Rudolf Steiner
DE JESUS A CRISTO
O sentido esotérico da Redengao
J Dez conferéncias, mais uma preliminar,
proferidas em Karlsruhe (Alemanha),
de 4a 14 de outubro de 1911
Traducao:
Rudolf La
Gerda Hupfeld (conferéncia preliminar)
z (ciclo completo)
2
ANTROPOSOFICADa publicagao das conferéncias
1 PO Je Rudolf Steiner
piritual orientada pela Antroposofia €
ormada plas obras escritas © publicadas por madely Stsine:
formada Pela" ‘am disso, ele proferiu numerosas conferéncias €
2 membros da Sociedade Teoséfica e, depois, da
Papitaente Sociedade Antroposbfica. Originalmente ele mesmo
supstjeria que suas conferéncias, proferidas livremente, fossem
rat airadas por escrito, visto que as considerava “comunicagses
reais, néo destinadas & impressao”. Como aumentava a distri-
Fuigao de anotagées de ouvintes, incompletas e incorretas, ele se
vu levado a regulamentar a reproducéo escrita. Essa tarefa foi
tonfiada a Marie Steiner-von Sivers, a quem passou a competir a
designacdo dos estendgrafos, a administracdo das anotagoes e a
reviséo necesséria dos textos para a publicagao. Como, por falta
de tempo, apenas em muito poucos casos Rudolf Steiner pode
corrigir ele mesmo as anotacdes, suas ressalvas em relacéo a to:
das as publicacdes de conferéncias devem ser consideradas:
oie admitir que em edicdes nao corrigidas por mim possam.
encontrar-se
Fe Bibione aa de Marie Steiner (1867-1948) fot iniciada,
o suas diretrizes, a publicagéo de uma edigéo com-
pleta (Gesamtausgabe) da obra de Rudolf Steiner, qual perte:
ceo presente volume. eee ae
‘Abase da Ciéncia Es}
ministrou
puiblicos como aosrio
sum4
; 13
Neoveréncia versus tone
dionisio sto a Jesus. Os Evang
de 19: 39
Jes sgnitivo, Os tr
” A de
spulos. A
0 rosa-cruz. O
ato
miar.
69
fontes dos mist
x) mo senhor do carma na vida pés-morte.
Oterceito cam tres e adeptos, Jesus de Nazaré e o Cris
“PoWinio de Ti: c mporaneo do Cristo Jesus. A nature-
ae 0 Cristo. As duas ame agas ao homem.
séncia do
© coneeito de fDede
o de 1911)
cristis. amo nos primeiros séculos. A nocag,
87
clarividénc:
cia (9 de outubro de 1911)
Quinta conferen ae
a es do corpo fi
A simplicid a in apés a morte. A magia do corpo fisico ¢ o impul-
EO, fisico na cultura grega. A rejeicao da exis.
0 do Creea na doutrina budista. A pardbola de Milinda e
Jada antiga religiao hebraica. A histéria de J6
corpos 4
g0 do Cristo. 0 corpo
Sexta conferéncia (10 de outubro de 1911)
Areal natureza do corpo fisico . ae
‘ea ressurreicao do Cristo. A cosmovisdo moderna. Os Evan-
fos ea visdo do Cristo ressurreto. O ‘segundo’ Adio. Paulo, judeu
entre os gregos: a mensagem de redeneao do corpo fisico. O
fantoma, criaco das hierarquias superiores. A influéncia lucifé-
io do corpo fisico.
rica e a percep
‘Sétima conferéncia (11 de outubro de 1911)
O mistério da Ressurreicao ae
‘A natureza e a consciéncia do eu. A imagem reflexa da vida ani-
mica. A destrui¢do do fantoma pela influéncia luciférica. O signi-
ficado das palavras de Paulo. A hereditariedade do fantoma erfs-
tico. A superacdo da morte no Mistério do Gélgota.
Oitava conferéncia (12 de outubro de 1911)
0 corpo fisico redimido
» 147
Os dois meninos Jesus. Zaratustra no Jesus saloménico e as for-
gas do Buda no Jesus natanico. O eu do Jesus de Lucas preserva-
do pelas hierarquias espirituais. A vivéncia da individualidade
de Zaratustra em Jesus de Nazaré. A atracao do fantoma pelas
substancias. As aparicdes do Cristo apés a morte no Gélgota.bro de 1911)
161
onxotéricos para o Cristo
erntico, ox carnintion exteriores @ ier
vetividadte do evento ri
Aonera 0 Crist evento mento do eaminho eapiritual No reste
AS pare Cro. Moule XVII 0 sun ressontnc’s Pee in °
ro A Tecoolia &
interior @ 8 relago cont Macrocosmo, Consequénela
asin dos atos humans inter er A moderna visdo cientifica
uae rsa. 0 recureo de Buceri#t® ‘6 carninho dos Evangelti
f pécima conferén 1911
Piperdade © redencsio Se ea
A cariviaéneia doo Evangelist ‘Os sete graus da iniciagho cris
a pst do fantom, ressuscitade ‘do tamulo. O Cristd
vaitja compensagho carmica. A experiéneia
vencarnacéo. Reencar
ima. O pre!
nsciéneia da re
tico no
‘éculo XX. O futu
Jei do cat
0 Cristo e seu
da ling
nor Divino.
A nova co!
10. O novo evento
ro pode!
de Am
ngem. A missio dos Bodtianismo
oje, provocou POF
atualidade mais
falar 5
pase nO
obre
certament
do ponto de vist sees
sobre este
10 hoje este
onto de
‘Antropo-
, talvez
mente
mente
vista
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er neralformace mod
ior 6 bem distinto do PF’
‘dizer que hole @
e pouco apreciada,
o fato de ques
e & especial
2 fico. Se. de um |: deve-
inda é pouco en tendid:
nara atencéo para
unto de hojs
wnee do homem Gi
ge modo av
a ente aceitas © Te
es da vida espiti-
vem preencher
considerar, 40
a spiritual, um tema
da forma mais inti-
antos mais difi-
na. Porém € a
s6fica do
fora do alca
Soao de espirito e sua al
F eta
vamente evident
e uma repulsa
pretende
nntropo:
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quando se
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4o human
> hoje.
ato de que a entidade a
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Pode-se, natu!
ser coloci
todoo Ambito do
isto: ela tambem
mos que Per
partir
observacoes €!
dade; mas
vida animica humana, 0S
de vista. Ora, quao ina-
veis seres humanos, 0
ome ‘Cristo’ ou com o nome ‘Jesus’, quao
Cristo e também a de Jesus, como movi-
jores através dos séculos desde os
E sempre ocorreu que pela cosmo-
em qualquer época €
risto foi
pontos
a inconti
tem
mais variados juizos
baldvel tem sido hé
que 6 abrangido com on
m do
éculos, pa!
varidvel é a ig
mentou almas e ocupou pens
acontecimentos da Palestina!
séo geral, pelo que se sentia e se percebia
ve considereva como verdadeiro, também a imagem do C'De deous a Cristo
2 no séeulo XX — id preparady
Eras : is do século Vin}
pensavjvel espiritualmente como 0 Cristo
porcepttv
peimmue, nos séculos XIX e XX, ven sendo cham
lagiio a0 aN i em torno justamente do Jesus histe
istorico, Fina polémica muito generalizada, tern,
initjdade de Karlsruhe seus mais expressivos re.
dos contendores. Por isso, é bora
as a essa contenda antes de nos oey.
snoiiends
Feet
sresentantes, seus mais a
Pree reoe algumas palav
; com 0 Cristo Jesus. i :
Pod ‘ramos dizer o seguinte: foi sob a impressao dessa cor-
a dos assuntos da vida do espfrito ape-
CE ee eer ee, que surgiua figura coneiderada naleaets
mentapoes error hietérico’, O que deveria, afinal, valer eomo
Ee Ee eocsire a qual|ee noticia desde o\in{cls\damaasetaemt
ee Palestina, depois morreu... e ressuscitou novamente
para os fii. Bem em conformidade com o carter e a caracter
fea da nossa época que finda, a crenga na pesquisa teolégica
sempre ficou restrita ao que se acreditava poder constatar nos
documentos hist6ricos, do mesmo modo como houvesse sido con
tatado qualquer outro acontecimento da historia mundial a par-
tir de outros documentos. Quais sao, afinal, os documentos hi
rieos que foram imediatamente levados em consideragao? Nao
preciso entrar aqui no mérito (pois justamente aqui em Karlsruhe
teve seu ponto de partida a pesquisa historica de Jesus) de que—
segundo o conceito de um dos mais importantes conhecedores do
assunto — todas as tradigées histéricas, enquanto nao constam
no Novo Testamento, “podem ser escritas folgadamente num
quarto de folha”.* E 0 que comumente se encontra em quaisquer
documentos — em Josephus ou Tacitus** — sobre o Jesus hist6-
rico € facil de ser contestado, pois nunca mais péde ser aproveita-
do, do ponto de vista da ciéncia histérica que hoje vale como aceita.
parm
ee
1 Cf Rudolf Harnack, Das Wesen des Christentums (Leipzig, 1901). (N.E. orig)
~* Flavius Josephus, historiador judeu falecido apés o século I d.C,; Cornelius
Tacitus (c. 55-120 d.C.), escritor romano. (N-E.)Prepared
Xvi
© bon
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va per
cteris
logica
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Nao
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1s do
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08 BYE axterTio? Se Htcos sobre UNE HT
$0 de exarnpl0, 08 OCUrTE raicos contradien ee
wae 1 facet ey pnton de et
a quater ambito do que 8° °° ‘iso dizer que tt
euornas. B10 ANT pedagam; pols ¢ Fy prios Evang
car tos 80 despernt univ dos propr
puma pest de obter um retre a agus
ue culo XIX, a fim sntantes daquela F <
hs 1 tudo o que pode
olvido pelo’
sor Drew
jade historic!
ng
Evangelhos
encerra:
hot iré, foi di
Ja polo prove’
* Emre Ee
dos
er declarado’
justamente a cién
apresentad r
aprefto contra a autentic
joriam, de cert
ode ter cert
rem que
Bea eza de
medida en
ul
{tica metic
do modo como
que se Po
ser obtido
gsas nos mostt
tamente nai
da pode
> diletantismo
Bees téricos, absol
tados futos hii iso eae
ante da Ciéncia,
vista completar
consiay poason de J > conside
sbi co nao admitir isso hoje
Se os i de um ponto d
mente di-
e ra, trata-se aqui
Ora, traverjade, trata-se a prinefpio de langar a seguinte
frente, NaN que os Evangelos nao foram compreendidos de
Sant srronea, por aqueles que representaram a dou-
forma totalmente e
esejaram chegar a um
desus de Nai
no século XIX e di
ser que aqui nao reside um grande
trina de
retrato h
equivoco?
desejavam ser documentos histéricos
Antes que esta pergunta esteja respondida
. nao pode ser decidida a outra, s
térico de Jesus
» Q que pretendiam, afinal, os Evangelhos? Sera que
no sentido do século XIX?
sobre o que os Evan-
obre a
gelhos pretendiam ser
possibilidade de considerd-los absolutamente como documentos
histéricos.
* Arthur Drews (1865-1935),
(1885-1935), filésofo defensor de um ‘monismo concreto’, opés-se
‘eedogmas cristios¢ contest
dos e contestou a existéncia histérica de
mada intial se ‘0 mito de Cristo NE) on
oe isto’. (NE.
'ur Drews, Die Christusmythe (Leipzig, 1901). (N-E. orig.)
jesus. Sua pesquisa men-Geran
© atual, quando e
e destacar quo p
fu
da humanidade as pala-
ho, ao dize
bligido crista ja existia entr
rimérdios do género humano
carne, a partir de quando a
competente nos chama a
da Palestina, nao
mentos
'o em todos os sentidos, €
as dos ho:
rado pelas al
096). (NE)
ilo: Antrop
ya os homens:
a Ant
Trata-se
aidade
O que rahores considerarem © Ue Cr" ritual para
Bis oculta”, terao uma explicagto We nos declarar
Conte também ino mens da Antiguidade, constit
aes ares de ensino designados
ra sempre
tido pelos sAbios sacerdo-
redo, Nesse contexto
fe homens era admitido nos
is de culto. F
aes a wt grupo que se isolava do mun-
Seas meilda aut que os metabreeldeaeeaaeten ane
alcaneado nos mistérios,
vida diverso do que se cultiva publi-
camente; devemos, principalmente, acostumar-nos a pensar de
ira” Tratava-se, de fato, de uma certa segregacéo dos
rém, sente-se temor e anguistia; por
as substancias ¢
uum nao € capaz de captar
mais profundas forgas, desenvolvidas
formagao do temor em reveréncia,
e 0 que o conhecimento et
omem dos mistérios greg
podia buscar no funde
abia muito bem repousar ali: 6 homem,
ir do interior do homem que trabalhavam os
como também os de Isis e Osiris; por essé inter:
eles procuravam dirigir 0 homem ao mundo espirituall
1 viva captagao de ‘Deus no homem’, uma peal
io do homem com Deus. E a imortalidade nao s6 ti
omo € 1amento abstrato e filosofia, mas como vie
o a experiéncia das cores externas e viven-
to certo quanto se vivenciava a ligagéo com as
Porém nao era com menor certeza que isso era vivenelade
érios persas ou de Mitra. Enquanto nos mistérios gregos
ou egipcios 0 homem era conduzido a Deus pela libertagio de
fi da alma, nos mistérios de Mitra ele proprio era con-
ontado com o mundo. Dessa forma, o mundo nao 86 agia atra-
ves da grande, portentosa natureza, da qual ele nao tinha visio
de conjunto ao visualizar 0 mundo cotidiano; 08 disespulos ds
mistérios de Mitra: viam na natureza mais intima justamente
algo pelo qual o conhecimento humano nao é tocado: po
que se podiam desenvolver naquela época, as mais horripilantes
as forga:5 substancias ¢
capaz de captar
+ desenvolvidas
Nuscar no fundo
r ali: 0 homem
rabalhavam os
Por esse inter-
ado espiritual
tem’, uma real
jade nao s6 ti-
mas como vi-
prnas e viven-
igagao com as
ra vivenciado
stérios gregos
Tibertagao de
jprio era con-
96 agia atra-
p tinha visio
iseipulos dos
, justamen!
por métodesox soldadon dam tropes romans ave eran
susties COMO toldadoy 2? Yldoy
palhado,
joo a Mitea, Tanto com
a ine now mistérios de Mitra,
cindon
Aasiin, do um lado procurava-se Det
Tt
conh
ela libertag
slgo refluia do fundo da alma; mas tambén
140 8 tinha
davida,
de que algo reflui da alma como esséncia, como a meine: seiva
que permeia o mundo quando o ser humano procura bee entes
gando-e a08 grandes processos césmicos. Tinha
e bem el
area
forgas primordia
O quo we encontrava ai eram as forgas primmeraie :
ocorrondo como se Deus penctrasee nae marsars
hetrasso nan almas humanas por meio deses deg
no4 mistérios. Era um proceseo real o que ce
manto nos mistérios. Cada alma era um sor
| para a pene
F
da Divindade na evolucao
Observerno
0 sentido global conforme se nos apre
enta hoje
Eram alguns poucos os que podiam
1 pasar por tal des
vimento, sendo necessaria uma cert
‘a preparacao
que cumpriam t
proporcionado o seguinte conhecin
ua era proporcionado ao al pre} es
A fora, na
a, flui pelo mun.
$80 que também,
iniciagéo’. Po.
para o fato de o desenvolyi-
do, e de toda a iniciacao ter
‘odificacao se tor-
nento: 0 que se
natureza, bem como na propria r
do como corrente de con:
reza huma
agracao divina
se chamava o desenvolvimento no:
rém n6s pudemos chamar a
mistérios de
atengao 5
mento da humanidade ter-se modifica
precisado tornar-se difer
nte. Por que essa mi
nou necessdria?
Chegamos aqui ao que precisamos designar como 0 fato
inistico do evento do Cristo, E um aprofundamento na E
mostra que entre os antigos, os primeiros crist,
consciéncia mais ou menos abafada do
mente s6 aflufa para a alm
rios, aos fund
do Universo
ria
40s, existia uma
Seguinte: o que normal-
ela dedicacao aos misté-
eso — aquilo que jorrava
da alma como Dionisio a
ez factualmente, dentro da nossa
‘a humana p
‘amentos divinos do Uniys
como Mitra ou aflorava
esenrolou uma veprofundas da nat
ureza human
pelas quais 6
novamente
bro do antigo povo hebr
mais elevado, e que pelas ¢
Perdido algo, estando, por
Assim 0 confe:
Ponto de vist
fica
atraido para o
alto. Assim, pote
ntia que
‘aracteristieg
sso da
a histérico, O
via numa tinica humanid
Povo, estando co
nal. Portanto,
disci
antigitidade heb
Que 0 confess do,
global, o hebre
ue este perdern
Te 08 persas ex;
ia, no antigo povo hebr
gan desenvolvimento historice
ira em pecado e descera das alin
isso esse povo também estay;
Pensamento: “O q
humanidade,
lade
onsciente de
, enquan
plina da consciéne
consciéncia de
e suced
Produzindo nela
gado por meio de um acontec mento histé ~oqueres
orreeay S5im 0 confesso da antigiidede ta
corretameénte 0 sentido daevotugas on versal, estava py,
Para dizer a si mesmo: “Deus — tants deus Mitra com
dezas da alm a humana —
Por umm desenvoly
como no ambito do
sciéncia
le partida da eo,
uma degeneragac it
Pode sep
nei
sem que o homem pasa
Vemios, assim
desenvolveu a con:
de que o mesmo que os n
nasce simultaneamente 1
preendiam novamente
fundo, diziam a si mesmos.
ocorreu a descida do hom
descendem de um ances| U todas as mais profun.
das forgas que conduzem ao pecado e an erro, por intermédio de
um ser tinico, que desce dos mundos espirituais como unificacéo
de Mitra e Dionisio, deve ser criado 0 ponto de partida que os
homens poderao focalizar ao desejarem elevar-se novamente!”
Enquanto, pois, os mistérios — pela libertacao das mais profun-
das foreas animicas ou pela visualizaeao do Cosmo — desenvol-
Viam a natureza humana, os homens do povo hebraico viam no
deus que agora descera ao plano histérico, como entidade histéri-
imento nos
antigo povo hebrai
hente em Joao Batista
Dionfsio e Mitra
ano. E os que agora com.
Ceimento, em sentido mais pre
sim como por intermédio de Adsy
sim como os homens
primeiram
stérios leg
garam como
um ser hum,
esse acor
nem ao mu:
>,
tral que lhes lego
a ser
sentid
Cristo
condu
Unive
mesm
natur
se cor
milar
preer
cfpul
crist
O de
qualada oo &tinte
evol
S6Pode sere
Pave realmen
Kexistenersente
£4 entendends
@ Preparade
Fa como o deus
= pode descor
108 mistériog.”
¥0 hebraico se
déo Bati
oni
a
io e Mitra
agora com-
ido mais pr
édio de Adao
© os homens
‘nais profun-
termédio de
unificacao
tida que os
ovamente!”
fais profun-
~ desenvol-
co viam no
de histori-
pa ail ge tornou 0 mais PEON | omiem Tela de
Paul conhecer que, 885M £7 pulso eristi ntempla-
recer ; wa encerrado nas promencees
no por, documents rituals, podendo reco
x Divindade coe a Ts
aaa a de Mitra aleangavam pela con-
Mitra; dai em diante, isso deve-
mais podiam ser iniciados nc
ee ere nectteeaen oe
pe energias internas a forga de agso, do
0 batismo por Jodo, algo de que a
: portadora; e compenetrando-
eza humana é capaz de assi
do Universo, pade-se entao com-
re : lizar o batismo joanino: Mitra pode
‘ nal Porém agora aconteceu que os dis.
sos dc compreendiam o sentido primordial do
. ram: “E chegado o fim dos velhos mistérios
deus que antos mistérios, e para 0
seipulos formavam o portal, d
r todas na existéncia tert
na, por meiofo € 1 ¢ Paulo & que agora eae
deapeais acessivel, no velho sentido, oe - rorporny
nico. Foi por meio de um evento natural , not
mente reconhecer o fim do culto.a Mite
divindade exterior dos mistérios de Mi .
Eo que sucede com os mistérios pr ae
A medida que o olhar humar ido ad , 0. N
no qual vivia Miss ac uma ig 6 : uel
que aquele Mitra — que dava as almas x AEM, ativi
todo ando ¢ ligavam a ele — fo = sori!
a morte d esus de Nazaré. A ‘mor $
como uma definicdo naquilo q y corr
Cristo. Porém agora a vis: era dirigida ao ‘0 fata Jesus, do cra open
0 deus Mitra desapareceu em J N Sic ory as PA
Por ter desaparecido —, também o-queo contra predica |
Mais profundo mago da natureza, eanteriormente or aleanga A
do-por ele mediante os mistérios de Dionisio, torn aah Cristo
individuo Jesus de Nazaré um elemento imortal um vencedor ucedet
da morte! érios.
Este 6 o sentido da ‘ascensao’ na verdadeir A acepedo cristi Pelo fa
quando a-compreendemos segundo a Ciéncia E spiritual, Pela dade,
Kontemplacio do batismo joanino no Jordao, ficou bem elar que alma,
antigo Mitra penetrara no ser humano de uma vez por toda g a mail
pelo fato de a natureza humana alcangar a vitoria sobre amore cia mi
foi criada uma e6pia A qual a alma pode ligar-se em profundo nos di
amor para chegar ao que realmente vive na profundeza da alma, ment
40 que 0s gregos buscavam em Dionisio. No Cristo ressuscitado mos.
exist
m, a0 viver de acordo com 0 acon:
anidade comum.
ersal, um acon-
devia ser visto 0 fato de o home
tecimento histérico tnico, ultrapassar a hums
Assim foi colocado, no centro da Hist6ria Univ:
tecimento histérico no lugar do que normalmente fora, intmeras
Wezes, procurado nos mistérios. O fato de a natureza humana
ter-se modificado foi a grande surpresa de Paulo, estando isso
sculto no que se denomina o ‘evento de Damasco’, 0 que Paulo
vivenciou diante de Damasco, se pensarmos nas palavras do pré-
prio apéstolo? Nao foi Por acontecimentos ou documentos exte-
tata
sicrista,
1. Pela
odas; ¢ ;
morte Se
Mfundo
alma one
‘itad : oo
a elemento mais
num. a jade
acon: nto 0 Cristo
p quanto o Crist
tera : e passarmos em revista
nana
0s misté ‘ de de ex oqueo
isso et
. wy de uma forma ou de outra,
aulo 7
sO ciavam era que se pode deno:
brs go ai pode denc
a tinha de vivenciar
xte:‘aay Piritual
odo © sensorial éatrane
or > fe-nos, nesse desenvolvimento nog mj
cipulo ver Forgas atracntes © come
c Ge forgas revigoradas — coragem, ing)
s um grau, Tudo isso Ihe era Proposto em
certas prescricdes, podendo ser percebido no UE 08 eseritores
exotéricos apresenta como também nos métodos de inieig
¢40 tal qual oferecidos pel:
Ciéncia Bspiritual e
ainda conforme
Geserito no livro A ciéncia oculta.* Assim, havia diversos méto
dos uns para os mistérios gregos, outris Para os mistérios de
Mitra. No final, 0 discipulo vivenciay
aa uni
ém os método;
nas mais divers,
8 Prescrigses inici4
40 com 0 que consti-
8 para isso eram di
as regides existiam as
tuia o ser humano divino, Poré
versos, epode-se notar que
mais diferente,
™M meu livro O cristianis
€ que nos Evangelhos nao nos deparamos
Ma renovacao d;
as antigas prescricées ini-
“Gia ——
Eve
rad
na pe
at
les ta
alma
tenel
cami
tar (
trem
esse
tes,
hom
que
sob
um
diz,ntrepi-
‘sto em
ritores
inicia-
forme
méto-
ios de
onsti-
m di-
um as
anis-
tmos
}ini-
wr para chegar & unio
zer P'
te ocorria de m<
r exemnplo, &
pe-
odo
ipa exteriormen
, fos. Assim, Po
devia, apos
Assim como
iy do disefpulo dos mist:
ome diante do deus due St torna
mistério
do Evangelho.
> uma Teno
5 encontramos
as antigas nar-
miciagao;
Pelo fato
waco di
sos preliminares d&
‘asi proprios:
home nas escrituras
‘antigos Pa
as ges dos EVAN as profundezas d08 TN,
go quenormalmen’” Fande plano da Historia Universal €
is terse pensado NO Gre, mesmas palevras Com 1 NT
que se pode dessts reserigées iniciéticas,” E por aliés, que
estao redigides nea sfio considerados piografias externas do
ee ‘0 mal-entendido da moder-
justamente
fa iol sristo. E
para os Evangelhos: © oereien
poradttisa dos Bvange
ma biografia externa de Jesu:
mpiram os Evangelhos, nem se pet
jes tal biografia; deseja
ato de se querer procur
5 de Nazaré. Na época em que
‘ou em querer fornecer ne-
Igo capaz de conduzir a
a-se relatar
era vealmente amar a grande alma original da exis-
fenia eésmica, Para isso existiam.os Evan} para serem
bes, escrituras por cujo intermédio a alma pudesse encon-
mroCristo. E é admirdvel que até o final do século XVIII encon-
tremos uma consciéncia clara de que os Evangelhos pertencem a
oa eas mee eae extremamente interessan-
, encontramos a afirmagao de que os Evangelhos
pemaazaoe 8 3 4 oe ie que os Evangelhos, desde que o
a 8 sua influéncia, reformulam a alma de modo
que ele possa encontrar o Cristo.
De fato, os homen:
, 05 s vivenciavam algo assim
sob 0 efeito dos Evangelhos sem a a ae eee
s ues stes devi
questionar se estes deviam ser
uma biografia de J ‘azar
ead le Jesus de Nazaré. Mestre Eckhart indica isso
Ima hu
Algumas
pleas Pessons querem ver Deus com os olhos tal qual
tne wee pate, © querem gostar de Deus como gostam de
ror can ante, elas gostam de Deus para riqueza exte-
0; Mas essa gente néo ama a Deus cor-ecida e dignificada, Deven ®t
aeNG mio q eum homem dotado, »
nascer seu Filho tniggsn’
ES Por que em si em mim? Eu sou urea?
ge ele nao consegue excluir-me. Na me ma obra, o Esp,
rte eee ai acca e torna tanto propriedgy
ha como lo Deus, Por qué? Eu estou em Dewy gai
rito Santo nao toma sua esséneia de mim, t
‘Ampouco 9
a de Deus. De maneir
‘a alguma eu estou exclutdy *
E isto o que importa: que o homem,
, Por dese
mistico,
por uma s
tempo vindour
nvolvimento
mples evolugio da
© © que, nos velhos tem.
em mistérios exteriores,
alma possa vivenciar ni
Pos, era vivenciado nos mistérios. P
orém i880 86 6 posstvel pelo
fato de 0 evento cristico ter-se dado, pelo fato de © Cristo ter
estado num corpo fisico. E se néo houvesse
documentos e tradi-
goes? Para quem vivencia em si o Cristo, seria dada, simultanea-
mente a impregnacao do Cristo interior __ tal qual ocorreu a
Paulo — a conviccao de que 0 Cristo esteve incorporado num
corpo fisico. Assim, Jesus é encontravel tnica e exclusivamente
Por meio do Cristo! E j
jamais Evangelhos uma
biografia historica de
16
‘as forcas animicas 0
elo do Cristo, até Je-
ndido o que pretendiam os Evange-
those o que @stava equivocado em toda a pesquisa sobre Jesus no
tras a imagem eristica para repre-
Cristo e, por miolvimento
olucao da
Ihos tem.
Sivel pelo
Iristo ter
$e tradi-
ultanea-
correu a
ido num
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, humanidade. E ao
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: encia di
Tesce a consciénci
qual creo deve situar-se corretam ente n
ai es adeptos dos mistérios gregos PO”
eo vais o que vive no cristianismo
rT abrangendo todas as entidades exterio-
»abrataneamente 6 destemor, pelo fato
o precisar desesperar-se frente
senda, descobrindo — em plena liberdade e ao mesmo tempo
com humildade — a devogao pelos segredos do Universo.
Thao que o homem pode conhecer ao se impregnar com 0
que entrou no lugar dos antigos mistérios: o cristianismo como
um fato mistico, E 6 puramente por um desenvolvimento desse
fsnent fants ue, para todo conheceor do Gatien
eerie ore um fato. Na auceobe ocidental, foi dito o
a nunea poderia ver cores se nao tivess
no poderia ouvir sons se nao tive i A vesee ities,
seria entéo o mundo para ele. Mas ¢ ouvidos; escuro e mudo
senha yaguundo para ele. Mas assim como 6 verdade que
Beans veciedecitincenieec tee oem
@ Sentenca; sem luz nao teria surgi-
olho algum,
- Assim como sem olhos o homem nao pode t
er
y és
#es luminosas, de outro lado correto o que diz Goethe
Pereey di z Goethe:
Néo tivesse o
Nio t olho cardter sol;
> ar,
Jamais poderia o Sol avistar,
s2heho tempo vivencia 0.
diam vivenciar: oamor U
vive como amor univer
res. Bele ainda vivencia
edo, de n
de nunca precisar ter m‘© a grandeza de
s de Nazaré.
O caminho que leva a © Cristo primeiramente
por meio de vivéncias inter conduz, através dos pro-
cesso desenrolados na alma humana, a realmente se comprren:
der 0 fato mistico do cristianismo e captar o evolver da human
dade de modo tal que o evento cr mteincae
nele como o mais significativo acontecimento da evolueao huma,
na. E assim que o caminho nos leva a J intermédio do
Cristo. E a idéia do Cristo traré em si mesma os germes frutife.
ros para conduzir a humanidade nao s6 a uma concepgéo genéri-
a, pantefsta do Espirito Universal, mas a que o homem compreen-
da sua prépria histéria da seguinte maneira: do mesmo modo
como ele sente a Terra ligada a toda a existéncia césmica, assim
também sentird sua historia unida a um acontecimento supra-
stico necess:
us
Soe tees oe i
+d. W. Goethe, Einleitung zum Entwurf einer Farbenlehre. Vide ed brasileira
Doutrina das Cores, apresentacio, selegao e tradugdo de Marco Gianotti (2. ed. Sao
Paulo: Nova Alexandria, 1996). (N.E.)