Parker HidráulicaIndustrial Introducao
Parker HidráulicaIndustrial Introducao
1. Introdução
Com a constante evolução tecnológica, tem-se no mercado a intensa necessidade de se desenvolverem técnicas
de trabalho que possibilitem ao homem o aprimoramento nos processos produtivos e a busca da qualidade.
Para se buscar a otimização de sistemas nos processos industriais, faz-se o uso da junção dos meios de transmissão
de energia, sendo estes:
Mecânica
∆
Elétrica
∆
Eletrônica
∆
Pneumática
∆
Hidráulica
∆
Experiências têm mostrado que a hidráulica vem se destacando e ganhando espaço como um meio de transmissão
de energia nos mais variados segmentos do mercado, sendo a Hidráulica Industrial e Móbil as que apresentam um
maior crescimento.
Porém, pode-se notar que a hidráulica está presente em todos os setores industriais. Amplas áreas de automatização
foram possíveis com a introdução de sistemas hidráulicos para controle de movimentos.
Para um conhecimento detalhado e estudo da energia hidráulica vamos inicialmente entender o termo Hidráulica.
O termo Hidráulica derivou-se da raiz grega Hidro, que tem o significado de água, por essa razão entendem-se por
Hidráulica todas as leis e comportamentos relativos à água ou outro fluido, ou seja, Hidráulica é o estudo das
características e uso dos fluidos sob pressão.
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2. Conceitos Básicos
Para compreendermos a hidráulica e suas aplicações,
se faz necessário o conhecimento básico de conceitos
físicos.
Força
Bola de chumbo
Força é qualquer influência capaz de produzir uma Bola de madeira
Resistência
A força que pode parar ou retardar o movimento de
um corpo é uma resistência. Exemplos de resistência
Energia
são: o atrito e a inércia.
Uma força que pode causar o movimento de um corpo
O Atrito como Resistência é energia.
A resistência por atrito ocorre sempre que dois objetos A Inércia como Energia
estejam em contato e que as suas superfícies se
movam uma contra a outra. A inércia, sendo a relutância de um corpo a uma
alteração no seu movimento, pode também ser
energia. Um corpo em movimento exibe uma relutância
ao ser parado, e pode assim bater em outro corpo e
causar o seu movimento.
resistência Com uma bola de madeira e outra de chumbo
movendo-se na mesma velocidade, a bola de chumbo
exibe uma inércia maior, desde que é mais difícil pará-
la. A bola de chumbo tem mais energia do que a bola
de madeira.
bola de madeira
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Lei da Conservação de Energia O Estado de Alteração de Energia
A lei da conservação de energia diz que a energia não A energia potencial tem a propriedade de se
pode ser criada e nem destruída, embora ela possa transformar em energia cinética. E a energia cinética
passar de uma forma à outra. pode ser também transformada em energia potencial.
A água na torre é energia potencial que se transforma
O Estado Cinético da Energia em energia cinética hidráulica na torneira. Esta energia
cinética se transforma em energia potencial à medida
que se enche um copo.
m. v2
Ec =
2
Ep = m.g.h
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Potência Quando aplicamos uma força de 10 kgf em uma área
de 1 cm2, obtemos como resultado uma pressão interna
A unidade para medir "potência" é o N.m/s. James de 10 kgf/cm2 agindo em toda a parede do recipiente
Watt, o inventor da máquina a vapor, quis comparar a com a mesma intensidade.
quantidade de potência que a sua máquina poderia
produzir com a potência produzida por um cavalo. Por Este princípio, descoberto e enunciado por Pascal,
métodos experimentais, Watt descobriu que um cavalo levou à construção da primeira prensa hidráulica no
poderia erguer 250 kgf à altura de 30,5 cm em um princípio da Revolução Industrial. Quem desenvolveu
segundo, que é igual a: a descoberta de Pascal foi o mecânico Joseph Bramah.
Lei de Pascal
F
A pressão exercida em um ponto qualquer de um P=
líquido estático é a mesma em todas as direções e
A
exerce forças iguais em áreas iguais.
Portanto:
Vamos supor um recipiente cheio de um líquido, o qual
é praticamente incompressível.
F1 10 kgf
P1 = = = 10 kgf/cm2
2
A1 1 cm
F = Força A = Área P = Pressão
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Portanto: Conservação de Energia
Relembrando um princípio enunciado por Lavoisier,
F2 = P1 x A2 onde ele menciona:
F2 = 10 kgf/cm2 x 10cm2 "Na natureza nada se cria e nada se perde, tudo se
F2 = 100 kgf transforma."
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Transmissão de Força
Os quatro métodos de transmissão de energia:
mecânica, elétrica, hidráulica e pneumática, são
capazes de transmitir forças estáticas (energia
potencial) tanto quanto a energia cinética. Quando uma
força estática é transmitida em um líquido, essa
transmissão ocorre de modo especial. Para ilustrar,
vamos comparar como a transmissão ocorre através
de um sólido e através de um líquido em um recipiente
Energia Molecular fechado.
pistão móvel
sólido
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Força Transmitida através de um Líquido Funcionamento
Se empurrarmos o tampão de um recipiente cheio de Conforme a pressão aumenta no sistema, o tubo de
líquido, o líquido do recipiente transmitirá pressão Bourdon tende a endireitar-se devido às diferenças nas
sempre da mesma maneira, independentemente de áreas entre os diâmetros interno e externo do tubo.
como ela é gerada e da forma do mesmo. Esta ação de endireitamento provoca o movimento do
ponteiro, proporcional ao movimento do tubo, que
registra o valor da pressão no mostrador.
Os manômetros de Bourdon são instrumentos de boa
precisão com valores variando entre 0,1 e 3% da
escala total. São usados geralmente para trabalhos
de laboratórios ou em sistemas onde a determinação
da pressão é de muita importância.
3000
O tubo de Bourdon consiste de uma escala calibrada psig
2000
em unidades de pressão e de um ponteiro ligado,
Pivô
através de um mecanismo, a um tubo oval, em forma 1000
Pistão
Funcionamento
20
80
0
100 movimento do ponteiro que está ligado ao núcleo e
Tubo de Bourdon este registra o valor da pressão no mostrador
Entrada de pressão graduado. Os manômetros de núcleo móvel são
duráveis e econômicos.
Viscosidade
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Viscosidade gera Calor A Mudança na Direção do Fluido gera
Calor
Um líquido de alta viscosidade, ou seja, de 315 SSU,
apresentando maior resistência ao fluxo, gera mais Em uma linha de fluxo de fluido há geração de calor
calor no sistema do que um líquido de baixa viscosi- sempre que o fluido encontra uma curva na tubulação.
dade, digamos, de 100 SSU. O fator gerador do calor é o atrito provocado pelo
Em muitas aplicações industriais, a viscosidade do óleo choque das moléculas que se deparam com o
deve ser de 150 SSU a 38 C°. obstáculo da curva.
NOTA: Nenhum sistema hidráulico usa fluido de baixa Dependendo do diâmetro do cano, um cotovelo de 90°
viscosidade. A determinação apropriada da viscosi- pode gerar tanto calor quanto vários metros de cano.
dade do fluido para um sistema hidráulico incorpora
fatores que não serão tratados neste curso.
Velocidade x Vazão
Nos sistemas dinâmicos, o fluido que passa pela
tubulação se desloca a certa velocidade.
Esta é a velocidade do fluido, que de modo geral é
medida em centímetros por segundo (cm/seg.).
O volume do fluido passando pela tubulação em um
determinado período de tempo é a vazão (Q = V.A),
em litros por segundo (l/s).
A relação entre velocidade e vazão pode ser vista na
ilustração. Diferencial de Pressão
Um diferencial de pressão é simplesmente a diferença
de pressão entre dois pontos do sistema que pode
ser caracterizado:
manômetro 1 manômetro 2
14 Kg/cm2 12 Kg/cm2
Para encher um recipiente de 20 litros em um minuto,
o volume de fluido em um cano de grande diâmetro
deve passar a uma velocidade de 300 cm/s. No tubo
de pequeno diâmetro, o volume deve passar a uma
velocidade de 600 cm/s para encher o recipiente no
tempo de um minuto.
Em ambos os casos a vazão é de 20 litros/minuto,
mas as velocidades do fluido são diferentes.
1. A energia de trabalho está se deslocando do ponto
O Atrito gera Calor 1 para o ponto 2.
Em um sistema hidráulico, o movimento do fluido na 2. Enquanto está se deslocando entre os dois pontos,
tubulação gera atrito e calor. Quanto maior for a 2 kgf/cm2 da energia são transformados em energia
velocidade do fluido, mais calor será gerado. calorífica por causa da resistência do líquido.
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Emulsão de Água em Óleo Do que consiste um Reservatório
Hidráulico
A emulsão de água em óleo é um fluido resistente ao
fogo, que é também conhecido como emulsão inverti- Os reservatórios hidráulicos consistem de quatro
da. A mistura é geralmente de 40% de água e 60% de paredes (geralmente de aço); uma base abaulada; um
óleo. O óleo é dominante. Este tipo de fluido tem topo plano com uma placa de apoio, quatro pés; linhas
características de lubrificação melhores do que as de sucção, retorno e drenos; plugue do dreno;
emulsões de óleo em água. indicador de nível de óleo; tampa para respiradouro e
enchimento; tampa para limpeza e placa defletora
Fluido de Água-Glicol (Chicana).
Reservatórios Hidráulicos
Funcionamento
Quando o fluido retorna ao reservatório, a placa
defletora impede que este fluido vá diretamente à linha
de sucção. Isto cria uma zona de repouso onde as
impurezas maiores sedimentam, o ar sobe à superfície
do fluido e dá condições para que o calor, no fluido,
seja dissipado para as paredes do reservatório.
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Tipos de Reservatório Dimensões de Motores (mm)
CV Carcaça G F
Os reservatórios industriais têm uma variedade de Nema
estilos, dentre os quais estão os reservatórios em
forma de L, os reservatórios suspensos e os 0,50 C56 146 233
reservatórios convencionais. 0,75 D56 165 281
Os reservatórios convencionais são os mais 1,00 D56 165 281
comumente usados dentre os reservatórios hidráulicos 1,50 F56H 165 311
industriais. Carcaça
Os reservatórios em forma de L e os suspensos ABNT
permitem à bomba uma altura manométrica positiva
2,00 90S 178 269
do fluido.
3,00 90L 178 294
4,00 100L 198 330
5,00 100L 198 330
6,00 112M 223 347
7,50 112M 223 347
convencional
10,00 132S 262 385
12,50 132M 262 423
suspenso
15,00 132M 262 423
20,00 160M 310 501
em forma de L
Capacidade Série Deslocamento Vazão Pressão Potência
do Tanque da (IN3/Rot) Máxima Máxima Motor
Dimensionamento (litros) Bomba (CM3/Rot) (GPM) (psi) (Cv) A
(LPM) (bar) 1800 rpm
a pressão
máxima
0,114 0,610 2500 1,5
D05
1,870 2,310 172
0,168 0,990 2500 3
D07
2,760 3,750 172
20
0,210 1,290 2500 3
D09
3,450 4,890 172
0,262 1,660 2500 4
D11
Reservatório Dimensões (mm) 4,290 6,290 172
(litros) A B C D E 0,440 2,670 2500 6
D17
20 330,0 327,0 430,0 87,5 13,0 6,620 10,120 172
60 400,0 410,0 600,0 114,0 13,0 0,522 3,520 2500 7,5
D22
80 410,0 473,0 720,0 114,0 13,0 8,550 13,340 172
60
120 490,0 495,0 870,0 114,0 13,0 0,603 4,090 2500 7,5
H25
180 620,0 500,0 950,0 114,0 9,880 15,500 172
250 660,0 550,0 1050,0 114,0 0,754 5,190 2500 10
H31
300 680,0 600,0 1100,0 114,0 12,350 19,670 172
400 770,0 600,0 1270,0 114,0 0,942 6,560 2500 12,5
80 H39
500 800,0 700,0 1300,0 114,0 15,440 24,860 172
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Resfriadores Resfriadores no Circuito
entrada de fluido
duto
aletas
de
resfriamento
tubos
símbolo de resfriador
ar-óleo
resfriador de ar-óleo
Resfriadores à Água
O resfriador a água consiste basicamente de um feixe
de tubos encaixados num invólucro metálico.
Neste resfriador, o fluido do sistema hidráulico é
geralmente bombeado através do invólucro e sobre
os tubos que são refrigerados com água fria.
símbolo de resfriador
água-óleo
carcaça
tubos
resfriador água-óleo
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