros.
Supondo que isso fosse verdade, Geordie se inclinou e a pegou nos braços.
—O que você está fazendo agora? — Ela perguntou com preocupação, quando
ele começou a atravessar a sala com ela.
—Estou levando você para a mesa. Amar você me deixou com fome, — ele
murmurou, e então parou quando chegou à mesa e percebeu que não podia colocá-la
em seu assento. Seus pés não cobertos com bandagens estariam nos juncos
então. Encolhendo os ombros, ele a colocou sobre a mesa e olhou em volta dela o que
restava na bandeja.
—M'laird, — disse ela, torcendo a parte superior do corpo para franzir o cenho
para ele. —Temos que conversar sobre os Brodies.
—Não há nada para falar, moça. Estamos casados. Brodie não pode se casar
com você, e ele não pode ter Innes.
—Papai disse a você? — Ela perguntou com surpresa.
Geordie encolheu os ombros e começou a escolher a carne, deslocando as
peças superiores que haviam secado e selecionando as peças ainda úmidas por
baixo. Por sua vez, ele ofereceu uma a ela e, quando ela aceitou, ele disse: —Seu pai
disse que Brodie está tentando forçar um casamento nos últimos dois anos.
—Nos últimos quatro anos, — disse ela sombriamente. —Desde que ele soube
que meu noivo havia morrido.
—Eu pensei que você tinha dito que seu noivo morreu sete anos atrás? — Ele
disse, virando-se para olhar para ela questionando.
—Ele morreu, — ela murmurou. —Mas Brodie não sabia com quem eu estava
comprometida e só descobriu há quatro anos que ele havia falecido. — Dwyn fez
uma careta. —No minuto em que ele soube, começou a incomodar papai para se
casar comigo. Sua própria esposa morrera no ano anterior e ele tentou convencer
papai que seria uma boa ideia unir as duas terras. Mas Brodie é um bastardo brutal
— ele bateu uma vez em sua esposa, na nossa frente, enquanto estávamos
visitando. Foi a última vez que o visitamos, —ela acrescentou sombriamente.
Quando Geordie fez uma careta à menção do abuso, ela suspirou e continuou:
—Brodie pareceu esquecer que papai disse não naquela primeira vez, mas então ele
apareceu em Innes novamente, alguns meses depois, trazendo isso à tona novamente
e depois um mês depois disso. Neste último ano, porém, ele vem aparecendo cada
vez mais frequentemente e se tornando cada vez mais determinado, até que ele
começou a aparecer todas as semanas. E então ele . . .
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Engolindo em seco, ela abaixou a cabeça novamente e admitiu: —Ele me
pegou do lado de fora andando pela praia um dia, um mês e meio atrás, e
tentou . . . forçar a questão.
Geordie ficou rígido. Ele entendeu exatamente o que ela quis dizer com forçar
a questão. Brodie tentou estuprá-la para forçar um casamento. A raiva o percorreu ao
pensar em alguém tocando sua Dwyn.
—Ele teria conseguido se Angus e Barra não estivessem lá, — ela disse
sombriamente, e explicou: —Meus cães tinham saido para o bosque atrás de um
coelho, apenas alguns minutos antes de ele chegar, mas me ouviram gritar e
voltaram. Eles lhe deram algumas boas mordidas antes que eu os detivesse. Ela
abaixou a cabeça, infeliz. —Ele estava sangrando e furioso quando subiu no cavalo e
disse que iria se casar comigo. De um jeito ou de outro, ele teria Innes e a mim e,
quando o fizesse, me faria pagar pelo que meus cães haviam feito com ele.
Balançando a cabeça, ela levantou o olhar para ele. —Ele estava
enlouquecendo, Geordie, e até espumando pela boca com isso. Ele não vai deixar
Innes, ou a oportunidade de me punir escapar tão facilmente. Quando ele souber que
estou casada, acho que ele atacará Innes. É nisso que você está entrando se quiser se
casar comigo.
Suspirando, Geordie largou a carne que ele não havia mordido nem um
pouco, e se moveu para passar entre as pernas dela e abraçá-la. Pressionando sua
cabeça no peito dele, ele beijou o cabelo dela e disse: —Dwyn . . . nós estamos
casados. Por que você acha que suas irmãs foram transferidas para outro quarto e eu
fui autorizado a ajudá-la com seu banho?
Ela se afastou bruscamente e encarou-o. —Papai sabe que estamos. . . ?
—Todos sabem, — ele assegurou. —Deveríamos nos casar no banquete planejado
para esta noite. Então você ficou doente e teve que ser adiado. Ele fez uma careta.
—Eu só concordei com o adiamento porque não tínhamos certeza de que você estaria
pronta para a cerimônia depois de estar tão doente. Mas eu sabia, quando desci
depois de acordarmos que, como dormimos o dia todo hoje, gostaríamos de ficar
bem acordados até a noite. E eu sabia que não seria capaz de resistir a você. Então, eu
disse a eles, enquanto eu estava embaixo, que eu estaria me comprometendo com
você esta noite e teríamos a cerimônia amanhã. — Ele beijou o nariz dela. —Seu pai
concordou.
—Oh, — Dwyn respirou, parecendo surpresa.
—Então, — disse Geordie agora. —Mesmo que você ainda não concorde que
estamos comprometidos, pretendo me casar amanhã novamente na frente do padre,
minha família e testemunhas.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Mas e Brodie? — Ela perguntou com uma careta.
Geordie pegou o rosto dela nas mãos e levantou-o para que seus olhares se
encontrassem. —Não tenho medo de Brodie, moça. E você também não deveria
ter. Lembre-se, você e Innes agora têm oito clãs poderosos ao seu redor. Brodie seria
um tolo em atacar.
Ele começou a abaixar a cabeça para beijá-la, mas ela o parou com uma mão
no peito.
—Acho que você pensa que vai ficar tudo bem, Geordie, mas há algo errado
com o homem. As coisas que ele estava dizendo quando me atacou . . . —Sua boca se
apertou. —Tem algo errado na cabeça dele. Ele não briga justo e vem direto para
nós.
—Moça, — ele começou suavemente, mas Dwyn balançou a cabeça.
—Não, Geordie, você precisa ouvir. Ele estava com a cabeça virada antes que
os cães o atacassem, mas certamente estará pior agora. Você precisa entender o que
Angus e Barra fizeram. Eles. . .
—Silêncio, — ele murmurou, colocando um dedo sobre sua boca. —Você me
tem agora. Tudo ficará bem. Eu prometo. —Ele selou a promessa com um beijo.
Pela primeira vez, Dwyn não respondeu imediatamente à carícia e ele quase
podia ouvir a preocupação correndo em sua cabeça. Desagradado que alguém
pudesse ficar entre eles, Geordie redobrou seus esforços para obter uma resposta
dela. Enfiando a língua em sua boca, ele encontrou os seios dela e começou a
acariciar e palmar e apertá-los.
Para seu alívio, Dwyn finalmente gemeu e começou a beijá-lo de volta. No
momento em que ela o fez, Geordie soltou um seio para colocar a mão dele entre as
pernas dela e começar a acender o fogo ali. Dwyn imediatamente ofegou em sua boca
e estendeu a mão para apertar a mão dele, apertando-a mais contra si mesma. Mas
ela interrompeu o beijo e jogou a cabeça para trás em um grito quando ele deslizou
um dedo nela.
Lembrando que ela fora violada recentemente e sem saber se aquele grito era
de prazer ou dor, Geordie franziu a testa e parou a mão para perguntar em um
rosnado preocupado: —Você está dolorida, moça?
—Não, — Dwyn gemeu, deslocando os quadris e cravando as unhas
impacientemente na mão dele. —Não pare, Geordie.
—Bom, — ele respirou aliviado, e começou a acariciá-la novamente, seus olhos
deslizando sobre seus seios redondos e os mamilos apertados apontando para ele,
quando ela se recostou em um braço, arqueando as costas para cima. Curvando-se,
ele beliscou levemente um broto doce e disse: —Porque eu tenho a intenção de tomá-
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
la como um cachorro toma sua companheira, moça. Eu quero você em suas mãos e
joelhos, comigo atrás de você, para que eu possa beliscar seu pescoço, enredar
minhas mãos em seus cabelos e. . . — Suas palavras morreram, engasgaram em sua
garganta quando a mão dela de repente soltou a dele e agarrou seu pau, para apertar
levemente.
Dwyn não o bombeou. Ele duvidava que ela soubesse fazer isso, mas ela o
apertou e rosnou: —Então faça isso, marido.
Um sorriso deslizou pelos lábios de Geordie quando ele percebeu que ela o
chamava de marido, mas então ela o apertou com mais firmeza e acrescentou:
—Estou doída e preciso de você.
—Cristo, mulher, — ele rosnou, retirando a mão dentre as pernas dela e
afastando a mão dela de sua ereção, antes de deslizar as duas mãos por trás dela e
levantá-la da mesa. —Graças a Deus eu a conheci antes de Rory ou Alick.
—Não teria importado, — assegurou Dwyn, envolvendo as pernas em torno
de seus quadris e apertando-as, até que ele estava esfregando contra ela a cada passo,
quando começou a voltar para a cama.
—Como você sabe? Você poderia ter se apaixonado por um deles —disse ele,
esperando que ela lhe assegurasse o contrário. E ela o fez.
—Não, — disse ela com firmeza. —Eu não olho e quero ver o pau deles.
Rindo através de seus lábios, Geordie caiu na cama com ela e depois levantou
a cabeça para observar seu rosto, enquanto ele entrava nela. Dwyn gemeu, o corpo
dela esticando sob o dele, a cabeça voltando-se para trás e os olhos se fechando,
apenas para abri-los novamente quando ele permaneceu plantado profundamente
dentro dela, mas não se mexendo. Quando ela ergueu os olhos questionadores, ele
sorriu e disse: —Muito estranhamente, esposa. Nem eu.
Dwyn piscou, tardando para perceber que ele estava falando sobre não querer
ver o pau dos irmãos quando os olhava, e então ela começou a rir também. Sorrindo,
Geordie começou a se mover então, seu olhar deslizando sobre sua pequena esposa
enquanto ele empurrava nela. Ela estava exatamente onde ele a queria, nua e rindo
em sua cama. Sua esposa. Droga. Tudo ia bem no mundo.
Dwyn passou uma mão levemente pelo peito de Geordie, observando seu
rosto para qualquer reação. Um suspiro deslizou das profundezas de seu corpo
quando ela não conseguiu. Ele adormecera no momento em que terminou de amá-la
pela segunda vez, depois de carregá-la da mesa para a cama. Ou fora a terceira? Ela
se perguntou sobre isso brevemente, mas não tinha certeza. Tudo o que sabia era que
ele havia caído no sono e ela estava deitada aqui, acordada e inquieta. Mas ele
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parecia cansado, ela pensou com culpa. Talvez isso exigisse mais do homem para
acasalar. Talvez ele tenha derramado toda sua energia na mulher junto com sua
semente, e era por isso que ela estava tão enérgica enquanto ele dormia como os
mortos.
Suspirando, Dwyn se afastou dele de costas e olhou brevemente para as
cortinas azul royal da cama, mas depois franziu o cenho ao perceber outra
necessidade que precisava atender. Fazendo uma careta, ela olhou para Geordie e
depois sentou-se e olhou em volta. Seu vestido amassado estava caído no chão ao
lado da banheira, assim como um de seus chinelos, mas o outro estava ao lado da
cama, ela viu. Era para o pé errado, mas . . .
Dando de ombros, ela se inclinou da cama para pegá-lo e puxou-o para o pé
esquerdo. Ela não parecia muito certa, mas era um chinelo macio, e serviria, ela
decidiu, e depois se arrastou até o fim da cama e até o canto inferior mais próximo da
porta. Uma vez lá, ela deslizou a perna para baixo e ficou cuidadosamente em pé. Ela
então pulou, fazendo uma careta com o barulho que fez. Parando, ela olhou de volta
para a cama, mas Geordie não se mexera. Soltando um suspiro aliviado, ela se virou
e deu vários saltos dessa vez, com as mãos estendidas e girando em busca de
equilíbrio. Ela pretendia dar três ou quatro saltos e parar para olhar em volta e
observar Geordie novamente, mas tinha medo de perder o equilíbrio e despencar
para a frente, acelerando o ritmo enquanto se esforçava para não cair para a
frente. Mesmo assim, ela estava a alguns centímetros do baú contra a parede da
porta, quando caiu para a frente.
Felizmente, Dwyn estava perto o suficiente para se segurar na beira do baú.
Segurando-o, seu corpo como uma tábua encostada a um muro baixo, ela olhou de
volta para a cama para ter certeza de que Geordie ainda dormia, depois se arrastou
para frente para se sentar no baú. Dwyn levou um minuto para se equilibrar, mas
finalmente se levantou e abriu o baú.
O vestido de cima era de uma cor azul royal, muito parecido com as cortinas
da cama de Geordie. Sorrindo, ela puxou-o para fora e, em seguida, pegou uma
camisa, fechou a tampa do baú e sentou-se nele para levantar o pé nu sobre o baú
com ela, para que não o colocasse acidentalmente nos juncos. Dwyn então colocou o
vestido ao lado dela e rapidamente vestiu sua camisa. Suas irmãs tinham abaixado o
decote em suas camisas para que ela pudesse usá-las sob os vestidos com os decotes
mais baixos, mas o vestido rosa era tão baixo que ela não tinha sido capaz de usar
uma camisa por baixo. Ela esperava ter melhor sorte com o azul.
Terminando a troca, ela sacudiu o vestido na frente dela, depois encontrou as
costas e começou a arrastá-lo sobre a cabeça. Normalmente, ela teria entrado nele,
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mas não ia tentar isso com um pé só. Puxando-o no lugar para que ele se reunisse em
cima do baú atrás dela e caísse para cobrir as pernas na frente, ela rapidamente fez o
laço e depois olhou para si mesma. Uma linha fina de sua camisa aparecia, mas ela a
empurrou para baixo do decote do vestido, depois ficou de pé e olhou para baixo
novamente.
—Bom o suficiente, — Dwyn murmurou, e então percebeu que tinha falado
em voz alta e olhou para a cama. Geordie não tinha se mexido.
Relaxando, ela pulou o pequeno espaço para a porta, uma mão contra a
parede para se equilibrar enquanto caminhava, e então a abriu e pulou para
fora. Para seu alívio, o salão estava vazio. Ela podia ouvir conversas e risadas abaixo
das escadas e supunha que todos ainda estavam sentados às mesas. Isso a fez pensar
que horas seriam, mas era difícil dizer. Ela nem sabia que horas eram quando
acordou pela primeira vez e se viu totalmente vestida, nos braços de Geordie. Se
tivesse que adivinhar, teria dito que achava que era do meio para o fim da tarde. O
sol ainda estava alto e brilhava naquela ocasião, e ainda estava alto agora. Não
totalmente, entretanto; embora houvesse luz suficiente, entrando pela janela, para ver
ao redor da sala, era a luz mais fraca de um sol poente. Então, ela supôs que
provavelmente era hora do jantar, ou logo depois.
Sabendo que era o mais próximo que ela conseguiria descobrir por conta
própria, ela se virou e pulou no corredor até o garderobe, usando uma mão na parede
para se equilibrar enquanto caminhava. Para seu grande alívio, ela chegou lá sem
encontrar ninguém ou cair, e depois pulou para dentro para cuidar de seus
assuntos. Ela voltou e parou junto à porta para examinar cuidadosamente o chão,
para ter certeza de que não havia nada que pudesse cortar seu chinelo ou machucá-la
quando ouviu um movimento à sua frente. Erguendo a cabeça, ela viu o irmão de
Geordie, Aulay, quando ele também a viu.
—Dwyn, — disse ele bruscamente, e se moveu rapidamente em sua direção,
uma carranca torcendo sua cicatriz, de modo que ele parecia bastante feroz. —O que
você está fazendo aqui sozinha, moça?
—Eu tive que usar o garderobe, — disse ela com uma exasperação que era tanto
para si mesma, pelo súbito medo que o rosto zangado lhe causava, como para ele por
estar zangado com ela.
—Seu pé não está enfaixado, — ressaltou em um rosnado.
—Não, mas eu. . .
—E onde diabos está Geordie? — Aulay rosnou de aborrecimento,
levantando-a do chão sem aviso prévio.
—Ele está dormindo, mas. . .
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—Dormindo! — Ele rosnou. —Bem, eu vou acordá-lo e. . .
—Você não vai! — Ela retrucou, e quando ele parou de andar para olhá-la com
espanto, ela alertou: —Milaird, pare de grunhir e rosnar para mim como um cão cruel
e comece a ouvir, ou farei o que faço com meus Angus e Barra, e colocarei você de
lado com meus dentes em sua garganta.
—Agora, eu gostaria de ver isso.
Dwyn olhou para o corredor, para aquelas palavras divertidas e corou,
enquanto observava Jetta caminhar em direção a eles vinda da escada. Suspirando,
ela balançou a cabeça. —Sinto muito. Eu não deveria ter me irritado dessa maneira,
— disse ela aos dois, e depois se virou para olhar Aulay e acrescentou: — Mas você
não deveria ficar com raiva de Geordie. Eu não o acordei. Se eu tivesse, sem dúvida,
ele me enfaixaria e me carregaria até o garderobe. E não quero que você o acorde
agora, porque eu esperava falar com você e meu pai, de qualquer maneira, juntos, e
sem ele lá. Eu suspeito que ele iria interferir se estivesse acordado.
—Ah, — disse Jetta com compreensão e depois olhou para o marido. —Devo
ir buscar o pai dela?
Aulay ficou em silêncio por um minuto e depois soltou o ar e relaxou. —
Sim. E Rory também, por favor, esposa. Envie-os para meu escritório. Vou levar
Dwyn para lá. Rory pode enfaixar seu pé antes de conversarmos.
Jetta concordou e, em seguida, ofereceu um sorriso tranquilizador, antes de se
apressar para as escadas.
—Quem são Angus e Barra?
Dwyn desviou o olhar da mulher que partia e encontrou o olhar curioso de
Aulay. Fazendo uma careta então, ela admitiu: —Meus cachorros. Eles são animais
enormes. Mistura de Deerhound e Boarhound.
Suas sobrancelhas se ergueram com isso, e então ele começou a andar e
perguntou com diversão: —Você realmente os coloca de lado e morde o pescoço?
—Sim, — ela admitiu, e depois explicou: —Eles não gostavam de obedecer muito
quando eram jovens, pelo menos não a mim. Mas eles sempre obedeciam à mãe, e ela
costumava agarrá-los pela garganta e forçá-los ao chão quando se comportavam
mal. Eu sabia que eles seriam cachorros grandes, e era melhor eu acostumá-los a me
ouvir, enquanto ainda pequenos o suficiente para lidar com eles, então um dia em
que Angus estava sendo difícil, agarrei suas pernas e as joguei para baixo, ele caiu de
lado e depois me inclinei sobre ele e mordi seu pescoço. Não com força, —
acrescentou Dwyn rapidamente, para que Aulay não pensasse que ela era má. —Eu
apenas fechei meus dentes com firmeza, então ele sabia que eles estavam lá. Ele
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parou de se mover de imediato, mas eu esperei até que ele relaxasse e se submetesse,
como fazia com sua mãe, e então o soltei.
—E funcionou? — Ele perguntou com interesse.
—Oh, sim, — ela assegurou. —Surpreendentemente bem. Ele começou a me
obedecer imediatamente como a sua mãe. Então, eu fiz isso com Barra na próxima
vez em que ele não me ouviu e os dois se tornaram cães muito bons. — Dwyn fez
uma breve pausa e depois admitiu:— Eu tenho que puxá-los para o chão e morder o
pescoço novamente, nas ocasiões em que ficam indecisos. Mas isso é apenas uma vez
a cada seis meses mais ou menos. Graças a Deus, — ela acrescentou com um sorriso
irônico. —Porque cada um deles pesa mais do que eu e, quando os alongo,
provavelmente são mais altos que eu também. Mas na maioria são filhotes muito
obedientes.
—Filhotes? — Ele perguntou duvidosamente.
—Eles não têm três anos ainda, — disse ela.
—Hmm, — Aulay murmurou, e depois perguntou: —E foi assim que você
trouxe Geordie nos calcanhares?
—Não, claro que não! Eu. . . — Dwyn parou abruptamente quando viu o
brilho nos olhos dele. Estalando a língua, ela disse: —Você estava brincando.
—Sim, — ele disse gentilmente. —E eu não acho que você teria tentado
comigo também.
—Não, — ela admitiu. —Mas provou ser uma ameaça muito eficaz para
Aileen e Una. Eu apenas usei isso com você por hábito.
—Certamente suas irmãs não acreditam realmente que você faria isso com
elas, não é? — perguntou Aulay, incrédulo, parando em frente à porta de seu
escritório.
—Eu não acho que elas tenham certeza se eu faria ou não, — admitiu Dwyn,
estendendo a mão para abrir a porta para ele. Quando olhou para trás para ver a
expressão duvidosa dele, ela sorriu levemente e disse: —Você entenderia se visse o
tamanho dos dentes de Angus e Barra. Minhas irmãs não podem acreditar que me
coloco tão perto de suas bocas, sem medo, por isso não têm certeza do que mais eu
poderia fazer.
Aulay riu com isso e a levou para o escritório.
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Capítulo 11
Geordie agitou-se sonolento e virou de lado para envolver seu braço em torno
de Dwyn, mas piscou abrindo os olhos quando encontrou apenas a cama
vazia. Franzindo a testa, ele rolou de costas e olhou para o outro lado da cama, mas
ela também não estava lá. Essa percepção o fez se erguer para examinar rapidamente
a sala. Dwyn não estava lá.
O pânico o apertou de uma só vez. Embora Catriona e Sasha tivessem sido
mandadas embora, e todos esperassem que isso acabasse com os ataques a Dwyn,
eles não podiam ter certeza, pois não tinham provas de que as duas mulheres
estavam por trás dos vidros quebrados e do veneno. Aulay se ofereceu para colocar
guardas para Dwyn pelo resto de sua estadia lá, mas Geordie assegurou-lhe que isso
não seria necessário. Ele ficaria ao lado dela todos os momentos do dia, enquanto ela
estivesse aqui, e mesmo depois, uma vez que partissem para Innes. Em vez disso, ali
estava, nem mesmo vinte e quatro horas depois, e ele já a havia perdido.
Praguejando baixinho, Geordie saiu da cama e correu para o
corredor. Quando Aulay rugiu seu nome, ele olhou por cima do ombro, a boca aberta
para explicar que havia perdido Dwyn, mas virou-se para eles quando a viu nos
braços de seu irmão. O pai dela estava atrás e ao lado deles, ele viu, olhando-o com
as sobrancelhas levantadas.
Ignorando os dois homens, Geordie suspirou aliviado e correu na direção
deles, perguntando: —O que você está fazendo acordada, moça? Por que você não
me acordou?
—Talvez ela tenha se assustado com esse monstro entre suas pernas, irmão, —
disse Aulay secamente, e acrescentou com exasperação: —Você não poderia pelo
menos ter agarrado seu plaid no caminho para a porta?
Geordie também ignorou isso. Ele tinha olhos apenas para Dwyn, que estava
encarando sua ereção com uma preocupação que ele não entendeu, até que ela
perguntou preocupada: —Você se machucou, marido? Há sangue no seu pênis.
Geordie olhou para o sangue seco em seu pênis e quase riu alto. Era o sangue
dela, da violação e, embora ele esperasse que fosse removido na segunda, terceira ou
quarta vez que a amasse, aparentemente apenas se misturou com suas secreções e
secou nele, novamente, depois cada uso. Ou talvez ela tenha continuado a sangrar
após a violação, ele pensou com uma careta. Era possível. Ela havia assegurado a ele
que não estava sentindo dor, mas talvez eles não devessem ter estado tão
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entusiasmados e vigorosos após a violação. O pensamento fez sua ereção começar a
diminuir.
—Geordie? — Dwyn perguntou, real preocupação em sua voz agora.
Suspirando, ele levantou a cabeça e ofereceu um sorriso tranquilizador,
quando a pegou de seu irmão. —Não. Eu não estou machucado. O sangue é seu,
moça. A prova de sua inocência.
—Oh. — Ela corou um pouco com isso, mas depois revirou os olhos. Seja por
exasperação consigo mesma por não ter percebido a fonte do sangue por conta
própria, ou por causa da pitada de vergonha que agora estava sentindo quando seu
pai e Aulay viram a prova de que ele a violara, Geordie não sabia. Ele apenas a
apertou carinhosamente e beijou o nariz dela, antes de exigir com firmeza: —Agora,
o que você estava fazendo aqui? E por que você não me acordou antes de sair do
quarto?
—Eu tive que ir ao garderobe e você estava dormindo tão profundamente que
não quis incomodá-lo, — disse Dwyn em voz baixa.
—O garderobe é do outro lado, — ressaltou secamente.
—Eu a vi saindo do garderobe, percebi que ela estava pulando sem o pé
enfaixado e Rory veio até meu escritório para enfaixá-la, — disse Aulay antes que ela
pudesse responder. Quando Geordie olhou para ele, ele acrescentou: —E então o pai
dela e eu a repreendemos sobre sair do quarto novamente, sem que alguém a
acompanhasse, até termos certeza de que os ataques a ela tivessem acabado. Ela não
estará pulando por aí sem você, novamente. Não é, Dwyn? —ele acrescentou com
severidade.
Dwyn não parecia nem um pouco chateada com a repreensão de seu irmão,
observou Geordie. De fato, ela parecia mais divertida do que qualquer coisa, embora
prometesse: —Não vou pular sozinha por aí.
—Bem, então, — disse Laird Innes de modo vivo. —Agora que está tudo
resolvido, acho que devemos deixar esses dois para . . . er . . . Bom sono, — ele disse
abruptamente e virou-se para a escada.
Quando Geordie ergueu as sobrancelhas diante do comportamento estranho
do homem, Aulay disse secamente: —Acredito que Laird Innes fica um pouco
desconfortável com o marido de sua filha balançando sua masculinidade com tanta
ousadia. Especialmente com o sangue da filha dele. Falando nisso, o jantar já
terminou há um tempo, e as mulheres logo estarão se retirando. Você pode levar isso.
. . — ele acenou com a cabeça em direção à virilha de Geordie — e sua esposa de
volta ao seu quarto antes de escandalizar as moças.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Grunhindo com a sugestão, Geordie se virou e levou Dwyn de volta pelo
corredor em direção a seu quarto.
—Bom sono, — Aulay os chamou com diversão.
—Sim, — Geordie respondeu. —Bom sono para você também.
—Não quero dormir esta noite, Milaird — disse Dwyn se desculpando,
enquanto a carregava de volta pela porta que deixara aberta.
—Não, — ele concordou ironicamente, chutando a porta fechada. —Depois de
dormir o dia inteiro, e depois da soneca que tirei depois levar você para a cama,
provavelmente também não vou dormir esta noite.
—Foi uma hora pelo menos. Talvez duas, —ela corrigiu.
—O que foi? — Geordie perguntou confuso.
—Sua soneca depois de me levar para a cama, — explicou ela.
—Aulay e seu pai estavam lhe dando uma repreensão por duas horas? — Ele
perguntou com as sobrancelhas levantadas.
—Bem, eu não saí do quarto imediatamente, e eu tive que me vestir primeiro,
e depois pular lá e então Rory me enfaixou novamente. . . Ela encolheu os ombros.
—Mas tenho certeza que você dormiu por umas duas horas, pelo menos.
Geordie gemeu com a notícia e sentou-se no final da cama com ela no colo.
—Eu definitivamente não vou dormir esta noite, então.
—Não, — concordou Dwyn, e disse se desculpando: —E temo que esteja com
fome e sede.
—Eu também, — disse ele, seu olhar caindo para os seios dela.
Dwyn riu da expressão dele e se inclinou para beijá-lo levemente na bochecha,
mas disse: —Por comida, Milaird. Ficarei mais do que satisfeita em abordar a outra
fome depois disso, mas primeiro devo comer. E temo que se não descermos logo, não
iremos comer. Quando todo mundo se deitar para passar a noite, não poderemos
chegar às cozinhas, — ela apontou solenemente.
Geordie franziu o cenho com a observação, sabendo que ela estava certa. Uma
vez que o castelo se organizasse para a noite, eles ficariam presos acima das escadas,
incapazes de buscar mais comida ou bebida depois, se desejassem. Considerando o
apetite de sua nova esposa para amar, ele suspeitava que ele desejaria comida pelo
menos duas vezes esta noite para manter sua força, e ele definitivamente teria que
reabastecer seus fluidos muitas vezes também. Permanecer no quarto não parecia
muito atraente, com essas preocupações em sua mente.
Levantando-se abruptamente, Geordie se virou e a colocou na cama e depois
se moveu para recolher a camisa do chão ao lado da banheira. Enquanto a vestia, ele
perguntou: —Gostaria de ver a cachoeira que mencionei?
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Poderíamos? — Dwyn perguntou com animado interesse.
—Sim. Foi lua cheia ontem à noite, então ainda estará quase cheia esta noite e
andar a cavalo não deve ser um problema, —pensou Geordie em voz alta, enquanto
pregueava seu plaid. —Nós poderíamos descer agora, antes que todos se retirem,
pegar alguma comida das cozinhas e um odre de vinho e levá-los conosco para
comer na cachoeira, — sugeriu.
—Isso parece adorável, — ela respirou, e depois franziu a testa. — Mas não é
mais provável que possamos voltar para o nosso quarto, uma vez que todos tenham
se retirado, do que para ir para a cozinha.
—Sim, mas sempre poderíamos tirar uma soneca no pomar, se cansarmos
antes que todo mundo suba, — sugeriu. —Dessa forma, não ficaríamos presos aqui
sem comida ou bebida, pelo menos.
—Sim, — ela decidiu. —Eu gostaria disso, Milaird.
Sorrindo, Geordie vestiu seu plaid e depois se moveu para pegar sua sgian-
dubh, um de seus punhais e sua espada. Depois de deslizar cada arma pelo cinto, ele
se virou para caminhar para ela. Seus passos diminuíram quando ele notou onde o
olhar dela tinha se fixado, e ele olhou para baixo para ver que, embora a ereção com a
qual acordara havia murchado enquanto estavam no corredor, estava de volta e
cutucando sua manta novamente.
—Estou ansioso para fazer amor com você nas cachoeiras, — ele confessou
ironicamente, pegando-a. —E no prado, onde colhemos as flores silvestres, e debaixo
da nossa árvore no pomar.
—Debaixo da nossa árvore no pomar. Dwyn suspirou as palavras e se aninhou
contra seu peito, mas depois levantou a cabeça e perguntou: —Você acha que
poderíamos tentar na árvore?
—Não, se você quiser sobreviver, — disse Geordie secamente, e depois
balançou a cabeça quando ela pareceu desapontada. No entanto, dirigindo-se para a
porta, ele murmurou pensativo: —Talvez possamos, se eu pensar em alguma
maneira de nos amarrar à árvore, para que, se cairmos, não caíssemos longe.
Quando Dwyn sorriu largamente para ele e beijou seu queixo, Geordie
balançou a cabeça com diversão. Ele gostava de fazer Dwyn sorrir. Ele descobriria
alguma coisa. Ele gostava da ideia de amá-la na árvore. A imagem do corpo dela
deitada sobre o galho, os seios à mostra enquanto ela o montava no galho deles, era
uma imagem marcada em sua mente. Ele gostaria de vê-la assim novamente, mas
com as saias em volta da cintura e ele dentro dela. Sim, ele pensaria em algo. Mas
primeiro ele queria levá-la ao lago e fazer amor com ela embaixo da
cachoeira. Geordie suspeitava que, por mais sensível que Dwyn fosse ao toque, ela
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
enlouqueceria com ele dentro dela e a água derramando sobre seus corpos. Essa foi
outra imagem marcada em seu cérebro, embora apenas uma imaginada. Dwyn, na
pequena saliência que ele mencionou, a cabeça encostada na parede, mantendo o
rosto fora da água, as costas arqueadas, os seios erguidos e os mamilos eretos,
enquanto a água caía sobre eles, enquanto ele ficava entre as pernas dela, com o pênis
enterrado em seu calor adorável. Sim. Ele definitivamente queria ir primeiro à
cachoeira.
—Eu amo este lugar, — Dwyn suspirou quando Geordie controlou sua
montaria em uma pequena clareira ao lado do lago. O olhar dela deslizou sobre as
cataratas, derramando-se sobre o penhasco, a água prateada pela luz da lua ao cair
neste extremo do lago, e ela teve um pequeno arrepio de prazer.
—Achei que você gostaria, — disse Geordie, e o braço em volta da cintura dela
apertou suavemente. —Esse é o meu lugar favorito aqui em Buchanan.
—Então você deve gostar de Innes, Milaird. Alguns dias o mar é tão selvagem
e poderoso como aquelas quedas, e outros tão gentil quanto um cordeiro, mas
sempre é bonito.
Ela o sentiu dar um beijo no lado de sua cabeça, e então ele a levantou no colo
e se virou, inclinando-se para colocá-la no chão.
—Um pé,— ele a lembrou, e Dwyn levantou o pé ainda enfaixado antes que o
pé calçado tocasse a terra. Grunhindo de satisfação, ele sugeriu: —Segure-se na
montaria para manter seu equilíbrio até que eu possa levá-la até a beira da água.
Dwyn trocou a sacola de comida e bebida que ela segurava para a mão direita
e segurou a sela com a esquerda, enquanto ele desmontava e se movia para a frente
do cavalo para amarrar as rédeas a um galho, embaixo da árvore em que ele havia
parado. Seu olhar se moveu ansiosamente por essa pequena clareira, enquanto ela
esperava. Dwyn não podia acreditar que tinha tanta sorte. Na viagem para
Buchanan, ela tinha sido positiva, a viagem era um esforço desperdiçado e nunca
chamaria a atenção de um dos irmãos Buchanan. No entanto, aqui estava ela, casada
com Geordie, experimentando uma paixão que nunca imaginara e tendo aventuras
noturnas nos lugares mais bonitos.
A única coisa que poderia melhorar as coisas era se ele a amasse, mas Dwyn
era sensata demais para se preocupar com isso. O amor era raro em um casamento, e
ela já tinha muita coisa. Geordie parecia gostar bastante dela e apreciar sua
companhia . . . e ele a queria. Ela não tinha dúvida disso. Era óbvio pela maneira
como ele não resistia em tocá-la ou beijá-la quando estava perto, em sua paixão
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
quando a amava e até na maneira como seus olhos ardiam quando a olhava. Sim, ele
a queria, e isso era milagroso o suficiente por enquanto.
Dwyn esperava que, eventualmente, sentimentos mais delicados crescessem
entre eles. Ela tinha certeza de que suas próprias emoções já estavam indo nessa
direção. Às vezes, apenas olhar para Geordie poderia causar uma pequena dor no
peito, que ela tinha certeza de que era amor. Ela não esperava que ele retornasse os
sentimentos por completo, mas esperava que ele fosse cuidar dela como mais do que
um parceiro de cama, algum dia.
Sendo esse o caso, agora eles só tinham que lidar com Laird Brodie. Dwyn
franziu a testa e afastou o pensamento rapidamente, não querendo estragar um
momento de alegria que encontrara.
—Vou arrumar a manta para nós, — anunciou Geordie, contornando a frente
do cavalo com a manta que eles recolheram no pomar. Eles a tinham deixado lá
quando ele a carregou para dentro da fortaleza, depois de ‘prová-la’ lá no dia
anterior. Lembrando disso, ele correu de volta para pegá-la, depois de colocá-la em
sua montaria. —Você está bem em ficar aqui mais alguns minutos?
—Sim, — ela assegurou. Estou bem, Milaird. Eu posso esperar.
Ela assentiu e depois se inclinou para pressionar, o que ela tinha certeza de
que ele pretendia ser um beijo rápido em seus lábios, mas no momento em que seus
lábios tocaram os dela, ela se abriu para ele, e o beijo rápido se transformou em um
abraço apaixonado que a deixou sem fôlego e ofegante, quando ele relutantemente o
interrompeu e descansou a testa na dela.
—Diabos, — ele respirou de repente, se afastando para olhá-la. —Eu nunca
tenho o suficiente. Toda vez que a toco, só quero . . .
Sua expressão desamparada fez Dwyn sorrir e ela admitiu: —Eu também,
Milaird. — E então, sorrindo, ela acrescentou: —Talvez seja uma aflição e passará.
—Sim. — Geordie levantou sua bunda, por cima das saias e a levantou do
chão para moer os quadris dele nos dela. —Estou pensando que em quarenta ou
cinquenta anos isso passará.
Dwyn gemeu quando ele se pressionou contra ela. —Por favor,
Milaird. Arrume a manta para que possamos fazer algo sobre essa necessidade que
você causa em mim.
—Assim como eu temia, não se casou nem há um dia e você já é uma esposa
irritante, — acusou ele em tom de provocação, enquanto a colocava no chão.
—Exigente também, — ela assegurou, estendendo a mão para encontrar sua
dureza e apertou.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Um minuto, — prometeu Geordie, beijando a ponta do nariz dela antes que
ele se virasse e se afastasse.
Dwyn observou-o caminhar até a beira da água. Ele estava quase estendendo a
manta quando ela ouviu um som atrás dela. Antes que ela pudesse se virar para
encontrar a origem, uma mão bateu em sua boca e um braço estava em volta de sua
cintura, arrastando-a para trás na floresta escura.
Geordie sacudiu a manta dobrada para estender na grama, e, em seguida,
tomou seu tempo para passar por cada canto e dar-lhe um puxão para endireitá-la no
chão, enquanto considerava o que fazer primeiro. Ele queria fazer amor com Dwyn
na cachoeira, e planejara colocá-la aqui por tempo suficiente para tirar suas roupas e
curativos, assim como suas próprias roupas, e depois carregá-la na água. Mas o beijo
que ele acabara de compartilhar com ela aqueceu seu sangue tão rapidamente que ele
temeu que eles acabassem acasalando aqui na manta primeiro.
—Bem, que assim seja, — Geordie murmurou para si mesmo. Com o apetite
que a esposa tinha e o que ele tinha por ela, eles poderiam começar por aqui, seguir
para a cachoeira depois de descansarem e depois seguir para o prado, onde as damas
haviam colhido suas flores. Ele também tinha imaginações muito quentes de amar
Dwyn, e eles poderiam terminar a noite sob sua árvore, talvez até na árvore, se ele
tivesse uma maneira de impedir que caíssem, pensou ironicamente, e voltou-se para
retornar para onde deixou Dwyn. Só que ela não estava lá.
Os pés de Geordie fizeram uma pausa e ele piscou no local onde a havia
deixado . . . ao lado do cavalo, que também não estava lá.
—Que diabos? — Ele murmurou com perplexidade. Embora Geordie soubesse
que o barulho das cataratas teria impedido que ele ouvisse o cavalo partir, Dwyn não
teria fugido com o animal sem ele. Onde diabos eles estavam, ele se perguntou, e
então viu algo no chão onde havia deixado o cavalo. Apressando-se, ele se agachou e
pegou o item, seu coração palpitando quando o girou na mão e percebeu que era o
chinelo de Dwyn.
Seus olhos procuraram a floresta escura, enquanto ele se endireitava, e então
ele retirou a espada e começou a avançar. Seu ritmo era cauteloso, até que ele ouviu
um grito masculino seguido rapidamente por Dwyn gritando seu nome, então ele
começou a correr.
— Cale a boca, vadia!
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Dwyn grunhiu quando foi atingida no rosto com força suficiente para fazê-la
cair no chão da floresta.
—E que diabos há com você, Coll? Gritando assim. Você vai nos
denunciar. Devemos ficar quietos, lembra?
—Ela agarrou minhas bolas e torceu.
Dwyn ergueu o rosto do chão e olhou em volta enquanto cuspia a sujeira que
entrara em sua boca quando caíra. O homem que a arrastou para a floresta deveria
ser o que estava atualmente curvado, com as duas mãos cobrindo a virilha, ela
decidiu. O que significava que o homem de pé fora quem a atingira e começou a
gritar. E ele estava reclamando sobre o outro não ficar quieto? Ela bufou com isso, e
depois parou, seus olhos estreitando-se cautelosamente quando o homem de pé se
virou para ela.
—Você não ficará tão satisfeita consigo mesma quando voltarmos para o nosso
acampamento, mocinha — ele rosnou, pisoteando em sua direção.
Dwyn tentou se levantar e escapar, mas nem ficou em pé antes dele agarrá-la
por um punhado de cabelos e puxá-la para encará-lo. Puxando-a tão perto que ela
podia sentir o hálito dele, ele rosnou: —Há uma boa chance de que todos os homens
se voltem para tomá-la quando voltarmos ao acampamento, moça, e eu estou
pensando que Coll não vai querer mostrar a você tanto cuidado quanto lhe mostrou,
agora que sabemos como é uma moça desagradável. Então, a menos que você queira
que eu me comporte da mesma maneira, sugiro. . .
Ele parou abruptamente, com a cabeça girando para o lado.
Só então Dwyn ouviu os sons de alguém correndo na floresta em direção a
eles. Geordie a ouviu gritar, pensou aliviada, e começou a lutar enquanto o homem
que a segurava pelos cabelos tentava arrastá-la na frente dele. Desesperada para
fugir, ela tentou se abaixar e agarrá-lo como ao outro homem, mas este estava pronto
para esse truque e agarrou a mão dela com a mão livre, então ela lhe deu uma
joelhada na virilha. Quando seu aperto diminuiu, Dwyn se jogou para o lado. Ela já
estava despencando antes de cair no chão, desesperada por colocar a maior distância
possível entre eles, para evitar ser usada contra Geordie. Mas Dwyn não se movera
muito quando ouviu o anel das espadas colidindo.
Olhando por cima do ombro, viu Geordie lutando contra o homem que
acabara de derrubar. Levou pouco mais de três golpes de sua espada antes que ele
derrubasse o homem. Foi só quando Geordie começou a se virar que ela percebeu
que ele não sabia que havia um segundo homem. Ela e o vilão que ele acabara de
matar deviam ter bloqueado o segundo, ela pensou, e gritou um aviso, mesmo
quando uma espada explodiu repentinamente na frente de seu peito.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Ela assistiu horrorizada quando Geordie abaixou a cabeça para espiar em
choque quando a lâmina deslizou por trás, como tinha vindo, até desaparecer em seu
peito. Dwyn esperava que Geordie caísse no chão então, como o primeiro vilão havia
feito quando ele lhe deu um golpe semelhante, embora tivesse sido um pouco mais
alto nele. Mas Geordie não caiu. Em vez disso, ele se levantou com um rugido, sua
espada subindo e balançando.
A julgar pelos olhos arregalados e pela boca aberta do homem, ele não
esperava, mais do que ela, essa resposta de Geordie, Dwyn pensou sombriamente,
enquanto observava a cabeça dele cair do pescoço e tombar no chão, enquanto seu
corpo despencava. Só então Geordie caiu, ajoelhando-se e depois caindo no chão da
floresta.
Gritando, Dwyn se arrastou rapidamente para o lado dele. O olhar dela
deslizou sobre as costas dele, mas enquanto seus olhos haviam se adaptado
rapidamente à floresta escura, onde a luz da lua não chegava, tudo que ela podia ver
eram formas escuras. Ela podia sentir o sangue encharcando seu plaid quando
colocou a mão nele, e rapidamente pegou a barra da saia. Ela tentou rasgá-la, mas o
material era grosso demais para isso, e ela teve que procurar em Geordie a adaga que
o vira deslizar no cinto voltando ao quarto. Arrastando-a, Dwyn usou isso para
cortar uma tira da saia. Ela então enrolou e pressionou contra o centro da mancha de
sangue que se espalhava, antes de cortar a saia novamente para obter outra faixa do
material. Dwyn colocou isso sobre a bola de pano que ela colocara sobre a ferida, em
seguida, enfiou cada ponta debaixo dos braços antes de rolá-lo de costas. Ela cortou
uma terceira tira de seu vestido para enrolar e pressionar o centro da mancha de
sangue, na frente do peito dele, quando a encontrou com os dedos. Dwyn então
pegou as duas extremidades do tecido que ela enfiara debaixo dos braços e as juntou,
para amarrá-las sobre o tecido. Ela puxou as duas pontas o mais apertado que pôde,
colocando todo o corpo por trás do esforço, o alívio deslizando através dela quando o
ouviu grunhir de dor.
A dor era boa, significava que ele vivia, pensou Dwyn quando ela terminou de
amarrar o tecido e se inclinou sobre seu rosto. Batendo levemente em sua bochecha,
ela disse: —Geordie? Você está acordado, marido?
—Sim, — ele gemeu.
—Graças a Deus, — ela respirou, e então ordenou: —Continue assim!
—Bom, não é provável que durma com você berrando comigo assim, — disse
ele, sua voz fraca, mas com um toque de humor.
—Que bom, porque você vai se casar comigo da maneira boa e apropriada na
frente de um padre, Geordie Buchanan. Então nem pense em morrer comigo, — ela
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rosnou, e então olhou em volta ansiosamente, tentando pensar no que fazer. Ela
precisava levá-lo de volta para a clareira e a seu cavalo. —Você pode se levantar,
você acha? — Dwyn voltou-se para ele para perguntar.
Ele levantou a cabeça e girou as mãos para os lados para ajudar a se levantar,
mas depois caiu de volta no chão com um suspiro. —Desculpe moça. Eu não acho. . .
—Tudo bem, — disse Dwyn imediatamente. —Não desperdice suas forças
falando. — Ela olhou através das árvores, tentando avaliar o quão longe ela fora
arrastada. Voltando-se para Geordie, ela se inclinou para pressionar um beijo rápido
em sua boca, depois se levantou, murmurando: —Volto já. Não morra em mim.
—Esposa, espere, — ele ofegou, mas ela o ignorou e começou a correr. A
clareira não estava longe, talvez seis metros, mas quando ela não viu o cavalo de
Geordie, Dwyn a princípio pensou que ela de alguma forma se virara e saira no lugar
errado. Mas então ela viu a manta se espalhar sob a luz da lua e amaldiçoou. Este era
o lugar certo. O cavalo de Geordie acabara de partir.
Dwyn ficou parada por um segundo, com o coração batendo forte e o cérebro
se contorcendo tentando descobrir o que fazer. Ela tinha que pedir ajuda para
Geordie, e rapidamente, ou poderia perdê-lo. Seu cavalo tinha sido sua melhor
aposta. Ela não tinha pensado no futuro, para descobrir como montá-lo quando ele
não conseguia se levantar, mas ela teria descoberto alguma coisa. Infelizmente, não
havia cavalo para levá-lo.
—Oh Deus, oh Deus, oh Deus, — Dwyn respirou, girando em um círculo. Ela
podia perdê-lo. Ela não podia perdê-lo. Ela o amava.
O pensamento fez Dwyn congelar brevemente. Amor? Já? Ela queria zombar
do pensamento, mas tinha muito medo de já amar Geordie Buchanan. O homem era
justamente . . . Ele a fez se sentir viva. Durante anos, ela sentiu como se estivesse
desaparecendo, tornando-se apenas mais uma peça de mobiliário em Innes. Isso
vinha acontecendo nos últimos sete anos, na verdade, desde o dia em que ela soube
que seu noivo havia morrido. Ela nunca conheceu o homem que seria seu marido,
então não lamentou sua morte pelo homem que era. Em vez disso, ela sentiu apenas
pânico e medo.
Quando eles receberam a mensagem, com a notícia de sua morte, Dwyn se
virou para o pai, consternada, e perguntou o que eles fariam agora. Sua resposta foi
“não se preocupe, tudo vai dar certo,”— e ela sabia então que ele provavelmente não
tentaria encontrar um marido substituto para ela. Seu pai estava muito à vontade
com as coisas. Ele estava muito feliz em tê-la para cuidar dele e lidar com seu povo. E
ela sabia que viveria seus dias em Innes, sozinha, sem o marido e os filhos que
sonhava em ter um dia.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Dwyn estava certa de que, se não fosse por Geordie, ela teria morrido como
uma solitária governanta, administrando a casa e o povo de seu pai. Ou talvez
vivendo seus dias finais na caridade oferecida a ela por suas irmãs, dependendo do
que havia sido feito com Innes se o pai dela morresse primeiro.
Quando a primeira carta chegou de Buchanan, em sua cabeça ela já era uma
velha governanta enrugada. Quase. Mas aquela primeira carta despertou esperança
em seu coração. No entanto, seu pai não demonstrou muito interesse nisso. Na
verdade, ele jogou fora a primeira fora. Foi Dwyn quem a pegou do chão onde ele a
jogou, depois de amassá-la. E foi Dwyn quem respondeu à mensagem em nome do
pai. Ela continuou a responder a cada mensagem sucessiva de Jetta Buchanan,
dizendo a si mesma que era uma pequena fantasia para passar seus dias sombrios,
para que ela não tivesse muitas esperanças porque sabia que seu pai não concordaria
com nada. Isso poderia impedi-la de cuidar dele. Mas então a mensagem com os
termos de Buchanan chegou. Dwyn começou a tremer ao ler que, se um irmão a
escolhesse como esposa, Laird Innes tinha que concordar e assinar o contrato de
casamento em que o irmão Buchanan se tornaria o herdeiro de Innes e o próximo
chefe do clã.
A esperança surgiu em Dwyn, um fogo brilhante no peito. Ela sabia que seu
pai gostaria disso. Isso não apenas a afastaria dele, mas também acrescentaria alguém
para assumir mais de suas responsabilidades, liberando-o para perseguir seus
próprios interesses. Ela tinha certeza de que o atrairia, e ela estava certa. A próxima
coisa que ela soube foi que ele estava respondendo que eles iriam para Buchanan
para que os filhos pudessem conhecer sua filha.
Dwyn estava na lua . . . até suas irmãs decidirem ajudar. Ela sabia que elas
realmente queriam ajudar, que elas queriam que ela se casasse e se estabelecesse
como elas iriam estar com seus futuros maridos, ainda vivos. Elas não tentaram fazê-
la se sentir inferior. Mas, no final, foi isso que a ajuda delas fez. A determinação delas
em abaixar os decotes de seus vestidos para destacar seus seios grandes, que eram
sua melhor característica, lembrava que ela não fora agraciada com a beleza que
tinham, mas era plana e desinteressante. A insistência delas em baixar o decote
daqueles mesmos vestidos, até que estivessem tão apertados que ela mal conseguia
respirar e pareceria mais magra, acabara de lembrá-la de que não tinha pernas
longas e esbeltas como as irmãs. E as lições que elas insistiram em dar-lhe de como
ser interessante, e não uma leitora de livros, a lembraram de que ela era uma
pequena cambaxirra maçante, que provavelmente não atrairia um marido.
No momento em que partiram para Buchanan, Dwyn se arrependia de ter
respondido à primeira carta de Lady Jetta, e com certeza a viagem seria uma terrível
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perda de tempo. As coisas não haviam melhorado quando ela chegou e Lady
Catriona e Lady Sasha começaram a provocá-la, reforçando o que suas irmãs fizeram
sem querer. Ela era simples, chata e gorda, e nenhum dos Buchanans se interessaria
por ela, disseram elas, e depois começaram a chamá-la de cara de cavalo e a
relinchar, e achou que a viagem não seria apenas um desperdício de tempo, mas
provavelmente o tempo mais miserável de sua vida.
E então Geordie subiu em sua árvore e tudo mudou. Ele a fez rir. Ele a fez
queimar. Ele a fez se sentir desejável e até desejada. Ele a fez se sentir poderosa,
como uma deusa . . . e ele era tão amável e gentil com ela. Tão cuidadoso com ela o
tempo todo. Geordie a fez se ver através de olhos completamente diferentes do que
os de suas irmãs, Catriona e Sasha. Ele a fez gostar de si mesma novamente, e ela o
amava por isso e muito mais. Por sua gentileza com Drostan. Pela maneira como ele
ajudou sua família. Por sua força e caráter.
Ela o amava . . . e ela tinha que voltar para ele agora, Dwyn percebeu,
afastando seus pensamentos. Ela não se atreveu a deixá-lo sozinho por muito
tempo. O tempo era essencial aqui. Ele precisava ser ajudado o mais rápido possível,
e parecia que só havia uma maneira de fazê-lo agora que o cavalo dele se fora.
Com a boca apertada, Dwyn correu para agarrar a manta e depois se virou
para retornar à floresta.
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Capítulo 12
—Seu cavalo se foi, — Dwyn respirou fundo quando alcançou Geordie e
começou a estender a manta.
—Sim, — ele suspirou. —Eu tentei lhe dizer isso, mas você fugiu rápido
demais.
—Os homens devem tê-lo soltado, — ela murmurou, puxando os cantos da
manta.
—E deram um tapa nele para fazê-lo fugir, — acrescentou Geordie. —Senão
ele não teria ido. Ele provavelmente voltou para a fortaleza. Eles enviarão ajuda se
ele tiver ido.
Dwyn olhou para ele bruscamente com isso. —Qual o nome dele?
—Quem? Meu cavalo?
—Sim, Geordie, qual é o nome dele? — ela perguntou novamente.
—Cavalo.
—Você chamou seu cavalo de Cavalo ? — Dwyn gritou com descrença.
—Você chama seu cachorro de Cachorro também?
—Não tenho cachorro, — lembrou Geordie, parecendo divertido, mas
cansado.
—Você tem agora. Dois deles, e seus nomes são Angus e Barra, então não
espere que eles respondam a Cachorro, — disse ela com firmeza.
—Esposa, o que. . .? — Sua pergunta terminou em um grunhido quando
Dwyn se virou para o lado oposto na manta e empurrou com toda a força para rolá-
lo sobre seu estômago. Colocou-o na metade da manta, e antes que ele pudesse
protestar contra o tratamento grosseiro dela, ela o rolou de novo, de costas dessa
vez. Para seu alívio, isto o colocou no centro da manta.
—Dwyn, — ele disse com uma carranca em sua voz quando ela se levantou e
começou a amarrar as pontas da manta sob suas botas. —O que você está fazendo,
moça? Você precisa voltar para Buchanan.
—Eu pretendo, — garantiu Dwyn, —com você.
—Não, moça. Você. . .
—Cavalo! — Ela chamou por cima de seu protesto. —Cavalo!
—Dwyn! — Sua voz era um assobio rouco, mas foi a mão dele agarrando seu
tornozelo que a fez parar e se virar para ele quando ele disse: —Esses homens podem
ter comparsas aqui, e você pode atraí-los para nós.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Eles devem ter outras pessoas aqui com eles, — ela admitiu infeliz,
lembrando-se do primeiro vilão dizendo que havia uma boa chance de que todos os
homens pudessem ter sua vez com ela. Desistindo do cavalo por um minuto, ela foi
até o final da manta, oposta aos pés dele. Dwyn não tinha espalhado a manta
inteira; ela deixou quase metade dela enrolada em um monte, logo depois de onde
sua cabeça agora estava. Simplesmente não havia espaço na floresta para estender
quatro metros de manta. Pegando as pontas agora, ela as amarrou em volta da
cintura, apertando-as para ter certeza de que não desatariam e escorregariam. Ela
então começou a andar na direção geral que achava que Buchanan deveria estar. Pelo
menos, ela tentou. O homem era muito mais pesado do que ela pensara, ou talvez,
mais pesado do que ela esperava talvez fosse uma descrição melhor. Dwyn teve que
inclinar todo o seu peso para a frente para fazê-lo atravessar o chão da floresta, mas
depois de algumas partidas falsas, ela conseguiu arrastá-lo em um ritmo lento e
constante.
É claro que Geordie começou a protestar no momento em que ele percebeu o
que ela estava fazendo, e insistiu que ela o deixasse e voltasse correndo para a
segurança de Buchanan, sem ele. Dwyn o ignorou a princípio, mas quando a voz dele
começou a enfraquecer, ela sabia que tinha que fazer alguma coisa. Ele estava
desperdiçando a força que precisava para sobreviver.
Olhando para trás, ela rosnou sem fôlego. —Você realmente quer me ver
estuprada por um acampamento inteiro, cheio de vilões, Milaird? Porque é isso que
os homens disseram que aconteceria, assim que me trouxessem de volta ao
acampamento deles, e é o que acontecerá se você não parar de se importar
comigo. Eles vão ouvir você e nos pegar.
Quando Geordie fechou a boca, ela grunhiu de satisfação e virou o rosto para
a frente. Dwyn estava se movendo firmemente em um ângulo que esperava que os
levasse para o caminho que haviam percorrido para chegar ao lago. Ela sabia que
seria arriscado arrastá-lo pelo caminho, mas o chão da floresta estava cheio de galhos
e raízes expostas das árvores e ela não achava que provavelmente estivesse fazendo
muito bem a ferida dele, esbarrando neles. Além disso, eles certamente se moveriam
mais rapidamente no caminho mais plano, e isso era importante. Dwyn estava com
medo dele perder muito sangue e morrer, antes que ela pudesse ajudá-lo. Mas ela só
tinha que levá-lo até a beira da floresta ao redor do castelo Buchanan. Dwyn tinha
certeza de que, quando chegassem à clareira, os homens na muralha os veriam e
mandariam cavaleiros para fora. Ela só tinha que levá-lo mais longe . . . e
rapidamente.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Os pensamentos de Dwyn morreram quando ela ouviu o estalo de um galho
atrás dela. Com medo de que não fosse capaz de colocar Geordie em movimento
novamente, ela parou agora, continuou em frente e apenas olhou por cima do ombro,
mas não viu nada. Ela também não ouviu mais nada, pelo menos não por trás
dela. Em vez disso, ela percebeu o crescente trovão de cavalos à sua frente e à sua
direita. Claro que eles deveriam ser cavaleiros de Buchanan, Dwyn desfrutou de uma
explosão de energia que lhe permitiu se mover mais rapidamente por alguns
minutos, mas não rápido o suficiente. Com medo de que os homens passassem por
eles, ela parou e rapidamente desamarrou a manta da cintura.
—Eu já volto, — ela sussurrou para Geordie, e correu através das árvores em
direção ao som. Dwyn pretendia parar nas árvores antes de chegar ao caminho em
que os cavaleiros deveriam estar, apenas para garantir que os cavaleiros fossem de
Buchanan, mas estava tão escuro que ela não sabia dizer onde as árvores terminavam
até sair correndo delas, e no caminho. Parando abruptamente, Dwyn começou a se
virar e depois congelou, sua mão subindo para cobrir o peito quando viu o cavalo
correndo sobre ela.
Era muito mais claro no caminho em que a luz da lua não era obstruída por
árvores, e Dwyn podia realmente ver a consternação no rosto de Aulay enquanto ele
puxava violentamente as rédeas de seu cavalo para não a pisotear. O animal
empinou, sua cabeça forçada para o lado pelas rédeas e seu corpo enorme
segurando-se apenas o suficiente. Os cascos da frente do animal agitaram o ar,
roçando tão perto de seu rosto que ela sentiu a brisa da passagem deles, e então eles
caíram no chão, ao lado dela. O caos imediatamente irrompeu atrás de Aulay quando
os homens que o seguiram foram forçados a uma parada abrupta também. Alguns
conseguiram, outros tiveram que desviar os cavalos do caminho para evitar uma
colisão, e então Aulay saltou da montaria e agarrou os braços dela.
—Você está bem, moça? — ele rosnou com preocupação.
Dwyn desviou os olhos para ele, ofegando: —Geordie, — e então se afastou
para correr de volta para a floresta. Depois da luz no caminho, a escuridão da floresta
à noite a deixou quase cega, mas ela tropeçou através das árvores o mais rápido que
pôde e encontrou o homem ferido, tropeçando nele. O grunhido dele quando ela caiu
sobre ele parecia bonito para ela, e Dwyn voltou-se para se ajoelhar ao lado dele e
sentir o rosto no escuro.
—Geordie? Aulay nos encontrou. Vai ficar tudo bem agora. Nós voltaremos
para a fortaleza em pouco tempo, — ela assegurou, passando as mãos nas bochechas
e na testa dele. —Apenas espere.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Endireitando-se então, ela olhou para a forma escura de Aulay quando ele se
ajoelhou no outro lado de Geordie. —Temos que levá-lo de volta rapidamente, — ele
está sangrando muito.
Aulay não fez perguntas; ele simplesmente pegou seu irmão e se virou para
voltar através das árvores. Seus homens o haviam seguido, e agora se dispersaram,
afastando-se do caminho para eles passarem. Foi só quando eles saíram da floresta
que Aulay perguntou: —O que aconteceu?
—Fomos atacados. Dois homens. Geordie matou os dois, mas recebeu uma
espada no peito antes de despachar o segundo, — explicou Dwyn rapidamente.
—Havia apenas dois? — Aulay perguntou, sua voz sombria quando ele se
moveu para o cavalo.
—Sim, mas eles mencionaram um acampamento e mais homens, — disse ela
em um suspiro.
—Alick, pegue Geordie e passe-o para mim quando eu estiver montado,
— ordenou Aulay, parando ao lado de sua montaria.
Dwyn olhou ao redor, com surpresa, para o homem que estava parado ao lado
dela, quando se adiantou para pegar Geordie. Ela não tinha percebido que era o
irmão mais novo de Geordie até Aulay se dirigir a ele.
—Siga-me de volta com Dwyn, —,ordenou Aulay quando Alick levantou
Geordie até ele. Depois que seu irmão se estabeleceu diante dele, ele olhou em volta e
latiu: —Simon, procure na floresta. Encontre este acampamento e traga de volta os
homens que encontrar.
—Sim, senhor. — Os cabelos louros do jovem soldado brilhavam sob a luz da
lua, quando ele imediatamente começou a latir suas próprias ordens. Satisfeito,
Aulay virou o cavalo e voltou ao longo do caminho, em direção à fortaleza.
—O cavalo de Geordie voltou ao castelo? — perguntou Dwyn enquanto Alick
a conduzia até sua montaria.
—Sim, — ele disse enquanto montava. Alick então se inclinou para pegá-la
pela cintura e levantá-la diante dele no cavalo, enquanto acrescentava: —Os homens
na muralha imediatamente dispararam o alarme. Aulay e eu estávamos ajudando a
desmontar as mesas de cavalete e nos juntamos aos homens que estavam saindo.
Dwyn assentiu enquanto a colocava no colo e incentivava o cavalo.
—Quão ruim foi o ferimento, Dwyn?
Ela olhou em volta para a preocupação em sua voz e engoliu em seco antes de
dizer: —Muito ruim, — com uma voz fraca.
Tão fraca quanto as palavras tenham sido, Alick aparentemente ouviu. Com
uma expressão sombria, ele levou a montaria a galope. Mesmo assim, Aulay ainda
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estava a uns bons três cavalos na frente deles quando entraram no pátio. Quando
Alick se deteve ao pé da escada da fortaleza, Aulay tinha pulado do cavalo com o
fardo e estava carregando Geordie pelas escadas, latindo ordens enquanto seguia.
Dwyn escorregou do cavalo de Alick no momento em que ele parou e correu
atrás de Aulay, seguindo-o pelos degraus o mais rápido possível.
—Dwyn, — Alick gritou, e depois praguejou atrás dela. Ela ouviu as botas
dele nos degraus enquanto corria atrás dela, mas ainda estava assustada quando ele a
levantou do chão.
—Coloque-me no chão, Alick. Quero ver se Geordie está. . .
—Eu vou carregá-la, moça. Seus pés estão sangrando novamente. Há uma
trilha de pegadas ensanguentadas nas escadas, — ele disse sombriamente.
Dwyn olhou por cima do ombro, chocada ao ver que havia realmente sangue
nos degraus. Não eram pegadas completas, mas metade de uma pegada sangrenta e
apenas gotas de sangue da outra. Voltando, ela levantou os pés para dar uma olhada
no topo deles e viu que seu chinelo estava com o pé bom, e a bandagem se
desenrolara e pendia do tornozelo, no outro. Ela não tinha certeza de quando tinha
perdido o chinelo, provavelmente quando tinha sido arrastada para trás tão
abruptamente, mas ela nem tinha notado. Tampouco notara que suas bandagens de
tecido estavam se desenrolando.
Suspirando, Dwyn deixou os pés caírem e virou-se para procurar Aulay,
enquanto Alick a carregava pela porta da torre que Drostan estava mantendo
aberta. Ela não ficou surpresa ao encontrar as pessoas no grande salão. Alick havia
dito que estavam apenas desmontando as mesas de cavalete quando o cavalo sem
cavaleiro de Geordie voltou e o alarme foi acionado. Ela supôs que os outros haviam
desistido de ter alguma idéia de dormir até que os homens voltassem e eles
soubessem do que se tratava. Agora os habitantes de Buchanan observavam em
silêncio enquanto ela e Geordie eram carregados para as escadas.
Dwyn ouviu o nome dela suspirado e olhou em volta, enquanto suas irmãs
corriam para a frente da multidão, seu pai logo atrás delas. Foi só então que ela
percebeu que não eram apenas criados e soldados no grande salão; muitas das
mulheres visitantes e seus acompanhantes também estavam lá embaixo e
aguardavam.
—Oh, Dwyn, seus pobres pés, — Aileen gemeu quando os alcançou e correu
ao lado de Alick.
—O que aconteceu? — Una perguntou sombriamente. —Geordie parece
gravemente ferido.
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—Fomos atacados. — Dwyn suspirou as palavras, a cabeça girando para olhar
novamente para Aulay. Ela não tinha ideia de quando Geordie havia perdido a
consciência, mas ele obviamente estava inconsciente agora. Sua cabeça estava
pendurada no braço de Aulay, o rosto frouxo e pálido como a morte.
—Foi Brodie? — Una perguntou bruscamente, e Dwyn olhou em volta, uma
carranca reivindicando seus lábios.
—Eu não sei. Eles não mencionaram Brodie — admitiu ela, cansada, e então
chegaram aos degraus e Aileen e Una foram forçadas a recuar atrás deles, quando
Alick começou a subir as escadas.
Dwyn os esqueceu então, sua atenção totalmente no rosto desfalecido de
Geordie, enquanto Alick a carregava rapidamente pelos degraus e seguia Aulay para
o quarto de Geordie quando ouviu Jetta dizer: —Coloque-o na cama, marido.
Dwyn olhou ao redor do quarto para ver que Rory já estava lá também,
roupas limpas e seus remédios prontos.
—O que aconteceu? — Rory perguntou, seus olhos encontrando os dela,
quando ele se afastou para permitir que Aulay deitasse Geordie na cama.
—Ele recebeu uma espada pelas costas. Saiu pela frente, — disse Dwyn
imediatamente, sabendo que era o que ele estava perguntando. Ela então
acrescentou: —A parte inferior do peito, talvez a parte superior do estômago. Estava
escuro demais para ver direito.
Rory assentiu e, em seguida, deu um passo atrás, ao lado de Aulay, para cortar
a tira da saia que ela amarrara com força ao redor do ferimento. Ele e Aulay
trabalharam juntos para remover a manta e a camisa de Geordie.
Alick levou Dwyn para o outro lado da cama e a colocou no chão. Ela resistiu
ao desejo de rastejar para mais perto da cama e ficou fora do caminho, observando
ansiosamente enquanto seguravam Geordie na posição vertical para desnudar o
peito. Ela estremeceu quando viu o ferimento nas costas dele. Ele tinha pouco mais
de cinco centímetros de diâmetro, ela viu, quando Rory limpou o sangue. Ele parou
brevemente então —ela supôs ver com que rapidez o sangue borbulhava de volta —e
então grunhiu e pressionou um tecido amassado com uma mão enquanto ele se
movia para olhar para a frente do peito.
Dwyn imediatamente se arrastou para mais perto, para que ela pudesse ajudar
a segurar Geordie na posição vertical, pois Aulay teve que libertá-lo e sair do
caminho, para Rory olhar para a frente dele.
—Bem? — Aulay exigiu enquanto Rory limpava o sangue do peito de Geordie.
Rory olhou para cima e depois franziu a testa quando viu o modo como Dwyn
estava se esforçando para segurar Geordie na vertical para ele. —Alick, suba na cama
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e segure Geordie. Dwyn, aproxime-se da beira da cama para que Jetta possa começar
a trabalhar em seus pés. —Aquelas ordens dadas, ele continuou ignorando a
pergunta de Aulay e começou a fazer algo no peito de Geordie, que ela não podia
ver, e então ela se distraiu com Alick subindo no centro da cama.
Dwyn afastou as pernas para longe dele e, em seguida, soltou Geordie e
também mexeu a bunda para sair do caminho enquanto ele assumia o controle. Ela
continuou se mexendo de lado até chegar à beira da cama e depois olhou de novo
para Geordie, quando Rory murmurou: —Passou perto do coração dele. No entanto,
acho que pode ter perfurado um pulmão. Ele perdeu muito sangue. Não tanto
quanto ele poderia ter perdido, graças a Dwyn apertando-o com força. Ele levantou a
cabeça para olhar para ela e assentiu solenemente. —Bom trabalho, moça.
Ela conseguiu sorrir, mas seus lábios tremeram com isso.
—Então foi isso o que aconteceu com suas saias.
Dwyn virou-se com o murmúrio de Jetta, para ver que Lady Buchanan estava
agora ajoelhada ao lado da cama, uma bacia de água no chão ao lado dela, na qual
estava mergulhando um pedaço limpo de tecido. Dwyn voltou sua atenção para o
vestido e fez uma careta ao ver o estado. O decote dela caíra como de costume para
revelar a parte de cima dos mamilos, — sem surpresa depois do que ela havia
passado, mas ela havia cortado tanto de suas saias que agora mal cobriam os
joelhos. Dwyn apenas suspirou com a visão, mas achou que provavelmente não se
incomodaria com a cerimônia da cama se eles tivessem um casamento. Todo mundo
já tinha visto a melhor parte dela de qualquer maneira.
—Eu gostaria que você tivesse cortado um pouco mais, entretanto, para cobrir
seus pés,— Jetta disse sombriamente enquanto gentilmente pegava os pés e olhava
para um e depois para o outro.
Dwyn pensou em dobrar as pernas para poder olhar para o fundo dos pés,
mas decidiu que não queria saber o quanto eles estavam ruins. Embora ela não
sentisse nada enquanto lutava para tirar Geordie da floresta, eles estavam sofrendo
algo terrível agora e ela sabia que tinha causado mais danos correndo pela floresta e
depois arrastando Geordie na manta. Ela teve que esfregar os pés para puxar o peso
dele e sabia que ela estava esfregando em galhos e outras coisas enquanto isso.
—Ele vai viver?
O grunhido de Aulay voltou seu olhar para Geordie e ela viu que Rory havia
terminado de limpar e explorar o ferimento no peito e agora estava enfiando uma
agulha. Ele também não estava respondendo à pergunta de Aulay, ela notou com
uma careta. Ou pelo menos estava demorando muito para responder. A julgar pela
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expressão sombria de Aulay, isso não era um bom sinal, ela pensou, e sentiu seu
coração disparar no mesmo instante em que uma batida soou na porta do quarto.
Ela olhou para ele com desinteresse, enquanto seu pai se movia para
responder, sua mente ainda lutando com o que o silêncio de Rory poderia significar.
—Ele vai viver.
Dwyn olhou para Aileen, que dissera essas palavras solenemente ao seu lado.
—Ele precisa, — acrescentou. —Você ainda não está casada adequadamente.
—Eles estão casados, Aileen, — disse Una com firmeza. —Eles se casaram por
compromisso da mão, e é tão bom quanto casados aos olhos da lei.
—Sim, mas não na igreja, — disse Aileen, franzindo o cenho, e então seus
olhos repentinamente se arregalaram.
Assustada com a expressão dela, Dwyn virou o olhar para ver o que havia
feito Aileen reagir dessa maneira e olhou sem expressão para o padre Archibald,
quando ele entrou na sala. Ela estava vagamente consciente de seu pai
cumprimentando o homem e fechando a porta, mas a maior parte do seu foco estava
no padre de Buchanan. Expressão solene, ele foi até a cama e murmurou algo para
Aulay. Dwyn não conseguiu ouvir tudo o que disse, mas captou as
palavras penitência , unção dos enfermos e viaticum , e de repente não conseguiu
respirar. O padre estava aqui para realizar os sacramentos pelos moribundos, e
embora ela soubesse que isso tinha que ser feito, parecia-lhe empurrar Geordie para
mais perto da morte em sua mente e ela não podia suportar.
—Ele está consciente? — Perguntou o padre Archibald a Rory.
—Eu estou, padre.
Dwyn virou-se bruscamente para Geordie quando ele disse isso e chegou a
tempo de vê-lo levantar a cabeça.
—Você tem forças para me dar sua confissão, Milaird? — perguntou o padre
Archibald em voz baixa.
Quando Geordie resmungou afirmativamente, o padre olhou para Aulay.
—Talvez você possa mover todos para o outro lado da sala?
—Todos, menos Rory, — disse Aulay sombriamente. —Ele continuará
tentando salvar sua vida, enquanto você tenta salvar sua alma.
No momento em que o padre consentiu, Aulay deu a volta na cama para
ajudar Jetta a se levantar.
—Vá em frente, Alick, — disse Rory calmamente. —Vou trabalhar em seu
peito primeiro.
Alick colocou Geordie de costas na cama e depois olhou para Dwyn.
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—Eu a pego, — disse Aulay, e ela se virou quando ele a levantou da
cama. Alick imediatamente se moveu para a beira da cama e seguiu Aulay quando
ele carregou Dwyn para se juntar aos outros, agora o mais perto possível da lareira,
sem entrar nela. Todos eles deram as costas então, como se isso os impedisse de
ouvir alguma coisa. Dwyn quase não. Ela estava de lado nos braços de Aulay e quase
se virou para observar o padre Archibald e Geordie, mas um olhar severo de Aulay a
fez virar a cabeça também para a lareira. O silêncio no final do quarto era
ensurdecedor; mesmo assim ela não conseguiu entender o que foi dito no outro
extremo do quarto. Foi tudo um murmúrio suave em seu ouvido, as vozes do padre e
de Geordie abafadas. Pareceu-lhe que séculos haviam passado quando o padre disse:
—Lady Dwyn?
Aulay virou-se imediatamente e depois a carregou através da sala, quando o
padre gesticulou para eles.
—Geordie gostaria de se casar com você agora, — anunciou o padre
Archibald.
—Agora? Na verdade, Dwyn não pretendia gritar a palavra dessa maneira,
mas não era assim que ela imaginara seu casamento. Meu Deus, ela usava um
vestido que continuava piscando seus mamilos e agora mal chegava aos joelhos. Os
pés dela estavam enlameados e ensanguentados. Ela tinha arranhões nos braços e
pernas, e cabelos grisalhos pelos galhos que se prenderam ao arrastar Geordie pela
floresta, e Dwyn tinha certeza de que tinha um lábio inchado de quando um de seus
atacantes a atingiu. Pelo menos, parecia inchado. . . e rachado, ela pensou
sombriamente quando sua língua deslizou sobre ele.
—Dwyn.
Ela desviou o olhar para Geordie com aquele rosnado suave, e Aulay a
carregou para colocá-la na cama ao lado dele. Dwyn imediatamente se aproximou do
seu lado, para ele não ter que levantar a voz, o que não podia fazer de qualquer
maneira.
—Você não vai escapar de casar comigo de maneira boa e apropriada diante
de um padre, Dwyn Innes Buchanan —Geordie falou com uma voz fraca e
rouca. Foram as palavras exatas que ela latiu para ele na floresta. Bem, exceto pelo
nome, ela reconheceu, e então a mão dele encontrou a dela e apertou com pouca
força. —Case comigo, moça. Eu a amo e gostaria que meu nome a protegesse caso eu
não pudesse.
Dwyn sentiu lágrimas encherem seus olhos com as palavras e assentiu
silenciosamente. Ela não ouviu nem viu Aulay chamar os outros, mas de repente eles
estavam cercando a cama. Aulay, Jetta, Alick, Rory, Aileen, Una e seu pai. A família
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deles. Eles foram testemunhas de como o padre Archibald a casou com Geordie
Buchanan, para que fossem marido e mulher, não apenas aos olhos da lei, mas
também aos olhos de Deus . . . até que a morte os separassem.
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Capítulo 13
Geordie abriu os olhos, olhou para as cortinas em volta e, em seguida, virou a
cabeça para o lado onde Dwyn dormia, só que ela não estava lá. Isso o deixou
imediatamente irritado. A cabeça estava latejando, a boca seca e a esposa
desaparecida. Grande, ele pensou sombriamente, e tentou se sentar, apenas para
descobrir que não tinha forças para lidar com isso, e essa tentativa causou muita dor
em seu peito.
Praguejando, ele se jogou de volta para ficar deitado e espiou as peles que o
cobriam. Quando seu olhar pegou algo escuro em seu rosto, e ele percebeu que tinha
barba e bigode, seus olhos se arregalaram incrédulos e ele se perguntou o que diabos
teria acontecido. Ele ainda estava tentando ordenar o estoque de lembranças
confusas em busca da resposta, quando a porta se abriu.
Virando a cabeça bruscamente com o som, ele relaxou e quase sorriu quando
Dwyn entrou. Mas antes que o sorriso pudesse se formar completamente, uma
carranca tomou seu lugar quando ele percebeu que Dwyn estava andando . Inferno,
ela estava praticamente pulando, e parecendo bastante satisfeita consigo mesma
também. Ele abriu a boca para repreendê-la por andar com os pés feridos, mas tudo o
que saiu foi uma espécie de grito seco e rachado. Os olhos de Geordie se arregalaram
de alarme com isso, mas Dwyn ouviu, parou de andar para olhar para ele e de
repente correu para a cama com um grito de prazer.
—Você está acordado! Me desculpe, eu perdi isto, marido. Só saí para usar o
garderobe.
Um pouco apaziguado pela alegria dela com seu despertar, Geordie grunhiu
quando ela se jogou sobre ele. Ela caiu com a cabeça no estômago dele, os braços
abraçando seus quadris. Não doeu tanto quanto o surpreendeu. Assim como o fato
de os seios da moça estarem pressionando contra sua virilha, e sua virilha não se
importar. Isso era novo, ele pensou com perplexidade, e abriu a boca para perguntar
o que estava acontecendo, apenas para emitir outro grito seco e rachado.
O som fez Dwyn levantar a cabeça para olhar para ele, e então ela levantou da
cama e ficou ao lado dele. A próxima coisa que ele soube foi que ela o pegou pelos
ombros e conseguiu arrastá-lo um pouco para que seu rosto se aconchegasse contra
seus seios, enquanto ela o segurava ali com uma mão, apenas o tempo suficiente para
enfiar um travesseiro nas suas costas. Levantando-o novamente, ela o pressionou
contra o peito e empurrou outro travesseiro atrás dele, e fez isso pela terceira
vez. Cada vez que ela o fazia, Geordie olhava para a parte superior dos seus seios,
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logo visível acima do decote, e inalou seu doce aroma, depois franziu o cenho
quando percebeu o pouco peito que era visível acima do decote.
—Pronto, — disse Dwyn, depois de enfiar o último travesseiro atrás
dele. Colocando o quadril na cama ao lado dele, ela pegou uma taça na mesa de
cabeceira e a levou aos seus lábios, segurando e inclinando-a para ajudá-lo a beber.
Geordie poderia ter chorado quando a cidra doce e fresca deslizou sobre sua língua e
encheu sua boca. Foi a melhor coisa que ele já provara, ele decidiu, e teria engolido
todo o conteúdo, mas ela não deixou.
—Lentamente, marido, até vermos como o seu estômago lida com isso,
— alertou Dwyn, antes de inclinar o cálice novamente. Ela o virou quatro vezes
seguidas, mas depois colocou a taça na mesa de cabeceira novamente e virou-se para
olhá-lo com olhos brilhantes. —Eu deveria ir buscar Rory. Ele me fez prometer
buscá-lo quando você acordasse, mas. . . Dwyn suspirou e depois se inclinou para
beijá-lo suavemente, antes de se endireitar para olhá-lo novamente, enquanto dizia:
—É tão bom finalmente tê-lo acordado novamente. Eu só quero olhar para você por
um minuto.
Geordie sorriu e queria levantar a mão para acariciar sua bochecha, mas ela
caiu inutilmente ao seu lado quando ele tentou. Isso trouxe uma careta frustrada ao
rosto dele até que ela estendeu a mão e segurou sua mão, apertando suavemente.
—Não se preocupe. Você recuperará sua força rapidamente, agora que está
acordado, — assegurou Dwyn, e então lágrimas encheram seus olhos, e ela admitiu:
—Por um tempo lá na floresta, eu temia que você estivesse acabado. Eu pensei que
seria uma viúva antes de você se casar comigo corretamente.
—A cachoeira, — Geordie respirou quando suas lembranças finalmente se
uniram em sua cabeça, enchendo sua mente brevemente. Arrumando a
manta. Virando-se para encontrar Dwyn ausente. Seu grito da floresta que o fez
correr. O homem com quem ela estava lutando quando os encontrou. Uma curta
batalha com ele, e então ele se virou para Dwyn e uma ponta de espada
ensanguentada estava saindo de seu peito.
Geordie franziu a testa com a lembrança. Ele não tinha ideia de onde o
segundo homem tinha vindo. Ele só viu Dwyn e o homem de quem ela estava
tentando fugir, quando os encontrou. Então o golpe o surpreendeu mais do que
realmente machucou. Ele juraria a princípio que alguém lhe deu um soco nas costas,
por isso ficou chocado quando a lâmina apareceu, cortando seu peito. Doeu muito
mais quando foi retirada e, no momento em que saiu, ele atacou o atacante com raiva
e. . .
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Geordie fez uma careta ao se lembrar de ter cortado a cabeça do homem. Seu
alvo estava um pouco fora. Ele não pretendia decapitar o bastardo, apenas matá-lo,
mas. . .
—Você se lembra, então? — Dwyn perguntou em voz baixa.
—Sim — Geordie assumiu, embora sua voz estivesse rouca. —Quanto tempo?
—Você dormiu por duas semanas, — disse ela solenemente. —Bem, na
verdade, você estava acordado mas febril, na primeira semana, mas depois em um
sono tão profundo que não conseguimos acordá-lo nesta semana passada. Rory disse
que seu corpo havia se fechado para permitir que você se curasse, e esperava que
você acordasse logo.
Ela fez uma pausa, mas ele viu algo cintilar em seus olhos e a preocupação
puxando seus lábios enquanto ela o olhava, e ele perguntou: —O quê?
Dwyn hesitou, mas depois admitiu: —Rory disse que era possível que o sono
fosse devido a seu cérebro fervendo de febre, e você poderia não ser o mesmo
quando acordasse, — admitiu ela, relutante, e perguntou um pouco ansiosa: —Você
se sente diferente?
—Não, — assegurou Geordie, mas se perguntou se isso era verdade. A moça
estava sentada na cama com ele e ele não sentia vontade de deitá-la. Ele tinha certeza
de que nunca teria sido o caso antes da ferida e febre. Ele não tinha conseguido tirar
as mãos dela antes disso. Meu Deus, e se a febre tivesse tirado sua masculinidade?
—Oh, bom, — Dwyn suspirou aliviada, sem perceber a preocupação que de
repente o atormentava.
O olhar dele deslizou imediatamente para o peito dela, para ver se ela tinha
soltado os seios e os mamilos estivessem saltando para ele. Certamente o interesse
dele voltaria então? Mas o decote do vestido era tão alto que não havia chance deles
escaparem. Antes que ele pudesse comentar sobre isso, ela se levantou e se dirigiu
para a porta. —É melhor eu deixar Rory saber que você está acordado. Ele vai querer
ver você. Vou buscar um caldo também, enquanto estiver abaixo.
Geordie observou a porta se fechar atrás dela e depois olhou com preocupação
ao redor da sala, tentando dizer se havia algum dano em sua mente. Ele não
sabia. Como ele seria capaz de dizer? Ele seria capaz? Ele ainda estava preocupado
com a questão quando a porta se abriu novamente e seu irmão entrou. Rory não
estava sozinho, ele viu, quando ele olhou para aquele lado. Aulay estava com
ele. Ambos pareciam aliviados ao vê-lo acordado.
—Como você está se sentindo? — Rory perguntou quando alcançou a cama e
o olhou.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Geordie grunhiu sem se comprometer e esperou que Rory se curvasse para
ouvir seu coração, e então abriu os olhos para olhar brevemente para eles.
—Você parece bem, — decidiu Rory, relaxando um pouco. —Você se lembra
do que aconteceu?
—Sim, — Geordie rosnou, e depois se virou para olhar a bebida na mesa de
cabeceira.
Entendendo a mensagem, Rory segurou-a para ele beber. Ele era mais
cauteloso do que Dwyn, porém, e permitiu a ele apenas dois goles, antes de colocar o
cálice de volta e perguntar: —Como está seu peito?
—Como se uma espada tivesse sido enfiada nele, — disse Geordie secamente,
mas depois admitiu: —Não tão ruim quanto eu esperava.
—Você teve sorte. Deslizou entre suas costelas, em vez de esmagá-las, e errou
seu coração ou qualquer outra coisa digna de nota. Preocupei-me, a princípio, que ele
pudesse ter cortado um pulmão, mas, se o fez, ele se curou bem o suficiente e
rapidamente porque, exceto quando você chegou, não parecia ter problemas para
respirar, —Rory disse a ele. depois acrescentou: —E também, você escapou do pior
da cura, uma vez que ficou ora de si na primeira semana e dormiu na segunda,
— disse Rory solenemente.
Geordie assentiu e perguntou com relutância: —Como vou saber se a febre me
prejudicou o cérebro?
Os olhos de Rory se estreitaram. —Existe algo específico com que você está
preocupado?
Ele hesitou, seu olhar deslizando para Aulay e se afastando antes de admitir:
—Não estou com vontade de comer Dwyn.
Um riso assustado de descrença explodiu dos dois homens, mas Rory sufocou-
o rapidamente e usou sua voz mais paciente quando disse: —Geordie, você acabou
de acordar e ainda está se recuperando de um ferimento terrível que poderia ter
matado você. Eu ficaria mais surpreso se você estivesse sentindo vontade de comer
sua esposa.
Geordie relaxou com isso e perguntou: —Onde está Dwyn?
—Ela tinha ido à cozinha buscar o caldo quando chegamos, — explicou Aulay,
enquanto Rory puxava as peles para baixo e depois as roupas de cama para revelar
seu peito enfaixado. Movendo-se ao redor da cama, Aulay se ajoelhou ao lado dele,
levantou-o para uma posição sentada e o segurou lá, para que Rory pudesse
remover os curativos que corriam ao redor de seu peito e costas. Obviamente, era
algo que ele havia feito muitas vezes. Rory nem teve que pedir.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Todos ficaram em silêncio enquanto Rory examinava suas feridas. Geordie
não conseguia ver a das costas, mas olhou para baixo e viu a do peito. Os pontos a
fazia parecer maior do que era, e ele ficou surpreso com o quão longe estava a
cura. Por seu palpite, Rory seria capaz de remover os pontos em mais uma semana
ou duas.
—Está indo bem. Mais uma semana e meia, ou mais, e eu vou tirar os pontos
—anunciou Rory, aplicando uma pomada fresca e começando a enfaixá-lo.
Geordie apenas resmungou e olhou para Aulay. —Você encontrou o
acampamento dos homens?
—Sim. Eu escolhi Simon para a tarefa quando encontramos você e Dwyn.
— Apertando a boca, ele acrescentou: —Eles haviam desaparecido quando os
homens o encontraram, e o fizeram rapidamente. Eles deixaram comida cozinhando
em uma pequena fogueira e um coelho sem pele em uma pedra
próxima. Obviamente, um dos homens percebeu a busca e deu o aviso.
Geordie fez uma careta com a notícia. —Quantos homens? Ele sabia dizer?
—Pela comida e pela grama comprimida onde as pessoas tinham dormido, ele
imaginava que provavelmente houvessem seis, incluindo os dois que você matou, —
disse Aulay solenemente. —Os homens seguiram sua trilha até a extremidade de
nossas terras, mas depois voltaram.
—Eles deveriam ter caçado todos eles, — Geordie rosnou. —Os bastardos
contaram a Dwyn que todos os homens iriam ter sua vez com ela.
—Ela não mencionou isso,— disse Aulay com uma careta.
—Você precisa usar o garderobe? — Rory perguntou quando ele terminou de
enrolá-lo.
Geordie abriu a boca para dizer não e depois pensou melhor. Tão fraco como
estava, ele não seria capaz de fazê-lo sozinho uma vez que seus irmãos se fossem, e
grande como ele era, Dwyn não poderia levá-lo até lá, então ele murmurou:
—Sim. Talvez.
—Bom, então podemos pedir a Mavis que mande alguém para trocar a muda
de cama enquanto o levamos para lá, — disse Rory, e arrastou as peles e lençóis de
cima dele, revelando um grande quadrado de linho dobrado nos quadris. Havia
outro maior embaixo de sua bunda também, ele notou, e fez uma careta, sabendo o
que era. Ele estava deitado há duas semanas, incapaz de usar o garderobe. Eles
estavam protegendo a cama e as roupas de cama. Pelo lado positivo, nenhum dos
lençóis parecia sujo, ele notou enquanto os dois homens o vestiam com uma camisa
de dormir que caía até os joelhos. Mas ele não comia ou bebia há duas semanas e,
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
pelo que sabia, eles poderiam ter trocado a roupa alguns minutos antes de ele
acordar.
—Vou pedir a Mavis para cuidar da cama e dizer a Dwyn para tomar seu
tempo. Não faz sentido ela aparecer enquanto as criadas trabalham, — disse Rory
quando o vestiram.
Aulay acenou com a cabeça, mas disse: —Deixe a porta aberta, — e então se
inclinou para pegar Geordie.
—Ei, — ele reclamou quando seu irmão começou a carregá-lo até a porta.
—Eu poderia andar com uma pequena ajuda.
Aulay bufou com isso. —Você não podia nem levantar os braços ou mover as
pernas para se vestir, Geordie. Teríamos que puxar os braços sobre cada um de
nossos ombros e arrastá-lo até lá.
—Seria menos humilhante do que ser transportado como um bebê, — ele
resmungou com desgosto.
—Sim. Foi o que sua esposa disse muitas vezes enquanto era carregada para o
garderobe e de volta nas últimas duas semanas, — ele disse com um sorriso. —Ela
ficou bastante impaciente por não poder andar. Eu suspeito que, se Rory não tivesse
dito que ela poderia começar a colocar peso nos dois pés novamente na noite de
ontem, ela poderia ter causado a ele danos corporais.
—O quê? — Geordie perguntou com surpresa. —Mas ela estava quase curada
antes que eu fosse ferido. Rory pensou que um dia ou dois e ela seria capaz de tirar
os curativos e andar novamente.
—Sim, bem, isso foi antes dela arruiná-los na floresta, tentando salvar seu
couro machucado.
—Quão mal? — Ele perguntou com preocupação.
—Seu pé já curado sofreu o pior dano. De alguma forma, ela perdeu o chinelo
e Jetta e Rory acham que ela deve tê-lo empalado em um galho quebrado no chão ou
algo assim. Ela tinha muitas lascas, cortes e um buraco de bom tamanho entre o
calcanhar e a carne sob os dedos dos pés. Felizmente, não foi infectado como sua
ferida. O outro pé ficou melhor. As bandagens de tecido os protegeram na maior
parte, embora já tivessem se desenrolado e estivessem penduradas no tornozelo
quando a levamos de volta ao castelo, — ele disse, e depois ordenou: — Abra a porta.
Geordie olhou em volta e viu que haviam alcançado o garderobe. Ele
automaticamente tentou alcançar a maçaneta da porta, mas seu braço simplesmente
caiu ao seu lado quando o tirou do estômago e o deslocou de onde estava
apoiado. Apertando a boca, ele murmurou: —Desculpe.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Não. Eu sinto muito. Eu esqueci, — disse Aulay calmamente, e depois se
virou levemente para pegar a maçaneta da porta com a mão sob as pernas de
Geordie. Ele a abriu um pouco com a mão e depois se moveu rapidamente para
deslizar o pé entre a parte inferior da porta e a moldura, depois, primeiro arrastou e
depois a abriu com o pé, para que ele pudesse carregar Geordie rapidamente antes
que ela se fechasse.
Quando Aulay o carregou de volta, Geordie decidiu que iria comer e fazer o
que fosse necessário para recuperar suas forças o mais rápido possível. Realmente,
ter que ser ajudado até o garderobe fora uma experiência humilhante. Ele nem tinha
sido capaz de levantar sua própria camisa de dormir.
—Então, Dwyn ficou presa comigo nas últimas duas semanas? — Ele
perguntou, para pensar em outra coisa enquanto Aulay o carregava para fora do
pequeno cômodo.
—Sim. Mas ela continuou ocupada, costurando, visitando e constantemente
colocando o caldo na sua garganta. Acho que se ela tivesse podido respirar por você
enquanto se curasse, ela o teria feito, ele acrescentou com um sorriso afetuoso.
—Você a aceitou como família, — disse Geordie com satisfação. Embora ele
soubesse que seu irmão gostava de Dwyn antes do casamento, era óbvio que agora
também sentia carinho por ela. Isso parecia validar seus próprios sentimentos, o que
era legal.
—Sim. Assim como as mulheres, — assegurou Aulay. —Elas passaram muito
tempo no seu quarto com ela e suas irmãs, ajudando o máximo possível a cuidar de
você.
—As outras moças caçadoras de marido? — ele perguntou com uma carranca,
achando um pouco perturbador pensar em ter aquele bando de mulheres jovens e
solteiras ajudando a cuidar dele.
—Não, nossa irmã e as esposas de nossos irmãos, — corrigiu Aulay.
— Mandei embora as outras moças alguns dias depois que você se machucou.
Geordie levantou as sobrancelhas com isso. —Rory e Alick já escolheram
noivas?
—Não. E eles não iriam, — ele disse secamente. Os dois mal saíram do quarto
nos primeiros dias. Rory estava cuidando de você, e Alick estava ajudando, tanto a
cuidar de você quanto a carregar Dwyn por aí, quando ela precisava ir ao garderobe e
coisas assim. — Fazendo uma careta, ele acrescentou: —Manter as mulheres aqui
quando nenhum dos Buchanans solteiros lhes prestava qualquer atenção parecia um
desperdício. E então, quando a família começou a chegar, precisávamos dos quartos,
então eu mandei Jetta mandá-las para casa.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Desculpe, — disse Geordie, suspirando, enquanto Aulay o carregava de
volta pela porta do quarto ainda aberta. Quando ele parou abruptamente, Geordie
olhou em volta e viu que Mavis e duas criadas estavam trocando a cama e limpando
o quarto.
Mavis olhou agora e sorriu para ele. —Olá amor, é bom ver você finalmente
acordado. Você deu um enorme susto na moça por alguns dias. Quando Geordie
conseguiu sorrir de volta, ela se virou para Aulay e disse: —Só vamos ficar outro
momento. Por que você não o coloca em uma das cadeiras perto da mesa e se
senta. Sei que Lady Dwyn logo chegará com comida e bebida. As meninas insistiram
que ela tivesse algo para comer enquanto esperava Cook preparar uma bandeja. Ela
vai aparecer em breve.
Geordie viu Aulay acenar com a cabeça e depois seu irmão o levou para a
mesa e cadeiras. Em vez de colocá-lo em uma cadeira, ele simplesmente se sentou
com ele ainda em seus braços.
—Você poderia me colocar em uma cadeira, — ele rosnou de vergonha
quando as criadas olharam para eles.
—Você não conseguiria se manter erguido, — apontou Aulay com um
encolher de ombros que o empurrou em seus braços. Geordie fez com que se sentisse
uma condenada criança, e renovou sua determinação de recuperar suas forças o mais
rápido possível.
Tentando ignorar que estava sentado no colo do irmão como uma criança,
observou as mulheres trabalharem por um minuto e depois murmurou: —Mavis
parece mais feliz.
—Sim, — disse Aulay, mantendo a voz baixa. —Acair explicou que apenas
estava prestando atenção a Dwyn para ajudá-lo a resolver seus sentimentos por ela, e
o casal se recompôs.
Geordie fez uma careta pela afirmação, mas depois deixou para lá, cansado
demais para ficar rritado.
—Como devemos organizar as visitas?
Dwyn levantou os olhos do ensopado que ela estava comendo diante daquela
pergunta da cunhada de Geordie, Murine. A loira adorável era a esposa do segundo
irmão mais velho de Geordie, Dougall. Ela também era uma mulher do tipo muito
organizado, ela notou. Murine era obviamente inteligente e claramente gozava de
ordem em sua vida. Dwyn achava que isso era por causa da responsabilidade de
Carmichael, na Escócia, e Danvries, na Inglaterra. Provavelmente, Murine tinha que
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ser muito mais organizada do que a maioria para ajudar a administrar e cuidar de
dois castelos e de todo o seu povo, supunha Dwyn.
—O que você quer dizer? — Perguntou agora a irmã de Geordie, Saidh.
—Bem, todos nós subimos de uma só vez? — Murine perguntou. —Ou você
acha que isso pode sobrecarregar Geordie quando ele está acabado de
acordar? Nesse caso, talvez as damas devam visitar primeiro e depois os homens
podem visitar depois. Ou o contrário.
Houve um silêncio por um minuto e, em seguida, Edith, uma linda loira, e a
esposa do terceiro irmão mais velho de Geordie, Neils, se viraram para Dwyn e
perguntaram: —O que você acha, Dwyn?
Colocando a colher de volta no ensopado, Dwyn considerou a pergunta
seriamente, mas depois suspirou e disse: —Suspeito que ele não fique acordado por
muito tempo neste primeiro dia, então todos vocês podem querer uma palavra
rápida hoje, e planejar visitas mais longas amanhã.
—Sim, — as outras mulheres concordaram juntas, e então todas elas olharam
para as escadas, enquanto Mavis guiava duas jovens criadas por elas. Cada uma
estava carregando alguma coisa —Mavis estava com a roupa de cama, a empregada
atrás dela estava com roupas sujas e a terceira carregava uma bandeja com vários
itens, principalmente tigelas e copos com caldo ou cidra ou hidromel, alguns dos
líquidos que Dwyn estava pingando na garganta de Geordie pela última semana,
enquanto ele estava inconsciente.
As três mulheres mal haviam desaparecido pela porta das cozinhas quando
outra criada saiu com uma bandeja e correu em sua direção.
—Cook colocou caldo, hidromel, sidra e um pouco de ensopado para o caso de
ele querer algo mais sólido,— anunciou ela alegremente. —E Mavis diz que eu
deveria carregar isso para você.
—Oh, — disse Dwyn enquanto se levantava. —Bem, isso é gentil, mas eu
consigo, tenho certeza.
—Bobagem, milady. Tenho prazer em ajudá-la. Todos nós sabemos que você
dormiu pouco nas últimas semanas, enquanto cuidava de Laird Geordie. Além disso,
você acaba de ficar de pé. Tenho prazer de carregar isso para você.
Dwyn sorriu levemente e assentiu, não querendo discutir mais. A garota
parecia tão feliz por receber a tarefa. Mas todo mundo ficara feliz desde que ela
apareceu com a notícia de que Geordie estava acordado. Foi só então que ela
percebeu o quão preocupados todos estavam. Seu marido era muito amado pelo
povo de Buchanan.
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—Vamos dar um tempo para você ajudá-lo a comer antes de chegarmos,
— disse Saidh enquanto se afastava.
Dwyn lançou um olhar agradecido por cima do ombro e estava sorrindo
enquanto subia as escadas. Ela realmente gostava da família de Geordie. Eles a
receberam com calor e amizade, incluindo inclusive suas irmãs e seu pai nas boas-
vindas. Ela não passou muito tempo com os homens, mas as mulheres passaram
muito tempo no quarto com ela e suas irmãs, enquanto ela cuidava de Geordie. Eles
eram pessoas boas.
—Deixe-me segurar a porta para você — murmurou Dwyn, correndo à frente
da empregada para abri-la, e pensando que era bom que houvesse duas e ela não
tentara controlar tudo sozinha. Ela teria que chutar a porta para Aulay abri-la,
pensou enquanto segurava a porta e seguia a criada dentro do quarto.
Geordie estava de volta na cama, mas sentado com vários travesseiros nas
costas e uma camisa de dormir. Ele tinha um pouco mais de cor no rosto também, ela
notou, embora ele parecesse um pouco irritado. Ela não ficou terrivelmente surpresa
com isso e suspeitou que ele seria um paciente mal-humorado. Os homens raramente
tinham muita paciência quando estavam doentes.
—Coloque na mesa de cabeceira, por favor, Katie — Dwyn murmurou quando
a empregada diminuiu a velocidade e olhou para ela, incerta.
Sorrindo, a moça correu para colocá-la, e depois voltou aquele sorriso para
Geordie e murmurou: —É bom ver você acordado e se recuperando, Milaird, —antes
de se virar e se dirigir para a porta novamente.
—Vou sair agora que você voltou, — disse Aulay, movendo-se em direção a
Dwyn, enquanto se aproximava da cama. —Basta dar um grito se ele precisar fazer
outra viagem ao garderobe, ou você precisar que ele seja movido por qualquer motivo.
—Obrigada, — disse Dwyn sinceramente, estendendo a mão para apertar o
braço do cunhado, quando ele passou por ela. Ele, Rory e Alick haviam feito tudo o
que podiam para ajudar enquanto Geordie estava acamado. Ela não poderia ter
conseguido sem eles, e ela apreciava isso.
Aulay deu um aperto carinhoso na mão dela antes dela retirá-la do braço dele,
e então ele passou e ela continuou ao lado da cama.
Sorrindo para Geordie, ela perguntou: —Você está com fome ou com sede?
—Ambos, — disse ele em um suspiro.
Assentindo, Dwyn se sentou na beira da cama e olhou por cima da bandeja.
—Caldo, sidra ou hidromel primeiro?
—Sidra, — ele decidiu, e ela o ajudou a beber, permitindo que ele tomasse
mais do que alguns goles dessa vez.
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Quando Geordie disse: —Obrigado, — ela pousou a sidra e pegou a tigela de
caldo.
—Aulay disse que você estava pingando caldo e sidra na minha garganta o
tempo todo que fiquei doente,— disse ele enquanto ela pegava uma colher de caldo.
—Sim. Pensei que estivesse com fome, e não poderia me dizer não, — brincou
Dwyn, e levou a colher de caldo à sua boca.
Geordie olhou para ela com uma careta, obviamente não satisfeito por ele ser
alimentado como uma criança, mas finalmente abriu a boca para ela deslizar.
—Talvez você deva apenas derramar em uma caneca e me ajudar a beber, —
disse ele ironicamente, após a segunda colherada. —Eu me sinto como uma criança
sendo alimentado assim.
—Não vai ser por muito tempo, — disse Dwyn com simpatia. —Você
recuperará suas forças rapidamente, agora que está acordado.
—Espero que sim, — Geordie suspirou e abriu a boca novamente quando ela
lhe levou outra colherada à boca. Depois de engolir, ele perguntou: —O que
aconteceu com seu vestido?
Dwyn fez uma pausa e olhou para si mesma, mas o novo vestido verde
floresta parecia bom. Não havia pequenas lágrimas ou manchas nele. Quando ela
ergueu o olhar confuso para ele, ele explicou: —O decote não é tão baixo quanto eu
estou acostumado.
O rosto de Dwyn se abriu em um sorriso largo com isso, e ela assentiu.
—Sim. As mulheres e eu costurávamos enquanto o visitávamos. Conseguimos
fazer alguns vestidos novos enquanto você dormia. Ela notou a insatisfação no rosto
dele e franziu o cenho com preocupação. —Você não gosta deste? Eu pensei que era
bonito.
—Sim — garantiu Geordie, bruscamente. —A cor combina com você e o estilo
é agradável . . .
Ela ergueu as sobrancelhas questionando, quando ele fez uma pausa, ouvindo
um silencioso , mas.
Finalmente, ele admitiu: —Mas sinto falta dos decotes baixos.
—Ah. Dwyn mordeu o lábio para segurar um sorriso repentino. —Bem, eu
ainda tenho esses vestidos também, e ficarei feliz em usá-los para você. Mas sinto-me
um pouco mais à vontade por não me expor tanto para os soldados e os homens de
sua família.
—Oh. Sim, — disse Geordie com compreensão, e abriu a boca quando ela
colocou a colher nos lábios dele novamente. Ele engoliu o líquido quase antes que ela
removesse a colher dessa vez e, assim que pôde, perguntou: —Como estão seus
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pés? Aulay disse que você os machucou novamente, me arrastando pela floresta e
Rory só lhe deu permissão para andar novamente na noite de ontem.
A boca de Dwyn se contorceu de irritação. —Ele foi muito irritante comigo em
relação aos pés desta vez. Eu estava começando a pensar que ele nunca me deixaria
andar de novo.
Ela pegou o sorriso que cruzou o rosto de Geordie com sua irritação e arqueou
uma sobrancelha. —Você não estará sorrindo quando estiver recuperado e ele estiver
insistindo em que permaneça na cama por mais tempo.
A expressão de Geordie diminuiu com isso, e então ele disse: —Você deveria
ter me deixado na floresta e corrido para Buchanan.
—Eu não teria deixado você sozinho, milaird. Se os outros homens tivessem
vindo procurar os dois homens que você despachou, eles o matariam.
—Eu suspeito que eles vieram procurar, — disse Geordie sombriamente.
Dwyn levantou as sobrancelhas com isso. —Por quê?
—Porque Aulay disse que o acampamento estava vazio quando os homens o
encontraram e eles conseguiram escapar da terra de Buchanan, antes que Simon e os
outros soldados pudessem alcançá-los, — ele anunciou, e apontou: —Eles
precisavam ter algum aviso prévio de alguma forma, e parece provável que eles
tenham ficado preocupados, procuraram os dois homens e os encontraram
mortos. Isso teria sido suficiente para fazê-los sair da nossa terra. Embora deva ter
sido perto, porque tenho certeza de que eles teriam nos perseguido, e com você me
arrastando pelo chão da floresta em uma manta, nossos rastros teriam sido fáceis de
seguir.
Dwyn olhou para ele, lembrando o som de um galho estalando atrás deles
pouco antes de ouvir Aulay e os outros homens trovejando na direção deles a
cavalo. Será que um ou até dois dos homens encontraram seus companheiros e
estavam se aproximando deles quando ouviram os cavaleiros que se
aproximavam? Nesse caso, ela teve sorte de ter decidido fugir, em vez de tentar
arrastá-lo novamente. Ela também teve sorte de não terem tido tempo de cortar a
garganta de Geordie antes de fugir, pensou Dwyn com horror. Meu Deus, ela não
deveria tê-lo deixado sozinho nem por alguns minutos enquanto corria para o
caminho para parar Aulay e os outros.
—Moça, você ficou pálida. O que foi? — Geordie perguntou com uma careta.
Dwyn abriu a boca e depois parou e olhou para a porta quando soou uma
batida. Suspirando, ela balançou a cabeça e colocou a tigela de volta na bandeja,
surpresa ao ver que estava vazia. Levantando-se então, ela se moveu para abrir a
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porta, sem se surpreender quando os irmãos de Geordie e suas companheiras a
cumprimentaram.
Gerenciando um sorriso, Dwyn recuou e os deixou entrar, percebendo apenas
então que ela não tinha pensado em avisar Geordie que todos estavam vindo para
visitá-lo.
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Capítulo 14
—Percebi que os juncos estavam ficando um pouco obsoletos na véspera,
quando eu trouxe o jantar para você e Laird Geordie e fiquei imaginando se você
deseja que eu coloque alguns novos? Ou talvez algumas flores silvestres para
perfumar as que você tem? Ou ambos?
—Oh, obrigada, Katie. — Dwyn sorriu para a criada, enquanto elas
caminhavam pelo corredor em direção ao quarto que ela dividia com Geordie. —Os
juncos frescos e algumas flores para perfumá-los seria bom. É bom você pensar nisso.
—Oh, bem, Mavis deve ter pensado nisso na vez seguinte que ela subiu as
escadas, — Katie assegurou-lhe simplesmente. —Ela simplesmente não esteve mais
no quarto desde o primeiro dia em que Laird Geordie acordou.
—Você está certa, — concordou Dwyn, pensando que o quarto estava cheio
demais de irmãos e irmãs de Geordie para Mavis entrar, nos últimos três dias. Eles
tinham companhia com eles no quarto sem parar, desde que todo mundo tomava o
desjejum até depois do jantar, todos os dias desde que Geordie acordou. Dwyn já
tinha visto Mavis olhando algumas vezes, e esperava que na primeira vez em que
visse o quarto vazio, ou pelo menos com menos pessoas, a mulher parasse para uma
visita. Embora Mavis havia ficado em segundo plano, enquanto as outras quase
noivas estavam em Buchanan, depois que elas se foram e os irmãos de Geordie e suas
companheiras chegaram, ela se sentou à mesa alta com eles e visitou com
frequência. Foi assim que Dwyn soube que a ninhada dos Buchanan via Mavis como
uma segunda mãe. Ela também sabia que a mulher amava todos e cada um dos
irmãos Buchanan e sua irmã como uma mãe. Na verdade, Dwyn ficou com
inveja. Ela desejou ter tido alguém como Mavis quando criança.
—Aqui estamos, — disse Dwyn, afastando esses pensamentos, enquanto
avançava para abrir a porta para a empregada.
—Bom dia, Milaird.— Katie disse alegremente enquanto carregava a bandeja
para a cabeceira. —Como você está se sentindo esta manhã?
—Melhor, obrigado, moça, — disse Geordie, mas seu olhar estava em Dwyn
enquanto ela seguia a garota.
Sorrindo para ele, Dwyn deixou o olhar se mover sobre o rosto recém-
barbeado e os cabelos úmidos. Ela ficou preocupada quando ele pediu para ela
buscar Rory e Alick quando acordou esta manhã, e esperou ansiosamente no
corredor, com medo de que houvesse algo errado. Ela ficou agradavelmente
surpreendida quando Rory saiu e explicou que Geordie queria um banho e
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perguntara se tudo estaria bem, e se talvez pudessem ajudá-lo. Dwyn não pôde
deixar de pensar que isso era um bom sinal, e havia descido para falar com Mavis
sobre como arranjar um.
Quando a mulher sugeriu se ela também gostaria de um, e disse que iria
enviar um segundo banho para o quarto das irmãs para que ela usasse se quisesse,
Dwyn assentiu com alívio. Ela não queria incomodar os criados com um pedido
como esse. Eles já estavam fazendo tanto por ela e Geordie, mas ela não tomava
banho desde alguns dias antes de Geordie acordar. Ela estava se arrumando com a
lavagem na jarra desde então, mas ansiava por um banho e a oportunidade de lavar
o cabelo. Ela desfrutara daquele banho como nenhum outro e ficara agradecida pela
ajuda de Katie na lavagem e secagem dos cabelos. A empregada chegou a escová-los
junto à janela, onde uma brisa quente de verão ajudara a acelerar a secagem. Dwyn
os tinha deixado soltos para ajudá-los a terminar a secagem, e sabia que não
demoraria muito. Já estavam dançando ao seu redor, em vez de ficar molhados e
escorridos.
Sua gratidão fez o sorriso que ela deu à criada um pouco mais amplo do que o
habitual, quando Katie passou por ela para sair do quarto e fechou a porta atrás dela.
—Seus irmãos fizeram sua barba, — disse Dwyn com um sorriso, ao se
aproximar da cama.
—Você não gostou de mim com barba e bigode, então? — Geordie perguntou
com diversão.
—Na verdade, eu gostei, — ela admitiu, seus lábios se curvando enquanto se
sentava na beira da cama ao lado dele. —Pelo menos a princípio. Era baixinho e lhe
dava um jeito sexy de homem selvagem. Mas espeta um pouco quando nos beijamos.
—Sim, foi por isso que eu a raspei. Eu queria beijá-la sem arranhar sua pele
sensível, — ele admitiu, e então disse: — Beije-me, moça.
Os olhos dela se arregalaram, mas Dwyn não hesitou e se inclinou para beijá-
lo. Ela suspirou no momento em que suas bocas se encontraram, e então se abriu
quando a língua dele deslizou para escorregar ao longo da costura onde seus lábios
se uniram, um pedido silencioso de entrada. Ela gemeu, arqueando as costas
ansiosamente quando a língua dele a penetrou, e ficou satisfeita ao ouvir o gemido
de Geordie. Para ela, parecia uma eternidade desde que ele a beijara e a abraçara. Ele
estava acordado apenas há três dias e ainda estava fraco, mas sua resposta e a
repentina selvageria de seu beijo combinavam com a dela.
Quando Dwyn sentiu a mão dele em seu peito, ela quase chupou a língua dele
de sua boca com um suspiro de choque. Interrompendo o beijo, ela se afastou e
olhou para ele.
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Geordie sorriu para ela com satisfação. —Eu tenho trabalhado para recuperar
meus músculos à noite, levantando repetidamente meus dedos, depois minhas mãos,
depois meus braços, para recuperar minhas forças.
—Oh, — ela respirou, os olhos arregalados. A mão dele a seguiu na vertical e
ele estava brincando com um mamilo ereto através do material do vestido dela.
—Isso não é tudo o que posso levantar, — acrescentou com outro sorriso, este
mais amplo.
—Suas pernas? — perguntou Dwyn, incerta.
—Sim, eu posso levantá-las um pouco, mas não tanto ainda quanto minhas
mãos e braços,— admitiu Geordie, e acrescentou: —Mas não era disso que eu estava
falando.
Quando ela piscou confusa, ele disse: —Estou com calor, moça. Você poderia
tirar essas peles de mim?
—Oh, claro. — Dwyn virou-se para remover a grande capa de pele de cima
dele. Era feita de várias peles costuradas e muito pesadas, e no momento em que ela
a empurrou, o lençol embaixo apareceu formando uma pequena tenda.
—Oh, — ela respirou. Primeiro Dwyn ficou olhando e depois se viu
alcançando o poste da barraca.
—Não! — Geordie latiu com alarme. Quando Dwyn olhou rapidamente de
volta para seu rosto, ele sorriu ironicamente e admitiu: —Moça, tudo o que fiz nos
últimos dois dias foi pensar em amar você. Foi assim que me incentivei a trabalhar
mais para recuperar minhas forças. Eu pensava em como queria tocá-la. — Fazendo
uma careta, ele acrescentou:— Mas temo que se você me tocar agora, não vou mais
amar você.
—Oh, — Dwyn repetiu, desta vez incerta. Agora ela não sabia o que
fazer. Geordie sabia, entretanto.
—Desfaça seus laços e dispa seu seios para mim, moça. Quero vê-los e não
quero desperdiçar a pouca força que acumulei, despindo você. Prefiro guardá-la para
tocá-la.
Dwyn não hesitou. Encontrando o olhar dele, ela estendeu a mão para
desfazer os laços, surpresa ao ver suas mãos tremendo. Não era timidez. Havia muito
pouca timidez nela em relação a ele ver seu corpo. Geordie tinha visto, tocado e
lambido cada centímetro dela antes de receber o ferimento que atualmente o
mantinha preso à cama, e ela se vestiu e despiu na frente dele várias vezes desde que
ele acordasse daquele ferimento. Mas ela estava tremendo como uma virgem em sua
noite de núpcias. Ainda assim, ela desabotoou os laços e rapidamente baixou o
vestido dos ombros.
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—Levante-se, — Geordie rosnou quando ela se estendeu para retirar a camisa
também.
Dwyn ficou de pé, permitindo que seu vestido caísse no chão e depois
esperou, enquanto observava um sorriso lento espalhar-se por seus lábios.
—Porra, eu amo a sua camisa, — ele murmurou, e ela olhou para
ele. Enquanto ela fizera vestidos novos com decotes mais altos, todas as suas camisas
ainda os tinham mais baixos e isto mostrava a parte superior dos mamilos. A voz de
Geordie era rouca quando ele pediu: —Tire isso também.
Dwyn a removeu, empurrando-a de um ombro e depois do outro, para deixá-
la cair em cima do vestido.
—Sim, agora suba em mim, moça, monte em meu estômago, — ele ordenou.
As sobrancelhas de Dwyn se ergueram com isso, seu olhar se movendo para a
ereção dele, mas ela fez o que ele pediu e subiu na cama, passando o cabelo por cima
dos ombros primeiro, para que não se ajoelhasse acidentalmente neles.
—Ah, moça, — Geordie suspirou, estendendo a mão para cobrir os seios com
as mãos. —Eu já disse como você é adorável?
Os olhos de Dwyn se arregalaram, mas ela não poderia ter respondido se
quisesse; seu toque estava enviando arrepios de excitação através dela e ela estava
ocupada ofegando em resposta.
—Curve-se aqui e me beije, moça.
Dwyn obedeceu de imediato, inclinando-se até que ela pudesse cobrir sua
boca com a dela, um gemido deslizando de seus lábios em sua boca enquanto ele a
apertava e a amassava com mais firmeza. Era uma posição estranha para ela estar no
topo e controlar o beijo, mas ela gostou. Nessa posição, ela decidiu o ângulo, a
pressão e a profundidade do beijo, e ficou gananciosa depois de tanto tempo sem
isso. Sua boca devorou a dele e o convidou a devorar a sua em resposta, enquanto ele
acariciava seus seios e beliscava seus mamilos. Pelo menos, ela fez no começo, mas
quando ele virou a cabeça interrompendo o beijo, Dwyn sentou-se lentamente,
ofegando com a necessidade crescente nela.
—Você já está molhada, — Geordie rosnou, e ela sentiu o primeiro lampejo de
vergonha. Ela estava montada em seu estômago, mas ele ainda não a havia tocado, e
ainda assim sabia que ela estava molhada . . . porque . . . bem, porque ela estava
montando em seu estômago e ele aparentemente podia sentir a maneira como seu
corpo estava chorando por atenção.
—Eu quero provar você.
Dwyn piscou com essas palavras, tão confusa agora quanto na primeira vez
que ele as dissera, mas não pela mesma razão. — Mas você não pode. . .
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—Monte-me no rosto, esposa.
Agora seus olhos se arregalaram incrédulos. —Eu não podia apenas. . .
—Você prometeu me obedecer na frente do padre Archibald, nossa família e
Deus, Dwyn. Você não vai cumprir seus votos? — Geordie perguntou solenemente.
—Você se lembra, — disse ela com surpresa. Até agora, ele não tinha dito uma
palavra sobre o casamento deles, aqui neste quarto, na noite em que ele foi ferido, e
Dwyn começou a se preocupar que ele nem se lembrasse.
—Nosso casamento? — Geordie perguntou, incrédulo. — Claro que eu me
lembro. Fui eu quem pediu ao padre Archibald para executá-lo. Agora rasteje até
aqui e monte em meu rosto, esposa. Eu quero provar você.
A boca de Dwyn se abriu, fechou e então ela balançou a cabeça, mas quando
ele passou as mãos nos seus quadris e a incentivou a avançar, enquanto ela balançava
a cabeça novamente, ela também começou a se mover. Preocupada com machucá-lo,
e ansiosa com o que ele pediu que ela fizesse, ela se levantou na cama e depois
avançou, agarrou a cabeceira da cama para se apoiar e lentamente se abaixou sobre o
rosto, os joelhos de ambos os lados da cabeça, panturrilhas e pés nos ombros e no
peito. Meu Deus, isso era novo, ela pensou com consternação, ciente da visão que ele
estava tendo.
—Mais baixo, esposa.
Dwyn balançou a cabeça, mas se abaixou um pouco mais.
—Quase perfeito, apenas um toque mais à frente, — ele instruiu.
Murmurando baixinho, Dwyn se moveu um pouco para a frente e quase
gritou quando a língua dele atravessou seu centro sensível. Mordendo o lábio para se
silenciar, ela apertou as mãos na cabeceira da cama, os olhos arregalados olhando
cegamente para as cortinas da cama, enquanto ele apertava seus quadris e a trazia
firmemente contra o rosto dele. Ele usou o queixo, os lábios, a língua e até os dentes
em sua carne macia, as mãos movendo os quadris dela até que ela estivesse excitada
o suficiente para esquecer sua posição e começar a se mover, montando seu rosto. Ele
murmurou o que Dwyn achou que era aprovação então, e ela gemeu e deixou a
cabeça cair para trás enquanto o som zumbia sobre sua pele e seu corpo.
Dwyn estava a ponto de encontrar sua libertação quando, de repente, ele a
empurrou de volta pelo aperto em seus quadris e rosnou: —Monte-me agora, moça.
Ele não precisou pedir duas vezes. Dwyn teria feito praticamente qualquer
coisa que ele pedisse naquele momento, e rapidamente se moveu de volta pelo corpo
para montá-lo. Ela não esperou mais instruções, mas empalou-se nele com um
mergulho rápido, e então deixou a cabeça cair para trás e gemeu quando seu corpo se
ajustou ao dele enchendo-a novamente. Fazia tanto tempo.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Deus, mulher, eu senti sua falta, — Geordie gemeu, seus dedos cavando em
seus quadris. —Sinto que voltei para casa toda vez que estou em você e faz muito
tempo desde que eu estive em casa.
Dwyn levantou a cabeça para olhá-lo e depois se inclinou para apoiar as mãos
no travesseiro, de cada lado da cabeça dele. Seus cabelos caíram ao redor deles, uma
cortina de ouro pálido que os protegia do mundo quando ela começou a se mover
sobre ele, seus seios roçando em seu peito e seus olhos se encontrando.
Geordie observou seu rosto, as mãos correndo pelo corpo dela para abraçá-la
por trás e ajudá-la a encontrar o ritmo perfeito, e então ele rosnou: —Eu disse casa,
amor? Eu quis dizer o paraíso.
—Mavis diz que você vai realizar uma cerimônia de casamento e festa em
Innes, e não aqui,— comentou Katie, e acrescentou: —Ela disse que todos os
Buchanans estarão presentes.
Dwyn ergueu os olhos do bau que estava arrumando e observou a empregada
arrumar a cama que ela e Geordie haviam deixado em um estado muito amarrotado
esta manhã. Fazia um mês desde que ele acordara, após o ferimento. Seus pontos
tinham sido retirados, e ele trabalhou duro para reconstruir sua força, mesmo antes
deles serem removidos. O homem definitivamente tivera sucesso nisso, Dwyn
pensou com um sorriso lento, enquanto se lembrava de algumas das posições que ele
lhe mostrara ontem à noite e esta manhã. Ele alegou que era tudo para ajudar a
reconstruir suas forças para fazer amor com ela, com ele de pé, e ela em seus braços,
as pernas em volta dele, enquanto ele a apertava por baixo e a levantava e abaixava
lentamente sobre seu cajado. Dwyn ficou muito satisfeita em ajudá-lo a recuperar
suas forças dessa maneira. Afinal, era seu dever como esposa ajudá-lo em qualquer
empreendimento.
O pensamento quase a fez bufar para si mesma com diversão. Ajudando-o, ou
não, ela definitivamente gostou da parte de ir para a cama, do casamento. Mas ela
também gostava de outros aspectos. Apenas conversar e rir com ele era
maravilhoso. Andar nos jardins e pomar. Jogar jogos de trilha e xadrez. Dwyn
chegou à conclusão de que ela não apenas amava o homem, ela adorava estar com ele
e não podia acreditar no quão sortuda era por tê-lo.
—Milady?
—Hmm? — Dwyn olhou para a moça e depois se lembrou de seus
comentários e disse: —Ah, sim. Bem, não é realmente necessário, mas o povo de
Innes deve poder celebrar nossa união. E a família de Geordie também queria
participar.
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As sobrancelhas da empregada se ergueram com isso. —Vocês não acham que
casar aos olhos da igreja é necessário?
—Oh.— Dwyn piscou quando percebeu que a criada não tinha ideia de que
eles já estavam casados aos olhos da igreja. Havia apenas o pai dela, Una, Aileen,
Rory, Alick, Aulay e Jetta, para testemunhar a cerimônia que o padre Archibald
havia realizado na noite em que Geordie foi ferido, e ela supôs que provavelmente
não tivesse sido conversado depois. Não tinha sido exatamente uma grande ocasião,
embora tivesse sido especial para ela. Além disso, todo mundo estava tão
preocupado com Geordie, especialmente quando a febre começou . . .
—Não é que eu não considere necessário, — ela começou, depois parou e
olhou para a porta quando ela se abriu.
—Aí está você! — Geordie atravessou o quarto rapidamente quando ele
entrou e a viu. Agarrando-a pela cintura, ele a ergueu no ar, abaixou-a para
pressionar um beijo rápido nos lábios e depois a levantou e abaixou novamente para
outro beijo rápido.
—Construindo sua força de novo, senhor? — perguntou Dwyn com diversão
enquanto a levantava pela terceira vez.
—Sim, mas com um propósito. Estou levando-a para a cachoeira, — ele
anunciou, e a colocou no chão, então agarrou sua mão com a dele e se virou para
puxá-la em direção à porta.
—A cachoeira? — Ela perguntou ansiosamente, arrastando os pés.
Quando ele percebeu que ela não o estava seguindo com entusiasmo, ele se
virou para olhá-la. —O que foi, amor?
Dwyn hesitou, mas depois perguntou incerta: —É seguro?
Geordie a encarou solenemente. —Os homens estão vasculhando as terras de
Buchanan desde o ataque, para qualquer sinal de retorno dos bandidos, e não viram
nada. Além disso, — acrescentou. —Está dia claro. Está sempre seguro lá à luz do
dia. E quero lhe mostrar por que amo tanto a cachoeira antes de partirmos.
Escovando os dedos levemente pela bochecha dela, ele continuou. —Além disso, já se
passaram seis semanas desde o ataque, Dwyn. Bandidos não ficam em uma área por
muito tempo. Eles seguiram em frente.
Dwyn mordeu o lábio brevemente, depois olhou de volta para o baú e disse: —Mas e
as malas? Partimos para Innes amanhã e ainda tenho. . .
—Podemos fazer isso hoje à noite, — ressaltou, e acrescentou: —Mas não
podemos ir à cachoeira à noite.— Curvando-se, ele deu um beijo nos lábios dela e
depois sussurrou: —Venha comigo, moça.
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Foi o tom quase suplicante em sua voz, quando ele disse isso, que decidiu
Dwyn. Afastando sua ansiedade e preocupações para um lado, ela assentiu.
—Essa é minha garota. — Geordie sorriu para ela, depois se virou e correu
para fora do quarto, puxando-a com ele.
—Está tão vazio agora que todo mundo se foi, — Dwyn murmurou em voz
baixa, enquanto seguia Geordie pelas escadas até o grande salão. Que não estava
realmente vazio. Havia criados e soldados indo e vindo, ou sentados para desfrutar
de uma refeição ou bebida. Mas todos estavam conversando calmamente sobre seus
negócios, quando ela estava acostumada aos risos e a ouvir vozes altas.
—Dwyn, amor, você disse isso pelo menos dez vezes por dia desde que minha
irmã, meus irmãos e companheiros voltaram para suas casas, e isso foi há quase
quatro semanas, — Geordie apontou com uma risada, enquanto atravessavam o
grande corredor dirigindo-se para as portas do pátio.
—Eu sei, mas parece estranho ainda. Enquanto seus irmãos e irmã e seus
companheiros estavam aqui, sempre havia barulho e movimento no grande
salão. Então eles foram embora e. . . Ela deu de ombros.
—Sim, eu também sinto falta deles, — ele murmurou com um leve sorriso.
— Mas nós os veremos em breve. Eles vão a Innes para o casamento, —
Geordie lembrou-a e depois parou na frente das portas do pátio para encará-la,
enquanto perguntava: —Haverá espaço para todos em Innes?
—Innes não tem tantos cômodos quanto Buchanan, mas o castelo é de bom
tamanho. Vamos encontrar espaço para todos, — assegurou Dwyn.
—Sim, vamos, — ele concordou. Sorrindo, ele beijou a ponta do nariz dela e
admitiu: —Estou curioso para ver nossa casa e ansioso para partir.
—A essa hora amanhã estaremos a caminho, e em três dias você a verá, — ela
murmurou, porque foi quanto tempo ele disse que levaria para chegar a Innes. Dwyn
e sua família levaram muito mais tempo para viajar a Buchanan de Innes, mas eles
tinham uma carroça e um grande grupo de soldados com eles. Ela e Geordie estavam
planejando ir direto para lá a toda velocidade, com apenas um saco de roupas e Alick
e Rory como companhia. Seus baús seguiriam com o pai, as irmãs e a escolta dos
guerreiros de Innes que eles trouxeram com eles e levariam duas ou talvez até três
vezes mais para fazer a jornada. Ela sabia que suas irmãs estavam acima para
guardar suas próprias roupas nos baús quando eles entraram.
—Não devemos contar a Aulay ou Jetta para onde estamos indo? —perguntou
Dwyn enquanto ele abria uma das portas e a conduzia pelas escadas da fortaleza.
—Aulay estava levando Jetta escadas acima para tirar uma soneca quando eu
vim encontrá-la, — disse Geordie, olhando em volta para sacudir as sobrancelhas
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sugestivamente, para que ela soubesse de que tipo de soneca ele estava falando. Indo
para os estábulos agora, ele disse a ela: —Foi isso que me fez pensar que eu deveria
aproveitar a oportunidade para levá-la até a cachoeira.
—Ah, — ela disse divertida.
Geordie devia ter parado nos estábulos antes de vir buscá-la. Seu cavalo
estava pronto e acabara de ser trazido quando eles chegaram. Quando ele a pegou
pela cintura e a levantou na sela, Dwyn supôs que isso significava que ela estava
montando com ele, e não em sua própria montaria, mas não se importou. Qualquer
desculpa para abraçá-la sempre ganhava a aprovação de Dwyn, e ela se recostou nele
com um pequeno suspiro de satisfação, uma vez que ele estava montado atrás
dela. Os braços de Geordie deslizaram ao redor dela e ele a abraçou brevemente, e
então ele pegou as rédeas e eles se foram.
Eles mal deixaram a muralha externa para trás quando Geordie trocou as
rédeas para uma das mãos, para que pudesse alcançar e acariciar seus seios com a
outra. Gemendo, Dwyn pressionou de volta nele com os ombros, as costas arqueando
para cima na carícia.
—Você sempre é tão sensível a mim, amor, — Geordie rosnou, beliscando sua
orelha e depois chupando-a suavemente, para que ela mal notasse quando ele puxou
seu decote para libertar seus seios para o toque dele, sem o tecido no caminho.
Dwyn não protestou quando sentiu os dedos ásperos em sua pele
desprotegida. Em vez disso, ela estendeu a mão para esfregá-lo através do pano de
sua manta e disse: —Eu sei, senhor. Eu me transformei em pouco mais do que uma
vadia com você.
Geordie soltou o peito para agarrar a mandíbula e virou a cabeça dela para
cima e para trás para um beijo punitivo, e depois rosnou: —Para mim, talvez, e
espero que você sempre o seja.
Ele voltou a acariciá-la, então quando chegaram à cachoeira, ambos estavam
ofegando pesadamente e queimando um pelo outro. Eles se despiram ao mesmo
tempo, tropeçando e se atrapalhando um pouco enquanto tentavam se beijar e tatear
um ao outro enquanto o faziam, e então Geordie a levantou nos braços e ela colocou
as pernas em volta dele, prendendo a ereção entre eles dois e esfregando contra ele
enquanto ele entrava na água e depois debaixo das quedas.
Dwyn engasgou quando a água fria derramou-se brevemente sobre eles, e
então ele a colocou em uma borda onde ela era capaz de inclinar a parte superior do
corpo para trás, de modo que corresse sobre seus seios e estômago, mas não seu
rosto. Ela viu Geordie através de uma lâmina de água, e então o rosto dele se juntou
ao dela no espaço seguro e sem água e ele a beijou enquanto deslizava nela.
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Dwyn nunca havia experimentado nada parecido, a água os acariciava em
todos os lugares enquanto ele a amava, aumentando suas carícias e beijos, e de
repente ela entendeu por que ele queria mostrar a ela esse lugar. Ela disse isso mais
tarde, enquanto estavam deitados em uma manta na clareira, na beira do lago.
—Sim. — Ele correu uma mão preguiçosamente para cima e para baixo nas
costas dela, onde ela desabou sobre ele depois que ele a carregou para fora da água e
eles fizeram amor novamente. —Era tão bom quanto eu imaginava que ia ser.
Dwyn levantou a cabeça e ergueu uma sobrancelha. Como você
imaginova? Você nunca fez isso antes?
—Na cachoeira? — perguntou Geordie, e depois balançou a cabeça. —De jeito
nenhum. Sempre tive medo de me afogar tentando e não me afogaria com nenhuma
mulher. Exceto você.
—Parece que deveria ser um elogio, — disse Dwyn, pensativa. —E, no
entanto, só quero dar um tapa em você. Quando ele levantou a cabeça para olhá-la
com surpresa, ela disse solenemente: —Não quero que você se afogue por mim,
marido. Prefiro que você viva para mim, muito obrigada.
Geordie sorriu e abraçou-a, mas depois admitiu: —Bem, não para você,
talvez. Eu imagino fazer isso quase desde que a conheci.
Dwyn sorriu levemente e descansou a cabeça no peito dele novamente, mas
depois de um momento ele suspirou e disse: —Suponho que é melhor
voltarmos. Logo chegará a hora do jantar, e prometi ajudá-la a fazer as malas depois.
As sobrancelhas dela se ergueram com isso. Ela não se lembrava dele prometendo
ajudá-la. Embora ela tivesse alguma vaga lembrança do fato de ele ter dito “eles”
poderiam fazer as malas naquela noite. Ela suspeitava, porém, que a ajuda dele
acabaria apenas diminuindo a velocidade dela, pois eles tinham muitos problemas
em manter as mãos longe um do outro. Ela não disse isso, no entanto, simplesmente
se arrastou para fora dele e começou a juntar suas roupas.
Eles se vestiram em um silêncio agradável e depois caminharam até o cavalo
de mãos dadas. Geordie montou primeiro desta vez e depois se inclinou para pegá-la
pela cintura e levantá-la diante dele. Ele não instou o cavalo a se mover
imediatamente. Em vez disso, ficou sentado por um momento, deixando seus olhos
varrerem o lago, a cachoeira e a clareira.
—Sentirei falta deste lugar, — admitiu Geordie depois de um momento. —Eu
cresci aqui, nadando com meus irmãos e irmã, e. . . — Ele deixou suas palavras
sumirem, e então sorriu torto para ela, e disse:— Mas há todo um mar para desfrutar
em Innes, não há?
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—Sim, — concordou Dwyn, e apontou: —E podemos visitar aqui quantas
vezes quiser, marido.
Assentindo, ele se inclinou para beijar a ponta do nariz dela e depois virou o
cavalo para começar o caminho pela floresta.
Geordie não parecia ter pressa de retornar à fortaleza. Ele manteve sua
montaria a trote quando eles deixaram a clareira e começaram o caminho. Ela
suspeitava que ele estivesse se despedindo silenciosamente desse lugar que o
hospedara por vinte e nove anos de sua vida. Essa parte do casamento nunca
ocorrera a Dwyn durante a imaginação de sua infância. Ela nunca incluiu a parte em
que ela teria que ir embora de Innes, a única casa que conheceu, para ir a um lugar
que ela nunca tinha visto antes, mas deveria aceitar alegremente como sua nova
casa. Isso não aconteceu afinal, mas estava acontecendo com Geordie agora que ele se
casara com ela.
Ela esperava que ele não se ressentisse disso. Ele disse que a amava na noite
em que se casaram, mas não o repetira desde que acordara. A declaração tinha sido o
resultado da lesão, algo facilmente dito quando ele pensou que estava prestes a
conhecer seu Criador, ou ele quis dizer isso?
Dwyn sabia que Geordie estava feliz com o casamento deles agora e estava
ansiosa para ver Innes. Mas ele gostaria de Innes, uma vez lá? Ela mordeu o lábio
preocupada com o pensamento. Ela amava Innes, mas era nas planas Lowlands
enquanto ele estava acostumado com a majestade das montanhas nas Highlands. E
havia o problema do Laird Brodie. Dwyn tentou contar a Geordie sobre isso para já
prepará-lo. Eles discutiram muito enquanto ele estava se curando nas últimas
semanas. Mas toda vez que ela tentara abordar o assunto do vizinho, Brodie, ele a
interrompia para dizer que estava tudo bem. Tudo ficaria bem. Eles estavam casados
agora. Não havia nada que o homem pudesse fazer, e se Brodie tentasse tolamente
algo, de qualquer maneira, ele cuidaria disso.
Geordie de repente paralisou atrás dela e o braço dele apertou sua cintura,
tirando Dwyn de seus pensamentos. Ela olhou para frente, meio esperando ver
cavaleiros se aproximando. Em vez disso, seu olhar caiu sobre uma trouxa grande e
escura no caminho, uns quinze metros à frente. Demorou um momento para ela
reconhecer o que era o pacote e, mesmo assim, ela não teve certeza até conseguir
distinguir as fortes pernas nuas saindo do pacote de pano. Elas não estavam se
mexendo. —Esse é um soldado de Buchanan?
Geordie grunhiu atrás dela, e ela girou a cabeça para trás e para cima, para
olhar o rosto dele. Sua expressão era sombria, seus olhos vasculhando as árvores ao
redor deles e o caminho além do homem caído, enquanto ele diminuía a
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montaria. Dwyn voltou então, seu próprio olhar deslizando rapidamente ao
redor. Quando ela não viu um cavalo ou alguém ou qualquer coisa que pudesse ser
uma ameaça, ela voltou sua atenção para o corpo. Eles estavam mais perto agora e
ela pôde ver mais detalhes. O corpo era grande, um homem com cabelos loiros,
deitado de bruços, os braços levantados e ligeiramente curvados em volta da cabeça,
o rosto se afastando deles como se estivesse olhando para a fortaleza. Ele usava uma
manta verde-escura, azul e vermelha que ela notara em cerca de metade dos
guerreiros em Buchanan, Geordie entre eles, e havia sangue acumulando-se na
sujeira pelo peito, mas não havia flecha, faca ou qualquer outra arma que sugerisse a
fonte da ferida que sangrara tão profusamente.
Os dois ficaram em silêncio enquanto Geordie se aproximava, freiando pouco
antes do corpo e desmontava. Ele se virou então, bem a tempo de pegá-la pela
cintura e deixá-la pular no chão, enquanto ela deslizava do cavalo. Uma vez de pé,
eles correram para o homem.
Dwyn parou no lado mais próximo e olhou para o rosto dele, enquanto
Geordie se movia para o outro lado. O homem parecia familiar. Ela o vira falar com
Aulay várias vezes desde que chegara, mas só quando Geordie engasgou com o
nome, “Simon”, ela percebeu que era o Segundo do Laird Buchanan, o homem que
assumia quando Acair estava muito ocupado para administrar seus deveres como
Primeiro, o que havia sido a maior parte do tempo ultimamente, ela percebeu.
Ela esperou até Geordie virar o homem e, em seguida, ajoelhou-se sobre o
corpo do marido e abaixou a cabeça no peito do homem louro para ouvir um
batimento cardíaco. Dwyn não ouviu um, mas a quantidade de sangue no chão não
lhe dera muita esperança.
Geordie não pareceu surpreso quando balançou a cabeça. Suspirando, ele se
inclinou para frente para afastar a faixa superior do plaid e puxou a túnica do
Segundo, para revelar a lesão que ele havia sofrido. Dwyn franziu a testa quando viu
a grande ferida aberta. O homem fora destruído por uma espada ou uma faca. Ela
levantou a cabeça para olhar para o marido e congelou ao ver o homem atrás dele.
Alto, em forma de barril, com cabelos grisalhos na cabeça, mas barba e bigode mais
pretos que cinza, o homem não era atraente. Ele também tinha olhos cruéis que a
assombravam em seus pesadelos.
—Brodie! — Dwyn engasgou o nome com horror.
Geordie começou a se virar, mas era tarde demais. Faolan Brodie já estava
batendo com o punho da espada na cabeça do marido.
O olhar de Dwyn girou para Geordie com consternação, quando ele desabou
sobre o peito de Simon. Aterrorizada que Brodie o matasse como ele matou Simon,
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ela se lançou instintivamente em cima do marido, protegendo sua cabeça e as costas
da melhor forma possível.
—Leve-a para sua montaria, Garbhan, senão eu poderia matá-la antes que eu
possa casar com ela.
Ela ouviu as palavras de Brodie, mas prestou-lhes pouca atenção até que
alguém — presumivelmente Garbhan — agarrou seu braço e começou a arrastá-la
em pé. Desesperada para manter Geordie em segurança, Dwyn lutou violentamente
para se soltar e retornar ao marido. Mas suas lutas foram encerradas abruptamente
quando a dor explodiu na parte de trás de sua cabeça e ela perdeu a consciência.
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Capítulo 15
Dor terrível estava rachando o crânio de Geordie quando ele
acordou. Gemendo miseravelmente, ele fechou os olhos e ergueu as mãos para cobrir
a cabeça, apenas para soltar um suspiro dolorido quando uma mão pressionou
contra o pano e não o cabelo. O toque enviou a dor em sua cabeça subindo de apenas
terrível a insuportável.
—Beba isso.
Geordie ouviu a ordem, mas prestou pouca atenção até que suas mãos foram
forçadas a se afastar de sua cabeça, quando ele foi levantado para uma posição
sentada e algo foi pressionado em seus lábios. Sua boca estava aberta por seus
gemidos doloridos, e líquido derramou-se imediatamente, sufocando o som. Ele
tentou lutar enquanto um líquido de gosto horrível fluía sobre sua língua, mas
alguém pegou suas mãos e o segurou imóvel enquanto o líquido continuava a se
derramar. Sua escolha era engolir ou deixar o líquido deslizar em seus pulmões e
afogá-lo. Geordie engoliu em seco e continuou a engolir até que sua boca estava
vazia e ele foi colocado de volta em uma superfície macia.
Ele ficou quieto então, ciente de que as pessoas estavam conversando baixinho
ao seu redor, mas estava mais preocupado em tentar controlar a agonia que ele
estava experimentando do que qualquer coisa que estava sendo dita. Pareceu a
Geordie que ele ficou ali por uma hora sofrendo, antes que a dor começasse a
diminuir, mas suspeitava que fosse provavelmente apenas um quarto disso. Rory
costumava dizer que levava um quarto de hora antes que seus tônicos começassem a
funcionar e uma hora, antes que seu efeito total fosse sentido. Esperando como o
inferno que esse não fosse o efeito total, ele finalmente abriu os olhos, estremecendo
quando a luz do sol atingiu seus olhos, enviando mais dor pela cabeça.
—Mantenha os olhos fechados até que a dor diminua mais, — instruiu Rory,
colocando algo frio e úmido na sua testa. —Você levou um golpe poderoso na
cabeça.
Geordie franziu a testa com a notícia, tentando se lembrar de como aquilo havia
acontecido, e depois ficou rígido quando se lembrou.
—Dwyn! — Ele rosnou, sentando-se abruptamente, e depois caiu de costas na
cama com um gemido como se alguém enfiasse uma faca na sua cabeça. Pelo menos,
era o que parecia, embora ele soubesse que não havia sofrido mais danos.
O pano úmido e frio voltou à testa e Rory disse: —Descanse mais um
minuto. Deixe o tônico funcionar.
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Geordie permaneceu imóvel, mas rosnou: —Onde está Dwyn?
—Os homens estão procurando por ela. — Essa era a voz de Aulay, solene,
com um tom de raiva. —O que aconteceu?
Geordie levou um momento para organizar suas lembranças e depois
suspirou. —Estávamos voltando da cachoeira. Vimos um corpo no caminho à frente,
paramos para investigar. . . Era Simon, — ele lembrou infeliz. —Ele foi estripado.
—Simon já estava morto quando você o alcançou? — Aulay perguntou, e ele
podia ouvir o olhar severo na voz de seu irmão.
—Sim, — Geordie respirou. —E já fazia um tempo. Ele estava esfriando.
—Ele franziu o cenho pela lembrança. —Ele deve ter morrido logo depois que Dwyn
e eu chegamos à cachoeira. Ele não estava no caminho quando fomos para o lago.
—Os homens disseram que ele e Katie saíram quase nos seus calcanhares, —
disse Aulay. —Você deve ter passado no local pouco antes da chegada dos homens
que mataram Simon. É uma sorte que não era você quem estava no caminho.
—Katie viu quem fez isso? — Geordie perguntou imediatamente.
—Sim, mas ela não sabe quem era. Ela disse que era um grande grupo de
homens, pelo menos cinquenta guerreiros saíram das árvores e os cercaram. Ela disse
que eles não disseram uma palavra, apenas esfaquearam Simon. Ele caiu do cavalo
atrás dela, e então sua montaria se assustou e fugiu com ela. Ela disse que os homens
não a perseguiram e até abriram espaço para ela partir, mas levou algum tempo para
ela controlar a montaria e fazer com que ele se virasse. Quando ela voltou para onde
eles foram atacados para verificar Simon, os homens tinham ido embora, Simon
estava morto e você estava deitado inconsciente sobre seu peito. Ela conseguiu subir
no cavalo dele e o trouxe de volta.
Geordie franziu o cenho, mas antes que ele pudesse pensar muito, Aulay
perguntou: —Você viu quem bateu em você?
—Não. Quem quer que tenha sido se escondeu atrás de mim, enquanto
checávamos Simon, — ele admitiu, a boca apertada. Mas então seus olhos se
estreitaram quando a lembrança daqueles momentos no caminho se dissiparam um
pouco para ele, e ele disse: —Sim. Dwyn engasgou com o nome Brodie, antes que a
dor explodisse em minha cabeça.
—Brodie?
Geordie abriu os olhos para aquele rosnado. Felizmente, desta vez, embora a
luz doía, não foi tão ruim quanto a primeira vez e ele pôde ver que o Barão James
Innes estava entre seus dois irmãos, ao lado de sua cama. O homem estava
empalidecendo com a notícia.
—Quem é Brodie? — Aulay perguntou.
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—Faolan Brodie, — James Innes disse sombriamente. —Ele é o Laird do clã
Brodie, nossos vizinhos.
Foi Geordie quem explicou. —Brodie queria Innes e tentou forçar Dwyn a se
casar com ele para que ele pudesse obtê-lo.
—Sim, — James disse sombriamente. —Sem dúvida, ele ainda quer Innes, e
ficará muito zangado quando perceber que não pode se casar com ela e conseguir.
—Estará bravo o suficiente para matá-la? —Geordie perguntou bruscamente.
—Isso não deixará Innes para ele, — apontou Aulay, e perguntou a James:
—Quão mal você acha que ele quer sua terra?
James Innes hesitou. —No começo, pensei que era o único interesse dele. Mas
quando ele atacou Dwyn . . .
—Ela me contou sobre isso, — admitiu Geordie. —Ela disse que ele tentou
forçar a questão e seus cães o expulsaram.
—Foi assim que ela descreveu? — James perguntou, sua boca apertada.
O olhar de Geordie se estreitou. —Não foi o que aconteceu?
—Sim, mas. . . — Suspirando, ele passou a mão pelos cabelos grisalhos e
depois disse: —Ouvi tudo de segunda mão de Maon, um dos meus homens. Ele
estava em patrulha e viu tudo. Ele estava a uma boa distância quando começou, e
disse que nunca teria chegado a tempo de parar o homem quando atacou
Dwyn. Maon disse que ela estava lutando como um gato do inferno e gritando pelos
cães, mas Brodie a colocou no chão em segundos e a silenciou prendendo seu
pescoço com um braço. Ele já havia puxado seu plaid para cima da bunda e a estava
sufocando com seu peso enquanto tentava levantar as saias dela, quando os cães
sairam da floresta. Os cães se separaram quando viram o que estava acontecendo,
vindo sobre ele de ambos os lados. Angus foi por sua garganta, mas Brodie
conseguiu levantar o braço e atrapalhar primeiro, e o cachorro o rasgou. Mas, mesmo
quando isso aconteceu, Barra foi para suas bolas.
Geordie estremeceu, e James Innes assentiu.
—Brodie não esperava que isso acontecesse, e provavelmente não poderia se
proteger de qualquer maneira, mesmo se esperasse. A fera o segurou e balançou a
cabeça de um lado para o outro e saiu com carne na boca quando Brodie o chutou e
rolou para o lado. Moan disse que Dwyn se arrastou a vários metros de distância e só
chamou os cães quando Brodie puxou um punhal e começou a cortá-los. Angus e
Barra ouviram imediatamente e se moveram para ficar na frente dela, seus dentes
ensanguentados à mostra enquanto rosnavam para ele. Brodie conseguiu engatinhar
até o cavalo, amaldiçoando Dwyn e os cães o tempo todo. Ele usou o cavalo para se
levantar e Moan disse que estava sangrando algo violento, tanto no braço como entre
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as pernas. Mas ele conseguiu montar exatamente quando Moan chegou a
Dwyn. Apesar da presença do meu homem, Brodie jurou que faria Dwyn pagar pelo
que seus cães fizeram naquele dia. Sua boca se apertou. —Senhor de Brodie, ou não,
Moan não suportava essa ameaça contra sua dama. Ele sacou a espada e correu em
sua direção, mas Brodie simplesmente pôs os calcanhares no cavalo e saiu antes que
ele pudesse alcançá-lo. Não ouvimos mais notícias do homem desde então.
Geordie rangeu os dentes, um músculo em sua mandíbula latejava enquanto
pensava em quão perto Dwyn havia estado de ser estuprada e forçada a se casar com
o bastardo.
Mas James Innes não terminou, e acrescentou: —Quando Moan voltou para
Dwyn, ela estava ordenando que Barra deixasse cair o que estava em sua boca. A fera
deixou cair quando ele a alcançou. Era uma das bolas de Brodie e a ponta de seu
pau. Uns bons quatro centímetros dele.
—Ah, meu Deus, — Geordie respirou, mas não em simpatia por Brodie, com
medo por Dwyn. Se o homem a culpasse pelo cachorro fazer isso, como ele a
puniria? Que tormento ele achava que seria igual ao que Barra havia feito com ele?
Dwyn tentara contar, pensou Geordie. Ela disse que o homem era perigoso,
mas em sua arrogância, ele garantiu que ela estava segura agora que eles estavam
casados. Claro, ele não sabia a extensão dos danos que o homem havia sofrido, mas
apenas porque ele não a deixou dizer. Quando ela tentou, ele a silenciou com beijos e
garantias. Ele era um tolo, Geordie pensou com consternação. Ele sabia que Dwyn
era especial. Ela não era uma mulher comum dada à histeria. Ele deveria saber que,
se ela se preocupava com Brodie, havia um motivo, e ele deveria ter escutado e a
deixado dizer todas as coisas que seu pai acabara de lhes contar, porque sabia sem
dúvida que era isso que ela estava tentando fazer quando ele a silenciou com um
dedo sobre a boca na última vez que ela tentou contar a ele.
—Vamos ter que esperar que Brodie ainda queira Innes, então, — disse Aulay
agora, recebendo seu olhar. —Isso o forçará a mantê-la viva se ele quiser evitar uma
guerra total com oito clãs.
—Sim, — disse Geordie, sombrio, e depois desviou o olhar para James Innes,
assegurando-lhe: —Não importa que eu tenha desistido de todos os direitos à terra
de Innes, caso nosso casamento termine por morte ou por qualquer outro motivo. Se
ele a matar, ainda vamos caçar o bastardo até os confins da terra. Não vamos
permitir que ele tente forçar Una ou Aileen a se casar, ou atacar Innes.
James Innes piscou surpreso com isso e depois se virou para Aulay e disse: —
Ele não sabe. Dwyn não poderia ter dito a ele.
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—Não, — murmurou Aulay, e lembrou-lhe: —Dwyn iria apresentar a ele após
a cerimônia como presente de casamento, mas nunca a tivemos. Eles se casaram bem
aqui, enquanto Rory estava costurando as feridas de Geordie ao lutar contra os
homens no lago.
—Sim, — James murmurou com uma careta. —Talvez ela planejasse contar a
ele depois do casamento em Innes.
—O que eu não sei? — Geordie perguntou com uma careta. —Que presente?
Aulay abriu a boca, fechou-a e saiu da sala.
Geordie ficou boquiaberto atrás dele, com descrença e depois se esforçou para
se sentar.
—Como está sua cabeça? — Rory perguntou sombriamente, dando um passo à
frente para ajudá-lo a erguer-se, e depois empilhando travesseiros nas costas dele
para mantê-lo daquele jeito.
—Melhor, — disse Geordie entre dentes. Ainda estava latejando algo feroz, e
sentar-se intensificou o suficiente para que ele não se levantasse como pretendia, mas
estava melhor. Voltando o olhar para James Innes, ele perguntou: —Que diabos é o
presente que Dwyn não me deu?
James hesitou e olhou para a porta como se esperasse que Aulay aparecesse lá,
mas quando não o fez, suspirou e passou a mão pelos cabelos. —Na verdade, o
presente já está dado. Você ainda não foi presenteado com ele, — murmurou
finalmente.
—Com o quê? — Geordie perguntou insistentemente, e então o movimento
atraiu seu olhar para a porta, quando seu irmão voltou com um pergaminho na
mão. Parando ao lado da cama, Aulay estendeu-o a Geordie.
—O que é isso? — Ele rosnou, simplesmente encarando o pergaminho e não o
pegando.
—Este é o presente de Dwyn para você, irmão. Aulay estendeu o braço ainda
mais e empurrou o pergaminho selado em sua direção. —Leia-o.
—Não. Apenas me diga, — ele disse rigidamente, quase com medo de tocar no
pergaminho.
—É um testamento. O testamento de Dwyn, — anunciou Aulay, e Geordie
fechou os olhos, não querendo ouvir mais. Ela não iria morrer. Ele não queria ter
nada a ver com algo que pudesse sugerir que ela fosse. Mas Aulay acrescentou: —E
embora ela não tenha planejado dessa maneira, isso a manterá viva.
Isso chamou a atenção de Geordie, e ele levantou a cabeça para relancear seu
irmão com olhos ansiosos. —Como?
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—Se ela morrer, Innes vai para você, não volta para mim ou para suas irmãs,
— explicou James quando Aulay hesitou.
Geordie olhou espantado para o pai de Dwyn. —Você concordou com isso?
—Eu tinha pouca escolha no assunto, — disse ele secamente. —Eu já havia
dado Innes aos dois no contrato de casamento, como era exigido no convite para vir
aqui, e você já o havia assinado. Dwyn podia fazer o que desejasse. Eu tentei
convencê-la a não fazê-lo, — ele admitiu. —Mas ela estava determinada a que você
não ficasse sem casa e sem terra, se ela morresse. — Suspirando, ele acrescentou
sombriamente: —E agora, parece uma coisa boa que eu não pude convencê-la a fazê-
lo. Pode salvar a vida dela.
Quando Geordie olhou para ele questionando, sem entender o porquê, ele
apontou: —Se Faolan Brodie quer Innes, ele não pode matar Dwyn. Innes vai para
você com a morte dela.
Geordie começou a relaxar um pouco. Brodie não podia se casar com Dwyn e
não poderia matá-la, se ele quisesse Innes. De fato, a única maneira de pôr as mãos
em Innes seria. . .
—Ele teria que matá-lo para ter alguma chance de ganhar Innes, — disse
Aulay, enquanto Geordie pensava. E então acrescentou: —Se Dwyn morrer antes que
você morra, Innes vai para você. Ela sobrevive a você e depois morre, ela é devolvida
ao pai ou parente mais velho, se ele já morreu. Então, ele precisa matar você e forçar
Dwyn a se casar com ele e mudar seu testamento, ou matar você, e depois ela e o pai
dela, e depois ir atrás de Una, que seria o próximo herdeiro do Laird Innes.
—Então ele terá que mantê-la viva e vir atrás de mim, — disse Geordie com
satisfação.
—Sim, — disseram Aulay e Laird Innes juntos.
Geordie considerou isso brevemente e depois apontou: —Mas ele ainda
poderia puni-la pelo que seus cães fizeram com ele. Ele poderia torturá-la ou. . .
—Mas ele não pode matá-la, —interrompeu Aulay com firmeza. —Nós
podemos ajudá-la a se curar da tortura. Não podemos trazê-la de volta da morte.
Geordie assentiu, mas sentiu-se mal ao pensar na tortura que Dwyn poderia
sofrer. E a preocupação de que, se Brodie a torturar . . . Como ela seria afetada? Ela
seria a mesma Dwyn dele quando ele a recuperasse?
Foi água fria salpicada sobre seu rosto que acordou Dwyn. Ofegando com o
choque, ela se sentou abruptamente, e então gemeu e levou as mãos à
cabeça. Ombros curvando-se sob a dor que atualmente colidia com seu crânio, ela
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
apertou as mãos com força nos dois lados da cabeça acima das orelhas, tentando
forçar a dor a recuar.
—Levante-se.
Dwyn ficou rígida com a ordem fria, não por causa das palavras, mas porque
reconheceu a voz. Faolan Brodie. O nome passou por sua mente, seguido pela
lembrança do que havia acontecido, ou pelo menos o que ela sabia do que havia
acontecido. A última coisa que ela lembrava foi de ter sido arrastada para longe de
um Geordie inconsciente. Ela não tinha ideia do que acontecera com ele depois
disso. Eles o mataram como mataram Simon? Ela era viúva?
—Se você sabe o que é bom para você, você se levanta. — Desta vez, as
palavras foram assobiadas em seu ouvido. —E você se casará comigo, como muito
obediente, ou farei você se arrepender.
A cabeça de Dwyn se levantou com isso, os olhos arregalados de horror.
— Você o matou, então?
Faolan Brodie sorriu sombriamente para sua consternação. —Quem? O
Buchanan?
Quando ela mordeu o lábio e assentiu, ele balançou a cabeça com fria
diversão. —Eu pareço um tolo para você? Não desejo ter os irmãos Buchanan com
todos os seus clãs na minha bunda. Eles me caçariam ida e volta do inferno se eu o o
matasse. Ele parecia enojado com a perspectiva, como se não entendesse tanta
lealdade e amor por um parente. —Não. Nós o deixamos vivo. Mas não pense que
isso vai lhe salvar. Quando o casamento terminar, você será minha e ele não poderá
fazer nada a respeito. Ele deixará tudo se acalmar e encontrará outra noiva.
Dwyn deixou escapar um suspiro aliviado com a notícia. Geordie estava em
segurança.
—Agora levante-se. O padre está esperando, — Brodie rosnou, dando um
passo para trás.
Dwyn olhou em volta e viu que estava sentada em um palete em uma barraca
de campanha. Eles não estavam em Brodie, então, mas ela não tinha ideia de onde
eles estavam ou há quanto tempo ela estava inconsciente. Eles poderiam estar logo
depois da fronteira com Buchanan ou a um dia da viagem de volta a Brodie e
Innes. Talvez até dois dias de viagem. Ela não tinha ideia de quanto tempo se
passara.
—Eu disse, levante-se! — Brodie rugiu e deu um soco nela.
Dwyn balançou para o lado sob o golpe, as batidas em sua cabeça aumentando
brevemente para que ela ainda não se mexesse. Depois que o pior passou, ela
levantou a mão para pressioná-la contra a bochecha ardente e se endireitou para
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olhá-lo. Com uma voz calma, ela disse: —Não vou me casar com você, e você não
pode me obrigar.
Ela esperava que ele lhe batesse novamente e se preparou para isso. Em vez
disso, Brodie a pegou pelos dois braços e a puxou para fora do palete para balançá-la
diante dele.
—Paguei muito aos MacGregors para acampar em suas terras e trazer o padre
aqui hoje. De um jeito ou de outro, você vai se casar comigo, moça — ele assegurou
friamente. —A questão é se vou precisar bater em você, até que você concorde, ou se
você vai de bom grado ao padre. — Sorrindo friamente, ele acrescentou: —Se você
for de bom grado, só vou permitir que meus homens tenham você depois da
cerimônia.
Quando os olhos dela dispararam para o rosto dele, ele deu de ombros.
—Alguém tem que consumar o casamento e esses cães malditos garantiram que eu
não possa. — Apertando a boca, ele acrescentou: —Os animais pagarão por isso com
suas vidas quando chegarmos a Innes.
A boca de Dwyn se apertou com nojo. —E isso deveria me convencer a casar
com você de bom grado?
—Não, — ele admitiu. —O que farei é o fato de que eu tenho que forçá-la a
sair desta tenda e fazer você dizer seus votos; vou deixar que os homens façam o que
quiserem com você, assim como suas irmãs, quando chegarmos a Innes. Eu sei o
quanto você se importa com suas irmãs, — ele acrescentou com a satisfação de um
homem que pensou ter todas as cartas.
Brodie colocou-a de pé e Dwyn cambaleou ligeiramente para o lado, antes de
encontrar o equilíbrio. Uma vez que ela estava firme, ele perguntou: —O que vai ser?
Dwyn olhou para ele em silêncio por um minuto, depois deu de ombros com
desinteresse e virou-se para caminhar em direção à entrada da barraca. Ela ouviu
Brodie rindo atrás dela, mas ignorou e saiu para a luz do sol para espiar o
acampamento. Brodie disse que ele pagou aos MacGregors para acampar aqui, para
que ela soubesse onde estava. A fortaleza e a terra de MacGregor ficavam na
fronteira nordeste de Buchanan. Ela não estava tão longe da Buchanan, se pudesse se
soltar e pôr as mãos em um cavalo. . . Seu olhar deslizou pelo acampamento
novamente e sua boca se apertou quando notou o número de homens se
movendo. Brodie não trouxe um pequeno contingente de soldados com ele. Havia
pelo menos cem homens que ela podia ver, e todos se viraram para olhá-la quando
ela se endireitou na frente da aba da barraca.
Sua boca se apertou com os olhares maliciosos que lhe enviaram. Ela podia
praticamente sentir a antecipação de sua “noite de núpcias”, — e Dwyn só podia
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agradecer a Deus que Geordie se casara com ela primeiro. Claro, isso não significava
que Brodie não a entregaria a seus homens, de qualquer maneira, quando soubesse
que não podia se casar com ela. Mas ele não faria isso na frente do padre, ela tinha
certeza. Erguendo o queixo sombriamente, ela foi em direção ao padre parado perto
da lareira.
—Você tem bolas, moça. Tenho que reconhecer isso, — Brodie rosnou,
aparentemente impressionado com sua marcha para encontrar seu destino.
—Um de nós deveria, — Dwyn atirou de volta quando ele a pegou pelo braço
e a forçou a desacelerar e caminhar com ele. Ela sabia que ele não lhe bateria na
frente do padre, mas não ficou terrivelmente surpresa quando seus dedos cravaram-
se dolorosamente em seu braço, em resposta ao seu estalo
inteligente. Ela ficou surpresa que o osso não quebrasse sob a crueldade de seu
aperto. Querido Deus, doeu. Mas ela suspeitava que seria a menor das suas dores
quando Brodie terminasse com ela.
—Lady Innes, Laird Brodie, venham, por favor. Tenho outros deveres a
cumprir, — disse o padre, estreitando o olhar em sua expressão dolorida e depois
mudando para o aperto de Brodie em seu braço. Ele franziu o cenho ao notar como a
pele dela empalideceu em torno de seu polegar e dedos sob a pressão, e abriu a boca
para dizer algo, mas Brodie falou primeiro, interrompendo-o.
—Claro, padre. Estamos ansiosos para nos casar e não vamos aguentar mais
do que o necessário, — disse Brodie rapidamente, empurrando Dwyn os últimos três
metros para ficar diante dele.
O padre notou o modo como Dwyn zombou de sua sugestão de que estavam
ansiosos para casar, e franziu o cenho levemente. —Algo está errado, Lady Innes?
—Não, padre Machar — disse Brodie. —Continue. Vamos fazer isso para que
possamos celebrar esta união abençoada.
O padre Machar lançou-lhe um olhar repreensivo e disse solenemente:
—Perguntei a Lady Innes.
—É Lady Buchanan, padre —Dwyn o corrigiu gentilmente, quando o padre se
voltou para ela e depois anunciou: —Casei-me com Geordie Buchanan há um mês.
Ela conseguiu não se encolher quando o inferno começou em torno dela.
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Capítulo 16
—Teremos que mantê-lo vigiado até localizarmos e capturarmos o bastardo,
— anunciou Aulay. —Eu vou. . .
—Ou, — Geordie interrompeu, —poderíamos me usar como isca.
—Irmão, — Aulay começou com uma careta.
—Ele está com Dwyn, — disse Geordie bruscamente. —E o bastardo é
inteligente. Tivemos homens procurando em Buchanan por semanas após o ataque à
cachoeira e ele conseguiu, de alguma forma, ficar escondido na floresta entre aqui e
ali, o tempo todo, fugindo de todos os nossos homens.
As sobrancelhas de Aulay se levantaram com a sugestão. —O que faz você
pensar isso?
—Bem, como diabos ele conseguiu nos atacar hoje? — Ele perguntou
incisivamente.
—Esse é um bom argumento, — murmurou Aulay, pensativo.
Geordie ficou em silêncio, sua mente refletindo sobre o que ele acabara de
dizer. Era difícil acreditar que os soldados de Buchanan tivessem perdido um
pequeno grupo de homens escondido na floresta de Buchanan, quanto mais um
maior, do tamanho que Katie mencionara. No entanto, de que outra forma eles
poderiam saber para estar lá hoje, a menos que estivessem lá o tempo todo? Mas se
eles estavam lá o tempo todo, por que não atacaram ele e Dwyn a caminho da
cachoeira? Por que esperar para atacá-los no caminho de volta? E por que matar
Simon? Ele balançou sua cabeça. Nada disso fez sentido.
—Você está balançando a cabeça — disse Aulay em voz baixa. —Como eu, de
repente você percebeu que algo não está somando.
—Sim. — Geordie suspirou a palavra e levantou a mão para passar pelos
cabelos, mas fez uma pausa enquanto recordava as ataduras de tecido envolvendo a
cabeça e a ferida sob elas. Deixando cair a mão, ele fez uma careta e disse: —Não há
como os soldados de Buchanan não notarem um homem a cavalo na floresta, quanto
mais um grande grupo.
—Não, — Aulay concordou solenemente.
—Então eles não estavam lá o tempo todo? — James Innes perguntou com
uma careta.
—Não, — assegurou Aulay, e depois olhou de volta para Geordie com
expectativa.
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—O que significa que eles estavam lá apenas naquele momento porque sabiam
que eu levaria Dwyn até a cachoeira e estaria viajando por esse caminho para voltar,
— argumentou Geordie. —Eles provavelmente não correriam o risco de chegar tão
perto da fortaleza de outra maneira.
—Sim, eles devem ter sabido que você a levaria para lá ou iria levá-la para lá,
e se puseram na floresta ao longo do caminho, prontos para sair e pará-lo quando
você passasse, — sugeriu Aulay. Geordie não comentou, mas algo ainda não estava
certo.
—E eles confundiram a empregada e o seu Segundo com Geordie e minha
Dwyn e atacaram e mataram o homem errado, — argumentou James.
Geordie balançou a cabeça de repente. —Katie tem cabelo escuro, e Simon
claro. Eles não poderiam ter sido confundidos com Dwyn e eu. Nós somos o
oposto. Ela é clara e eu sou moreno.
—Oh, sim, — James Innes disse, compreendendo. —Então por que matar o
homem?
—Essa é a pergunta, — murmurou Geordie, revendo os assuntos em sua
cabeça, antes de olhar para Aulay e perguntar: —Você disse que Katie e Simon
sairam diretamente atrás de mim e Dwyn?
—Foi o que os homens na muralha disseram, — assegurou Aulay. —Katie foi
vista saindo do castelo atrás de você e Dwyn, e ela e Simon cavalgaram cinco ou
talvez dez minutos atrás de você e Dwyn, mas não mais.
—Então, ela foi buscá-lo para o passeio, — disse ele, pensativo, e depois olhou
para a janela quando o som dos homens na parede gritando saudações e o trovão de
cavalos na ponte atravessaram a janela.
Aulay foi até a janela para espiar. O ângulo em que ele estava permitiu a
Geordie ver como suas sobrancelhas se erguiam e o sorriso que puxou brevemente
seus lábios, antes de desaparecer. Voltando, ele anunciou: —Saidh e Greer, Dougall e
Murine, Niels e Edith, e Conran, Evina e seu primo, Gavin MacLeod, estão
atravessando a ponte com seus companheiros. Os MacKays e Sinclairs estão com
eles.
Geordie sabia que eles estavam voltando para o casamento. Ele não esperava
que eles viessem a Buchanan primeiro. Encontrá-los em Innes teria encurtado a
jornada para eles, mas ele disse: —Devemos cumprimentá-los e dizer a eles o que
está havendo.
Aulay acenou com a cabeça e se dirigiu para a porta, mas quando ele alcançou
a maçaneta, Geordie acrescentou: —Peça a Katie que traga água e uma roupa limpa
para mim. Eu vou lavar o sangue de Simon de mim. Certifique-se de que seja Katie.
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A mão de Aulay caiu da maçaneta sem abrir a porta e ele se virou para
Geordie, uma sobrancelha levantada.
—Ela estava aqui arrumando a cama para refazê-la, quando eu fui buscar
Dwyn para levá-la para a cachoeira, — explicou ele, respondendo a essa pergunta
silenciosa. —Ela é a única pessoa que sabia para onde estávamos indo.
—Bem, ela não é uma empregada muito boa, então, — James Innes informou
secamente. —A cama estava sem nada, mas não feita quando chegamos aqui. A
roupa de cama ficou na cama. Rory e eu tivemos que fazê-la rapidamente, enquanto
Aulay esperava, segurando-o em seus braços.
—Você acha que ela disse a Brodie onde você estava, depois que ele matou
Simon, — disse Aulay em um suspiro, e depois balançou a cabeça. —Você não pode
culpá-la se ela o fez. Ela teria ficado aterrorizada.
—Acho que ela disse a Brodie que eu levei Dwyn para a cachoeira, concordou
Geordie em voz baixa. —Mas eu não acho que Brodie matou Simon. Eu acho que ela
o fez.
—O quê? — James ofegou em choque.
Aulay apenas o encarou, as sobrancelhas erguidas na testa.
—Ela é a única que sabia onde estávamos, e a única que poderia ter dito a
Brodie. Mas ela precisaria de um cavalo para alcançar o homem, para lhe dar essa
informação. — Quando Aulay permaneceu em silêncio, ele disse: —Simon disse que
ele e os soldados seguiram o caminho dos homens na floresta, até a fronteira das
terras de Buchanan. Qual fronteira?
—MacGregor, — respondeu Aulay sem hesitar.
—São duas horas a cavalo — disse Geordie, pensativo, e depois assentiu. —O
cavalo de Simon poderia fazê-lo em menos tempo com uma moça pequenina como
Katie nas costas.
—Há quanto tempo vocês estavma nas cataratas? — Aulay perguntou, com o
rosto de pedra.
—Partimos depois da refeição do meio-dia. Dwyn subiu para continuar
fazendo as malas, você e eu conversamos um pouco e então você levou Jetta para
cima para tirar uma soneca. Foi quando decidi que deveria levar Dwyn e mostrar-lhe
as cachoeiras. Fui buscá-la de imediato , — ele disse. —E estava quase na hora do
jantar, quando eu decidi que deveríamos voltar para a fortaleza, então estávamos nas
cachoeiras por. . . Ele fez uma pausa para pensar brevemente, deduzindo o tempo
que pensava ter passado antes de ir buscar Dwyn, e o tempo que pensava que eles
haviam voltado antes do jantar, quando sugeri que voltássemos, e terminou: —
Talvez quatro horas e meia ou cinco horas.
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—Bastante tempo, — disse Aulay, parecendo desapontado com a conclusão.
—Espere um minuto, — protestou o pai de Dwyn, incrédulo. —Você está
sugerindo que a criada que o trouxe de volta, matou seu Segundo, um grande
soldado corpulento, para que ela pudesse usar o cavalo dele para cavalgar e dizer a
Brodie onde encontrar você e minha filha?
Geordie assentiu e apontou: —É mais crível do que levar quatro horas e meia
ou quase cinco horas para acalmar o cavalo e montá-lo de volta até onde Simon foi
morto.
James Innes franziu a testa com isso, mas depois balançou a cabeça. —Não,
não é. Se ela queria que Brodie o matasse, por que ela o traria de volta em segurança
à fortaleza?
Foi Aulay quem disse: —Porque ela não queria que Geordie morresse.
—Ela só queria tirar Dwyn do caminho, — Geordie terminou, e acrescentou: —Como
você acha que ela me colocou no cavalo de Simon?
—O quê? — James perguntou surpreso.
—Dwyn mal podia me arrastar pela floresta em uma manta, — ressaltou.
—No entanto, Katie afirma que de alguma forma me atravessou nas costas do cavalo
de Simon e voltou comigo.
James franziu a testa e disse incerto: —Bem, as criadas são mais fortes que as
damas.
—Dwyn escala árvores e luta com cães no chão, maiores e mais pesados que
ela. Ela não é uma fracota, — disse Geordie com firmeza.
Laird Innes ficou em silêncio por um minuto e perguntou: —Por que a criada
quer minha Dwyn morta?
—Não morta, apenas fora do caminho, — Geordie murmurou, cansado.
—Você realmente acha que ela se importa se Dwyn está morta ou fora do
caminho? — Aulay perguntou, e depois apontou: —Se o que você está pensando é o
que aconteceu, ela matou Simon por um cavalo.
A boca de Geordie se estreitou.
—Você não respondeu à minha pergunta, — disse Laird Innes agora. —Por
que ela quer minha Dwyn morta ou fora do caminho?
—Porque eu tive sexo com ela, — admitiu Geordie, após uma hesitação. Mas
quando o sogro ficou rígido, ele acrescentou rapidamente: —Há muito tempo. . .
antes de conhecer Dwyn.
Laird Innes relaxou no mesmo instante, mas simplesmente disse. —Nobres
têm sexo com criadas o tempo todo. Raramente leva ao assassinato.
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—Sim, — Geordie suspirou. —Mas depois de ter sexo, eu fui estúpido o
suficiente para permitir que a culpa me influenciasse a mostrar a ela uma gentileza
que ela interpretou mal.
Foi Aulay quem explicou. —Algum tempo atrás, Katie e Geordie foram
confundidos comigo e com minha esposa, Jetta, que tem cabelos escuros como Katie,
— acrescentou pesadamente. —Por causa desse erro, Katie foi atingida por uma
flecha enquanto voltava para o castelo com Geordie.
Quando Aulay parou, Geordie pegou o fio da explicação e disse: —A moça
não tem família. Sua mãe era uma criada que veio trabalhar em Buchanan, quando
Katie era uma criança e morreu alguns anos atrás. Não havia ninguém para cuidar
dela, ou mesmo se importar realmente, se ela vivia ou morria. — Ele respirou fundo
e acrescentou: —Eu me senti culpado. Ela se machucou por causa da minha
família. Se eu não tivesse parado para montá-la no meu cavalo naquele dia, ela nunca
teria levado a flecha. Não parecia justo, ou certo, então eu . . . Fiquei ao lado da cama
dela até que ela se recuperasse, — ele terminou tristemente.
James Innes ergueu as sobrancelhas. —Essa foi uma gentileza de sua parte.
—Aparentemente, não tão gentil quanto você pensa, — disse Geordie secamente. —
Ela interpretou mal minhas ações e decidiu que eu devia amá-la . . . e todo mundo
também.
—Até eu pensei que ele pudesse ter sentimentos mais delicados pela criada, —
admitiu Aulay, suspirando. —Eu estava esperando que ele se aproximasse de mim
sobre tomá-la como esposa, se ela se recuperasse. Quando Katie estava bem, no
caminho da cura e, no entanto, ele não fez isso, eu trouxe o assunto à tona.
—E foi aí que eu percebi o que tinha feito, — disse Geordie, sombriamente.
—Fiquei longe dela depois disso, mas ela estava quase curada nesse ponto e estava
no serviço da casa dias depois. Ela me seguiu depois disso, dando-me olhares
compridos, sempre lá para me encher a caneca antes que estivesse vazia, trazendo-
me comida a cada momento e oferecendo-me a si mesma em todas as
oportunidades. Foi um alívio fugir e ajudar Conran com seu cunhado, o MacLeod, —
ele admitiu. —Quando voltei e soube que ela estava vendo Simon enquanto eu estive
fora, pensei que talvez tudo se acalmasse agora. — Fazendo uma careta, ele esfregou
o rosto com as mãos e disse: —Estou pensando agora que estava errado.
Houve um silêncio por um minuto, e então Aulay disse: —É possível que
estejamos errados sobre isso. Ela sempre foi muito agradável com Dwyn na minha
presença.
—Sim, também na minha frente, — admitiu Geordie. —E, embora Dwyn
provavelmente não tivesse dito nada, tenho certeza de que Una ou Aileen teriam
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
mencionado se algum dos criados não tivesse sido agradável com Dwyn. Mas,
— continuou ele rapidamente quando Aulay abriu a boca para falar, —Katie se
ofereceu para mim depois do jantar, na noite seguinte ao meu retorno. Mais ou
menos uma hora antes de Dwyn pisar no vidro, —acrescentou, para garantir que eles
soubessem em que noite. Ele tinha voltado no meio da noite, antes do incidente de
que estava falando. Agora ele disse: —Recusei, é claro, mas quando disse que achava
que ela estava vendo Simon agora, ela deu de ombros e deixou óbvio que isso não
importava. Ela jogou isso para mim. — Ele permitiu um momento para que isso fosse
assimilado e depois apontou: —Além disso, você disse que ela alegou que Simon
caiu do cavalo atrás dela depois de ser ferido e a montaria se assustou e fugiu.
—Sim, — concordou Aulay, obviamente não entendendo o que isso tinha a ver
com tudo.
—Se ela estava sentada na frente dele, como Simon foi atacado atrás dela por
alguém a não ser ela mesma? — Ele perguntou simplesmente.
A cabeça de Aulay se virou como se Geordie lhe tivesse dado um
soco. Quando voltou, sua expressão estava fria. Assentindo, ele abriu a porta. —Vou
mandar Katie com água.
—Sim, Simon queria se casar com Katie, — disse Rory solenemente, quando a
porta se fechou atrás de Aulay.
Geordie virou-se para espiar seu irmão mais novo, espantado ao perceber que
tinha esquecido completamente que ele estava no quarto, por ele estar tão quieto. —
Não, eu não sabia disso.
—Ele me disse isso ontem, — disse Rory com tristeza, e depois perguntou: —
O que você vai fazer quando Katie chegar aqui?
Geordie ficou em silêncio por um momento, pensando que a culpa era
dele. Que ele deveria ter dito a Simon que Katie não era fiel e tentara fazê-lo dormir
com ela. Talvez ele tivesse terminado com ela. Talvez ele não tivesse ido com ela
hoje. Talvez ele ainda estivesse vivo e Dwyn ainda estivesse aqui, em vez de ser
capturada por um homem que não queria nada além de fazer-lhe mal.
Suspirando, Geordie endireitou os ombros e disse: —Vou fazê-la admitir o que
fez e me dizer onde Brodie está com Dwyn.
Rory assentiu e começou a pegar seus remédios. —Devemos sair, então.
— O barão Innes não discutiu e Geordie logo se viu sozinho, desejando que alguém
que ele esperava como o inferno, pudesse lhe dizer onde estava sua esposa. Porque
se ele estivesse errado sobre isso, ele não sabia como eles encontrariam Dwyn.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Você certamente não espera que eu acredite nessa bobagem, moça? Você
não está casada com Geordie Buchanan. Não pode estar!
Dwyn desviou o olhar do padre Machar, que estava sentado amarrado no
canto da tenda, e virou-se para espiar Faolan Brodie. —Por quê? Porque isso
atrapalha seus planos de me forçar a casar com você?
Ela viu a raiva crescer no rosto do homem e se preparou para ser atingida, mas
ele apenas rugiu: —Não! Porque não houve casamento! Katie se certificou disso. A
última coisa que ela queria era que você se casasse com Geordie Buchanan. Ela o
quer para si mesma. Por isso, quando ele começou a lhe prestar muita atenção, ela
espalhou vidro no chão do lado de fora do garderobe, e por que, quando isso não
funcionou, ela envenenou sua bebida. Foi tudo para mantê-la longe de Geordie.
—Katie? A criada? — perguntou Dwyn, com espanto.
—Sim, a doce Katie, a criada, — Brodie disse com uma risada, e teve um
grande prazer em dizer a ela: —Aparentemente, seu noivo estava fodendo Katie não
muito tempo atrás e depois ficou sentado ao lado da cama dela, noite e dia, por duas
semanas, enquanto ela estava se recuperando de uma lesão. Ela tem certeza que ele a
ama e que apenas a desaprovação de seu irmão está entre eles. Ela planeja remover
esse obstáculo em breve, mas primeiro ela precisa se livrar de você, para poder se
casar com o bastardo e roubá-lo debaixo do seu nariz. E como eu também não queria
que você se casasse com o bastardo, porque eu a queria para mim mesmo, cabia a nós
trabalhar juntos.
Dwyn encarou Brodie, mas não estava realmente vendo ele. Ela estava
tentando entender o fato de que a doce e sorridente criada Katie era uma cadela
assassina e de duas caras. Ela mal podia acreditar. A garota não fora nada mais que
gentil com ela, sempre ansiosa por ajudar, sempre carregando bandejas de comida
para ela . . . bem, bandejas de comida destinadas a Geordie, enquanto ele estava
doente, ela percebeu. Mas Katie também estava sempre se oferecendo para buscar
flores silvestres para perfumar os juncos . . . o que era principalmente no quarto
dele. Além disso, provavelmente, foi quando foi possível para ela escapar para
encontrar Brodie. Ainda, ela estava sempre por perto, sorrindo e trazendo bebidas
frescas, trazendo os pratos de comida para eles . . . Talvez ela sempre tenha trazido as
bebidas de Geordie primeiro, e tenha passado a encher a de Dwyn apenas quando
Geordie assinalava que a bebida dela também poderia ser servida primeiro, e talvez
o prato fosse colocado entre eles e um pouco mais perto de Geordie do que dela, mas
. . . Meu Deus, a mulher era apaixonada por Geordie, Dwyn percebeu.
Ela levou um momento para aceitar isso, depois limpou a garganta e
perguntou: —Como você conhecia Katie? — Dwyn mal fez a pergunta quando outra
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
estava saindo de sua boca. —E como você sabia que minha família estava aqui?
— Brodie fez uma careta brevemente, mas depois disse: —Eu soube que vocês
estavam aqui graças a Deoiridh.
Dwyn piscou. —Deoiridh, a camareira de Innes?
—Sim. A irmã dela se casou com um homem há alguns anos e mora em
Brodie. As duas se visitam, no entanto, e na última vez que ela a visitou,
aparentemente Deoiridh contou à irmã — esposa de meu homem — tudo sobre o
negócio da caça nupcial de Buchanan, e que você estava a caminho daqui. Ele, por
sua vez, passou as informações para mim. Infelizmente — acrescentou
sombriamente — isso foi quase uma semana depois que você já havia saído para
Buchanan. Assim, enquanto eu reunia os homens e saía quase imediatamente, você já
estava em Buchanan antes de alcançá-la. O melhor que pude fazer foi acampar aqui
nas terras dos MacGregor e enviar um punhado de homens para acamparem no
bosque de Buchanan, para observar a fortaleza, por uma oportunidade de roubá-la.
Ele fez uma careta para a inconveniência de tudo e depois continuou. —E foi
assim que encontrei a moça.
—Você estava na floresta com os seus homens? —perguntou Dwyn, incerta.
—Não. — Ele fez uma careta para o próprio pensamento. —Mas ela
encontrou com meus homens na floresta na noite em que a envenenou. Sorrindo
repentinamente, ele disse: —Aparentemente, todos os Buchanans estavam
preocupados com você enquanto estava vomitando, incluindo Geordie Buchanan,
que era exatamente o oposto do que ela pretendia com o veneno. Ela deixou a
fortaleza sorrateiramente e foi até o lago para tentar encontrar outra maneira de se
livrar de você. Mas ela se distraiu quando encontrou meus homens. Ela prestou
serviços a todos eles por uma moeda e, enquanto ela o fazia, eles fizeram muitas
perguntas sobre você. Katie fez perguntas por conta própria e, quando percebeu que
eu queria me casar com você, ela exigiu ser trazida até a mim. Ela disse que poderia
ajudar.
Sorrindo, Brodie deu de ombros. —E ela o fez, no final. Katie foi quem veio me
trazer a notícia de que você estava fora da fortaleza e na cachoeira com Geordie.
Dwyn ficou rígida com a notícia, com a boca apertada e Brodie sorriu,
obviamente reconhecendo seu desânimo e gostando disso.
—De que outra forma você acha que estivemos lá, esperando na floresta ao
longo do caminho, na hora certa? — Ele perguntou, divertido.
O olhar de Dwyn estreitou-se severamente. —Então você matou Simon e . . .
— As palavras dela sumiram antes mesmo que ele começasse a balançar a cabeça. O
momento para isso não parecia certo. Simon estava morto há horas quando o
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encontraram. Brodie não teria esperado lá ao longo do caminho por horas; teria sido
muito perigoso. Ele teria vindo buscá-los na cachoeira e saido da terra de Buchanan e
voltado para casa o mais rápido que pôde.
—Se Simon é o homem que estava caido no caminho, foi Katie quem o matou,
— disse Brodie agora. —Ela precisava de um cavalo para chegar até nós, já que eu
não podia mais me esconder na floresta depois que dois homens foram mortos e os
outros foram expulsos. Eu tive que ficar ocioso e esperar aqui por qualquer notícia
que ela pudesse escapar para nos dar, quando ela devesse estar colhendo flores ou
realizando outras tarefas.
Apertando a boca, ele admitiu: —Eu estava com raiva dela por ter matado o
guerreiro quando ouvi o que ela tinha feito, mas no final foi útil, — disse ele
secamente. —Estava espionando o corpo no caminho que nos dizia que você ainda
não retornara ao castelo vinda da cachoeira. O corpo não estaria, de outra forma. Mas
já era tarde, quase na hora do jantar, no momento em que chegamos a Buchanan, e
temíamos ter perdido você, viajamos pela floresta até o lago para buscá-la, por isso
esperamos nas árvores pelo seu retorno.
Dwyn fechou os olhos brevemente, a preocupação do pânico de ter que fugir e
voltar para Buchanan, antes que Katie envenenasse ou matasse Aulay Buchanan,
rolando dentro de sua cabeça. Ela não podia deixar Katie matá-lo; ela gostava do
irmão de Geordie, Aulay. Além disso, Geordie o amava e ficaria arrasado, se ele fosse
assassinado por sua causa.
—Então, — disse Brodie. —Agora você sabe que não está casadaa. E tudo o
que você conseguiu fazer com sua tentativa de me convencer de que está, foi me
irritar ainda mais. Porque agora que o padre sabe que você não quer se casar comigo,
terei que suborná-lo com moedas para que ele ignore esse fato e que ele nos
case. Outra coisa, terei de puni-la pela primeira vez quando voltarmos para Innes.
Dwyn queria pensar que o padre não poderia ser comprado dessa maneira,
mas ela não tinha certeza. Ela tinha certeza de que ele não os casaria, se estivesse
convencido de que ela já era casada. Então ela abriu os olhos e deixou os lábios se
abrirem em um largo sorriso.
Brodie franziu a testa, obviamente impressionado com a reação dela à ameaça
dele.
Antes que ele pudesse falar, ela disse: —A coisa que eu acho mais divertida é
que foram as ações de você e Katie que realmente me levaram a casar com Geordie
Buchanan.
—O quê? — Ele gritou com descrença.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Quando meus pés foram cortados pelo vidro, você diz que Katie foi
responsável, eu não conseguia andar. Geordie foi quem me carregou para todos os
lugares depois, pelos seguintes dois dias e noites, e isso certamente nos aproximou
mais — ela disse a ele e explicou: —Foi no segundo dia em que ele me carregou e
acabamos sozinhos, no pomar, para que meus pés pudessem secar ao sol, e foi aí que
ele quase fez amor comigo pela primeira vez. Ele me carregou de volta para dentro e,
embora eu não soubesse na época, enquanto seu irmão Rory cuidava dos meus pés,
Geordie foi até Aulay e meu pai para fazer os contratos de casamento.
Ela deixou isso afundar e depois acrescentou: —Foi quando eu fui
envenenada. Uma experiência terrivelmente desagradável, aliás. Eu estava muito
doente . . . e foi Geordie quem me cuidou e me sustentou enquanto eu vomitava a
noite toda. Adormecemos juntos em sua cama depois de uma rodada de vômito, e eu
acordei de manhã ainda em seus braços.
Brodie estava começando a ficar quase roxo com sua raiva, mas ela
continuou. —Claro que, depois de ter dormido a maior parte do dia, Geordie sabia
que não dormiríamos naquela noite. Nós seríamos os únicos acordados, e porque ele
é um homem honrado, e porque ele não achava que poderia resistir à antecipação de
nosso casamento naquela noite, ele conseguiu a permissão de meu pai para nos
comprometermos com as mãos. — Ela encontrou seu olhar quando acrescentou: —
Então, veja bem, se não tivesse sido por Katie, eu poderia nem ter me comprometido
com Geordie.
—A cadela estúpida, — Brodie respirou furiosamente.
—Oh, ainda fica melhor, milaird, — garantiu Dwyn, divertida. —Porque
naquela noite sabíamos que não dormiríamos, foi a noite em que fomos para o lago,
onde seus homens tentaram me agarrar e depois feriram Geordie, antes que ele
pudesse matar os dois. E é por isso que agora sou casada. Porque quando eu o levei
de volta à fortaleza, o padre Archibald veio dar-lhe os sacramentos dos moribundos e
Geordie pediu que ele nos casasse, para o caso dele morrer. —Ela permitiu um
momento para que isso afundasse e então anunciou: —Nós nos casamos no quarto
dele, ambos com dor e sangrando, com meu pai, minhas irmãs e seus irmãos Rory,
Alick e Aulay e sua esposa Jetta, como testemunhas.
Encontrando o olhar dele, ela disse com firmeza: —Sou casada, milaird. O
casamento em Innes é apenas para permitir que o resto de sua família, e meu povo,
de Innes, testemunhem e dê as boas-vindas a seu novo proprietário, Geordie
Buchanan.
Sentando-se erguida, ela deu de ombros. —Então, veja bem, eu realmente
deveria agradecer a você e Katie. Se não fosse o que ela e seus homens fizeram,
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
presumivelmente sob sua ordem, não tenho certeza de que Geordie e eu estaríamos
casados agora. Poderíamos nem ter nos comprometido.
A julgar pela fúria crescente no rosto de Brodie, Dwyn veriicou que o homem
finalmente acreditava que ela era casada com Geordie. Agora ela só tinha que se
preocupar que ele pudesse matá-la por isso.
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Capítulo 17
—Oh , Geordie, meu pobre doce homem, fico feliz em vê-lo acordado e se
recuperando.
Geordie ficou rígido com essas palavras quando Katie entrou correndo no
quarto, mas se forçou a relaxar. Virando a cabeça, ele assistiu desapaixonadamente
enquanto ela corria para onde ele estava sentado, ao lado da cama, com os pés nos
juncos.
—Graças a Deus eu o encontrei e fui capaz de trazê-lo aqui para Rory curá-lo,
— disse a criada enquanto colocava a jarra e a tigela na mesa de cabeceira. Virando-
se para olhá-lo, ela balançou a cabeça infeliz. —Você está encharcado de sangue.
—A maioria é de Simon, — ressaltou, com a voz calma. —Sinto muito, você o
perdeu, moça. Eu sei que vocês eram amantes.
Katie piscou e suavizou o sorriso, substituindo-o por uma cara triste. —Sim,
bem, gostei bastante dele, mas não o amava. Não como a você.
Geordie ignorou isso e abaixou a cabeça. —Eu o amava. Ele era como um
irmão para mim.
—Bem . . . Katie fez uma pausa e ficou em silêncio por tanto tempo que ele
quase levantou a cabeça, mas então ela disse com praticidade: —Felizmente, você
tem seis irmãos verdadeiros ainda vivos e bem. Aqui, deixe-me ajudá-lo a tirar suas
roupas para que possamos limpá-lo.
Geordie pegou as mãos dela enquanto tentava pegar o alfinete da manta dele e
as apertou com firmeza, mal impedindo-se de quebrar os dedos dela, enquanto
rosnava: —E Dwyn se foi. Levada por aquele bastardo Brodie. Ele provavelmente
está torturando-a e matando, enquanto falamos.
—Bobagem, — Katie retrucou, tentando livrar as mãos. —Tudo o que ele quer
é se casar com ela. Ela ficará bem. E você está melhor sem ela. Ela não era certa para
você, de qualquer maneira. Ela não poderia lhe fazer feliz, como eu posso.
Geordie levantou a cabeça e a olhou com olhos frios. —Mas eu não quero
você. Eu quero ela. E ela me faz feliz. É por isso que me casei com ela.
—Você — ela —vocês não estão casados, — ela finalmente deixou escapar. —
O casamento aconteceria em Innes. E você não a ama. Você me ama. Foi apenas
Aulay que fez você terminar nosso relacionamento. Eu sei disso. Um minuto
estávamos jogando Trilha e rindo, e então ele veio para o quarto e levou você para
conversar, e você nunca mais voltou. Eu sei que ele fez você ficar longe de mim,
depois disso. Eu sei que você me ama, Geordie. Você não precisa mais fingir que
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não. Eu cuidei de tudo. Aulay não vai mais interferir depois desta noite,
prometo. Você poderá viver sua vida como quiser e poderemos nos casar e você
pode me amar abertamente.
Geordie olhou para ela, seu cérebro repentinamente emitindo um alarme alto
em sua cabeça. Soltando-a abruptamente, ele se levantou e caminhou até a
porta. Para seu alívio, ele abriu e encontrou Aulay e todos os seus familiares, assim
como os de Dwyn, parados ali. Eles estavam esperando no corredor, oferecendo
apoio silencioso e ficando por perto caso ele precisasse deles. Eles provavelmente já
tinham ouvido a maior parte, se não tudo, do que Katie acabara de dizer. Ainda
assim, ele encontrou o olhar de Aulay e murmurou: —Não coma ou beba nada até
sabermos como ela cuidou de você .
Aulay assentiu e depois disse com uma voz baixa o suficiente para não se
ouvir do quarto. —Falei com um dos homens que estavam na muralha quando Katie
e Simon saíram. Tem razão. Katie estava sentada na frente de Simon. Ele não poderia
ter sido esfaqueado, muito menos ferido por ninguém além dela, nessa posição.
Geordie grunhiu e fechou a porta.
—Com quem você estava conversando? — Katie perguntou com uma careta
quando ele começou a atravessar o quarto. —Quem está aí?
Geordie não respondeu. Em vez disso, ele a pegou pela garganta e a levou
para trás até que ela ficou presa contra a parede. Ele não teve paciência para tentar
apanhá-la em uma confissão. Além disso, ela já tinha dado o suficiente.
De olhos arregalados, Katie ofegou pelo ar que ele estava tirando dela e
agarrou sua mão, tentando afastá-lo.
— Sou casado com Dwyn, — assegurou-lhe friamente. —O padre Archibald
nos casou na noite em que o homem de Brodie me pegou com uma espada. Depois
que ele me deu os sacramentos dos moribundos, pedi que ele nos casasse. Porque eu
a amo. E ele nos casou, — Geordie disse severamente. —Agora, onde está minha
esposa?
—Não é verdade, — ela choramingou no momento em que ele afrouxou o
aperto em sua garganta. —Você me ama.
Geordie sorriu friamente. —Eu não a amo, Katie. Eu nunca amei. Como eu
poderia amar uma cadela assassina que mataria um homem como Simon? Ele era um
bom homem, Katie. Ele se importava com você. Ele disse a Rory que planejava pedir
que se casasse com ele. Eu deveria ter dito a ele que você estava me rodeando,
tentando voltar para a minha cama, mas eu não o fiz, e você o matou como se ele não
fosse nada. Batendo suas costas contra a parede, ele rosnou: —Onde está Dwyn?
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Eu não o matei, — Katie choramingou no momento em que ele afrouxou o
aperto em sua garganta, e Geordie imediatamente aumentou seu aperto novamente,
cortando o ar dela.
—Você estava sentada diante dele quando saiu, Katie. Ninguém poderia ter o
esfaqueado ou atacado sem passar por você primeiro. Só você estaria em posição de
fazer isso, e ninguém levaria quatro ou mais horas para acalmar um cavalo e retornar
a Simon. Você o matou. Você foi até Brodie e mandou ele me nocautear, levar minha
esposa, e depois ele ou um de seus homens me deitaram no cavalo de Simon, para
que você pudesse voltar para Buchanan com a ridícula história de ter sido
atacada. Agora. Geordie a bateu contra a parede novamente. —Onde está minha
esposa?
Ele aliviou o aperto em sua garganta novamente, e desta vez ela não tentou
negar imediatamente o que tinha feito. Em vez disso, a doce e sempre sorridente
Katie rosnou: —Espero que ele mate a cadela.
Os dedos de Geordie se contraíram em torno de sua garganta quase por
vontade própria, e ele poderia não ter parado desta vez, se alguém não tivesse
começado a bater na porta e a abrisse.
—Geordie, sabemos onde Dwyn está.
A voz de Aulay o fez congelar, e então ele soltou Katie e virou-se para
atravessar o quarto, enquanto ela caia no chão, tossindo e sugando grandes suspiros
de ar.
—Onde ela está? — ele rosnou, saindo da sala.
Aulay fechou a porta e olhou para Rory. —Você pode guardar a porta e
manter a moça aqui, até que eu possa lidar com ela?
—Sim, eu não vou deixá-la sair, — assegurou Rory.
Agradecendo, Aulay pegou o braço de Geordie para empurrá-lo, passando
entre sua irmã e as irmãs de Dwyn, cada uma de suas cunhadas, bem como de suas
amigas Lady MacKay e Lady Sinclair. Nenhum de seus irmãos ou os outros homens
estavam lá agora, além de Rory, notou distraidamente, mas depois voltou sua
atenção para Aulay quando eles começaram a descer as escadas e seu irmão começou
a falar.
—Alick estava liderando um grupo de soldados vasculhando a fronteira entre
nossa terra e a terra MacGregor, quando encontrou um deles em patrulha. Ele disse a
ele o que estava acontecendo aqui e que estava procurando sua esposa, que havia
sido levada por um Lowlander chamado Brodie, e o homem de MacGregor lhe disse
que havia um laird chamado Brodie na terra de MacGregor agora, que pagou ao
MacGregor para deixá-lo acampar lá. Brodie alegou na época que ele estava viajando
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de Arran para Brodie, quando vários homens ficaram doentes com o que ele
suspeitava ser carne ruim e eles precisaram dar uma paradinha enquanto se
recuperavam. O soldado MacGregor disse que não tiveram problemas, mas hoje à
tarde um dos homens de Brodie foi até a fortaleza com mais moedas e um pedido
para que o padre viesse ao acampamento. Ele alegou que era para dar aos doentes os
sacramentos dos moribundos, mas . . .
—Brodie deve ter enviado seu homem para buscar o padre quando Katie
chegou ao acampamento, para que ele estivesse lá esperando quando voltasse com
Dwyn. Ele está tentando fazê-la se casar com ele, — disse Geordie, sombrio,
enquanto desciam as escadas e corriam em direção às portas da fortaleza. —Ele não
sabe que ela já está casada comigo, então.
—Bem, ele não sabia disso na época, — concordou Aulay, e então segurou o
braço dele, puxando-o para uma parada enquanto advertia: —Mas ele pode saber
agora.
A boca de Geordie se apertou. —Se ele a machucou, eu vou matá-lo. — Ele
esperou o assentimento de Aulay e depois se virou para continuar até a porta, apenas
para fazer uma nova pausa, quando viu o pai de Dwyn entrar, localizá-los e seguir
em sua direção.
Quando Geordie ofereceu ao homem um aceno abrupto de saudação, James
Innes disse: —Geordie, acho que você pensa mal de mim, que não aprova como eu
criei Dwyn e que me acha um velho bastardo egoísta. Mas eu amo minha filha. Todas
as minhas filhas, —acrescentou, lançando um olhar para Una e Aileen, que haviam se
movido para o lado deles. Voltando a Geordie, ele disse: —Temos que recuperar
Dwyn, Geordie. Brodie não é apenas um bastardo brutal, ele não é certo da
cabeça. Precisamos recuperá-la.
—Nós vamos, — assegurou Geordie, apertando brevemente uma mão
tranquilizadora em seu ombro, antes de passar por ele para empurrar as portas da
fortaleza. Ele estava no meio da escada antes de se dar ao trabalho de olhar em volta,
e então parou quando viu os homens reunidos a cavalo, no pátio. Quase todos os
guerreiros de Buchanan estavam montados e esperando, mas não estavam
sozinhos. Havia soldados carregando as bandeiras de cada clã ao qual sua irmã e
irmãos pertenciam, assim como os MacKays, MacLeods e Sinclairs e, claro, os
Ineses. Eles eram os soldados que escoltaram seu sogro e parentes, seus familiares e
amigos da família até aqui. Combinados, eles facilmente igualavam os guerreiros
Buchanan em número.
—Então isso é o que significa ter os Buchanans apoiando você, — disse James
Innes com admiração.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Geordie o ouviu, mas ele se voltou para o irmão questionando.
Foi Saidh quem respondeu à pergunta silenciosa. Descendo outro degrau até
que ela pudesse colocar sua cabeça na altura do ombro dele, se quisesse, disse:
—Você não pensou que não o apoiaríamos, não é?
Geordie virou-se para olhá-la, notando que todas as mulheres estavam
alinhadas nos degraus atrás dele, Aulay e James Innes.
Sorrindo para ele solenemente, Saidh acrescentou: —Rory e Jetta estão ficando
para trás para defender a fortaleza e se preparar, caso seja necessária alguma cura,
mas o resto de nós também está vindo. — Fazendo uma careta, ela acrescentou: —
Embora tenhamos prometido ficar para trás e apenas assistir e esperar para
cumprimentar Dwyn quando vocês, homens grandes e fortes, a libertarem e a
trouxerem para nós.
Geordie tentou engolir o nó repentino em sua garganta, para que ele pudesse
falar, mas ele não estava se mexendo. No final, tudo o que ele pôde fazer foi acenar
com gratidão. Afastando-se então, ele continuou descendo as escadas, pensando que
era bom ter família. E ele tinha a melhor.
—Sinto muito, Lady Buchanan.
—Pelo quê, padre? —perguntou Dwyn, distraída, enquanto se movia
cegamente pelas cordas que prendiam os pulsos do padre.
—Por não podermos fazer nada quando Laird Brodie lhe bateu, — disse o
padre Machar em um suspiro. —Eu tentei me soltar das cordas para ajudá-la, mas ele
me amarrou bem.
Dwyn ficou em silêncio por um minuto, enquanto seus lábios rachados e cada
machucado em seu corpo pareciam doer um pouco mais, por ele lembrá-la do
espancamento. Ignorando seus machucados e dores, Dwyn voltou sua atenção para o
que estava fazendo e disse a si mesma que se safara. Brodie dera socos nela várias
vezes, no estômago, no peito e no rosto. Ele também conseguira rasgar a parte de
cima do vestido dela. Não intencionalmente. Ele a segurou com uma mão enrolada e
segurando o decote, enquanto a socava no rosto, e o tecido rasgou quando seu corpo
foi forçado para trás sob o golpe.
Dwyn olhou para baixo agora e teve que segurar um suspiro. Ela não estava
saindo exatamente do vestido, mas estava segurando-a tão bem quanto os decotes
baixos dos vestidos que suas irmãs haviam alterado. Esse vestido também era um
dos novos, e agora estava, é claro, arruinado. Dwyn poderia viver com isso, porém, e
considerou-se com sorte que os poucos golpes e um vestido rasgado eram tudo o que
ela havia sofrido até agora. Pelo menos Brodie não a jogou para fora da barraca para
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que seus homens passassem e a tivessem. Ela poderia sobreviver a uma surra. Ela
provavelmente poderia sobreviver sendo estuprada também . . . por um
homem. Dwyn não tinha muita certeza de que sobreviveria a ser estuprada por cem
deles, emocional ou fisicamente. Ela suspeitava que algo assim pudesse matar uma
mulher, ou pelo menos fazê-la desejar estar morta.
Limpando a garganta, ela murmurou: —Oh, agora, não há nada para se
desculpar, padre. É Brodie quem deve se arrepender. Como você disse, você estava
amarrado.
—Sim, mas o MacGregor se ofereceu para enviar guerreiros para me escoltar,
quando o homem de Brodie veio me pedir para ir ao acampamento. Eu recusei. Se eu
tivesse permitido que os homens me acompanhassem . . .
—Eles provavelmente estariam mortos agora, — ela afirmou em um suspiro, a
maior parte de sua concentração em tentar desatar as cordas que prendiam os pulsos
do padre nas costas. Dwyn conseguiu forçar sua mordaça usando a língua, os dentes
e as costas do padre para arrastá-la e depois removeu a mordaça que Brodie
amarrava em volta da cabeça do padre Machar, usando os dentes para puxar o pano
sujo da boca dele e para baixo. Enquanto o padre ficara bastante perturbado e
envergonhado por ela enfiar a língua na boca dele, para prendê-la sob o pano e
arrastá-la até os dentes, para puxá-la sobre o lábio inferior, ele também estava
agradecido por ela ter tirado o material de sua boca. Brodie havia rasgado uma
túnica suja e velha para fazer as mordaças, de modo que, além do tecido que sugava
toda a umidade da boca, o sabor era desagradável.
—Ah, tenho certeza de que ele não conseguiria, — assegurou o padre
Machar. —Os MacGregors são bons guerreiros.
—Sim, mas não estavam esperando problemas, o MacGregor provavelmente
não teria enviado mais de seis ou dez soldados com você. Brodie trouxe uma centena
— ela apontou.
—Oh, sim, bem, isso poderia ter sido um problema,— ele concordou com o
que parecia uma carranca em sua voz. Ele ficou em silêncio brevemente enquanto
Dwyn continuava puxando a corda nos pulsos e depois disse: —Posso
perguntar? Por que Laird Brodie está tão determinado a se casar com você?
Dwyn sorriu fracamente. Por que, de fato, ela pensou sombriamente, mas
disse: —Ele quer a casa da minha família e suas propriedades. Fazemos fronteira com
Brodie, você sabe, e se ele puder me forçar a casar com ele, ele planeja juntar as duas
propriedades e tornar tudo Brodie . . . com ele como laird, é claro.
—Oh, entendo,— ele disse com um som de “hã hã” em sua voz. —Sim, isso
faz muito mais sentido agora.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Dwyn parou de trabalhar brevemente, bastante certa de que acabara de ser
insultada. Embora ela duvidasse que o homem percebesse que ele acabara de
insinuar que o desejo de Brodie em se casar com ela não poderia ser apenas por sua
pessoa, a ganância fazia mais sentido. Balançando a cabeça, ela voltou ao trabalho.
—Bem, terei que explicar a ele que Deus desaprova a ganância, — disse o
padre Machar agora. —Talvez eu pudesse até ler uma passagem da Bíblia para
ele. Lucas 12:15 seria bom. —Sua voz caiu para uma explosão teatral, e ele citou: —
Então ele lhes disse: 'Cuidado! Esteja alerta contra todos os tipos de ganância; a vida de um
homem não consiste em abundância de seus bens’. Ou,— disse ele, parecendo animado, —
talvez Coríntios 6:10. 'Nem ladrões, nem gananciosos, nem bêbados, nem caluniadores, nem
vigaristas herdarão o reino de Deus’. Ele mal terminou isso antes de exclamar: —Oh! Ou
eu poderia citar. .
—Padre? — Dwyn interrompeu gentilmente.
—Sim, moça? — perguntou o padre Machar.
—Você pode não querer dar uma palestra ou fazer citações para o Laird
Brodie. Temo que o homem esteja muito bravo e gostará de machucá-lo se você o
fizer, —ela apontou.
—Oh, não. Certamente que não? — ele disse, a excitação substituída pela
preocupação. —A ganância pode parecer loucura, mas. . .
—Ele amarrou a um padre, — apontou Dwyn secamente. —E ele me
sequestrou e me amarrou também, e isso além de ferir meu marido terrivelmente e
tentar me estuprar, para me forçar a casar com ele, antes de eu vir para Buchanan. E
o homem fala com. . .
—Estupro? Sério? — Padre Machar interrompeu.
Dwyn não sabia dizer se era excitação que estava ouvindo na voz dele ou
não. Dizendo a si mesma, é claro que não, disse ela. Felizmente, meus cães o
atacaram e o expulsaram.
—Ah,— ele disse sabiamente, e então sugeriu: —Vocês já consideraram que
essa era a vingança de Deus? Castigo por seus maus caminhos?
—De alguma forma, acho que Deus não faria cachorros arrancar a ponta de
seu pau, padre, — ela disse secamente.
—Oh, querida, — ele murmurou com consternação. —Não, também não posso
vê-lo fazendo isso. Ele ficou em silêncio brevemente e, em uma tentativa óbvia de
mudar de assunto, disse com alegria fingida: —Então você é casada com Geordie
Buchanan?
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Sim, padre, — murmurou Dwyn, puxando um pouco as cordas através uma
da outra e esperando que ela estivesse movendo da maneira certa e não estivesse
simplesmente dando mais um nó nele.
—Os Buchanans são bons homens, — assegurou-lhe o padre Machar. —Bons
guerreiros também.
—A irmã deles, Saidh, também é adorável, — apontou Dwyn, um pouco
irritada, em defesa da mulher, por ela não ter sido incluída.
—Oh? — Ele perguntou com interesse. —E, no entanto, o padre MacKenna
achou-a mais difícil.
—Quem é o padre MacKenna? — Perguntou Dwyn.
—O antecessor do padre Archibald, — explicou. —Ele foi o padre em
Buchanan por anos.
—Oh.— Ela puxou outra ponta, mas quando ela não se mexeu, passou a testar
a próxima.
—Sim, e o padre MacKenna disse que Saidh não podia simplesmente aceitar
seus ensinamentos, mas tinha que questionar tudo,— explicou o padre Machar, como
se fosse a pior coisa do mundo que uma mulher pudesse fazer.
—Fazendo perguntas não é como aprendemos? — Dwyn perguntou
distraidamente.
—Ah, sim, e isso é encorajado desde que você não esteja questionando a igreja.
—Entendo, — disse ela secamente. —O que aconteceu com o padre
MacKenna?
—Bem, parece que ele se encontrou com uma emboscada alguns anos
atrás. Ele simplesmente desapareceu de repente, — disse o padre Machar com um
calafrio que sugeria que ele estava imaginando, algo desse tipo, acontecendo com ele.
Considerando que ele estava amarrado no momento e à mercê de um louco,
Dwyn achou que imaginar isso não era realmente necessário e o tremor era
justificado. Para distraí-lo, ela perguntou: —É possível que tenha sido o julgamento
de Deus sobre o padre MacKenna por falar tão mal de uma mulher boa e gentil como
Saidh?
—Oh, não, — ele disse imediatamente, mas depois perguntou com interesse:
—Você acha? Ele sempre foi bastante cruel comigo. Talvez ele estivesse sendo
punido por isso.
Dwyn piscou com a sugestão e depois enrijeceu, quando Brodie empurrou a
aba da tenda.
—Encontrei a solução, — anunciou o grandalhão com satisfação enquanto se
endireitava dentro da tenda.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Dwyn olhou para ele cautelosamente, mas não disse nada, com medo de que
ele simplesmente chamasse sua atenção para o fato de que suas mordaças estavam
fora. Algo que ele não parecia ter notado ainda.
Foi o padre Machar quem perguntou agradavelmente: —Oh? E o que foi isso?
—Oh, eu não posso dizer a você, padre. Você ficaria escandalizado,
—anunciou Brodie e ordenou: —Feche os ouvidos e não ouça.
Dwyn olhou por cima do ombro para o padre Machar, imaginando como
Brodie esperava que ele fizesse isso. Ela suspeitava que o padre estivesse se
perguntando a mesma coisa, mas depois de um momento ele desviou a cabeça de
Brodie, dando-lhe a parte de trás da cabeça, de modo que o padre agora encarava a
parede da barraca ao lado deles.
Para sua surpresa, Brodie grunhiu com aprovação e depois olhou para Dwyn e
prosseguiu como se achasse que o padre Machar realmente não podia ouvi-lo. —
Eu vou matar Geordie Buchanan.
A cabeça de Dwyn recuou um pouco, mas ela manteve a voz calma quando
disse: —Os Buchanans iriam caçar você até o inferno e de volta.
—Só se eles souberem que eu o matei, — ele respondeu com diversão.
—Eles saberiam, — disse ela com firmeza.
—Mas eles poderiam provar isso? — Brodie perguntou suavemente. —Se a
morte dele parecer um acidente, eles podem suspeitar, mas Aulay Buchanan é
conhecido por ser um homem justo. Se ele não tiver provas, não agirá contra mim.
Dwyn franziu a testa, com muito medo dele estar certo. Ela viu essa justiça em
relação a Lady Catriona e Lady Sasha. Ele e Geordie suspeitaram que elas estavam
por trás dos ataques, mas não as mandaram embora até que precisassem dos quartos,
porque não tinham provas. Veja só, Aulay tinha razão em fazer isso. Os ataques não
foram feitos pelas duas damas, mas por Katie. Dwyn ainda achava essas notícias
bastante desanimadoras. Ela sorriu e conversou com a criada, sem saber o quão perto
estava de uma assassina e de alguém que lhe causava tanto dano.
—Meu plano é realmente muito inteligente, — anunciou Brodie, chamando
sua atenção de volta para ele. Vou enviar três homens separadamente para
Buchanan. Alguém fica na floresta perto do lago de que Geordie parece gostar tanto,
esperando uma oportunidade de afogá-lo e fazer com que pareça acidental. Outro
acampará nos bosques à beira do castelo e aguardará uma oportunidade de derrubá-
lo de seu cavalo, caso ele venha ou vá. Ele fará parecer que ele foi jogado do cavalo e
quebrou o pescoço. E o último homem oferecerá seus serviços como soldado e se
mudará para Buchanan. Se eles o aceitarem, o que eu tenho certeza que eles farão, já
que não tenho dúvida de que seus homens estão tão empenhados no momento com
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
sua busca para que pudessem precisar de mais ajuda, ele pode esperar qualquer
possibilidade de matá-lo ali —quebrando o pescoço ao jogá-lo pelas escadas, quando
ninguém está por perto, de modo que pareça acidental, esbarrando nele no campo de
treinamento para que ele fique espetado na espada de seu oponente, enquanto
pratica com os homens, um incêndio nos estábulos enquanto ele está lá. — Ele
sorriu. —As possibilidades são infinitas.
Brodie virou-se de repente como se estivesse ouvindo alguém, e então franziu
a testa e assentiu. Começando a andar pelo comprimento da barraca, ele disse: —
Sim. Claro que você está certa. Encontrar uma oportunidade de causar uma morte
que possa parecer acidental pode demorar um pouco, e não podemos morar aqui em
uma tenda para sempre.
Ela sentiu o padre Machar se mover atrás dela e olhou por cima do ombro
para ver que ele estava olhando para Brodie com confusão.
—Sim, pomba, novamente você está certa. Seria muito melhor envenenar a
comida em Buchanan, ou a água, com algo que poderia parecer o resultado de carne
ruim ou algo desse tipo. Mas o quê? — ele perguntou, e depois fez uma careta
irritado. —O que você quer dizer com você não sabe? Por que sugerir se você não
tem idéia do que usar para fazer isso?
—Com quem ele está falando? — sussurrou padre Machar, perplexo.
—Eu acho que com a esposa morta dele, — Dwyn sussurrou de volta. Foi isso
que ela concluiu na última vez que ele começou a conversar com alguém que não
estava lá. Foi enquanto ele tentava estuprá-la. Aparentemente, sua esposa estava
dando dicas ou insistindo com ele de qualquer maneira. Foi a única razão pela qual
ele não havia conseguido realizar a tarefa antes que os cães dela os alcançassem e
atacassem. Ele parou brevemente para gritar com o céu vazio, acima dele, dizendo a
alguém que ela sempre fora uma maldita chata, e foi por isso que ele nunca
conseguira plantar um bebê na barriga dela. Ele então gritou que, se ela tivesse sido
mais agradável, ele nunca a teria sufocado até a morte. Ele começou a espumar pela
boca também. O homem estava louco.
—Maldita mulher! Você é tão inútil morta quanto era viva. Matar você foi a
coisa mais inteligente que já fiz! — Brodie rosnou de frustração.
—Oh, meu Deus, — o padre Machar respirou atrás dela e Dwyn supôs que foi
ao perceber que o homem havia matado sua esposa.
—Oh, cai fora, mulher! — Brodie latiu de repente. Vou ter que pensar sobre
isso. Deve haver alguém na área que entenda dessas coisas. Eu descobrirei.
Ele nem olhou para Dwyn e o padre Machar, mas simplesmente saiu da tenda.
—Lady Buchanan? — murmurou o padre Machar, com a voz trêmula.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Sim, padre? — Dwyn perguntou, voltando a tentar desfazer suas amarras.
—Eu acredito que você pode estar correta. Laird Brodie está completamente
louco.
—Sim, padre — respirou Dwyn, depois suspirou exasperada e começou a se
afastar dele.
—O que você está fazendo, moça? — ele perguntou, esticando o pescoço para
tentar vê-la.
—Vou tentar colocar minhas mãos diante de mim,— ela murmurou, e então se
ajoelhou e deslizou as mãos amarradas por baixo da bunda e depois para a frente,
quando ela se afastou para que descansassem na frente dela, embaixo de suas
coxas. Dwyn então mexeu os pés para que seu traseiro ficasse no chão e seus joelhos
se erguessem com os pés plantados no chão. Pressionando o peito o mais firme
possível no topo das pernas, ela apertou os pés para trás para pressionar a bunda e
deslizou as mãos sob os pés até poder empurrá-las na frente dos pés. Foi um pouco
apertado, graças ao seu peito grande, mas ela conseguiu, e soltou um suspiro
aliviado quando seus pulsos estavam agora na frente dela e ela podia relaxar.
—Meu Deus, — padre Machar respirou. —Isso foi inteligente. Você acha que
eu poderia fazer isso?
Dwyn olhou para o prelado idoso e sorriu fracamente. —Você pode tentar, se
quiser, padre, mas espero ser capaz de me libertar agora e também libertá-lo.
Ela voltou sua atenção para as cordas ao redor dos pulsos, escolhendo com
que corda começar e depois levou os pulsos à boca, mordeu a corda e começou a
puxar. Dwyn sabia que o padre Machar havia se ajoelhado e tentava fazer o que ela
havia feito, mas não olhou para ver como estava se saindo. Em vez disso, ela se
concentrou em suas cordas. Ocorreu-lhe, no meio do caminho, que ela poderia
simplesmente desamarrar o padre e deixá-lo desamarrá-la, mas ela estava tão perto
de completar, a esse ponto, que parecia haver pouco sentido em parar agora.
—Pronto, — disse Dwyn, aliviada, quando a corda caiu de seus
pulsos. Voltando a atenção para os tornozelos, ela rapidamente os desamarrou e
depois se virou para o padre Machar e piscou surpresa.
—Ora,— disse ela, mordendo a língua para não rir. O padre havia conseguido
colocar as mãos embaixo do traseiro, mas depois tombou. Ele agora estava rolando e
caindo no chão como um peixe no barco, mas em posição fetal. Balançando a cabeça,
ela soltou o ar e rastejou até ele. —Deixe-me ajudá-lo, padre.
—Isso é. . . ?
—O MacGregor, — disse Geordie quando o pai de Dwyn hesitou. —Sim.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Isso é bom ou ruim? — perguntou o barão Innes com preocupação, seus
olhos arregalados movendo-se sobre o grande exército atrás do guerreiro gigante de
cabelos louros, que esperava do outro lado do pequeno rio que marcava a fronteira
entre as propriedades de Buchanan e MacGregor.
—Bem, já que eles não estão atacando, eu diria que é bom, — disse Geordie
secamente, e depois se virou para sinalizar para os homens esperarem, antes de se
voltar e pressionar o cavalo para frente. Ele não ficou surpreso quando Aulay
acompanhou o ritmo dele. O fato do pai de Dwyn ter se saído tão bem o
surpreendeu. Ele sabia que o homem não era um guerreiro, mas parecia que estava
disposto a se tornar um para sua filha. Isso melhorou sua opinião sobre o homem.
—Buchanan, — o MacGregor cumprimentou, seus olhos em Aulay quando
seus cavalos os levaram para fora do rio raso e para terra firme diante do homem.
—MacGregor, — respondeu Aulay, seu rosto tão inexpressivo quanto o do
outro homem.
Conn MacGregor voltou o olhar para Geordie. —Convoquei meus homens
para ajudá-lo a recuperar sua esposa. Se eu achasse que Brodie não era bom, teria
recusado o acampamento em nossas terras.
Geordie relaxou na sela, aliviado porque os MacGregors não seriam um
problema. —Nós agradecemos.
—Sim, nós agradecemos,— disse Laird Innes em voz baixa. —Obrigado.
—Este é o pai da minha esposa, o barão James Innes. —Geordie apresentou os
dois homens.
—Innes, — MacGregor cumprimentou-o com um aceno de cabeça e depois
abriu um sorriso e disse: —Você fez um bom par para sua filha. Ela está em boas
mãos . . . Ou estará assim que a recuperarmos.
—Sim, — disse o pai de Dwyn. —Estou vindo ver isso.
O MacGregor concordou e voltou-se para Geordie e Aulay para dizer: —O
acampamento de Brodie fica em um pequeno vale, não muito longe daqui. Os lados
estão alinhados com árvores. Estou pensando que com os homens que temos entre
nós todos, seu olhar patinou sobre o grande exército no lado Buchanan do rio,
— podemos cercar o vale e apenas cavalgar sobre o bastardo e exigir sua mulher de
volta, e então matar Brodie e seus homens ou não, como você quiser.
Quando Laird Innes começou a falar e depois hesitou, Geordie virou-se para
ele em questão. —O que foi, milaird?
—Só me preocupo que Brodie mate Dwyn por maldade, se ele perceber que
está cercado e não tem saída. O homem . . . não é bom da cabeça.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Dwyn disse que havia algo errado com ele também, — disse Geordie com
uma careta. —O que faz vocês dois pensarem que ele não é certo da cabeça?
—Ele fica tão excitado quando está com raiva que na verdade sai uma espuma
da boca,— disse Innes com uma careta, e depois com relutância, como se temesse que
eles não acreditassem nele, acrescentou: —E ele fala com sua esposa morta, como se a
mulher estivesse ao lado dele.
—Isso não significa que ele mataria sua filha, — ressaltou o MacGregor.
—Sim, mas Laird Innes pode estar certo. Ele pode matá-la por vingança,
—Geordie murmurou, franzindo a testa enquanto pensava no assunto.
—Vingança por quê? O bastardo a sequestrou, não o contrário, — disse
MacGregor com nojo.
—Sim, bem, os cães da minha esposa o atacaram quando ele tentou forçá-la, —
explicou Geordie. —Um deles arrancou uma de suas bolas e parte de seu pênis. Ele
está buscando vingança desde então. Ele provavelmente vai matá-la se ele souber que
foi apanhado, antes que possamos afastar Dwyn dele.
O MacGregor resmungou com isso e depois olhou por cima dos exércitos dos
dois lados do rio, enquanto considerava o assunto por um momento. Voltando-se
para Geordie, ele disse: —Então provavelmente devemos entrar sorrateiramente e
levá-la, enquanto os homens se posicionam ao redor do acampamento. Assim que
tivermos ela e meu sacerdote, darei o sinal e nossos homens poderão entrar.
Geordie assentiu imediatamente. Ele estava ansioso para entrar e pegar Dwyn,
e como MacGregor conhecia a área melhor, ter sua ajuda seria muito útil.
—Faça com que seus homens cruzem e nós os alinharemos, com meus homens
e seus homens intercalados, para que meus guerreiros possam levá-los aonde eles
precisem ir, — sugeriu o MacGregor. —E enquanto eles fazem isso, veremos o mapa
que os batedores fizeram do acampamento e decidiremos nossa melhor abordagem.
—Seus batedores mapearam o acampamento? — perguntou Aulay com
interesse.
—Sim, assim que meu homem veio me contar o que seu irmão Alick havia
dito, enviei homens para explorar a área. Eu pensei que poderia ser útil.
—Sim, eu tenho certeza que será, —disse Geordie, enquanto Aulay se virava
para sinalizar seus homens.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Capítulo 18
—Oh, querida, isso é muito embaraçoso.
Dwyn mordeu o lábio para conter uma risada pelo gemido do padre
Machar. O homem estava deitado de costas, com as pernas magras no ar e a túnica
negra reunida em volta e entre as coxas, enquanto Dwyn trabalhava para desatar os
pulsos, que estavam atualmente pressionados firmemente por trás das pernas, onde
encontravam a bunda dele. Embora o homem tivesse os pulsos amarrados embaixo
da bunda, ele não tinha conseguido ultrapassá-la, mesmo com a ajuda dela. Pior
ainda, ele não tinha sido capaz de movê-los de volta para suas nádegas novamente,
quando ela sugeriu isso. Ele reclamou que a corda estava queimando seus pulsos
demais para movê-la. Daí a posição embaraçosa em que ele agora se encontrava.
Felizmente, Brodie não se preocupara em amarrar os tornozelos do padre Machar
como ele fizera com ela. Aparentemente, ele não tinha considerado provável que ele
fugisse com as mãos atadas.
—Quase lá, padre, — disse Dwyn, tranquilizadora. —Pense na história que
você poderá contar quando voltar para MacGregor.
—Oh, querido Deus, nunca darei uma palavra disso a ninguém, — assegurou
o padre Machar. —Não, de fato. Por que, eu poderia perder minha posição como
sacerdote do clã MacGregor, se alguém soubesse que eu tive a língua de uma mulher
na minha boca e as mãos dela no meu traseiro.
—Bem, não foi ao mesmo tempo, padre, — ela ressaltou secamente. —E foi
necessário. Além disso, minhas mãos não estão no traseiro.
—Bem, algo está me esfregando lá, — ele murmurou, e levantou a cabeça,
esforçando-se para olhar em torno de suas pernas levantadas para ela.
—Os nós dos meus dedos, — explicou Dwyn. —Eles roçam contra você de vez
em quando e sinto muito por isso. Agora, por favor, deite-se e relaxe seus músculos
novamente. Você está puxando seus pulsos com força e apenas me fazendo trabalhar
mais.
—Oh. Desculpe — ele murmurou, e deixou a cabeça cair no chão com um
suspiro antes de dizer: —Talvez devêssemos desistir e esperar. Tenho certeza de que
o bom Deus nos salvará.
As sobrancelhas de Dwyn se ergueram com isso. —Ou talvez o bom Deus
ajude apenas aqueles que se ajudam e espera que façamos nossa fuga.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Minha querida, nossas chances de escapar são bastante reduzidas. Somos
dois contra cem soldados Brodie, — observou o padre Machar secamente.
—Sim, bem, eles não são soldados especialmente inteligentes, padre,
— ressaltou. —Ninguém nos checou nem uma vez, desde que Brodie saiu para
pensar em como envenenar meu marido e sua família.
—Hmm, — o padre Machar murmurou sombriamente. —O homem é
certamente louco, e perigoso também. Você sabia que ele havia assassinado a esposa?
—Ele mencionou algo desse tipo quando me atacou, — admitiu Dwyn,
distraída.
—Por que você não escreveu ao rei então? — Perguntou padre Machar,
consternado. —Ele poderia ter feito algo sobre o homem, se soubesse.
—Porque teria sido minha palavra contra a dele, — Dwyn apontou
calmamente, enquanto continuava a trabalhar na corda. —Eu não tinha provas para
dar ao rei.
—Oh. Sim, — murmurou o padre Machar, suspirando.
—Pronto, — disse Dwyn, aliviada, um momento depois, enquanto puxava a
última ponta e a corda se desenrolava ao redor dos pulsos do padre. Seus braços se
separaram de uma vez, agora que não estavam mais unidos, e ela quase bateu a
cabeça quando as pernas do padre Machar começaram a cair imediatamente, como se
seus pulsos estivessem segurando as pernas dele para cima. Ofegando surpreendida,
ela rolou para o lado, apenas evitando as pernas dele, e então rapidamente se
levantou.
—Oh meu Deus, isso é muito melhor. Obrigado, milady —murmurou o padre
Machar, puxando as vestes para cobrir as pernas e depois se levantando também.
—O que fazemos agora? Suponho que não podemos simplesmente sair, podemos?
Enquanto o padre Machar fazia a pergunta, parecia que ele esperava que ela
tivesse alguma maneira pela qual eles pudessem sair da aba da barraca e entrar no
centro do acampamento, mas isso não os levaria a lugar algum. Girando devagar,
Dwyn examinou os itens qque estavam na barraca com eles. Para seu alívio, não era
apenas onde Brodie dormia, mas onde ele mantinha tudo de valor, ela notou,
enquanto seu olhar deslizava sobre várias armas. Movendo-se para a mesa, onde
havia um punhal, espada, cinto, escudo e vários outros itens, ela pegou o punhal e
depois olhou para o padre Machar.
—O que você quer? O punhal ou a espada? — perguntou Dwyn, enquanto ele
se aproximava dela.
—Oh, minha querida, não posso carregar uma arma. Eu sou padre. Como
pareceria? — Ele perguntou com consternação.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Que você estivesse interessado em sobreviver? — Ela sugeriu secamente.
Quando o padre apenas apertou os lábios, Dwyn suspirou e voltou para a
mesa para erguer a espada experimentalmente. Era extremamente grande e pesada, é
claro. Não era algo que ela pudesse carregar com uma mão ou balançar facilmente,
mesmo com as duas, então ela a deixou e simplesmente pegou o punhal e foi para a
parede dos fundos da barraca.
—O que estamos fazendo agora? — perguntou o padre Machar em um
sussurro, praticamente pisando nos seus calcanhares.
—Fazendo uma nova saída, —sussurrou Dwyn em resposta, ajoelhando-se
para deslizar a adaga no fundo da barraca a cerca de quinze centímetros do chão e
começou a puxá-la. Depois que ela obteve um corte que correu cerca de um metro e
meio acima da parede da tenda, ela afastou os lados e lentamente enfiou a cabeça
para dar uma olhada.
Para grande alívio de Dwyn, a única coisa atrás da barraca era a floresta. Eles
começaram não muito longe da parte de trás da tenda, e ela não viu ninguém à
esquerda ou à direita, mas isso não significava que eles não seriam vistos por alguém
ao lado da barraca, quando chegassem perto das árvores Eles teriam que se mover
rapidamente, decidiu Dwyn, e puxou a cabeça para trás para oferecer ao padre
Machar um sorriso tranquilizador. —Não vejo soldados aqui atrás. Acho que
podemos chegar à cobertura da floresta se formos rápidos nisso.
Para seu alívio, o padre Machar assentiu.
—Vou deslizar para fora e esperar enquanto você sai e depois vamos correr
juntos pela floresta. Tudo bem, padre? — Ela perguntou.
Quando ele assentiu novamente, ela se virou e cautelosamente colocou a
cabeça para fora, de novo. Não vendo ninguém, ela começou a empurrar os ombros
pela fenda. O peito dela seguiu em seguida.
—Ele provavelmente os mantém na tenda.
—Sim, — disse Geordie em resposta a esse comentário sussurrado do
MacGregor. Os homens, sem dúvida, já estavam em posição mais acima, na colina,
nas árvores que cercavam o pequeno, mas profundo vale. Levou algum tempo para
ele e Conn chegarem a este ponto na metade da colina. Brodie não tinha deixado as
árvores desprotegidas. Havia homens patrulhando para garantir que ninguém se
esgueirasse sobre eles, e eles já haviam matado cinco homens em seu caminho para o
lado do vale. Postar as patrulhas fora a única coisa inteligente que Brodie havia
feito. Escolher acampar no vale tinha sido incrivelmente estúpido para a mente de
Geordie. Ele mesmo teria escolhido uma colina alta e plana, para poder ver alguém
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
se aproximando a uma boa distância. Mas ele não iria reclamar de seu inimigo tornar
as coisas mais fáceis para ele. Especialmente se isso aumentasse suas chances de
recuperar Dwyn.
—Eu digo que descemos para a tenda, escutamos por um minuto para ver se
Brodie está lá dentro e depois cortamos. . .
Geordie olhou para o homem com curiosidade quando ele se calou no meio do
discurso. Sobrancelhas erguendo-se com a expressão assustada no rosto de
MacGregor, ele então se virou para espiar de volta para a tenda, seus próprios olhos
arregalando-se incrivelmente, ao ver que um corte havia aparecido na parede
posterior da tenda e uma cabeça estava se empurrando para olhar ao redor. Geordie
soube imediatamente, pelos cabelos dourados pálidos, que era Dwyn, e o aperto que
parecia uma mão esmagando seu coração desde que ele acordou e não a encontrou,
diminuiu um pouco sua pressão. Ela estava viva. Ele não podia vê-la suficientemente
bem a essa distância para dizer em que forma ela estava, mas ela estava viva e de
pé . . . e a espertinha estava fazendo sua própria fuga.
Sorrindo, Geordie observou enquanto ela olhava ao redor. Quando a cabeça
dela voltou a desaparecer na tenda, ele se afastou da posição agachada e começou a
avançar silenciosamente entre as árvores, assim como o MacGregor. Ambos pararam
novamente cerca de seis metros depois, quando a cabeça de Dwyn apareceu
novamente através da fenda. Geordie imediatamente vasculhou a área dos dois lados
da tenda em busca de soldados que pudessem ser um problema para sua pequena
esposa. Ele então olhou de volta para o MacGregor, quando o homem respirou
fundo. Ele esperava ver um dos homens de Brodie se aproximando ou algo mais,
mas não havia ninguém por perto. Seguindo o olhar do homem de volta para a
tenda, ele viu que os ombros de Dwyn haviam seguido sua cabeça para fora, e agora
seu peito estava emoldurado pela tenda, enquanto ela também se estendia. O sol
havia se posto há pouco tempo e a noite estava caindo. Era a hora do crepúsculo,
quando não estava muito escuro, mas também não era realmente claro. Mas a luz que
havia parecia quase ser capturada por seu cabelo pálido e sua pele, onde seu vestido
não a cobria, e a visão dos belos seios de Dwyn surgindo por cima do vestido foi
suficiente para fazê-lo suspirar.
—Você é um homem de sorte, Buchanan, — murmurou Conn MacGregor.
Geordie assentiu enquanto observava seu estômago e quadris deslizarem pela
abertura agora.
—A maioria das moças espera para ser arrebatada ou resgatada,
— acrescentou MacGregor.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Minha Dwyn não é como a maioria das moças, — assegurou Geordie, e eles
começaram a avançar novamente como se concordassem.
Dwyn suspeitava que manobrar-se através da fenda que fizera na tenda era
como nascer, embora menos confuso e provavelmente com menos resistência do que
um corpo ofereceria. Mas então, a tenda também não tinha músculos contraídos para
empurrá-la para fora, mas ela atravessou o talho que abriu e, em seguida, ficou de
lado e olhou nervosamente ao redor, enquanto esperava o padre Machar abrir
caminho para fora também.
O padre era um homem esbelto, mas ainda maior que ela e parecia ter alguma
dificuldade em abrir caminho pela fenda. Dwyn estava começando a pensar que ela
deveria cortar uma fenda cruzada para ajudá-lo, quando ele de repente se enrijeceu,
seus olhos dando voltas com alarme.
—Volte aqui, seu maldito bastardo!
Sugando uma respiração aguda de alarme, ao som da voz de Brodie, Dwyn
pegou o padre Machar pelas duas mãos e puxou-o com todas as suas forças. Ela
jogou todo o corpo na ação, mas ainda ficou impressionada quando funcionou e o
padre de repente saltou do buraco. Dwyn ofegou quando o padre Machar desabou
em cima dela, depois o empurrou e se levantou.
—Venha, — ela sussurrou, agarrando seu braço para arrastá-lo de pé. Brodie
estava berrando furiosamente e tentando abrir caminho através da fenda que ela
havia feito na tenda. Felizmente para eles, ele era duas vezes maior que o padre
Machar e estava preso, pelo menos brevemente. Não querendo ficar por aqui para
ver quanto tempo levaria para ele se soltar e cair atrás deles, Dwyn pegou o padre
pela mão e o arrastou atrás dela enquanto corria pelas árvores.
Dwyn não ficou surpresa quando viu os soldados de Brodie correndo pelos
dois lados da tenda atrás deles. Faolan Brodie estava fazendo barulho suficiente para
ter certeza de que todo o acampamento estava chegando. Recusando-se a pensar
sobre o que poderia lhe acontecer se aqueles chacais a tivessem em suas mãos, ela
manteve a cabeça baixa e se esforçou para correr. Em questão de segundos, eles
estavam entrando na pouca cobertura que as árvores ofereciam. Correr tornou-se
mais perigoso, então, o chão repentinamente irregular com raízes e galhos caídos
para derrubá-los. Dwyn não diminuiu o ritmo e nem olhou para cima, até ouvir seu
nome gritado sobre o som das respirações ofegantes que estava dando.
Finalmente, erguendo a cabeça, ela viu duas formas grandes à sua frente e
quase virou-se para desviar do par, até que um deles chamou novamente. —Dwyn,
amor, por aqui.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Geordie, — ela ofegou, reconhecendo a voz dele desta vez. Apertando a
mão do padre Machar de maneira tranquilizadora, ela conseguiu acelerar. O
problema passou a ser que ela não tinha certeza de qual das duas grandes formas era
o marido. Os dois homens eram do mesmo tamanho, e ela não conseguia ver feições
ou cor de cabelo na floresta escura, então jogou uma moeda em sua mente —
esquerda, direita, esquerda, direita. Direita. Dwyn apressou-se para o homem à
direita, quase subindo pelo corpo e entrando nos braços. Ela percebeu no momento
em que sentiu o cheiro dele que não era o marido dela. Ele cheirava quase tão bem
quanto Geordie, mas diferente, e ela se afastou bruscamente.
—Lady Buchanan, — uma voz profunda e cheia de diversão a cumprimentou,
Conn MacGregor ao seu serviço. Prazer em conhecê-la, — disse o homem, enquanto
a passava para outro conjunto de braços.
—Dwyn,— Geordie respirou aliviado, enquanto a segurava. Ela reconheceu o
cheiro dele e imediatamente se aconchegou em seus braços. Ele não disse mais
nada; ele simplesmente começou a correr com ela, subindo a colina.
—Laird MacGregor! Oh céus!
Dwyn se esticou para olhar por cima do ombro de Geordie para aquele
suspiro surpreso e quase riu alto, quando foi confrontada com o traseiro do padre
Machar mais uma vez. O outro homem, Laird MacGregor, pendurou o padre por
cima do ombro e estava direto nos calcanhares de Geordie. Ela estava apenas
relaxando quando olhou para ele e viu o quão perto os homens de Brodie
estavam. Havia poucos metros de distância entre a cabeça do padre Machar e o
soldado mais próximo de Brodie, e seus perseguidores não precisavam carregar
outra pessoa com eles.
Eles estariam neles em mais um minuto, Dwyn pensou com consternação, e
então sua cabeça girou, para que ela pudesse olhar para frente, enquanto um
estrondoso grito de batalha rasgava o ar. Não apenas um, ela percebeu ao ver a
escuridão à frente se transformar em várias formas em movimento. Muitos. O ar
estava ecoando com os gritos de incontáveis homens a cavalo, subindo a colina na
direção deles.
De olhos arregalados, Dwyn observou os guerreiros se aproximarem, com
medo de que eles os atacassem. Mas os cavalos correram ao redor deles e pisotearam,
ou envolveram, os homens que a seguiram, ela viu enquanto girava a cabeça
novamente.
—Geordie!
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Dwyn se voltou para avançar com aquele grito e viu dois homens a cavalo se
aproximando, cada um liderando uma montaria sem cavaleiros. Os homens estavam
quase neles antes que ela reconhecesse seu pai e Alick.
—Leve Dwyn e o padre até as mulheres, —ordenou Geordie, colocando Dwyn
no colo do pai, enquanto o MacGregor ajudava o padre Machar a subir, atrás de
Alick, em sua montaria.
—Marido! — Dwyn agarrou suas mãos quando ele a soltou. Quando Geordie
fez uma pausa, erguendo a cabeça para a dela, ela sussurrou: —Eu te amo. Seja
cuidadoso.
Geordie apertou a mão dela, mas depois se virou para montar seu cavalo
enquanto o MacGregor montava o seu. Os dois homens entraram na briga quando o
pai e Alick se viraram para subir a colina.
Dwyn não tinha idéia de onde as mulheres estavam, ou mesmo quem eram, e
estava muito ocupada tentando observar Geordie por cima do ombro do pai, para se
importar muito. Infelizmente, estava muito escuro e a cena era muito caótica para ver
muita coisa. Ela rapidamente perdeu de vista o marido, nas formas escuras que
lutavam nas árvores.
—Você está bem, moça?
Dwyn desviou o olhar para o rosto do pai. Ela não podia ver sua expressão,
mas ele parecia preocupado. —Sim, pai, e feliz por estar em segurança longe de
Brodie.
—Geordie vai pegá-lo, — disse James Innes com confiança. —Ele estava mais
preocupado com você. Acho que ele quase matou Katie quando ela não quis contar
onde você estava.
—Você sabe sobre Katie? — perguntou Dwyn, tão surpresa com o
conhecimento quanto com o fato de ter esquecido, brevemente, tudo sobre a mulher.
—Sim. Geordie descobriu que Simon não poderia ter sido esfaqueado sem
passar por ela em sua posição diante dele, e ela era a única que sabia que você estava
na cachoeira, assim como a única que poderia ter dito isso a Brodie.
—Oh, — Dwyn suspirou, e os dois ficaram em silêncio enquanto
cavalgavam. Ela estava começando a temer que eles voltassem a Buchanan, quando
os cavalos começaram a desacelerar.
Erguendo a cabeça, ela olhou para frente, arregalando os olhos com a vista
diante deles. Muitas tochas haviam sido plantadas no chão em um grande círculo
que rodeava uma fogueira e vários troncos onde as mulheres estavam esperando, ou
tinham estado. Todas estavam se levantando agora e correndo para encontrá-los,
enquanto o pai diminuía a montaria e a ajudava a desmontar.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Dwyn!
Virando-se, ela se viu envolvida em um abraço feroz de Aileen. Una logo se
juntou a elas, envolvendo os braços em volta das duas.
—Você está bem? — As duas perguntaram ao mesmo tempo, não a soltando.
Gerenciando um sorriso, apesar da dor que elas estavam causando, pressionando
contra seu peito e estômago machucados, Dwyn as abraçou de volta.
—Sim. Estou bem agora, — ela murmurou, e depois ouviu o padre Machar
garantir às mulheres que o cercavam: —Oh, não, estou bem, milady. Apenas
bem. Lady Buchanan cuidou bem de mim, apesar de ter sofrido uma terrível surra.
Dwyn sentiu mais do que viu quando todos os olhos se voltaram para
ela. Suspirando, ela abriu os olhos para olhar ao redor a tempo de ver que a maioria
das mulheres estava agora se movendo em sua direção.
—Brodie bateu em você? — Una perguntou, parecendo zangada quando se
afastou. Estendendo a mão, a irmã afastou os cabelos do rosto de Dwyn e inalou
bruscamente, depois respirou: —Bastardo.
—Estou bem, — assegurou Dwyn.
—Não, Dwyn, você não está bem, — disse suavemente uma mulher que nunca
havia encontrado antes, em voz baixa, com sotaque inglês. Una e Aileen recuaram
imediatamente para dar espaço a recém-chegada. —Você tem um lábio rachado, um
terrível olho roxo, um inchaço e um corte na testa que parecem sérios. Venha perto
do fogo e deixe-me olhar para você.
—Dwyn, esta é Jo Sinclair, — disse Saidh, pegando seu braço e empurrando-a
suavemente em direção ao fogo.
—Sim, — disse Murine, instando o padre Machar em direção ao fogo, assim
como Dwyn foi conduzida dessa maneira. —Você se lembra de nós mencionando-
a. Ela é uma boa curandeira.
Dwyn assentiu em silêncio. As mulheres tinham contado tudo sobre como se
conheceram, o que acontecera em Sinclair. Elas foram convidadas pela mãe de
Campbell Sinclair na esperança de que ele estivesse interessado o suficiente em uma
das mulheres, para finalmente se casar e produzir netos para ela. Como Dwyn
lembrou, foi onde as mulheres tiveram a ideia de convidar todas as herdeiras para
Buchanan. Mas uma bela piada havia sido contada para todas, desde que Campbell
chegara a Sinclair com Jo, já como esposa. Mesmo assim, as mulheres haviam se
tornado amigas rapidamente, e Saidh e as outras insistiram que Jo e Campbell, assim
como a tia e o tio de Jo, os MacKays, deveriam ser convidados para o casamento em
Innes.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Brodie fez isso? — Saidh perguntou, enquanto a instava a sentar no tronco
caído mais próximo do fogo e a examinava.
—Sim, —Dwyn murmurou. Observando as expressões sombrias ao redor, ela
estava supondo que parecia muito ruim no momento, mas então um olho roxo e um
lábio rachado dificilmente seriam bonitos; adicione uma testa cortada e inchada e ela
temia que, em sua simplicidade, tivesse se tornado apenas feia.
—Oh meu Deus, foi uma aventura,— ela ouviu o padre Machar dizendo de
um tronco próximo, onde as outras mulheres haviam insistido que ficasse. —O
Brodie nos amordaçou e nos amarrou costas com costas. Foi muito desagradável. A
mordaça estava suja, sabe. Mas Lady Buchanan tirou a mordaça e até conseguiu
remover a minha também. Ela teve que enfiar a língua na minha boca para fazer isso,
mas não havia nada de lascivo nisso. Ela estava apenas tentando tirar a mordaça.
Dwyn virou-se para espiar o homem com as sobrancelhas levantadas. Ela
pareceu se lembrar dele declarando que ele não podia falar sobre o que tinha
acontecido. O que as pessoas pensariam? ele perguntou. Aparentemente, ele havia
esquecido essa preocupação, ela pensou ironicamente enquanto ele continuava.
—Assim como eu tenho certeza que não havia nada lascivo quando ela
colocou as mãos em meu traseiro, enquanto eu tinha minhas pernas no ar. Na
verdade, não eram as mãos dela, mas as juntas dos dedos. Ela estava tentando me
desfazer das amarras.
Houve um breve silêncio e então uma das mulheres soltou uma risadinha. Foi
curta. Quem quer que fosse, obviamente, tentou sufocá-lo, mas foi o catalisador que
fez todos rirem, e Dwyn sentiu-se relaxar um pouco, e depois estremeceu surpresa
quando algo frio tocou sua testa.
—Desculpe, — Jo Sinclair disse, se desculpando enquanto passava algo oleoso
sobre o corte na cabeça. Não quis lhe assustar. Estou apenas colocando uma pomada
para ajudar a prevenir a infecção e reduzir o inchaço.
—Obrigada, — Dwyn murmurou, fazendo o possível para permanecer imóvel.
Jo espalhou mais pomada ao redor dos olhos depois disso, e um pouco no
lábio rachado, e depois franziu o cenho para as contusões visíveis no peito de Dwyn,
mas começou a pressionar suas costelas, perguntando se doía.
—Eu não acho que ele quebrou nenhuma das suas costelas, mas você está
definitivamente machucada lá. E em todo lugar pelo que eu posso ver, — Jo disse
sombriamente.
—Ele estava com raiva que eu já fosse casada, — disse Dwyn, cansada.
—E graças a Deus você estava, — disse Saidh sombriamente. —Eu não posso
imaginar se você teria sobrevivido por muito tempo casada com aquele bastardo.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Todas as outras mulheres murmuraram concordando com isso e depois Jo
disse: —Você parece cansada, Dwyn. Trouxemos mantas conosco. Por que você não
descansa em uma até que os homens voltem? Ou você prefere voltar para Buchanan
e descansar em uma cama? Pode demorar um pouco até que os homens terminem e
retornem.
—Não. Aqui está bom, —assegurou Dwyn. Ela não iria a lugar nenhum até ter
certeza de que Geordie estava bem.
O padre Machar ainda estava conversando sobre sua “aventura” enquanto ela
se deitava na manta que as mulheres estendiam para ela. Ela murmurou:
—Obrigada, — quando Aileen e Una estenderam outra manta sobre ela e depois
permitiu que a voz excitada do padre Machar a embalasse para dormir.
—Alguma coisa? — Geordie perguntou sombriamente, limpando o que ele
suspeitava ser sangue de sua testa com as costas de seu braço, enquanto Aulay e o
MacGregor se aproximavam.
—Não,— disse Aulay. —Brodie não está entre os corpos ou os prisioneiros.
—O bastardo parece ter abandonado seus homens e fugido no meio da
confusão, — Conn MacGregor rosnou com nojo.
Geordie xingou baixinho com a notícia. Ele queria pôr um fim a este capítulo
da vida de Dwyn para que ela nunca precisasse temer que o homem aparecesse
novamente no futuro.
—Não estou surpreso, — disse Alick, sombrio. Enquanto Laird Innes ficou
para guardar as mulheres, o irmão mais novo de Buchanan voltou à briga no
momento em que entregou o padre Machar às mulheres. Geordie o viu voltar e ficou
aliviado ao saber que Dwyn e o padre estavam bem. Agora, seu irmão disse: —O que
mais um covarde faria? E qualquer homem que bate em uma mulher é covarde.
O olhar de Geordie perfurou seu irmão. —Ele bateu em Dwyn?
—Muito, pelo que o padre Machar disse em nosso caminho de volta até às
mulheres, — Alick disse a ele solenemente. —Segundo ele, Brodie não ficou feliz em
saber que Dwyn era casada com você e fora de sua reivindicação. — Fazendo uma
careta, ele acrescentou: —Eu olhei para o rosto dela quando chegamos ao
acampamento temporário e à luz das tochas e do fogo. Ela tem vários machucados e
feridas e seu vestido está rasgado. Ela . . .
Geordie não ouviu o resto; ele já havia montado e virado o cavalo para voltar
para as mulheres.
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
Capítulo 19
—Ah, que incômodo — Dwyn murmurou, afastando um galho que parecia
estar tentando arrancar o cabelo da sua cabeça. Ela então parou para examinar a
escuridão ao seu redor, sem saber se estava olhando na direção certa.
Para sua surpresa, Dwyn realmente conseguira adormecer um pouco ao lado
do fogo, enquanto esperava notícias dos homens. Quando ela acordou, o resto das
mulheres estava descansando enquanto o pai estava de guarda. Dwyn assentiu com a
cabeça para ele e deslizou entre as árvores para se aliviar. Foi por isso que ela
acordou, uma necessidade desesperada de “regar” um arbusto. Agora ela terminara
a tarefa e estava voltando para o acampamento, mas de repente ficou preocupada de
ter se virado e estar se afastando e não voltando para o fogo. Ela tinha certeza de que
não tinha chegado tão longe do acampamento. Dwyn pensaria que ela seria capaz de
ver o fogo adiante, através das árvores, agora, mas ela ainda estava meio adormecida
quando tropeçou na manta e não podia ter certeza de quão longe tinha ido.
Fazendo uma careta para si mesma, Dwyn curvou-se para pegar a parte de
trás da saia e puxá-la entre as pernas para enfiá-la no cinto em volta da cintura. Ela
apenas subiria em uma árvore e olharia em volta. Isso deveria lhe dar uma idéia se
ela estava indo no caminho certo ou não. Ela esperava.
A árvore ao lado dela tinha um bom tamanho, ela decidiu, depois de deslizar
os braços ao redor da base para testar sua circunferência. Esticando-se para agarrar o
galho mais alto que podia alcançar, Dwyn enfiou o pé escorregadio no tronco e
empurrou-se para cima, enquanto puxava os braços. Ela havia conseguido levantar
os dois pés do chão e mudou uma mão para um galho mais alto, para continuar para
cima, quando seu tornozelo foi agarrado e puxado para baixo.
Dwyn gritou de surpresa, mas instintivamente apertou os dois ramos que ela
estava segurando, enquanto olhava para baixo. Tudo o que ela podia ver era uma
forma escura abaixo, mas era grande demais para ser uma das outras mulheres ou
seu pai, e quem quer que fosse obviamente não era um amigo ou eles já teriam
conversado. Com esse pensamento em mente, Dwyn colocou o braço sobre o galho
mais próximo, para lhe dar mais estabilidade, depois retirou o pé livre do galho em
que estava e chutou a mão segurando o outro tornozelo.
Seu objetivo era bom, e Dwyn ouviu o homem soltar uma maldição quando
seu pé foi repentinamente liberado. Seu sangue gelou quando ela reconheceu a voz
de Brodie por trás do palavrão. Voltando o olhar desesperadamente para os galhos
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acima dela, ela começou a subir para cima o mais rápido possível. Dwyn tinha
acabado de puxar o pé anteriormente preso até um galho e começou a puxar o outro,
quando ele agora o pegava e puxava violentamente. O braço dela ainda estava
pendurado no galho, mas Dwyn perdeu o controle do galho mais alto e tentou
desesperadamente agarrar-se a outra coisa para se salvar. Infelizmente, Brodie ainda
estava exercendo pressão sobre seu pé e antes que ela pudesse se salvar, seu braço
escorregou e ela estava caindo da árvore.
Dwyn gritou quando caiu, gritou novamente quando bateu em Brodie e
grunhiu quando os dois caíram no chão da floresta. Ela estava imediatamente
chutando e lutando para se afastar do homem, mas ele segurou o joelho dela com
força e rastejou sobre suas pernas, impedindo-a de chutar mais. Isso não a impediu
de dar um soco nele, mas Brodie agarrou suas mãos e as forçou de seus lados.
Dwyn gemeu de dor quando seus dedos e polegares beliscaram seus ossos do
pulso, e então ele os forçou ao chão e apoiou o peso de sua parte superior do corpo
nos pulsos dela enquanto se arrastava em cima dela.
—Pensou que você tivesse escapado, não foi? — Brodie rosnou uma vez que
seu corpo cobriu o dela da cintura para baixo. —Mas eu juro que vou te matar nem
que seja a última coisa que faço.
Ele soltou uma das mãos dela para agarrar sua garganta, e Dwyn o golpeou
com a mão livre quando ele começou a sufocá-la. Ela procurou o olho dele, os três
dedos mais longos estendidos e apertados. Uma satisfação sombria percorreu-a
brevemente quando ela atingiu seu alvo.
Brodie rugiu de dor e fúria, e depois soltou sua outra mão para lhe dar um
soco no rosto, mas a mão na garganta permaneceu, continuando a abafar seu
ar. Dwyn estava se debatendo com ele um pouco descontroladamente. Um zumbido
começou em seus ouvidos, seu corpo estava começando a formigar e parecia que sua
língua estava inchando em sua boca, embora ela soubesse que não podia ser. Mesmo
assim, ela estava começando a temer que não escapasse dele desta vez e ele
realmente a mataria. Dwyn mal teve esse pensamento de pânico, quando ele se foi de
repente.
Ofegando por ar e tossindo violentamente, Dwyn pressionou uma mão na
garganta e tentou se afastar, puxando com o outro braço e enfiando os pés na terra,
para empurrar com as pernas. Os sons de palavrões e grunhidos e os baques de
punhos batendo na carne a seguiram e ela olhou cautelosamente para trás e viu uma
forma grande e escura rolando pelo chão da floresta atrás dela. No entanto, enquanto
Dwyn observava, a forma mudou e cresceu um pouco, e um estalido encheu o
ar. Não era muito alto, mas parecia ser, no silêncio que se seguiu, e então a forma
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moveu-se novamente, parte dela caindo no chão da floresta e a outra se soltando
enquanto o homem ficava de pé.
—Dwyn?
Ela se virou para começar a engatinhar de novo, mas fez uma pausa e voltou-
se ao som da voz de Geordie e então ele estava se ajoelhando ao lado dela, erguendo
seus ombros para segurá-la contra seu peito.
—Você está bem, moça? — ele perguntou ansiosamente, suas mãos se
movendo sobre ela como se estivesse procurando ossos quebrados ou feridas.
—Sim, — ela falou com uma voz rouca.
—Oh, graças a Deus. — Geordie a pegou nos braços e a abraçou, a cabeça
apoiada na dela. —Voltei e seu pai disse que tinha escapado para encontrar um
arbusto acessível. Eu ia esperar pacientemente, mas então ouvi você gritar. Deus, —
ele respirou, pressionando um beijo na cabeça dela. —Acho que meu coração parou.
Dwyn deslizou os braços em volta do peito dele, segurando-o enquanto ele
estremecia de encontro a ela.
—Eu a amo, Dwyn, — disse ele solenemente. —Realmente amo, e não sei o
que faria se a perdesse.
—Eu também o amo, Geordie, — ela sussurrou.
Ele encontrou o rosto dela com as mãos e tentou beijá-la, mas parou
imediatamente quando ela estremeceu de dor, quando a boca dele cobriu seu lábio
partido.
—Sinto muito, amor — disse Geordie de imediato, e depois a abraçou e a
levantou, murmurando: —É melhor eu levar você de volta ao fogo.
Dwyn olhou por cima do ombro para as formas escuras no chão da
floresta. Na verdade, ela não sabia dizer qual era a forma Brodie e quais eram apenas
arbustos.
—Ele está morto? — Ela perguntou.
—Sim, eu quebrei o pescoço dele, — disse Geordie, sua voz sombria. —Ele não
estará nos incomodando novamente.
Dwyn apenas assentiu e descansou a cabeça no peito dele com um pequeno
suspiro. Ela acreditava nele, mas realmente não acreditava nele, se isso fazia algum
sentido. Ela estava com tanto medo e se preocupava com Brodie há tanto tempo que
levaria um pouco até que ela aceitasse que não tinha mais nada com que se
preocupar.
—Você a encontrou!
Dwyn piscou os olhos e olhou ao redor para aquele grito de alívio de Aileen,
surpresa ao ver que eles já estavam de volta ao pequeno acampamento improvisado,
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onde as mulheres esperavam. Ela não estava tão longe, afinal. A floresta aqui era tão
espessa que ela não conseguia ver o fogo através das árvores.
Enquanto todas as mulheres estavam dormindo, quando ela se afastou alguns
momentos atrás, elas estavam todas acordadas agora. Muitas delas estavam
ocupadas cuidando dos feridos que se dirigiam para o acampamento, mas Aileen e
Una estavam correndo na direção deles, enquanto Geordie a carregava em direção ao
fogo.
—Sim, — Geordie resmungou em resposta às irmãs, enquanto elas corriam
para o lado dele. Quando Aulay e Alick apareceram do outro lado, ele acrescentou:
—Brodie voltou para cá e a encontrou.
—Ele está morto? — perguntou Aulay, oferecendo um sorriso a Dwyn,
enquanto esperava a resposta do marido dela.
—Sim. Eu quebrei o pescoço dele, — disse Geordie, sombrio, enquanto ele se
sentava no tronco mais próximo do fogo e ajeitava Dwyn para se sentar no colo
dele. —Ele está a cerca de seis metros na floresta.
—Alick e eu pegaremos tochas e vamos encontrar o corpo para ter certeza, —
disse Aulay, e se afastou com o irmão mais novo de Buchanan seguindo-o.
Geordie grunhiu com isso, e depois segurou os braços de Dwyn e murmurou:
—Agora, deixe-me vê-la, amor.
Dwyn deixou de olhar ao redor do acampamento, agora movimentado e
levantou o rosto para ele vê-lo.
—Oh, doce Jesus, — Geordie respirou, passando um dedo suavemente sobre
sua bochecha quando seu olhar absorveu as várias protuberâncias, contusões e cortes
em seu rosto. Quando seu olhar caiu no peito dela, ele rosnou: —Eu deveria ter
demorado mais para matar o bastardo.
Dwyn curvou o queixo para olhar para baixo e fez uma careta para os grandes
e feios machucados pretos, visíveis em seu peito. Foi onde alguns dos socos de
Brodie pegaram quando ele a espancou, depois de saber que ela era casada.
—Seu vestido está rasgado, moça. Ele. . . A voz de Geordie era suave, mas
sombria, e ele parecia incapaz de terminar a pergunta. Dwyn descobriu o que ele
estava perguntando e balançou a cabeça imediatamente.
—Não, ele não me estuprou, — ela assegurou, sua voz ainda apenas um
sussurro rouco. A garganta de Dwyn estava dolorida, e ela tinha certeza de que
também ficaria, se ainda não tivesse começado. Assim, ela continuou. —Ele apenas
me bateu. Estou bem, marido, de verdade.
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Geordie engoliu em seco e conseguiu dar um pequeno sorriso aliviado, mas
depois suspirou e balançou a cabeça. —Quero abraçá-la e beijá-la, mas tenho medo
de machucá-la acidentalmente se o fizer.
—Aqui.
Dwyn se assustou e olhou em volta quando algo frio roçou seu peito. Una e
Aileen estavam ao lado deles. Una estava tentando pressionar um pano úmido e frio
em sua garganta, enquanto Aileen a encarava com uma combinação de consternação
e preocupação. Dwyn levantou a cabeça para que Una pudesse pressionar a
compressa na garganta, arregalando os olhos ao encontrar o olhar de uma grande
montanha dos cabelos louros de um homem, agora parado do outro lado de Geordie.
—Lady Buchanan, — o homem rosnou, olhos solenes se movendo sobre o
rosto socado e machucado. —É um prazer encontrá-la novamente.
—MacGregor? — Ela sussurrou a pergunta.
Ela imediatamente achou duvidoso que ele pudesse ouvir a palavra acima do
barulho ao redor deles, mas ele ouviu e disse: —Sim. Que bom que está segura
agora. Peço desculpas por permitir que Brodie acampasse em minha terra. Se eu
tivesse sabido o que ele estava fazendo, eu o teria capturado e levado para Buchanan.
—Está tudo bem, —Dwyn sussurrou, mas percebeu que o olhar dele vagou
para Una, enquanto ela continuava segurando a compressa fria na sua garganta.
—Aqui, segure isso, Dwyn, e eu vou buscar algo para aliviar sua garganta,
— disse Una agora.
Dwyn estendeu a mão para apertar o pano contra a garganta e notou o modo
como o MacGregor observava sua irmã se afastar.
—Essa é a irmã mais nova de Dwyn, Una, — anunciou Geordie com diversão,
aparentemente tendo notado o interesse de MacGregor. — Ela tem apenas dezesseis
anos e está noiva.
O MacGregor voltou-se com as notícias e perguntou: —Quem é o noivo dela?
—Acho que o filho mais velho do Laird Graham, — respondeu Geordie.
Dwyn assentiu com a cabeça quando ele olhou para confirmar e depois voltou
o olhar surpreso para o MacGregor, quando ele bufou com diversão.
—Alpein Graham, — disse ele, obviamente conhecendo o clã Graham, ou pelo
menos quem era o filho mais velho. —A pobre moça viverá uma existência solitária e
sem filhos, se casar com ele.
Dwyn franziu a testa com preocupação e abriu a boca para perguntar por que,
mas ele poupou o esforço explicando: —O homem prefere homens. A tal ponto, que
duvido que ele consiga consumar o casamento. Ele a deixará na fortaleza e partirá em
viagens de 'caça' com seus 'amigos'. — Ele balançou a cabeça com nojo. —Seria um
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desperdício se uma moça adorável como ela se casasse com ele. — Ele viu Una
chegar com uma caneca na mão e acrescentou: —Não posso suportar um desperdício
como esse e posso ter que fazer algo a respeito.
Ele se virou e se afastou e Dwyn olhou para ele com espanto, e então olhou
para Geordie questionando.
—Ele é um bom homem, — Geordie assegurou-lhe solenemente. —Ele nunca
machucou uma moça.
Dwyn estava apenas relaxando quando acrescentou: —Ele me pedirá
permissão primeiro e esperará até que ela fique um pouco mais velha, para roubá-la
ao noivo.
Quando ela arregalou os olhos consternados para ele, Geordie deu de
ombros. —Você gostaria que sua irmã estivesse com um homem que preferisse
homens e a negligenciasse, ou alguém que a enchesse de bebês e a fizesse feliz?
Dwyn não conseguiu responder. Além do fato de que sua garganta doía
demais para responder naquele momento, Una os alcançara naquele ponto e não
queria que sua irmã soubesse o que Conn MacGregor havia dito e se preocupasse
desnecessariamente. Mas ela definitivamente iria discutir isso com Geordie mais
tarde, decidiu Dwyn com firmeza, enquanto sorria para Una e aceitava a caneca que
estendia.
D wyn estava cochilando quando o som da porta do quarto abrindo e
fechando a agitou. Ela abriu os olhos para ver que o céu estava se iluminando com o
sol nascente. O amanhecer estava chegando e Geordie finalmente estava se juntando
a ela, mas já era tarde quando eles voltaram para Buchanan. Depois de olhá-la aqui
no quarto de Geordie, Rory havia lhe dado uma poção para aliviar seus machucados
e dores, e então Geordie a ajudou a se despir e ir para a cama. Pressionando um beijo
em sua bochecha, sobre o único lugar em seu rosto em que ele poderia beijá-la sem
causar dor, ele disse a ela para descansar e que estariam juntos assim que terminasse
de lidar com as coisas.
Dwyn não o fez explicar o que eram essas coisas. Ela sabia. Eles incluiam
descobrir o que Katie havia feito para “lidar” com Aulay e decidir o que fazer com a
criada e os soldados de Brodie, pelo menos os que haviam sobrevivido à batalha.
Curiosa sobre essas coisas, ela estava deitada de lado, de frente para a janela e
ouvia Geordie se despir e depois deslizar na cama atrás dela. Quando ele começou a
se enrolar ao redor dela, seu braço estendendo-se sobre ela e depois parando incerto,
ela pegou a mão dele e a pressionou contra o peito, com a palma da mão sobre o
mamilo.
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—É o único ponto que não está machucado, — explicou ela, divertida, quando
ele ficou parado com o que ela suspeitava ser surpresa.
Geordie relaxou e deu um beijo em seu pescoço. —Eu não esperava que você
estivesse acordada ainda.
—Eu cochilei um pouco, — ela admitiu, voltando-se para ficar de
conchinha. —Mas eu estava curiosa para saber quando vamos para Innes.
—Todo mundo decidiu adiar um dia para que possamos descansar depois do
que aconteceu. Pensei que preferisse que viajássemos com seu pai e os outros, para
poder descansar na carroça, enquanto se cura.
—Não, — disse ela sem hesitar. —Eu posso montar.
—Você tem certeza? — Ele perguntou com preocupação.
—Sim, — ela assegurou. —Meu traseiro não está machucado. Além disso,
andar de carroça seria mais tortura do que descanso.
—Ah,— ele murmurou com compreensão.
—O que será de Katie? — perguntou Dwyn depois de um momento.
Geordie deu outro beijo no seu pescoço, mas depois suspirou e admitiu:
—Ela está morta. Nós a deixamos trancada no quarto, com Rory vigiando a porta, e
ela escolheu pular pela janela ao invés de enfrentar qualquer punição que pudesse
vir a ser aplicada.
Quando Dwyn ficou rígida e virou a cabeça interrogativamente, ela foi capaz
de vê-lo acenar concordando, com a luz lançada pelo sol nascente.
—Ele não mencionou isso quando voltamos porque ele não queria aborrecê-la,
— explicou Geordie.
Assentindo, Dwyn virou-se para espiar pela janela novamente e perguntou: —Você
descobriu o que ela havia feito para “cuidar” de Aulay?
—Sim, — ele murmurou, sua mão se movendo levemente sobre o mamilo, no que ela
suspeitava ser uma ação inconsciente. —Havia veneno no uísque em seu
escritório. Rory não achava que alguma outra coisa havia sido adulterada, mas Aulay
jogou fora tudo de seu escritório, apenas por segurança.
—Provavelmente foi uma boa idéia, — disse Dwyn, um pouco sem fôlego,
aproximando seu traseiro da dureza que ela podia sentir crescendo e pressionando
contra ela. —E os homens de Brodie?
—Decidimos liberá-los, — admitiu Geordie, rolando o mamilo entre o polegar
e o dedo agora, o que definitivamente não era inconsciente. Inclinando-se
novamente, ele começou a mordiscar o pescoço dela quando assinalou: —Eles
estavam apenas seguindo as ordens de seu laird, então estão sendo escoltados para
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fora da terra de Buchanan enquanto falamos e enviados em seu caminho. . . sem seus
cavalos.
—Sem eles? — Ela respirou quando ele beliscou sua orelha e depois chupou a
carne macia brevemente, antes de passar a boca pelo pescoço dela e beliscando e
chupando levemente lá também.
—Sim. — A voz dele se aprofundou em proporção direta à dureza que crescia
entre eles, e Geordie se mexeu, esfregando-se contra ela. —Eles tiveram que ser
punidos de alguma forma e caminhar para casa em Brodie parecia. . . Droga, Dwyn,
— ele interrompeu com um gemido de desespero. —Você foi espancada e abusada, e
eu deveria apenas lhe abraçar e lhe oferecer conforto, e eu quero . . .
—Vir para casa? — Ela sugeriu gentilmente quando ele parou.
—Sim,— Geordie respirou se desculpando, e depois beijou-a gentilmente no
ombro, e se afastou dela, retirando a mão do seu peito para apoiá-la no quadril.
—Mas eu amo você e não gostaria de machucá-la, então eu posso esperar.
Dwyn hesitou por um minuto e depois estendeu a mão para baixo e para
trás. —Embora não possamos nos beijar agora mesmo, com a boca dolorida como
está, e os únicos lugares seguros para me tocar são meus seios e bem aqui. — Ela
puxou a mão dele entre as pernas e pressionou os dedos sobre ela. —Gostaria que
você voltasse para casa, marido. Isso me confortaria.
—Deus, eu te amo, Dwyn Innes Buchanan, — Geordie rosnou, beijando seu
pescoço novamente, enquanto seus dedos começavam a deslizar entre suas dobras
para acariciá-la. —Você é corajosa e inteligente, e engraçada . . . Você é simplesmente
perfeita. Eu acho que Deus certamente deve ter feito você apenas para mim.
Dwyn abriu a boca para garantir que se sentia da mesma maneira, mas um
suspiro escapou quando seus dedos deslizaram sobre seu núcleo sensível.
—Você está molhada para mim, amor, — ele respirou com admiração no
ouvido dela.
—Estou sempre molhada para você, marido, — gemeu Dwyn. Seus quadris
movendo-se com suas carícias, ela voltou-se para agarrar seu quadril. —Por favor,
me ame, Geordie. Eu quero sentir você dentro de mim, enquanto você me
toca. Preciso que você me faça esquecer o dia de hoje, e. . . As palavras dela
terminaram em um gemido quando ele se moveu e deslizou nela, enchendo-a
enquanto a acariciava.
Em instantes, as constantes investidas e carícias de Geordie fizeram Dwyn
esquecer Brodie e o que havia acontecido naquele dia, junto com praticamente tudo o
mais, enquanto ele beijava seu pescoço e ombro e, paciente mas lentamente, a dirigia
para sua libertação. Desta vez foi diferente, Dwyn notou. A paixão ainda estava lá,
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mas ele estava sendo extremamente gentil e cuidadoso com ela. Geordie estava
fazendo amor com ela, em vez de apenas amá-la, e de repente ela entendeu o que ele
queria dizer. Ela também sentiu como se tivesse voltado para casa.
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Epílogo
Com o som do vento soprando e as ondas quebrando na praia, Dwyn não
ouviu o cavalo. Foi o latido excitado de Barra que lhe disse que alguém estava se
aproximando e quem. Sorrindo ironicamente para o cachorro, ela se virou, surpresa,
ao ver Geordie cavalgando em sua montaria.
—Eu nunca posso surpreendê-la com essas feras por aí, — disse Geordie,
rindo, enquanto se aproximava e desmontava.
—Não, você não pode, — ela concordou com um sorriso, balançando a cabeça
quando Barra imediatamente correu excitadamente para o marido, no momento em
que ele estava fora do cavalo e parado na areia. O cachorro lambeu sua mão e depois
caiu no chão e rolou excitado de costas, mostrando submissão como animal de
estimação. Estalando a boca de irritação, ela disse secamente: —Esse cachorro
costumava ser meu.
Geordie riu com o comentário ciumento e inclinou-se para passar a mão sobre
a barriga do cachorro, antes de lhe dar um tapinha e se endireitar para se aproximar
de Dwyn, onde ela estava ao lado de um Angus muito mais digno. Para seu alívio,
ele, pelo menos, não a abandonou e permaneceu sentado obedientemente ao seu
lado.
—Somos todos seus, amor, — ele assegurou-lhe, inclinando-se para acariciar
também Angus, agora.
—Hmm, — Dwyn murmurou duvidosamente.
Geordie sorriu com sua expressão. —Sinto muito, esposa. Você está se
sentindo negligenciada? Devo esfregar sua barriga também?
Dwyn riu baixinho quando ele fez exatamente isso, esfregando a pequena
protuberância onde o filho deles crescia. Sua risada se transformou em um gemido
suave quando ele a beijou, sua língua empurrando em sua boca.
—Droga, — Geordie suspirou um momento depois quando ele interrompeu o
beijo. Descansando a testa na dela, ele confessou: —Eu nunca vou me cansar de você.
—Isso é uma coisa boa, — ela respirou, descansando contra o peito dele.
Eles ficaram em silêncio por um minuto, apenas se abraçando enquanto
esperavam que sua paixão diminuísse um pouco, e então ele se afastou para olhá-la e
anunciou: —Rory e Alick estão aqui.
—O que? Por quê? — Dwyn perguntou, e depois com a preocupação
enrugando sua sobrancelha, perguntou: —Há algum problema? Sua irmã ou um dos
seus irmãos precisa de você?
Caçando um Highlander - Lynsay Sands
—Não, — assegurou Geordie, abraçando-a brevemente. —Ele está aqui para
verificar você. Ele vai nos visitar com frequência para verificar o progresso de nosso
filho e, em seguida, permanecerá no último mês, antes de você tê-lo, ele ou ela. —Ele
se afastou novamente e disse sério:— Não vou me arriscar com sua saúde,
amor. Estou muito feliz aqui em Innes com você, para arriscar perdê-la no leito de
parto.
Dwyn sorriu, mas perguntou: —Você está? Feliz aqui, quero dizer? Você não
sente muita falta de sua Highlands, sente?
—Estou muito feliz, — assegurou-lhe solenemente. —Eu amo você, Dwyn. Eu
amo você, amo nossos cães, amo nossa casa, amo Innes e amo ter o oceano na minha
porta dos fundos. — Segurando o rosto dela, ele acrescentou seriamente: — Amo
nossa vida juntos, Dwyn Innes Buchanan, e não sinto falta das Highlands. Você é a
melhor coisa que já me aconteceu, moça, e eu nem consigo imaginar minha vida sem
você.
Dwyn deu um suspiro aliviado e sorriu. —Eu também te amo, marido, e
também não consigo imaginar a vida sem você.
—E você nunca irá, — ele assegurou, inclinando-se para beijá-la
novamente. Dessa vez, Geordie não parou quando a paixão deles surgiu, mas a
abaixou na areia.
—E Rory e Alick? —Dwyn ofegou, depois de arrancar a boca da dele.
—Eles podem esperar, — ele rosnou, deslizando uma mão por baixo de suas
saias e passando-a pela perna acima, empurrando suas saias antes disso.
— Eu quero . . . Ele parou com um gemido, quando a mão dela encontrou sua
ereção crescente através de seu plaid.
—Vir para casa? — Ela brincou baixinho, acariciando-o.
—Sim, moça — disse Geordie, seriamente, e depois lhe disse: —Você pode rir
que eu chamo isso assim, mas o lar é onde está o coração, e você teve meu coração
quase desde o primeiro momento em que a conheci. Você é o lar para mim, amor.
O rosto de Dwyn perdeu a expressão provocadora com essas palavras, e ela
pressionou a mão na bochecha dele, enquanto dizia solenemente: —Então venha
para casa, marido.
Fim
Caçando um Highlander - Lynsay Sands