EXPERIMENTO 1 – OSCILAÇÕES: PÊNDULO SIMPLES

Data da realização do experimento: 30/09/2022

Nome: Daniela Brambila Ziemann

Matrícula: 202012518
E-mail: [email protected]
Curso: Engenharia química
Turma: Reposição

Santa Maria – RS, 2022

 Objetivo:
Este relatório tem como objetivo dar um enfoque ao Pêndulo Simples e
determinar experimentalmente o valor da aceleração da gravidade por meio da
observação das leis que determinam o movimento do pêndulo simples. Os resultados
encontrados devem ser comparados com o valor conhecido pela ciência, que é
9,81m/s².

Introdução:
Um pêndulo simples consiste em uma corda, inextensível, de massa desprezível,
fixada em uma das extremidades. Conforme mostrado na Figura 1, uma massa é presa
à extremidade móvel. Quando a massa se afasta de sua posição de equilíbrio, a
gravidade cria uma força restauradora que a retorna à sua posição original. O pêndulo
oscilará em um plano vertical e, dado o movimento harmônico e periódico, o período
da oscilação pode ser determinado.

Galileu Galilei, considerado o pai da física, foi quem desenvolveu os primeiros

estudos sobre a periodicidade dos movimentos pendulares e propôs a teoria das
oscilações do pêndulo.
Pêndulos simples permitem medir o valor da aceleração gravitacional local sem
muita complexidade e são um sistema amplamente utilizado para estudar oscilações e
movimentos periódicos.
Cada movimento oscilatório é caracterizado por um período T, que é necessário
para realizar uma oscilação completa. Esse movimento é causado pela ação do peso e
da tração exercida pelo fio. O período de oscilação de um pêndulo simples é
independente do ângulo em que ele é solto e da massa do objeto que forma o pêndulo.
Por outro lado, depende do comprimento L da corda e do valor da aceleração da
gravidade g.

𝐿
𝑇 = 2𝜋√
𝑔

Onde o comprimento é dado em [m], a gravidade em [m/s²] e o período em [s].

 Materiais:
Para a prática descrita no decorrer deste relatório, utilizou-se dos seguintes materiais:
 Pedestal de suporte com transferidor;
 Peso;
 Cronômetro;
 Fita métrica;
 Fio;
 Aparelho digital.

Procedimento:
Antes de qualquer experimento foi nos dada uma breve introdução teórica sobre
o pêndulo, na qual foram descritas as principais características desse instrumento,
bastante utilizado no ramo da Física. Outro tema tratado foi o movimento realizado pelo
pêndulo simples, bem como as equações que o descrevem.
Primeiramente fomos apresentados a um equipamento digital que consistia em
um cronômetro digital que media 10 oscilações, que continha um transferidor, um
pendulo e um sensor digital que apresenta uma precisão de ± 0,001 s.
Posteriormente foi demonstrado um equipamento que consistia de uma haste
metálica com dois parafusos, nos quais é enrolada uma linha, que suspende um peso.
Além disso, um transferidor foi acoplado à haste para a medição dos ângulos, como
podemos observar na Figura 2.

Com a utilização desse sistema, fita métrica e cronômetro, a tarefa seguinte foi
calcular o tempo necessário para que esse pêndulo completasse 10 períodos (10T),
considerando a influência do comprimento (L). O cronômetro possui precisão de ±0,01
s.

Apresentação dos resultados das medições e análise de dados:

Na tabela 1 constam dados experimentais medidos pelo equipamento digital, tal
como a média dos períodos (𝑇̅), desvio padrão (𝜎𝑇 ) e desvio padrão da média (𝜎 𝑇̅ ).
 Comprimento do fio, L (m) 0.188 Número de vezes que a medida é repetida
Ângulo 20° 1 2 3 4 5
Período de uma oscilação, T (s) 0.875 0.873 0.874 0.874 0.873
Média dos períodos, 𝑻̅ (s) 0.8738
Desvio padrão, 𝝈𝑻 (s) 0.00083666
Desvio padrão da média, 𝝈𝑻̅ (s) 0.000374166
Tabela 1: Dados experimentais do equipamento digital

Já a tabela 2 consta os mesmos dados da tabela 1, porém eles foram medidos

com o auxílio de um cronômetro.
Comprimento do fio, L (m) 0.15 Número de vezes que a medida é repetida
Ângulo 10° 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Período de uma oscilação, T (s) 0.75 0.75 0.77 0.75 0.76 0.74 0.77 0.75 0.76 0.75
Média dos períodos, 𝑻̅ (s) 0.7541
Desvio padrão, 𝝈𝑻 (s) 0.009689
Desvio padrão da média, 𝝈𝑻̅ (s) 0.003064
Tabela 2: Dados experimentais medidos com o auxílio do cronômetro

A partir da tabela 3 até a tabela 7 constam os mesmos dados das tabelas 1 e 2,

também com o auxílio de um cronômetro, porém são dados dos outros alunos e do
professor.
Comprimento do fio, L (m) 0.26 Número de vezes que a medida é repetida
Ângulo 10° 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Período de uma oscilação, T (s) 0.990 0.934 0.982 0.978 0.985 0.859 0.960 0.987 0.990 0.978
Média dos períodos, 𝑻̅ (s) 0.9643
Desvio padrão, 𝝈𝑻 (s) 0.040795016
Desvio padrão da média, 𝝈𝑻̅ (s) 0.012900517
Tabela 3: Dados experimentais aluno 1

Comprimento do fio, L (m) 0.3 Número de vezes que a medida é repetida

Ângulo 10° 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Período de uma oscilação, T (s) 1.072 1.081 1.068 1.072 1.062 1.088 1.078 1.060 1.128 1.069
Média dos períodos, 𝑻̅ (s) 1.0778
Desvio padrão, 𝝈𝑻 (s) 0.01955505
Desvio padrão da média, (s) 0.00618385
Tabela 4: Dados experimentais aluno 2

Comprimento do fio, L (m) 0.5 Número de vezes que a medida é repetida

Ângulo 10° 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Período de uma oscilação, T (s) 1.394 1.387 1.394 1.400 1.394 1.384 1.403 1.378 1.397 1.381
Média dos períodos, 𝑻̅ (s) 1.3912
Desvio padrão, 𝝈𝑻 (s) 0.008310636
Desvio padrão da média, 𝝈𝑻̅ (s) 0.002628054
Tabela 5: Dados experimentais aluno 3
Comprimento do fio, L (m) 0.1 Número de vezes que a medida é repetida
Ângulo 10° 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Período de uma oscilação, T (s) 0.635 0.618 0.622 0.628 0.650 0.609 0.619 0.631 0.621 0.616
Média dos períodos, 𝑻̅ (s) 0.6249
Desvio padrão, 𝝈𝑻 (s) 0.011628031
Desvio padrão da média, 𝝈𝑻̅ (s) 0.003677106
Tabela 6: Dados experimentais aluno 4

Comprimento do fio, L (m) 0.7 Número de vezes que a medida é repetida

Ângulo 10° 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Período de uma oscilação, T (s) 1.653 1.647 1.643 1.644 1.631 1.647 1.659 1.647 1.638 1.643
Média dos períodos, 𝑻̅ (s) 1.6452
Desvio padrão, 𝝈𝑻 (s) 0.007641989
Desvio padrão da média, 𝝈𝑻̅ (s) 0.002416609
Tabela 7: Dados experimentais do professor

Após a medição de todos os dados é possível construir um gráfico de T² versus L.

Com o valor do R² é possível perceber que os valores se ajustam muito bem esta reta,
pois o valor do mesmo se aproxima de 1.

0.8

0.7

0.6

0.5
T² (s²)

0.4

0.3

0.2 y = 0.2565x + 0.0062

R² = 0.9988
0.1

0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3
L (m)

Gráfico 1: T² versus L

Com os valores de T̅ (média dos períodos) em segundos, L (comprimento do

fio) em metros e o valor de 𝜋 substituídos na fórmula 1 só que em função da
aceleração da gravidade (g):
4𝜋
𝑔= ∗𝐿
𝑇²
Temos na tabela a seguir os valores de g para o segundo equipamento.
 Alunos Valores de g
1 11.03846668
2 10.19540854
3 10.19883588
4 10.10970976
5 10.41341351
6 10.20987383

Posteriormente foi calculado o valor de g para os dados do equipamento digital,

que é igual a 9.72060968.

Conclusão:
Com esse experimento é possível concluir que o valor calculado da aceleração da
gravidade local (g) pelo equipamento digital foi o que mais se aproximou do valor de g
convencional estimado na latitude de Santa Maria que é igual a (9.7928±0,0003) m/s².
Isso acontece por causa do erro de reação das pessoas ao apertar o cronômetro.
Logo, o experimento do pêndulo simples é coerente para a obtenção da
aceleração da gravidade terrestre.
 Referências:
https://azdoc.tips/documents/pratica-3-pendulo-simples-relatorio-de-fisica-
experimental-ufc-5c185437e6875
https://www.academia.edu/7173788/Relat%C3%B3rio_I_P%C3%AAndulo_Simples
https://wordpress.ft.unicamp.br/explora/pendulo-simples/

Imagens:
https://www.coladaweb.com/fisica/mecanica/pendulo-simples
https://azeheb.com.br/pendulo-simples.html