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Transformações Térmicas em Aços

1) O documento discute os diagramas tempo-temperatura-transformação (TTT) e como eles ilustram como a taxa de transformação se relaciona com o tempo e temperatura durante tratamentos térmicos de aços. 2) São apresentadas as principais estruturas (perlita, bainita, martensita) formadas em aços eutetóides em diferentes velocidades de resfriamento, ilustradas nos diagramas TTT. 3) Os diagramas TTT podem ser usados para selecionar parâmetros de tratamentos térmicos e predizer as estr
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Transformações Térmicas em Aços

1) O documento discute os diagramas tempo-temperatura-transformação (TTT) e como eles ilustram como a taxa de transformação se relaciona com o tempo e temperatura durante tratamentos térmicos de aços. 2) São apresentadas as principais estruturas (perlita, bainita, martensita) formadas em aços eutetóides em diferentes velocidades de resfriamento, ilustradas nos diagramas TTT. 3) Os diagramas TTT podem ser usados para selecionar parâmetros de tratamentos térmicos e predizer as estr
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CURSO DE MECÂNICA

DISCIPLINA – TECNOLOGIA MECÂNICA I


ÁREA DE CONHECIMENTO – TRATAMENTOS TÉRMICOS

DIAGRAMAS T T T

TEMPO-TEMPERATURA-TRANSFORMAÇÃO

Curvas Resfriamento Contínuo e


Transformação
(C.C.T. - Continuous Cooling Transformation)

Professor: Emerson Fernandes da Cunha


TRANSFORMAÇÃO DE FASE

• Transformação de uma fase em outra requer tempo.

Fe Fe 3C
g Reação
eutetóide (cementita)
(Austenita) +
a
C FCC (BCC)
(ferrita)

• Como a taxa de transformação se relaciona com o tempo e a


temperatura?
• Como podemos modificar a taxa de transformação obter
estruturas de engenharia fora do equilíbrio?

• As propriedades mecânicas das estruturas fora do equilíbrio


são melhores?
MORFOLOGIA DA PERLITA

• Observações experimentais:

Microestrutura da perlita em função da isoterma mantida: (a) 655ºC,


(b) 600ºC, (c) 534ºC e (d) 487ºC. A morfologia da estrutura de 2 fases é a
mesma, mas o espaçamento entre elas diminui com o decréscimo da
temperatura da isoterma.
A BAINITA
• Bainita:
 ripas de fe-a, separadas por partículas de Fe3C;
 forma-se entre 200 e 540ºC:
 bainita superior: entre 300 e 540ºC
 bainita inferior: entre 200 e 300ºC
 tanto a superior quanto a inferior são formadas por ferrita, cementita e
martensita, modificando-se apenas seu arranjo na estrutura.
OUTROS PRODUTOS DO DIAGRAMA Fe-C

• Cementita Globulizada:
 Matriz de Fe-a com Fe3C em forma
esférica;
 obtida pelo aquecimento da bainita ou
perlita até uma temperatura próxima da
temperatura eutetóide por longo intervalo
de tempo;
 redução da área interfacial (força motriz).

Fe-a

Partícula de
cementita
OUTROS PRODUTOS DO DIAGRAMA Fe-C

• Martensita:
 Fe- g (CFC) para Martensita (TCC);
 Transformação ocorre apenas com o resfriamento rápido do Fe-g;
 % de transformação depente da temperatura apenas.

Sítio do átomo
de C

Esquema da estrutura TCC


formada na transformação da
martensita.
Características gerais dessas curvas
• Cada curva T.T.T. é específica para determinado aço de
composição conhecida.

• Nas ordenadas(y) temos as temperaturas de aquecimento.


As temperaturas máximas de interesse vão até a região da
austenita (Fe g-C.F.C.) que em geral é a estrutura de partida
dos tratamentos térmicos.

• Nas abscissas(x) correspondem os tempos decorridos, em


escala logaritmica, para a transformação da austenita em
outras estruturas.
Características gerais dessas curvas
• Associa-se as estruturas formadas no aço em questão em
função da velocidade de resfriamento (considera-se o efeito
cinético, a variável tempo) .

• Convergem para as estruturas indicadas no diagrama de


equilíbrio sempre que as taxas de resfriamento forem lentas.
Curvas T.T.T. construção
Curva T.T.T. para um aço com 0,77%
de carbono
Curva T.T.T. para um aço eutetoide (0,77% de “C”),
mostrando a transformação isotérmica de austenita para
perlita
Processo de resfriamento lento a partir da
austenita para um aço eutetoide:
Recozimento (estrutura: perlita)
Diferença de aspecto entre a perlita grossa e a
perita fina
Novas estruturas nos aços

• Bainita:Se formam a partir da


decomposição isotérmica da
austenita instável entre o
cotovelo da curva T.T.T. e a
isoterma Ms de inicio de
formação de martensita
• São dispersões
submicroscópicas de
carboneto de ferro e ferrita (Fe
α) com aspecto acicular.
• Ao lado em cima bainita
superior
• Ao lado embaixo bainita
inferior.
Resfriamento isotérmico para um aço
eutetóide para formação de Bainita:
Austêmpera
Aspecto da Bainita após preparo micrográfico no aço
austemperado
Região de formação de perlita e de bainita para
um aço eutetoide (0,77% C)
Novas estruturas nos aços
Martensita:

• para subresfriamentos da
austenita instável a temperaturas
abaixo de Ms (por volta de 300ºC)
surge o constituinte martensita;

• A transformação ocorre a partir da


austenita e independe do fator
tempo, no entanto, o resfriamento
deve ser rápido o bastante de tal
forma que a austenita não se
transforme antes em outra
estrutura;

• É uma solução super saturada de


carbono no ferro α de aspecto
acicular e de reticulado tetragonal.
Resfriamento rápido para obtenção de
martensita em um aço eutetóide: Têmpera
Aspecto da martensita após preparo micrográfico no aço
temperado
Velocidade insuficiente de têmpera:
Estrutura: Martensita e perlita
Estrutura de um aço eutetóide temperado com
velocidade insuficiente de têmpera: Perlita
(escura) e martensita (acicular)
Região de formação de martensita nas curvas
T.T.T.
Diversas curvas de resfriamento e as
respectivas estruturas formadas para um
aço eutetoide

AULA 10/09 – ATÉ AQUI


Microestruturas obtidas para um aço
eutetóide para diferentes velocidades de
resfriamento
Curva TTT esquemática para um aço
hipoeutetoide: presença da ferrita primária
Curvas T.T.T. para aços hipoeutetoides contendo baixo
carbono (esquerda) e médio teor de carbono (direita)
Curva T.T.T. para um aço
hipereutetoide (1,13% de C)
Curvas T.T.T. para um aço liga contendo
molibdênio mostrando os dois cotovelos típicos
dessas ligas
Fatores que afetam as curvas T.T.T.
• Quanto maior o teor de carbono e de elementos de liga no aço (com
exceção do Co) mais para a direita se deslocam as curvas,
facilitando a têmpera;

• Quanto maior o tamanho de grão da austenita antes do


resfriamento mais para a direita se deslocam as curvas facilitando a
têmpera. As transformações iniciam nos contornos de grão. Cabe
observar que o aumento do tamanho de grão prejudica as
propriedades do aço;

• Quanto mais homogênea a austenita (sem partículas de carboneto


impurezas etc...) mais para a direita se deslocam as curvas T.T.T.
facilitando a têmpera. Em geral quanto mais alta a temperatura de
aquecimento e quanto maior o tempo de permanência mais
homogênea a austenita.
Curvas C.C.T. para resfriamento contínuo sobrepostas as curvas TTT
para resfriamento isotérmico

• Muitos tratamentos
térmicos são feitos
com resfriamento
contínuo o que gera
um pequeno desajuste
nas curvas TTT que
como vimos são
construídas a partir de
um resfriamento
isotérmico
• As curvas CCT ficam
um pouco abaixo e a
direita das TTT sendo
construída até o
cotovelo apenas.
Curva de resfriamento contínuo (CCT) em
vermelho e isotérmico (TTT)em preto
Efeito da seção da peça sobre a
velocidade de resfriamento
Curvas de resfriamento de uma peça sobre um
diagrama de resfriamento contínuo

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