Relatório de ensaios de resistências de isolamento á ambiente
1-
2- Testes
Este trabalho desenvolvido no campo, foi embasado nas seguintes Normas:
Norma ABNT – NBR 11873/2021 – NBR 8182
2.1 – Resistência de isolamento
Equipamentos e acessórios
Megôhmetro eletrônico modelo MI-2705, de fabricação Minipa;
Termo - Higrômetro Digital + Certificado De Calibração + Nfe modelo INS-1342, de
fabricação Metrins;
Cronômetro.
Precauções especificas
Alimentar o megôhmetro com pilhas em boas condições;
Certificar-se que, durante o ensaio, o cabo de alta tensão do megôhmetro esteja
agastado da terra e dos outros cabos de saída do megôhmetro;
Certificar-se que ambas as extremidades do cabo estejam desconectadas e que
estas extremidades estejam afastadas de outros e da terra;
Certificar-se que, durante o ensaio, ninguém tenha acesso às extremidades do
cabo sob ensaio;
Após o ensaio, aterrar o cabo por 5 minutos.
Procedimentos
Conectar o cabo de saída do terminal AT (500V) do megôhmetro ao condutor do
cabo;
Conectar o cabo de saída do terminal retorno (R) do megôhmetro à blindagem do
cabo;
Conectar o cabo de saída do terminal guard (G) do megôhmetro à malha de terra;
Ligar o megôhmetro disparando simultaneamente o cronômetro;
Fazer a leitura da resistência de isolamento, ao término de 1 minuto, anotando o
valor obtido, na folha de testes;
Desligar o megôhmetro;
Anotar na folha de teste, a temperatura de ensaio.
Análise dos resultados
Para se avaliar as condições do isolamento dos cabos, é necessário converte o valor
obtido em cada ensaio para a temperatura de referencia de 20°C e ao comprimento d
1 km, utilizando-se a seguinte fórmula:
R20 = Rt x C x K, onde:
R20 = resistência de isolamento obtido no ensaio, referida a 20°C e ao comprimento
de 1KM, em Mega ohms x Km.
Rt = resistência de isolamento medida no ensaio, em mega ohm.
C = comprimento do cabo em Km.
K = fator de correção da temperatura conforme tabela a seguir:
TEMPERATURA K
ENSAIO (ºC)
11-------------------- 0,59
12-------------------- 0,63
13-------------------- 0,67
14-------------------- 0,7
15-------------------- 0,75
16-------------------- 0,79
17-------------------- 0,84
18-------------------- 0,89
19-------------------- 0,94
20-------------------- 1
21-------------------- 1,06
22-------------------- 1,12
23-------------------- 1,19
24-------------------- 1,26
25-------------------- 1,34
26-------------------- 1,42
27-------------------- 1,5
28-------------------- 1,59
29-------------------- 1,69
30-------------------- 1,79
31-------------------- 1,9
32-------------------- 2,01
33-------------------- 2,13
34-------------------- 2,26
35-------------------- 2,4
36-------------------- 2,54
37-------------------- 2,69
38-------------------- 2,85
39-------------------- 3,03
40-------------------- 3,21
Os valores assim obtidos deverão ser comparados com o valor mínimo admissível de
resistência de isolamento que é calculado com a seguinte fórmula:
Ri = Ki x log (D/d); onde:
Ri = valor mínimo admissível de resistência de isolamento, referido a 20°C e a um
comprimento de 1km, em mega ohms x Km.
Ki = constante de isolamento a 3700 Mega ohms x Km.
D = diâmetro sobre a isolação, em mm.
D = diâmetro sob a isolação, em mm.
- Os valores obtidos nos ensaios deverão também ser comparados entre si, para
verificação de discrepância entre valores;
2.2 – Ensaio de Alto Potencial
Equipamentos e acessórios
Hipot de 0-80 kv em tensão contínua, de fabricação HOOS HYPOTRONICS;
Cronômetro.
Precauções especificas
Certificar-se que a tensão de alimentação do hipot esteja correta;
Certificar-se que ambas as extremidades do cabo (condutor e blindagem) estejam
desconectadas e que estas extremidades estejam afastadas da terra;
Certificar-se que, durante a realização do ensaio, ninguém tenha acesso ao cabo,
isolando a área com placas indicativas de “PERIGO – ALTA TENSÃO”;
Após o ensaio, aterrar o condutor e a blim=ndagem para evitar descargas
capacitivas acidentais;
Procedimentos
Conectar o cabo de saída do terminal “AT” do hipot a uma das pontas do condutor
do cabo;
Conectar o cabo de saída do terminal “RETORNO” do hipot à uma das pontas da
blindagem do cabo;
Conectar o cabo de saída do terminal “TERRA” do hipot à malha de terra;
Ligar o hipot e elevar a tensão gradualmente (cerca de 0,5 kV pôr segundo), até
atingir a tensão de ensaio, conforme a norma;
Quando atingir a tensão de ensaio, disparar o cronômetro e fazer a leitura de
corrente de fuga, anotando o valor obtido na folha de teste;
As leituras subsequentes deverão ocorrer conforme prescreve a norma (cabos
novos e cabos usados);
Quando a tensão residual no cabo for inferior a 5kV, desligar o hipot;
Aterrar o condutor e a blindagem do cabo.
Análise dos resultados
O isolamento do cabo será considerado satisfatório se preencher os seguintes
requisitos:
Os níveis de corrente de fuga do cabo de uma fase são compatíveis com aqueles
dos cabos iguais (outras fases);
As correntes de fuga de cada cabo, devem permanecer estáveis ou decrescentes
com o tempo (pequenos níveis de oscilações não significativos);
O isolamento do cabo será considerado insatisfatório se ocorrer descarga
disruptiva através do isolamento, ou se a corrente de fuga crescer abruptamente
com o tempo de aplicação da tensão;
Neste último caso, o cabo deverá ser substituído.