PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Gleidson Gustavo Santos Durães
Gustavo Chaves Peixoto
Paulo Henrique Trindade
Talita Cristiane Arruda Silva
RELATÓRIO: TORNEAMENTO E FRESAMENTO
Contagem
2022
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Gleidson Gustavo Santos Durães
Gustavo Chaves Peixoto
Paulo Henrique Trindade
Talita Cristiane Arruda Silva
TORNEAMENTO E FRESAMENTO
Relatório referente à quarta prática
realizada no Laboratório de
Conformação e Usinagem no dia 04 de
março de 2022, cujo tema é:
Torneamento e Fresamento, sendo
este solicitado pelo Professor Gilmar
Cordeiro da Silva.
Contagem
2022
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Placa de 3 castanhas................................................................................................................ 8
Figura 2: Placa de 4 castanhas................................................................................................................ 8
Figura 3: "Castelo" porta ferramentas ................................................................................................... 9
Figura 4: Carro longitudinal e carro transversal .................................................................................... 9
Figura 5: Cabeçote móvel ..................................................................................................................... 10
Figura 6: Luneta móvel ......................................................................................................................... 10
Figura 7: Luneta fixa ............................................................................................................................. 10
Figura 8: Caixa de redução ................................................................................................................... 11
Figura 9; Alavanca rotação ................................................................................................................... 11
Figura 10; Alavanca avanço .................................................................................................................. 11
Figura 11: Tabela rotações ................................................................................................................... 12
Figura 12: Tabela avanço e rosca ......................................................................................................... 12
Figura 13: Tabela padrão de roscas ..................................................................................................... 12
Figura 14: Operação torneamento longitudinal .................................................................................. 13
Figura 15: Representação torneamento de um cone através do deslocando transversal da contra
ponta ..................................................................................................................................................... 14
Figura 16: Diâmetro inicial ................................................................................................................... 14
Figura 17: Diâmetro menor .................................................................................................................. 14
Figura 18: Seletor de rotação ............................................................................................................... 15
Figura 19: Volante avanço da mesa ..................................................................................................... 15
Figura 20: Seletor sentido de giro ........................................................................................................ 15
Figura 21: Divisor universal .................................................................................................................. 16
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SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS ........................................................................................................................... 3
RESUMO ............................................................................................................................................... 5
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 6
OBJETIVO............................................................................................................................................. 7
DESENVOLVIMENTO......................................................................................................................... 8
Materiais utilizado .......................................................................................................................... 8
Prática de Tornearia ...................................................................................................................... 8
Prática de Fresagem .................................................................................................................... 14
CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 17
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RESUMO
A usinagem compreende o processo de desgaste mecânico que visa dar forma
a uma peça, seja ela metálica ou não, esse material chamamos de matéria-prima.
Existem vários processos de usinagem, entre eles o serramento, aplainamento,
torneamento, fresamento (ou fresagem), furação, brochamento, eletroerosão, entre
outros. A usinagem começou em tempos remotos com processos totalmente manuais
e hoje em dia evoluiu muito com o uso de máquinas de alta precisão, como é o caso
das chamadas CNC (comando numérico computadorizado), com uma precisão que
chega a ser tão pequena quanto a 1 mícron. Hoje em dia, a usinagem está presente
em diversas indústrias, como a automotiva, a naval, a aeroespacial, a eletrônica, a de
eletrodomésticos. No presente relatório, os processos apresentados são de
torneamento e fresamento. Onde o Torneamento pode ser definido como um processo
usado para fabricar peças cilíndricas, no qual a ferramenta desenvolve um
deslocamento linear, enquanto a peça exerce um movimento rotacional. E o
fresamento pode ser definido como a operação de usinagem na qual a ferramenta
apresenta arestas cortantes ao redor do seu eixo e gira com movimento uniforme para
arrancar o cavaco.
Palavras-Chave: Usinagem. Torneamento. Fresamento.
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INTRODUÇÃO
Os processos de usinagem são conhecidos no mundo todo e podem ser muito
úteis para os mais diversos setores industriais existentes hoje em dia. Duas das
técnicas mais utilizadas são o fresamento e torneamento.
O fresamento é uma das operações de usinagem mais comum, sendo utilizada
em diversos setores industriais e tem como objetivo retirar o excesso de material da
superfície de uma peça para dar a forma e acabamento necessário. No entanto, vale
ressaltar que o processo de fresamento pode se diferenciar entre frontal ou periférico,
de acordo com as necessidades do trabalho.
O torneamento é um dos processos de usinagem mais utilizados, hoje em dia
e consiste na combinação de dois movimentos: rotação da peça e movimento de
avanço da ferramenta. Essa ferramenta se chama torno mecânico e é operado por um
metalúrgico com experiência, a fim de dar forma a peça no molde. Em alguns casos,
a peça pode ser estacionária, com a ferramenta girando sobre ela, porém o princípio
é o mesmo.
Os processos de fresamento e torneamento são muito utilizados em diversos
setores industriais, indo desde indústrias de eletrodomésticos a indústria naval.
As máquinas e processos utilizados no fresamento e torneamento são de alto
nível de modernidade e tecnologia e, dessa forma, conseguem oferecer aos clientes
peças de acordo com o que eles esperam. O fresamento e torneamento segue
projetos específicos, trazidos até as empresas responsáveis por esses processos,
para que as peças fabricadas consigam suprir com as necessidades dos clientes.
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OBJETIVO
Esta prática tem como seu principal objetivo proporcionar um maior
entendimento dos conhecimentos envoltos nos processos de torneamento e
fresamento.
Desta forma, busca-se descrever e detalhar os conhecimentos adquiridos em
práticas ministradas pelo professor Gilmar, em laboratório nos dias 25/02/22 e
04/03/2022.
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DESENVOLVIMENTO
Materiais e equipamentos
Para realização desta prática foram utilizados os seguintes materiais:
• Torno universal
• Luneta fixa
• Luneta móvel
• Fresadora universal
• Divisor universal
• Cilindro de metal
• Chaves combinadas de 19, 24, 26 𝑚𝑚
• Paquímetro digital
• Relógio comparador
Prática de Tornearia
Primeiramente, foi apresentado pelo professor o torno universal, onde pode-se
observar na prática as 4 informações que devem ser especificadas antes de escolher
o torno ideal para a operação, são elas o diâmetro do eixo árvore, o comprimento do
barramento, e altura do centro do eixo árvore, e a potência exercida pelo mesmo.
Posteriormente foi apresentado cada componente do torno assim como seus
acessórios disponíveis no laboratório. Desta forma, iniciando-se pela maneira de
fixação foram apresentadas as placas de 3 ou 4 castanhas (figuras 1 e 2
respectivamente);
Figura 1: Placa de 3 castanhas Figura 2: Placa de 4 castanhas
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A placa de 3 castanhas é utilizada na maioria dos casos, seu funcionamento é
chamado dependente, pois as castanhas movimentam de forma simultânea e
mantendo a peça a ser usinada sempre no centro exato do eixo árvore. Em
contrapartida a de 4 castanhas se movimenta de forma independente, sendo
comumente utilizada para centralização de peças não cilíndricas e retangulares,
torneamento de mancais bipartidos ou eixos excêntricos.
Logo depois foram apresentados o castelo (porta ferramentas) onde é fixada a
ferramenta de corte a ser utilizada (figura 3 abaixo). Este possui 4 pontos de fixação
e pode ser inclinado informalmente a qualquer angulação de trabalho. Sendo ideal
para a operação de faceamento.
Figura 3: "Castelo" porta ferramentas
Já na figura 4 abaixo é possível observa o carro de ajuste longitudinal e carro
manual transversal. Desta forma pode -se realizar o cálculo para identificar a relação
o colar de ajuste transversal através do passe de rosca e número de divisões do colar.
Figura 4: Carro longitudinal e carro transversal
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Foi apresentado também o cabeçote móvel (figura 5) onde é acoplada a
contra ponta ou mandril de trabalho. Este possui a finalidade de dar apoio a peças
cujo comprimento longitudinal ultrapassa a relação de 1/3 do diâmetro.
Figura 5: Cabeçote móvel
Dentre os acessórios apresentados destacam-se as lunetas móvel e fixa
(figuras 6 e 7 respectivamente):
Figura 6: Luneta móvel Figura 7: Luneta fixa
As lunetas são utilizadas para usinar eixos longos e finos, fusos longos, e
para usinagem de canais em eixos longos. Elas servem como um apoio mediano
para evitar a vibração excessiva na extensão de corte no caso da luneta móvel, ou
servir de apoio e limitação como no caso da luneta fixa.
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Partindo para a parte de acionamento foram mostradas as reduções e
transmissões do torno através dos engrenamentos responsáveis pela transmissão do
movimento do motor (figura 8). Este movimento também pode ser regulado pelo
operador através de alavancas (figuras 9 e 10) que regulam a caixa de redução interna
do torno, alterando assim a rotação efetiva exercida na operação.
Figura 8: Caixa de redução Figura 9: Alavanca rotação
Figura 10: Alavanca avanço
Este controle é realizado através da posição das alavancas, desta formar
utiliza-se da leitura das tabelas e sinais disponíveis no próprio equipamento (figuras
11, 12 e 13), para identificar a rotação de trabalho, velocidade de avanço automático
e passo para roscas:
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Figura 11: Tabela rotações Figura 12: Tabela avanço e rosca
Figura 13: Tabela padrão de roscas
Logo em seguida foi ensinado sobre as etapas da usinagem no processo de
torneamento, iniciando-se pela análise da regra de que o comprimento da peça para
fora da castanha pode ser no máximo 3 vezes o diâmetro da própria peça e caso este
comprimento seja maior existe a necessidade de se fazer um furo de centro para que
a contra ponta encaixe e mantenha o eixo firme.
Desta formar como o eixo utilizado para demonstração na prática possui
comprimento maior que 3 vezes seu diâmetro torna-se necessário a realização deste
furo de centro. Para realização desta operação, primeiro teve que ser realizado um
faceamento em uma das extremidades do eixo. Desta forma foi calculada a velocidade
de corte indicada para a ferramenta, sendo possível definir a rotação ideal para esta
operação. Após a realização do faceamento foi realizado o furo de centro com a
utilização de uma broca de centro HSS fixada no cabeçote móvel.
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Assim, o eixo foi fixado tendo uma de suas extremidades presa na castanha e
a outra na contra ponta do cabeçote móvel. Desta forma foi-se calculada a velocidade
de avanço longitudinal através da fórmula 1:
𝑓 2 × 1000
𝑅𝑡 = (1)
8×𝑟
Onde:
𝑅𝑡 = 𝑅𝑢𝑔𝑜𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
𝑓 = 𝐴𝑣𝑎𝑛ç𝑜
𝑟 = 𝑅𝑎𝑖𝑜 𝑑𝑎 𝑓𝑒𝑟𝑟𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎
Com o valor de avanço calculado pode -se demostrar a realização da operação
de torneamento longitudinal com a utilização de ferramenta de aço duro conforme
mostrado na figura 14.
Figura 14: Operação torneamento longitudinal
Logo após foi ensinado como fazer torneamento de um cone, utilizando dois
métodos, o primeiro é realizado inclinando o castelo para o ângulo do cone desejado
e realizar o corte através do avanço manual, este processo é mais indicado para cones
de pequena extensão devido ao avanço limitado que o castelo pode fornecer.
O segundo método é através do deslocando transversal da contra ponta,
gerando um desnível longitudinal do eixo em determinada direção. Conforme
demonstrado na figura 15 abaixo apresentada pelo professor.
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Figura 15: Representação torneamento de um cone através do deslocando transversal da contra ponta
Este procedimento foi realizado partindo-se do diâmetro inicial de 32,10𝑚𝑚 e
por final chegando ao diâmetro menor do cone de 30,24𝑚𝑚 (conforme imagens 16 e
17). Utilizando este método o cone pode ser feito com a utilização do avanço
automático do torno e permite a confecção de cones com maior comprimento.
Figura 16: Diâmetro inicial Figura 17: Diâmetro menor
Prática de Fresagem
Posteriormente foi-se apresentado a fresadora universal disponível no
laboratório. Esta fresadora pode ser configurada tanto na configuração horizontal,
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onde o eixo-árvore é paralelo a mesa da máquina, quanto na configuração vertical, no
qual o eixo-árvore é perpendicular a mesa.
Em seguida Foi passado um overview geral a respeito do equipamento
sinalizando cada um de seus componentes, dentre eles pode-se destacar: O torpedo,
que tem como finalidade receber o suporte do mandril. A mesa, que desliza pelas
guias da sela superior permitindo o movimento horizontal longitudinal, esta possui
rasgos em “T” que permitem uma melhor fixação das peças a serem usinadas e de
acessórios, estes rasgos também servem para canalizar o fluido refrigerante inerente
do processo. Já a arvore, é o eixo que recebe a potência do motor e fornece o
movimento de giro para a ferramenta.
Logo depois, foi explicado a maneira de se configurar as rotações da
ferramenta (figura 18), o avanço da mesa (figura 19) e o sentido de rotação (figura
20). Para o sentido de rotação deve-se sempre observar o sentido das arestas de
corte da ferramenta chamada fresa. Estes procedimentos assemelham-se bastante
aos realizados no torno, onde a própria máquina possui suas indicações de rotações
e sentidos.
Figura 19: Volante avanço da mesa Figura 20: Seletor sentido de giro
Figura 18: Seletor de rotação
Após, foi explicado sobre as ferramentas de corte podem ser de diferentes
materiais e geometrias e variam de acordo com o tipo de material a ser fresado. Os
materiais macios tendem a se fundir a superfície da fresa, desta forma utiliza-se
ferramentas de menor número de arestas cortantes com o objetivo de disponibilizar
maior área de saída para o material usinado. Já os materiais mais duros necessitam
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de menor área de saída, assim possibilitando um maior número de arestas cortantes
na ferramenta.
Posteriormente, foi abordado sobre a maneira correta de operação e da
utilização do acessório divisor universal (figura 21).
Figura 21: Divisor universal
O Divisor é um acessório auxiliar que permite o fresamento em um 4° eixo.
Permitindo assim o fresamento em faces ou planos diversos de uma superfície
cilíndrica. Normalmente vem acompanhado de uma contra ponta para auxiliar na
usinagem e seu funcionamento está relacionado a sua constante de redução K
(normalmente de 1/40) e a seus discos disponíveis.
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CONCLUSÃO
Através desta aula prática realizada no laboratório foi possível entender os
principais mecanismos e princípios de funcionamento dos processos de torneamento
e fresamento e assim conseguir visualizar a clara relação entre a teoria apresentada
em sala de aula e a prática realizada no laboratório.
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