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Civil Domicílio

1) O documento discute o conceito de domicílio no Direito Civil brasileiro, analisando o domicílio de pessoas físicas e jurídicas. 2) Para pessoas físicas, o domicílio é o local da residência com ânimo definitivo, podendo haver pluralidade de domicílios. Para pessoas jurídicas, o domicílio é a sede social onde exercem suas atividades. 3) O domicílio serve para determinar a competência dos tribunais e a aplicação de leis em questões como
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Civil Domicílio

1) O documento discute o conceito de domicílio no Direito Civil brasileiro, analisando o domicílio de pessoas físicas e jurídicas. 2) Para pessoas físicas, o domicílio é o local da residência com ânimo definitivo, podendo haver pluralidade de domicílios. Para pessoas jurídicas, o domicílio é a sede social onde exercem suas atividades. 3) O domicílio serve para determinar a competência dos tribunais e a aplicação de leis em questões como
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Direito Civil I

A-) DOMICÍLIO:

- Origem: do latim domus (casa), apontando apenas para as


pessoas físicas, e dando a entender que a casa era o centro dos
negócios das mesmas.

Havia uma mescla, portanto, do sentido físico da coisa (a


casa) com o sentido jurídico da expressão (centro dos negócios).

- Ideia atual: necessidade de se lançar mão de critérios


visando à fixação jurídica da pessoa, tanto física quanto jurídica,
a algum lugar, para que a mesma possa responder pelos seus
direitos e obrigações.

São justamente esses critérios que irão determinar e definir


qual é o domicílio da pessoa.

Noutros termos, é necessário um ponto de fixação jurídica


para os titulares de direito exercerem os direitos e obrigações que
lhes foram conferidos pela atribuição da personalidade jurídica (o
que, no caso das pessoas naturais, dá-se com o nascimento com
vida, e, nas pessoas jurídicas, com o registro dos atos
constitutivos).

Depois, na Parte Especial do CC e em outros textos


legislativos, apenas se dirá qual é o domicílio para os fins
especificados.
Exs.: a-) art. 327, caput (pagamento da obrigação); art.
1.569 (domicílio conjugal); art. 1.785 (local da abertura da
sucessão).

“Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo


se as partes convencionarem diversamente, ou se o contrário
resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias”.
“O domicílio do casal será escolhido por ambos os
cônjuges, mas um e outro podem ausentar-se do domicílio
conjugal para atender a encargos públicos, ao exercício de sua
profissão, ou a interesses particulares relevantes”.
“A sucessão abre-se no lugar do último domicílio do
falecido”.

b-) art. 46 a 53, CPC (determinação da competência


para o julgamentos de feitos judiciais).

“Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito


real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de
domicílio do réu.

§ 1º Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no


foro de qualquer deles.

§ 2º Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele


poderá ser demandado onde for encontrado ou no foro de
domicílio do autor.

§ 3º Quando o réu não tiver domicílio ou residência no


Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do autor, e, se
este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em
qualquer foro.
§ 4º Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes
domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à
escolha do autor.

§ 5º A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do


réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado.

Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis


é competente o foro de situação da coisa.

§ 1º O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo


foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de
propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de
terras e de nunciação de obra nova.

§ 2º A ação possessória imobiliária será proposta no foro de


situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta.

Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil,


é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o
cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação
ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em
que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no
estrangeiro.

Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía


domicílio certo, é competente:

I - o foro de situação dos bens imóveis;

II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer


destes;

III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer


dos bens do espólio.
Art. 49. A ação em que o ausente for réu será proposta no
foro de seu último domicílio, também competente para a
arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de
disposições testamentárias.

Art. 50. A ação em que o incapaz for réu será proposta no


foro de domicílio de seu representante ou assistente.

Art. 51. É competente o foro de domicílio do réu para as


causas em que seja autora a União.

Parágrafo único. Se a União for a demandada, a ação


poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de
ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de
situação da coisa ou no Distrito Federal.

Art. 52. É competente o foro de domicílio do réu para as


causas em que seja autor Estado ou o Distrito Federal.

Parágrafo único. Se Estado ou o Distrito Federal for o


demandado, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do
autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda,
no de situação da coisa ou na capital do respectivo ente
federado.

Art. 53. É competente o foro:

I - para a ação de divórcio, separação, anulação de


casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável:

a) de domicílio do guardião de filho incapaz;

b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;

c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no


antigo domicílio do casal;
d) de domicílio da vítima de violência doméstica e familiar,
nos termos da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria
da Penha);            (Incluída pela Lei nº 13.894, de 2019)

II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação


em que se pedem alimentos;

III - do lugar:

a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa


jurídica;

b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações


que a pessoa jurídica contraiu;

c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré


sociedade ou associação sem personalidade jurídica;

d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que


se lhe exigir o cumprimento;

e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre


direito previsto no respectivo estatuto;

f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação


de reparação de dano por ato praticado em razão do ofício;

IV - do lugar do ato ou fato para a ação:

a) de reparação de dano;

b) em que for réu administrador ou gestor de negócios


alheios;

V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de


reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de
veículos, inclusive aeronaves”
- Noção de domicílio: é o estabelecimento de um ponto de
referência no espaço, no qual a pessoa (física ou jurídica)
encontra-se presente para efeitos jurídicos, ainda que aquela lá
não se ache de fato em determinado momento.

Conclusões:

1-) ainda que a pessoa (principalmente a física) não se


encontre de fato em determinado momento em seu domicílio, lá
será considerada domiciliada;

2-) o conceito de domicílio é abstrato, mas ele se serve de


elementos materiais (reminiscência do Direito Romano);

3-) uma vez fixado o domicílio, servirá o mesmo como


parâmetro para fins de exercício de direitos e obrigações no plano
do Direito Civil;

4-) também servirá o mesmo para o exercício do direito de


ação correspondente a esses direitos e obrigações.

B-) DOMICÍLIO DAS PESSOAS FÍSICAS:

- Regra geral: residência com ânimo definitivo (art. 70: “o


domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua
residência com ânimo definitivo”).

Em essência, é o local de habitação dotado de propósito de


permanência, por prazo indeterminado, daí se excluindo, portanto,
as habitações de caráter transitório ou temporário.
Eis a razão de ser do art. 74, caput, quando esse propósito é
direcionado para outro local: “muda-se o domicílio, transferindo
a residência, com a intenção manifesta de o mudar”.

- Questão incidental: saber-se se a pessoa física pode ter


mais de um domicílio (temas da unicidade ou pluralidade
domiciliar); no Brasil, prevalece a tese da pluralidade
domiciliar, significando, assim, que o domicílio da pessoa física
pode ocorrer, ao mesmo tempo, em mais de um lugar.

Praticidade: nessas condições, pode-se considerar que ela


exerce seus direitos e obrigações em mais de um lugar, o que
possibilita que as ações correspondentes possam ser aforadas em
mais de um lugar também.

Critérios de pluralidade:
1-) mais de uma residência com ânimo definitivo, ou seja, vive-se
em mais de um lugar, alternadamente (art. 71: “se, porém, a
pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente,
viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas”);

2-) mais de um centro de ocupação habitual, significando o


centro dos negócios ou exercício de atividade (art. 72, caput: “é
também domicílio da pessoa natural, quanto às relações
concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida”).

Problema: inexistência de residência com ânimo definitivo


ou de centro de ocupação habitual = local onde a pessoa for
encontrada (art. 73: “ter-se-á por domicílio da pessoa natural,
que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada”).

C-) DOMICÍLIO DAS PESSOAS JURÍDICAS:

- O elemento material a ser considerado não é a residência


(algo típico das pessoas físicas), mas a sede social na qual se
exerce a atividade dirigente da pessoa jurídica.

- Fixação do domicílio: conforme sua atuação (analisa-se se


a esfera de atuação é pública ou privada): casos do art. 40 usque
44.

“Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou


externo, e de direito privado.

Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:

I - a União;

II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;

III - os Municípios;

IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;

V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.

Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas


jurídicas de direito público, a que se tenha dado estrutura de
direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu
funcionamento, pelas normas deste Código.
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os
Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo
direito internacional público.

Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são


civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa
qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito
regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte
destes, culpa ou dolo.

Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:

I - as associações;

II - as sociedades;

III - as fundações.

IV - as organizações religiosas;

V - os partidos políticos.

VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.

§ 1º São livres a criação, a organização, a estruturação interna e


o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao
poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos
constitutivos e necessários ao seu funcionamento.

§ 2º As disposições concernentes às associações aplicam-se


subsidiariamente às sociedades que são objeto do Livro II da
Parte Especial deste Código.

§ 3º Os partidos políticos serão organizados e funcionarão


conforme o disposto em lei específica”

Regra geral, o domicílio é fixado consoante o art. 75,


caput, I a IV, cuja base é a sede do exercício das atividades ou o
local designado pelos estatutos sociais.
Entes de direito público e privado: União, Estados-
membros, Municípios, Distrito Federal, Autarquias federais,
estaduais e municipais, demais países, ONU, Vaticano,
associações, sociedades, fundações, empresas públicas,
sociedades de economia mista, fundações públicas, sindicatos,
organizações religiosas e partidos políticos.

“Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:

I - da União, o Distrito Federal;

II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;

III - do Município, o lugar onde funcione a administração


municipal;

IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as


respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem
domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos”

- Problema: quando a atuação da pessoa jurídica se dá em


mais de um lugar, considera-se domicílio qualquer um deles (art.
75, § 1º: “tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em
lugares diferentes, cada um deles será considerado domicílio
para os atos nele praticados”).

Se ela atuar no estrangeiro também, o lugar estabelecido no


Brasil (art. 75, § 2º: “se a administração, ou diretoria, tiver a
sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa jurídica,
no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas
agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela
corresponder”).

Essas soluções se dão tanto em relação a entes públicos


como privados.

- Questões incidentais:

1-) grau maior ou menor de autonomia dos


estabelecimentos: indiferente, para fins de determinação do
domicílio, de sorte que quaisquer um deles pode se prestar a essa
finalidade;

2-) sociedades de fato possuem como domicílio o local do


exercício da atividade principal (art. 53, III, c, CPC).

“Art. 53. É competente o foro:

III - do lugar:

c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré


sociedade ou associação sem personalidade jurídica”

D-) CLASSIFICAÇÃO:

- Há dois critérios: quanto à origem e à natureza.

- Origem:

É voluntário ou necessário, conforme dependa ou não da


vontade do titular da relação jurídica em determinar o domicílio.

Exs.: os cônjuges fixam o domicílio conjugal


voluntariamente (art. 1.569); já os filhos havidos da união,
enquanto menores, também são titulares de relações jurídicas,
mas possuem como domicílio o dos pais (arts. 76, parágrafo
único, e 1.634, II).

Subdivisões do necessário: originário ou legal, conforme


decorra do mero nascimento da pessoa física ou da vontade da lei
(arts. 76 e 77).

“Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público,


o militar, o marítimo e o preso.

Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu


representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em
que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde
servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do
comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do
marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar
em que cumprir a sentença.

Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado no


estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem,
no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito
Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve”

Necessário originário: filhos em relação aos pais.

Necessário legal: incapazes em geral relativamente a seus


representantes legais, funcionários públicos, militares, marinha
mercante, presos, agentes diplomáticos.

- Natureza:
É geral ou especial, conforme decorra diretamente da lei ou
da vontade das partes (pressupõe a existência de um contrato).

Geral: todos os casos acima.

Especial: é o chamado foro de eleição, indicando que o


contrato já aponta o foro competente para dirimir eventuais
conflitos entre as partes em decorrência do cumprimento do
contrato (art. 78: ”nos contratos escritos, poderão os contratantes
especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e
obrigações deles resultantes”).

Não prevalece relativamente a ações reais imobiliárias, nas


quais prevalece o foro da situação da coisa, nem tampouco em
contratos, quando prejudicarem a parte que o alega (CPC, arts. 47
e 63).

“Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre


imóveis é competente o foro de situação da coisa.

§ 1º O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo


foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de
propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de
terras e de nunciação de obra nova.

§ 2º A ação possessória imobiliária será proposta no foro de


situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta”

“Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão


do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação
oriunda de direitos e obrigações.
§ 1º A eleição de foro só produz efeito quando constar de
instrumento escrito e aludir expressamente a determinado
negócio jurídico.

§ 2º O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das


partes.

§ 3º Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se


abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que
determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do
réu.

§ 4º Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula


de eleição de foro na contestação, sob pena de preclusão”

E-) INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS BENS:

- Analisadas até aqui as questões relativas aos sujeitos de


direito, assim compreendidas:

1-) titularidade das relações jurídicas (pessoas físicas e


jurídicas);

2-) exercício dessa titularidade (capacidade de aquisição e


de exercício);

3-) local do exercício dessa mesma titularidade (domicílio).

- Iniciar-se-á a gora o estudo dos objetos de direito, os bens,


mediante as seguintes notas introdutórias de cunho conceitual.

- Genericamente falando, bem jurídico é tudo aquilo que é


objeto de proteção por parte do Direito (constituem objeto de
tutela por parte dele).
Esses bens jurídicos são suscetíveis de serem traduzidos em
valor econômico direta ou indiretamente.

Diretamente: bens, direito de propriedade, contrato, etc.

Indiretamente: direitos de personalidade, condição de pai e


de mãe, condição de filho, relação matrimonial, etc.

- Bens: expressão genérica que designa os objetos de


direitos passíveis de apropriação em termos abstratos (art. 79 e
ss.).

“Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe


incorporar natural ou artificialmente”
“Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento
próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da
substância ou da destinação econômico-social”
“Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa
destruição imediata da própria substância, sendo também
considerados tais os destinados à alienação”

Quando esses bens já estão aptos a se tornarem apropriados,


o CC utiliza o vocábulo coisa (exs.: arts. 481 e 1.197).

“Art. 481. Pelo contrato de compra e venda, um dos


contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o
outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro”
“Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em
seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou
real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o
possuidor direto defender a sua posse contra o indireto”
OBS: para efeitos de curso, uma designação será tomada
pela outra indistintamente, já que essa distinção é meramente
artificial.

- Patrimônio: é o conjunto de relações jurídicas do


respectivo titular, dotadas de conteúdo econômico.

Acontece que a titularidade das relações jurídicas implica


também em se assumir compromissos, dívidas, e isso também
compõe o patrimônio.

Logo, e em essência, o patrimônio é formado pela


conjunção do ativo e do passivo de uma pessoa, ou seja, por
todas as relações jurídicas suscetíveis de aferição econômica.

Noutros termos, o patrimônio é a projeção econômica da


personalidade jurídica da pessoa.

Daí se dizer que ele constitui uma universalidade de


direito (ao contrário das universalidades de fato, consoante se
verá depois).

F-) CLASSIFICAÇÃO DOS BENS:

- Verificação dos critérios respectivos

.- Considerados em si mesmos: bens examinados objetivamente,


independentemente de sua relação com os respectivos titulares ou
de sua relação de interdependência com outros bens (exs.:
definição de móveis e imóveis).
- Reciprocamente considerados: bens examinados tendo
em vista sua relação de interdependência com outros bens (exs.:
principais e acessórios).

- Considerados quanto à titularidade: bens analisados à


vista de sua relação com os respectivos titulares (exs.: públicos,
privados).

- Considerados quanto à negociabilidade: bens analisados


em termos de sua possibilidade ou não de circulação no comércio
jurídico (exs.: in commercio e fora de comércio).

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