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HIDROGEOGRAFIA

A relação entre hidrografia, clima e relevo é extremamente importante para o funcionamento dos ecossistemas. O relevo influencia a hidrografia e o clima, moldando características como a inclinação dos rios e afetando a disponibilidade hídrica. O clima, por sua vez, afeta a hidrografia através da precipitação e degelo, enquanto a hidrografia depende do relevo e clima para a formação de rios, lagos e oscilações de vazão. Juntos,

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A relação entre hidrografia, clima e relevo é extremamente importante para o funcionamento dos ecossistemas. O relevo influencia a hidrografia e o clima, moldando características como a inclinação dos rios e afetando a disponibilidade hídrica. O clima, por sua vez, afeta a hidrografia através da precipitação e degelo, enquanto a hidrografia depende do relevo e clima para a formação de rios, lagos e oscilações de vazão. Juntos,

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância

A relação entre hidrografia, clima e relevo

Joana Mussaca Fumairamba

Código: 708210850

Curso: Licenciatura em geografia

Disciplina: Hidrogeografia

Ano de frequência: 2° Ano

Docente:

Beira outubro, 2022


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discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacionais
2.
relevantes na área
deestudo
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 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e tamanho
Aspectos
Formatação de letra, paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
3

Índice
1. Introdução........................................................................................................................ 4

1.1. Objectivo ..................................................................................................................... 4

1.1.1. Objectivo Geral ........................................................................................................ 4

1.1.2. Objectivos específicos ............................................................................................. 4

2. A relação entre hidrografia, clima e relevo ..................................................................... 5

2.1. Hidrografia................................................................................................................... 6

2.1.1. Águas subterrâneas .................................................................................................. 7

2.2. Clima ........................................................................................................................... 7

2.2.1. Caracterização climática da Terra ............................................................................ 8

2.2.2. Tipos de clima .......................................................................................................... 8

2.3. Relevo .......................................................................................................................... 8

2.3.1. Formas de relevo de Moçambique ........................................................................... 9

2.3.1.1. Planície litoral ...................................................................................................... 9

2.3.1.2. Planaltos ............................................................................................................... 9

2.3.1.3. Montanhas .......................................................................................................... 10

3. Conclusão ...................................................................................................................... 11

4. Referencia bibliográfica ................................................................................................ 12


4

1. Introdução

O presente trabalho versa sobre vários conteúdos relacionados com a cadeira de


hidrogeografia. Falar da hidrogeografia é falar de uma ciência que existe desde os tempos
mais antigos quando os povos da antiguidade não tinham a menos noção da natureza
geográfico de certos fenómenos, já se conheciam vários processos relacionados com esta
ciência.

Deste modo a hidrografia, clima e o relevo estão intimamente ligados de modo que podemos
observar que de certa maneira, o relevo molda determinadas características ligadas à
hidrografia com o relevo dita o quão ingrime é a queda de um rio.

A interação do relevo com os elementos atmosféricos possui influência sobre a disposição


espacial dos tipos climáticos e sobre a dinâmica das paisagens. Oliveira e Galvani (2015)
destacam que o relevo pode influenciar a dinâmica climática a partir de quatro características
principais: a posição, orientação e forma das vertentes, declividade e a altitude. A depender
do arranjo espacial desses fatores, eles podem atuar de maneira a aumentar ou reduzir a
disponibilidade hídrica ambiental, o que implicará em modificações fisiográficas ao longo
de um transecto que perpasse áreas próximas com patamares distintos de relevo.

1.1.Objectivo

1.1.1. Objectivo Geral


 Descrever a relacao existente entre hidrografia, clima e o relevo
1.1.2. Objectivos específicos
 Definir os conceitos da hidrografia, clima e o relevo
 Caraterizar a importância da relação hidrografia, clima e o relevo
 Distinguir a diferença entre hidrografia, clima e o relevo
5

2. A relação entre hidrografia, clima e relevo

A relação entre hidrografia, clima e relevo é de extrema importância para o Planeta Terra.
Preservar todos os elementos da natureza é indispensável para a proliferação da vida, além
de garantir o funcionamento dos ecossistemas. A biosfera é constituída por elementos como
atmosfera, litosfera e hidrosfera, que produzem espaços naturais que propiciam um
dinamismo completo. Para um bom desenvolvimento natural dos ecossistemas é necessário
que haja uma relação entre solo, sol, ar, água, temperatura entre outros.

Em um caso mais específico está a interdependência direta que há entre hidrografia, clima e
relevo, pois estabelecem influências determinantes entre eles. Exemplo claro desse processo
está vinculado à hidrografia, quando rios e lagos surgem a partir do derretimento de neve e
geleiras, além de sofrer alterações na vazão pela chuva.

Estes processos de gênese orográfica das chuvas estão associados às vertentes orientadas de
maneira a barrar as correntes de ar, chamadas de encostas a barlavento. Por outro lado, as
encostas de orientação oposta (sotavento) tendem a favorecer um movimento subsidente do
ar atmosférico, gerando estabilidade e aquecimento por compressão sobre a superfície. Por
esta razão, as áreas mais baixas do relevo, posicionadas a sotavento, tendem a receber menos
precipitação, dando origem ao efeito da sombra de chuva (SILER et al., 2013).
6

As oscilações ocorridas nos mananciais são provenientes das estações do ano, dessa forma,
na medida em que as estações mudam, rios e lagos são influenciados, derivando os períodos
de cheias e vazantes.

As cheias correspondem aos períodos do ano nos quais a estação é chuvosa e também há
derretimento de gelo e neve, elevando significadamente os níveis das águas. Os períodos de
vazantes acontecem nas estações secas, momento em que há uma grande diminuição das
águas dos rios.

As características do relevo promovem uma interferência direta nos cursos fluviais, em


superfície repleta de aclives e declives na qual apresenta planaltos, depressões e áreas
montanhosas. As águas dos rios deslocam de forma mais rápida, promovendo um grande
desgaste do relevo, esse processo forma vales fluviais, além de promover o transporte de
sedimentos para as áreas mais baixas do relevo.

Nos lugares mais aplainados, como as áreas de planícies, os rios geralmente possuem
trajetória em curva e a velocidade das águas é bastante lenta, além de promover a
sedimentação nas margens, formando as planícies fluviais.

O relevo interfere em alguns casos no clima de uma região, quando o relevo impede a
passagem de massas de ar que poderiam determinar as configurações climáticas de um lugar.

2.1.Hidrografia

A hidrografia está focada na medição de características físicas da água e da terra que a cerca,
classificando e estudando as águas do planeta. É uma das principais divisões da Geografia
Física (AYRES, 2018).

A hidrografia é a parte da geografia que estuda as águas do planeta Terra. O conceito também
é usado para designar o conjunto das águas de uma região ou de um país. Analisa
características como o caudal, o leito, a bacia e a sedimentação fluvial das águas continentais
(AYRES, 2018)

No que se refere ao ciclo da água, também conhecido como ciclo hidrológico, Figura 23, é
necessário compreender que este ocorre a partir do movimento contínuo da água presente
nos oceanos, continentes (superfície, solo e rocha) e na atmosfera. Esse movimento é
7

alimentado pela força da gravidade e pela energia do Sol, que provocam a evaporação das
águas dos oceanos e dos continentes (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2018).

Bacia hidrográfica é o nome dado a todo o território drenado por um único sistema de
drenagem natural (um rio que deságua num mar ou num lago). Dessa forma, a bacia
hidrográfica ou bacia de drenagem, figura 24, é uma área onde acontece a drenagem da água
das chuvas para um determinado curso de água que, normalmente, é um rio principal.

2.1.1. Águas subterrâneas

As águas subterrâneas são formadas pelo excedente das águas de chuvas que percorrem
camadas abaixo da superfície do solo e preenchem os poros ou vazios intergranulares das
rochas sedimentares, ou as fraturas, falhas e fissuras das rochas compactas. Além disso, sendo
submetidas a duas forças (de adesão e de gravidade), desempenham um papel essencial na
manutenção da umidade do solo, do fluxo dos rios, lagos e brejos. As águas subterrâneas
cumprem uma fase do ciclo hidrológico, uma vez que constituem uma parcela da água
precipitada (ABAS, 2018). Os aquíferos são uma reserva de água embaixo do solo,
abastecidos pela chuva. Funcionam como uma espécie de caixa d’água que alimenta os rios.
No Brasil, os aquíferos contribuem para que boa parte dos rios sejam perenes, ou seja, não
sequem no período da estiagem. Por serem relativamente abundantes, compondo uma parcela
significativa da água potável utilizada para consumo humano, agricultura e outros fins, o
acompanhamento das condições das águas subterrâneas é muito importante (ANA, 2018).

2.2.Clima

Clima: é o estudo médio do tempo para o determinado período ou mês em uma certa
localidade. Também, se refere às características da atmosfera inseridas das observações
contínuas durante um certo período (TORRES; MACHADO, 2008)

as características climáticas de determinada região são controladas pelos elementos e fatores


climáticos.

Os elementos do clima são seus componentes principais, ou seja, são aqueles que se
conjugam para formar o tempo atmosférico e o clima propriamente dito. Já os fatores do
clima trazem alterações, por vezes bastante significativas, no clima e/ou nos seus elementos.
8

São aqueles que produzem alterações e interferências diretas e/ou indiretas nos elementos
climáticos e nos tipos climáticos (TORRES; MACHADO, 2008).

2.2.1. Caracterização climática da Terra

A caracterização climática da Terra ocorre de acordo com a inclinação do eixo da Terra,


influenciando os diferentes ganhos energéticos conforme a latitude, pode-se de maneira
generalizada identificar as zonas climáticas da Terra (TORRES; MACHADO, 2008).

O mapeamento do clima, como de outros sistemas ambientais, apresenta grandes problemas


quanto ao método, escala e generalizações. Por conta do número grande de variáveis,
algumas destas acabam passando despercebidas ou são abandonadas por critérios práticos.
Esta eliminação leva a uma generalização que acaba por englobar, em uma mesma classe,
climas distintos quanto à sua dinâmica, gênese e atributos entre outros. Estes fatores levam à
delimitação nunca exata dos diversos climas do globo (TORRES; MACHADO, 2008)

2.2.2. Tipos de clima


Os climas podem ser classificados de acordo com diversos parâmetros, os quais levam em
consideração um ou mais elementos climáticos.

 Clima tropical;
 Clima árido;
 Clima temperado;
 Clima continental;
 Clima polar

2.3.Relevo

Relevo é um conjunto de acidentes, irregularidades ou desnivelamentos na superfície da


crosta terrestre. É chamado de relevo terrestre ou positivo, quando se encontra acima do nível
do mar; é denominado relevo submarino ou negativo, quando se acha abaixo do nível do mar.

O relevo terrestre atual é, porém, apenas uma fase da longa evolução de que resultou o
modelado terrestre. Isto porque a natureza está em permanente alteração e quase sempre são
9

muito lentas as mudanças que nela se operam. É necessário que decorram milhares de anos
para que se notem as modificações naturais do relevo.

O relevo apresenta diferentes formações que são consequências das ações de agentes
endógenos (resultado da energia do interior do planeta que se manifesta pela dinâmica ou
tectônica das placas) e agentes exógenos (associados ao clima da área, como as chuvas,
ventos e geleiras, que criam ou dão as formas esculturais ao relevo através de um processo
erosivo).

O relevo actual de Moçambique formou-se a partir da acção de numerosos fenómenos


endógenos, principalmente o vulcanismo, e de processos exógenos, como a acção do vento,
mar, rios, chuvas e outros.

2.3.1. Formas de relevo de Moçambique


2.3.1.1.Planície litoral

A planície litoral constitui cerca de 44% do território nacional; ela desenvolve-se ao longo
da costa e forma uma faixa estreita entre a foz dos rios Rovuma e Zambeze. Na região sul do
rio Save, a planície alarga-se, ocupando a quase totalidade da área - é a chamada Grande
Planície Litoral.

É comum destacar, ao longo dos vales dos principais rios, depressões de acumulação (ou
planícies de inundação), nomeadamente:

 A planicie do Incomáti;
 A planície do Limpopo;
 A planície do Save;
 A planície do Búzi;
 A planície do Lúrio.
2.3.1.2.Planaltos

Em Moçambique, os planaltos ocorrem em superfícies aplanadas cujas altitudes variam entre


os 200 e os 1000 metros. Este tipo de relevo ocorre principalmente nas regiões centro e norte
do país, sobretudo nas províncias de Niassa, Nampula, Tete, Zambézia e Manica,
constituíndo o Planalto Moçambicano.
10

Desenvolvem-se no país duas superfícies planálticas: os planaltos médios (com altitudes que
variam entre os 200 e os 600 metros) e os altiplanaltos (com altitudes superiores a 600
metros).

2.3.1.3.Montanhas

As montanhas representam formas de relevo com altitudes superiores 1000 metros. Formam
faixas não contínuas, isoladas, constituindo apenas 5% do território nacional. As superfícies
montanhosas localizam-se principalmente nas províncias de Niassa, Zambézia, Tete e
Manica.

As formações montanhosas, em geral, localizam-se nas regiões fronteiriças e apresentam-se


de uma forma mais ou menos dispersa.
11

3. Conclusão

Após a realização deste trabalho conclui-se que: uma grande incerteza relativamente à
magnitude dos impactos hidrológicos resultante das alterações climáticas A influência do
relevo ocorre quando o escoamento das vertentes a sotavento se acopla aos movimentos
descendentes das células de circulação atmosféricas, o que aumenta as temperaturas médias
e diminui a umidade relativa na baixa troposfera

As características do relevo promovem uma interferência direta nos cursos fluviais, em


superfície repleta de aclives e declives na qual apresenta planaltos, depressões e áreas
montanhosas. As águas dos rios deslocam de forma mais rápida, promovendo um grande
desgaste do relevo, esse processo forma vales fluviais, além de promover o transporte de
sedimentos para as áreas mais baixas do relevo.
12

4. Referencia bibliográfica

AYRES, M. (Org). Hidrografia. 2018. Disponível em: . Acesso em: 12 out. 2018.

FREITAS, Eduardo de. "A relação entre hidrografia, clima e relevo "; Brasil Escola.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/a-relacao-entre-hidrografia-clima-
relevo.htm. Acesso em 21 de outubro de 2022

OLIVEIRA, M.R.P.; GALVANI, E. Avaliação do efeito orográfico no perfil longitudinal


Paraty (RJ) e Campos do Jordão (SP). Entre Lugar (UFGD). V.6, n.11, p.133-151, 2015.

SILVA, V ; SOUSA, F ; CAVALCANTI, E.P. ; SOUZA, E ; DASILVA, B. B.


Teleconnections between sea-surface temperature anomalies and air temperature in
northeast Brazil. Journal of Atmospheric and Solar-Terrestrial Physics, Canada, v. 68, n. 68,
p. 781-792, 2006

TORRES, F. T. P.; MACHADO, P. J. de O. Introdução à climatologia. Ubá: Ed.


Geographica, 2008.

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