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Manual UFCD 2922 - Maneio Animal e Manutenção de Espaços Florestais

Identificar as principais operações ligadas à atividade pecuária e florestal Executar operações simples de alimentação, higiene e maneio animal Executar operações simples de alimentação e limpeza de espaços florestais Identificar as máquinas e os enquadramentos utilizados nas atividades

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Manual UFCD 2922 - Maneio Animal e Manutenção de Espaços Florestais

Identificar as principais operações ligadas à atividade pecuária e florestal Executar operações simples de alimentação, higiene e maneio animal Executar operações simples de alimentação e limpeza de espaços florestais Identificar as máquinas e os enquadramentos utilizados nas atividades

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MANUAL

UFCD 2922 – Maneio animal e manutenção de


espaços florestais
25 horas

Formadora Maria do Carmo Oliveira


INDICE

Conteúdos programáticos do módulo. ........................................................ 4

1.Noções básicas de zootecnia geral………………………………………………………………………5

a. Espécies - Bovinos, pequenos ruminantes, suínos, aves e coelhos………………...6

b. Raças……………………………………………………………………………………………………………………7

2. Identificação e registo dos animais……………………………………………………………………8

a. Higiene animal……………………………………………………………………………………………………9

3.Alimentação dos animais – arraçoamento e abeberamento……………………………11

a.Sanidade animal………………………………………………………………………………………………18

b,Reprodução animal……………………………………………………………………………………………19

c.Operações de maneio pecuário…………………………………………………………………………24

4.Noções básicas de silvicultura geral…………………………………………………………………26

a.Principais espécies florestais……………………………………………………………………………27

b. Povoamentos florestais……………………………………………………………………………………27

c. Manutenção dos espaços florestais…………………………………………………………………28

d.Sanidade florestal……………………………………………………………………………………………28

5. Operações de manutenção de espaços florestais…………………………………………29

6.Máquinas e equipamentos utilizados………………………………………………………………30

7.Boas práticas de segurança, higiene e saúde no trabalho……………………………31

Formação co financiada por: 2


Introdução
O manual de formação que se apresenta foi concebido como instrumento de apoio à
unidade de formação de curta duração 2922 – Maneio animal e Manutençâo de
espaços florestais com o Catálogo Nacional de Qualificações.

Objetivos

• Identificar as principais variedades/castas vitícolas.


• Reconhecer os sistemas culturais da vinha.
• Identificar as práticas culturais utilizadas na viticultura, de acordo com o
objetivo de produção.
• Identificar as práticas agrícolas adequadas à proteção dos recursos e à
manutenção da fertilidade, numa perspetiva de sustentabilidade, no cultivo de
uma vinha.
• Identificar a legislação aplicável á viticultura e as principais normas de
qualidade e de segurança alimentar.

Destinatários

Os destinatários são adultos com idade igual ou superior a 18 anos, com necessidades
de formação nesta temática e:
- empregados, com especial enfoque nos activos empregados em risco de perda de
emprego, com qualquer habilitação académica;
- desempregados (excluindo os desempregados de longa duração), detentores de
habilitações iguais ou superiores ao ensino secundário.

Formação co financiada por: 3


Introdução

Pecus em latim significa "gado". A palavra tem a mesma raiz de "pecúnia"


(moeda, dinheiro). Na antiga Roma, os animais criados para abate também eram
usados como reserva de valor.

A criação de gado é uma das mais velhas atividades conhecidas, resultado do


aperfeiçoamentos do trabalho dos caçadores-coletores, que já existiam há cerca de
100.000 anos, quando aprenderam a aprisionar os animais vivos para posterior abate.
Posteriormente perceberam a possibilidade de administrar a sua reprodução. Nos
primeiros estágios da pecuária, o homem continuava nômade, e na maioria das
vezes conduzia seus rebanhos domesticados em suas perambulações, já não
procurando a caça, mas sim novas pastagens para alimentar o rebanho.

A ciência da criação de animais chama-se Zootecnia e é ensinada em muitas


universidades e faculdades, principalmente em áreas rurais.

São consideradas atividades pecuárias, todas as instalações de reprodução,


produção, detenção, comercialização, exposição e outras relativas a animais das
espécies pecuárias; assim estão neste conceito não só as explorações pecuárias,
mas também os centros de agrupamento de animais (instalações de mercados,
leilões de animais; exposição; centros de produção de sémen; etc.) ou os
entrepostos de animais (instalações de comerciantes de animais; etc.).

Formação co financiada por: 4


A raça (do italiano razza) é um conceito que obedece a diversos parâmetros
para classificar diferentes populações de uma mesma espécie biológica de acordo
com suas características genéticas ou fenotípicas.

Identificação e registo dos animais

O Sistema Nacional de Informação e Registo Animal (SNIRA) é um sistema que


estabelece as regras para a identificação, registo e circulação dos animais das
espécies bovina, ovina, caprina, suína, aves, coelhos e outras espécies
pecuárias, sendo ainda aplicável aos equídeos. (n.º 1 do Art.º 1.º do DL 142/2006
– versão consolidada).

ORIGEM DO SNIRA

Em 1999 foi publicado em anexo ao Decreto-Lei nº 338/99 de 24 de agosto, o


Regulamento de Identificação, Registo e Circulação de Animais, que criou e enquadrou
o Sistema Nacional e Identificação e Registo de Bovinos (SNIRB), e que previa a
constituição de uma base de dados informatizada de âmbito nacional para a
espécie bovina, tal como constava da alínea b) do nº 1, do Art.º 6.º do Capítulo II do
referido Anexo.

Com o decorrer dos anos, a necessidade de um registo informatizado de âmbito


nacional, para outras espécies animais, foi-se tornando cada vez mais premente.
Assim em 2002, com o Despacho n.º 25586/2002 (2ª Série), de 2 de dezembro, foi
estabelecido que, por razões de eficiência e racionalidade, as futuras bases de dados
dos suínos e dos ovinos e caprinos deveriam ser desenvolvidas de uma forma
integrada com o SNIRB.

Em 2005, são então publicados dois novos despachos - Despacho n.º 9133/2005 (2ª
Série), de 26 de abril, e o Despacho n.º 10178/2005 (2ª série), 6 de maio, que
previam a criação das bases de dados nacionais informatizadas e centralizadas
relativa às espécies ovina e caprina (SNIRA - O/C) e suína (SNIRA - Suínos), e que
estas utilizariam a plataforma do SNIRB.

No entanto, só em 2006 com a publicação do Decreto-Lei nº 142/2006, de 27 de


julho, é que surge finalmente o SNIRA como uma necessidade de complementar o
sistema anteriormente vigente (SNIRB), abrangendo mais espécies animais, que

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aquelas previstas até então. Com esse Decreto-Lei foi revogado em definitivo o
Decreto-Lei nº 338/99 de 24 de agosto, que se encontrava em vigor até então.

Após a publicação Decreto-Lei nº 142/2006, de 27 de julho, foram sendo efetuadas


algumas alterações, através de legislação posterior.

Com o passar dos anos, o SNIRA foi sendo desenvolvido na plataforma iDigital do
IFAP, que visa, entre outros objetivos, a disponibilização de formulários aos
detentores de animais em suporte digital, via on-line e em plataforma Internet. Com
este desenvolvimento, o IFAP permitiu que pudesse haver uma maior aproximação
entre a administração e os cidadãos, uma vez que os detentores poderiam a partir de
sua casa, em qualquer dia da semana e a qualquer hora, proceder aos seus registos
no SNIRA.

Os detentores de explorações de suínos, antes do início de atividade, são obrigados a


proceder ao seu registo no Sistema Nacional de Identificação e Registo Animal
(SNIRA).

Registo de existências e deslocações de suínos:


Os detentores de animais da espécie suína devem manter um RED, devidamente
preenchido e atualizado, em que se indique diariamente o número de animais
presentes ou que tenham sidos detidos na sua exploração ou centro de agrupamento.
O preenchimento do RED é feito por exploração e é da competência do suinicultor.

Declaração de existências de suínos (DES):

Os detentores de suínos são obrigados a proceder à declaração das existências 3


vezes por ano, em abril, em agosto e em dezembro, informando o número e a
categoria de animais que possuem.

Aviso PCEDA – Plano de Controlo e Erradicação da Doença de Aujesky.


Período obrigatório de Declaração de Existências de Suínos.

Modelo 800/DGAV – Declaração das Existências de Suínos.

Instruções para a Recolha das Declarações de Existência de Suínos

Associações Protocoladas pelo IFAP – Postos SNIRA

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HIGIENE E SANIDADE ANIMAL

A higiene é vital numa exploração animal, particularmente em sistemas de


confinados, favoráveis à rápida propagação das doenças.

É fundamental a manutenção de um ambiente limpo e seco

FIGURA 14 – A água estagnada propícia o desenvolvimento de insectos, potenciais transmissores


de doenças.

A ventilação deve minimizar a presença de poeira. Vários fungos podem causar


problemas respiratórios e digestivos. Todos os alimentos devem ser cuidadosamente
inspeccionados antes de serem distribuídos aos animais. Zoonoses Todos os animais,
domesticados ou silvestres, podem constituir uma fonte de doença e de infecção
parasitária para os seres humanos

As doenças que podem ser transmitidas entre animais e pessoas são designadas de
zoonoses. Dependendo da doença, esta pode ser transmitida pela saliva, sangue,
leite, sémen, contacto com a pele, entre outras.

QUADRO I – Apresentação de algumas das zoonoses mais comuns na nossa região,


espécies envolvidas, produtos virulentos e profilaxia

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QUADRO I – Apresentação de algumas das zoonoses mais comuns na nossa região,
espécies envolvidas, produtos virulentos e profilaxia

Doença Espécies Produtos virulentos Profilaxia

Tuberculose Bovinos Leite, respiração Higiene.


Tuberculina. Abate

Brucelose Bovinos. Leite cru. Carne. Higiene. Abate


Pequenos Sémen. Abortos. Crias
ruminantes. recém nascidas
Porcos infectadas
Febre Todos. Meio Carraças Desparasitar.
carraça ambiente Antibióticos (1º
estádios).

Febre Q Bovinos. Sangue. Saliva. Higiene. Abate


Pequenos Respiração. Carne. portadores
Ruminantes
Listeriose Ratos. Todos Leite. Carne. Contacto Higiene. Abate
directo portadores

SalmoneloseGalinhas. Todos Ovos. Carne. Higiene e abate


doentes e
portadores
Quisto Cão Pêlos Desparasitar. Não
Hidático dar animais mortos
a comer aos cães

Triquinose Porcos Carne Cozer bem a carne

Tinhas Todos Pele Higiene dos animais


e instalações
(humidade)
Tétano Equídeos. Meio Fezes dos equídeos. Desinfecção das
ambiente Instalações. feridas. Soro
Instrumentos antitetânico

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Tuberculose – É uma zoonose que atinge todos os animas de sangue quente,
embora os bovinos sejam os principais transmissores. Apresenta várias formas
clínicas, mas a pulmonar é a que se revela mais perigosa, pois a transmissão dá-se
pelo ar. O leite pode conter os agentes causais, dai ser necessário a sua pasteurização
ou fervura. Os animais são sujeitos a rastreios através da tuberculinização periódica,
de acordo com a legislação em vigor. Os animais positivos são enviados para abate.

Brucelose – Afecta bovinos, ovinos, caprinos e suínos. Pode ser transmitida aos seres
humanos através de leite cru, de carcaças infectadas ou do contacto com um aborto
ou com uma cria recém-nascida infectada. Boas práticas sanitárias reduzem a
incidência desta doença. Os animais devem ser sujeito, periodicamente, ao despiste
desta doença. Os animais positivos são enviados para abate.

Febre da carraça – Os sintomas surgem 2-30 dias após a picada da carraça. Forma-
se um pequeno edema ruborizado próximo do local da picada, que se expande até
formar um anel vermelho. Segue-se um estado febril, acompanhado de arrepios e de
dores de cabeça e de costas. Algumas pessoas sentem palpitações, tonturas e
respiração ofegante. Nas fases iniciais, o tratamento com antibióticos é eficaz. Nas
fases mais tardias não existe tratamento, instala-se um estado crónico, envolvendo
artrite reumatóide ou problemas cardíacos.

Febre Q – É uma das muitas doenças transmitidas pelas carraças e pode ter uma
evolução aguda ou crónica. Exige o tratamento prolongado com antibióticos.

Listeriose – Doença dos animais que é transmissível ao homem a quem provoca


lesões nos rins, entre outros órgãos. É muito perigosa, pois os animais podem não
apresentar sintomas e transmitir os microrganismos através do leite cru, carne mal
cozinhada e alimentos contaminados com sujidades de animais de interesse
zootécnico e de ratos. A higiene é fundamental, bem como o controlo dos roedores
(ratos).

Salmonelose – Os microrganismos podem ser encontrados, particularmente nas


aves domesticadas, mas também nos restantes animais domesticados e silvestres.
Podem ser transmitidos ao ser humano através da água ou dos alimentos. Causa
transtornos intestinais severos e febre. A prevenção inclui a respeito das normas
gerais de higiene na manipulação dos alimentos e o adequado armazenamento e

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confecção dos alimentos de origem animal, particularmente os que incorporam ovos
de aves.

Quisto Hidático – É um parasita que vive no cão e que, através do pêlo ou da


sujidade, se transmite ao homem e provoca o aparecimento de quistos no fígado (que
podem atingir o tamanho de uma bola de futebol), pulmões e noutros órgãos. Evita-se
procedendo à desparasitação periódica dos cães.

Triquinose – Causada por pequenos parasitas, pode ser dolorosa e por vezes fatal
nos seres humanos. É transmitida através do consumo de carne de porco não
cozinhada ou mal cozinhada.

Tinhas – São lesões da pele provocadas por fungos que provocam a queda de pêlo,
com forma arredonda e que se não forem tratadas podem espalhar-se por todo o
corpo, e determinar o aparecimento de feridas infectadas. Ocorre mais em efectivos
em que a higiene é deficiente e em que existe um excesso de humidade nas
instalações. Transmite-se ao homem por contacto directo. Evita-se melhorando as
condições de higiene e controlando os níveis de humidade do ar.

Tétano – É uma doença muito perigosa, pois quase não tem cura no homem. O
microrganismo causador da doença vive no intestino dos equídeos e portanto as fezes
são a maior fonte de contaminação do meio ambiente, onde resiste por muito tempo.
O homem é infectado através de feridas causadas por objectos ferrujentos e/ou
conspurcadas com fezes. Vacinação periódica dos criadores. Existem outras zoonoses.

De um modo geral, a adopção de medidas elementares de higiene, como a limpeza


geral das instalações animais, dos equipamentos e de outros materiais (seringas,
agulhas, etc.), o despiste regular de doenças, a vacinação e a adequada manipulação
dos animais e dos seus produtos finais minimizam os seus riscos da sua incidência.

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FIGURA 15 – Bebedouro com água conspurcada com fezes. Mantenha as instalações e
os equipamentos (incluindo manjedouras, bebedouros, etc.) em bom estado e limpos

(Figuras 15 e 16). Tenha sempre a sua exploração o mais arrumada possível. Evite
que se formem poças de água dentro e fora das instalações. Lave as mãos antes de
começar a trabalhar e depois de o terminar (se não puder usar luvas). Use calçado e
vestuário apropriado e limpo.

FIGURA 16 – Estado de sujidade de um comedouro para alimento concentrado de um


vitelo. Sempre que tiver de intervir junto de um animal doente (ou que suspeite que
está doente) tome medidas preventivas extra (bata descartável, luvas, etc.), em
termos de higiene e de segurança. O desconforto, a indisposição e a dor tornam os
animais menos previsíveis.

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Cuidados com os dejectos resultantes dos tratamentos (Figura 17).

FIGURA 17 – Seringa usada abandonada no chão. Cuidado com a utilização de


produtos químicos, farmacêuticos ou não. Leia sempre o rótulo das embalagens antes
de os utilizar, transportar, armazenar ou decidir sobre a eliminação dos produtos
residuais.

Utilização:

• Utilizar medicamentos sob indicação médica.

• Respeitar modo de administração e dose indicada.

• Cumprir período de tratamento indicado.

• Cumprir intervalo de segurança, de modo a evitar que os mesmos tenham


consequências sobre a saúde dos consumidores.

Transporte

• Evitar transportar produtos químicos juntamente com alimentos (destinados a


pessoas ou a animais), água e outras substâncias químicas com as quais possam
reagir.

• Acondicionar, correctamente, os recipientes e/ou as substâncias perigosas no


veículo, de modo a que não se movam ou caíam.

• Trazer um registo dos produtos químicos transportados.

Formação co financiada por: 12


• Transportar equipamento pessoal de protecção apropriado, incluindo equipamento
respiratório.

Armazenamento

• Armazenar os produtos químicos num local bem ventilado, amplo e com chave

• As prateleiras de armazenamento não devem situar-se ao nível do chão.

• Respeitar as instruções de armazenamento existentes no rótulo.

• Armazenar os produtos químicos longe de respiradores e usar roupas e


equipamentos de protecção adequados.

• Manter os pesticidas afastados dos alimentos para animais, fertilizantes, sementes e


outros produtos químicos.

• Assegurar que existem, na proximidade, materiais adequados à limpeza de


qualquer fuga (terra, água, papel absorvente, cal ou areia).

FIGURA 18 – Armário degradado, onde são armazenados produtos químicos de


diferentes naturezas e até produtos alimentares.

• Armazenar os produtos químicos nos recipientes originais, com os rótulos intactos.

Formação co financiada por: 13


• Nunca armazenar produtos químicos em recipientes de alimentos ou de água
(Figura 19).

• Manter afastadas substâncias químicas incompatíveis.

• Assegurar que o local de armazenamento está devidamente identificado.

• Garantir a existência de equipamento de extinção de fogos

FIGURA 19 – Recipientes com diferentes produtos químicos misturados com


recipientes destinados ao armazenamento temporário de leite.

Eliminação dos produtos residuais

• Leia o rótulo antes de eliminar os recipientes e/ou os produtos químicos não


utilizados.

• Enxague, três vezes, os recipientes vazios a fim de remover todos os vestígios das
substâncias químicas que continham.

• Destape, fure e/ou espalme os recipientes enxaguados.

• Sempre que possível, devolva os recipientes ao fornecedor ou à fábrica.

FOSSAS Os gases tóxicos produzidos em espaços confinados como fossas, silos e


depósitos de cereais podem comportar perigos para pessoas e animais.

São quatro os principais gases nocivos que podem existir numa fossa: sulfato de
hidrogénio (H2S), amoníaco (NH3), dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4).

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Os principais perigos para a saúde destes gases são:

• Reacções tóxicas ou de envenenamento que podem afectar pessoas e animais. O


sulfato de hidrogénio é o mais tóxico.

• Depleção do oxigénio, que pode resultar em asfixia. O sulfato de hidrogénio, o


amoníaco e o dióxido de carbono são mais densos do que o ar. A agitação do material
existente nas fossas, sob insuficientes condições de ventilação, faz com que estes
gases substituam o oxigénio presente no ar.

• Podem ocorrer explosões quando o oxigénio se mistura com estes gases. Este é o
principal problema do metano.

Características Sulfato de hidrogénio

• É o gás mais perigoso associado à decomposição de dejectos.

• Cheiro distinto, semelhante ao de ovos podres.

• Mais denso do que o ar.

• Pouco tempo após a sua inalação, ocorre a perda de odor e, consequentemente,


pensa-se erradamente que ele desapareceu. Resulta numa falsa noção de segurança.
Em baixas concentrações, este gás causa irritação nos olhos e no tracto respiratório.
Em concentrações moderadas, provoca dores de cabeça, náuseas e vertigens. Em
elevadas concentrações pode determinar a morte.

Amoníaco

• Odor distinto, agudo e penetrante, detectável mesmo em concentrações muito


reduzidas.

• Mais denso do que o ar.

• Em concentrações moderadas causa irritação dos olhos e do tracto respiratório. Em


concentrações elevadas pode causar ulcerações nos olhos e uma irritação severa do
tracto respiratório.

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Dióxido de carbono

• Inodor, difícil de detector.

• Mais denso do que o ar.

• Fundamentalmente, substitui o oxigénio do ar e determina a asfixia dos animais.


Em concentrações moderadas, provoca respiração ofegante e vertigens.

Metano

• Inodor.

• Menos denso do que o ar, pelo que tende a acumular-se nos pontos mais altos.

• Em concentrações extremamente elevadas, torna-se asfixiante. O seu principal


perigo resulta do facto de ser inflamável, ou seja, possui uma natureza explosiva.

Prevenção

Nas modernas construções, com adequados sistemas de ventilação, a acumulação de


gases não constitui um perigo premente. Contudo, impõem-se sempre algumas
precauções, particularmente quando ocorrem falhas no sistema de ventilação.

• Garantir o máximo de ventilação durante a agitação dos dejectos. Ainda que as


fossas só sejam agitadas algumas vezes por ano, a maioria dos casos de doença e de
morte, de pessoas e de animais, ocorre nessas alturas.

• Nenhum trabalhador deve permanecer no interior das fossas durante o período de


agitação. Se possível retire os animais das proximidades.

• Sempre que possível, evite entrar nas fossas. Mesmo quando estas foram
esvaziadas, podem existir baixos níveis de oxigénio ou acumulações de gases tóxicos.

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FIGURA 20 – Fossa mal sinalizada e em mau estado de conservação.

O perigo das fossas não se limita apenas à possível formação de gases nocivos.
Quando mal cuidado, o próprio acesso a estas instalações é uma autêntica armadilha.
Frequentemente a sua localização não está devidamente assinalada, encontram-se
escondidas entre a vegetação e em mau estado de conservação, senão parcialmente
destruídas (falta, por exemplo, da tampa de acesso)

(Figuras 20 e 21). FIGURA 21 – Ausência de tampa de saneamento.

SILOS

Os grãos, particularmente os de milho, podem acumular grandes quantidades de


nitratos. Nas primeiras 24-48 horas de fermentação são libertadas grandes
concentrações de dióxido de azoto (NO2). Quando este gás é inalado, pode causar
uma pneumonia química grave. O dióxido de azoto é um dos mais perigosos irritantes
pulmonares. Tem um odor pungente e adocicado, mesmo em concentrações inferiores

Formação co financiada por: 17


a 5 ppm (partes por milhão). Possui uma coloração vermelha-acastanhada, visível
apenas quando as suas concentrações variam entre 75-150 ppm. É mais denso do
que o ar. Qualquer concentração superior a 25 ppm pode ser perigosa. Os seus efeitos
sobre os pulmões são frequentemente tão subtis, que a vítima só se apercebe deles
quando é demasiado tarde.

A inalação de 50-75 ppm, durante 30-60 minutos, pode causar bronquite.

A inalação de 50-100 ppm determina uma pneumonia química.

Por seu turno, a inalação de 150-200 ppm resulta numa pneumonia fibrótica grave.
Mais de 500 ppm ditam um edema pulmonar agudo, fatal em menos de 48 horas.

Prevenção

• Selecção cuidadosa do local de instalação do silo (Figura 22).

FIGURA 22 – Por razões higiénicas, um silo nunca deve ser instalado junto a uma
estrumeira.

• Não permitir a entrada de pessoas no silo durante o enchimento do mesmo, nem


nos 30 minutos subsequentes.

• Não permitir, sob pretexto algum, que pessoas entrem no silo 7-10 dias após o seu
enchimento. É nessa altura que os processos de fermentação produzem gases tóxicos.

• Criar um sistema de ventilação que passe pelo fundo do silo, de modo a permitir a
remoção dos gases mais densos do que o ar.

Formação co financiada por: 18


• Criar vedações que impeçam as crianças e os animais de permanecerem nas
proximidades do silo, particularmente durante o processo de enchimento e nos 10
dias subsequentes.

• Aberto o silo, há que ventilá-lo durante, pelo menos, 30 minutos antes de entrar. Se
o processo de fermentação foi o apropriado, não se devem formar mais gases tóxicos.

• Nunca entre num silo sem ter alguém no exterior a acompanhar as suas actividades.

POEIRAS

As poeiras constituem um dos perigos aéreos mais comum, para quem trabalha na
produção animal. Alguns tipos de poeiras são mais perigosas do que outras. Porém,
todas elas podem provocar sérios problemas de saúde, dependendo da quantidade,
tipo e duração da exposição.

FIGURA 23 – Fardos de feno cheios de bolor.

Algumas poeiras transportam antigénios que provocam graves irritações no tracto


respiratório e nos pulmões. Frequentemente resultam em danos pulmonares devido à
inalação de bolores provenientes de forragens ou de grãos (Figura 23).

A aspiração prolongada de poeiras pode originar o endurecimento e a perda de


elasticidade de grandes áreas pulmonares, determinando uma redução da capacidade

Formação co financiada por: 19


respiratória. Por outro lado, eleva a susceptibilidade a outras doenças respiratórias,
como a bronquite, a asma e a pneumonia.

Prevenção

• Armazenar apenas forragens e grãos em bom estado.

• Queime o feno ou grãos bolorentos.

• Mantenha as áreas destinadas aos animais tão limpas quanto possível, a


fim de evitar a acumulação de poeiras.

• Use uma máscara sempre que necessário. Proteja os seus pulmões.

Alimentação dos animais-Arraçoamento e abeberamento

A água é o alimento mais importante para os animais. A água é essencial para a


vida. Entre outras funções, a água constitui-se como elemento essencial para
manter a pressão intracelular, facilitar os processos digestivos, transportar
nutrientes e eliminar toxinas através da urina, bem como permitir a regulação
térmica dos animais.

A quantidade de água que os animais necessitam é determinada por muitos fatores,


nomeadamente o estado de crescimento, de gestação, de lactação, da actividade,
da dieta alimentar e dos níveis de ingestão, bem como pela temperatura ambiente.

Assim, a disponibilidade de água em quantidade e qualidade adequada é essencial


para a manutenção da vida e da saúde, para o crescimento dos animais, para a
produção dos géneros alimentícios de origem animal, bem como para a própria
actividade física.
Se a água for fornecida em quantidade insuficiente, por reduzida disponibilidade ou
má qualidade, os animais ingerem menos alimentos com a consequente diminuição
do crescimento ou produção, tornando-se também mais susceptíveis a doenças e
menos activos.
A água de abeberamento pode igualmente veicular substâncias indesejáveis de
natureza diversa com consequente repercussão na saúde e bem-estar dos animais,
para além da possível transferência dessas substâncias indesejáveis para os

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géneros alimentícios de origem animal (carne e leite) e eventual comprometimento
da utilização desses produtos na alimentação humana.

A água de abeberamento a fornecer aos animais, deve ser assim em quantidade e


qualidade adequada. É da responsabilidade dos operadores do setor,
nomeadamente os produtores primários enquanto explorações pecuárias,
disponibilizar aos animais, água adequada às necessidades dos animais.

Equilibrar as necessidades nutricionais dos animais num mundo cada vez mais
exigente é um desafio diário.

Cada exploração é diferente, com necessidade de uma ração específica para os


animais. O conhecimento dos animais e do seu ambiente é fundamental

Os investimentos na atividade pecuária são altos e os custos com nutrição rondam os


40% a 60% do total aplicado. Isso porque, para que o potencial genético dos animais
seja aproveitado, eles precisam receber todas as proteínas, vitaminas e minerais
necessários para que se desenvolvam com vigor e produzam de acordo com as metas
estabelecidas. Dessa forma, o produtor atende aos requisitos do mercado (segurança
e qualidade) e garante a sua lucratividade.

Mesmo quando bem cuidadas, as pastagens não são suficientes para suprir a
necessidade nutricional dos bovinos, por serem carentes em determinados elementos.
As características da forrageira variam conforme a espécie, a região do país e a época
do ano (durante as chuvas, o pasto pode ter bom aporte de proteína e energia, por
exemplo, mas ser deficitário em minerais).

Por isso, os suplementos são extremamente necessários, independentemente do


sistema de criação (a pasto ou confinamento) e do produto final. Entretanto, o
primeiro passo para a boa alimentação de bovinos é definir os objetivos da produção e
a que se destina o produto (na pecuária de corte, o rendimento de carcaça, cobertura
de gordura, qualidade de carne, etc.; na pecuária leiteira, produção de leite,
composição, etc.).

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A dieta dos animais deve ser elaborada a partir disso e levando em consideração,
também, a idade, o sexo, o estágio produtivo e a condição de saúde em que eles se
encontram. Com todos esses dados em mãos, lançam-se as estratégias nutricionais.

Convém ressaltar que não existe receita fixa para a dieta. Existem alguns ingredientes
de qualidade elevada, como milho, sorgo e farelo de soja, mas as quantidades de
cada elemento e a fórmula final são estipuladas a partir das necessidades de cada
produção.

Porém, é fundamental que os insumos tenham boa procedência, evitando produtos


com contaminações de micotoxinas e metais pesados e assegurando a correta
composição nutricional. Uma alimentação de qualidade garante a saúde do trato
digestivo do bovino de maneira geral.

Com isso, a absorção da dieta é melhor e, consequentemente, a produtividade será


mais alta, bem como a economia do produtor — que terá a certeza que seu
investimento será bem aproveitado e trará retornos.

Sanidade animal

Todos os criadores sabem que cada animal tem o seu temperamento próprio.
Por outro lado, os animais têm uma perceção do meio ambiente diferente da
do ser humano.

A sua visão da generalidade dos animais domesticados é menos colorida do


que a humana (Figura 24). Os bovinos, ovinos e caprinos possuem uma visão
dicromática, com cones de sensibilidade máxima ao amarelo-verde (552-555
NM) e azul-púrpura (444-455 NM). Por seu turno, os cavalos distinguem o
vermelho e o azul do cinzento, mas não diferenciam o verde do cinzento.

Alguns autores afirmam que a maioria dos cavalos distingue o vermelho, o


azul, o amarelo e o verde do cinzento, ainda que um dado cavalo não tenha
sido capaz de diferenciar o amarelo do verde. De acordo com Miller e Murphy
(1995) (Grandin, 2000), a visão dicromática pode estar relacionada com uma
melhor visão noturna e deteção de movimentos.

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Todavia, a melhor visão noturna está mais relacionada com o número de
bastonetes presentes na retina (também envolvidos na visão periférica).
Detetam apenas tons cinzentos.

FIGURA 24 – Comprimentos de luz visíveis para o homem e para o cão.

Alguns dos animais domesticados têm maior dificuldade em avaliar as


distâncias. Os herbívoros podem ver em profundidade. Os cavalos são
sensíveis a indicadores de profundidade visual em fotografias. Contudo,
parecem ter de deter-se e de baixar a cabeça para perceber a profundidade do
campo visual; daí eles pararem bruscamente quando veem sombras no solo.

Os bovinos parecem não ver objetos mantidos acima da linha da cabeça, a


menos que estes estejam em movimento. Aparentemente, devido às suas
pupilas horizontais, estes animais percebem melhor as linhas verticais do que
as horizontais. Curiosamente, a maioria dos herbívoros têm pupilas horizontais
e a maioria dos predadores têm pupilas redondas. As pupilas horizontais
parecem facilitar aos herbívoros o controlo visual do meio envolvente enquanto
pastoreiam.

Os animais de pastoreio possuem um sistema ótico muito sensível ao


movimento e aos contrastes de luz/sombra. Durante o pastoreio, ainda que
possam ver em permanência o horizonte, podem ter dificuldade em focar
rapidamente objetos próximos, pois possuem músculos oculares débeis; daí

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assustarem-se facilmente quando percebem movimentos repentinos nas suas
imediações.

Os ungulados silvestres, os bovinos e os equinos respeitam um cercado e só


muito raramente se lançaram contra ele e o tentaram atravessar a correr.
Porém, quando excitados, os bovinos atropelarão um cabo ou um cadeado,
porque não os veem. Uma faixa opaca de 30 cm de largura, instalada à altura
dos olhos dos animais, ou fitas atadas a um arame, porque o tornam visível,
evitam que os animais se lancem sobre eles.

FIGURA 25 – Comparação entre o campo de visão do homem e dos ovinos.

O ângulo de visão varia segundo a espécie (não é igual nos bovinos, pequenos
ruminantes, suínos, equinos, etc.) (Figura 25). Os bovinos, por exemplo, possuem
uma visão panorâmica próxima dos 360º (Figura 26). Contudo, um movimento rápido
na sua traseira pode assustá-los.

FIGURA 26 – Esquema representativo do campo de visão das vacas.

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Os animais possuem uma audição extremamente sensível e detetam sons que os
seres humanos não são capazes de ouvir. Sons altos assustam-nos e podem mesmo
causar-lhes lesões auditivas. Estes factos explicam porque é que os animais se
tornam esquivos e teimosos, particularmente em ambientes não familiares.

Os animais de pastoreio são muito sensíveis a sons de alta frequência. A sensibilidade


máxima do ouvido humano é de 1.000-3.000 Hz (Figura 27). A dos bovinos é de
8.000-21.000 Hz. Contudo, os bovinos e os caprinos têm mais dificuldade em localizar
a origem dos sons. Quando em pastoreio, o ruído é uma fonte de stress. Os ruídos
emitidos por pessoas geram mais stress do que os causados pelo bater de portas
metálicas.

FIGURA 27 – Frequências sonoras captadas por várias espécies animais.

Nos herbívoros e nos suínos, os sons súbitos e intermitentes causam normalmente


mais stress do que os sons constantes. O mesmo sucede com os movimentos. Nos
suínos, os sons agudos elevam o ritmo cardíaco mais do que os sons graves. Os
movimentos bruscos ativam o funcionamento da amígdala, ou seja, promovem o
medo.

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Na maioria dos animais, o odor desempenha um papel central na comunicação entre
indivíduos. É importante na identificação individual, das fêmeas em cio e até das crias.

A identificação de sinais de agressividade ou de medo permite prever o perigo (Figura


28). Constituem sinais de alarme as orelhas levantadas ou imóveis, o erguer da cauda
ou o eriçar dos pelos da região dorsal, o mostrar dos dentes, o raspar do chão com as
patas ou o bufar.

FIGURA 28 – A posição da cauda de um bovino tem vários significados.

O conhecimento do comportamento social da espécie com que se trabalha é


fundamental. Animais gregários não devem ser normalmente mantidos em
isolamento. A rápida mistura de animais de diferentes grupos eleva o stress e a
agressividade. O mesmo origina a insuficiência de comedouros, de bebedouros, de
locais de abrigo, relativamente ao frio ou ao calor, entre outros.

Tudo o que determine um aumento da densidade animal é igualmente de evitar


(conheça os seus espaços individual e de fuga). Grupos de machos constituem uma
importante fonte de perigo. Machos na presença ou na proximidade de fêmeas,
particularmente se alguma delas estiver em cio, é sempre uma situação de risco
potencialmente elevado. Situação igualmente perigosa é a existência de fêmeas
paridas.

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Ainda que as técnicas de maneio variem muito de espécie para espécie, existem
algumas regras comuns a todos os animais:

• Todos os animais respondem à rotina. Há que agir calmamente, mas com


determinação.
• Respeite os animais – não os tema!
• Evite movimentos bruscos e ruídos fortes.
• Mova-se lenta e deliberadamente entre os animais. Toque-lhes suavemente.
Não os empurrar nem lhes bata.
• Seja paciente. Nunca acirre um animal encurralado.

• Sempre que trabalhar muito próximo dos animais, assegure-se de que tem uma
via de fuga.

Reprodução animal

A reprodução em animais é um processo complexo de mudanças hormonais que


causam transformações físicas e comportamentais nos indivíduos para atingir um
único propósito: produzir descendentes. Para isso, a primeira mudança que deve
ocorrer é a maturação sexual dos animais.

Os animais são seres vivos que possuem algumas características em comum:


nascem, desenvolvem-se, reproduzem-se e morrem. O conjunto dessas etapas é
chamado de ciclo vital. Eles podem ser classificados em vertebrados, invertebrados,
selvagens, domésticos, terrestres, aquáticos, aéreos, entre várias outras formas

Há seres vivos para todos os gostos, pequenos, grandes, com pelo, com escamas,
com dentes, com bico, tantos e tão diferentes. Mas como é que se mantém esta
diversidade toda? Através da reprodução. A reprodução é o processo pelo qual os
seres vivos dão origem a outros semelhantes.
É muito importante que cada animal cumpra o seu ciclo de vida completo, ou seja,
todos devem nascer, crescer e reproduzir-se. Só desta forma se garante a
continuidade das espécies.

Mas como se reproduzem os animais?


Grupos diferentes de animais apresentam formas diferentes de reprodução. Por
exemplo, as estrelas-do-mar adultas dividem o seu próprio corpo para formar uma

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nova estrela-do-mar exatamente igual à primeira. Como não há união de células
femininas e masculinas, diz-se que se reproduzem por reprodução assexuada.

Mas a maioria dos animais tem origem na reprodução sexuada entre um macho e
uma fêmea. Em que um novo ser se forma através da união de células sexuais
femininas (os óvulos) com células sexuais masculinas (os espermatozoides). Á
união dessas células chama-se fecundação e é a partir dela que se forma o ovo ou
óvulo fecundado que se vai desenvolver e formar o embrião, o novo ser!

A forma como o embrião se desenvolve a partir do óvulo fecundado, permite-nos


classificar os animais em 3 tipos diferentes:

Ovíparo Quando se desenvolve dentro de um ovo que está fora do corpo materno e
que lhe garante proteção e alimento; como acontece na maioria das aves como a
galinha e o pato.

Vivíparo Quando se desenvolve dentro do corpo materno, que lhe fornece oxigénio
e alimento; como acontece na maioria dos mamíferos como o cão, o coelho e o
Homem.

Ovovivíparo Quando se desenvolve dentro de um ovo com casca pouco rígida, que
fica dentro do corpo da mãe; como acontece em alguns répteis como as serpentes.

Operações de maneio pecuario

Os bovinos devem ser movidos pelo seu próprio passo, sem serem apressados pelo
seu tratador e sem a utilização de outros meios. Deverão ser incitados com cuidado,
especialmente em curvas e solos escorregadios. Deverá ser evitado o barulho,
excitação ou força. Não deverá ser exercida pressão, em qualquer zona
particularmente sensível do corpo como a cabeça, cornos, orelhas, o úbere,
testículos e cauda, nem ser exercida violência sobre os animais.

Tudo o que se utilizar para guiar os animais deverá ser concebido e utilizado apenas
para esse fim e não poderá ter pontas afiadas ou pontiagudas. O uso de aparelhos

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de descargas eléctricas deve ser evitado ao máximo. Caso necessário, estes
instrumentos apenas podem ser utilizados durante 1 segundo nos músculos dos
membros posteriores e apenas se os animais dispuserem de espaço suficiente para
avançar. Caso o animal não reaja, não se deve repetir.

Os caminhos, passagens e áreas envolventes aos bebedouros, por onde


habitualmente os animais circulam, devem ser inspeccionados periodicamente para
verificar se estão transitáveis, de forma a prevenir possíveis danos elou acidentes. A
existência de superfícies escorregadias, ou abrasivas para as patas dos animais,
deve ser evitada.

Indicadores de Bem-Estar:
Resposta ao manuseamento
Taxa de morbilidade
Taxa de mortalidade
Eficiência reprodutiva
Comportamento
Alterações no peso e condição corporal

Noções básicas de silvicultura Geral

Silvicultura é a arte ou a ciencia de manipular um sistema dominado por arvores e


seus produtos, com base no conhecimento das caracteristicas ecologicos do sitio com
vista a alcançar o estado desejado e de forma economicamente rentavel .

Povoamentos florestais
É uma parte da floresta que e distingue evidentemente do resto da floresta por causa
da sua particular estrutura e composição das especies arboreas.

Principais formações arbóreas florestais naturais de Portugal reas florestais naturais


de Portugal continental.
• Carvalhais Carvalhais caducif caducifólios e bosques mistos de folhosas
• Carvalhais marcescentes Quercus Quercus pyrenaica, Q.faginea, Q.canariensis
• Carvalhais Carvalhais perenif perenifólios Q.ilex, Q.suber Q.suber
• Pinhais mediterrâneos

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• Vidoais
• Zimbrais
• Outras formações arbóreas e sub-arbóreas

É uma parte da floresta que e distingue evidentemente do resto da floresta por causa
da sua particular estrutura e composição das especies arboreas.

Manutenção dos espaços florestais

A limpeza florestal deverá ser uma ação preventiva que pretende reduzir o número de
incêndios florestais e a sua incidência em termos de área ardida. Prevenir os incêndios
implica o desenvolvimento de diversas atividades nomeadamente, a limpeza correta
das florestas e manutenção regular das vias de acesso, e nada melhor do que ter os
equipamentos adequados para o fazer de forma eficaz, rápida e correta.

Na Floresta temos equipamentos disponíveis para as várias atividades envolvidas na


prevenção florestal, nomeadamente:

• Destroçadoras

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• Máquinas de cortar mato
• Limpa bermas
• Estilhaçadoras

Conclusão

A criação de gado é uma das mais velhas atividades conhecidas, resultado do


aperfeiçoamentos do trabalho dos caçadores-coletores, que já existiam há cerca de
100.000 anos, quando aprenderam a aprisionar os animais vivos para posterior
abate. Posteriormente perceberam a possibilidade de administrar a
sua reprodução. Nesse sentido as políticas existentes ajudam a criar condições
para a sanidade do animal a sua reprodução estando atentas aos cuidados com a
alimentação uma vez que somos aquilo que comemos.

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Bibliografia

COLE, H.H. Producción Animal. Zaragoza:Acríbia. 1973.


MOTA, L., VIANA, M.A., Bioterra Sustentabilidade na Terra. Ciências físicas e
Naturais, p. 77, 2003

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