Universidade Paulista - UNIP
Polo – Santos Rangel
Relatório de Atividade Laboratorial
Processos químicos e testes laboratoriais
Palavra-chave: aulas praticas
Santos,
2022.
Angela Aparecida Amorim Dias
RA: 2289452
A química é a ciência que busca o conhecimento do átomo e suas abundantes
ligações que se transformam em moléculas, possibilitando a vida de diversas
espécies.
Na área da saúde a química é fundamental, sendo responsável para o
desenvolvimento e produção de medicamentos, vacinas, na análise clínica,
diagnósticos, terapia, combate a doenças e alimentos. Ela permite estudos, não só do
corpo humano, mas de substâncias essenciais e fármacos que serão indispensáveis
para o tratamento de algumas doenças. O estudo dessa ciência se faz necessário
para o desenvolvimento de um bom farmacêutico, desenvolvimento das suas
habilidades e aprimoramento para a vivencia que o farmacêutico precisará ter sobre
como funciona o trabalho em um laboratório, seja ele em pesquisa, manipulação de
medicamentos, cosméticos, análises e as mais diversas pesquisar que for necessário
desenvolver.
As aulas práticas foram divididas em quatro aulas separadas por roteiros
elaborados e ministrados por três excelentes professoras, visando de uma maneira
eficiente melhorar o entendimento dos conteúdos sobre os temas estudados
previamente, a fim de uma melhor compreensão da química geral, nos auxiliando e
exemplificando através dos experimentos a aplicação de forma clara e objetiva.
Na aula 1 foram apresentados os materiais como as vidrarias utilizadas nos
laboratórios, suas finalidades e materiais de segurança utilizados em laboratório e o
preparo de uma solução fisiológica.
Na aula 2 foram apresentados e estudado da miscibilidade, polaridade de
substâncias, extração de substâncias químicas e suas definições.
Na aula 3 foram apresentados e estudado reações de diferenciação de ácidos
e bases. Determinação de PH, utilização de fita indicadora, uso e calibração de
pHmetro
Na aula 4 Identificação de funções orgânicas: Diferenciação de aldeídos e
cetonas (Reativo de Tollens) - Identificação de ligações peptídicas.
Resultado e Discussão
Aula:1 Roteiro:1 - Uso de Vidrarias, micropipetas, pesagem e preparo de soluções.
Parte 1 – Uso de pipetas de vidro (volumétrica):
As vidrarias de laboratório são utensílios de vidro usados para análises,
separação de misturas, reações e testes.
Esse vidro não reage com a maioria das substâncias usadas em laboratório e
pode ser submetido ao aquecimento direto ou indireto sem quebrar. Não reage com a
maioria das substâncias usadas em laboratório e pode ser submetida ao aquecimento
direto ou indireto sem quebrar. A fim de adquirir essa resistência mecânica ao calor,
ao choque térmico e aos produtos químicos, costuma-se agregar o vidro borossilicato,
em que é adicionado boro aos constituintes do vidro comum.
O vidro borossilicato possui coeficiente de dilatação menor que o do vidro
comum e menor densidade, sendo, portanto, mais leve. Além disso, seu ponto de
fusão é maior. (FOGASA, 2021)
Equipamentos
Balança: Utilizada para realizar medições de massa de vidrarias, reagentes e
produtos. As balanças utilizadas em laboratório são chamadas de analíticas e
possuem precisão de várias casas decimais, podendo medir até 0,0001g.
Manta e Chapa de Aquecimento: Ambas realizam o aquecimento de substâncias
contidas em vidrarias, sendo que a manta é específica para o aquecimento de balões
de fundo redondo.
PHmetro: Equipamento utilizado para análises e determinação do pH de soluções.
Centrífuga: Aparelho utilizado para realizar a rápida separação de misturas
heterogêneas do tipo sólido-líquido e líquido-líquido.
Bico de Bunsen: Aquecedor a gás com chama de temperatura variável, de acordo com
a regulagem da entrada de gás oxigênio (O2).
Capela: Equipamento do laboratório que possui exaustor, para remoção de vapores,
e vidro de proteção. É na capela que são realizadas as reações envolvendo reagentes
que desprendem gases que podem ser prejudiciais à saúde do químico.
Termômetro: Utilizado para realizar medições de temperatura de soluções e sistemas
reacionais. Pode ser de vidro ou digital, sendo que alguns podem medir temperaturas
acima dos 150ºC.
Micropipetador: Utilizado para medição de volumes muito pequenos, na ordem de
microlitros (10-6 L). Deve ficar sempre em posição vertical pois devido a sua alta
precisão volumétrica pode ser facilmente descalibrado.
Béquer: Utilizado para preparar, aquecer e transferir soluções e líquidos no geral.
Pode ser de vidro ou plástico e possui uma escala de medida volumétrica pouca
precisa.
Erlenmeyer: Utilizado no preparo e na agitação de soluções devido ao seu formato.
Também pode ser utilizado no aquecimento de líquidos ou no recolhimento de frações
de produtos de destilação. Possui uma escala de medida volumétrica pouco precisa.
Balão Volumétrico: Utilizado no preparo e diluição de soluções. Apresenta um volume
exato e muito preciso, podendo ser encontrado em diversos volumes (5, 10, 25, 50,
100, 250, 500, 1000, 2000mL).
Balão de Fundo Redondo: Utilizado para preparar e aquecer soluções e para realizar
reações ou processos físico-químicos que necessitem de aquecimento, como
destilação de misturas líquidas, por exemplo. Seu aquecimento é realizado em uma
manta de aquecimento.
Balão de Fundo Chato: Possui a mesma finalidade que o de fundo redondo, no
entanto, é menos comumente utilizado. Seu aquecimento é realizado em uma chapa
de aquecimento.
Funil de Vidro: Utilizado para transferir líquidos e para apoiar o papel filtro utilizado em
filtrações.
Tubos de Ensaio: Utilizados na realização de reações químicas em pequena escala e
para testes rápidos de identificação de componentes de uma mistura. Também são
utilizados para coletar amostras em pequena quantidade.
Condensadores: São colunas de vidro utilizadas para condensar vapores em sistemas
de destilação. Existem três tipos: forma reta, espiral ou bolas sequenciais. Todos
possuem uma entrada e uma saída para o fluxo de água, que resfria o sistema e causa
a condensação do vapor que passa pelo interior desta vidraria.
Bastão de Vidro: Utilizado para a agitação de soluções ou para transferir líquidos de
um recipiente para outro.
Proveta: Utilizada na medição e transferência de líquidos. Possui escala volumétrica
bastante precisa.
Bureta Volumétrica: Equipamento calibrado utilizado na medição de pequenos
volumes com grande precisão. Possui uma torneira que permite o escoamento
controlado do líquido. É utilizada na técnica de análise e determinação de
componentes de uma mistura chamada de “Titulação”.
Pipetas: Utilizadas para medir e transferir quantidades fixas de líquidos. Podem ser
graduadas ou volumétricas, sendo que as volumétricas possuem maior precisão.
Funil de Separação/Extração/Decantação: Utilizado na separação de líquidos
imiscíveis, pois possui uma torneira na parte inferior que permite remover um líquido
por vez. Pode também ser utilizado para extrair componentes que são mais solúveis
em uma das fases líquidas da mistura heterogênea.
Kitassato: Recipiente de vidro com paredes reforçadas. É utilizado para filtração a
vácuo, pois possui uma saída na lateral na qual é acoplada uma mangueira conectada
a uma bomba de vácuo. (A filtração a vácuo é mais rápida que a filtração simples).
Funil de Buchner: Funil de porcelana utilizado em filtrações a vácuo.
Cadinho ou Cápsula de Porcelana: Utilizado na evaporação ou secagem de materiais.
Resiste a altas temperaturas. Bastante utilizado em análises gravimétricas, que
determinam a quantidade de umidade presente em amostras através da evaporação
total da água contida.
Almofariz e Pistilo: Utilizado na maceração de substâncias sólidas cristalizadas.
Podem ser de vidro ou porcelana.
Vidro de relógio: Utilizado para pesar porções de reagentes ou amostras sólidas.
Placas de Petri: Utilizadas para o cultivo de colônias de fungos e bactérias.
Pisseta: Utilizada para lavagem de recipientes e remoção de precipitados ou sólidos
aderidos nas paredes das vidrarias.
Frasco para Soluções: Utilizados para o armazenamento de amostras e de soluções,
podem ser de plástico, branco ou preto, ou de vidro, transparente ou âmbar. Devem
ser escolhidos com cuidado, pois existem reagentes químicos que reagem com
plástico ou com o vidro e há ainda reagentes que são degradados na presença de luz,
sendo recomendados os frascos de plástico preto ou os de vidro âmbar.
Alguns materiais, que apesar de não serem vidrarias, são bastante utilizados num
laboratório de química. São eles:
Pipetador – Pêra de Borracha: Ambos são utilizados para extrair volumes de líquidos
com as pipetas.
Suporte Universal: Utilizado na sustentação de equipamentos em diversos
procedimentos como: Filtração, destilação, titulação, entre outros.
Argola, Garra simples e Garra Dupla: Utilizadas junto ao suporte universal para dar
sustentação a vidrarias, como funis de vidro, condensadores, balões, buretas
volumétricas, entre outras.
Pinça Tenaz: Utilizada para pegar balões de vidro e erlenmeyer aquecidos.
Espátulas: Utilizadas para pegar porções de reagentes sólidos, geralmente para pesá-
las.
Tripé de ferro: Utilizado como apoio para tela de amianto e outras vidrarias durante o
aquecimento com o bico de Bunsen.
Tela de Amianto: Utilizada como suporte para vidrarias contendo soluções/líquidos a
serem aquecidas. A função da tela de amianto é distribuir uniformemente o calor
recebido da chama do bico de Bunsen.
As etapas da aula prática estão descritas abaixo seguindo um roteiro:
Foi manuseado o béquer de 50ml e nele foi inserido solução de alaranjado de metila,
que foi elementar para os testes em aula.
Foi solicitado que fosse manuseado através da pipeta volumétrica 10 ml, e transferido
para um novo béquer e que foi demonstrado que o volume obtido estava
aproximadamente entre 13 e 14 ml, demonstrando estar acima do volume da pipeta
de 10ml.
Seguindo as orientações foi sugerido a utilização da pipeta graduada de 20ml em
conjunto com a (pera) para manipular um volume de 20ml do alaranjado de metila
para um béquer de 50ml, que demonstrou novamente volume diferente do pipetado
25 ml, apresentando diferenças de volumes entre os materiais utilizadas para medição
de volumes.
Nesse momento da aula prática, foi utilizado a bureta de 50ml presa em um suporte
universal, que foi previamente verificado todos os itens de segurança para o manuseio
do mesmo. Com o auxílio do béquer, foi transferido para a bureta uma solução e
realizado o escorrimento do líquido a fim de corresponder o menisco até o marco zero
da bureta visando a eficácia volumétrica da bureta de 50ml da solução. Foi feita a
transferência de 26ml do alaranjado para um béquer de 50ml e foi percebido um
volume de 23ml, inferior ao manipulado anteriormente, apresentando uma leve
diferença entre os valores. Novamente uma transferiu–se 64,7ml um volume maior do
que o suportado pela bureta de 50ml, por isso foi feito em duas partes o primeiro onde
foi transferido o valor total da bureta 50ml e o segundo no qual houve a transferência
de 14,7ml para o béquer de 100ml no qual foi constatado 68 ml aproximadamente.
Conclusão observada: Durante os experimentos conclui-se que o béquer não possui
uma medição calibrada perfeitamente. Devido ao efeito da estufa que é utilizada para
sua esterilização, sua precisão é alterada de modo significativo. Durante os
experimentos foram apresentadas diferenças entre os volumes. Podem ser utilizados
nos laboratórios para diversas finalidades com recipientes para armazenamento e
misturas, mas que não precisam de volume exato, pois o mesmo não apresenta essa
finalidade.
Manipulação correta de micropipetas automáticas: Durante a aula foi orientado a
maneira correta de utilização da pipeta. Para a transferência dos volumes, foi preciso
pressionar o êmbolo que move o pistão em duas posições diferentes. Primeiro o
êmbolo é pressionado até o primeiro estágio, o pistão interno desloca um volume de
ar igual ao volume mostrado no indicador de volume.
A micropipeta automática, é um instrumento de laboratório preciso que manipula
volumes de microlitros (µL) através do seu sistema de compressão do ar (sistema
pneumático), nessa prática foram usadas duas micropipetas diferentes uma de
volume 100 µL a 1000 µL e a outra de 10µL a 100 µL, lembrando que 1000 µL é igual
a 1mL. Sabendo disso foi encaixada a ponteira (equipamento usado para transferir
reagentes e soluções) na micropipeta foi estabelecido a marca de coleta de 800 µL
(0,8mL) da solução de alaranjado de metila que foi transferido para um tubo de ensaio,
essa etapa foi realizada por diversas vezes para diferentes valores: 450 µL, 1500 µL,
80 µL e 20 µLnesses dois últimos utilizando a micropipeta de volume menor 10 µL a
100 µL.
Conclusão: apresentou valores exatos aos solicitados em coleta e ao extraídos
através da Pipetas.
Preparo de solução fisiológica: A última prática foi o preparo de uma solução de NaCl
0,9%, O soro fisiológico pode ser usado para o tratamento da falta de líquidos ou sal
no organismo, em tratamento de feridas, inação, queimaduras extensas e diversos
tratamentos para a saúde. Foi orientado a pesar em uma balança de precisão 0,9 g
de cloreto de sódio (NaCl) com o auxílio de um béquer (100ml) já tarado. Em um
Béquer foi separado 50ml de água destilada e posteriormente foi realizado a mistura
de ambos fazendo assim a dissolução do NaCl com a contribuição de um bastão de
vidro após a dissolução completa da solução, transferindo-a em seguida para um
balão volumétrico de 100ml (usado para fazer soluções) que foi completado com água
destilada até a marca de aferição e homogeneizado finalizando o preparo da solução.
Apresente a nomenclatura das vidrarias:
Apresente a nomenclatura das vidrarias:
1: Balão Volumétrico
2: Copo de Béquer
3: Erlenmeyer
4: Pipeta Volumétrica
A-) Caso você tenha que preparar uma solução de 100 ml de glicose (MM = 180
g/mol), qual deverá ser a massa pesada na balança para alcançar uma
concentração molar de 0,2M?
Dados:
Volume da solução = 100 ml = 0,1 L
Massa molar da glicose = 180 g/mol
Concentração da Solução = 0,2 M ou 0,2 mol/L
m1 = M . MM1 . V(L)
m1 = 0,2 mol . 180 _g_ . 0,1L
L mol
m1 = 3,6 g
a) Caso você tenha que preparar uma solução de 450 ml de sulfato de sódio, qual
deverá ser a massa pesada na balança para alcançar uma concentração em título
de 2,5%?
RESPOSTA:
τ % = _m1_ x 100
Considerar densidade da solução = 1 g/mL
massa da solução = 450g
m1 = massa do soluto
m = massa da solução
τ % = _m1_ x 100
450
2,5 x 450 = m1 x 100
m1 x 100 = 2,5 x 450
m1 = _2,5 x 450_
100
m1 = 11,25 g Na2SO4
Aula 2 - Roteiro 1 – 17.09.2022
Miscibilidade e polaridade de substâncias - Extração de substâncias químicas.
A solubilidade pode ser definida como a quantidade máxima de soluto que pode ser
dissolvida por certa quantidade de solvente numa determinada temperatura.
A solubilidade varia muito de um solvente para outro devido à polaridade das
substâncias envolvidas. Em geral, a relação entre polaridade e solubilidade é a
seguinte: (FOGASA, 2021).
Para se determinar se as moléculas são polares ou não, deve-se levar em
consideração dois fatores importantes: a diferença de eletronegatividade entre os
átomos e a geometria da molécula.
Menor eletronegatividade
Se a molécula for formada por ligações entre átomos dos mesmos elementos
químicos, isto é, se forem substâncias simples, tais como Cl2, O2, N2, etc., elas serão
apolares, porque não há diferença de eletronegatividade entre os seus átomos.
(FOGASA, 2021).
Se a molécula for formada por elementos de eletronegatividades diferentes, então,
será polar. Exemplos: HCℓ, H2O. Polares: tem afinidade por água (hidrossolúvel)
Apolares: tem afinidade por substâncias insolúveis em água (lipossolúveis)
Sabendo disso foram realizadas as seguintes reações com seus resultados:
Tubo Primeiro Reagente Segundo Miscibilidade
Reagente
1 2 ml de água 1 ml de etanol Miscíveis
2 2 ml de água 1 ml de hexano Imiscíveis
3 2 ml de água 1 ml de ácido Imiscíveis
oleico
4 2 ml de hexano 1 ml de etanol Parcialmente/Miscíveis
5 2 ml de hexano 1 ml de butanol Miscíveis
6 2 ml de hexano 1 ml de ácido Totalmente/Miscíveis
oleico
Experimento 2 – Comparando a densidade e observando as reações:
DENSIDADES:
Água: 1g/cm3
Etanol: 0,789 g/cm3
Hexano: 0,655 g/cm3
Ácido oleico: 0,895 g/cm3
Butanol: 0,810 g/cm3
Tubo Primeiro Segundo Substância mais densa
Reagente Reagente
1 2 ml de Água 1 ml Etanol Visivelmente não dá para saber por que são
miscíveis, mas a substância mais densa é a água.
2 2 ml de Água 1 ml Hexano Água
3 2 ml de Água 1 ml de Ácido Água
Oleico
4 2 ml de Hexano 1 ml Etanol Etanol
5 2 ml de Hexano 1 ml Butanol Butanol
6 2 ml de Hexano 1 ml de Ácido São substâncias miscíveis, mas a substância
Oleico mais densa é o ácido oleico.
Experimento 3 – Extração de iodo presente em uma solução de tintura de iodo:
Através do uso de proveta, foi medido um 15mL da solução de tintura de iodo e 15 ml
de hexano que foram transferidos para o funil de separação, sob agitação e angulo de
45 graus, sofrendo inclinação na parte inferior do funil para cima e foi aberto a torneira
para deixar o gás produzido pela reação sair e evaporar. Houve a separação das fases
aquosas e orgânicas após um período de espera sob o suporte universal.
Por serem líquidos opostos, um aquoso e um orgânico, não houve possibilidades de
miscibilidade entre si, permitindo a separação e demonstrando onde o hexano
(orgânico) puxou para si a iodo da solução de tintura de iodo (aquosa).
Aula 3 | Roteiro 1 24.09.2022
Reações de Diferenciação de Ácidos e Bases.
Segundo Arrhenius
Ácidos: Toda substância que em solução aquosa, sofre ionização, produzindo como
cátion, apenas o íon H + que é o radical funcional dos ácidos.
HCl H2O H+ + Cl−(aq)
Na realidade, o íon H +, quando em solução aquosa, liga-se a uma molécula de água,
formando o íon H3O +, chamado de hidrogênio ou hidroxônio. (AGAMENON, 2021).
H+(aq) + H2O(l) H3O+(aq) (íon hidrônio)
Bases: Toda substância que em solução aquosa, sofre dissociação iônica, liberando
como ânion, apenas o íon (OH–), chamado oxidrila ou hidroxila. (AGAMENON, 2021).
NaOH H2O Na+ + OH−(aq)
INDICADORES
Indicadores ácido-base: são substâncias orgânicas que, ao entrar em contato com
um ácido, ficam com uma cor, e ao entrar em contato com uma base ficam com outra
cor. São exemplos de indicadores ácido-base: fenolftaleína, alaranjado de metila,
papel tornassol, azul de bromotimol. (AGAMENON, 2021).
Foram numerados tubos de ensaios de 1 a 10, nos tubos de 1 a 5 foram pipetados 3
ml da substância (X) hidróxido de sódio NaOH e nos de 6 a 10 foram pipetados 3 ml
da substância (Y) ácido acético CH3COOH e em cada um foi usado um tipo de
indicador diferente como listados e demonstrados através dos seguintes resultados:
Tubos de análises material reagente resultados
1-6 pó de magnésio não houve reação
2-7 3 gotas de Fenolftaleína Houve mudança de cor,
ficando rosa, no tubo 7
ficou leitoso.
3-8 3 gotas de Alaranjado em ambos os líquidos
dos tubos mudaram de
de Metila
cor, demonstrando uma
reação.
4-9 3 gotas de Bromotimol em ambos os líquidos
dos tubos mudaram de
cor, demonstrando uma
reação.
5 - 10 Fita de papel Tornassol Ao contato com o ácido,
rosa ou (azul) a fita mudou sua
coloração de azul para
rosa, e em contato com
a base um papel azul,
muda sua cor para rosa.
Tendo os tubos 1 e 6 como referência, as raspas de magnésio foi o indicador da
reação entre a substância contidas nos tubos (X), pois liberou gás hidrogênio, que é
uma reação por tratar de um ácido, enquanto na solução contida no tubo (Y) não
houve reação, pois trata se de uma base.
Atividade Complementar Obrigatória
O suco extraído do repolho roxo pode ser utilizado como indicador do caráter ácido
(pH entre 0 e 7) ou básico (pH entre 7 e 14) de diferentes soluções. Misturando-se um
pouco de suco de repolho e da solução, a mistura passa a apresentar diferentes cores,
segundo sua natureza ácida ou básica, de acordo com a escala abaixo.
a) De acordo com esses resultados, as soluções I, II, III e IV têm, respectivamente,
caráter:
I. Amoníaco: Básica – pH de 11 a 13
II. Leite de magnésia: Básica – pH de 09 a 11
III. Vinagre: Muito Ácido – pH de 0 a 3,5
IV. Leite de vaca: Ácido – pH de 3,5 a 6,5
b) O magnésio reage com substâncias ácidas. Equacione, indicando a(s)
substância(s) que será(ão) formada(s), nesta reação:
Mgº + 2 H → Mg(H3CCOO)2 + H2(g)
c) Indicadores químicos são moléculas que apresentam característica halocrômica.
Dê a definição de halocromismo e como esta propriedade permite a identificação do
pH de uma amostra.
Resposta:
Halocromismo: é a propriedade que certos materiais tende a mudar de cor em função
de alterações de pH do meio onde se encontram. O termo 'crômico' é definido como
materiais que podem mudar sua cor reversivelmente com a presença de um fator,
como pH
O uso do halocromismo é na determinação de pH de soluções. A cor obtida pela
adição de uma substância halocrômica na solução em teste é comparada com uma
solução de referência, ou seja, uma solução de pH conhecido contendo a substância
halocrômica na mesma concentração, temperatura e pressão. Pela comparação visual
(ou instrumental), o pH da solução em teste pode ser estimado. A determinação visual
possui a desvantagem de a sensibilidade da visão humana ser dependente da cor.
Essas mudanças de cor ou mudanças cromáticas ocorrem quando a substância
indicadora se liga a íons hidrônio ou hidroxila. Com essas ligações ocorrem mudanças
estruturais da molécula alterando a energia de suas ligações absorvendo e refletindo
comprimentos de onda diferentes e enxergamos cores diferentes.
Aula: 3 Roteiro: 2 24.09.2022
Determinação do pH:
Para determinar o índice de pH dos experimentos, foram utilizados as fitas
indicadoras, uso e calibração de pHmetro. Foi analisado amostras de 10mL de
soluções cloreto de sódio (NaCl), acetato de sódio (CH3COONa), ácido acético
(H3CCOOH) e hidróxido de sódio (NaOH). Foi realizada a orientação quanto os níveis
de cores e identificação do pH de acordo com a escala de cores demonstrada e o uso
do pHmetro quanto aos passos de segurança e higiene do mesmo para obtenção dos
resultados de maneiras corretas. Os resultados obtidos estão demonstrados abaixo:
Solução Fita pHmetro característica
Ácido acético (H3CCOOH) 3 2,5 ácido
hidróxido de sódio (NaOH) 13 12,8 alcalino
cloreto de sódio (NaCl) 6 7,1 neutro
acetato de sódio (CH3COONa) 7 7,9 neutro
O pHmetro é a maneira mais precisa de determinar o pH de uma solução, sendo por
isso muito utilizado em laboratórios.
Este aparelho foi usado para medir o pH das substâncias a seguir, todas comuns em
nosso cotidiano. Relacione o valor exato de pH para cada uma delas:
a) Suco de maça ( c) pH 11,5
b) Café ( a ) pH 3,8
c) Sabão em pó ( b ) pH 5,0
d) Tomate ( d ) pH 4,2
O eletrodo presente nos pHmetros é classificado como de membrana. Explique o
mecanismo relacionado à medição do pH a partir deste eletrodo de membrana.
Resposta:
Eletrodos de membrana – Eletrodos de Íons Seletivo (EIS) – pÍon
Baseiam-se na formação de potenciais através de membranas
semipermeáveis, que devem deixar passar tão seletivamente quanto possível, a
espécie iônica interessada (analito).
O pHmetro ou medidor de pH é um aparelho usado para medição de pH.
Constituído basicamente por um eletrodo e um circuito potenciômetro. O aparelho é
calibrado (ajustado) de acordo com os valores referenciados em cada uma das
soluções de calibração. Para que se conclua o ajuste, é então calibrado em dois ou
mais pontos. Normalmente utiliza-se tampões de pH 7,000 e 4,005. Uma vez calibrado
estará pronto para uso. A leitura do aparelho é feita em função da leitura da tensão
(usualmente em mil volts) que o eletrodo gera quando submerso na amostra. A
intensidade da tensão medida é convertida para uma escala de pH. O aparelho faz
essa conversão, tendo como uma escala usual de 0 a 14 pH. Seu uso é comum em
qualquer setor da ciência que trabalhe com soluções aquosas.
Aula: 4 Roteiro: 1 24.09.2022 - Identificação de funções orgânicas:
Diferenciação de aldeídos e cetonas (reativo de tollens) – Identificação de ligações
peptídicas.
Parte 1 – A principal diferença entre um aldeído e uma cetona é a posição da
carbonila. Enquanto, nas cetonas, a carbonila está entre dois átomos de carbono, a
carbonila da função aldeído deve ficar na extremidade da cadeia, na qual, além do
oxigênio, o carbono do grupo carbonila deve também possuir um hidrogênio ligado a
ele.
Para demonstrar a diferença foi aplicado o teste de tollen, também conhecido como
teste de espelho de prata, que foi o método utilizado no laboratório. Acrescentamos
30 ml de nitrato de prata (AgNO3) em um béquer, e com uma pipeta a amônia
concentrada (NH3) foi adicionada aos poucos, até o desaparecimento do precipitado
marrom. Sem parar de mexer, foi adicionado 15 ml de hidróxido de potássio (KOH)
formando o precipitado marrom que foi dissolvido com amônia, finalizando o preparo
do reagente de tollens. Cinco minutos depois formou-se dentro do balão um espelho
de prata. A gliose apresenta o grupo função aldeído em sua estrutura molecular que
ao entrarem contato com o reagente produz um ácido carboxílico e a ao mesmo
tempo, ocorre a redução da prata presente no reagente de tollens, formando a prata
sólida. A equação química abaixo demonstra os resultados:
RCHO + 2[Ag(NH3)2]+ + 3OH-(aq) → 2 Ag(s) + RCOO-(aq) + 4NH3 + 2 H2O
Já em uma cetona o reagente não faria a precipitação, pois a cetona não reduziria os
íons Ag+do reagente.
Parte 2 – Identificação de ligações peptídicas atrás do reagente de biureto: A ligação
peptídica ocorre através da união de dois ou mais grupos de aminoácidos, onde um
carbono do grupo carboxílico reage com o nitrogênio do grupo amino fazendo assim
a ligação peptídica essas ligações são responsáveis pela formação das proteínas. Foi
preparado uma solução de Biureto, com 50 ml de água destilada, 0,15 g de sulfato de
cobre (CuSO4.5H2O), 0,1 g de iodeto de potássio (KI), 0,60 g de tartarato duplo de
sódio e potássio (KNaC4H4O6.4H2O)., sob agitação constante, foi adicionado 30 ml
de solução de NaOH 10% e essa solução foi transferida do béquer para um balão
volumétrico de 100 ml e teve o volume completado com água destilada até o
marcador. Foram numerados quatro tubos de ensaios contendo cada um 2 ml de uma
solução diferente, sendo essas, ovoalbumina 2%, glicina 0,1%, cistina 1% e água
destilada.
Foram adicionados em cada tubo de ensaio, gota a gota com pipeta de pasteur o
reagente de biureto e os resultados obtidos estão descritos abaixo:
Tubos Resultados
Tubo 1 alterou sua cor, pois contém proteína em sua composição
o que dependendo da concentração faz com que altere sua
cor.
Tubo 2 manteve o azul do reagente não sofrendo alterações
Tubo 3 manteve o azul do reagente não sofrendo alterações
Tubo 4 manteve o azul do reagente não sofrendo alterações
A quitina é o principal componente estrutural do exoesqueleto de invertebrados como
crustáceos, insetos e aranhas, e está também presente na parede celular de fungos
e algas. São tão abundantes quanto a celulose, e possuem estruturas similares.
Identifique os grupos funcionais existentes na estrutura da quitina.
Amidas: Amidas são um grupo de substâncias orgânicas
que apresentam em sua estrutura uma carbonila (C=O)
ligada a um nitrogênio.
Uma alternativa à análise com Reativo de Tollens se dá pelo uso do Reagente de
Fehling. Um exemplo para seu uso é detectar glicose na urina, verificando-se assim
uma possível diabetes. Explique o conceito e a reação química que está relacionada
com esta análise.
Resposta:
O reagente de Fehling é bastante usado para promover a oxidação seletiva dos
aldeídos, sendo também usado para a oxidação de carboidratos como podemos ver
na história acima sobre este composto e a detecção de açúcar na urina.
Fehling A:
a) dissolver em água 34,65 g de sulfato de cobre penta hidratado (CuSO4. 5H2O) p.a.;
b) transferir para um balão volumétrico de 500 ml e completar o volume.
Fehling B;
a) Dissolver 173 g de tartarato duplo de potássio e sódio (C4H4KNaO6.4H2O) p.a.,
b) Dissolver 125 g de hidróxido de sódio (NaOH) p.a. em 500 ml e completar o
volume.
Sendo composto pelo íon cúprico (Cu+2) em solução básica, complexado com
o ânion do ácido tartárico (C4H6O6). Quando o reagente de Fehling entra em contato
com um aldeído, ocorre a oxidação desse aldeído em ácido carboxílico, reduzindo seu
complexo azul de Cu+2 a íon cuproso (Cu+), que em solução básica é um precipitado
marrom-avermelhado (cor de tijolo) de Cu2O.
O Reagente de Fehling pode ser utilizado em testes qualitativos para detectar a
presença de glicose na urina (que é uma indicação de diabetes ou disfunção renal), e em
laboratório é utilizado para detectar a presença de carboidratos ou aldeídos em uma
solução.
O O
║ ║
R ─ C ─ H + 2 Cu(OH)2 → R ─ C ─ OH + Cu2O + 2 H2O
aldeído ppt. castanho-avermelhado"
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