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Ética e Deontologia

Este documento discute a fiscalidade e compliance em Moçambique. Primeiro, define os conceitos de fiscalidade e compliance e fornece um breve histórico do compliance. Em seguida, descreve os nove pilares fundamentais de um programa de compliance, incluindo o apoio da alta administração, avaliação de riscos, código de conduta, controles internos, treinamento, canais de denúncias, investigações internas, diligência devida e monitoramento. Finalmente, discute os benefícios do programa de compliance para as organizações e como a fiscalidade e
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Este documento discute a fiscalidade e compliance em Moçambique. Primeiro, define os conceitos de fiscalidade e compliance e fornece um breve histórico do compliance. Em seguida, descreve os nove pilares fundamentais de um programa de compliance, incluindo o apoio da alta administração, avaliação de riscos, código de conduta, controles internos, treinamento, canais de denúncias, investigações internas, diligência devida e monitoramento. Finalmente, discute os benefícios do programa de compliance para as organizações e como a fiscalidade e
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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Extensão de Nacala

A Fiscalidade e Compliance em Moçambique

Estudante:
Ali António Virgilio

Nacala, 2022

1
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Extensão de Nacala

A Fiscalidade e Compliance em Moçambique

Trabalho de carácter avaliativo na cadeira de


Ética e Deontologia profissional, cadeira do
4° ano de licenciatura em Gestão portuária
lecionada pelo Dr. M. Marundo.

Docente:
P.h.D Marcelino Marundo

Nacala, 2022
2
Índice
1.1 Objectivos ......................................................................................................................... 5

1.2 Histórico Compliance........................................................................................................ 6

2.1. Beneficiar do programa compliance....................................................................................... 8

2.2. A importância do profissional de Compliance ....................................................................... 8

2.3 Os benefícios do programa de compliance para as organizações............................................ 9

2.4. Vulnerabilidades as quais as organizações estão expostas por não implantarem programa
Compliance ................................................................................................................................... 9

3. Fiscalidade e Compliance em Moçambique .......................................................................... 9

3.1 Tipos de Evasão Fiscal .......................................................................................................... 10

4. Principais Teorias ................................................................................................................ 11

b) Teoria da Fiscalidade e Deteção do Contribuinte ................................................................... 12

c) Teoria da Responsabilidade Fiscal .......................................................................................... 13

4.1 Órgão de Consulta (Conselho da Fiscalidade) ...................................................................... 13

5. Conclusão ............................................................................................................................ 15

6. Referências bibliograficas ................................................................................................... 16

3
1. Introdução
O presente trabalho vem por este meio falar da fiscalidade e compliance em
Moçambique, visto que o tema é um dos mais discutidos nos ultimos dias é deste modo
que é feita a pesquisa. Assim como qualquer outro tema precisa de ser dado o conceito
antes do seu desenvolvimento, é deste modo que darei a introdução do trabalho dando o
conceito da fiscalidade assim como da compliance.
Compliance significa agir de acordo ou estar conforme a algo ou sejá a Compliance é
um programa que visa à prevenção e a minimização de riscos as quais as organizações
estão expostas, muitos podem comprometer a efetividade do negócio trazendo diversos
prejuízos para as organizações por não cumprirem legislações, normas, procedimentos,
regulamentos. De acordo com Bittencourt (2014, cit. in Leal e Fockink, 2014, p.54) o
termo Compliance, originário da expressão anglosaxão to comply, exprime, em sentido
literal o sentido de agir de acordo com uma regra ou comando. Refere-se então dessa
forma que o Compliance busca cumprir todas as normas que lhe sejam atribuídas sejam
elas de dentro da própria organização, ou normas externas.

4
1.1 Objectivos
Gerais:
 Dar conceito da Fiscalidade e compliance em Moçambique;
 Entender como é feita a compliance em Moçambique.
Especificos:
 Falar do historico da compliance;
 Falar dos pilares do programa de compliance;
 Identificar os benéficios e a importância da compliance;
 Identificar os orgãos Consulta (Conselho da Fiscalidade);
 Falar de como é feita a fiscalidade e compliance em Moçambique.

5
1.2 Histórico Compliance
De acordo com Vieira (2013) o Compliance sempre esteve presente, de alguma forma
ou de outra, desde os primórdios do comércio organizado. Empresas têm adotado os
seus próprios códigos de conduta, muitas vezes, levados pelos escândalos de outras
empresas.
Manzi (2008) afirma que o programa Compliance teve origem nas instituições
financeiras, com a criação do Banco Central Americano, em 1913, que objetivou a
formação de um sistema financeiro mais flexível, seguro e estável. Contudo o programa
Compliance começou a ser discutido nas instituições financeiras dos Estados Unidos
onde buscavam a obtenção de um sistema seguro, protegido e que seguissem conforme
legislações.
Apesar de sua origem e seu avançado desenvolvimento, o conceito e os programas de
Compliance não são exclusivos das instituições bancárias, uma vez que compreendem a
busca pela aderência entre a ética individual e coletiva (Federação Brasileira de Bancos,
2010).
O programa Compliance de fato começou a ser discutido nos Estados Unidos quando
as agências regulamentadoras começaram a emergir. O governo americano criou o
programa como forma de fiscalização das instituições financeiras, mas
aproximadamente em 1992 se ampliou para as atividades de saúde, comercio de
alimentos e atividade ilícitas como a venda de entorpecentes. Buscavam ter um melhor
controle dos atos que iriam contra as regulamentações americanas, e com o passar do
tempo foi se adaptando a outras áreas.
2. Os Pilares do programa compliance
Segundo a Legal Ethics Compliance (2016) o programa compliance é um sistema
complexo e organizado, composto de diversos componentes, que interage com outros
componentes de outros processos de negócios de empresas e, também, com outros
temas. É um sistema que depende de uma estrutura múltipla que inclui pessoas,
processos, sistemas eletrônicos, documentos, ações e ideias. A estes componentes se dá
o nome de “pilares” do programa de compliance. A escola de compliance define então
os pilares em:
a) 1° Pilar – Suporte da Alta Direção: Deve receber o aval explícito e apoio
incondicional
dos mais altos executivos da empresa.

6
b) 2° Pilar – Avaliação de Riscos: Riscos são eventos com impactos negativos no
atingimento de um objetivo. É uma das bases do sucesso do programa, uma vez que o
código de conduta, as políticas e os esforços de monitoramento deverão ser construídos
com bases nos riscos que forem identificados como relevantes durante as análises.
c) 3° Pilar – Código de Conduta e Políticas de Compliance: Essa documentação serve
como formalização inicial daquilo que é a postura da empresa em relação aos diversos
assuntos relacionados à suas práticas de negócios, e servirá como uma bússola que
guiará em conjunto com as ações e exemplos da alta administração, evidenciando o
compromisso da empresa com o programa de compliance,
d) 4° Pilar – Controles Internos: São mecanismos, geralmente formalizados por escrito
nas políticas e procedimentos da empresa, que, além de minimizar riscos operacionais e
de compliance, asseguram que os livros e registros contábeis e financeiros reflitam
completa e precisamente os negócios e operações da empresa.
e) 5° Pilar – Treinamento e comunicação: Cada funcionário da empresa, do chão de
fábrica à alta direção deve entender os objetivos do programa, as regras e, talvez o mais
importante seu papel para garantir o sucesso do programa.
f) 6° Pilar – Canais de Denúncias: Os canais de comunicação do tipo “canais de
denúncias” fornecem aos funcionários e parceiros comerciais uma forma de alerta a
empresa para potenciais violações ao código de conduta, a outras políticas ou mesmo a
respeito de condutas inadequadas de funcionários ou terceiros que agem em nome da
empresa.
g) 7° Pilar – Investigações Internas: As empresas devem possuir processos internos que
permitam investigações para atender prontamente às denúncias de comportamentos
ilícitos ou antiéticos. garantir que os fatos sejam verificados, responsabilidades
identificadas.
h) 8° Pilar – Diligência adequada (Due Diligence): Due Diligence (ou avaliação prévia
à contratação) para entender de forma abrangente a estrutura societária e situação
financeira do terceiro, bem como levantar histórico dos potenciais agentes e outros
parceiros comerciais, de forma a verificar se estes têm históricos de práticas comerciais
antiéticas ou que, de outra forma, poderá expor a empresa a um negócio inaceitável ou
que envolva riscos legais.
i) 9° Pilar – Auditoria e Monitoramento: A robustez do programa compliance se mede
pela sua efetividade e para saber se o programa está caminhando na direção correta, é
necessário implementar um processo de avaliação constante, chamado monitoramento,

7
bem como auditorias regulares, que visam identificar se os diversos pilares do programa
estão funcionando conforme planejado.

2.1. Beneficiar do programa compliance


Segundo o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (2016) Organizações de
todos os portes podem se beneficiar de um programa de compliance. No entanto, os
riscos principalmente de ordem concorrencial a que uma organização está exposta
variam de acordo com seu porte, posição de mercado, setor de atividades, objetivos. Por
esta razão, não há um modelo único de programa de compliance. Cada programa deve
respeitar as peculiaridades de cada indústria e ser revisto constantemente de modo a
contemplar novos riscos que eventualmente possam surgir, como aqueles decorrentes de
operações de fusões e aquisições, da introdução de um novo produto no mercado ou da
entrada em um novo mercado geográfico com histórico de infrações em defesa da
concorrência.
Além das próprias empresas, a adoção de programas de compliance beneficia terceiros,
entre eles investidores, consumidores e parceiros comerciais, na medida em que garante
que os mercados permaneçam competitivos, previne a ocorrência de infrações e danos
delas decorrentes e evita perda de valor da empresa. Ainda, para as autoridades, a
prevenção é sempre preferível à repressão e representa menor custo à sociedade.
Conselho Administrativo de Defesa Econômica (2016).

2.2. A importância do profissional de Compliance


De acordo com Xavier, Costa Almeida e Soares (2017), existem vários riscos aos quais
as organizações estão expostas por não estarem em compliance, dentre estes estão a
desproteção e escoamento de informações, fraudes, descumprimentos de procedimentos.
Existe ainda o risco de danos à imagem da organização decorrentes de possíveis
envolvimentos em casos de corrupção e demais descumprimento das normas, o que nos
dá uma dimensão da importância da aplicação de um programa de Compliance. Além
do caráter legal, os deveres de Compliance relacionam-se com a observância de
princípios éticos ligados à honestidade e transparência, de forma que a desatenção
desses preceitos certamente possui o condão de acarretar em penalidades à imagem da
empresa e seus gestores.
O gestor de compliance deve dispor de habilidades como capacidade de coordenação,
conhecimento da legislação aplicável ao ramo de atividade da organização,
conhecimento das normas e código de ética da própria organização e claro conhecer a
8
fundo o programa e métodos de aplicação para que o mesmo seja efetivo (Xavier, Costa,
Almeida, & Soares., 2017).

2.3 Os benefícios do programa de compliance para as organizações


A inserção do Compliance como ferramenta que visa à segurança, legalidade e a
padronização dos processos foi percebida como uma evolução que seria latente e cíclica
nas empresas, adquiriu base técnica e científica para fundamentar transformações que
iriam além da teoria, e que seriam agentes transformadores e pioneiros da segurança das
informações, a fim de garantir o controle, treinamento e adequação dos processos para
assegurar o respaldo legal e empresarial (Xavier, Costa, Almeida, & Soares., 2017).

2.4. Vulnerabilidades as quais as organizações estão expostas por não implantarem


programa Compliance
Existem vários riscos aos quais as organizações estão expostas por não estar em
compliance, dentre os riscos, o não cumprimento de normas aplicáveis à organização é
passível de várias sanções. Existem também riscos operacionais, riscos a imagem dentre
outros que podem comprometer a efetividade de uma organização. Esses riscos podem
variar de acordo com o tipo de atividade, porte da empresa e peculiaridades que cada
organização traz.

3. Fiscalidade e Compliance em Moçambique


Evasão Fiscal
Uma das palavras-chaves do nosso estudo é a evasão fiscal ou sonegação fiscal, pois
parte da pesquisa procura o analisar esse choque no sistema tributário, no entanto foi
pertinente discutir esse conceito como se pode olhar abaixo.
De acordo com Franco (2010), evasão fiscal é um conceito amplo que, no essencial,
corresponde à ideia de que há alguém que deveria pagar um imposto mas não o pago,
sem que resulte da transferência para outro sujeito económico do sacrifício fiscal. E
ainda continua o autor afirmando que a fraude fiscal com maior rigor, é um conjunto de
práticas tendentes a reduzir irregularmente o montante do imposto a pagar (por
contabilização viciada, declaração errónea, ocultação parcial da matéria colectável ou de
factos tributários), havendo por vezes tendência para considerar fraudulento, em sentido
amplo, até o comportamento de potenciais contribuintes que pratiquem a evasão ilegal.
Para Ribeiro (1997), Evasão ao imposto consiste precisamente em ocultar o fisco na
totalidade ou parte da matéria colectável, isto é, não a declara ou declara menos do que

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a que possui. Enquanto Leitão (1999), define evasão fiscal como sendo toda e qualquer
Acção ou omissão que possa eliminar ou suprimir, reduzir ou retardar o cumprimento de
uma obrigação tributaria.
Contudo os autores acima são consensuais no conceito da evasão fiscal, deste modo se
pode afirmar que a evasão fiscal constitui prática ilegal que é usado para evitar o
pagamento do imposto, como e o caso do nosso estudo que busca a entender as razões
económicos a cometerem essa infração. Ora, ao longo da pesquisa se notou que e muito
comum os vendedores ou comerciantes infringirem regras de tributação, na medida que
omitem as declarações periódicas e ainda e mas comum quando não emitem as facturas
no acto das vendas de mercadorias.

3.1 Tipos de Evasão Fiscal


Leitão (1999), apresenta os tipos de evasão fiscal, baseados nos ensinamentos de Dória,
que demonstra as várias modalidades de evasão fiscal como podemos descrever a
seguir:
a) Evasão Fiscal Omissiva Impropria
Aquela que pode ser praticada com a intensão ou não de assumir o risco de o produzir, e
consiste num comportamento em que o contribuinte ou vendedor renuncia materializar
ou desenvolver a capacidade económica que esteja sujeita a imposto. Para este estudo, o
consumidor final que tem conhecimento ou não da importância da exigência da factura
nas suas compras acaba consentindo com a sonegação no momento em que em diversas
ocasiões em suas transações não exige a emissão de factura, tendo as vendas ficado sem
nenhum registo de saída.
b) Evasão Fiscal Omissiva por Inacção
Esta pode ser dividida em intencional e não intencional.
 Evasão Fiscal Omissiva por Inacção Intencional acontece quando o contribuinte
intencionalmente deixar de pagar o imposto devido e uma vez verificada a
incidência da norma fiscal, destaca se o intuito de sonegação fiscal, falta ou
atraso recolhimento da liquidação do imposto. Relacionar ao nosso estudo
pensa-se que o agente passivo em alguns momentos comente esse acto, quando
simplesmente não vai a DAF declarar as suas vendas ou quando simplesmente
não faz o registo das mesmas fugindo ao fisco e tem sido crime perante a lei
fiscal.

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 Evasão Fiscal Omissiva por Inacção não Intencional – consiste no facto do
contribuinte de forma inintencional deixar de pagar o imposto por ignorância do
dever fiscal. Essa situação se verifica quando o agente passivo ou o vendedor
não tem informações claras sobre o processo de fracturação de imposto e acaba
se envolvendo no processo.
c) Evasão Fiscal Comissiva- Os contribuintes por meios ilícitos, tendem a
eliminar ou retardar o pagamento do imposto devido havendo sempre intenção
de dolo. Esta forma de evasão devide se em ilícita e licita.
d) Evasão Fiscal Comissiva Ilícita- quando existe um conlui nas decisões de
cometer o dolo e quando se atingem os fins económicos almejados para a
obtenção da poupança fiscal.
e) Evasão Fiscal Comissiva Ilícita- esta é caracterizada na accao individual do
contribuinte, tendendo a por sempre processo lícitos de modo a afastar a
incidência do factor gerador.
Em suma nesses dois actos o que preocupa o contribuinte é a intensão, a acção a
finalidade e o resultado.

4. Principais Teorias
Para demonstrar a validade do estudo é quase indispensável a apresentação das teorias
que comprovam a pertinência do tema e que vão dar suporte ao estudo, nesse sentido
serão apresentadas três teorias que passaremos a discutir a continuação:
a) Teoria da Finalidade dos Impostos Colectados pelo Governo
Esta teoria é defendida por Pereira (s/d), onde afirma que os impostos são criados com o
fim último de satisfação das necessidades públicas, com objectivos fiscais e extrafiscais
(Económicos e Sociais).
Em relação aos objectivos Fiscais o mesmo autor, fundamenta que os impostos visam a
arrecadação de receitas para financiamento de despesas públicas, isto é, satisfação das
necessidades financeiras do Estado, sendo assim, a causa final do imposto e a
capacidade Contributiva que este apresenta no orçamento do Estado para financiar os
gastos públicos.
Quanto aos objectivos sociais preconiza que os impostos visam a repartição justa da
riqueza e dos rendimentos, de modo a reduzir as desigualdades, tendo em conta as
necessidades e rendimentos do agregado social, operando-se assim uma verdadeira
redistribuição de riqueza. Esses fins que o imposto apresenta a criar uma equidade na

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distribuição. Se os impostos contribuem em grande parte no orçamento do estado
claramente que quanto mas rendimento o Estado obter, a redistribuição desse
rendimento será efectuado equitativamente.
Por conseguinte, os objectivos Económicos dos impostos ajudam a combater a inflação
(reduzindo o rendimento disponível e, consequentemente, o consumo, como já é sabido
o rendimento disponível tem uma relação directa com o consumo), obter a selectividade
do consumo (tributando mais pesadamente os consumos nocivos e supérfluos, como o
tabaco, o jogo, certas bebidas e as antiguidades), usar a política de protecionismo
(estabelecendo direitos aduaneiros protectores durante um certo período), incentivar a
poupança e o investimento (indirectamente através dos desagravamentos fiscais). Um
elevando nível de imposto ajudaria os cidadãos a poupar mais devido ao efeito que este
terá no rendimento disponível e no consumo.
De igual modo Pereira (2011), refere que os impostos tem em vista a realiza de fins
públicos. Assim sendo, para o autor a tributação visa a satisfação das necessidades
financeiras do Estado, e de outras entidades públicas, promovendo a justiça social, a
igualdades de oportunidades e as necessárias correções das desigualdades na
redistribuição do rendimento e das riquezas.

b) Teoria da Fiscalidade e Deteção do Contribuinte


Sequeira (2005, citado em Leite, 2011), refere que esta teoria defende, que se deve
montar uma estratégia eficaz de auditoria, baseada em informações específicas do
contribuinte, incluindo características observáveis que tenham correlação com a
responsabilidade tributária, a auditoria deve ser feita por auditores fiscais bem
preparados, justos atuando de forma regular, programada e periódica. Caso sejam
flagrados cometendo a fuga ao fisco propõem que haja punição aos fraudadores mesmo
com o pagamento das multas. Isso porque assume – se, que a sonegação é um acto
criminoso, no entanto quando a fraude é observada os contribuintes são multados num
valor equivalente ao sonegado, feito isso o crime fica nulo.
Similarmente, Pellizari (1990, cit in. Leite, 2011) faz a mesma referência mas com
enfoque a criação de um corpo de auditores fiscais bem preparados moralmente,
juridicamente, tecnicamente, actuando de forma programada, regular, sistemática
permanente e periódica.
Porém, a teoria da consistência ao estudo, visto que contribuirá positivamente na
redução da evasão fiscal do IVA, se for feita a fiscalização mensal e regular dos

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estabelecimentos comerciais da DAf (direcção da aréa fiscal) e a devida punição aos
que omitirem ou não declararem as vendas dos bens e serviços.

c) Teoria da Responsabilidade Fiscal


Pena (2014), defende que o governo deve investir na educação tributária da população,
de modo que os sistemas de Tributação fiquem mais claras, para que o consumidor final
saiba quanto ele paga.
Campos (2010, citado em leite, 2011) alega que é direito do consumidor final saber
quanto paga de tributos, assim como deve saber se os sujeitos passivos efectivamente
recolhe os impostos devidos que estão inseridos no preço da mercadoria. A justificativa
parte da possibilidade de os sujeitos passivos efectuar consultas aos dados do
consumidor final, Sendo assim, o consumidor da mesma forma deve ter um site para
que saiba se os sujeitos passivos estão em dia com suas obrigações. No entanto o
consumidor final estará exercendo o seu papel de exigir as facturas no acto das compras
que culminara evidentemente na providência das necessidades colectivas dos cidadãos,
como o caso da assistência a saúde, educação e defesa nacional.
A ideia por detrás dessa teoria é fazer com que o consumidor final de modo geral se
consciencialize do problema causado pela não emissão e exigência da factura e passe a
ser também fiscalizador exigindo assiduamente a factura sempre que o comerciante não
o fizesse, o que contribuiria na redução da evasão fiscal do imposto. Outra maneira de
vencer esse problema seria a introdução de máquinas fiscais que obrigasse o
consumidor a levar afactura sempre em suas compras, visto que na pesquisa de campo
os consumidores admitiram não emitir aa factura por pressa esquecimento e ate por
desinteresse.

4.1 Órgão de Consulta (Conselho da Fiscalidade)


De acordo com o art. 8 do boletim da republica I serie numero- 35:
1. O Conselho da Fiscalidade é o órgão consultivo e participativo da Autoridade
Tributária que tem por missão analisar e acompanhar a evolução do sistema fiscal e das
políticas tributárias, com vista a que se mantenham como instrumento decisivo de
justiça social.
2. O Conselho da Fiscalidade é presidido pelo Presidente da Autoridade Tributária e
integra os seguintes membros permanentes:
a) O Director-Geral das Alfandegas;
b) O Director-Geral de Impostos;
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c) O Director-Geral dos Serviços Comuns;
d) Outros Directores-Gerais da Autoridade Tributária;
é) Três representantes do sector empresarial;
f ) Peritos de reconhecido mérito, designados pelo Presidente da Autoridade Tributária
em condições a definir por despacho do mesmo.
3. O Presidente do Conselho da Fiscalidade pode convidar a participar nas reuniões
deste Conselho, os Directores-Gerais Adjuntos e Directores de Serviços da Autoridade
Tributária, outros funcionários do Estado, bem como entidades colectivas
representativas de interesses relevantes na área tributária, designadamente
representantes dos trabalhadores e dirigentes da administração tributária, quando os
assuntos agendados respeitarem à organização e funcionamento da Autoridade
Tributária de Moçambique.

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5. Conclusão
Os estudos feitos no referencial bibliográfico apontam que o Compliance, de fato é uma
boa ferramenta de mitigação de riscos e com certeza auxilia na proteção das
informações de uma determinada organização.
Assim, após ter identificado que o programa de compliance é uma base para as
empresas, mas não garante totalmente a proteção das informações nas organizações,
deveria estar sempre atrelado a medidas efetivas de segurança para abrandar os riscos,
como um sistema de TI, que pode se encarregar das atividades rotineiras de nível
operacional da segurança de informações digitais, enquanto a equipe interna de SI se
concentra nas estratégias de apoio aos programas de governança, por exemplo. Assim,
as empresas podem conseguir efeitos muito mais satisfatórios, estando adequadas as
normas, leis, procedimentos e com a garantia que suas informações estão sendo tratadas
corretamente e protegidas. A partir daí, sim, as companhias podem se considerar
seguras de verdade.
Em Moçambique, o cumprimento do pagamento do IVA é fiscalizado pela Direção
Nacional dos impostos e Auditoria. Esse processo e importante principalmente pelo
facto desse imposto possuir características liberais, visto que o vendedor é quem
procede com a autoliquidação partindo do consumidor final que liquida o montante a
pagar por um bem ou serviço prestado.
Para sustentar o descrito acima, a alínea a) a f) do número 4 do artigo 67 da lei 32/2007,
de 31 de Dezembro afirma que a administração fica encarregada essencialmente de
conferir as operações e fiscalizar o funcionamento do sistema, de modo a garantir o
funcionamento da lei e evitar a evasão fiscal.

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6. Referências bibliograficas
Franco, A. L. (2010). Finanças Publicas e Direito Financeiro. Portugal: Coimbra.

Leitão, L. (1999). Estudos de direito fiscal. Portugal: Coimbra.

Leite, L. P. (2011). O sistema tributário Brasileiro: Análise da sonegação fiscal nas


empresas Brasileira. Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Centro
socioeconómico – Departamento de Ciências Económicas. Brasil.

Pena, C. (2014). Apontamentos de Direito Fiscal Moçambicano. Maputo, Moçambique:


Escolar editora.

Ribeiro, J. J. (1997). Lições de Finanças Publicas. Portugal: Coimbra.

Xavier, D. F., Costa, D. P., Almeida, L. O., & Soares., L. B. (2017). Compliance uma
ferramenta estratégica para a segurança das informações nas organizações.
São Paulo; Brasil.

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