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Trabalho HTP

O documento descreve a aplicação de testes projetivos com desenhos (casa, árvore, pessoa) em uma criança de 9 anos para avaliar sua personalidade e relações familiares. Inclui detalhes sobre a identificação da criança, condições da aplicação dos testes, tempo gasto em cada desenho, e observações iniciais da interpretação. O objetivo é contribuir para o aprendizado de alunos de psicologia e avaliar como a criança interage com o meio ambiente e sua individualidade.
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O documento descreve a aplicação de testes projetivos com desenhos (casa, árvore, pessoa) em uma criança de 9 anos para avaliar sua personalidade e relações familiares. Inclui detalhes sobre a identificação da criança, condições da aplicação dos testes, tempo gasto em cada desenho, e observações iniciais da interpretação. O objetivo é contribuir para o aprendizado de alunos de psicologia e avaliar como a criança interage com o meio ambiente e sua individualidade.
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1. INTRODUÇÃO

O objetivo da aplicação desta técnica projetiva inicialmente é de contribuir para o


aprendizado de alunos do curso de Psicologia. Entretanto, não exclui as responsabilidades
ético-profissionais que esta técnica exige e, sendo assim, teve como objetivo primário avaliar
através da projeção dos desenhos da casa-árvore-pessoa-pessoa sexo oposto-família e minha
família o sujeito submetido ao teste, de 9 anos, obtendo informações de como vivencia suas
relações sociais e familiares e, também, como lida com o ambiente e as problemáticas que
nele surgem.
A aplicação do teste foi na Clínica-Escola da UniPaulistana, localizada no bairro do
Paraíso, devidas as condições adequadas à aplicação, com ambiente silencioso, mesa, cadeiras
e sala de observação com microfones. Constituiu-se em duas etapas, a não verbal (solicitação
para desenhos acromáticos já mencionados) e a etapa verbal (inquérito realizado ao final de
cada desenho feito).
Enfatizamos que a avaliação não consiste somente em levantar problemas acerca das
condições de vida do sujeito, mas sim perceber como interage com o meio e, principalmente,
com sua individualidade, já que convive em sistemas familiares, educacionais, sociais, dentre
outros.
De acordo com Kolck, O.L. (1984), o grafismo dos desenhos, quando aplicadas as
técnicas projetivas, são usados “como forma de comunicação” e são condições ótimas para
avaliar a projeção da personalidade, pois o individuo manifesta diretamente aquilo que muitas
vezes nem ele próprio tem conhecimento mas que são aspectos profundos conscientes e
inconscientes do que na sua vida introduziu de mecanismos identificatórios e de introjeção.
Com isso, a técnica pode ser bem utilizada em diversos contextos, como clínicas, no processo
psicoterápico, avaliações psicológicas e psiquiátricas.
Buck, J.N (2003) também coloca que o http “estimula a projeção de elementos da
personalidade e de áreas de conflito dentro da situação terapêutica”, onde os dados colhidos
são avaliados e sua utilização é uma forma de comunicação. Entende-se essa afirmação como
o que é dito e não-dito, o que existe e se manifesta consciente ou inconscientemente no
sujeito.

Justificamos tal avaliação com os ganhos de aprendizado sobre o contexto clínico que
proporciona aos que fizeram as devidas correções conforme padrões e normas da técnica.
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Também pela ampla possibilidade que sugere acerca da personalidade do sujeito, sendo
aparente as necessidades da criança em questão e o quanto a atuação profissional do
Psicólogo pode contribuir para a promoção da saúde, desde que mais pessoas tenham acesso à
tal ciência, que ainda carece de visibilidade social e introdução nas políticas públicas sociais e
de saúde.
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2. CASA – ÁRVORE – PESSOA (TÉCNICAS PROJETIVAS)

O teste aplicado denomina-se HTP (Casa-Árvore-Pessoa), nome proveniente do inglês


House-Tree-Person. É uma técnica projetiva que, conforme descreve Kolck, O. L. (1984)
constitui uma forma de avaliar a projeção da personalidade, onde o sujeito manifesta aspectos
direitos que não tem conhecimento, não quer ou não pode revelar. É interessante atentar-se
para o fato de que existem idéias gerais de interpretação, mas que serão ajustadas a cada caso.

2.1. IDENTIFICAÇÃO DO EXAMINADO

Nome: G. J. J
Idade: 9 anos completos
Data de Nascimento: 23/06/1999
Escolarização: Cursando a 4° série do Ensino Fundamental.

GENETOGRAMA
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Situação Familiar:

Criança tem dois irmãos, uma moça e um rapaz. A irmã tem 16 anos, atualmente
cursando o 3° Ano do Ensino Médio, trabalha como vendedora em uma ótica/bazar; O irmão
tem 18 anos, já concluiu o Ensino Médio e atualmente trabalha como Office Boy.
Reside também junto à mãe, 36 anos, que se denomina solteira, tendo a mesma se
divorciado do primeiro marido (pai dos filhos mais velhos) e depois se envolvido num
relacionamento com o pai da criança, com quem também não permaneceu. Trabalha como
faxineira e cursou até a 8° série do ensino Fundamental. Durante entrevista explicativa sobre a
aplicação do teste e preenchimento da autorização, relata que sofre de epilepsia,
diagnosticada, e faz uso de medicamentos, sendo eles o Tegretol, Rivotril, Fluoxetina e
Bivaracetan.

2.2. CONDIÇÕES DE APLICAÇÃO

O instrumental e teste foi aplicado na Clínica-Escola da UniPaulistana, numa das salas


disponibilizadas para aplicação. Continha na sala uma mesa de tamanho médio, três cadeiras,
que foram disponibilizadas para criança, aplicador e aplicador-auxiliar, um espelho atrás da
criança, de tamanho médio e uma sala espelho, onde ficaram localizados outros observadores.
Notamos no ambiente iluminação e espaço adequados para esta tarefa.
A criança ficou sentada numa cadeira atrás da mesa de aplicação, com lápis que
escolheu e lhe foi disponibilizado. À sua frente o aplicador e ao lado esquerdo em diagonal o
aplicador auxiliar. Também na mesa se encontravam as folhas (posicionadas no local aonde
aplicador iria se sentar) que foram distribuídas conforme término de cada figura.

Data de aplicação: 22/04/2008


Horário: 14h25min.
Tempo: 35 minutos
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3. INTERPRETAÇÃO E OBSERVAÇÃO

Tempo HTP

Casa: Latência: 20’’ segundos. Tempo para completar o desenho 5’ e 49’’segundos.


Árvore: Latência: 10’’ segundos. Tempo para completar o desenho 2’ minutos.
Pessoa: Latência: 2’’ segundos. Tempo para completar o desenho 4’ minutos.

Tempo – Desenhos Adicionais

Pessoa Sexo Oposto: 5’’ segundos. Para completar o desenho 1’ e 45’’segundos.


Uma Família: 3’’ segundos. Tempo para completar o desenho 4’ e 36’’segundos.
Minha Família: 1’’ segundos. Tempo para completar o desenho 3’ e 12’’segundos.

Tempo total:

Tempo usado para completar a casa (20’’ 5’, 49’’), o da árvore (10’’ 2’) e para a pessoa (2’’
4’). Nos desenhos adicionais, para completar a pessoa do sexo oposto (5’’ 1’ e 45’’), para uma
família (3’’ 4’ e 36’’) e para o desenho minha família (1’’ 3’ e 12’’)

APLICAÇÃO:

Aplicador entrega uma folha ao sujeito uma folha na posição horizontal e diz:
E – Desenhe uma casa, casa que você quiser, da melhor forma que puder. O tempo é livre.
O sujeito escolhe o lápis e começa o desenho pelo telhado, desenha as paredes, janelas,
porta e, por último, uma antena acima da casa. Utilizou borracha cerca de 4 vezes. Em
seguida, aplicador fez inquérito do desenho.

Aplicador retira o desenho, entrega outra folha na posição vertical e instrui:


E – Desenhe uma árvore, árvore que você quiser, da melhor forma que puder. O tempo é livre.
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Sujeito começa o desenho pelo tronco, depois desenha a copa da arvore, galhos e
depois introduz alguns frutos. A borracha foi utilizada diversas vezes, principalmente nos
galhos e frutos, uma vez para apagar a copa. Em seguida, aplicador fez inquérito do desenho.

Novamente aplicador retira o desenho, entrega outra folha na posição vertical e instrui:
E – Desenhe uma pessoa, da forma que quiser, da melhor forma que puder. O tempo é livre.
A criança, antes mesmo de finalizarem as instruções, já puxou a folha e iniciou o
desenho. Começa pela cabeça, depois cabelo, tronco, pernas e mãos. Notamos que utilizou a
borracha diversas vezes, principalmente para apagar as mãos, que alternava entre um circulo e
uma mão. Em seguida, aplicador fez inquérito do desenho.

Retirou-se o desenho, foi entregue uma folha na posição vertical, dizendo:


E – desenhe, agora, uma pessoa do sexo oposto a que você desenhou anteriormente, da forma
que quiser, da melhor forma que puder. O tempo é livre.
O sujeito apresentou latência de 5 segundos, mas finalizou o desenho em 1 minuto e
45 segundos, sendo o mais rápido de finalizar. Começou pela cabeça, tronco, pernas, mãos e,
por ultimo, cabelos. Utilizou a borracha duas vezes, apagando o rosto e novamente uma das
mãos. Ao final do desenho:
E – Agora, por favor, poderia escrever aqui na folha (aponta) o que desenhou? Sexo oposto?
Ficou evidente uma dificuldade de escrita, perceptível na dificuldade de manipulação do lápis,
forma errônea de segurar o objeto e palavra escrita errado.
Em seguida, aplicador fez inquérito do desenho.

Após o desenho da figura humana, aplicador questiona:


E – Terminou? Deseja acrescentar algo?
S – Não, terminei.
Em continuidade, aplicador retira o desenho, entrega folha na posição horizontal e
novamente olhando para a criança, instrui:
E – Agora, desenhe uma família. Pode ser a sua família, uma família ideal, uma família
qualquer, do jeito que você quiser. O tempo é livre.
S – (Pausa) Não entendi.
E – Desenhe uma família, qualquer família, pode ser a sua, uma família qualquer, do jeito que
você quiser. O tempo é livre.
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O sujeito desenhou quatro personagens, não se incluindo na figura, denominou como


sendo “uma família”, as pessoas com 12, 13, 10 e 24 anos, respectivamente. Maiores dados no
inquérito. Em seguida, aplicador fez inquérito do desenho.

Após finalizar o desenho da família, aplicador retira o desenho, entrega uma ultima
folha na posição horizontal e diz:
E – Agora, desenhe a sua família, do jeito que você quiser. O tempo é livre.
Sujeito fez primeiro a si mesmo. Percebemos que o desenho que o representa ficou
distante dos demais familiares e, novamente, teve dificuldades para desenhar as mãos,
apagando e refazendo. Questionamos:
E – Percebi que fez um circulo em algumas mãos, aqui também (mostrando desenho da
pessoa e da família), o que é?
S – É um chapéu - pausa – aqui é um boné, um capacete. (Aparente comportamento manifesto
de ansiedade e inquietação).
E – O que significam?
S – Não sei, não gosto de desenhar.
Em seguida, aplicador fez inquérito do desenho.

3.1. CASA

POSIÇÃO DA FOLHA
Virar: Pode indicar tendências a não obedecer a regras, a contrariar as normas, além de
estabelecer regras próprias.

Uso da Borracha: Forma de segurança, além de denotar uma necessidade de perfeição.

TAMANHO
Médio: Auto-estima realista. Consegue desenvolver recursos adequados para lidar com o
meio e consegue usar a agressividade de forma adequada.

LOCALIZAÇÃO
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Inferior direito: Revela praticidade, há planejamento, programação dos desejos e das


necessidades, mas com fortes tendências para serem adiados. Há uma negociação interna
muito concreta.

TRAÇOS
Traço curto (vais e volta): sugere insegurança e realização das necessidades vividas e
efetuadas com muita dificuldade. Revela, também, uma pessoa não assertiva e não agressiva.
Emotividade, ansiedade, falta de confiança em si, timidez, insegurança, hesitação ao encontrar
novas situações, mas também sentido artístico, intuição, sensibilidade (Kolck, O.L. 1984).

PRESSÃO
Médio: Nível de energia e de agressividade adequados..

SIMETRIA
Normal: Adequação entre os impulsos, o indivíduo consegue selecionar a agressividade.

DETALHES
Adequado: Pessoa que lida com os impulsos de forma coerente, há negociação interna.

Telhados com “grades”: Provavelmente, há uma tendência por parte do individuo, em


aprisionar a fantasia, numa tentativa de conter os conteúdos fantasiosos.

Antenas: Tende a apresentar-se extremamente introvertidos e com carência de contato – no


protocolo – Ênfase: Introversão, fantasia.

Parede muito reforçada: Apresenta uma necessidade de reforço do ego para ficar em pé,
para poder dar conta das pressões do meio externo. É compensatório à sensação de fragilidade
egóica – No protocolo – Esforço para manter o controle do Ego.

Parede tênue ou fraca: Revela um ego fraco, pouco estruturado ou desestruturado.

Linha de solo ausente: Contato diminuído com a realidade.


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Porta pequena: Dificuldade de contato tanto de dentro para fora, como de fora para dentro.
Pode denotar uma pessoa muito reservada – No protocolo – Reserva, inadequação, indecisão.

Fechadura: Indício de dificuldade de contato com o meio externo, ou seja, para sair e para
entrar é preciso primeiro o contato com a fechadura – No protocolo – Atitude defensiva.

Sombreamento do detalhe: Excessivo – Ansiedade.

Qualidade da linha forte: Tensão, ansiedade, energia, organicidade.

Qualidade da linha leve: Hesitação, medo, insegurança, ego fraco.

Resistências: Sentida através do “não completamento do desenho feito” (Kolck, O. L. 1984).

SÍNTESE INTERPRETATIVA

Através da análise do desenho da casa, acromática, é possível notar que o sujeito


consegue selecionar a agressividade e utilizá-la adequadamente, ao mesmo tempo em que seu
comportamento sugere insegurança e que suas necessidades são realizadas e supridas com
dificuldade. Essa insegurança também está mesclada com grau de ansiedade e hesitação,
principalmente ao encontrar novas situações.
Em relação à estrutura egóica, demonstra contato diminuído com a realidade e um ego
enfraquecido, desestruturado, ao passo que apresenta necessidade de esforço para manter o
controle do ego. De acordo com sua idade, os dados sugerem rejeição do ambiente familiar e
pouca estimulação do meio, gerando uma carência de contato e fazendo com que se mantenha
introvertido.
Traços como hesitação, insegurança, atitude defensiva e dificuldade com o meio
externo podem ser notados no desenho, assim como, um predomínio da fantasia e ansiedade
considerável.
Com base na análise do desenho, e possível sugerir necessidade de receber atenção,
contato e intensificação da estimulação, assim como, ser reforçado e aprovado no meio.
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3.2. ÁRVORE

POSIÇÃO DA FOLHA
Virar: Pode indicar tendências a não obedecer a regras, a contrariar as normas, além de
estabelecer regras próprias.

Uso da Borracha: Sujeito apresenta muita dificuldade em elaborar as partes periféricas do


desenho, que diz respeito ao contato com a realidade, bem como as partes de envolvimento
com as pessoas e coisas. Também apresenta insegurança quando apaga e desenha os galhos
por diversas vezes, além de desenhar 8 frutos apagando na seqüência o 5° fruto.

TAMANHO
Pequeno: revela insegurança, retraimento, descontentamento, regressão.

LOCALIZAÇÃO
Inferior direita: pode revelar Concretismo, depressão, insegurança, inadequação.

TRAÇOS
Traços leves: revela hesitação, medo, insegurança, força do ego fraca.

PRESSÃO
Médio: Nível de energia e de agressividade adequados. Contudo revela grande esforço e
desgastes de energia para conter tal agressividade.

DETALHES
Adequado: Pessoa que lida com os impulsos, o indivíduo consegue selecionar a
agressividade.

Árvore sem cortes: vazão de sentimentos, os desejos, a realização passa sem nenhum crivo
ou censura.

Copa proporcional: sem cortes que revela vazão de sentimentos, dificuldades de


comprometer-se com as coisas. Não há uma barra de limite para os sentimentos, excesso de
fantasia.
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Obs. infelizmente não consegui encontrar interpretação para esse tipo de copa.

Base larga: dependência.

Tronco longo: regressão, adequação.

Galhos frágeis e finos aparentemente mortos: incapacidade, possibilidade de suicido.

Raízes omitidas: insegurança.

Frutos: Dependência. Necessidade de satisfação imediata,

Isolamento: Revela solidão ou mesmo a fantasia.

Sombreamento do detalhe: Excessivo, insegurança, incerteza, Ansiedade.

Qualidade da linha forte: tensão, ansiedade, energia, organicidade.

Resistências: Apresentadas nas áreas de contato com a realidade, principalmente no


movimento de pagar e refazer os galhos. Além de um visível não envolvimento durante o
inquérito.

SÍNTESE INTERPRETATIVA

Por meio da análise dos dados obtidos na figura da árvore, foi possível perceber que o
sujeito utiliza-se do mecanismo de fantasias como meio de satisfação e compensação.
É possível ainda perceber que o sujeito apresenta uma maior vivência interna
encontrando dificuldade em lidar com o meio, sendo perceptível ainda que o mesmo se isole o
que nos leva a compreender sua insegurança, e sua baixa auto-estima.
Com relação à estruturação egóica, o sujeito apresenta novamente uma estrutura
fragilizada que se utiliza de energia em excesso para suprir suas necessidades. Apresentando
insegurança, incerteza e dependência.
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Assim sendo, precisa de maior estimulação do meio, além de maior interação


relacional familiar e nos contextos em que se encontra inserido, como a escola, casa de
parentes, maiores solicitação de sua participação na construção de projetos futuro, contudo
enfatizado e o embasando na realidade.

3.3. PESSOA

POSIÇÃO DA FOLHA
Virar: Pode indicar tendências a não obedecer a regras, a contrariar as normas, além de
estabelecer regras próprias.

Uso da Borracha: Forma de segurança, além de denotar uma necessidade de perfeição.

TAMANHO
Muito Pequeno: Indica uma pessoa com tendências a sentir-se incapaz, insegura e
inadequada para enfrentar as situações do ambiente. Indica também, que essa pessoa tem a
tendência de somatizar doenças, devido a indisponibilidade de recursos internos para colocar
para fora a agressividade necessária para lidar com o meio. Sua agressividade acaba voltando
para si pela impossibilidade de ser exteriorizada.

LOCALIZAÇÃO
Inferior direito: Revela praticidade, há planejamento, programação dos desejos e das
necessidades, mas com fortes tendências para serem adiados. Há uma negociação interna
muito concreta.

TRAÇOS
Traço curto (vais e volta): sugere insegurança e realização das necessidades vividas e
efetuadas com muita dificuldade. Revela, também, uma pessoa não assertiva e não agressiva.
Emotividade, ansiedade, falta de confiança em si, timidez, insegurança, hesitação ao encontrar
novas situações, mas também sentido artístico, intuição, sensibilidade (Kolck, O.L. 1984).
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PRESSÃO
Fraco: indivíduos deprimidos, nível energético precário, a energia psíquica esta aprisionada
em outro lugar e não para a vida.

SIMETRIA
Normal: Adequação entre os impulsos, o indivíduo consegue selecionar a agressividade.
DETALHES

Adequado: Pessoa que lida com os impulsos de forma coerente e há negociação interna.

Cabeça: Mostra-se um pouco pequena em relação ao corpo o que pode indicar uma
debilidade intelectual.

Olhos Grandes e sem pupila: Está ligado não ao narcisismo, mas sim na sua alto-estima
rebaixada como se não se deseja ser visto pelo mundo.

Pescoço: Desenhado de forma longa o que demonstra um controle dos impulsos e a demora
do desejo em ser realizado em conseqüência uma intensidade diminuída.

Cabelo: O cabelo é desenhado através de pequenos fios com o desenho quase careca o que
implica em uma visão de sexualidade, vitalidade e virilidade diminuída.

Braços: São desenhados de forma aberta como se se espera algo cair do céu, sentimento de
impotência e de total passividade frente a satisfação dos seus desejos.

Mãos: Foram desenhadas com a palma grande e com dedos pequenos o que implica em não
ter um contato refinado ao toque e ao ato de pegar.

Omissão das mãos: uma das mãos foi desenhada com um circulo em seu lugar tendo apagado
esta parte do desenho varias vezes e tendo dificuldade de nomear o que seria este circulo
tendo trocado o seu significado por chapéu, capacete, bolsa e bola o que pode este implicado
tanto em uma culpa masturbatória ou em não conseguir se masturbar; como se a sua sensação
de prazer estive-se presa e ligado a omissão da agressividade e ou dificuldade de contato
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afetivo, o que se evidencia pelo ato de desenhar este circulo somente no desenho do sexo
masculino e não no desenho do sexo feminino o que esta ligado a si mesmo e na dificuldade
de contato com o sexo oposto.

Perna de forma junta: rigidez, tensão.

Pés: Estão desenhados para o lado direito o que está ligado em um contato mais racional do
que emotivo ou fantasioso com o mundo.

Qualidade da linha leve: hesitação, medo, insegurança, ego fraco.

SÍNTESE INTERPRETATIVA

Através da análise dos dados acima observados sobre a pessoa é notada a auto-estima
rebaixada do individuo e sua dificuldade de contato com o mundo externo, é extremamente
racional em suas decisões o que passa a afastar ou adiar seus desejos o que acaba por calar ou
aprisionar seu lado mais emotivo e instintivo.
Pela sua dificuldade de relacionar-se com os demais e em verbalizar o que sente pela
razão de justificar seus desejos e lhe dar outras vias (sublimação e narcisismo) se não à
realização natural de tais, torna-se um individuo passivo voltando sua agressividade para si
mesmo rebaixando a visão que tem acerca de si e das pessoas que tem ao seu redor.
Tem forte dificuldade em lidar consigo mesmo sexualmente, nos desenhos acima
observados apaga uma das mãos a substituindo por um circulo ou por formas que omitem o
desenho da mão fazendo isso somente no desenho de sexo masculino e não no de sexo oposto
o que indica uma culpa masturbatória e uma dificuldade de contato sexual consigo mesmo,
com a idade que tem inicia-se a descoberta de seu corpo, porém, este o está negando ou se
distanciando de tal o que pode também estar ligado ao seu afastamento social. É
recomendável um acompanhamento com este individuo acerca de suas qualidades e
potencialidades o que segundo a análise esta muito deturpada.
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3.4. PESSOA SEXO OPOSTO

POSIÇÃO DA FOLHA
Virar: Pode indicar tendências a não obedecer a regras, a contrariar as normas, além de
estabelecer regras próprias.
Uso da Borracha: Sujeito apresenta muita dificuldade em concluir o desenho, na região do
pescoço e das mãos, o que revela certa necessidade de perfeição, além de insegurança.

TAMANHO
Pequeno: revela insegurança, retraimento, descontentamento, regressão.

LOCALIZAÇÃO
Inferior Central: concretismo, depressão, insegurança, inadequação.

TRAÇOS
Traço curto pequenos: revela medo de errar, dificuldade em conter os traços, revelando
ainda insegurança.

PRESSÃO
Médio: Nível de energia e de agressividade adequados. Contudo revela grande esforço e
desgastes de energia para conter tal agressividade.

DETALHES
Adequado: Pessoa que lida com os impulsos de forma coerente há negociação interna.

Cabeça: Normal, contudo muito reforçada o que pode sugerir um ego frágil que se recobre de
todas as defesas possíveis para proteger o individuo. Revela, ainda que encontre dificuldade,
que consegue desenvolver atividades individuais normalmente, consegue ainda, apesar de
apresentar um difícil contato com o meio, organizar e equilibrar internamente o racional e o
emocional.

Cabelos enfatizados ou omitidos: preocupações sexuais.


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Olhos pequenos ou simplesmente assinalados: existe perda do elemento observacional, ou


seja, está voltado para o interno (Mito de Narciso), ligação com o perfil do psicopata, não
consegue considerar o mundo, não consegue falar, olha para dentro se afastando do contato,
ou do convívio social.

Orelhas omitidas: se não desenhar não tem problema, significa órgão de contato com o
externo. Quando enfatizada revela algo difícil de ouvir, ou se tem algo que precisa ser ouvido
e nunca é falado, nunca será ouvido.

Ênfase na boca: dependência comum em crianças pequenas.

Nariz pequeno: O nariz é considerado como símbolo fálico (referente ao poder).

Braços abertos e finos: dependência, organicidade. Pode ainda revelar sentimento de


impotência, dependência e total passividade frente à satisfação de seus desejos.

Ombros quadrados: hostilidade.

Mãos com palmas grandes e dedos pequenos: Revela novamente um sujeito que tem seus
órgãos de contato com o mundo externo totalmente embrutecido, revela ainda uma
necessidade de maior estimulação do meio para maior contato com a emotividade.

Na ponta dos pés: Apresenta dificuldade no contato com a realidade buscando como meio de
satisfação e compensação a fantasia, contato com as pessoas empobrecido.

Pernas instáveis: insegurança, dependência.

Sombreamento do detalhe: Excessivo, insegurança, incerteza, – Ansiedade.

Qualidade da linha forte: Conflito interno, ansiedade, energia desajustada, organicidade.

Resistências: Notada resistência através de um visível não envolvimento durante o inquérito.


Utiliza-se de meios para responder algumas questões mais relevantes, sendo objetivo, por
exemplo, quando simplesmente responde: não sei nada.
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SÍNTESE INTERPRETATIVA

Por meio da análise dos dados obtidos na figura humana do sexo oposto, foi possível
perceber que o sujeito apresenta grande dificuldade com relação a sua autoconfiança e auto-
estima. Além de apresentar uma grande dependência, insegurança e necessidade de aprovação
do meio externo, durante a aplicação por diversas vezes o sujeito olhava o aplicador,
perguntando às vezes se estava correto.
Foi possível perceber ainda uma grande dificuldade em relacionar-se com o meio, o
sujeito tem uma grande vivência internamente, por meio de fantasias. Apresenta grande
esforço para conter alguns conflitos internos inconscientes, mas consegue desenvolver
atividades adequadamente.
No que diz respeito ao ego, sugere fragilidade, se utilizando de muitos cursos de
defesa possível, que vão desde retraimento, isolamento e insegurança, até mesmo fantasias.

3.5. UMA FAMÍLIA

POSIÇÃO DA FOLHA
Virar: Pode indicar tendências a não obedecer a regras, a contrariar as normas, além de
estabelecer regras próprias.
Uso da Borracha: Forma de segurança, além de denotar uma necessidade de perfeição.

TAMANHO
Muito Pequeno: Indica uma pessoa com tendências a sentir-se incapaz, insegura e
inadequada para enfrentar as situações do ambiente. Indica também, que essa pessoa tem a
tendência de somatizar doenças, devido a indisponibilidade de recursos internos para colocar
para fora a agressividade necessária para lidar com o meio. Sua agressividade acaba voltando
para si pela impossibilidade de ser exteriorizada.

LOCALIZAÇÃO
Inferior Direito: No desenho de 3 indivíduos do total de 4 são feito na parte inferior direita da
folha (sendo 2 do sexo masculino e 1 do sexo feminino) e 1 do lado inferior esquerdo da folha
(do sexo feminino) o que demonstra mais praticidade, programação e planejamento por parte
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do individuo com programação dos desejos e das necessidades, mas com forte tendência para
ser adiado do que para o lado da fantasia e do instinto.

Traço curto (vais e volta): sugere insegurança e realização das necessidades vividas e
efetuadas com muita dificuldade. Revela, também, uma pessoa não assertiva e não agressiva.
Emotividade, ansiedade, falta de confiança em si, timidez, insegurança, hesitação ao encontrar
novas situações, mas também sentido artístico, intuição, sensibilidade (Kolck, O.L. 1984).

PRESSÃO
Fraco: indivíduos deprimidos, nível energético precário, a energia psíquica esta aprisionada
em outro lugar e não para a vida.

SIMETRIA
Normal: Adequação entre os impulsos, o indivíduo consegue selecionar a agressividade.

DETALHES
Adequado: Pessoa que lida com os impulsos de forma coerente e há negociação interna.

Cabeça: Mostra-se um pouco pequena em relação ao corpo o que pode indicar uma
debilidade intelectual.

Olhos pequenos: existe perda do elemento observacional, ou seja, está voltado para o interno,
ligação com o perfil de Psicopata, não consegue considerar o mundo, não consegue falar,
olhar para dentro se afastando do contato, ou do convívio social.

Pescoço: Desenhado de forma longa o que demonstra um controle dos impulsos e a demora
do desejo em ser realizado em conseqüência uma intensidade diminuída.

Cabelo: O cabelo é desenhado através de pequenos fios com o desenho quase careca o que
implica em uma visão de sexualidade, vitalidade e virilidade diminuída.

Braços: São desenhados de forma aberta como se se espera algo cair do céu, sentimento de
impotência e de total passividade frente à satisfação dos seus desejos.
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Mãos: Foram desenhadas com a palma grande e com dedos pequenos o que implica em não
ter um contato refinado ao toque e ao ato de pegar.

Omissão das mãos: uma das mãos foi desenhada com um circulo em seu lugar tendo apagado
esta parte do desenho varias vezes e tendo dificuldade de nomear o que seria este circulo
tendo trocado o seu significado por chapéu, capacete, bolsa e bola o que pode este implicado
tanto em uma culpa masturbatória ou em não conseguir se masturbar; como se a sua sensação
de prazer estive-se presa e ligado a omissão da agressividade e ou dificuldade de contato
afetivo, o que se evidencia pelo ato de desenhar este circulo somente no desenho do sexo
masculino e não no desenho do sexo feminino o que esta ligado a si mesmo e na dificuldade
de contato com o sexo oposto.

Pernas de forma junta: rigidez, tensão.

Pés: Estão desenhados para o lado direito o que está ligado em um contato mais racional do
que emotivo ou fantasioso com o mundo.

Qualidade da linha leve: hesitação, medo, insegurança, ego fraco.

SÍNTESE INTERPRETATIVA

Semelhante ao desenho da pessoa aqui se mostra de forma mais clara a racionalização


de suas emoções e impulsos, todos os desenhos foram desenhados de forma quase que
idêntica se diferenciando somente pela forma de cabelo, tal falta de diferenciação pode estar
ligado a sua idade (9 anos) em que as mudanças físicas entre meninos e meninos não é tão
avançada. Levando em consideração os traços do desenho todos foram feitos de forma fraca
o que demonstra insegurança sobre si porem o desenho dos olhos foi modificado ao do
desenho da pessoa original, foram desenhados olhos pequenos ao contrario ao olho grande e
sem pupila que desenhou na pessoa de sexo masculino (a si próprio), o que pode representar a
sua percepção acerca das demais pessoas como se elas olhassem somente para si mesmas e
não mais para ele o que pode caracterizar o seu desenho não querer ser olhado pelos demais.
Foram desenhados novamente círculos no lugar das mãos, sempre nos indivíduos do
sexo masculino e em somente uma das mãos o que fortifica a culpa masturbatória e a sua
dificuldade de contato afetivo provido provavelmente de seu contexto familiar empobrecido.
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Assim como no desenho da pessoa sugere-se um que seja motivado o seu contato
consigo mesmo para que fique claro as suas possibilidades o que auxiliaria em uma visão
mais rica de si e em conseqüência dos demais indivíduos que o cercam.

3.6. MINHA FAMÍLIA

POSIÇÃO DA FOLHA
Virar: Pode indicar tendências à não obedecer a regras, a contrariar as normas, além de
estabelecer regras próprias.

TAMANHO
Muito Pequeno: Indica uma pessoa com tendências a sentir-se incapaz, insegura e
inadequada para enfrentar as situações do ambiente. Indicam também, que essa pessoa tem a
tendência de somatizar doenças, devido a indisponibilidade de recursos internos para colocar
para fora a agressividade necessária para lidar com o meio. Sua agressividade acaba voltando
para si pela impossibilidade de ser exteriorizada.

LOCALIZAÇÃO
Inferior Esquerdo: Foi realizado um desenho de 4 pessoas, sendo 1 representado pelo
desenhando e os outros seus familiares, que são 2 do sexo feminino e 1 do sexo masculino
(mãe, irmão e irmã). Indica uma pessoa com tendências egocêntricas e imaturidade, porém
com o imediatismo exacerbado, ou seja, aqui e agora. Essa pessoa busca satisfação do desejo
no externo, na realidade. Tendência a “sanguessuga”

Traço curto (vais e volta): sugere insegurança e realização das necessidades vividas e
efetuadas com muita dificuldade. Revela, também, uma pessoa não assertiva e não agressiva.

PRESSÃO
Fraco: indivíduos deprimidos, nível energético precário, a energia psíquica esta aprisionada
em outro lugar e não para a vida.
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SIMETRIA
Normal: Adequação entre os impulsos, o indivíduo consegue selecionar a agressividade.

DETALHES
Adequado: Pessoa que lida com os impulsos de forma coerente e há negociação interna.

Cabeça: Mostra-se um pouco pequena em relação ao corpo o que pode indicar uma
debilidade intelectual.

Olhos pequenos: Desenhado apenas um pontinho preto significa retraimento.

Pescoço: Desenhado de forma longa o que demonstra um controle dos impulsos e a demora
do desejo em ser realizada em conseqüência uma intensidade diminuída.

Cabelo: O cabelo é desenhado através de pequenos fios com o desenho quase careca o que
implica em uma visão de sexualidade, vitalidade e virilidade diminuída.

Braços: São desenhados de forma aberta como se parecesse que há algo embaixo dos mesmos
deixando as axilas suspensas. Sentimento de impotência e de total passividade frente à
satisfação dos seus desejos.

Mãos: Foram desenhadas com a palma em forma arredondada, uma das mãos que é o próprio
desenhando, no lugar dos dedos fez uma bolsa, omitindo os dedos, o que caracteriza uma
agressividade reprimida.

Pernas de forma junta: rigidez, tensão.

Pés: Está desenhado para o lado direito o que está ligado em um contato mais racional do que
emotivo ou fantasioso com o mundo.

Qualidade da linha leve: hesitação, medo, insegurança, ego fraco.


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SINTESE INTERPRETATIVA

Semelhante aos desenhos da pessoa e ao da família, pode-se observar a racionalização


de suas emoções e dos seus impulsos. Observou-se também que os traços dos desenhos foram
realizados de forma fraca, sugerindo que pode ter uma tendência a ser deprimido e seu nível
energético precário, a energia psíquica está aprisionada em outro lugar e não para a vida.
Levamos em consideração sua idade que é de 9 anos, e dentre esta fase existe a
questão das mudanças físicas entre meninos e meninas desta faixa.

SÍNTESE – FINAL

* A síntese final foi composta basicamente pela avaliação dos desenhos da Casa-Árvore-
Pessoa, constituintes do teste projetivo HTP. Os demais foram levados em consideração
enquanto traçado e características semelhantes, mas não foram determinantes para
composição.

Através de análise dos desenhos feitos por G., foi possível perceber uma resistência ao
desenhar que podem estar ligada ao conteúdo emocional trazido pelos mesmos ou pela
necessidade de aprovação e insegurança, comportamentos que surgiram na avaliação do teste.
Exemplifica-se esta resistência pelo empobrecimento das figuras e as respostas automáticas
quando do inquérito, como “não sei nada”.
Percebe-se através dos desenhos um ambiente familiar não acolhedor e com provável
rejeição no lar, notada através da pouca estimulação do meio e carência de contato. É possível
sugerir que consegue selecionar a agressividade e utilizá-la adequadamente, embora os
desenhos apontem que acaba voltando esta agressividade para si.
Seu comportamento sugere também insegurança, ansiedade e hesitação, quando se
depara com novas situações e, com isso, fica aparente que predomina a fantasia como
mecanismo de satisfação e compensação. Sua vivência interna faz com que encontre
dificuldade em lidar com o meio, levando-se a isolar-se, onde fica evidente novamente a
insegurança e auto-estima rebaixada, com incertezas percebidas também no final de cada
desenho, que após terminar demonstrava dúvidas e queria ser aprovado da assertividade.
Os dados obtidos através do desenho da pessoa também mostram que G. apresenta
dificuldade de contato com o meio externo e que afasta ou adia seus desejos, acabando por
aprisionar seu lado emotivo e instintivo. Com isso, pode aparecer dificuldade em relacionar-se
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com os demais, tornando-se um individuo passivo que volta a agressividade para si mesmo,
rebaixando a visão que tem acerca de si e das pessoas que tem ao seu redor.
Diante do exposto, observa-se uma necessidade de contato afetivo/emocional e de
relações sociais favoráveis, estimulatórias. Acredita-se que devido à sua idade (9 anos) e o
período de desenvolvimento que se encontra, mostra-se adaptado ao meio, mas com
sentimentos de empobrecimento e diminuídos recursos internos para que consiga lidar com as
exigências da realidade, onde surgem dificuldades de manejo e de independência. Também
relacionado à sua fase desenvolvimental e à questão de gênero, foram notados nos desenhos
deturpações na figura masculina, que sugere sentimento de culpa masturbatória e dificuldades
em lidar com seu próprio corpo.
Por fim, recomendaríamos para acompanhamento desta criança intensificação da
estimulação, contato, ser reforçado adequadamente. Estimulá-lo entende-se nos contextos que
está inserido, como família, educacional, parentes, maiores solicitações de sua participação na
construção de projetos futuros, assim como, reforçar nele suas qualidades e potencialidades
levando-se em conta o trabalho com o corpo, a auto-imagem e auto-estima.
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4. ERROS DE APLICAÇÃO

Embora os participantes do grupo estivessem atentos para a aplicação do teste,


notamos que algumas situações interferiram e/ou causaram algum tipo de alteração
comportamental no sujeito, às quais são colocadas aqui como os erros de aplicação em forma
de tópicos.

 No desenho da casa, sujeito solicitou a borracha e, após o uso, aplicador não a retirou.
Notamos que a criança ficou segurando por alguns segundos e o fato de estar de posse
da borracha intensificou o uso.
 No momento da aplicação do desenho da árvore, aplicador atentou-se por um tempo
nas questões, onde foram percebidas expressões faciais na criança, como frisar os
olhos, colocando depois o lápis na boca, posteriormente voltava a desenhar. Embaixo
da mesa fazia movimentos repetidos alternando em intensidade.
 Quando da aplicação do desenho da família, aplicador gesticulou rapidamente com o
aplicador auxiliar, mas este simples fato fez com que a criança notasse os gestos,
balançando os pés. Logo em seguida retornou a desenhar.
 Embora não fosse algo consciente no momento, somente pontuado depois, foi
percebido que o aplicador acabava repetindo algumas respostas da criança, como que
para consolidar a resposta, coisa que não sabemos se está correta numa aplicação de
teste psicológico.
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5. REFERÊNCIAS

BUCK, J.N. HTP: Manual e Guia de Interpretação. São Paulo: Vetor, 2003

KOLCK, O.L. Testes Projetivos Gráficos no Diagnóstico Clínico. São Paulo: EPU, 1984.

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